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Um Rei, um Povo!

1
A vontade de vencer!
Índice
Prefácio ........................................................................................ 3

Introdução .................................................................................... 5

Enquadramento histórico .............................................................. 7

O Pilha Kispos ............................................................................ 98

SAR. D. Maria Pia de Saxe Coburgo e Bragança - A filha


desconhecida de SM. O Rei D. Carlos! .................................... 110

Operação: Rasura Histórica D. Maria Pia ................................. 135

Um Caso Extraordinário ........................................................... 164

Porquê só agora reaparece D. Rosário? .................................. 177

Actividades da Real Casa......................................................... 192

O Ataque traiçoeiro e a tentativa de destruição e silenciamento


de D. Rosário por parte dos apoiantes de Duarte Pio ............... 203

Um caso de polícia que devia ser investigado! ......................... 220

Quem é afinal D. Rosário? ....................................................... 238

Alguns discursos e mensagens de SAR. D. Rosário ................ 244

Como fazer uma revolução democrática .................................. 270

Como vamos resolver os problemas que afectam a nação


portuguesa? ............................................................................. 296

Conclusão ................................................................................ 330

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A vontade de vencer!
Prefácio

Desde criança, tal como os outros portugueses, cresci na


mentira de pensar que o Sr. Duarte Pio era o legitimo
duque de Bragança e legitimo herdeiro do trono português.

Aos 13 anos ingressei nos movimentos monárquicos,


primeiro como simpatizante e colaborador da Juventude
Monárquica e mais tarde na Nova Monarquia. A partir de
certa altura comecei a perceber que com o Sr. Duarte Pio o
movimento monárquico nunca iria a lado nenhum e afastei-
me “ fraco rei, faz fraca a forte gente”. Durante anos nunca
mais liguei à política raramente votei, até que as difíceis
condições politicas e sociais do dia-a-dia, me fizeram voltar
a sonhar na Monarquia como uma boa alternativa politica
para Portugal.

A minha grande e eterna questão era se com o fraco


candidato Duarte Pio, não ia-mos a lado nenhum, não
haveria pois outro pretendente?

Fui para a Internet e dei com a história incrível de D. Maria


Pia a filha bastarda, mas reconhecida de D. Carlos I e do
seu sucessor D. Rosário Poidimani.

Desde esse dia tenho apoiado esta causa e investigado a


forma ignóbil como o povo português tem sido enganado
ao longo de mais de 70 anos, primeiro pelo Eng. Duarte
Nuno Bragança e depois pelo filho Duarte Pio de Bragança
com a complacência do regime podre e corrupto que nos
desgoverna ao qual convém uma figura carnavalesca e
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A vontade de vencer!
completamente comprometida com o regime como a de
Duarte Pio para que o povo não se sinta tentado a
recuperar a sua pátria e a sua identidade histórico-cultural
das mãos destes vendilhões que tomaram com mentiras,
manipulação da democracia, do estado de direito e muita
corrupção as cadeiras do poder.

Estamos agora num ponto de viragem onde o Povo


finalmente compreendeu que estes políticos, este regime e
este paradigma socioeconómico já não têm qualquer
resposta aos anseios e necessidades da população.

Chegou a hora da apresentação da verdadeira Casa Real


Portuguesa a todos os portugueses para que as pessoas
entendam que podem resgatar a sua história, a sua
dignidade e uma liderança no sentido da rápida
recuperação económica com projectos estruturais de longo
prazo que só uma monarquia permite.

Um país é um projecto a longo prazo é preciso ter visão de


estado para resolver eficientemente os problemas do dia-a-
dia, mas ao mesmo tempo criar as bases estruturais que
permitem ao longo dos séculos manter e engrandecer a
nação.

Vamos ao longo deste livro abordar todas as questões


desde a questão dinástica, numa perspectiva de
fundamentação histórica legal da legitimidade de SAR. D.
Maria Pia e de seu sucessor SAR. Rosário até aos
projectos políticos de desenvolvimento que vos darão uma
visão estratégica global das mudanças simples e profundas
que se podem operar em Portugal com pequenos gestos
que farão toda a diferença.

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A vontade de vencer!
Introdução

Nisa, 5 Outubro 2012

Os Monárquicos portugueses do tempo do Salazarismo


eram na sua maioria próximos do poder e afectos aos
princípios absolutistas dos miguelistas, pelo contrário D.
Maria Pia era uma mulher que apoiava os movimentos
democráticos completamente hostil a Oliveira Salazar e
amiga do general Humberto Delgado.

O facto de ser mulher e opositora declarada do regime


fascista fez com que durante o tempo que durou o estado
novo 38 anos se apagasse da memória colectiva a verdade
histórica e se cultivasse a mentira, isto é os pseudo direitos
de Duarte Nuno e Duarte Pio.

S.A.R Dª Maria Pia por seu turno tinha uma personalidade


indomável e provocatória que entrou em choque com
aquele que fora o seu advogado durante anos, o Dr. Mário
Soares e esta desavença é o golpe final que atira Maria Pia
para o esquecimento no final dos anos 80 e permite a
ascensão de Duarte Pio consolidada em 1995 com o
casamento.

Mário Soares, bem sabia que Duarte Pio não tinha direitos
alguns, mas um telefonema de Maria Pia a insulta-lo por se
sentir traída seria o mote para o seu apoio tácito a Duarte
Pio, mais tarde implícito com a presença e disponibilização
de estruturas do estado para o casamento.

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Mário Soares à direita de SAR. D. Maria Pia

Carta de apresentação de D. Maria Pia, de Mário Soares a


Betino Craxi.

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Enquadramento histórico

Após a estranha morte do Rei D. Manuel II, à revelia de qualquer preceito legal
duas centenas de monárquicos salazaristas reúnem-se numa almoçarada em
Santarém em 1932 e depois do petisco e bom vinho e certamente já bem
tocados pelos efeitos do álcool aclamam nesse almoço aquele a viriam a
chamar “D”. Duarte II este acto apesar de absolutamente ilegal e ilegítimo
do ponto de vista da legislação da sucessão e pelo facto de estarem em
vigor 2 leis a do banimento e proscrição e indigno e ridículo pois não se
aclamam reis em tabernas, marca o princípio da grande mentira que é a
usurpação por parte de Duarte Nuno e seu filho Duarte Pio do título de duque
de Bragança e da chefia da Casa Real Portuguesa!

Dos direitos que Duarte Pio diz ter, mas que afinal não tem:

Carta de Lei de 19 de Dezembro de 1834


Aprovadas em cortes

• Dizem art. nº1: O ex. Infante D. Miguel e seus descendentes são


excluídos para sempre do direito de suceder na coroa dos Reinos de
Portugal, Algarves e seus domínios.
• Art. nº 2 O mesmo ex. – Infante D Miguel e os seus descendentes são
banidos do território Português, para em nenhum tempo poderem
entrar nele, nem gozar de quaisquer direitos civis, ou políticos….

LEI DE PROSCRIÇÃO
Decreto, de 15 de Outubro de 1910
O Governo da Republica Portuguesa faz saber que, em nome da Republica,
se decreta, para valer como lei, o seguinte:

 Artigo 1.º É declarada proscrita para sempre a família de Bragança,


que constitui a dinastia deposta pela Revolução de 5 de Outubro de
1910.
 Art.º 2.º Ficam incluídos expressamente na proscrição os
ascendentes, descendentes e colaterais até o quarto grau do ex-
chefe do Estado.
• Art.º 3.º É expressamente mantida a proscrição do ramo da mesma
família banido pelo regime constitucional representativo. (ramo
miguelista, do qual Duarte Pio é o actual representante)

Diz Duarte Pio na pág. 30 e 31 do livro “ “Dom” Duarte Bragança, um


homem de causas/ causas de rei:

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Só como se demonstra pelos documentos seguintes foi mesmo uma lei
parlamentar aprovada pelas duas câmaras e D. Pedro à data já estava
morto e enterrado há 3 meses!

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Na última página do livro está uma cronologia dos duques de
Bragança, onde aparece no final e a seguir a D. Luís Filipe;

D. Miguel de Bragança
“D”. Duarte Nuno Bragança
“D”. Duarte Pio de Bragança

Ora “D. Miguel de Bragança” nunca poderia ter sido duque de Bragança porque
não só estava banido como morreu em 1927 ou seja 5 anos antes de D.
Manuel II último Rei de Portugal que morreu em 1932 o que logicamente
impedia que o tivesse sido se para tanto legitimidade tivesse, como porque D.
Manuel II nunca lhe concedeu tal título.

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Mas acrescenta-se que à luz da constituição monárquica em vigor na
época nenhum estrangeiro podia suceder na coroa portuguesa:

Ora “D. Miguel de Bragança” (Avô de Duarte Pio) O governo português


considerava-os o que eram, estrangeiros, não os reconhecia!

“D”. Duarte Nuno Bragança


“D”. Duarte Pio de Bragança

São estrangeiros logo impossibilitados de suceder na coroa.

Duarte Pio não tem quaisquer direitos e ele sabe-o bem porque pelo facto
de não ser sequer à face da lei parente do último rei D. Manuel II, a bem
dizer tinha 36 primos e seis tias à sua frente sem contar com a meia-irmã
de D. Manuel II, SAR. D. Maria Pia, teve de invocar que seria o parente
português mais próximo, o que nem corresponde à verdade, uma vez que
o seu pai era primo em 6º grau de D. Manuel II, sendo que o parentesco se
perde legalmente ao 4º grau, bem como pelo facto de seu pai ter falsificado
a nacionalidade.

Os legítimos representantes dos últimos reis de Portugal e da última casa


dinástica reinante a Casa de Bragança Wettin também denominada de Saxe
Coburgo Gotha e Bragança à qual a casa de Bragança da qual Duarte Pio
descende é completamente estranha pelo motivo de ter sido extinta por
real decreto de D. Pedro IV, e posteriormente banida para todo o sempre
da sucessão do trono de Portugal.

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Acrescente-se que historicamente existem fundadas dúvidas acerca da
filiação do ex. infante D. Miguel I bisavô de Duarte Pio de Bragança,
nomeadamente que fosse filho de D. João VI.

Ainda recentemente (2006) no livro Frases que Fizeram a História de Portugal


esta legitima dúvida é posta em evidência:

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D. MARIA PIA DE SAXE-COBURGO E BRAGANÇA, desde o dia 14 de Março
de 1907 (dia seguinte ao do seu nascimento) e até à data da sua morte, por
Carta Régia de Sua Majestade o Rei D. CARLOS I DE PORTUGAL (seu pai),
possuiu legalmente o nome de “Maria Pia” – nome da sua avó paterna, a
Rainha D. MARIA PIA DE SABÓIA – e os apelidos reais “Saxe-Coburgo e
Bragança”.

Em prova de tal afirmação seguem-se, as cópias dos inúmeros documentos de


identificação da senhora Princesa Real de Portugal e legítima Duquesa de
Bragança.

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D. MARIA PIA DE SAXE-COBURGO E BRAGANÇA nasceu na cidade de
Lisboa a 13 de Março de 1907, sendo, portanto, a par com o seu meio-irmão,
Sua Alteza Real o Príncipe D. MANUEL DE SAXE-COBURGO-GOTHA E
BRAGANÇA, – e futuro Rei D. Manuel II de Portugal – a única Senhora a
possuir títulos de realeza nacionais válidos no ano de 1910, e, como tal,
reconhecidos pela primeira República Portuguesa. Para melhor
compreensão deste facto, importa recordar que tal se deve, em primeiro lugar,
ao facto destes dois Infantes serem os únicos Infantes de Portugal a
possuírem, nessa época, a nacionalidade portuguesa originária e não
meramente a nacionalidade adquirida (como alegaram possuir, posteriormente,
os descendentes do ex-Infante D. Miguel e a qual consistia num dos
impedimentos para se poder suceder ao trono de Portugal), e, em segundo
lugar, ao facto desta circunstância fazê-los estar ambos abrangidos pelo
Decreto-Lei do Governo Provisório da República Portuguesa, datado de 15 de
Outubro de 1910, o qual determinou:

«O Governo Provisório da Republica Portuguesa, em nome da Republica, faz


saber que se decretou, para valer como lei, o seguinte:

 Artigo 1.º A Republica tem por abolidos e não reconhece títulos


nobiliárquicos, distinções honorificas ou direitos de nobreza,
 Art.º 2.º As antigas ordens nobiliárquicas são declaradas extintas para
todos os efeitos.
 Art.º 3.º É mantida a Ordem Militar da Torre e Espada, cujo quadro será
revisto para a radicação pura e simples de todos os seus dignitários que
não houverem sido agraciados por actos de valor militar em defesa da
pátria.
 Art.º 4.º OS INDIVIDUOS QUE ACTUALMENTE USAM TITULOS que
lhe foram conferidos, e de que pagaram os respectivos direitos, PODEM
CONTINUAR A USÁ-LOS, mas nos actos e contractos que tenham de
produzir direitos ou obrigações SERÁ NECESSÁRIO O EMPREGO DO
NOME CIVIL para que tenham validade.

Os Ministros de todas as Repartições o façam imprimir, publicar e correr. Dado


nos Paços do Governo da Republica, ao 15 de Outubro de 1910 = Joaquim
Theophilo Braga = Antonio José de Almeida = Afonso Costa = Antonio Xavier
Correia Barreto = José Relvas = Amaro Justiniano de Azevedo Gomes =
Bernardino Luís Machado Guimarães = Antonio Luís Gomes.»
Em relação à supracitada Lei, o mesmo Governo Provisório da República
Portuguesa acabou por executar, logo dois meses depois, uma clarificação ao
Artigo 4º contido no Decreto-Lei de 15 de Outubro de 1910. Assim, a 2 de
Dezembro de 1910 declarou:

«Tendo-se suscitado dúvidas na execução do artigo 4.º do decreto com força


de lei de 15 de Outubro último, o Governo Provisório da República Portuguesa

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faz saber que em nome da República fica o mesmo artigo substituído, para
valer como lei, pelo seguinte:

 Artigo 4.º – Os indivíduos que ACTUALMENTE USAM títulos


nobiliárquicos, distinções honoríficas ou direitos de nobreza, que lhes
foram conferidos, e dos quais tenham quitação ou direito a ela, ou sejam
devedores dos respectivos impostos ou estejam pagando, quer por
terem prestado caução, quer por usufruírem vencimentos do Estado,
PODEM CONTINUAR A USÁ-LOS; mas nos actos que tenham de
produzir direitos ou obrigações será necessário o EMPREGO DO NOME
CIVIL para que esses actos tenham validade.

Os Ministros de todas as Repartições o façam imprimir, publicar e correr.


Paços do Governo da República, em 2 de Dezembro de 1910.
– Joaquim Teófilo Braga – António José de Almeida – Afonso Costa – José
Relvas – António Xavier Correia Barreto – Amaro de Azevedo Gomes –
Bernardino Machado – Manuel de Brito Camacho.»

Tendo como base estes factos, apenas à senhora Princesa D. MARIA PIA
DE SAXE-COBURGO E BRAGANÇA e ao seu meio-irmão D. MANUEL II DE
PORTUGAL era indiscutivelmente reconhecida a validade para o uso dos
títulos de realeza que ambos receberam pela parte do seu pai, Sua
Majestade o Rei D. CARLOS I DE PORTUGAL.

Já o caso de Duarte Pio o qual sempre se tem arrogado ao longo da sua vida e
até ao presente como sendo “Sua Alteza Real”, “o Príncipe Real de Portugal” e
“o Duque de Bragança”, etc., e, entre os demais títulos, o de “Chefe da Casa
Real de Portugal” – ao contrário do que ele intentou contra a senhora Princesa
D. MARIA PIA DE SAXE-COBURGO E BRAGANÇA –, é o próprio a quem não
se compreendem as referências de teor falso e usurpador aos referidos títulos,
e as quais constituem uma clara ofensa aos preceitos legais vigentes e à
sentença do Supremo Tribunal de Justiça de 18-12-1990, referencia n.º
SJ99112120809642 de 12-12-91, a qual determinou:

 «I – A referência e o uso de títulos nobiliárquicos portugueses só é


permitida quando os interessados provem que estavam na posse e no
uso do título antes de 5 de Outubro de 1910 e que as devidas taxas
foram pagas;
 II – Este direito só pode ser comprovado por certidões extraídas de
documentos ou registos das Secretarias de Estado, do Arquivo Nacional
ou de outros arquivos ou cartórios públicos existentes antes de 5 de
Outubro de 1910.»

Note-se que, tendo DUARTE PIO DE BRAGANÇA nascido a 13 de Maio de


1945 em Berna, na Suíça, é óbvio de que ele nunca poderia estar na posse
dos referidos títulos de realeza antes de 1910. Já quanto ao seu pai,

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DUARTE NUNO DE BRAGANÇA, também ele não poderia estar na posse dos
referidos títulos porque, apesar de ter até nascido em 1907, não só estava
banido e proscrito pelas leis vigentes como ainda era de nacionalidade
austríaca. Note-se também que tratando-se do título em questão – o de Duque
de Bragança – pertencente ao senhor Príncipe D. LUÍS FILIPE DE SAXE-
COBURGO-GOTHA E BRAGANÇA (assassinado com seu pai, Sua Majestade
El-Rei D. Carlos I de Portugal, a 1 de Fevereiro de 1908), logo após a morte do
monarca e do seu herdeiro mais directo, este mesmo título passou para a
Coroa portuguesa e ficou reservado para o filho do Infante elevado a Rei D.
MANUEL II DE PORTUGAL (não se prevendo, naturalmente, que o nosso
último Rei acabasse por morrer em estranhas circunstâncias, em 1932, e sem
deixar descendência). Foi nessa altura que o título de Duque de Bragança
passou para a Infanta que, em 1908, fora elevada a Princesa Real de Portugal:
a sua meia-irmã D. MARIA PIA DE SAXE-COBURGO E BRAGANÇA.

Apenas ao senhor Príncipe D. ROSARIO POIDIMANI se lhe pode ser


reconhecida a validade para se arrogar como Príncipe Real de Portugal, Duque
de Bragança e Chefe da Casa Real de Portugal, na medida em que, o senhor
em questão, recebeu os referidos direitos dinásticos através de cooptação (que
se trata de um mecanismo jurídico raramente utilizado, mas que é possível e
permitido pelo direito nobiliárquico internacional, como adiante se verá). Em
Portugal, o uso dos seus títulos poderá, eventualmente, fazer-se apenas sob a
forma de títulos de cortesia.

Ao Sr Duarte Pio importa ser-lhe imputado que não estando de modo nenhum
no direito de posse da chefia da histórica Instituição nacional que é a
denominada Casa Real de Portugal, nem no direito ao uso de títulos da realeza
(nem tampouco nobres), encontra-se a cometer um crime grave e
atentatório das leis vigentes em Portugal.

DUARTE NUNO DE BRAGANÇA, ao longo dos anos tentou contestar na Rota


Roma a paternidade de D. Maria Pia, importa ressalvar que, as mesmas, são
meramente resultantes das sucessivas tentativas falhadas do mesmo para que
fossem removidas as referências paternas e apelidos reais da senhora
Princesa D. MARIA PIA DE SAXE-COBURGO E BRAGANÇA. Porém, ainda
que DUARTE NUNO DE BRAGANÇA e seu pai tenham levado a cabo um mal-
intencionado objectivo junto do Tribunal da Sacra Rota Romana e ignorado
posteriormente a decisão do mesmo.

Aquando da data de nascimento de Sua Alteza Real a Princesa D. MARIA PIA


DE SAXE-COBURGO E BRAGANÇA não existia a obrigatoriedade do
registo civil. Desse modo, e tal como ficou legislado, a todas as pessoas
que só possuíssem o acto de baptismo – como era o caso da senhora
Princesa – estas deveriam ir apresentá-lo na primeira representação de
Portugal no País no qual se encontrassem, afim de que se fizessem
reconhecer como cidadãos portugueses, para terem direito a um bilhete de

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identidade e ainda à demais documentação que existisse e se julgasse
necessária. Ora, não existindo a obrigatoriedade do registo civil e estando Sua
Alteza Real a senhora Princesa D. MARIA PIA DE SAXE-COBURGO E
BRAGANÇA na posse do próprio certificado de baptismo original, então
apenas uma identidade judicial eclesiástica se poderia pronunciar sobre a
eventual invalidade, ou não, do mesmo certificado.

DUARTE NUNO DE BRAGANÇA recorreu ao Tribunal da Sacra Rota Romana


para a obtenção disso mesmo. Contudo, não satisfeito com a decisão final,
procurou concretizar a ideia junto dos seus apoiantes de que o processo tinha
sido arquivado (o que, de modo algum, correspondia à verdade). O Tribunal da
Sacra Rota Romana não só não arquivou o processo em questão, como, na
realidade, o caso foi julgado até ao final e possuiu três momentos distintos:

Primeiro momento: Em 1972 foi interposta uma acção contra Sua Alteza Real a
Princesa D. MARIA PIA DE SAXE-COBURGO E BRAGANÇA e na qual
DUARTE NUNO DE BRAGANÇA reclamou: “…pretende-se que o autor tenha
a faculdade de pedir a supressão do acto de baptismo dos registos da paróquia
de Madrid (...) ou que seja cancelado o nome do rei D. Carlos I do assento de
baptismo como pai de Maria Pia Saxe-Coburgo de Bragança”. Depois, na data
de 6 de Dezembro desse mesmo ano, o Tribunal Eclesiástico da Sacra Rota
Romana entendeu não reconhecer a DUARTE NUNO DE BRAGANÇA a
legitimidade necessária para ser proponente de uma acção dessa natureza
(pelo facto deste não possuir nenhum grau de parentesco próximo ao último rei
de Portugal);

Segundo momento: DUARTE NUNO DE BRAGANÇA, na data de 27 de Junho


de 1973, fez uma nova apelação e, por decisão de 26 de Outubro de 1974, os
padres auditores deliberaram que o recorrente tinha legitimidade para a causa
apresentada. Todavia, e por sua parte, a senhora Princesa D. MARIA PIA DE
SAXE-COBURGO E BRAGANÇA recorreu dessa decisão a 1 de Março de
1975 e foi ordenado, posteriormente, DUARTE PIO DE BRAGANÇA como
sucessor “mortis causa”.

Desse modo tornava-se, desde então, necessário, para a decisão processual,


que este último apresentasse um comprovativo do cumprimento da norma
LXXIX das “Regras do Tribunal da Sacra Rota Romana”. Assim, DUARTE PIO
DE BRAGANÇA tendo podido, e devido, nessa mesma altura processual e
perante o Tribunal da Sacra Rota Romana (que é a mais elevada instância
judicial eclesiástica), fazer a demonstração da sua alegada legitimidade como
“Duque de Bragança”, não o fez, tendo-se apenas remetido “ao mais tumular
dos silêncios” (cf. SOARES, Fernando Luso; “Maria Pia, duquesa de Bragança,
contra “D”. Duarte Pio, o senhor de Santar”, págs. 96-99).
Terceiro momento: Em 1992 foi, então, decretada a sentença final do processo
iniciado por DUARTE NUNO DE BRAGANÇA e no qual foi validado em todo o
seu vigor o certificado de reconhecimento da paternidade e baptismo de Sua

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Alteza Real a Princesa D. MARIA PIA DE SAXE-COBURGO E BRAGANÇA. A
última frase da sentença foi bastante clara ao afirmar:

“O acto de baptismo de Dona Maria Pia de Saxe-Coburgo e Bragança


da paróquia Madrilena de Nossa Senhora do Monte Carmelo é válido
em todo o seu vigor, consistente e permanente.”

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Tendo sido dada a oportunidade a DUARTE PIO DE BRAGANÇA de defender
a sua posição e alegada legitimidade face a Sua Alteza Real a Princesa D.
MARIA PIA DE SAXE-COBURGO E BRAGANÇA perante uma instância

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judicial, porquê que o Sr. Duarte Pio não o fez? Porque motivo é que o Sr.
Duarte Pio não consegue, nem pode provar a sua alegada legitimidade, não só
como detentor de títulos, como também de nacionalidade portuguesa válida? A
resposta é muito simples e encontra-se na História de Portugal e,
particularmente, na da Casa de Bragança.

Para melhor compreensão desses factos, segue-se uma breve


contextualização:

O primeiro duque de Bragança a ser Rei de Portugal foi, como se sabe, D.


João IV. Acontece que, nessa época, não só esse título não era da Coroa,
como nem sequer fazia parte da Lei Mental. Assim, reconhece-se que foi por
livre vontade que D. João IV juntou este título à Coroa portuguesa fixando que,
dali por diante, quer o título e quer os respectivos bens do ducado passariam a
ser pertença do Príncipe herdeiro de Portugal (mais tarde designado como
Príncipe Real), e, ainda, que serviriam para garantir o seu sustento. Mais tarde
quando, em meados do séc. XIX, Mouzinho da Silveira acabou definitivamente
com os morgadios, manteve, no entanto, o morgadio do ducado de Bragança
(pelo facto deste manter a sua função inicial: dar sustento ao Príncipe Real de
Portugal.

Perante isto, julgo ser necessário apresentar mais explicações detalhadas


sobre algumas situações que podem parecer incoerentes (de acordo com o
que acabei de relatar).

Senão vejamos: D. João IV tinha um filho primogénito, D. Teodósio III, que era
o príncipe herdeiro e também duque de Bragança. Acontece que, D. Teodósio
III morre em 1653 sem filhos, ainda antes do próprio Rei D. João IV (que morre
em 1656).
O duque de Bragança passa, então, a ser o filho secundogénito, D. Afonso VI,
que se torna também herdeiro presuntivo por morte do seu irmão. O reinado de
D. Afonso VI foi bastante conturbado, sendo-lhe mesmo retirada a regência
(que passou para o irmão D. Pedro), mas D. Afonso VI continuou a ser Rei de
Portugal e duque de Bragança até morrer. Quando morre, sucede-lhe o irmão
já regente, com o nome de D. Pedro II. Como D. Pedro II foi Rei sem ser duque
de Bragança, também não recebe esse título enquanto Rei. Quando as Cortes,
em 1698, reconhecem o filho de D. Pedro II como sucessor deste, D. João V
passou a ser o duque de Bragança.
A partir daqui, e até D. Pedro V, tudo foi andando sem sobressaltos excepto
quando morreu o Príncipe Real sem existir príncipe da Beira e o título passou
para um irmão. Foram os casos de D. Pedro que morreu com 2 anos; D. José
de Bragança, que morreu prematuramente com 29 anos e sem filhos; e de D.
Francisco António, que morreu com 6 anos. No reinado de D. Maria II, o
Príncipe Real era o seu filho primogénito, D. Pedro, que também era o duque
de Bragança. Quando D. Pedro foi aclamado Rei como D. Pedro V, ele
pretendeu manter o ducado até ter filhos. Entretanto, aconteceu que D. Pedro

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V morreu sem filhos e sucedeu-lhe no trono o seu irmão D. Luís I. Ora este Rei
nunca tinha sido nem Príncipe Real, nem Príncipe da Beira e, também não foi,
duque de Bragança.
Quando nasceu o futuro Rei, D. CARLOS I DE PORTUGAL, passou ele mesmo
a ser o Príncipe Real e também o legítimo duque de Bragança. Depois quando
nasceu o seu filho primogénito, D. LUÍS FILIPE DE SAXE-COBURGO-GOTHA
E BRAGANÇA, a pessoa do Príncipe Real passou a ser também o duque de
Bragança.
No momento em que ambos foram assassinados, pai e filho, sucedeu-lhes
imediatamente D. MANUEL II DE PORTUGAL (que passou de Infante a Rei
sem ter sido Príncipe Real, nem Príncipe da Beira, nem mesmo duque de
Bragança, tal e qual como tinha acontecido com o seu avô, D. Luís I).
Entretanto, durante o seu curto e último reinado, Portugal não chegou a ter um
Príncipe Real homem e, como tal, não tinha nenhum duque de Bragança. O
último Príncipe Real foi D. LUÍS FILIPE DE SAXE-COBURGO-GOTHA E
BRAGANÇA, e foi também ele o último duque de Bragança (em tempo de
vigência da Monarquia). Após a morte do último Rei, D. MANUEL II DE
PORTUGAL, esse título passou automaticamente para a então Princesa Real,
D. MARIA PIA DE SAXE-COBURGO E BRAGANÇA, meia-irmã de D. Manuel
II, a quem o Rei D. Carlos I concedeu todos os privilégios de infanta da Casa
de Bragança (e conforme o confirmou a sentença do tribunal da Sacra Rota
Romana em 1992).

Esse título (o de duque de Bragança) jamais poderia passar para a linhagem


do Ramo Miguelista não só porque essa linhagem estava banida
perpetuamente, mas também porque esta estava liderada apenas por primos
em 6º grau face ao último Rei de Portugal (e, por esse motivo, eles nem sequer
representavam eventuais parentes válidos face à Lei vigente). Acrescente-se
que nunca o Ex. Infante D. Miguel I foi duque de Bragança, foi sim seu irmão D.
Pedro IV como é visível no documento anteriormente exposto de destituição
das honras e títulos datado de 18 de Março de 1834. Que assina como D.
Pedro Duque de Bragança que o era de pleno direito!

Posta a explicação anterior, importa ainda recordar o que ficou estabelecido


pelas Cortes de Lamego, as quais ditaram que: “Se el Rey falecer sem filhos,
em caso que tenha irmão, possuirá o Reyno em sua vida, mas quando
morrer não será Rey seu filho, sê primeiro o fazerem os Bispos, os
procuradores, e os nobres da Corte del Rey. Se o fizerem Rey será Rey, e se o
não elegerem não reinará”. Deste modo, e tendo o Rei D. MANUEL II DE
PORTUGAL deixado uma irmã viva, a senhora Princesa D. MARIA PIA DE
SAXE-COBURGO E BRAGANÇA, no respeito ao que foi ditado nas Cortes
de Lamego, a Princesa Real de Portugal e legítima Duquesa de Bragança
tinha toda a legitimidade para se constituir como a tão esperada Rainha
D. MARIA III DE PORTUGAL (como, aliás, até lhe foi solicitado por um
grupo de monárquicos).

Um Rei, um Povo! 30
A vontade de vencer!
A senhora Princesa D. MARIA PIA DE SAXE-COBURGO E BRAGANÇA em
tempo algum abdicou do seu estatuto de membro soberano da realeza.

Recorde-se também que, aquando do nascimento de Sua Alteza Real a


senhora Princesa D. MARIA PIA DE SAXE-COBURGO E BRAGANÇA, se
encontrava em vigor a Carta Constitucional de 1826, a qual dispunha nos seus
diferentes artigos do Capítulo V:

DO REI

 Art.º 72
A Pessoa do Rei é inviolável e sagrada; ele não está sujeito a
Responsabilidade alguma. (Chamado principio de soberania
que adiante falaremos)

 Art.º 75
10.° - Conceder Cartas de naturalização na forma de Lei.
11.° - Conceder Títulos, Honras, Ordens Militares, e
Distinções em recompensa de Serviços feitos ao Estado,
dependendo as mercês pecuniárias da aprovação da
Assembleia, quando não estiverem já designadas, e
taxadas por Lei.
12.° - Expedir os Decretos, Instruções e Regulamentos
adequados à boa execução das Leis.

 Art.º 78
O Herdeiro presuntivo do Reino terá o Título de – Príncipe Real
– e o seu Primogénito o de – Príncipe da Beira. Todos os mais
terão o de – Infantes. O Tratamento de Herdeiro presuntivo
será o de – Alteza Real – e o mesmo será o do Príncipe da
Beira; os Infantes terão o tratamento de – Alteza (e a qual
demonstrava, de forma clara, quais os direitos e poderes da
pessoa do Rei).

No dia 14 de Março de 1907, dia seguinte ao seu nascimento, o Rei D.


CARLOS I DE PORTUGAL, no pleno uso dos seus direitos constitucionalmente
garantidos (art.º 75, n.º 11), concedeu uma mercê de reconhecimento e o
título de Infanta de Portugal à sua filha D. MARIA PIA DE SAXE-COBURGO
E BRAGANÇA:

“Eu, El-Rei, faço saber aos que a presente carta virem, atendendo as
circunstâncias e qualidades da muito nobre senhora Dona Maria
Amélia de Laredó, e querendo dar-lhe um testemunho autentico da
minha real consideração, reconheço por muito minha amada filha a
criança a quem dera a luz a mencionada Senhora na freguesia do
Sagrado Coração de Jesus em Lisboa a treze de Março de mil

Um Rei, um Povo! 31
A vontade de vencer!
novecentos e sete. Sendo bem-visto, considerado e examinado por
mim, tudo o que fica acima inserido e peço às autoridades
eclesiásticas ponham-lhe as águas baptismais e os nomes de Maria e
Pia, a fim de poder chamar-se com o meu nome, e gozar de ora
em diante deste nome com as honras, prerrogativas,
proeminências, obrigações e vantagens dos infantes da Casa de
Bragança de Portugal. Em testemunho e firmeza do sobredito fica a
presente carta por mim assinada. Com o selo grande das minhas
armas. Dada no Paço das Necessidades a catorze de Março de mil
novecentos e sete. Carlos primeiro, El-Rei.”

A paixão de D. CARLOS I DE PORTUGAL pela nobre mãe da então Infanta D.


MARIA PIA DE SAXE-COBURGO E BRAGANÇA era tanta que ambos
chegaram a simular um casamento em Vila Viçosa, como nos deixou em
testemunho uma carta de 1936 do Rei D. ALFONSO XIII DE ESPANHA, avô do
actual Rei de Espanha, e grande amigo da senhora Princesa D. Maria Pia de
Bragança, que, aliás, foi protegida dele durante os anos da sua juventude que
viveu em Espanha.

A carta original assinada pelo Rei D. CARLOS I DE PORTUGAL encontra-se


no espólio do Rei D. ALFONSO XIII DE ESPANHA, que pediu, em 1939, à
senhora Princesa D. MARIA PIA DE SAXE-COBURGO E BRAGANÇA para
que a entregasse ao seu ministro António Giocochea (afim de que este
servisse de portador e o próprio Rei a pudesse guardar pelo receio de que se
viesse a perder ou ser destruída). Ver os documentos que se seguem:
Documento 1: Original da carta do Rei ALFONSO XIII DE ESPANHA na qual
este fala do casamento simulado de D. CARLOS I DE PORTUGAL com a
nobre senhora MARIA AMÉLIA LAREDÓ E MURÇA, pais da Infanta D. Maria
Pia de Bragança.

Uma outra hipótese que


este documento levanta é
D. Maria Pia ser filha do
Príncipe D. Luís Filipe (que
efectivamente teve uma
paixão por uma Brasileira)
obrigando os pais a envia-
lo numa viagem
ultramarina para a situação
“ arrefecer” e nesse caso
teria sido realizado um
casamento secretamente
em Vila Viçosa certamente
à revelia dos pais. Por
razões politicas face à
situação de instabilidade e

Um Rei, um Povo! 32
A vontade de vencer!
por se tratar do príncipe herdeiro tenha havido algum acordo com os avós
maternos de D. Maria Pia no sentido do Rei D. Carlos assumir a paternidade da
neta, para salvar a posição de príncipe herdeiro do filho e garantir os direitos de
D. Maria Pia. Um teste de ADN poderia esclarecer embora o facto histórico é
que para efeitos legais ela é filha de D. Carlos I.

Um Rei, um Povo! 33
A vontade de vencer!
Documento 2: Original da carta do Rei ALFONSO XIII DE ESPANHA de 1939
na qual este relembra à sua amiga que “…é uma tontice quereres esquecer-te
dos teus direitos de Infanta de Bragança”.
Quanto à carta original do Rei D. CARLOS I DE PORTUGAL, ela foi transcrita
para o livro dos registos de baptismo da paróquia de Madrid-Alcalá onde, aliás,
a Princesa D. MARIA PIA DE SAXE-COBURGO E BRAGANÇA foi baptizada,
e, essa mesma carta, tratava-se do reconhecimento de paternidade de D.
Carlos I e da Sua mercê à filha como Infanta da Casa de Bragança.

Um Rei, um Povo! 34
A vontade de vencer!
Documento 3: O último parágrafo deste documento é muito importante por se
tratar do testemunho assinado pelo próprio A. Goicoechea, ministro do Rei D.
ALFONSO XIII DE ESPANHA e governador do Banco de Espanha, que assistiu
ao baptizado da pequena Infanta de Portugal.

Um Rei, um Povo! 35
A vontade de vencer!
Documento 4: Sua Alteza Real a Princesa D. MARIA PIA DE SAXE-COBURGO
E BRAGANÇA viveu os primeiros meses da sua vida entre Portugal e Espanha,
até que a circunstância do brutal assassinato do seu pai, o Rei D. Carlos I, e do
Príncipe Real, a colocou definitivamente sob protecção de Sua Majestade o Rei
D. ALFONSO XIII DE ESPANHA (como, aliás, ficou testemunhado pelo seu
próprio filho D. JAIME DE BOURBÓN, tio do actual Rei de Espanha).

Um Rei, um Povo! 36
A vontade de vencer!
A senhora Princesa D. MARIA PIA DE SAXE-COBURGO E BRAGANÇA se
encontrou inscrita e registada oficialmente em termos reais e civis na Espanha
como sendo Sua Alteza, a Infanta de Portugal e filha de Sua Majestade o Rei
D. CARLOS I DE PORTUGAL. Além disso, foi também na Espanha que a
Princesa D. Maria Pia de Bragança viveu sobre a protecção da Casa Real de
Espanha até contrair matrimónio. De acordo com a mercê concedida pelo seu
pai, a Infanta de Portugal tomou desde o seu nascimento o 3º lugar na linha de
sucessão ao trono de Portugal, precedida apenas pelos seus dois irmãos D.
LUÍS FILIPE e D. MANUEL DE SAXE-COBURGO-GOTHA BRAGANÇA.

1.13. Em Portugal, a 5 de Outubro de 1910, deu-se a Implantação da 1ª


República e apareceu, logo pouco depois, uma chamada “Lei de Proscrição”
que impedia todos os membros da Família Real Portuguesa, até ao 4º grau, de
pisarem solo pátrio. Na sua narrativa, pode ler-se:

LEI DE PROSCRIÇÃO
Decreto, de 15 de Outubro de 1910

O Governo da Republica Portuguesa faz saber que, em nome da


Republica, se decreta, para valer como lei, o seguinte:

 Artigo 1.º – É declarada proscrita para sempre a família de


Bragança, que constitui a dinastia deposta pela Revolução de 5
de Outubro de 1910.
 Art.º 2.º – Ficam incluídos expressamente na proscrição os
ascendentes, descendentes e colaterais até o quarto grau do ex-
chefe do Estado.
 Art.º 3.º – É expressamente mantida a proscrição do ramo da
mesma família banido pelo regime constitucional representativo.
(Ramo Miguelista, do qual Duarte Pio é o actual representante)
 Art.º 4.º – No caso de contravenção do artigo 1.º, incorrerão os
membros da família proscrita na pena de expulsão do território da
República e, na hipótese da reincidência, serão detidos e
relegados nos tribunais ordinários.
 Art.º 5.º – O Governo da República regulará oportunamente a
situação material da família exilada, respeitando os seus direitos
legítimos.

Devido a essa medida legislativa, Sua Alteza Real a senhora Princesa D.


MARIA PIA DE SAXE-COBURGO E BRAGANÇA ficou impossibilitada de
entrar legalmente em Portugal até 1950 (data da revogação da referida Lei).
Porém, mesmo depois da dita Lei ter sido revogada, tudo se fez para se manter
o afastamento da senhora Princesa, uma vez que a revogação da lei teve
apenas como objectivo permitir a entrada, em Portugal, do ramo banido da
Família e que não possuía quaisquer direitos, o mesmo Ramo Miguelista no
qual DUARTE PIO DE BRAGANÇA, é o actual representante. Na verdade, toda

Um Rei, um Povo! 37
A vontade de vencer!
esta conjuntura deveu-se ao facto da base de apoio monárquica do regime
ditatorial ser também quase toda ela composta por indivíduos que provinham
da família Miguelista (defensores da monarquia absolutista) e que facilmente se
integraram no espírito do Salazarismo e do Fascismo.

Importa, para ajudar à compreensão dos factos apresentados, contextualizar


no tempo esta mesma sucessão de acontecimentos. Desse modo, recomenda-
se a leitura atenta da obra “Portugal amordaçado – Depoimento sobre os anos
do fascismo”, de Sua Excelência o senhor ex-Presidente da República e Dr.
MÁRIO SOARES, e na qual se podem encontrar alguns testemunhos, dados
na primeira pessoa, que são bem claros sobre a vida e luta da senhora
Princesa D. MARIA PIA DE SAXE-COBURGO E BRAGANÇA. Nas páginas
275-276 pode ler-se:

“Aqui se insere, precisamente, a curiosa história de D. Maria Pia de


Bragança, meia-irmã de D. Manuel. Esta senhora – reconhecida pelo
Vaticano, como filha de D. Carlos.”
“Mais tarde, como advogado, tive acesso a documentos que não me
deixaram dúvidas quanto à filiação de D. Maria Pia.”

Um Rei, um Povo! 38
A vontade de vencer!
Da página 272 à página 274 dessa mesma obra do senhor ex-Presidente da
República, o Dr. MÁRIO SOARES, pode ainda ler-se:

Um Rei, um Povo! 39
A vontade de vencer!
in “Portugal amordaçado – Depoimento sobre os anos do fascismo”, Mário
Soares.

Um Rei, um Povo! 40
A vontade de vencer!
in “Portugal amordaçado – Depoimento sobre os anos do fascismo”, Mário
Soares.

“Quanto aos monárquicos constitucionais que nunca aprovaram Duarte Nuno,


esses foram desaparecendo com os anos, depois da morte de D. Manuel II, em
ritmo acelerado…outros ficariam melancolicamente «monárquicos sem rei ”

Um Rei, um Povo! 41
A vontade de vencer!
No livro “ Salazar e a Rainha” Pág.169

Ressalta à evidência que, tanto com as rainhas como com os príncipes do


tronco miguelista, as relações da Família Real Portuguesa com o Governo da
República, são sob Salazar as melhores, independentemente do que
pudesse acontecer com os monárquicos. Presos ou deportados,
perseguidos ou marginalizados, tudo isso deixava aparte, perante o
Governo a Sereníssima Casa de Bragança (no caso Duarte Nuno e Duarte
Pio de Bragança).

Aliás a este respeito e do pacto cozinhado entre Salazar e Duarte Nuno,


ressalva-se a evidência deste e seu filho Duarte Pio serem os
proprietários do edifício sede da PIDE/ DGS na Rua António Maria
Cardoso, recentemente vendido para um condomínio de luxo, mantendo
excelentes relações de amizade pessoal com o ex. Director Barbiéri
Cardoso.

http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=99595

Um Rei, um Povo! 42
A vontade de vencer!
Portanto facilmente se percebe o alto grau de protecção que os
descendentes da Monarquia absolutista, banidos pelas Constituições
monárquicas e da república idealista, tiveram sob o regime fascista de
Salazar com quem facilmente se identificavam.

Pelo contrário a Infanta D. Maria Pia que era uma jovem quando Salazar subiu
ao poder com o apoio dos monárquicos absolutistas, foi perseguida pelo
regime e pelos monárquicos que o suportavam:

Um Rei, um Povo! 43
A vontade de vencer!
Mário Soares “ Portugal Amordaçado” pág. 276

“Escorraçada por Salazar, combatida asperamente pelos monárquicos do


regime” sic.

A esse respeito aliás o General Humberto Delgado nos deixa um testemunho


importante:

Nº4 Seu primo Duarte; Que audácia! Mas em Portugal caído Salazar, ficará
considerado apenas como mais um fascista. E quanto à Maria Iva não
lhes ligará importância.

Um Rei, um Povo! 44
A vontade de vencer!
Só se compreende através desde alto grau de protecção sob o regime fascista
de Salazar com as sua proximidade com a PIDE/DGS que Duarte Nuno, pai de
Duarte Pio conseguiu branquear a sua nacionalidade e a do filho e manter
afastada a verdadeira e legitima herdeira do trono SAR. D. Maria Pia
denegando ao longo de décadas a verdade a que o povo português tem
direito.

De Mário Soares fica-nos mais este testemunho, da carta de apresentação da


princesa a Betino Craxi por Mário Soares em 1979:

Um Rei, um Povo! 45
A vontade de vencer!
Seriam longa e fastidiosas as provas sobre a filiação de SAR. D. Maria Pia.
Importa reter que SAR. D. Maria Pia, nasceu em 1907 e morreu em 1995 em
Itália Verona como filha de D. Carlos I

Um Rei, um Povo! 46
A vontade de vencer!
Que a sua filiação foi aceite e reconhecida pelos governos Espanhol (quando
ela estava em exílio por força da lei da proscrição) e Italiano desde o seu
nascimento à sua morte, hoje por via da integração na Comunidade europeia à
face da lei Portugal é obrigado a acatar essa filiação.

Ora D. Maria Pia era segundo o direito público internacional a ultima Infanta
viva da Casa de Bragança e por esse motivo era dotada de soberania
conforme o explica muito bem o Prof. Roberto de Mattei no seu livro “ A
Soberania Necessária” pela morte de D. Manuel passa à condição de
representante de chefe de casa dinástica em exílio cujos direitos ficam
abrangidos pelo direito nobiliárquico internacional, cujas prerrogativas o
Dr. Mário Méroe autor do artigo que se segue tão bem explicitou:

http://www.jbcultura.com.br/mmeroe/perpetua.htm

"La história no está hecha más que de equivocaciones, de


situaciones confusas, de indecisión en los fuertes, de audacia en los tímidos,
hasta el dia en que llegan los historiadores y lo ponen todo en orden" 1[1].

Preâmbulo

O mundo fascinante da nobiliarquia possui ligações residuais com o


Direito Internacional, no que se refere a situação das dinastias ex-reinantes.

Não se tem conhecimento, no quadro atual, de convênios, tratados


ou de regulamentação que preserve os direitos básicos dos integrantes da
famílias reais depostas, nessa condição.

Observa-se, de modo geral, que abolido o sistema monárquico, o


novo regime trata logo de proclamar uma pretensa igualdade, desconsiderando
a trajetória da dinastia pela história pátria, e seus reflexos nas relações
internacionais, como se o passado e a história pudessem ser anulados por
decretos.

Independentemente dos caminhos políticos traçados pelos novos


governantes, as dinastias conservam sua estrutura básica e sua história,
política e pessoal, que se renova e se perpetua através dos tempos.

Um Rei, um Povo! 47
A vontade de vencer!
Neste estudo, procuraremos enfocar temas atinentes ao direito
dinástico, iniciando por informações doutrinárias gerais e adentrando aos
conceitos das chamadas dinastias memoriais, com uma breve digressão sobre
a sucessão indireta nas Ordens e instituições de origem dinástica. No Adendo,
como ilustração, o diploma de restauração da Suprema Real Sagrada Ordem
da Fênix, do património dinástico da Domus Regia Aethiopiae supra Aegyptum.

1) Da Família

A celula mater da comunidade humana, e especialmente, da


comunidade dinástica, é a Família. E, dentre essas famílias, poderá haver uma,
sinalizada pelas circunstâncias, ou pela saga histórica de um povo, que se
denomina Família Real, a família de onde se originam os reinantes, símbolos
máximos de seu povo. O que vem a ser uma Família Real?

2) Das Famílias Reais

A revista Mundo Monárquico, em seu nº 2, de agosto/1995, traz


interessante abordagem sobre esse tema, no artigo intitulado: “Famílias Reais:
o que são”. Diz aquela fonte:

“O que faz Famílias Reais é uma tradição secular de


comportamento. Só pela herança de tradições e comportamentos, de respeito a
valores determinados, de preocupações e concepções de vida, passadas de
geração a geração, é possível assegurar uma sucessão de pessoas
integralmente identificadas com determinado ofício, inclusive o ofício-arte de
chefiar um Estado”.

Segue:

“. . . as dinastias são produzidas pela História, e sedimentadas pelo


tempo . . . . Se são produto da História e do tempo, a existência da monarquia
e das Famílias Reais independe de eventuais sucessos ou insucessos político-
institucionais. Não há lei republicana que tenha o condão de desfazer a História
e as tradições. Com trono ou sem trono “oficial”, as Famílias Reais
continuam sendo Famílias Reais, histórica e socialmente”.

A doutrina e a jurisprudência têm reafirmado que o poder territorial


não é indispensável para o exercício dos poderes dinásticos, os quais
encontram-se inseridos na pessoa do soberano, que os conserva mesmo
após a perda do trono, transmitindo-os regularmente aos seus herdeiros
e sucessores.

“A perda de seu território em nada diminui as suas faculdades


soberanas, porque estas são imanentes na própria física do soberano,
transmitindo-se, ad perpetuam a seus descendentes”. (Baroni Santos, op.
cit., pág. 197/198).

Um Rei, um Povo! 48
A vontade de vencer!
Por Famílias Reais, consideramos as unidades familiares constituídas pelos
descendentes ou remanescentes dos soberanos que reinaram sobre
determinado povo, em sua base territorial, em alguma época.

3) Casas Reais e Dinastias

Há que se considerar a diferença entre Dinastia e Casa Real.


Dinastia é o conjunto de soberanos, ou príncipes pretendentes, pertencentes a
uma linhagem com ancestral comum. Em um país, pode haver diversas
dinastias, com reinados sucessivos ou superpostos, e cada qual mantendo
suas tradições e peculiaridades. Casa Real é a entidade única (reinante ou ex-
reinante), que pode ser resultante da junção, geralmente por casamentos, de
diversos ramos dinásticos.

Enquanto no exercício do poder territorial e temporal, os monarcas


terão os títulos oficiais de conformidade com as constituições de seus países,
geralmente, rei, príncipe, imperador, etc. É o Chefe do Estado, para as
relações internacionais, e o símbolo da nação, guardião de sua coroa e de
suas tradições, para seus súbditos. Como Supremo Magistrado, exerce o
Poder Moderador (ou, o 4º Poder, ausente nas estruturas republicanas),
velando pelo equilíbrio entre os três poderes tradicionais (Legislativo, Executivo
e Judiciário), funcionando como autêntico e efetivo “fiel da balança”.

Cessando o poder territorial, o monarca perde os poderes de


comando efetivo (jus imperii e jus gladii), conservando, porém, as
prerrogativas dinásticas (jus majestatis e jus honorum), as quais, como já
se afirmou, são imanentes à sua pessoa. Assume, então, o título de Chefe
de Nome e de Armas, da Casa Real de seu país. Enquanto nessa
condição, é reconhecido, pela tradição internacional, como “pretendente”
ao trono vago de seu país, e entre seus poderes dinásticos, encontram-se
os de julgar pretensões em torno de títulos de nobreza de sua jurisdição,
reconhecê-los, convidá-los, assim como criar e conceder novos títulos, a
seu exclusivo critério.

4) Do direito adquirido ao trono

Não é reconhecido o foro de direito adquirido ao trono. As


prerrogativas dinásticas permanecem ad aeternum na família ex-reinante,
porém o retorno às funções estatais não é assegurado por nenhuma
convenção. Isso porque, nas modernas sociedades, a escolha dos governantes
(no caso, reinante), pertence ao povo, através de seus representantes, ou de
manifestação de vontade popular (plebiscito). Se decidido a instituição da
forma monárquica de governo (ou o retorno a essa forma), a Assembleia
Constituinte terá poderes para reconduzir o antigo reinante ou um de seus
descendentes, bem assim, escolher entre os representantes da antiga dinastia
o que possuir maior representatividade nacional ou, ainda, designar nova
família para a função real.

Um Rei, um Povo! 49
A vontade de vencer!
Em época ainda recente, as Cortes da Espanha, por indicação do
antigo Chefe de Estado, aprovaram a indicação do príncipe Don Juan Carlos
de Borbón y Borbón2[2] para sucedê-lo como rei, em desfavor de outro
representante da tradição real, príncipe Don Hugo Carlos de Borbón y Parma,
também detentor de atributos de pretensão ao trono de Espanha.

5) Das doutrinas sobre a soberania

Pensadores cristãos, como Santo Agostinho, Hobbes e Bossuet


sustentaram a teoria do Direito Divino, como fonte primordial das prerrogativas
dinásticas e canónicas.

Essa doutrina, conquanto basilar para o conhecimento da génese das


prerrogativas decorrentes da soberania, no evoluir dos tempos, foi substituída
por outras, mais consentâneas com o atual estágio cultural dos povos
(legitimismo, constitucionalismo, etc), sobrevivendo apenas nos chamados
Estados Teocráticos, com suas múltiplas derivações.

“Hoje, a teoria do Direito Divino transformou-se naquela do legitimismo,


com base na qual, uma dinastia, que por um tempo, ainda que mínimo, tenha
reinado sobre qualquer território ainda que pequenino, por este fato, adquiriu,
em perpétuo, o direito de reger-lhe os destinos, ainda que seja nominalmente,
no caso em que tenha perdido o domínio direto. Portanto, o Soberano deposto
permanece sempre soberano; não será um soberano reinante, será apenas um
soberano ex-reinante e pretendente, mas permanece, todavia, sempre
soberano. (Caso D. Miguel aplica-se o principio debellatio ou aceitação da
derrota explicado de seguida)

Não é o soberano uma pessoa comum, mas sujeito do Direito


Internacional Público. Poderá manter tratados e designar embaixadores,
ministros plenipotenciários e demais membros da diplomacia”.3[3]

6) Dos direitos dinásticos básicos

A doutrina e a jurisprudência assentes, têm conceituado a soberania, como o


exercício de quatro direitos dinásticos básicos:

1) O ius imperii, que se traduz como o direito de comandar,


governar uma nação, de reinar (modernamente, diz-se que o rei,
nas monarquias constitucionais, “reina, mas não governa”.
Trata-se, em verdade, do exercício do Poder Moderador, já
mencionado);

Um Rei, um Povo! 50
A vontade de vencer!
2) O ius gladii, significando o direito de impor obediência ao seu
comando (atualmente, esse “poder” está afeto ao comando
supremo das forças armadas, exercido pelos chefes de Estado);

3) O ius majestatis, que é o direito de ser protegido e respeitado


em conformidade com as leis e os tratados internacionais; e

4) O ius honorum (fonte de honras), o direito de premiar virtudes


e merecimentos com títulos nobiliárquicos e cavaleirescos,
pertencentes ao património de sua dinastia.

Esses direitos são inerentes à pessoa do soberano, inseparáveis,


imprescritíveis e inalienáveis. O monarca pode, entretanto, e por razões
pessoais, dispor desses direitos, mediante abdicação ou recusa, a favor de
outro membro de sua família. Nesses casos, porém, ele renunciará ao
exercício desses direitos, não implicando na renúncia da soberania, que é
nativa e se constitui em direito pessoal e inalienável. Essas qualidades são
transmitidas in totum aos seus descendentes, herdeiros ou sucessores, sem
limitação de linhas ou graus.

Quando um soberano perde o território sobre o qual exercia o jus


imperii e o jus gladii, não perde, ipso facto, os direitos de soberano. O exercício
desses dois poderes fica provisoriamente suspenso, até que se restaure o
status quo ante. Conserva, porém, em sua plenitude, os poderes do jus
majestatis e do jus honorum e conserva, em sua plenitude, o poder legiferante
nas relações internas da dinastia.

7) Do Pretendente

Essa circunstância (a deposição) faz inserir na pessoa do ex-


monarca a pretensão ao trono vago, ou extinto, perspectiva de direito essa que
se transmite hereditariamente, em perpétuo. Por essa razão, os herdeiros
directos de tronos extintos recebem o tratamento de pretendentes.

Em razão das qualificações históricas e dinásticas inseridas em sua


pessoa, o “pretendente” não é um cidadão comum, mas sujeito de Direito
Internacional Público, segundo a melhor doutrina.

O chefe de uma família ex-reinante, desde que soberana, conserva os títulos


e os atributos heráldicos inerentes ao último soberano, de sua família, cujo
poder territorial cessou.

“ É de sua competência, no exercício desse direito, conceder e


confirmar brasões-de-armas, outorgar, reconhecer, confirmar e renovar títulos
nobiliários apoiados no apelido de família (sul cognome) ou com um predicado
ideal tirado de nomes de cidades, ilhas, rios e outros acidentes geográficos do

Um Rei, um Povo! 51
A vontade de vencer!
território que pertencera, em outros tempos, à Coroa de sua Dinastia”. (Baroni
Santos, op.cit., pág. 198).

No constante evoluir dos tempos (nem sempre para melhor,


entretanto), podem ocorrer expectativas políticas, culturais e comportamentais
de tal monta, que propicie uma mudança na estrutura do Estado. Uma
monarquia pode ser deposta por decisão popular (plebiscito) ou (o que é mais
comum), por força dos chamados “golpes de Estado”. Nesses casos, o
soberano e sua família partem para o exílio, conservando, integralmente, os
poderes decorrentes do ius majestatis e o ius honorum, inerentes à sua
qualidade dinástica, conforme exposto acima.

8) Subito la debellatio

A doutrina conceitua essa ocorrência como súbito la debellatio, ou


seja, a eliminação política e institucional do trono, com mudança para outro
sistema de governo.

Há eclosões de crises políticas diante das quais o próprio


monarca aceita voluntariamente (às vezes até deseja) essa ruptura
institucional, concordando expressamente com a nova ordem de coisas. (
Caso do Ex. Infante D. Miguel que assinou uma adenda à Convenção de
Evoramonte, declarando “ não mais se imiscuir em negócios deste reino e
seus domínios” para dessa forma escapar à eliminação física) Nesses
casos, e apenas nesses, ele perde os direitos dinásticos, conservando
apenas as qualidades principescas herdadas e transmissíveis aos seus
descendentes, desprovidas, porém, dos atributos da pretensão. (no caso do
Ex. Infante D. Miguel também perdeu as qualidades principescas por
decreto de seu irmão D. Pedro IV e da lei do banimento obviamente
Duarte Pio não poderia herdar uma herança inexistente, ou seja o
estado de nobreza que a sua família já não possuía desde 1834 por este
motivo nem titulo nem direito a tratamento de Dom tem direito)

Essa “nova ordem”, não raras vezes, intenta debelar de vez o antigo
regime, inviabilizando eventual reversão. Recorre, assim à eliminação física do
monarca e seus descendentes, como nos casos vergonhosos em que
ocorreram os assassinatos do Czar da Rússia e toda a sua família, e dos reis
de França e seu príncipe herdeiro, que contava à época, apenas 9 anos de
idade. São páginas lamentáveis da História, que não beneficiaram em nada
aqueles povos, nem renderam lições políticas aproveitáveis para seu futuro.

9) Da deposição sem renúncia

A perpetuação das qualidades dinásticas em soberanos depostos


sem renúncia é reconhecida por pacífica jurisprudência. Reproduzimos a
seguir, parte da lição do mestre Basilio Petrucci, in “Ordine Cavallereschi e

Um Rei, um Povo! 52
A vontade de vencer!
titoli nobiliari in Italia”, ed. C.D.Roma, 972, pág. 87, mencionado por Baroni
Santos, op. cit. pág. 198:

“Assim é que o ex-rei Umberto II de Savoia, não havendo subito la


debellatio, conserva a prerrogativa Real na concessão de títulos nobiliários e
honorificências cavaleirescas, a par de outros Soberanos de antigos Estados
italianos e estrangeiros. . . .”

“De tudo acima, deduz-se que uma Família Soberana não será uma
Família Principesca particular. . . . mas uma verdadeira e própria Dinastia, que
perpetua a sua antiga autoridade através da conservação do direito do jus
maiestatis, isto é, o direito de ser honrado, respeitado e protegido segundo as
leis internacionais – e o “jus honorum”, isto é, o direito de premiar o
merecimento e a caridade com títulos nobiliárquicos e graus cavaleirescos
pertencentes à Família, mesmo fora do próprio Estado” (op.cit., pág. 206).

Da sentença nº 217/49, da Pretoria de Vico Del Gargano, República


da Itália (reproduzida em português por W. Baroni Santos, op. cit., págs.
267/268), colhe-se:

“. . . é irrelevante que aquela Imperial Família não reina mais, há


séculos, porque a deposição não prejudica as prerrogativas soberanas, do qual
é o sujeito investido, e tais prerrogativas não são prejudicadas, ainda que o
Soberano renuncie, espontaneamente, ao trono. Em substância, naquele caso,
o Soberano não cessa de ser Rei, mesmo vivendo em exílio ou em vida
privada, porque suas prerrogativas são, em si, de nascimento e não se
extinguem, mas permanecem e se transmitem no tempo, de geração em
geração”.

“Ora, o Rei Umberto II, de seu exílio em Cascais pode elevar ao grau
de nobreza a quem quer que seja, sem que isto possa ser acoimado de
ilegítimo ou ilegal. Isto reverte em suas prerrogativas soberanas, às quais ele
jamais renunciou, e portanto, permanece sempre titular do jus conferendi, como
Rei da Itália”.

“Esses podem, como todos os Chefes de Famílias ex-reinantes,


realizar aqueles atos que se inserem nas prerrogativas soberanas, e
assim podem, como na espécie que aqui se ocupa, conferir investiduras
nobiliárquicas. Para validade disto, não impede o fato de que as
nomeações não sejam registradas na extinta Consulta Heráldica; o que
vale e sustenta é o decreto de nomeação, isto é o ato de autoridade para
conferi-lo; o resto tem importância relativa, que não robustece o direito
que surge do próprio decreto”.

Ressalte-se, ainda, que as famílias principescas, com a


qualificação de soberanas, não necessitam de nenhum reconhecimento,
por parte do governo de seu país de origem, nem se submetem a nenhum

Um Rei, um Povo! 53
A vontade de vencer!
registro, nos países onde seus membros firmarem residência. Essa
independência política e dinástica tem embasamento em sua própria
soberania, que norteia sua existência social e legal independentemente de
quaisquer reconhecimentos, no que se refere aos assuntos dinásticos e
privados.

Como cidadãos, entretanto, ficam obrigados aos preceitos legais


gerais, a que se submeterem todos os habitantes do país onde seus membros
forem radicados, pois, como membros de família ex-reinante, não recebem dos
governos posteriores nenhum privilégio ou, mesmo, garantia de sobrevivência.

10) Das Dinastias Memoriais

A jurisprudência nobiliária internacional tem sido unânime em


reconhecer, aos monarcas depostos sem renúncia, o direito ao pleno exercício
dos chamados poderes dinásticos inerentes à sua pessoa, como sejam: o ius
majestatis e o ius honorum. Os dois outros poderes – ius gladii e ius imperii
estão vinculados ao exercício da função real como Chefe de Estado
monárquico.

Representando um gubernatio in exsilio, pode o monarca ex-reinante


exercer em sua plenitude os direitos dinásticos remanescentes, que se
perpetuaram em sua família, como jurisdição exclusiva do Chefe de Nome e
de Armas, e transmissão, mortis causa ou por renúncia, ao seu herdeiro
ou sucessor regular.

Não há limitação temporal para o status de exílio (referimo-nos a exílio


para efeitos de preservação dinástica), de uma família soberana ex-reinante.
Esta conservará suas prerrogativas in pectore et in potentia, com suas
qualidades intrínsecas de imprescritibilidade e inalienabilidade, através dos
séculos, até que se restaure o trono de seus ancestrais. No interregno, a
dinastia conservará suas tradições e poderá exercer o ius conferendi, a critério
de seu chefe.

Destaca-se que as chamadas prerrogativas, embora originadas de ativa


participação na história de seus países de origem, após a deposição da família
reinante passam a ser adornos puramente honoríficos, totalmente
desvinculadas de todo e qualquer poder ou compromisso político.

Assim, as dinastias em exílio não recebem subsídio estatal, nem gravam


os cofres públicos com nenhuma verba pessoal. Seus membros sobrevivem
com seus próprios recursos e desempenham actividades profissionais como
cidadãos comuns, actuando, discretamente e às próprias expensas,
voluntariamente, nas áreas de educação, saúde e auxílio às pessoas carentes.

Não são raras as creches e instituições para deficientes mantidas


unicamente pelo esforço pessoal e directo de príncipes sem trono – que

Um Rei, um Povo! 54
A vontade de vencer!
conservam vivo o ideal de solidariedade e fraternidade humana que herdaram
de seus ancestrais. Sem poder político, eles representam, entretanto, a reserva
histórica e moral de seu povo, que poderá reclamar sua volta na época
oportuna, conforme exemplos recentes (Espanha, Cambodja, Afeganistão,
entre outros).

De outra parte, é incorre ta a expressão ex-rei, frequentemente usada


para denominar um monarca despojado do trono.

Um soberano entronizado segundo as tradições aceitas, conservará


suas prerrogativas dinásticas ad aeternum, independentemente de encontrar-
se ou não no exercício do poder estatal. Com a entronização, com os efeitos de
sagração, o mandato real insere-se indelevelmente em sua pessoa, para
sempre, e transmite-se aos seus herdeiros ou sucessores. Alijado do poder
temporal, o monarca torna-se ex-reinante, mas sempre terá a qualidade
pessoal de rei, com os tratamentos protocolares inerentes ao ius majestatis,
como é de seu direito.

De nosso arquivo pessoal, reproduzimos abaixo documento recebido do


príncipe Vittorio Emanuele di Savoia, herdeiro do trono da Itália, por ocasião do
falecimento de S.M. o Rei Umberto II4[4], último soberano daquele nação,
deposto sem renúncia em 1946, e conservando, ipso facto, os poderes
majestáticos, os quais serão transmitidos aos seus herdeiros ou sucessores, ad
infinitum.

Nenhuma diferença institucional ou jurídica há entre uma dinastia


deposta há pouco, e outra que não reina há séculos. Ambas conservam, em
sua plenitude suas prerrogativas dinásticas, imprescritíveis, imarcescíveis e
invioláveis, e podem ser restauradas no poder estatal mediante chamamento
popular (plebiscito) ou deliberação de assembleia constituinte.

Para efeito de estudos, pode-se mencionar, porém, algumas nuances.


Uma dinastia deposta recentemente ainda se conserva viva na lembrança do
povo e das instituições. Não raro, subsistem remanescentes sociais e culturais
que derivam para comparações, podendo o quadro político ser revertido.
Exemplos recentes: O Cambodja, que após terríveis e desastrosas
experiências ditatoriais, decidiu pedir o retorno do sistema monárquico,
exigindo a volta do rei Norodon Sihanouk. Outros exemplos: a Espanha, que
entronizou Juan Carlos I em 1976, após longo período de regime ditatorial.

No sofrido Afeganistão, após os ataques militares de 2001 e


consequente desmantelamento da estrutura estatal, cogita-se da presença do
antigo Xá (rei) Mohamed Zahir, exilado desde os anos 1970, como alternativa
para viabilizar o retorno à normalidade institucional do país.

Um Rei, um Povo! 55
A vontade de vencer!
Uma dinastia há muito deposta, ressente-se dos efeitos erosivos do fator
cronológico. As gerações se sucedem, ininterruptamente, e as lembranças das
pessoas se apagam. Há os registros oficiais, nem sempre completos ou, em
alguns casos, deliberadamente omissos quanto a importantes aspectos da
história do país.

Geralmente, os regimes que se sucedem às dinastias pugnam pelo


esquecimento forçado, apagando ou minimizando a importância das conquistas
sociais do período monárquico, negando, às gerações futuras, a oportunidade
de conhecer o passado histórico de seu país e dele extrair lições e
advertências para o futuro.

Esta é uma responsabilidade histórica e social que deveria sobrepor-se


às injunções políticas, o que, de modo geral, não ocorre.

Assim, resta para os pesquisadores, os acervos particulares, com seus


documentos, anotações, fotos ou objetos, geralmente conservados graças ao
desvelo dos descendentes, admiradores e colaboradores da família deposta.

Quando possível mantê-los, esses acervos podem permitir a


reconstituição das linhas dinásticas e atualizar sua representação, nos casos
em que há descendentes situados em linha de sucessão.

Todavia, em se tratando de dinastias há muito no ostracismo, não é uma


tarefa isenta de dificuldades, dado a extensão do tempo decorrido e as
injunções familiares, impondo-se o exame da fidedignidade das anotações.

Como elementos para pesquisa, podemos consultar as chamadas


memórias dos ciclos da civilização, que são as narrativas históricas, oficiais ou
não, bem assim os apontamentos e reminiscências registradas por
testemunhas idóneas, presenciais.

Esses testemunhos, escritos ou não, descrevem e transmitem noções


certas sobre determinados momentos históricos, também denominados, por
essa característica, como tempos históricos, ou seja, aqueles em que foram
tomadas decisões que formaram ou desviaram o curso dos acontecimentos, na
marcha das civilizações.

Com o escopo de apresentar um estudo de fácil compreensão sobre as


dinastias, nossa proposta visa classificar as famílias reais em três grupos:

I) dinastias reinantes, exercendo efetivamente a chefia de Estados


monárquicos, cujo chefe ostenta o título oficial que lhe corresponder (Rei,
Imperador, Príncipe, Grão-Duque, Sultão, Emir, Xá (Shá), e outros;

II) dinastias depostas há menos de um século, aproximadamente três


gerações, denominadas de deposição recente;

Um Rei, um Povo! 56
A vontade de vencer!
III) dinastias depostas há mais de um século, que nomearemos como
memoriais.

Os chefes das dinastias do primeiro grupo são representantes de


Estados; seu relacionamento externo é disciplinado por regras, tratados e
disposições de Direito Internacional. Como chefe supremo local, sua posição
interna é definida pela constituição e leis de seu país. O estudo dessas
dinastias poderia desbordar o plano deste trabalho, razão pela qual nos
limitaremos a examinar os outros dois grupos.

Consideramos que o lapso temporal geralmente aceito pelos estudiosos


para determinar as gerações é em torno de 30 a 35 anos. Assim, o período de
um século (comportando, em tese, três gerações), afigura-se como um marco
razoável, para simplificar os conceitos apresentados.

Nesse contexto, propomos considerar como dinastias memoriais5[5]


aquelas famílias cujos ancestrais efectivamente exerceram o supremo poder
majestático sobre uma nação e que os representantes actuais se encontram
distanciados do trono há mais de três gerações, ou seja, mais de um século.

A jurisprudência nobiliária considera irrelevante o lapso de tempo que o


último soberano da família real originária permaneceu no poder. Ao assumir o
cargo supremo, o monarca recebe os poderes dinásticos, que se inserem em
sua pessoa, produzindo efeitos imediatos e perpétuos.

Por exemplo, o rei Umberto II de Savóia, de saudosa memória, com a


abdicação de seu pai Vittorio Emanuele III, rei da Itália, reinou apenas durante
o mês de Maio de 1946, partindo para o exílio6[6], sem renúncia, em razão do
plebiscito que implantou, naquele país, o regime republicano. Os tribunais
italianos, em reiteradas decisões, sempre reconheceram seu direito de exercer
as prerrogativas dinásticas como rei da Itália em exílio, não se cogitando de
nenhum óbice quanto a exígua duração de seu reinado.

Muitas dinastias memoriais conservam sob sua guarda importantes


registros históricos, sobre sua própria família e também sobre outras. As
antigas famílias reinantes mantinham estreito relacionamento familiar entre si,
para garantir maior coesão bélica face aos inimigos comuns. O parentesco
parecia reforçar a sensação de segurança e fortalecimento social e militar.
Assim, nos seus registros, quase sempre se encontram menções e
assentamentos referentes às famílias ligadas, o que em muito auxilia o
pesquisador.

Quando um monarca encontra-se no exercício do poder estatal, seus


actos são registrados em protocolos oficiais, ou seja, fazem parte da história
oficial do país. São os anais da História, modernamente substituídos pelos

Um Rei, um Povo! 57
A vontade de vencer!
Diários Oficiais. Com a deposição, face ao direcionamento da nova ordem,
cessa o interesse estatal pelos actos da família ex-reinante, que passam a ser
considerados registros particulares.

Não são, entretanto, registros comuns ou meras anotações familiares: O


monarca ex-reinante, com a denominação de Chefe de Nome e de Armas de
sua dinastia pode validamente praticar actos formais, concedendo ou
reconhecendo mercês nobiliárias, organizando os serviços protocolares de sua
Casa, mantendo relacionamento diplomático com chefes de Estado, ou outros
monarcas em exílio.

Pode, ainda, organizar, criar ou restaurar7[7] ordens cavaleirescas do


património de sua família, acolhendo em seus quadros a quem considerar
digno de tal honraria, assim como nomear embaixadores e ministros.
Evidentemente, tais nomeações são meramente honoríficas, e visam manter
relacionamento social e cultural, pois representam a Família Real em exílio, e
não o Estado. Seus titulares exercem trabalho voluntário, imbuídos da
importância de se manter as tradições e a força moral e histórica que delas
advém.

Não mais exercem o poder moderador, não comandam as forças


armadas nem abrem as sessões dos parlamentos. Representam, entretanto, a
perpetuidade da verdadeira índole cultural e moral das tradições maiores de
seus povos.

A deposição faz inserir na pessoa do ex. monarca a pretensão ao trono


vago ou extinto, perspectiva de direito essa que se transmite hereditariamente,
em perpétuo. Por essa razão, os herdeiros directos de tronos extintos, vagos,
ou ocupados por outra dinastia, recebem a denominação de pretendentes. Há
correntes doutrinárias que consideram o pretendente como sujeito de Direito
Internacional Público, em razão de suas qualificações históricas e dinásticas,
que podem motivar uma reversão institucional em seu país de origem.

Os chefes das dinastias memoriais podem denominar-se,


apropriadamente, como guardiães da (sagrada) coroa real e das tradições
nacionais.

Essa designação é discreta e, parece-nos, a mais conveniente, por ser


completa, enfeixando todos os poderes e a representatividade do monarca em
exílio, e preservar a discrição sobre a titulatura real, que somente deve ser
utilizada em documentos oficiais da dinastia ou em comunicações diplomáticas
com seus pares.

Como custos tradicionais, mesmo sem deveres oficiais, as famílias


dinásticas exercem imensa gama de actividades. Mantém sob sua

Um Rei, um Povo! 58
A vontade de vencer!
responsabilidade directa a regularidade dos assentamentos da família, os
registros dos actos praticados pelo Chefe Dinástico, a secretaria, a
correspondência, a biblioteca, o armorial, e os arquivos gerais.

Algumas Casas contam com a colaboração de dedicados servidores,


voluntários não-remunerados. Especialistas em heráldica, genealogia e direito
nobiliário emprestam seus conhecimentos para auxiliar na sistematização dos
arquivos, para preservar os registros, estimular pesquisas históricas e
dinásticas, preservando esse legado inestimável para as gerações futuras.

Muitas famílias ex-reinantes, entretanto, não dispõem de recursos para


arcar com essas responsabilidades. Considerando que as famílias dinásticas
em exílio não recebem nenhuma ajuda estatal, - pois geralmente são radicadas
em países diversos de sua terra originária - , para bem se desincumbirem
dessas funções, e evitar a dispersão de seu histórico, muitas dinastias
memoriais agruparam-se em comunidades, orientadas por consistório ou
conselhos, organizando, conjuntamente, arquivos e registros gerais sob a
coordenação de um Moderador.

Esse “Superior Geral”, geralmente possuidor de vastos conhecimentos


especializados sobre assuntos dinásticos e profundo conhecedor da História,
escolhido entre seus pares, exerce uma importante função dinástico-
administrativa, exortando e orientando os príncipes em suas atribuições. É
reconhecido e respeitado por sua experiência e conhecimentos, apresentando
concretamente sugestões úteis e preciosos conselhos para a correcta
administração e preservação do património histórico legado, sem interferir nos
assuntos privativos da dinastia ou em sua soberania.

O Moderador é o presidente natural dos conselhos ou consistório, que


são reunidos para opinar nos casos que lhes são submetidos, como sucessão
presuntiva, podendo reconhecer e confirmar o herdeiro ou indicando sucessor,
em casos de vacância.

O Moderador possui, ainda, poderes especiais para tomar decisões


monocráticas, para melhor orientar os trabalhos e agilizar os procedimentos da
competência do colegiado.

No âmbito interna corporis, as dinastias memoriais podem ser


organizadas por diplomas especiais, que regulamentam os registros dos actos
de governo, o protocolo, o uso das armas e da titulatura, e dispõem sobre a
sucessão. Esses estatutos disciplinam as relações internas e a concessão de
honrarias com os respectivos registros em livros próprios, ou com recursos da
informática, com a finalidade de se perpetuar o histórico e as actividades da
família.

Essa formalização documental pode ostentar diversos nomes, como


Estatutos, Regulamentos, Actos de Instituição ou Restauração, entre outros.

Um Rei, um Povo! 59
A vontade de vencer!
Pareceu-nos especialmente adequada a denominação "Organização
Institucional Teocrática da Coroa de Kash" instituída pela Domus Augusta8[8],
para o documento basilar de regulamentação das actividades da Domus Regia
Aethiopiae supra Aegyptum (Grande Núbia).

Nos termos do inciso VII do art. 127 da Lei nº 6.015/73 (Lei de Registros
Públicos), esses documentos podem ser registrados em Cartórios de Registros
de Títulos e Documentos, para sua conservação. Essa providência é
recomendável, para se perpetuar, em registro público e seguro, documentos de
valor histórico e hábeis a esclarecer eventuais controvérsias sobre os liames
sucessórios, e alterações na estrutura da entidade e em sua titulatura.

Como exemplo da utilidade prática desses registros, em nossas


pesquisas, localizamos um antigo documento de reforma dos Estatutos da
Ordem do Campeador, de 09/05/1977.9[9] Nessa cártula (Decreto nº 001/75-
GR, art. 2º e §§), consta que a Ordem pertence ao património heráldico e
dinástico da Sereníssima Casa Ducal Del Bivar e tem como patrono cívico o
nobre herói da Península Ibérica Don Rodrigo Del Bivar, que passou à história
como El Cid, o Campeador, Senhor de Bivar. Observa-se uma alteração no
título magistral de seu dirigente máximo (geralmente denominado Grão-
Mestre): na Ordem do Campeador, o dominus da Ordem tem o título de
Regente, conservando os direitos sucessórios da Casa e Família Ducal e os
poderes inerentes ao grão-mestrado daquela instituição dinástica.

11) Da Sucessão dinástica da adopção nobiliária

Interessante aspecto da sucessão civil, a adopção, sob aspecto


nobiliário, merece algumas considerações. Se o titular não possuir
descendência ius sangüinis, poderá indicar um sucessor que não possua
vínculo de sangue com o primeiro titular da honraria?

Sabemos que a sucessão guarda sempre um elo de família, de


sangue, de tradições. E mais, o titulado não possui o ius disponendi, para
adequar a linha de sucessão prevista na instituição da honraria, com a
realidade familiar. Mas, ante a possibilidade de extinguir-se a linha
originária, por falta de herdeiros, deverá o último titular conformar-se com
o perecimento de tradições, muitas vezes, milenares?

O mesmo dilema ocorre quando da sucessão dinástica.


Se esta ocorrer na sequência regular, com herdeiro iure sangüinis conhecido,
sua formalização e reconhecimento pelos seus pares não oferece dificuldades.
Via de regra, através de expedientes diplomáticos, o chefe dinástico leva ao
conhecimento da comunidade de seu relacionamento a designação de seu
herdeiro, o qual receberá as honras diplomáticas devidas à sua posição.

Um Rei, um Povo! 60
A vontade de vencer!
Ocorrendo a sucessão, mortis causa ou por renúncia do titular, basta
uma comunicação formal, e o novo dinasta será reconhecido e honrado, como
o fora seu antecessor.

Dificuldades podem surgir quando o último titular não apresentar


herdeiro iure sangüinis.

Em casos semelhantes, e para evitar o perecimento das tradições, é


aceito o procedimento de se eleger um sucessor, entre os colaboradores
da dinastia. Oportunamente, o escolhido receberá a orientação devida
sobre a administração do acervo histórico do qual tornar-se-á protetor e
responsável.

A designação é formalizada por ato do chefe dinástico e


oficialmente informada à comunidade da qual a Casa é integrante. É praxe
apresentar-se o cooptado à comunidade dinástica logo que essa
providência for adotada, ultimando seu reconhecimento e confirmação,
ainda em vida do último titular.

12) Da cooptação

Essa modalidade de adoção (com efeitos restritos ao universo da


dinastia) é conhecida como cooptação, e pode operar-se, tanto sob a
jurisdição do chefe da dinastia e por sua iniciativa, como por ato do
consistório, em casos de impedimento físico e mental do titular,
falecimento ou desaparecimento sem designação de sucessor.

A cooptação, reconhecida e confirmada pela autoridade


competente, afirma e estabelece os poderes reais, ilidindo todo e
qualquer óbice ao pleno exercício das funções dinásticas.

Há países que possuem protocolos (na Espanha, denomina-se “Livro de


Casas Ex-Reinantes”10[10], onde são registradas as famílias cujos ancestrais
exerceram o poder real. Esse registro é de grande valia como documentação
da situação dinástica, mas não é essencial para o reconhecimento por parte de
outros dinastas, que guardam completa autonomia para a prática desse ato.

13) Das Ordens Dinásticas

As Ordens dinásticas ou cavaleirescas podem enfrentar, em seus ciclos


sucessórios, situações análogas. Seja por falecimento prematuro de seu grão-
mestre, ausência de sucessor dinástico ou dirigente legal, ou por dispersão de
seus membros, a regularidade funcional e mesmo a subsistência dessas
Ordens podem ser inviabilizadas, propiciando o desaparecimento de seus
arquivos históricos e de suas tradições. Assim, documentos preciosos, de
antigas instituições dinásticas podem jazer adormecidos, por muitas gerações,

Um Rei, um Povo! 61
A vontade de vencer!
em algum arquivo familiar, à espera de eventual restauração.

14) Dos Priorados

Para ampliar geograficamente o campo de actividades de suas Ordens,


algumas dinastias organizam priorados, autónomos ou não, dependendo das
disposições de sua instituição. Geralmente, os priorados são criados por ato
soberano, a favor de um príncipe ou alto nobre, da confiança do dinasta
concedente, e seguem as mesmas directrizes do Grão-Mestrado da Ordem-
Mãe, quanto aos títulos, condecorações, actividades sociais e culturais, e sua
sucessão.

Da boa doutrina11[11], colhemos esta ilustrativa anotação, sobre o


Principado Soberano Feudatário de Kasteloryzo:

"Este principado foi instituído por Hatti-Houmayou (ato soberano, ou


Decreto Imperial, n. do a.) de S.M.I.R. o Padischah do Império Otomano,
sendo-lhe anexado um Grão-Priorado autónomo da Sacra Angélica Imperial
Ordem Constantiniana de São Jorge".

15) Dos Capítulos

Outras instituições dinásticas, à míngua de sucessão regular, e para


evitar o perecimento das tradições, organizam-se em capítulos, com as
mesmas finalidades das entidades originárias. O Chefe do capítulo é eleito por
seus pares, com carácter vitalício, em assembleia convocada especialmente
para esse fim.

Dessa forma, é possível encontrar-se, sob a denominação de Ordens,


Confrarias, Reais Associações e outras, instituições originariamente dinásticas,
que passaram a ser dirigidas por antigos membros, cooptados nas altas
funções magistrais, que preservam as antigas tradições e as glórias do ente
ancestral.

Por essas razões, no esteio das adaptações que se fazem necessárias


para a preservação da titulatura nobiliária, face às múltiplas alterações dos
formatos das comunidades humanas modernas, entendemos que as
disposições acima podem, mutatis mutandis 12[12], orientar a sucessão
nobiliária em geral, sendo imprescindível, para validade do ato13[13], a
homologação formal, seja pela autoridade dinástica originária, por sucessor
oficial reconhecido, ou, em casos específicos das Ordens cavaleirescas, e em
ausência de herdeiro ou sucessor conhecido, a eleição por maioria dos
membros remanescentes, em ato solene, devidamente documentado.

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A vontade de vencer!
º Referências Bibliográficas

Fontes Consultadas

 Baroni Santos, W., Tratado de Heráldica, vol. I, 5ª ed., 1978


 Lavardin, Javier, Historia del Último Pretendiente a la Corona de España,
Editions Ruedo Ibérico, Paris, França, 1976, nº d'édition: 119
 Arquivos de O Estado de São Paulo, edição de 24/12/2001
 Arquivos do 1º Cartório de Registro de Títulos e Documentos - Registro
Civil das Pessoas Jurídicas de São Paulo, Reg. nº 7.072, de
09/05/1977.
 Lei Federal nº 6.015/73 - Registros Públicos
 Cito, Angelo (Frei Adeodato do Sagrado Coração de Jesus), Resumo
Histórico Genealógico Heráldico Jurídico da Ilustre Casa Angelo
Comneno e da Ordem Sacra Imperial Angélica da Cruz de Constantino,
o Grande. Rio de Janeiro-RJ, 1954.
 Petrucci, Basílio, Ordini cavallereschi e titoli nobiliari in Italia, ed. CD
Roma, 1972, in Baroni Santos, W., Tratado de Heráldica, vol. I, 5ª ed.,
1978, p. 198.
 Centro de Informação e Documentação da Coroa de Kash
 Arquivos CID da Casa Imperial dos Romanos
 Arquivos da Santa Sé Apostólica Pro-Patriarcal Ecumênica.

Três estados soberanos (Espanha, Itália e Vaticano) reconheceram ao longo


de toda a sua vida a sua filiação. Sendo a Espanha e a Itália membros da
Comunidade Europeia, esta filiação não pode ser posta em causa, porque
como já ficou por demasiado evidente e documentado SAR. D. Maria Pia
Nasceu e morreu como filha de SM. D. Carlos I. e como soberana nessa
condição.

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Se dúvidas houvesse ainda recentemente recebemos do Consejo de Estado
Espanhol cópia do despacho onde o caso da legitimidade dos netos de SAR.
D. Maria Pia de usarem os apelidos reais foi analisada tendo tido despacho
favorável, pela importância histórica da família no contexto da organização e
história da Europa.

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Também sua filha que tem nacionalidade Espanhola usa dos apelidos reais
conforme se pode verificar no documento do BOE Boletim oficial Espanhol a
respeito da fundação Berrocal, dedicada à memória do seu marido
recentemente falecido o escultor Miguel Ortiz Berrocal de Janeiro de 2008:
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Serve a presente explicação para demonstrar que Duarte Pio de Bragança
ocultou factos ao povo português para dessa forma lograr atingir os seus
objectivos que são denegrir a imagem dos legítimos representantes da última
dinastia reinante e no fundo perpetuar a mentira que desde seu avô vem
ensombrando a memória histórica de Portugal. Querendo continuar a enganar
a nação portuguesa, fazendo-se passar por “duque de Bragança” titulo a que
não tem quaisquer direitos.

Duarte Pio ao longo do tempo entendeu que a Lei de Banimento seria


inconstitucional por contrariar a Carta Constitucional de 1826 e também a de
1822, reposta em vigor após a Revolução de 1836, que regulavam, ao tempo, a
sucessão ao trono português, sendo que a Constituição de 1838, que afastava
da sucessão a linha colateral do ex-Infante D. MIGUEL I DE BRAGANÇA, teria
sido revogada em 1842, tendo alegadamente voltado a vigorar a Carta de
1826. Não obstante, Duarte Pio afirma que esta dizia que a nacionalidade
portuguesa só se perderia em caso de uma naturalização em País estrangeiro,
aceitação de emprego, pensão ou condecoração de Governo Estrangeiro sem
autorização do Rei, ou de banimento por sentença. Daí que ele entenda que o
ex-Infante D. MIGUEL I DE BRAGANÇA nem qualquer dos seus descendentes
tenham perdido a nacionalidade portuguesa. Trata-se duma desavergonhada
omissão;

A Lei de Banimento de 1834 estava, de facto, em todo o seu vigor em 1910.

1.2. Existiram Constituições Monárquicas – como a de 1838 – que


incorporaram partes a Lei de Banimento de 1834 nomeadamente e apenas em
que a mesma excluía o ex-infante D. MIGUEL I DE BRAGANÇA e seus
descendentes da sucessão do trono.

1.3. A Lei de Banimento (com o consequente exílio e perda de nacionalidade)


não foi incluída na Constituição de 1838, nem tinha de estar por se tratar de lei
ordinária aprovada em cortes motivo pela qual nunca deixou de estar em vigor.
Com a reposição da Carta Constitucional de 1826, ainda que a exclusão da
sucessão ao trono da família do Ramo Miguelista deixasse de ter uma
dignidade constitucional, esta não deixou de vigorar, porque em nada
contrariou a Carta Constitucional. Na verdade, qualquer Lei que seja anterior à
Um Rei, um Povo! 70
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entrada em vigor de uma nova Constituição e que a contrarie é tida como
inconstitucional, e, entende-se, em termos de ciência jurídica, que a mesma
fica revogada tacitamente (contudo, o mesmo já não acontece com as Leis
inconstitucionais que são aprovadas depois da entrada em vigor da nova
Constituição, porque estas só cessam a vigência com a sua revogação ou
declaração de inconstitucionalidade pelos órgãos competentes).

Porém, isto não se aplica à Lei do Banimento, porque não é pelo facto de
algum dos seus artigos (a exclusão da sucessão do trono) deixarem de ter
dignidade constitucional que a Lei passa a contrariar a Carta Constitucional;
ora não tendo sido revogada tacitamente com a reposição em vigor da Carta
(porque não a contrariava), a Lei do Banimento só cessava vigência com a sua
revogação expressa, o que não sucedeu durante a vigência da monarquia nem
nos primeiros 40 anos da república.

Outros dados que reforçam a vigência da Lei de Banimento em 1910 são: os


membros da linha miguelista raramente vinham a Portugal e quando o faziam
as suas visitas uma ou duas, tinham carácter secreto; por outro lado a I
República decretou em 15 de Outubro de 1910 que é "mantida" a proscrição do
ramo da família Bragança banido pelo regime constitucional anterior (ou seja o
ramo miguelista); o regime do Estado Novo revogou não só este decreto de
1910 como a Lei do Banimento de 1834;
Conclui-se assim que o banimento e a exclusão do trono vigoraram até 27 de
Maio de 1950 (data da revogação pela Assembleia Nacional sob as ordens de
Salazar);

Durante o período da proscrição (de 1834 a 1950) aos membros da linha


miguelista estava vedada a nacionalidade portuguesa; o privilégio de extra-
territorialidade outorgado pelo Imperador da Áustria concedia a D. Miguel II de
Bragança o direito ao tratamento idêntico ao de um soberano no exílio como se
de um chefe de Estado se tratasse, concedendo-lhe imunidade à jurisdição
austríaca; mas não podia atribuir nem atribuiu a nacionalidade portuguesa a D.
Miguel II, pois nenhuma autoridade estrangeira o podia fazer; só o estado
português pode dizer quem reúne ou não as condições de acesso à
nacionalidade.

Não pode corresponder à verdade a referência de que Miguel Maria Carlos


Egídio Constantino Gabriel Rafael avô de Duarte Pio de Bragança e Pai de
Duarte Nuno de Bragança seria português por vários motivos:

1) Pela aplicação das leis do banimento de 1834 e da proscrição de 1910.

2) Pela aplicação dos princípios de perda de nacionalidade consagrados na


Constituição de 1822 e todas as que se seguiram até 1911.

Um Rei, um Povo! 71
A vontade de vencer!
a) Constituição 1820 artº 23

Perde a qualidade de cidadão Português:

I. O que se naturalizar em país estrangeiro:

II. O que sem licença do Governo aceitar emprego, pensão, ou


condecoração de qualquer Governo estrangeiro.

b) Carta Constitucional de 1826 artº 8

Perde os Direitos de Cidadão Português:

1º O que se naturalizar em País Estrangeiro.

2º O que sem licença do Rei aceitar Emprego, Pensão ou Condecoração


de qualquer Governo Estrangeiro.

3º O que for banido por Sentença.

c) Constituição de 4 de Abril de 1834

artº 7

Perde os direitos de Cidadão português:

I - O que for condenado no perdimento deles por sentença;

II - O que se naturalizar em País Estrangeiro;

III - O que sem licença do Governo aceitar mercê lucrativa ou honorífica


de qualquer Governo Estrangeiro.

Artº 98

A linha colateral do ex-Infante Dom Miguel e de toda a sua descendência é


perpetuamente excluída da sucessão.

d) Constituição da Republica 1911

Artº3

A Constituição garante a portugueses e estrangeiros residentes no país a


inviolabilidade dos direitos concernentes à liberdade, à segurança individual e à
propriedade nos termos seguintes:

1.º Ninguém pode ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa
senão em virtude da lei.

Um Rei, um Povo! 72
A vontade de vencer!
2.º A lei é igual para todos, mas só obriga aquela que for promulgada
nos termos desta Constituição.

3.º A República Portuguesa não admite privilégio de nascimento, nem


foros de nobreza, extingue os títulos nobiliárquicos e de conselho e bem
assim as ordens honoríficas, com todas as suas prerrogativas e regalias.

Os feitos cívicos e os actos militares podem ser galardoados com diplomas


especiais.

Nenhum cidadão português pode aceitar condecorações estrangeiras.

Artº 74

São cidadãos portugueses, para o efeito do exercício dos direitos políticos,


todos aqueles que a lei civil considere como tais.

Único – A perda e a recuperação da qualidade de cidadão português são


também regulados pela lei civil.

Duarte Pio de Bragança alegou várias vezes a falta de fundamentação legal da


validade da lei do banimento devido aos períodos de vigência das diferentes
Constituições entre o período de 1822 a 1911.

Curiosamente anos antes o mesmo afirmava peremptoriamente numa


entrevista que foi publicada em livro “D”. Duarte de Bragança Um Homem de
Causas, Causas de Rei” de Palmira Correia edições D. Quixote 1ª edição 2005:

Nas Páginas 21 Sic “ Descendente em linha directa


de D. Miguel I, “D”. Duarte Pio é filho de “D”. Duarte
Nuno (neto de D. Miguel) e de D. Maria Francisca (trineta de D. Pedro IV) A lei
do banimento, que determinava a aplicação da pena de morte aos
descendentes de D. Miguel I que fossem encontrados em território
português impediu a família de regressar ao País durante largos anos.
Seu pai entrou pela primeira vez secretamente em 31 de Outubro de 1929.
Só em 1950, quando a lei proscrição foi finalmente renovada, a “Família

Um Rei, um Povo! 73
A vontade de vencer!
Real” pôde finalmente regressar a Portugal, o que acabou por fazer três
anos depois.

Diz a lei do banimento:

Artº 1 O Ex-Infante D. Miguel e os seus descendentes são excluídos


para sempre do direito de suceder na coroa dos reinos de Portugal,
Algarve e seus domínios.

Artº 2 O mesmo Ex-Infante D. Miguel, e seus descendentes são banidos


do território português, para em nenhum tempo entrarem nele, nem
gozarem de quaisquer direitos civis ou políticos. A conservação ou
aquisição de quaisquer bens fica-lhes sendo vedada, seja qual for o
título e a natureza dos mesmos. Os patrimoniais, e particulares do Ex-
Infante D. Miguel, de qualquer espécie que sejam, ficam sujeitos às
regras gerais de indemnização

Um Rei, um Povo! 74
A vontade de vencer!
Um Rei, um Povo! 75
A vontade de vencer!
LEI DE PROSCRIÇÃO
Decreto, de 15 de Outubro de 1910

O Governo da Republica Portuguesa faz saber que, em nome da Republica,


se decreta, para valer como lei, o seguinte:

Artigo 1.º É declarada proscrita para sempre a família de Bragança, que


constitui a dinastia deposta pela Revolução de 5 de Outubro de 1910.

Art.º 2.º Ficam incluídos expressamente na proscrição os ascendentes,


descendentes e colaterais até o quarto grau do ex-chefe do Estado. (aqui se
inclui também D, Maria Pia filha de D. Carlos I, nascida em 1907)

Art.º 3.º É expressamente mantida a proscrição do ramo da mesma família


banido pelo regime constitucional representativo. (quer esta alínea dizer
que mantém o que estava em vigor desde 1834 a lei do banimento)

Como se torna obvio da leitura das leis citadas anteriormente de 1834 a 1910
durante a Monarquia Constitucional a supra citada Carta de Lei de 11 de
Dezembro de 1834 esteve sempre em vigor e também no advento do golpe
republicano houve a preocupação de manter em vigor essa mesma lei do
banimento

E isso mesmo o reconhece Duarte Pio de Bragança no supra citado livro


apresentado como prova. E se assim não fosse porque razões não vieram viver
para Portugal os descendentes do Ex-Infante D. Miguel antes de 1953, senão
pelo facto de sobre eles pender a pena de morte.

Quer isto dizer que de 1834 a 1950 toda a descendência do ex-Infante D.


Miguel não tinha quaisquer direitos civis ou políticos. Ao ser-lhes negados
direitos civis isso inclui obviamente a nacionalidade. Motivo pelo qual a
menção de ser nacional português referenciado nos documentos de
registo de Duarte Pio de Bragança, seu pai Duarte Nuno Afonso Maria
Miguel Gabriel Rafael Francisco Xavier Raimundo António e seu avô
Miguel Maria Carlos Egídio Constantino Gabriel Rafael são falsas, porque
há data da ocorrência dos respectivos nascimentos estava em vigor a referida
lei, nunca alterada pelas diferentes vigências constitucionais, no que concerne
ao seu artigo nº2:

Artº 2 O mesmo Ex-Infante D. Miguel, e seus descendentes são banidos


do território português, para em nenhum tempo entrarem nele, nem
gozarem de quaisquer direitos civis ou políticos. A conservação ou
aquisição de quaisquer bens fica-lhes sendo vedada, seja qual for o
título e a natureza dos mesmos. Os patrimoniais, e particulares do Ex-
Infante D. Miguel, de qualquer espécie que sejam, ficam sujeitos às
regras gerais de indemnização.

Um Rei, um Povo! 76
A vontade de vencer!
Pela perda de direitos políticos mesmo sem a referência expressa às
linhas de sucessão, perderam também os direitos dinásticos,
independentemente da Constituição que esteve em vigor de 1834 a 1950.

Acrescente-se ainda a invocada vigência da Carta Constitucional de 1826 por


Duarte Pio de Bragança em substituição da Constituição de 1834 em nada
altera em substância a questão da nacionalidade do Ex-infante D. Miguel e
toda a sua descendência

Carta Constitucional de 1826 artº 8

Perde os Direitos de Cidadão Português:

3º O que for banido por Sentença.

Como sabemos o Ex-infante D. Miguel foi banido por uma lei emanada do
parlamento da época lei essa que era ao mesmo tempo uma sentença,
sem margens interpretativas, D. Miguel é assim CONDENADO não por um
simples juiz, mas por toda a nação através dos seus representantes
máximos, o parlamento e a coroa, ele e toda a sua descendência (1834 a
1950) na qual se inclui Duarte Pio de Bragança, perderam assim a
nacionalidade Portuguesa.

Condenação esta, resultante da indignação da nação face à falta de palavra do


ex. Infante no cumprimento da Convenção e adenda da Convenção de
Evoramonte onde declarava “não mais imiscuir-se em negócios destes reinos e
seus domínios”

Demonstrados os princípios gerais de perda e impossibilidade de acesso à


nacionalidade portuguesa do Ex-infante D. Miguel e toda a sua descendência
trataremos de imediato de cada um dos visados em questão:

1) O Ex Infante D. Miguel não resta dúvidas que pela aplicação da lei do


banimento e do artº 8 nº 3 da carta Constitucional, deixou de ser
português passando à condição de apátrida.

2) Da nacionalidade de “D”. Miguel II

Seu filho Miguel Maria Carlos Egídio Constantino Gabriel Rafael, aplicam-se os
mesmos princípios de aplicação da lei do banimento.

Um Rei, um Povo! 77
A vontade de vencer!
Tendo nascido na Alemanha no Castelo de Kleinheubach, na Baviera,
Alemanha, em 19 de Setembro de 1853, Miguel estudou no Colégio de São
Clemente, em Metz, e frequentou a Universidade de Innsbruck, em Tirol. Foi
nomeado alferes do décimo quarto Regimento de Dragões, tomando parte
na campanha de ocupação da Bósnia.

Um Rei, um Povo! 78
A vontade de vencer!
Um Rei, um Povo! 79
A vontade de vencer!
Veio a falecer em Seebenstern, na Áustria, em 11 de Outubro de 1927.

Por força da Lei do Banimento de 1834, estava-lhe vedada a nacionalidade


portuguesa.

Ainda assim, refira-se que à época do seu nascimento se aplicava a Carta


Constitucional de 1826, a qual relativamente às questões de nacionalidade
dispunha no seu art.º 7, sob o Titulo “ Os Cidadãos Portugueses”, o seguinte:

“ São cidadãos portugueses:

1.º- Os que tiverem nascido em Portugal ou seus domínios, e que hoje


não forem Cidadãos Brasileiros, ainda que o Pai seja estrangeiro, uma
vez que este não resida por serviço da sua Nação.

2.º - Os Filhos de Pai Português, e os ilegítimos de Mãe Portuguesa,


nascidos em País Estrangeiro, que vierem estabelecer domicílio no
Reino.

3.º - Os Filhos de Pai Português, que estivesse em País Estrangeiro em


serviço do Reino, embora eles não venham a estabelecer domiciliam no
Reino.

4.º- Os Estrangeiros naturalizados, qualquer que seja a sua religião;


Uma lei determinará as qualidades precisas para se obter carta de
Naturalização.”

Ora a aplicação deste art.º 7 da Carta Constitucional de 1826 à situação


concreta de D. Miguel II impedia-o de aceder à nacionalidade portuguesa,
pelas seguintes razões:

a) Não tinha nascido em Portugal;


b) Não era filho de Pai de Português, em razão da Lei do Banimento ter
retirado a nacionalidade a seu Pai, D. Miguel I, que vivia exilado fora de
Portugal;
c) Não veio a requerer a naturalização, processo, aliás, no qual não teria
qualquer hipótese de sucesso, exactamente por força da vigência da Lei
do Banimento.

Em virtude do seu estabelecimento na Áustria e de algum reconhecimento que,


por força da sua proveniência real, detinha naquele pais, a 20 de Março de
1881 o Imperador da Áustria, Francisco José, concedeu a D. Miguel II direitos
de extraterritorialidade, direitos esses que eram extensíveis aos seus filhos
menores. A concessão deste direito, que permitia considerar o local do
domicílio dos agraciados como território da sua suposta nacionalidade, neste
caso território português, levou a que os defensores da Ala Miguelista
considerassem como solo português o local do nascimento do filho de D.
Miguel II, “D”. Duarte Nuno, assim procurando legitimar, em função de um

Um Rei, um Povo! 80
A vontade de vencer!
suposto jus solii, a sua nacionalidade portuguesa, que teria adquirido de forma
originária e imediata.

Tal corrente não pode, em todo o caso, prevalecer numa análise jurídica, uma
vez que só a Lei portuguesa pode regular as questões relativas à atribuição da
nacionalidade portuguesa, que não pode, portanto, ser adquirida por “ actos
generosos de soberanos estrangeiros”, como bem sustentam vários autores.

O próprio Duarte Pio de Bragança o reconhece no supra citado livro pág.


29

“Embora o governo português nem sequer reconhecesse a existência da


família.”

A extra-territorialidade se tivesse alguma validade jurídica que não era o caso,


também de nada valeria a D. Miguel II em virtude de ter nascido em 1853 como
alemão na Alemanha e o referido “ privilégio” ter sido concedido em 1881
quando já tinha 28 anos de idade.

Com a implantação da República, em 1910, manteve-se a anterior situação,


prevista na Lei do Banimento de 1834, com a publicação da Lei da Proscrição
de 15 de Outubro de 1910, que no seu art.º 3 versa sobre o Ramo Miguelista
da família Bragança:

“É expressamente mantida a proscrição do ramo da mesma família


(Bragança) banido pelo regime constitucional representativo.”

Assim sendo, D. Miguel II nasceu estrangeiro e morreu estrangeiro, nunca


podendo ter adquirido validamente, por qualquer forma, a nacionalidade
portuguesa. Motivo pelo qual a transcrição do registo de nascimento de
seu filho Duarte Nuno, efectuada em 1942 é falsa por conter a falsa
declaração que D. Miguel II seria português.

Um Rei, um Povo! 81
A vontade de vencer!
Ainda assim e por mero exercício de raciocínio supondo que os argumentos
invocados por Duarte Pio de Bragança a respeito da inconstitucionalidade da
lei do banimento tivessem algum valor

1º) perde a nacionalidade aquele que se naturalizar em país estrangeiro,


2º que sem licença do rei aceitar emprego, pensão ou condecoração de
qualquer Governo estrangeiro e 3º o que for banido por sentença.

Esta disposição nº 2º que sem licença do rei aceitar emprego, pensão ou


condecoração de qualquer Governo estrangeiro da carta Constitucional de
1826 era de tal forma importante que aparece em todas as constituições
da época:

Constituição 1820 artº 23

Perde a qualidade de cidadão Português:

II. O que sem licença do Governo aceitar emprego, pensão, ou


condecoração de qualquer Governo estrangeiro.

b) Carta Constitucional de 1826 artº 8

2º O que sem licença do Rei aceitar Emprego, Pensão ou Condecoração


de qualquer Governo Estrangeiro.

c) Constituição de 4 de Abril de 1834

artº 7

III - O que sem licença do Governo aceitar mercê lucrativa ou honorífica


de qualquer Governo Estrangeiro.

Relembrando; tendo nascido na Alemanha no Castelo de Kleinheubach, na


Baviera, Alemanha, em 19 de Setembro de 1853, Miguel estudou no Colégio
de São Clemente, em Metz, e frequentou a Universidade de Innsbruck, em
Tirol. Foi nomeado alferes do décimo quarto Regimento de Dragões,
tomando parte na campanha de ocupação da Bósnia.

Ora se foi nomeado alferes do regimento Alemão, obviamente que teve de


aceitar, emprego; pensão e condecoração de governo estrangeiro o que
mais uma vez comprova que ainda que tivesse nacionalidade portuguesa,
a teria perdido por força da aplicação destes dispositivos.

Acrescente-se ainda que Durante a Primeira Guerra Mundial, integrou o


exército austríaco, do qual se retirou quando Portugal entrou no conflito em
1916.

Um Rei, um Povo! 82
A vontade de vencer!
Um Rei, um Povo! 83
A vontade de vencer!
D. Miguel II de Bragança fonte wikipédia e enciclopédia Luso Brasileira.
Ainda assim se face ao exposto resta-se qualquer dúvida teríamos a
prova dos nove que o próprio “D. Miguel II” nos dá no chamado pacto de
Dover do qual no livro “ Salazar e a Rainha”

Pacto de Dover (págs. 89 a 92) “Diz Caetano Beirão que sobre esse chamado
Pacto de Dover se discorreu muito, todavia de concreto ficando segundo ele,
apenas a nota que o pretendente legitimista (Miguel Bragança II)
escreveu…para ser entregue à imprensa.”

Um Rei, um Povo! 84
A vontade de vencer!
Ponto nº 3 “ São restituídos ao Senhor D. Miguel e à sua família os
direitos de Portugueses”

Um Rei, um Povo! 85
A vontade de vencer!
Ou seja em 1912 “ D, Miguel II” avô de Duarte Pio envia uma nota à imprensa
onde pede a devolução dos direitos de português para si e para a sua família a
D. Manuel II que já nada poderia fazer por ele em virtude de estar exilado. E de
estar em vigor as leis do banimento confirmadas pela lei da proscrição da
republica. Se pede a devolução bem sabia “ D. Miguel II” que não era
português, nem ele nem seu filho Duarte Nuno nascido em 1907 e pai de
Duarte Pio.

No ponto 4 também pede a devolução do estado de nobreza, perdido pela


sua família por decreto de D. Pedro IV a 18 de Março de 1834.

Um Rei, um Povo! 86
A vontade de vencer!
Motivo pelo qual são falsas as referencias a títulos nobiliárquicos nos
registos de nascimento de:

Duarte Nuno Afonso Maria Miguel Gabriel Rafael Francisco Xavier Raimundo
António

Duarte Pio de Bragança

Onde os mesmos aparecem como duques de Bragança em clara oposição às


leis vigentes,

Acrescente-se que para preservar o estatuto de chefe de casa dinástica, se


para tal legitimidade tivessem, à luz do direito internacional e assim dessa
forma manter o estatuto de soberano não reinante o ex. Infante D. Miguel I e os
seus descendentes, no qual se inclui Duarte Pio de Bragança nunca poderiam
abdicar dessa soberania, como o fizeram ao longo de gerações. O ex. Infante
D. Miguel quando em Evoramonte assinou uma adenda declarando que nunca
mais se imiscuiria em negócios destes reino e seus domínios, Miguel II avô de
Duarte Pio quando serviu no exercito Austríaco, o seu filho Duarte Nuno
quando mandou os seus partidários obedecer a D. Manuel II e Inclusive o
próprio Sr. Duarte de Bragança que tendo servido voluntariamente na Força
Aérea portuguesa e por esse motivo jurado bandeira, isto é jurar respeitar a
Constituição e as leis da Republica Portuguesa (na qual se inclui o artigo
nº288, alínea b, nº 2 “ a forma republicana constitui um limite material à própria
revisão constitucional”) o tornam um cidadão igual aos outros.

“D”. Duarte Nuno” (1907-1976), pai de. Duarte Pio de Bragança nasceu na
Áustria tendo falecido em Portugal.

1. Da nacionalidade de “D”. Duarte Nuno

“D”. Duarte Nuno nasceu na Áustria, em 1907.

Não era, assim, português em função do local de nascimento,


continuando a aplicar-se-lhe o disposto na já referida Lei do Banimento.

Admitindo-se, estritamente para efeitos de raciocínio, que fosse filho de pai


português, a lei da nacionalidade vigente à época era o Código Civil de 1867,
que estabelecia as condições para aquisição da nacionalidade Portuguesa por
parte de filhos de portugueses residentes no estrangeiro.

Um Rei, um Povo! 87
A vontade de vencer!
Assim, e em condições bastante semelhantes às decorrentes da mencionada
Carta Constitucional de 1826, dispunha o art.º 18 n.º 3 do Código Civil de 1867
poderem adquirir a nacionalidade portuguesa:

“ Os filhos de pae portuguez, ainda quando este haja sido expulso do


reino, ou os filhos illegitimos de mãe portugueza, bem como nascidos em paiz
estrangeiro, que vierem a estabelecer domicilio no reino, ou declararem por si,
sendo maiores e emancipados, ou por seus pais ou tutores, sendo menores,
que querem ser portugueses.”

Assim sendo, nos termos do disposto neste art.º 18 n.º 3, eram duas as
condições que deveriam ser preenchidas por um filho de português, nascido no
estrangeiro, para poder ser considerado português:

a) Uma declaração formal do desejo de ser nacional português;


b) Fixação de Residência em Portugal;

“D”. Duarte Nuno não preenchia, à data do seu nascimento e posteriormente,


até 1955, qualquer dessas condições.

Não era filho de pai português, uma vez que seu pai tinha nascido e
morrido austríaco; não fixou a sua residência em Portugal até 1955, por
força do impedimento legal de entrada no nosso país, decorrente da Lei do
Banimento de 1834 e da Lei da Proscrição de 1910, impedimento esse que só
veio a ser revogado pela Lei 2040, de 27 de Maio de 1950.

Ora a mencionada revogação da Lei do Banimento de 1834 e da Lei da


Proscrição de 1910, tem como efeito directo o de permitir o regresso da família
Bragança a Portugal, como veio a acontecer em 1955, com carácter definitivo.
Ainda que estes efeitos apenas sejam sensíveis a partir de 1950, admitindo-se
ser matéria controversa a dos efeitos da revogação quanto às questões da
nacionalidade (assunto que será tratado adiante), parece-nos ser facto
assente que à data do nascimento de seu filho “D”. Duarte, “D”. Duarte
Nuno era, sem margem para dúvidas, cidadão estrangeiro.

Estranho é também o facto, se Duarte Nuno tivesse adquirido a nacionalidade


portuguesa em 1942 por ser filho de portugueses, a que não teria obviamente
direito porque efectivamente não era filho de portugueses, não se
compreende porque em 1961 teve necessidade de fazer novo registo de
aquisição de nacionalidade desta feita invocando “ fixou domicílio em
território português anteriormente à lei 2998 de 29/07/59 proc-7996 de
29/09/1961.

Um Rei, um Povo! 88
A vontade de vencer!
Da nacionalidade de “D”. Duarte.

“D”. Duarte nasceu em Berna, na Suíça, em 1945, não se confirmando que,


pela consulta do documento de transcrição da certidão de nascimento para a
ordem jurídica portuguesa, tenha nascido na Embaixada Portuguesa, como
alegam algumas teorias.

A respeito do documento do MNE sobre a morada da legação.


Essa morada até pode corresponder à legação e ser a mesma do registo de
nascimento. Mas naquele tempo as pessoas nasciam em casa e quando ia
fazer o registo, o funcionário pergunta o local de nascimento e o pai de “D”.
Duarte , falsamente deu a morada da legação, para lograr os seus objectivos
usurpatórios.

Obviamente que se tivesse nascido na legação e por convite o facto


ficaria registado nos livros consulares como obrigava a lei, mas mesmo
que assim tivesse sido tratar-se-ia de um parto clandestino face às leis
vigentes e sem qualquer valor para efeitos de aquisição de nacionalidade.

Acrescente-se que ao contrário do que se pensa uma embaixada não é


território estrangeiro, em direito internacional não existe
extraterritorialidade, o que existe é inviolabilidade das representações e
imunidade dos representantes. Se ad argumentum, existisse “
extraterritorialidade”, o embaixador do Mónaco (onde o jogo de azar é
permitido) ou o embaixador da Holanda (onde a prostituição e o consumo de
estupefacientes é legal) poderiam montar o seu “negócio” em território
estrangeiro dentro das suas embaixadas. Assim ninguém obtém a
nacionalidade por sua mãe ter dado à luz no prédio de representação
diplomática, ainda que com conivência da autoridade.

É também indiscutível que, à data do seu nascimento, estava vedado a


“D”. Duarte obter a nacionalidade portuguesa por força da aplicação das
Leis de Banimento e de Proscrição.

De facto, no que respeita à situação da sua nacionalidade aplicam-se os


mesmos preceitos referidos relativamente à situação do seu progenitor.

Assim, aplicava-se o disposto no art.º 18 n.º 3 do Código Civil de 1867, sendo


então duas as condições que deveriam ser preenchidas para um filho de
português nascido no estrangeiro poder ser considerado português:

a) Uma declaração formal do desejo de ser nacional português;


b) Fixação de Residência em Portugal.

Um Rei, um Povo! 89
A vontade de vencer!
Nenhuma das referidas condições se encontrava preenchida à data do
nascimento de “D.” Duarte, nem o foram posteriormente, até 1955 quando
a família Bragança regressa a Portugal e aqui fixa a sua residência.

Em relação à situação concreta de “D.” Duarte, uma terceira hipótese poderia


ser considerada, correspondendo ao previsto no art.º 142 do Regulamento
Consular, aprovado pela Lei 6462, de 20 de Março de 2006, e que dispunha o
seguinte:

“ A inscrição de um assento de nascimento no registo consular, feito em


presença dos pais do recém-nascido, supre a declaração de nacionalidade
prevista no art.º 18 n.º3 do Código Civil”

Seriam estas as três vias possíveis para um filho de português, nascido no


estrangeiro, vir a adquirir a nacionalidade portuguesa.

Ainda relativamente ao nascimento de filhos de portugueses no estrangeiro,


haveria a obrigatoriedade, nos termos do disposto no art.º 105 n.º 3 do Código
do Registo Civil de 1932, de promover a transcrição nos livros de registos dos
agentes diplomáticos e consulares da ocorrência de tal facto:

“Os assentos lavrados pelas autoridades locais relativos a nascimentos


e óbitos de portugueses ocorridos na área da respectiva circunscrição”

Não foi o que aconteceu!

No acto de registo de nascimento de seu filho “D.” Duarte, “D.” Duarte


Nuno declara ser nacional português, tendo em vista, através dessa falsa
declaração, preencher a declaração de nacionalidade prevista no art.º 18
n.º 3 do Código Civil de 1867.

Não houve qualquer tipo de transcrição, no livro dos agentes diplomáticos e


consulares, no respectivo consulado ou na embaixada do nascimento de
“D.”Duarte, como a lei estipulava.

Houve sim, um pedido de transcrição baseado num registo de nascimento de


um cantão Suíço, efectivado para a ordem jurídica portuguesa em 1947,
quando ainda se encontravam em vigor as mencionadas Leis de Banimento e
da Proscrição, com os supra aludidos efeitos.

E, sendo uma transcrição de registo de nascimento em língua estrangeira, para


a qual havia a obrigatoriedade legal de apresentar O documento original e
uma tradução certificada, não encontramos explicação jurídica para o facto
de a mesma tradução ser datada de 19 de Maio de 1947 e o respectivo
Assento conter a seguinte menção:

Um Rei, um Povo! 90
A vontade de vencer!
“ a transcrição foi ordenada pela Direcção dos Serviços de Registos e
Notariado em seu oficio de 12 de Outubro do ano findo.”

Após esta transcrição e, posteriormente, com a permissão do regresso a


Portugal da família Bragança, foram emitidos documentos legais portugueses,
sendo que, em função desta situação, foi contactada a Conservatória dos
Registos Centrais no sentido de se pronunciar sobre algumas questões
importantes, para se perceber qual a posição adoptada pelos serviços, naquela
altura, a saber:

a) Local de Nascimento de “D.”Duarte;


b) Razão pela qual foi aceite a transcrição da certidão de nascimento para
a ordem jurídica portuguesa;
c) Nacionalidade do pai do registado;
d) Interpretação do art.º 18 n.º 3 do Código de Seabra, relativa à
domiciliação do menor.

Pela análise dos documentos disponibilizados com a consulta, a interpretação


efectuada pela dita Conservatória foi viciada pela introdução de um erro na
declaração – a alegada nacionalidade portuguesa de “D.”Duarte Nuno, à data
de nascimento de “D.”Duarte -, declaração essa que não terá sido verificada ou
investigada pelos serviços registrais, o que resultou na atribuição da
nacionalidade portuguesa a “D.”Duarte, sem que para tal estivessem reunidas
as necessárias condições legais.

Em suma, a transcrição do referido registo de nascimento de “D.” Duarte


para a ordem jurídica portuguesa, ocorrida em 1947, violou a Lei então
vigente, por força de uma declaração falsa prestada por “D.” Duarte Nuno.

Também pela consulta da certidão narrativa de nascimento de “D.”Duarte se


verifica que relativamente aos seus progenitores, bem como aos progenitores
destes, não consta qualquer tipo de menção ao local de nascimento, o
que, só por si, evidencia o não preenchimento de uma das condições
essenciais, em 1947, para legitimar a obtenção da nacionalidade
portuguesa.

2. A Lei 2040, de 27 de Maio de 1950

Após a morte de “D.”Manuel II, último Rei de Portugal, muitas questões se


levantaram no que concerne à disposição de todo o seu património, bem como
quanto a quem seria o seu legítimo sucessor.

Estando impedidos por Lei de regressar a Portugal, os membros da família


Bragança tentaram, por diversas vezes e por intermédio de diversas figuras
públicas, interceder junto do Presidente do Conselho de Ministros, Oliveira

Um Rei, um Povo! 91
A vontade de vencer!
Salazar, no sentido de ser levantada a proibição da entrada no país por parte
daquela família.

Num discurso datado de 1949, Salazar afirma ser favorável à permissão do


regresso da família Bragança a Portugal, referindo-se às diversas autorizações
concedidas para visita ao nosso país por parte de membros daquela família,
visitas essas em clara oposição ao disposto na Lei então vigente.

De qualquer forma, Salazar chega a referir a sua preocupação relativamente ao


risco de se poder vir a revelar inconveniente para a tranquilidade do país a
fixação de residência permanente em Portugal, por parte de “D.” Duarte Nuno.

Parece-nos ter havido, claramente, uma intenção por parte de Salazar de


permitir o regresso da família Bragança a Portugal, para assim satisfazer os
apoiantes da causa monárquica presentes nos círculos políticos do
Estado Novo, que de outra forma poderia sentir-se tentados a desencadear
movimentos direccionados a uma eventual restauração da Monarquia
portuguesa.

Em função do que, como se disse, vinha já sendo prática corrente do Estado


Português para com a família Bragança, nos anos imediatamente anteriores, foi
publicada a 27 de Maio de 1950 a mencionada lei, com a seguinte redacção:

“ Em nome da Nação, a Assembleia Nacional decreta e eu promulgo a lei


seguinte:

Artigo Único: São revogados a Carta de Lei de 19 de Dezembro de 1834 e o


Decreto de 15 de Outubro de 1910 sobre banimento e proscrição.
Publique-se e cumpra-se como nela contem.”

Várias questões se levantam relativamente à interpretação deste diploma,


nomeadamente no que respeita aos efeitos do mesmo, havendo por assim,
duas posições antagónicas sobre a amplitude dos seus efeitos jurídicos:

1) Há quem defenda que os efeitos decorrentes da Lei retroagem à data de


publicação dos diplomas revogados, isto é, que com a revogação das
mencionadas leis de 1834 e de 1910 o próprio D. Miguel I e, por maioria
de razão, os seus descendentes nunca perderam a nacionalidade
portuguesa e os restantes direitos civis e políticos. Deste modo, todos os
efeitos decorrentes da aplicação das leis revogadas seriam eles próprios
apagados, recuperando-se, na sua plenitude, a situação existente em
1834 e a que teria ocorrido caso se não tivessem vigorado as leis do
Banimento e da Proscrição. Esta tese permite afastar todos e quaisquer
vícios existentes no que toca às questões da nacionalidade dos vários
intervenientes, conduzindo à obtenção imediata e originária da
nacionalidade portuguesa por parte de “D”. Duarte de Bragança;

Um Rei, um Povo! 92
A vontade de vencer!
2) Num sentido completamente oposto, fundado numa interpretação literal
da Lei 2040, esta apenas poderia produzir efeitos para o futuro. De
facto, do texto da lei apenas consta a revogação da anterior legislação,
nada se dizendo no que concerne aos efeitos da aplicação da mesma.
Ora, nada constando da Lei quanto aos seus efeitos, terá que se
proceder a uma interpretar de acordo com os demais dispositivos legais
aplicáveis à data, relativamente à sucessão de leis no tempo. A este
respeito o art.º 8 do Código Civil de 1867 diz expressamente o seguinte:

“ A lei civil não tem efeito retroactivo. Exceptua-se a lei


interpretativa, a qual é aplicada retroactivamente salvo se
dessa aplicação resultar ofensa de direitos adquiridos.”

Não sendo uma lei interpretativa, os efeitos da Lei 2040 de 1950 só se


poderiam produzir para o futuro, o que significa que os efeitos das leis do
Banimento e da Proscrição, até à data da sua revogação, permaneceriam
intactos. Quer isto dizer que só a partir de 1950 é que a “D”. Duarte Nuno, bem
como a sua descendência, poderiam vir a obter a cidadania portuguesa, nos
moldes previstos na Lei da Nacionalidade aplicável à data e que seria o Código
Civil de 1867. Em termos práticos, esta posição implica que não se
reconhecendo automaticamente a nacionalidade portuguesa a “D”. Duarte,
este teria que ter passado por um processo de naturalização, instruído
após a revogação das leis do Banimento e da Proscrição, naturalização
essa cujos efeitos não seriam originários, pelo que “D”. Duarte só seria
licitamente nacional português a partir de 1950.

Não nos indicando o texto da lei o sentido da sua aplicação, a respectiva


interpretação exige que se identifique, em termos históricos, que não
actualistas, o que doutrina chama de “ratio leges”, ou seja, alcançar pelo
estudo dos elementos disponíveis, nomeadamente dos actos do processo
legislativo, as razões pelas quais foi o dito diploma produzido e o objectivo
último, substancial, do legislador, assim se podendo descortinar o sentido da
Lei, para além da sua simples literalidade.

Essa tarefa pode ser realizada através da consulta das actas das Sessões da
Assembleia Nacional, nos anos de 1949 e 1950, em que os deputados
discutiram esta questão, uma vez que, neste caso concreto, não existe na Lei
um Preâmbulo, que nos permita, a partir de um texto incluindo no próprio
diploma, identificar os objectivos concretos do legislador.

Ora, pela consulta dessas mesmas actas verifica-se que a discussão se


centrava à época na possibilidade de se considerar esta revogação como uma
Amnistia ou como uma Restituição Integral de Direitos.

Um Rei, um Povo! 93
A vontade de vencer!
Na primeira alternativa estaríamos a falar da aplicação da lei apenas para o
futuro, ou seja, de 1950 em diante, sendo válidos todos os actos praticados até
então.

Na segunda situação estaríamos perante uma aplicação retroactiva da lei, ou


seja, tornar-se-ia possível a destruição de todos os efeitos das leis revogadas,
recuperando a família Bragança, originariamente, todos os seus direitos civis e
políticos.

Transcrevem-se de seguida algumas opiniões de parlamentares, expressas


nas Sessões da Assembleia Nacional:

1. Sessão da Assembleia Nacional, IV Legislatura, 4ª sessão Legislativa,


n.º 198
Deputado Paulo Cancela de Abreu
“… Na ocasião própria os monárquicos dirão sobre o modo de efectivar-
se a doutrina destes projectos. Mas desde já posso afirmar que os
ilustres membros da Família de Bragança não têm de ser amnistiados,
mas sim reintegrados no pleno gozo dos seus direitos de portugueses…”

Deputado Rui de Andrade


“… Por isso o diploma que venha a elaborar-se não deve adoptar este
termo –amnistia-, que representa um perdão. Eles não são culpados…”

2. Sessão da Assembleia Nacional, IV Legislatura, 4ª sessão Legislativa,


n.º 197
Deputado Botelho Moniz
“…Há uma segunda parte, que é de pura restituição de direitos e essa
segunda parte divide-se em duas: restituição de direitos a inválidos e
restituição de direitos à Casa de Bragança. Restituição de Direitos não é
amnistia…”

Deputado Ribeiro Casaes


“… Não! Não há que amnistiar os Braganças! Há que fazer justiça,
dando-lhes desde já, o que ninguém se tem negado. A Família de
Bragança é portuguesa de lei. Respeitemo-la. E tenhamos sempre
presente que ela representa uma reserva moral da Nacção.”

3. Sessão da Assembleia Nacional, V Legislatura, 1ª sessão Legislativa, n.º


011
Deputado Paulo Cancela de Abreu
“… Quero que desapareça o último vestígio jurídico de dois erros
políticos da Monarquia Liberal e da República Democrática…
Os regimes fracos, fruto da violência ou das habilidades de fracas
minorias, os regimes que não possuem consigo a alma da Nação,
necessitam de recorrer a leis odientas e criminosas que atirem para o

Um Rei, um Povo! 94
A vontade de vencer!
exílio os seus adversários mais representativos. As leis internacionais de
hoje repudiam tais excessos de poder. Ponhamos as nossas de acordo
com elas, por que neste caso são humanas, justas e cristãs.
E assim amnistiaremos os autores de um crime cometido contra a
liberdade, contra a igualdade perante a lei, contra a fraternidade dos
portugueses, contra o espírito de tolerância dos verdadeiros democratas
e principalmente contra a dignidade nacional…”

Pelo conteúdo destas declarações poderia depreender-se que o intuito do


legislador seria o de restituir todos os direitos civis e políticos retirados à Ala
Miguelista pelas Leis do Banimento e Proscrição, destruindo todos os seus
efeitos e, como consequência, considerando D. Miguel I e sua descendência
como verdadeiros portugueses.

Mas tal interpretação, teria, obrigatoriamente, que ter uma mínima


representação no texto da lei, o que de facto não veio a suceder.

Pensamos, portanto, que muito embora os deputados à Assembleia Nacional


tivessem em mente a tese da recuperação integral de direitos, vieram a
preocupar-se essencialmente em afastar a ideia de que se pretenderia
promulgar uma lei de amnistia, por esta implicar uma ideia de culpa, por parte
da família Bragança, que repugnava aos deputados.

Terão ficado, porventura, para além da tese da amnistia, mas ainda assim
aquém de uma efectiva Restituição Integral de Direitos.

Aliás, uma questão fundamental contendia, também, com a ideia de Restituição


Integral de Direitos, a qual radicava no destino a ser dado ao vasto património
da família Bragança, apropriado pelo Estado Português e, já então, integrado
numa Fundação.

Assim, não se vislumbra, quer no texto da lei revogatória, quer nas discussões
para a sua promulgação, quer mesmo na vida prática activa da Família
Bragança, após o seu regresso a Portugal, que a aplicação prática da lei tenha
sido no sentido da restituição integral aos Bragança de todos os seus direitos.

Associado aos efeitos práticos da aplicação desta lei, está todo o processo que
resultou na emissão de documentos por parte das entidades oficiais.

Pela análise da documentação registral fornecida com a consulta, parece-nos


dever ser concluído que a emissão dos documentos de identificação
portugueses de “D”. Duarte de Bragança teve como origem na declaração
falsa de seu pai, “D”. Duarte Nuno, a que anteriormente se aludiu,
declaração essa que terá sido suficiente para a Conservatória dos
Registos Centrais proceder à emissão da citada documentação, evitando

Um Rei, um Povo! 95
A vontade de vencer!
que se tivesse que proceder a um necessário processo formal dirigido ao
fim último de obtenção da nacionalidade.
Afigura-se assim arguir da falsidade da referida declaração e, com esse
fundamento, fundamentar obter a declaração de nulidade do registo de
nascimento de “D”. Duarte de Bragança.

Sobre uma situação semelhante, um extenso parecer da Procuradoria-Geral da


Republica datado de 29 de Janeiro de 1993 afirma, em linhas gerais, que se o
pai de um pretendente a nacional português, usou de uma falsa qualidade,
neste caso o ser filho de pai português, para através de uma simples
declaração de domicilio obter, automaticamente, para si e para o filho a
nacionalidade portuguesa, então a verificação da existência dessa falsa
qualidade só pode conduzir à perda da nacionalidade portuguesa por
essas mesmas pessoas.
3. Conclusões

a) Os antepassados de “D”. Duarte de Bragança, foram expulsos de


Portugal, com perda de todos os seus direitos civis e políticos, incluindo
o direito de nacionalidade;

b) Nenhum dos antepassados de “D”. Duarte de Bragança, D. Miguel I, D.


Miguel II e “D”. Duarte Nuno, reuniu condições para vir a obter a
nacionalidade Portuguesa;

c) À face da lei aplicável à data da ocorrência dos nascimentos dos supra


referidos, todos são legalmente considerados como cidadãos
estrangeiros;

d) Com a revogação das leis do Banimento e da Proscrição, em 1950, é


autorizado o regresso a Portugal da Família Bragança;

e) Ainda que constitua matéria controversa, não se nos afigura que os


efeitos da lei 2040, de 1950, possam retroagir à data dos diplomas
revogados;

f) Sendo cidadãos estrangeiros os membros da Família Bragança,


revogadas as leis do Banimento e da Proscrição, o procedimento para
normalização da situação perante o ordenamento jurídico português
deveria ter sido um processo administrativo de naturalização, o que
não veio a acontecer:

g) Pela consulta da documentação disponibilizada com a consulta, parece


claro que a atribuição da nacionalidade portuguesa a “D”. Duarte de
Bragança decorreu, exclusivamente, da falsa declaração produzida no
seu registo de nascimento, por seu pai “D”. Duarte Nuno, de que
seria nacional português;

Um Rei, um Povo! 96
A vontade de vencer!
Como é fácil concluir a figura de Duarte Pio como duque de Bragança foi uma
criação, uma mistificação criada pelos partidários do regime absolutista que
suportaram o ditador Oliveira Salazar. Duarte Pio não é nem nunca foi duque
de Bragança, não passa de um Usurpador sem pudor a enganar há
décadas o povo português!

Um Rei, um Povo! 97
A vontade de vencer!
O Pilha Kispos

Ao longo dos anos a imprensa tem passado para a opinião pública uma
imagem do Sr. Duarte Pio de uma pessoa pobre, modesta honesta, simpática e
simplória, mas será assim?

A respeito de honestidade vejamos estes testemunhos:

Pág. 64-65, os livros roubados por Duarte Pio na biblioteca da Força Aérea no
Monsanto…

Um Rei, um Povo! 98
A vontade de vencer!
Se dúvidas houvessem, Duarte Pio confessa outro roubo….

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A vontade de vencer!
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A vontade de vencer!
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A vontade de vencer!
Mas a história não acaba aqui e no livro ao Volante do Poder o então motorista
de limusinas em Nova York, Pedro Faria deixa-nos o seu testemunho sobre o
desaparecimento de milhões de Dólares protagonizado pelo Sr. Duarte Pio
num golpe de Chico espertismo e uma falcatrua com o pagamento do serviço
de Táxi - de limusinas….

Um Rei, um Povo! 103


A vontade de vencer!
Duarte Pio angaria milhões de Dólares para a construção da estátua de D,
Catarina de Bragança em Nova York e depois um Chico esperto lembra-se de
lançar a polémica que a rainha defendia a escravatura e a estatua já não se
faz, quanto ao dinheiro angariado do qual se perdeu o rasto é fácil adivinhar
onde foi parar…

Um Rei, um Povo! 104


A vontade de vencer!
Um Rei, um Povo! 105
A vontade de vencer!
O “bom” Samaritano…?

Duarte Pio é o presidente da Fundação D. Manuel II, nessa qualidade tem feito
inúmeras campanhas de angariação de fundos como foi o caso da campanha
de Timor, para algumas instituições de solidariedade social etc.
O que a grande maioria do público não conhece são os estatutos da referida
fundação D. Manuel II. No Jornal Sol de 28 de Junho de 2008 os jornalistas
denunciavam que os estatutos da fundação permitiam a Duarte Pio arrecadar
60% do dinheiro angariado, o mesmo muito incomodado pela noticia vem repor
a verdade passado uns dias afirmando que não são 60% mas tão só 40%.

Quer isto dizer que por cada 1000 euros que Duarte Pio consegue angariar
para a fundação 400 euros vão direitos ao bolso dele, mas não estamos a falar
de campanhas de 1000 euros mas de milhões, se este foi o destino do dinheiro
da estátua de D. Catarina de Bragança a avaliar pelas declarações do livro ao
Volante do Poder temos um valor de 3,5 milhões de dólares que nunca
saberemos quanto é que ele angariou na realidade, se passava todos os
recibos, etc. Mas partido desta base são 40% de 3.5 milhões ou seja 1,4
milhões de dólares direitinhos ao bolso deste “ bom” Samaritano amante das
justas causas e sempre pronto a ajudar o próximo a troco de somente 40%.....
Só nesta estátua nem quero imaginar quanto dinheiro rolou na campanha de
Timor…

Um Rei, um Povo! 106


A vontade de vencer!
Um Rei, um Povo! 107
A vontade de vencer!
Relativamente ao aspecto modesto e remediado que tentou sempre cultivar
aos olhos da opinião pública a recente penhora do seu património efectuada
por D. Nuno da Câmara Pereira expôs aos olhos de todos a sua luxuosa
fortuna imobiliária. Uma das suas casas está hipotecada ao BES por cerca de
30 milhões.

Um Rei, um Povo! 108


A vontade de vencer!
Note-se que a maioria destes bens lhe foram deixados por pessoas
simpatizantes da Causa Monárquica que estavam convencidas que o Sr.
Duarte Pio era o duque de Bragança…

Como já foi mais que demonstrado, Duarte Pio não passa dum impostor a
enganar o povo português há décadas fazendo-se passar por aquilo que não é
nem nunca poderia ser, duque de Bragança!

Estamos todos fartos dos políticos republicanos que tem assaltado o bolso dos
portugueses.

Fica então a pergunta; Se Duarte Pio fosse efectivamente o legitimo Duque de


Bragança alguém no seu perfeito juízo confiaria os destinos do país nas mãos
deste pilha Kispos?

Um Rei, um Povo! 109


A vontade de vencer!
SAR. D. Maria Pia de Saxe Coburgo e Bragança - A filha
desconhecida de SM. O Rei D. Carlos!

Págs. 275 -276

“Aqui se insere, precisamente, a curiosa história de D. Maria Pia de


Bragança, meia-irmã de D. Manuel. Esta senhora - reconhecida pelo
Vaticano, como filha de D. Carlos.”

“Mais tarde, como advogado, tive acesso a documentos que não me


deixaram dúvidas quanto à filiação de D. Maria Pia”

Chocado o amigo leitor? Não admira! É realmente chocante como ao longo


de décadas se escondeu por todos os meios a verdade histórico legal ao povo
Português, se escondeu a existência desta filha reconhecida pelo Rei D. Carlos
e a sua legitimidade como pretendente ao trono e como verdadeira duquesa de
Bragança.

SAR. D. Maria Pia nasce em Lisboa no dia 13 de Março de 1907 na Av. da


Liberdade. Fruto de uma relação extra – conjugal de Rei D. Carlos com sua
mãe Maria Amélia Laredó.

No dia 14 de Março, dia seguinte ao seu nascimento o Rei D. Carlos concede


uma mercê de reconhecimento à filha:

Um Rei, um Povo! 110


A vontade de vencer!
“Eu, El Rei, faço saber aos que a presente carta virem, atendendo as
circunstâncias e qualidades da muito nobre senhora Dona Maria Amélia de
Laredó, e querendo dar-lhe um testemunho autêntico da minha real
consideração, reconheço por muito minha amada filha a criança a quem dera a
luz a mencionada Senhora na freguesia do Sagrado Coração de Jesus em
Lisboa a treze de Março de mil novecentos e sete. Sendo bem-visto,
considerado e examinado por mim, tudo o que fica acima inserido e peço às
autoridades eclesiásticas ponham-lhe as águas baptismais e os nomes de
Maria e Pia, a fim de poder chamar-se com o meu nome, e gozar de ora
em diante deste nome com as honras, prerrogativas, proeminências,
obrigações e vantagens dos infantes da Casa de Bragança de Portugal.
Em testemunho e firmeza do sobredito fica a presente carta por mim assinada.
Com o selo grande das minhas armas. Dada no Paço das Necessidades a
catorze de Março de mil novecentos e sete. Carlos primeiro, El Rei.”

Devido à frágil situação politica em que se encontrava o rei, à agitação cada


vez maior dos republicanos este nascimento Real passou a ser considerado
um segredo de Estado e sem poder provar suspeitamos que o Rei deu um
nome de código à sua amada “ Grimaneza” pois de outra forma não se explica
a estranha coincidência de no diário do seu médico pessoal, o Conde de Mafra,
Dr. Tomaz de Mello Breyner 1905-1907 aparecer uma nota do seu sobrinho
Gustavo de Mello Breyner Andersen de 2002 na pág. 125:

Um Rei, um Povo! 111


A vontade de vencer!
E também a suspeita eliminação das páginas desse diário publicado, dos dias
10 a 14 de Março de 1907. Que correspondem aos dias que antecedem e ao
dia de nascimento da princesa.

É aliás muito estranho a tratar-se de outra filha do Rei com o mesmo nome.
Ambas são de origem Brasileira, ambas se chamam Maria Pia, ambas
reconhecidas e ambas a morrer há poucos anos em Itália, tendo como
referencia a nota de Gustavo de Mello Breyner que é de 2002.

Ora a nossa princesa morre precisamente em Itália em 1995.

Uma ou duas Marias Pias, a verdade é que para os que em Portugal diziam
impossível, o rei haver reconhecido uma filha fora do casamento, fica este
testemunho de quem viveu lado a lado com o rei e com ele privou. O seu
médico pessoal!

Não era necessária a informação precedente para dar consistência à história


de SAR. D. Maria Pia, o seu certificado de baptismo e os inúmeros
testemunhos são prova mais do que suficiente da sua filiação, da qual
haveremos mais adiante que retirar as devidas consequências.

Um Rei, um Povo! 112


A vontade de vencer!
Um Rei, um Povo! 113
A vontade de vencer!
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A vontade de vencer!
O último parágrafo é muito importante por se tratar do testemunho assinado
de A. Goicoechea, ministro do Rei Afonso XIII de Espanha e governador do banco
de Espanha, que assistiu ao baptizado.

Voltando um pouco à nossa história mercê da citada procuração do Rei e do


reconhecimento paterno, D. Maria Pia é levada para Madrid com o seu tio D. Afonso
duque do Porto, que leva pessoalmente a procuração de D. Carlos que é entregue
ao rei Afonso XIII de Espanha e assim no dia 15 de Abril de 1907, realiza-se o
baptismo em Madrid com a presença de inúmeras testemunhas entre as quais
Goicoechea, que assina ter visto o documento original escrito pelo punho de D.
Carlos I.

A assinatura de Goicoechea, não é porem uma assinatura qualquer, era a


assinatura de um homem de bem que tinha o seu nome em todas as notas do
banco de Espanha e aceitar as maliciosas acusações de falsidade por parte dos
seguidores de Duarte Pio, era o mesmo que dizer, que o dinheiro que circulou em
Espanha durante décadas era falso. Um absurdo que só poderia ter origem em
gente mal formada, como os leitores podem concluir da leitura dos tópicos desta
página em “ O rei faz de conta”

Anos mais tarde a sobrinha de Goicoechea dá fé de toda esta situação de


reconhecimento e do acompanhamento que seu tio fez como testemunha de toda a
situação:

Um Rei, um Povo! 115


A vontade de vencer!
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A vontade de vencer!
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A vontade de vencer!
Também o próprio Rei Afonso XIII deixa testemunho dessa amizade que o
uniria para sempre a SAR. D. Maria Pia, bem como o seu filho D. Jaime de
Bourbon, com a recomendação: “ É una tonteria querer olvidar tu
derechos de infanta da Casa de Bragança”

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A vontade de vencer!
Não resta dúvidas quanto à filiação de SAR. D. Maria Pia, bem como à mercê
concedida por seu pai que a coloca na 3ª posição da linha de sucessão em
1907 depois dos seus irmãos o príncipe D. Luís Filipe e o Príncipe D. Manuel.

Após o seu baptizado D. Maria Pia viveu entre Lisboa e Vila Viçosa onde se
encontrava no dia do regicídio, 1 de Fevereiro de 1908, quando ainda tinha
poucos meses.

Imediatamente é levada para Espanha e fica sob a protecção do Rei Afonso


XIII. Conforme é notório pela carta anterior de D. Jaime de Bourbon:

Em 1910 dá-se a implantação da república e aparece a lei de proscrição que


impedia todos os membros da família real até ao 4º grau de pisarem solo
pátrio.

Um Rei, um Povo! 120


A vontade de vencer!
LEI DE PROSCRIÇÃO

Decreto, de 15 de Outubro de 1910

O Governo da Republica Portuguesa faz saber que, em nome da Republica, se


decreta, para valer como lei, o seguinte:

Artigo 1.º É declarada proscrita para sempre a família de Bragança, que


constitui a dinastia deposta pela Revolução de 5 de Outubro de 1910.
Art.º 2.º Ficam incluídos expressamente na proscrição os ascendentes,
descendentes e colaterais até o quarto grau do ex-chefe do Estado.
Art.º 3.º É expressamente mantida a proscrição do ramo da mesma família
banido pelo regime constitucional representativo. (ramo miguelista, do
qual Duarte Pio é o actual representante)
Art.º 4.º No caso de contravenção do artigo 1.º, incorrerão os membros da
família proscrita na pena de expulsão do território da República e, na hipótese
da reincidência, serão detidos e relegados nos tribunais ordinários.
Art.º 5.º O Governo da República regulará oportunamente a situação material
da família exilada, respeitando os seus direitos legítimos.

Assim devido a esta medida legislativa SAR. D. Maria Pia fica impossibilitada
de entrar em Portugal legalmente até 1950, data da revogação da lei. Mas
depois disso tudo fizeram para manter o afastamento da princesa, uma vez que
a revogação da lei teve como objectivo permitir a entrada em Portugal do ramo
banido e sem quaisquer direitos, o ramo miguelista de que Duarte Pio é o
actual representante.

Isto porque a base de apoio monárquica do regime, estava em homens


que provinham de famílias miguelistas que se integraram facilmente no
espírito do Salazarismo e do Fascismo.

Págs. 272 -274

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A vontade de vencer!
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A vontade de vencer!
“Quanto aos monárquicos constitucionais que nunca aprovaram Duarte Nuno,
esses foram desaparecendo com os anos, depois da morte de D. Manuel II, em
ritmo acelerado…outros ficariam melancolicamente «monárquicos sem rei» ”

Mas a verdade não era essa. A verdade é que D. Carlos tinha deixado uma
filha viva, a quem providencialmente havia reconhecido e feito Infanta da
Casa de Bragança, no entanto esta filha era uma jovem quando Salazar subiu
ao poder com o apoio dos monárquicos absolutistas, seria impossível ter a
consciência da sua missão, até que a idade e a maturidade a despertaram

Um Rei, um Povo! 124


A vontade de vencer!
principalmente depois de ter vindo a Portugal e ter visto a miséria a fome e a
tuberculose.

Mário Soares pág. 276

“Escorraçada por Salazar, combatida asperamente pelos monárquicos do


regime” sic.

Não é difícil compreender como se fez o branqueamento da verdade histórico


legal, os 38 anos que durou a longa noite do Fascismo, permitiram criar uma
falsa ideia de que Duarte Nuno e seu filho Duarte Pio eram os únicos e
legítimos descendentes do último rei de Portugal. D. Manuel II. Nada mais
falso, nada mais hipócrita!

D. Maria Pia obteve no dia seguinte ao seu nascimento o principal


reconhecimento que uma criança pode ter, ser reconhecida pelos seus pais,
neste caso pelo seu pai, SM. El Rei D. Carlos I, reconhecimento esse que
como já vimos foi testemunhado por pessoas muito importantes.

Curiosamente incomodado com esta situação Duarte Nuno, pai de Duarte Pio,
intenta um processo em 1972 no Tribunal da Rota Roma, com o objectivo que
fosse retirado do certificado de baptismo de SAR. D. Maria Pia o nome do Pai
SM. D. Carlos I.

A este acto próprio de uma mente maquiavélica a Igreja reage com


determinação, fazendo uma investigação e produzindo várias sentenças, a
primeira declarando que Duarte Nuno não tinha direito a propor aquele tipo de
acção nem que tenha provado a sua qualidade de pretendente legítimo:

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Extracto da sentença Rota Roma (tribunal eclesiástico) de 1982.

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Mas o tribunal diz mais:

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A sentença da Rota Roma declara também o seguinte:

Este facto é muito importante pois que a monarquia portuguesa é católica


apostólica romana e isto quer dizer que cabe ao Papa a ultima palavra na
entronização dos reis.

Duarte Pio tem 10 anos para apresentar recurso da sentença, uma vez que se
substitui ao seu pai, morto em 1976 mas nada faz.

Se este processo foi desencadeado por Duarte Nuno tendo já o filho Duarte Pio
27 anos, acompanhado naturalmente toda a situação, se Duarte Nuno e
Duarte Pio reconheceram à Rota Roma legitimidade para julgar este caso,
então obviamente tem de reconhecer como legitimas as sentenças deste
mesmo Tribunal que declaram finalmente em 1992 a validade do
certificado de baptismo de D. Maria Pia com todo o seu conteúdo.

Esta validação coloca agora sem qualquer margem de dúvida SAR. D. Maria
Pia, na chefia da Casa Real de Bragança, como a legitima duquesa de
Bragança. A filha do rei que foi julgada e aprovada pela Igreja como sendo
verdade e válidos os dizeres do seu certificado de baptismo:

“Eu, El Rei, faço saber aos que a presente carta virem, atendendo as
circunstâncias e qualidades da muito nobre senhora Dona Maria Amélia de
Laredó, e querendo dar-lhe um testemunho autêntico da minha real
consideração, reconheço por muito minha amada filha a criança a quem dera a
luz a mencionada Senhora na freguesia do Sagrado Coração de Jesus em
Lisboa a treze de Março de mil novecentos e sete. Sendo bem-visto,
considerado e examinado por mim, tudo o que fica acima inserido e peço às
autoridades eclesiásticas ponham-lhe as águas baptismais e os nomes de
Maria e Pia, a fim de poder chamar-se com o meu nome, e gozar de ora
em diante deste nome com as honras, prerrogativas, proeminências,
obrigações e vantagens dos infantes da Casa de Bragança de Portugal.
Em testemunho e firmeza do sobredito fica a presente carta por mim assinada.
Com o selo grande das minhas armas. Dada no Paço das Necessidades a
catorze de Março de mil novecentos e sete. Carlos primeiro, El Rei.”

Um Rei, um Povo! 130


A vontade de vencer!
Um Rei, um Povo! 131
A vontade de vencer!
Um Rei, um Povo! 132
A vontade de vencer!
Um Rei, um Povo! 133
A vontade de vencer!
O último parágrafo da sentença é terminal:

“ O Acto de baptismo de Dona Maria Pia Saxe Coburgo e Bragança da


paróquia Madrilena de Nª Sª do Carmelo é válido em todo o seu vigor,
consistente e permanente”

E desta forma fica finalmente demonstrada a verdade!

Triste é que D. Maria Pia tinha então 85 anos, sofridos para ver reconhecido
pelo mundo, aquilo que seu pai fez horas depois do seu nascimento, a sua
paternidade e filiação como princesa Real da Casa de Bragança. Os culpados
de toda esta situação são sem dúvida alguma os Usurpadores Duarte
Nuno e Duarte Pio, que quer através de acções directas, quer através dos
seus partidários enfronhados no regime fascista ao longo de décadas
habilmente diligenciaram como Mário Soares testemunha. Para manterem
escorraçada a verdadeira Duquesa de Bragança e dessa forma ocultarem
a verdade a que o povo português tem direito!

Dessa forma ambos vêem enganando o povo há décadas e dai colhendo


inúmeros benefícios, sociais, financeiros e pessoais, quer das pessoas que
incautas os consideram e tratam como representantes dos reis de Portugal,
como até dos sucessivos governos republicanos que os tem suportado.

Da história pessoal e da personalidade de D. Maria Pia, resta dizer que era


uma mulher fora do seu tempo, determinada, apaixonada, impulsiva, falava
várias línguas e tinha uma formação cultural acima da média.

Traída pelos sucessivos governos, políticos e familiares, abdica em 1987 por


cooptação na pessoa de SAR. D. Rosário Poidimani que passa a ser então o
seu sucessor na chefia da casa real.

Tudo isto e o fundamento legal desta abdicação se encontram detalhados mais


para a frente neste livro.

Um Rei, um Povo! 134


A vontade de vencer!
Operação: Rasura Histórica D. Maria Pia

Sob a existência e os direitos de nascimento de SAR. D. Maria Pia, formaram-


se ao longo de décadas muros de silêncio e cumplicidades verdadeiramente
escandalosas, no entanto muitos documentos ficaram para a posteridade e por
eles podemos seguir o rasto desta conspiração do silêncio:

O memorando desaparecido do Testamento de D. Manuel II.

Um Rei, um Povo! 135


A vontade de vencer!
Ponto nº 7 do testamento:

SAR. D. Maria Pia, sempre reclamou que neste memorando o seu irmão D.
Manuel lhe deixava um conjunto de bens. Dos vários testamentos que
pudemos ler publicados na “íntegra” em vários livros não consta o dito
memorando. Não podemos pois afirmar das razões invocadas por D. Maria Pia,
mas também achamos suspeita esta ausência do dito memorando que como o
Rei diz, faz parte integrante do testamento e por esse motivo deveria ser
público.

Uma estranha carta de Alfredo Pimenta à rainha D. Amélia.

D. Maria Pia recebe este bilhete acompanhado de uma cópia de uma


carta/livro de Alfredo Pimenta à Rainha:

Um Rei, um Povo! 136


A vontade de vencer!
Um Rei, um Povo! 137
A vontade de vencer!
E a carta segue por ai fora até que na pág.13 e 14…

Um Rei, um Povo! 138


A vontade de vencer!
Se o rei D. Manuel já estava morto esta alusão de obediência a duas
monarquias a duas cortes indicia o claro conhecimento por parte de Alfredo
Pimenta e dos Integralistas Lusitanos de uma outra linhagem real obviamente
em D. Maria Pia.

Mas na pág.11 dessa mesma carta Alfredo Pimenta lembra à Rainha que os
reis de Portugal têm uma descendência digna tentando desta forma captar o
apoio da rainha para a sua causa, uma vez que a outra descendência resultava
do fruto do adultério do Marido da rainha, o Rei D. Carlos I, coisa que mulher
alguma suporta de bom grado…

Um Rei, um Povo! 139


A vontade de vencer!
E ainda se alegra por a “providência” ter extinguido o ramo reinante na pessoa
dos dois filhos da rainha, D. Luís Filipe assassinado a tiro no regicídio e D.
Manuel II provavelmente envenenado.

Um Rei, um Povo! 140


A vontade de vencer!
E a carta termina assim:

Esta carta é de 1945.

Um Rei, um Povo! 141


A vontade de vencer!
No livro:

Pág. 133

Em 19 de Outubro de 1932…proclama “ Rei Legitimo de Portugal Sua


alteza Real o Senhor “Dom” Duarte de Bragança”

O Governo faz silêncio sobre estes acontecimentos e não virá a referir-se a “D”.
Duarte Nuno como duque de Bragança, por entender que esse título, privativo
do herdeiro do Trono está vacante….D. Amélia se apressaria a informar
Salazar, especificando que não dera ao seu primo visitante o tratamento de
duque de Bragança…ela que em tudo foi grande, teve igualmente dificuldade
interior em ultrapassar a já centenária querela de família.

Pág.169

Ressalta à evidência que, tanto com as rainhas como com os príncipes do


tronco miguelista, as relações da Família Real Portuguesa com o Governo
da República, são sob Salazar as melhores, independentemente do que
pudesse acontecer com os monárquicos. Presos ou deportados,
perseguidos ou marginalizados, tudo isso deixava aparte, perante o
Governo a Sereníssima Casa de Bragança.

Pág. 212

D. Amélia colabora como madrinha por procuração….e muito mais


seguramente da consideração da Rainha por Salazar.

Um Rei, um Povo! 142


A vontade de vencer!
Pág. 215

…e a frieza glaciar da Rainha a escrever então ao Pretendente “Meu Primo”.


E vê na Monarquia a solução adequada para o País. Mas dir-se-ia que,
sendo Rainha contempla a instituição Real “ do lado de fora”…. Pois
parece muito mais “salazarista” do que monárquica

Pág.261

Olhe: Diga ao Sr. Presidente do Conselho que pelo País, sim porque é
governado por ele, alguma coisa farei.

Nota: referia-se a Rainha ao pedido de Salazar para deixar alguns bens ao


Eng. Duarte Nuno para que vivesse destes rendimentos.

Pág.263

Não se sabe se o testamento foi ou não feito antes da congestão cerebral


que a Senhora D. Amélia sofreu.

Pág. 272

…quero participar-lhe que acabo, conforme então prometi, de fazer um


“addendum” ao meu testamento deixando tudo quanto tenho em Portugal
ao meu afilhado D. Pio Duarte de Bragança…se fiz o que cabo de fazer, foi
única e exclusivamente porque o senhor mo pediu

Nota: é interessante verificar que não só a Rainha não sabe o nome do afilhado
que troca Duarte Pio por Pio Duarte, como a evidência de ter feito o frete de
alterar o testamento por consideração a Salazar.

“Assim o perigo de uma restauração da monarquia em Portugal aparece hoje


definitivamente afastado – não só porque não há monárquicos, isto é

Um Rei, um Povo! 143


A vontade de vencer!
monárquicos capazes de se bater pela monarquia, como porque o
pretendente oficial, Duarte Nuno de Bragança, é um personagem
medíocre comprometido como regime, dos pés à cabeça, que no fundo o
subsidia, sem rasgo nem coragem para suscitar um movimento restaurador
entre os seus desalentados partidários”

Pag.275

Maria Pia tornou-se mais tarde grande apoiante do general Humberto Delgado
e a este prestou grande apoio e assistência nas amargas horas do exílio até ao
assassinato:

“ no dia seguinte ao das eleições recebi uma visita de Dona Maria Pia de Saxe
Coburgo, filha legítima de Carlos I, assassinado em 1908.Viera de Roma e
fizera imediatamente uma visita a minha mulher. Tratava-se de uma
encantadora mulher de princípios liberais, e eu disse-lhe que muito embora
fosse republicano e portanto contrário à Monarquia, podia mesmo assim

Um Rei, um Povo! 144


A vontade de vencer!
conceber um Portugal onde ela pudesse entrar livremente. Acrescentei que me
solidarizava com a sua posição, pois fora privada dos seus direitos e tivera de
vir a minha casa de óculos escuros para passar despercebida. Repeti-lhe que,
na nossa democracia, isso não seria preciso.

Enquanto escrevo estas linhas, a Princesa acaba de ser entrevistada pelo


jornal «La Suisse», de Genebra, no qual ataca o ditador Salazar, a quem
também ela considerava antes um Messias. Veio a mudar a sua opinião
quando regressou a Portugal durante a campanha eleitoral e viu a
miséria, tuberculose e analfabetismo, sob um severo e implacável regime.
Neste país, vergonhosamente pobre, nem sequer tivera a satisfação de
ver palácios como o das Carrancas do Porto, ou de Vila Viçosa,
convertidos em hospitais.

Ante a indevida apropriação da fortuna por parte de seu irmão, Dom Manuel II,
deposto em 1910 pelo Governo Republicano, decidiu reclamar os seus direitos
que soube terem sido transmitidos para “Dom” Duarte Nuno, descendente
estrangeiro, através de Dom Miguel do ramo Absolutista, banido do país há um
século. Considera-se a verdadeira Duquesa de Bragança e, num memorando
entregue aos delegados numa reunião em Genebra, em Maio de
1961,convocada por causa do problema do Laos, pediu que apoiasse a sua
causa”. (Humberto Delgado - Memorias pp. 233,234)

Um Rei, um Povo! 145


A vontade de vencer!
Depois deste apoio declarado a Delgado o regime fecha definitivamente as
portas a D. Maria Pia:

Um Rei, um Povo! 146


A vontade de vencer!
Um Rei, um Povo! 147
A vontade de vencer!
Um Rei, um Povo! 148
A vontade de vencer!
Como já se provou pela extensa documentação a filiação de D. Maria Pia foi
creditada pelo mais exigente tribunal do Mundo, o da Rota Roma e esta
declaração do secretário de Salazar comprova mais uma vez, quanto o regime
acobertava Duarte Pio e Duarte Nuno e expurgava indecentemente com
falácias D. Maria Pia.

Um Rei, um Povo! 149


A vontade de vencer!
NY times a falar da prisão de D. Maria Pia pela PIDE
A mesma PIDE da qual Duarte Nuno e se filho Duarte Pio eram os
senhorios da sede na Rua António Maria Cardoso
Um Rei, um Povo! 150
A vontade de vencer!
NY times a falar da prisão de D. Maria Pia pela PIDE
A mesma PIDE da qual Duarte Nuno e se filho Duarte Pio eram os
senhorios da sede na Rua António Maria Cardoso

Um Rei, um Povo! 151


A vontade de vencer!
Fotos de SAR. D Maria Pia Saxe

Coburgo e Bragança

Filha de SM. El Rei D Carlos I

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A vontade de vencer!
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A vontade de vencer!
Um Caso Extraordinário

Uma das questões que todos os leitores, todas as pessoas que tomam
conhecimento desta situação vergonhosa, da USURPAÇÃO de Duarte Pio e da
realidade histórico legal, isto são da legitimidade de SAR. D. Maria Pia Saxe
Coburgo e Bragança, filha de SM. O Rei D. Carlos I, colocam é de saber se D.
Rosário é filho, foi marido ou qual é a ligação que D. Rosário tem a D. Maria
Pia ou quais os fundamentos que lhe dão o direito de ser o verdadeiro e único
duque de Bragança.

Como já vimos nos referidos capítulos toda esta história começa por um
lado pelo reconhecimento de facto de D. Carlos I da sua filha com a
concessão de uma mercê real que a torna Infanta da Casa de Bragança e
por esse motivo a 3ª princesa na linha da sucessão.

Morto D. Carlos e D. Luís Filipe no Regicídio e em 1932 D. Manuel II sem filhos


os direitos sucessórios recaem logicamente na irmã do rei, D. Maria Pia e
jamais na linha Usurpadora de Duarte Pio, que à face da lei dado o grau de
parentesco afastado, nem familiares já poderiam ser considerados, pois o grau
de parentesco estava perdido ao 4º grau e Duarte Nuno era primo do rei em 6º
grau, para além de não ser português, estar banido, excluído da linha
sucessória, etc.

D. Maria Pia tinha em 1932, 25 anos de idade quando o seu irmão D. Manuel II
morreu, quando começou a tomar consciência daquilo que representava,
imediatamente se criou uma barreira de resistências contra ela que tudo
fizeram para a escorraçar.

Um Rei, um Povo! 164


A vontade de vencer!
Pag.275

Mário Soares pág. 276

“Escorraçada por Salazar, combatida asperamente pelos monárquicos do


regime” sic.
A luta de D. Maria Pia durou toda uma vida, a sua filha que em solteira ainda
participou em algumas das actividades da mãe, viria contudo a afastar-se
progressivamente e efectivamente já depois de casada. Deve ter percebido que
era uma luta desgastante e o inglório exemplo da sua mãe, fê-la com toda a
certeza, não querer para si uma luta que lhe traria muitos amargos de boca e
dificilmente o sabor da vitória.

Um Rei, um Povo! 165


A vontade de vencer!
Assim vendo o perigo da extinção da sua Casa Real, da sua linha
dinástica que SAR. D. Maria Pia abdica em favor de D. Rosário Poidimani
um amigo, com distantes laços de consanguinidade, que soube lutar pela
verdade histórica e que acarinhou e apoiou SAR. D. Maria Pia até aos
últimos dias da sua vida.

Como já vimos no texto “ Direito Nobiliárquico Internacional”:

11) Da Sucessão dinástica

Da adopção nobiliária

Interessante aspecto da sucessão civil, a adopção, sob aspecto


nobiliário, merece algumas considerações. Se o titular não possuir
descendência ius sangüinis, poderá indicar um sucessor que não possua
vínculo de sangue com o primeiro titular da honraria?

Sabemos que a sucessão guarda sempre um elo de família, de


sangue, de tradições. E mais, o titulado não possui o ius disponendi, para
adequar a linha de sucessão prevista na instituição da honraria, com a
realidade familiar. Mas, ante a possibilidade de extinguir-se a linha
originária, por falta de herdeiros ou desinteresse destes deverá o último
titular conformar-se com o perecimento de tradições, muitas vezes,
milenares?

O mesmo dilema ocorre quando da sucessão dinástica.


Se esta ocorrer na sequência regular, com herdeiro iure sangüinis conhecido,
sua formalização e reconhecimento pelos seus pares não oferece dificuldades.
Via de regra, através de expedientes diplomáticos, o chefe dinástico leva ao
conhecimento da comunidade de seu relacionamento a designação de seu
herdeiro, o qual receberá as honras diplomáticas devidas à sua posição.

Ocorrendo a sucessão, mortis causa ou por renúncia do titular, basta


uma comunicação formal, e o novo dinasta será reconhecido e honrado, como
o fora seu antecessor.

Dificuldades podem surgir quando o último titular não apresentar


herdeiro iure sangüinis.

Em casos semelhantes, e para evitar o perecimento das tradições, é


aceito o procedimento de se eleger um sucessor, entre os colaboradores
da dinastia. Oportunamente, o escolhido receberá a orientação devida
sobre a administração do acervo histórico do qual tornar-se-á protector e
responsável. (Foi em SAR. D. Rosário que D. Maria Pia depositou a sua
confiança para evitar o perecimento das tradições e da dinastia que
representava).

Um Rei, um Povo! 166


A vontade de vencer!
A designação é formalizada por ato do chefe dinástico e oficialmente
informada à comunidade da qual a Casa é integrante. É praxe apresentar-se
o cooptado à comunidade dinástica logo que essa providência for a
adoptada, ultimando seu reconhecimento e confirmação, ainda em vida
do último titular.

12) Da cooptação

Essa modalidade de adopção (com efeitos restritos ao universo da


dinastia) é conhecida como cooptação, e pode operar-se, tanto sob a
jurisdição do chefe da dinastia e por sua iniciativa, como por ato do
consistório, em casos de impedimento físico e mental do titular, falecimento ou
desaparecimento sem designação de sucessor.

A cooptação, reconhecida e confirmada pela autoridade


competente, afirma e estabelece os poderes reais, ilidindo todo e
qualquer óbice ao pleno exercício das funções dinásticas.

Há países que possuem protocolos (na Espanha, denomina-se “Livro de


Casas Ex-Reinantes”14[10], onde são registradas as famílias cujos ancestrais
exerceram o poder real. Esse registro é de grande valia como documentação
da situação dinástica, mas não é essencial para o reconhecimento por parte de
outros dinastas, que guardam completa autonomia para a prática desse ato.

Um Rei, um Povo! 167


A vontade de vencer!
Um Rei, um Povo! 168
A vontade de vencer!
Um Rei, um Povo! 169
A vontade de vencer!
É assim que em 1987, conforme o documento acima transcrito SAR. D. Maria
Pia Saxe Coburgo e Bragança, filha do rei D. Carlos, duquesa de Bragança,

Um Rei, um Povo! 170


A vontade de vencer!
abdica na pessoa de SAR. D. Rosário Poidimani que passa assim a ser o chefe
da Casa Real de Bragança, legitimo duque de Bragança, continuador da linha
dinástica Bragantina, da linha dinástica de D. Maria II.

Repetimos:

Em casos semelhantes, e para evitar o perecimento das tradições, é


aceito o procedimento de se eleger um sucessor, entre os colaboradores
da dinastia. Oportunamente, o escolhido receberá a orientação devida
sobre a administração do acervo histórico do qual tornar-se-á protector e
responsável.

A designação é formalizada por ato do chefe dinástico e oficialmente


informada à comunidade da qual a Casa é integrante. É praxe apresentar-se
o cooptado à comunidade dinástica logo que essa providência for a
adoptada, ultimando seu reconhecimento e confirmação, ainda em vida
do último titular.

SAR. D. Maria Pia seguindo a praxe apresentou em cerimónia pública


perante as câmaras da TV e os meios de comunicação social
portugueses, o novo duque de Bragança e chefe da Casa Real SAR. D.
Rosário Poidimani em 1987.

Foto da cerimónia em Lisboa 1987

A segunda questão que se levanta agora é se D. Maria Pia teria legitimidade


para este acto e se um estrangeiro pode suceder na chefia da Casa Real de
Bragança?

Mais uma vez temos de recordar aos nossos leitores a situação de excepção
em toda esta história.

D. Maria Pia assume legitimamente a chefia da Casa de Bragança após a


trágica morte de seu irmão D. Manuel II.

Um Rei, um Povo! 171


A vontade de vencer!
Estava em situação de exílio, impedida de entrar em Portugal pela lei da
proscrição da república, escorraçada pelo regime e pelos monárquicos
miguelistas.

Como já vimos no texto “ Direito Nobiliárquico Internacional”:

6) Dos direitos dinásticos básicos

A doutrina e a jurisprudência assentes, têm conceituado a soberania, como


o exercício de quatro direitos dinásticos básicos:

1) O ius imperii, que se traduz como o direito de comandar,


governar uma nação, de reinar (modernamente, diz-se que o rei,
nas monarquias constitucionais, “reina, mas não governa”.
Trata-se, em verdade, do exercício do Poder Moderador, já
mencionado);

2) O ius gladii, significando o direito de impor obediência ao seu


comando (actualmente, esse “poder” está afeito ao comando
supremo das forças armadas, exercido pelos chefes de Estado);

3) O ius majestatis, que é o direito de ser protegido e


respeitado em conformidade com as leis e os tratados
internacionais; e

4) O ius honorum (fonte de honras), o direito de premiar


virtudes e merecimentos com títulos nobiliárquicos e
cavaleirescos, pertencentes ao património de sua dinastia.

Esses direitos são inerentes à pessoa do soberano, inseparáveis,


imprescritíveis e inalienáveis. O monarca pode, entretanto, e por razões
pessoais, dispor desses direitos, mediante abdicação ou recusa, a favor de
outro membro de sua família. Nesses casos, porém, ele renunciará ao
exercício desses direitos, não implicando na renúncia da soberania, que é
nativa e se constitui em direito pessoal e inalienável. Essas qualidades são
transmitidas in totum aos seus descendentes, herdeiros ou sucessores, sem
limitação de linhas ou graus.

Quando um soberano perde o território sobre o qual exercia o jus


imperii e o jus gladii, não perde, ipso facto, os direitos de soberano. O
exercício desses dois poderes fica provisoriamente suspenso, até que se
restaure o status quo ante. Conserva, porém, em sua plenitude, os poderes
do jus majestatis e do jus honorum e conserva, em sua plenitude, o poder
legiferante nas relações internas da dinastia.

Um Rei, um Povo! 172


A vontade de vencer!
7) Do Pretendente

Essa circunstância (a deposição) faz inserir na pessoa do ex-


monarca a pretensão ao trono vago, ou extinto, perspectiva de direito essa que
se transmite hereditariamente, em perpétuo. Por essa razão, os herdeiros
directos de tronos extintos recebem o tratamento de pretendentes.

Em razão das qualificações históricas e dinásticas inseridas em sua


pessoa, o “pretendente” não é um cidadão comum, mas sujeito de Direito
Internacional Público, segundo a melhor doutrina.

O chefe de uma família ex-reinante, desde que soberana, conserva os


títulos e os atributos heráldicos inerentes ao último soberano, de sua
família, cujo poder territorial cessou.

“ É de sua competência, no exercício desse direito, conceder e


confirmar brasões-de-armas, outorgar, reconhecer, confirmar e renovar títulos
nobiliários apoiados no apelido de família (sul cognome) ou com um predicado
ideal tirado de nomes de cidades, ilhas, rios e outros acidentes geográficos do
território que pertencera, em outros tempos, à Coroa de sua Dinastia”. (Baroni
Santos, op.cit., pág. 198).

No constante evoluir dos tempos (nem sempre para melhor,


entretanto), podem ocorrer expectativas políticas, culturais e comportamentais
de tal monta, que propicie uma mudança na estrutura do Estado. Uma
monarquia pode ser deposta por decisão popular (plebiscito) ou (o que é mais
comum), por força dos chamados “golpes de Estado”. Nesses casos, o
soberano e sua família partem para o exílio, conservando, integralmente,
os poderes decorrentes do ius majestatis e o ius honorum, inerentes à
sua qualidade dinástica, conforme exposto acima.

Nesta situação excepcional convém recordar:

“. . . as dinastias são produzidas pela História, e sedimentadas pelo


tempo . . . . Se são produto da História e do tempo, a existência da monarquia
e das Famílias Reais independente de eventuais sucessos ou insucessos
políticos – institucionais. Não há lei republicana que tenha o condão de
desfazer a História e as tradições. Com trono ou sem trono “oficial”, as
Famílias Reais continuam sendo Famílias Reais, histórica e socialmente”.

A doutrina e a jurisprudência têm reafirmado que o poder territorial


não é indispensável para o exercício dos poderes dinásticos, os quais
encontram-se inseridos na pessoa do soberano, que os conserva mesmo
após a perda do trono, transmitindo-os regularmente aos seus herdeiros
e sucessores. No caso em questão a SAR. D. Rosário Poidimani.

Um Rei, um Povo! 173


A vontade de vencer!
“A perda de seu território em nada diminui as suas faculdades
soberanas, porque estas são imanentes na própria física do soberano,
transmitindo-se, ad perpetuam a seus descendentes”. (Baroni Santos, op. cit.,
pág. 197/198).

Ressalte-se, ainda, que as famílias principescas, com a qualificação


de soberanas, não necessitam de nenhum reconhecimento, por parte do
governo de seu país de origem, nem se submetem a nenhum registro, nos
países onde seus membros firmarem residência. Essa independência política
e dinástica tem embasamento em sua própria soberania, que norteia sua
existência social e legal independentemente de quaisquer
reconhecimentos, no que se refere aos assuntos dinásticos e privados.

10) Das Dinastias Memoriais

A jurisprudência nobiliária internacional tem sido unânime em


reconhecer, aos monarcas depostos sem renúncia, o direito ao pleno exercício
dos chamados poderes dinásticos inerentes à sua pessoa, como sejam: o ius
majestatis e o ius honorum. Os dois outros poderes – ius gladii e ius imperii
estão vinculados ao exercício da função real como Chefe de Estado
monárquico.

Representando um gubernatio in exsilio, pode o monarca ex-reinante


exercer em sua plenitude os direitos dinásticos remanescentes, que se
perpetuaram em sua família, como jurisdição exclusiva do Chefe de Nome e de
Armas, e transmissão, mortis causa ou por renúncia, ao seu herdeiro ou
sucessor regular.

Não há limitação temporal para o status de exílio (referimo-nos a exílio


para efeitos de preservação dinástica), de uma família soberana ex-reinante.
Esta conservará suas prerrogativas in pectore et in potentia, com suas
qualidades intrínsecas de imprescritibilidade e inalienabilidade, através dos
séculos, até que se restaure o trono de seus ancestrais. No interregno, a
dinastia conservará suas tradições e poderá exercer o ius conferendi, a critério
de seu chefe.

Destaca-se que as chamadas prerrogativas, embora originadas de


activa participação na história de seus países de origem, após a deposição da
família reinante passam a ser adornos puramente honoríficos, totalmente
desvinculados de todo e qualquer poder ou compromisso político.

Assim, as dinastias em exílio não recebem subsídio estatal, nem gravam


os cofres públicos com nenhuma verba pessoal. Seus membros sobrevivem
com seus próprios recursos e desempenham actividades profissionais como
cidadãos comuns, actuando, discretamente e às próprias expensas,
voluntariamente, nas áreas de educação, saúdem e auxílio às pessoas
carentes.

Um Rei, um Povo! 174


A vontade de vencer!
Não são raras as creches e instituições para deficientes mantidas
unicamente pelo esforço pessoal e directo de príncipes sem trono – que
conservam vivo o ideal de solidariedade e fraternidade humana que herdaram
de seus ancestrais. Sem poder político, eles representam, entretanto, a reserva
histórica e moral de seu povo, que poderá reclamar sua volta na época
oportuna, conforme exemplos recentes (Espanha, Cambodja, Afeganistão,
entre outros).

No âmbito interna corporis, as dinastias memoriais podem ser


organizadas por diplomas especiais, que regulamentam os registros dos
actos de governo, o protocolo, o uso das armas e da titulatura, e dispõem
sobre a sucessão. Esses estatutos disciplinam as relações internas e a
concessão de honrarias com os respectivos registros em livros próprios, ou
com recursos da informática, com a finalidade de se perpetuar o histórico e as
actividades da família.

Nos termos do inciso VII do art. 127 da Lei nº 6.015/73 (Lei de Registros
Públicos), esses documentos podem ser registrados em Cartórios de
Registros de Títulos e Documentos, para sua conservação. Essa
providência é recomendável, para se perpetuar, em registro público e
seguro, documentos de valor histórico e hábeis a esclarecer eventuais
controvérsias sobre os liames sucessórios, e alterações na estrutura da
entidade e em sua titulatura.

Cremos pois não restarem agora quaisquer dúvidas sobre o fundamento e


legitimidade de SAR. D. Rosário Poidimani como único e verdadeiro duque de
Bragança.

A última questão que se coloca é saber se D. Rosário Poidimani tem quaisquer


direitos a ser rei de Portugal.

Actualmente a soberania reside no povo como podemos ver mais uma vez no “
Direito Nobiliárquico Internacional”:

4) Do direito adquirido ao trono

Não é reconhecido o foro de direito adquirido ao trono. As


prerrogativas dinásticas permanecem ad aeternum na família ex-reinante,
porém o retorno às funções estatais não é assegurado por nenhuma
convenção. Isso porque, nas modernas sociedades, a escolha dos governantes
(no caso, reinante), pertence ao povo, através de seus representantes, ou de
manifestação de vontade popular (plebiscito).

SAR. D. Rosário Poidimani representa as prerrogativas dinásticas da casa de


Bragança. A verdade é que vivemos em república e esta detém a soberania.
Dessa forma só o povo se pode pronunciar quer a favor do retorno à
monarquia, quer de um determinado pretendente.

Um Rei, um Povo! 175


A vontade de vencer!
Do ponto de vista técnico, o trono está vacante, do ponto de vista político
caberá aos partidários do sistema monárquico, lutarem pela sua causa e
arranjarem massa critica e apoios populares que possam obrigar a
republica a um referendo e dessa forma reconduzir ao trono o legitimo
guardião e representante da ultima dinastia reinante, SAR. D. Rosário
Poidimani XXII duque de Bragança ou outro qualquer pretendente que o
POVO escolha!

O primeiro objectivo de SAR. D. Rosário está alcançado, que é a reposição da


verdade histórico legal, a reparação moral das injustiças praticadas contra a
pessoa de SAR. D. Maria Pia.

Cremos que em consequência de tudo o que aqui foi demonstrado o “ Rei


e o reino faz de conta” do Sr. Duarte de Bragança terão de cair
publicamente no ridículo.

Essa será sem dúvida a maior recompensa que D. Maria Pia terá
postumamente, será pois a maior homenagem que o povo português pode
prestar à grande mulher que era D. Maria Pia.

Um Rei, um Povo! 176


A vontade de vencer!
Porquê só agora reaparece D. Rosário?

Após o acto de abdicação de D. Maria Pia em 1987 a favor de D. Rosário, este


desenvolveu intensa actividade social em Portugal, são exemplo disso as
inúmeras recepções e festas em que participou das quais daremos alguns
exemplos:

D. Rosário recebido pela banda Filarmónica com honras protocolares.

Um Rei, um Povo! 177


A vontade de vencer!
D. Rosário a presidir na tribuna de honra a Tourada em Salvaterra de
Magos.

A volta de honra à praça ao lado dos toureiros e forcados.

Um Rei, um Povo! 178


A vontade de vencer!
Um Rei, um Povo! 179
A vontade de vencer!
Reparem na Imagem anterior nas pessoas que faziam parte da comissão
de honra desta tourada.

Um Rei, um Povo! 180


A vontade de vencer!
D. Rosário recebido na sua qualidade de chefe da Casa Real pelo então
presidente do CDS. Prof. Diogo Freitas do Amaral.

Nos anos seguintes D. Rosário foi desenvolvendo as suas actividades sociais


em representação da Casa dinástica de Bragança, entre Portugal e Itália.

Até 1995 ninguém ouvia falar de Duarte Pio, D. Rosário estava na crista da
onda, no entanto um conjunto infeliz de acontecimentos que começam com
uma zanga entre D. Maria Pia e o Dr. Mário Soares que fora seu advogado
muitos anos.
Um Rei, um Povo! 181
A vontade de vencer!
Mário Soares à direita de D. Maria Pia

Que levam a que Mário Soares comece a dar primeiro apoio tácito a Duarte Pio
e mais tarde implícito com o apoio de estruturas do Estado para o casamento.

Nesse mesmo ano, D. Maria Pia está profundamente combalida e morre


aos 88 anos.

A esposa de D. Rosário adoece também subitamente com um cancro


cerebral e D. Rosário vê-se impedido de continuar a sua luta. Primeiro por
ter de dar apoio à sua amiga e antecessora SAR. D. Maria Pia depois à sua
esposa que muito amava e que vem a falecer também, vitima dessa
terrível doença.

O mundo à volta de D. Rosário desaba no curto espaço de um ano,


confrontado e profundamente desgostoso com esta triste realidade, D. Rosário
agarra-se ao filho D. Simone, que passa agora a ser o seu objectivo prioritário
tentando minimizar o sofrimento que provoca a perda de uma mãe numa
criança de 12 anos.

É desta tragédia pessoal e familiar que se vai aproveitar Duarte Pio para
consolidar a sua posição e surgir aos olhos de Portugal sem oposição
que lhe impedisse de propagar os seus pseudo – direitos.

Um Rei, um Povo! 182


A vontade de vencer!
É assim que deste 1995 até agora, reunindo-se de uma equipa de gente desde
sempre ligada ao miguelismo, que foi gerindo os acontecimentos e a imagem
de Duarte Pio e se conseguiu ignobilmente enganar o povo português, como já
demonstrado nos outros capítulos.

No entanto a verdade é como o azeite, vem sempre ao de cimo e tendo o filho


de D. Rosário, D. Simone, atingindo uma idade e maturidade suficiente D.
Rosário pode finalmente retomar a sua luta pela verdade histórico legal,
desmascarando publicamente o Usurpador, Duarte Pio e todas as manobras
que foram efectuadas ao longo de décadas, ludibriando enganando e fazendo
pouco do Povo Português e da sua memória histórica.

A primeira tomada de posição pública foi em 2005 na revista Qlife stile desde
ai, com a ajuda de uma equipa de apoiantes D. Rosário tem denunciado a
usurpação de Duarte Pio no ciberespaço, encontrando-se a decorrer algumas
acções judiciais em Itália contra o falso duque de Bragança Duarte Pio.

Um Rei, um Povo! 183


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A vontade de vencer!
Actividades da Real Casa

Deste 1987 altura em que assumiu a chefia da dinastia de Bragança, SAR. D.


Rosário XXII duque de Bragança desenvolve intensa actividade cultural, social,
protocolar e humanitária, vamos nas próximas linhas dar uma pequena ideia
das diferentes actividades:

1) Humanitária:

D. Rosário fundou uma organização, os Cavaleiros da Cruz Azul que


desenvolvem acções humanitárias na região dos Balcãs quer com a
presença de médicos e enfermeiros, oferta de ambulâncias e diversos
equipamentos. Tudo patrocinado pessoalmente quer por D. Rosário,
quer através de angariação de fundos junto dos seus amigos.

2) Cultural

Um Rei, um Povo! 192


A vontade de vencer!
D. Rosário fundou um museu actualmente em Vicenza – Itália que tem a
maior colecção do mundo de objectos de tortura da inquisição com
mais de 60 peças únicas e originais. Este museu possui ainda uma grande
colecção com mais de 1000 obras de arte principalmente quadros e
algumas esculturas, conta com obras de mais de 150 artistas alguns
nomes como Picasso ou Dali.

Possui também inúmeros objectos originais do tempo da monarquia e ainda


alguns quadros originais de SM. El Rei D. Carlos I

Um Rei, um Povo! 193


A vontade de vencer!
Um Rei, um Povo! 194
A vontade de vencer!
Ainda no âmbito das actividades culturais a Real Casa organiza inúmeros
eventos e participa com outras entidades em variadíssimas actividades:

Um Rei, um Povo! 195


A vontade de vencer!
Inauguração da Biblioteca D. Maria Pia, o príncipe D. Simone em
representação de seu pai SAR. D. Rosário.

Cerimónia dos Tribunais de Contas dos países Mediterrâneos em


Palermo presidida por SAR. D. Rosário.

Um Rei, um Povo! 196


A vontade de vencer!
1) Actividades protocolares:

 Diplomáticas: D. Rosário é presidente do Instituto de Relações


Internacionais mantendo cooperação com dezenas de países.

Nos últimos tempos iniciou-se uma aproximação a algumas Casas Reais


europeias nomeadamente com SAR, o príncipe Albert Von Anhalt, duque de
Saxe, Westphalia e de Engern, e assinatura do documento de cooperação
entre as duas Casas Reais.

 Religiosas:

A Real Casa mantém importantes relações com diferentes confissões


religiosas, deste a Igreja Católica à Ortodoxa:

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A vontade de vencer!
Dr. Cavallaro em representação de D. Rosário com o Prior de Kiev.

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A vontade de vencer!
Cerimónia de aceitação do Prelado da Real Casa Portuguesa

Monsenhor Alberto Tricarico. Arcebispo de Sistroniana e Núncio


apostólico

Um Rei, um Povo! 202


A vontade de vencer!
O Ataque traiçoeiro e a tentativa de destruição e silenciamento
de D. Rosário por parte dos apoiantes de Duarte Pio

Como é do conhecimento geral toda a verdade sobre a história da Casa Real


Portuguesa começou a ser divulgada na Internet a partir de 2004 primeiro no
fórum Portugal no seu melhor e em finais de 2005/2006 com a criação da
página www.reifazdeconta.com as guardas avançadas dos círculos de
apoiantes do Sr. Duarte Pio iniciam ataques fortíssimos com recurso a todo o
tipo de calúnias na Internet, tendo destacando-se nessas acções um dos
braços direitos do Sr. Duarte Pio, José Tomaz de Mello Breyner actual arguido
em processo crime que corre em Itália por crime de ofensas, calunias e
difamação agravada cujo julgamento se deve iniciar em breve.

Como pela via das ofensas e calúnias os apoiantes do Sr. Duarte Pio e dele
mesmo, contra SAR. D. Rosário não lograram atingir os seus objectivos
socorreram-se das suas estruturas de correligionários e amigos dentro do
aparelho de estado da República Portuguesa para dar um golpe que pensavam
mortal e definitivo na causa e na pessoa de D. Rosário.

Já desde 1990 que haviam sido desencadeados alguns ataques contra SAR.
D. Rosário a partir do MNE que é um conhecido feudo de apoiantes do Sr.
Duarte Pio (nomeadamente da Embaixada de Londres). Nessa data o então
Secretário pessoal do Sr. Duarte Pio, Dr. António Sampaio Mello era uma
destacada figura dentro do MNE….

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A vontade de vencer!
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A vontade de vencer!
Um Rei, um Povo! 205
A vontade de vencer!
Era Presidente da República, Mário Soares; Presidente da Assembleia da
República, Vitor Crespo; Primeiro-Ministro, Cavaco Silva; Ministro dos
Negócios Estrangeiros, João de Deus Pinheiro, secretário-geral do MNE, Luís
Figueira, e embaixador em Londres (1989/1994), António Vaz Pereira

O então ministro conselheiro Manuel Côrte-Real (nº2 da embaixada), autor


deste parecer, teve que pedir desculpas a S.A.R. D. Rosário que foi destituído
por ofício, na inteira propriedade do termo.

Um Rei, um Povo! 206


A vontade de vencer!
Em resposta a questões colocadas por parte da Order of St. Michael of The
King, comunica pois a embaixada da República Portuguesa em Londres que «o
Governo Português reconhece “D”. Duarte Pio como legítimo Chefe da
Casa de Bragança, daí resultando o correcto uso de Duque de Bragança»;
que Rosário de Saxe-Coburgo Bragança citado na carta britânica, é nome
falso, «sendo o seu real nome Rosário de Piodimani», além de ser um
«italiano aventureiro» e que «não é merecedor de qualquer respeito das
autoridades portuguesas»; que, como «triste facto», D. Maria Pia «é
completamente destituída», e mais coisas a que nem vale a pena fazer
referência (como por exemplo, a questão das ordens honoríficas paralelas),
não configurando isso trabalho de embaixada, labor do MNE e muito menos
interesse da República que as embaixadas representam.

Disto tudo e depois de “ apertado” pelos advogados de SAR. D. Rosário,


o embaixador Manuel Côrte-Real teve que pedir desculpa, e teve que
recolocar um «S.A.R.» naquele italiano ex-aventureiro que passou a
merecer-lhe todo o respeito, recolocando-lhe também Saxe, Coburgo,
Bragança.

Um Rei, um Povo! 207


A vontade de vencer!
ESTÁ PATENTE. O embaixador Manuel Côrte-Real acabaria por confessar
que «de forma nenhuma quis ofender S.A.R. Don Rosário», solicitando «a
apresentação a S.A.R. Don Rosário o meu pedido de desculpas se as minhas
palavras lhe causaram dano».

O diplomata, também se lê, colocou-se ainda «à disposição para analisar toda


a documentação que me possa ser apresentada para que livremente possa
formar a minha opinião». O que significa que Manuel Côrte-Real, com isso, terá
posto então de lado a invocada «versão oficial em Portugal por demais
conhecida», não havendo, de facto e muito menos já em 1990, qualquer

Um Rei, um Povo! 208


A vontade de vencer!
«versão oficial», sendo apenas oficial o que é do estado ou das instituições da
República.

Mais tarde em 1992 outra tentativa de ataque usando meios do estado a partir
do consulado de Milão.

Um Rei, um Povo! 209


A vontade de vencer!
Informando erroneamente as autoridades judiciais Italianas que:

“Em 19/03/1992 o cônsul Geral de Portugal em Milão, Dr. José Sarmento


informou a Procuradoria da República Italiana que “oficialmente a única pessoa
autorizada a utilizar o titulo de herdeiro da Casa Real de Portugal, é “D”.
Duarte Pio Nuno de Bragança que, também é o líder da causa monárquica e
que, nos arredores de Lisboa, usufrui de uma habitação que foi posta à sua
habitação pelo governo da República Portuguesa”. Mais um a comer na
manjedoura do estado……( comentário nosso)

Ora em finais de 2005/2006 com a entrada em cena do site


www.reifazdeconta.com (devidamente publicitado nos meios de comunicação)
e toda a documentação nele contida é dado um duro golpe nas falácias do Sr.
Duarte Pio que na falta de poder vir a terreiro defender-se ou esgrimir
argumentos recorre juntamente com os seus amigos e defensores ao ataque vil
e traiçoeiro!

Um Rei, um Povo! 210


A vontade de vencer!
Duarte Pio muito incomodado com a situação reúne ao mais alto nível
com o seu grupo de Conselheiros privados entre eles:

Paulo Teixeira Pinto;

ex. presidente do BCP e membro da Opus Dei, presidente da Causa Real.

Mendo Castro Henriques

Prof. Na U. Católica simpatizante do Opus Dei (o do meio)

Um Rei, um Povo! 211


A vontade de vencer!
Mendo Castro Henriques é autor do livro “ “D”. Duarte e a Democracia”

Mendo Castro Henriques


Pertence ao Conselho Editorial do Instituto de Defesa Nacional

Um Rei, um Povo! 212


A vontade de vencer!
Diogo Freitas do Amaral à data Ministro dos Negócios
Estrangeiros, pertence ao Conselho Consultivo do mesmo
Instituto e é além disso conhecido publicamente por
pertencer ao movimento Opus Dei, tal como o assessor do
Sr. Duarte Pio de Bragança, Paulo Teixeira Pinto .

Portanto ou amigos ou conhecidos, Diogo Freitas do


Amaral, Mendo Castro Henriques e Paulo Teixeira
Pinto, navegam nas mesmas águas…

Só assim se explica que como nos diz Mendo Castro Henriques na pág.
220 do referido livro ter sido (especificamente) o Prof. Diogo Freitas do
Amaral a solicitar em Maio de 2006 um parecer ao seu departamento
Jurídico onde pretendiam reconhecer em nome da República Portuguesa
Duarte Pio como pretendente a algo que não existe para a República ou
seja o trono.·

A revelação de Castro Henriques, de quem partiu a ordem, revela a


intimidade com o mandante ou seja Freitas do Amaral, pois Mendo Castro
Henriques não é funcionário do MNE e só um funcionário de gabinete ou o
próprio ministro poderiam saber de quem partiu a ordem para tamanha
aberração jurídica e envolvimento numa disputa à qual a República é
completamente alheia.

Este Parecer foi elaborado no departamento Jurídico do MNE e assinado pelo


Mestre de Direito e chefe de departamento, Dr. Luís Serradas Tavares, que
também está ligado à Universidade Católica através de publicações de livros e
artigos.

Curiosamente apesar de se tratar de um documento interno do MNE e por


esse motivo um documento que deveria estar ao abrigo do segredo de
estado. Foi sem qualquer despudor que o documento apareceu em vários
sites da Internet afectos a Duarte Pio e na página 288 do referido livro de
Mendo Castro Henriques. Tendo o assunto do “reconhecimento” sido
badalado em toda a imprensa nacional.

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A vontade de vencer!
Um caso de polícia que devia ser investigado!

Já antes de tornarem publica o referido parecer havia movimentações abusivas


de pessoas afectas a Duarte Pio dentro do MNE contra SRA. D. Rosário

Em 27/07/2005, o cônsul Geral de Portugal em Milão, Dr. Manuel M. Correia,


informou a “Polizia de Frontiera” Italiana o seguinte : “ a única Real Casa de
Portugal que o Governo Português reconhece é a que possuiu sede em
Portugal, cujo administrador é o “D”. Duarte Pio de Bragança que usufrui para
além do Titulo de Herdeiro da Casa Real de Portugal, também do respectivo
privilégio económico. Não existem outras pessoas em Portugal ou noutros
países, que possam legitimamente apossar-se de tal título.”

Seguindo a mesma linha de actuação o Embaixador de Portugal em Roma


Vasco Valente comunicou ao Ministério dos Negócios Estrangeiros Italiano que
“de algum tempo a esta parte, um cidadão italiano, Rosário Poidimani tem-se
vindo a proclamar herdeiro do trono de Portugal e usa mesmo títulos
nobiliárquicos como os de Duque de Bragança, Príncipe de Saxónia Coburgo-
Gotha de Bragança. Trata-se como se vê, de uma ridícula e variada colecção
de títulos falsos que adquiriu a uma cidadã italiana, que se intitulava D. Maria
Pia de Bragança e se dizia filha natural do penúltimo monarca Português, rei D.
Carlos.”.

O Consulado de Portugal em Milão (pela nota nr. 138/06 de 06/03/2006)


comunicou ainda que ”A República Portuguesa não reconhece a Rosário
Poidimani o titulo de príncipe de Saxónia de Coburgo e Bragança, o tratamento
de Sua Alteza Real e o titulo de pretendente ao trono de Portugal e de chefe da
Real Casa de Portugal”.

Estamos certos que o referido parecer serviria para dar cobertura legal aos
actos criminosos que estavam a ser praticados em Itália por via das denúncias
caluniosas do embaixador e do cônsul contra SAR. D. Rosário.
Todas estas movimentações tiveram por detrás O Mestre de Direito Luís
Serradas Tavares chefe do Departamento Jurídico do MNE

Este parecer que na verdade parece uma sentença jurídica, não só pelos
moldes em que é produzido, em clara usurpação de funções, como nos graves
danos que provocou na pessoa de D. Rosário o encerramento do seu escritório
durante 6 meses e a prisão politica durante igual tempo, é uma aberração
histórico legal que me faz perguntar se o Sr. Luís Serradas Tavares teria obtido

Um Rei, um Povo! 220


A vontade de vencer!
o seu mestrado em Direito a um domingo, na Universidade Independente?

Vejamos alguns exemplos dos disparates:

“A linha colateral mais próxima, mantendo a nacionalidade portuguesa,


de acordo com as normas sucessórias era a linha que advinha de D.
Miguel, irmão de D. Pedro IV. Desse modo, o filho de D. Miguel, Miguel
Maria de Assis Januário tornou-se legitimamente o novo chefe da Casa
Real de Bragança por sucessão mortis causa de D. Manuel II.”

Mas então não é obrigação de um mestrado em direito saber que um


morto não pode herdar nada…é que Miguel Maria de Assis Januário avô
de Duarte Pio morreu 5 anos antes de D. Manuel II, como poderia ser seu
herdeiro?

“Ainda no exílio, sucedeu a D. Miguel [agora, de Bragança], seu único


filho varão “D”. Duarte Nuno de Bragança e a este o actual chefe da Casa
Real, “D”. Duarte Pio de Bragança.

 Em 1950, por Lei da Assembleia Nacional, a Família Real


portuguesa foi autorizada a retornar ao território
nacional.”

Mas então não seria obrigação deste mesmo mestre de direito saber que este
ramo da família Bragança, estava exilado e sobre eles pendiam leis que os
proibiam de entrar em Portugal e os excluía para sempre da sucessão do trono.
Como justifica este mestre de direito a “legitimidade” de este ramo da
família Bragança, reclamar direitos àquilo que a própria lei lhes negava….

Indignado com esta perseguição politica ilegal, ilegítima, anti democrática e


criminosa movida contra D. Rosário tomamos a iniciativa de enviar ao então
presidente do PPM, D. Nuno da Câmara Pereira, na altura deputado na
Assembleia da República uma carta a pedir esclarecimentos. Na sequência
dessa carta o ilustre deputado faz um requerimento com pedido de
esclarecimento ao MNE a resposta tarda mas acaba por vir directamente do
gabinete do Ministro Luís Amado (vem publicada no Diário da Assembleia da
República, II série B Nº.37/X/2 - Suplemento 2007.05.12)

Um Rei, um Povo! 221


A vontade de vencer!
O que diz o ministro?

1. Que as Necessidades produziram um documento de trabalho


interno visando o «enquadramento legal da actuação de uma pessoa
que, alegadamente, terá aberto representações ‘diplomáticas’ no
estrangeiro e praticado sem autorização actos em nome do Estado
português», mas que «o parecer citado nunca foi objecto de
homologação política».

2. Que «não se afigura que seja este Ministério competente


para se pronunciar sobre a matéria», ou seja, sobre as questões
relativas ao reconhecimento oficial de um herdeiro da dita Casa Real de
Bragança.

Quanto ao primeiro ponto. É no mínimo paradoxal que parta do MNE o


advérbio de modo alegadamente uma vez que quem alegou foi a Embaixada
em Roma, estrutura do MNE. Alegou ou não alegou? Quando uma embaixada
alega, é lícito admitir que o faça apenas com provas, e, não deixando margem
para dúvidas, carreando as provas. Em todo o caso, o ministro deixa claro que
não homologou politicamente o documento dos serviços jurídicos do Ministério
- se não homologou, fica na estante.

Quanto ao segundo ponto. Clara e inequivocamente, Luís Amado colocaram


o que deveria ser ponto final na questão – o MNE não é competente para se
pronunciar sobre heranças de casa real ou reconhecer herdeiros,
deixando sugerido que, dentro do MNE, ninguém pode ou deve dissertar
em nome do MNE sobre tal matéria. Se o fizer, vai além do sapato.

Um Rei, um Povo! 222


A vontade de vencer!
Um Rei, um Povo! 223
A vontade de vencer!
Em 2006 na sequência do primeiro grande ataque a D. Rosário a policia
Italiana instigada pelas cartas e comunicações do embaixador e do Cônsul,
aliás grandes amigos do Sr. Duarte de Bragança, encerram o escritório durante
6 Meses.

Imediatamente o meu advogado pede explicações ao MNE. Poucos dias


depois e misteriosamente e surpreendendo toda a gente Freitas demite-se:

Freitas do Amaral é considerado o maior especialista de direito administrativo e


deve ter percebido o alcance e consequências das acções do embaixador e a
fuga para as mãos de Castro Henriques, sob sua responsabilidade
enquanto Ministro, de um parecer que é um desastre em termos de
fundamentação histórico jurídica e um documento falso do ponto de vista
ideológico por atentar contra o artº. 288 da Constituição.

Um parecer que é anti constitucional, porque as repúblicas não podem


reconhecer pretendentes ao trono. Um parecer que serviu para uma
perseguição canalha a uma pessoa de bem.

Um parecer que obrigou o MNE a recuar e Duarte Pio ser colocado no seu
lugar em praça publica, em resposta ao requerimento (n.º 325/x-(2ª), do
deputado Nuno da Câmara Pereira onde, referindo o atrás citado parecer
jurídico, volta a questionar
.
A) - o Estado Português reconhece o Sr. Duarte Pio de Bragança como
o herdeiro legítimo ao trono de Portugal ?

B) - Qual a legitimidade da República Portuguesa para assumir, com


carácter oficial, que Duarte Pio de Bragança é o legítimo duque de
Bragança?

Um Rei, um Povo! 224


A vontade de vencer!
13º
A resposta ao requerimento n.º 325/x - (2ª) (assim como ao requerimento 917/X
(2ª) ) foi dada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros – ofício 2838 de 27 de
Abril de 2007 – e afirma que

“... O parecer citado nunca foi objecto de homologação política, constituindo


portanto um documento de trabalho interno deste ministério” e, em
relação às questões concretamente efectuadas “não se afigura que seja este o
ministério competente para se pronunciar sobre a matéria ali versada”.

Com base em tudo o que já vimos e fortemente pressionadas as autoridades


Italianas resolvem deter D. Rosário em Março 2007.

Uma acção sem precedentes, que visava objectivamente o seu silenciamento e


a continuação das mentiras do Sr. Duarte Pio de Bragança.

Durante 6 meses, não teve oportunidade de apresentar qualquer defesa, o


sistema silenciou-o reduzindo os seus direitos a zero, nem Mussolini ou
Salazar se atreveram a tanto contra D. Maria Pia.

Das acusações vindas a público dizia-se que D. Rosário estaria envolvido em


práticas de crimes económicos e falsificação de documentos, e que toda a sua
vida enquanto Duque de Bragança seria uma burla.

Em relação aos crimes económicos, após 1ª audiência preliminar nem sequer


foi pronunciado dessas acusações, pois caíram logo.

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A vontade de vencer!
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A vontade de vencer!
Falemos agora das acusações de falsificação de documentos.

Na realidade não existem quaisquer documentos falsos, pois os documentos


em questão são da Real Casa Portuguesa, da qual é o chefe de casa dinástica
e que ao abrigo do direito internacional, lhe permite um conjunto de
prerrogativas.·

Estes “passaportes” nada mais são, que cartas de apresentação dos


colaboradores junto de outras entidades com quem a Casa Real como Sujeito
de Direito Internacional mantém relações.

Só seriam falsificações se fossem cópias de documentos da Republica


Portuguesa o que não é o caso obviamente!

D. Rosário foi julgado o ano passado, as acusações iniciais, resultantes deste


vil ataque contra a sua pessoa foi absolvido de todas elas, a Casa Real
validada perante a Justiça e os “ passaportes” devolvidos ao seu legitimo dono
D. Rosário mas num gesto de loucura sem precedentes, certamente para
salvar a face da Justiça Italiana, depois de todo o barulho na imprensa
internacional e também a face das altas figuras de estado portuguesas
envolvidas nesta cabala acabam por condenar D. Rosário por factos que não

Um Rei, um Povo! 229


A vontade de vencer!
são crime nem constavam na acusação, atendamos as palavras de D. Rosário
no seu discurso de 25 de Abril 2012:

Portuguesas e Portugueses desde 1932 após a morte de D. Manuel II que os


poderes anti democráticos, tudo tem feito para manter afastada do povo
português a verdade histórica e acima de tudo a alternativa politica leal
patriótica e inteligente que a verdadeira Casa Real representa.

SAR. D. Maria Pia filha reconhecida de D. Carlos I e minha antecessora na


chefia da Casa Real sofreu toda uma vida de perseguições até ao final da sua
vida desde a calúnia à prisão pela PIDE.

Quando em 1987 assumi por cooptação a chefia da Casa Real Portuguesa


assumi um compromisso para a vida não só de desmascarar a farsa impingida
ao povo Português em 1932 e que se mantém até hoje na pessoa do fingido e
falso duque de Bragança o Sr. Duarte Pio, como a responsabilidade que a
chefia da Casa Real Portuguesa acarreta em termos histórico e políticos na
salvaguarda dos interesses da pátria lusitana.

Quando em 2003 regressei ao combate politico após uma ausência forçada


motivada pela doença de SAR. D. Maria Pia e da minha falecida esposa, fui
forte e severamente perseguido, primeiro com calúnias na Internet e depois em
2005-2006 numa operação que envolveu membros do ex. governo, altos
funcionários do MNE e até os serviços secretos portugueses. Gente afecta à
causa do Sr. Duarte Pio, fizeram em papel timbrado do estado português
denúncias caluniosas contra a minha pessoa com falsificação ideológica
de conteúdo com o objectivo claro de me destruir e principalmente a
verdadeira e legitima Casa Real Portuguesa.

De tudo me chamaram e me acusaram desde chefe de uma perigosa


quadrilha falsificador de documentos vigarista falso Duque de Bragança
fraude bancária etc. O então embaixador português em Itália Vasco
Valente actual arguido em processo-crime que corre em Lisboa, chegou
ao ponto de numa manobra com tiques mais próprios de um regime
ditatorial, que de um país que se diz democracia, pressionar as
autoridades Italianas com vista à minha detenção, o que veio aliás a
ocorrer.

Na sequência desta denúncia caluniosa, fui processado em 2 comarcas


em Itália, país onde resido, com acusações iguais em ambas. Numa o
Ministério Publico apenas me fechou o escritório em 2006 umas semanas,
o processo foi arquivado e declarada a não existência de qualquer crime.

Repito o processo foi arquivado e declarada a não existência de qualquer


crime.

Um Rei, um Povo! 230


A vontade de vencer!
Na outra comarca e repito pelos mesmos factos deram ordem para me
deterem 6 meses, as acusações iniciais, caíram por terra com a minha
absolvição de todas elas, mas o tribunal num gesto sem precedentes
acaba por me condenar por factos que não constavam na acusação e nem
sequer são crime como o recurso o provará a seu tempo:

 A Associação Casa Real Portuguesa receber donativos


voluntariamente pagos, que aliás foram usados em obras de
caridade.

 O uso de placas identificativas na minha viatura com os símbolos


da Casa Real semelhantes às do corpo diplomático. Placas cujo
uso estava legal e administrativamente autorizado,
Infelizmente o tribunal não reparou na documentação
apresentada e daí este creio que erro judicial da condenação,
pois não quero sequer pensar que a justiça Italiana possa
estar a fazer algum favor aos meus caluniadores apesar
destes serem altas figuras do estado português

Esta perseguição politica e pessoal que me foi movida/ a partir de Lisboa


usando o sistema judicial e elementos das forças da secreta através denuncia
caluniosa contou com a acção directa do ex. governo Sócrates nomeadamente
o ex. ministro Freitas do Amaral e o silêncio cúmplice da presidência da
república que tendo sido notificada do caso a tempo me denegou o mais
elementar direito à justiça.

No entanto qualquer português facilmente entenderá que se eu fosse um


delinquente, um falsificador seja do que fosse, jamais teria sido perseguido
desta forma infame, pelo governo de José Sócrates pelo contrário…!

É pois por a Casa Real ser diferente, ser honesta e competente que os
inimigos de Portugal e do povo português que se apoderaram do poder, nos
odeiam e tudo farão para nos manter afastados e o povo português na
ignorância da existência real de uma verdadeira alternativa politica.

Celebra-se hoje o 25 de Abril para se chegar à conclusão que não existe um


verdadeiro estado de direito em Portugal, nem uma verdadeira democracia.

Numa verdadeira democracia o povo elege os seus representantes naturais


directamente sem intermediários. Nesta pseudo democracia os deputados/ são
escolhidos pelas máquinas partidárias, gente vendida aos mais diversos
interesses desde empresariais, associativos, forças ocultas etc. pequenos
grupos de grande influência financeira que através das manipulações de
bastidores tem logrado conseguir manipular e subverter a democracia/ e o
estado de direito.

Um Rei, um Povo! 231


A vontade de vencer!
Os resultados estão à vista, o país que é um país rico de recursos, à beira da
miséria, uma justiça inoperante, o povo a empobrecer e a perder as anteriores
conquistas na saúde, na educação, na vida profissional em oposição a uma
classe politica sem escrúpulos que se lamenta insultuosamente de não se
conseguir governar com 12 mil euros mensais e que enche os bolsos os mais
mirabolantes esquemas que vão desde as obras publicas, a financiamentos de
campanhas eleitorais, passando pelo BPN, vale tudo e até como a perseguição
que me foi movida confirma - arrancar olhos!

Desde há vários anos que tenho alertado através de mensagens publicadas em


fóruns e blogues pois fui boicotado pelos jornalistas, tenho alertado
repetidamente para o que se está a passar agora em Portugal e as alternativas
que proponho para fazer o país sair da crise e enriquecer os portugueses. Não
me vou repetir, mas face à gravidade do rumo que o país leva terei de
acrescentar algumas medidas que considero urgentes e imperiosas:

Demissão imediata de toda a classe politica!

O actual governo deve demitir-se por incumprimento do mandato eleitoral. A


razão é simples o governo está a fazer exactamente o oposto ao compromisso
assumido antes das eleições e para o qual os portugueses votaram isto é lhes
passaram um mandato e por essa razão de incumprimento total deve demitir-
se ou ser demitido.

O Prof. Cavaco Silva deve demitir-se porque ele próprio já há muito que se
demitiu das suas funções, permitindo o arrastar de situações e o conduzir do
país à desgraça em que se encontra, motivo pelo qual não se justifica estar a
receber um faustoso ordenado, apesar das queixas de não lhe dar para as
despesas, por tão fraca prestação de serviço a Portugal e aos portugueses, isto
para já não falar nas suas acções passadas enquanto responsável pelo
governo que destruiu a agricultura, as pescas e o tecido empresarial português,
motivos mais que suficientes se tivesse algum pudor para nem sequer se ter
candidatado ao alto cargo que ocupa.

Da união da Casa Real Portuguesa com o povo português saíram quase


sempre grandes feitos e realizações é pois a hora dos portugueses se
reencontrarem com a sua história e partirem para a luta sem tréguas que lhes
permita resgatar os seus mais legítimos direitos e anseios.

Neste dia 25 de Abril apelo aos portugueses que não aceitem o roubo que lhes
está a ser feito por esta classe política em conjunto com o sector bancário.
Tomem como exemplo o caso da Islândia que depois do povo sair à rua, de
prender políticos e banqueiros e passar por uma situação de banca rota já está
em crescimento económico.

Um Rei, um Povo! 232


A vontade de vencer!
Neste dia 25 de Abril apelo aos militares para que se recordem dos ideais de
Abril e os façam respeitar, pois são em último caso o garante do estado de
direito e da independência e soberania da pátria.

Enquanto chefe da Casa Real Portuguesa, cabe dar o exemplo e oferecer os


meus préstimos ao povo português gratuitamente.

Quero com isto dizer que na sequência da queda do regime, que se adivinha,
estou disponível para tomar as medidas necessárias de responsabilização
pessoal, patrimonial e criminal das pessoas que levaram o país ao desgraçado
estado actual e trabalhar na qualidade de rei, isto é de chefe de estado em prol
dos portugueses sem nada receber até a situação económica e financeira estar
em franco crescimento.

Os portugueses podem contar com a Casa Real Portuguesa e comigo na


qualidade de seu chefe para fazer de Portugal uma grande e exemplar nação.
Cabe agora pois a cada um de vós dar o passo para se poder iniciar o trabalho
e o caminho de reconstrução nacional.

Não se preocupem pelo mal que possam dizer de mim, também no passado
homens como Gandhi, Nelson Mandela, Xanana Gusmão só para citar alguns
exemplos /foram alvo das piores calunias e perseguições, mas a verdade
sempre acabou por imperar! Podem ter a certeza que ao contrário dos meus
detractores /serei íntegro e intransigente no governo da coisa pública!

Viva Portugal
Vivam os Portugueses!

Um Rei, um Povo! 233


A vontade de vencer!
Neste momento o processo de D. Rosário em Itália já prescreveu, mas D.
Rosário não invocou essa figura jurídica da prescrição pois faz questão
de ser julgado em segunda instancia e completamente absolvido em
julgamento, pois quem não deve não teme! E ser condenado por ajudar os
pobres e usar umas placas na viatura é surrealista…São este tipo de noticias
empoladas pela imprensa vendida que permitem tapar os verdadeiros crimes
como o caso BPN, etc.

Os funcionários do MNE, foram processados cá, e apesar das inúmeras


dificuldades que o Ministério Publico tem colocado ao bom andamento do
processo, como aliás é habito quando os processos em Portugal envolvem
certos nomes sonantes o processo está a andar vagarosamente, mas está a
andar:

Ao contrário dos órgãos de fiscalização portugueses como seja a Presidência


da República e a Comissão de Liberdades e Garantias da AR que se

Um Rei, um Povo! 234


A vontade de vencer!
remeteram ao mais cínico silêncio quando confrontadas com estes actos
persecutórios o Diário Oficial do Rio de Janeiro fez a sua nota de protesto
indignados que estavam alguns senadores com tão vil acção de funcionários
do governo Português contra uma pessoa de bem:

Um Rei, um Povo! 235


A vontade de vencer!
Um Rei, um Povo! 236
A vontade de vencer!
Um Rei, um Povo! 237
A vontade de vencer!
Quem é afinal D. Rosário?

S.A.R. DOM ROSARIO Nasceu em Siracusa, na Sicília, em 1941 onde se


dedicou ao estudo de humanidades para então, à posteriori, passar para uma
qualificação económica da qual desfrutou durante uma longa actividade
empreendedora, alcançando de seguida inúmeros reconhecimentos a nível
académico em algumas universidades internacionais.

Os sectores pelos quais enveredou diferenciaram-se entre o Editorial, também


o da radiotelevisão, tendo sido um dos primeiros fundadores da televisão
privada e o do Ensino através da constituição de escolas superiores e
universidades privadas de elevado prestígio, no Nordeste de Itália, passando
também pelo sector mecânico de alta precisão e pelo sector imobiliário.

Por fim escolheu dedicar-se exclusivamente à actividade de consultoria


financeira no âmbito internacional, actividade que ainda hoje desempenha.

Em 1977 fundou o I.I.R.D., Instituto Internacional para as Relações


Diplomáticas que é composto por 39 Estados, entre sócios fundadores e
Membros Aderentes. O objectivo do Instituto é o de contribuir para uma maior
aproximação entre todos os países mediante iniciativas de natureza variada,
todas com o intuito de dar possibilidade a uma maior presença de
pensamentos diferentes para atingir um maior conhecimento recíproco.

O Instituto editou algumas publicações e parte dos fundos resultantes das


contribuições voluntárias dos membros destinam-se a bolsas de estudo a favor
dos estudantes universitários das áreas jurídicas.

Através da Associação Humanitária "Os Cavaleiros da Cruz Azul", tem-se


dedicado às actividades de assistência para os mais carenciados.

Ao longo de todos estes anos tem conseguido obter inúmeros reconhecimentos


a nível internacional, académico, etc.
Presidiu diversos prémios internacionais, tais como:

Prémio Internacional "Columbus Day";


Prémio Mercantil Internacional "Óscar dell'Export";
Prémio Internacional "Marco Aurélio"; entre outros prémios.

Foi também Membro da Comunidade Europeia de Jornalistas.

Pertencente à religião Católica - Romana mantém as melhores relações com


todas as Igrejas Cristãs, com as religiões monoteístas e com todas as
representações de Fé.

Um Rei, um Povo! 238


A vontade de vencer!
É Casado com D. Kristina

S.A.R. D. Kristina Duquesa de Bragança

S.A.R. DONA KRISTINA

Nasce na Eslováquia, onde frequentou os Institutos Superiores e seguiu


vários cursos pós -graduação de Língua Inglesa, Italiana e Alemã.

Em 2004 casou com Dom Rosário.

Actualmente ocupa-se principalmente da


família, que considera Sagrada e da assistência aos Projectos
Humanitários, em
especial às crianças deficientes.

Um Rei, um Povo! 239


A vontade de vencer!
S.A.R. DOM SIMONE

Um Rei, um Povo! 240


A vontade de vencer!
Um Rei, um Povo! 241
A vontade de vencer!
É o Príncipe Herdeiro. Nasceu em 1982 em Vicenza, na Itália, onde
frequentou o liceu para depois formar-se na prestigiosa Universidade de
Trento em Ciências Jurídicas.

Terminou recentemente um Master de especialização em Disciplinas


Financeiras.

Desde de 2006 que começou a representar a Real Casa de Saxe Coburgo


e Bragança, em algumas das cerimónias públicas, entre estas a
inauguração da Biblioteca, em Palermo, dedicada à memória de S.A.R.
Dona Maria Pia.

S.A.R. D. SORAYA

Nasceu, à semelhança do seu pai, na Sicília e frequentou os


Institutos Superiores de Economia.

É casada e mãe de duas crianças, Asya e Nicola.

É a segunda na linha de sucessão.

Dedica-se não só à família, como também às


actividades humanitárias da Associação "Os Cavaleiros da Cruz Azul".

Um Rei, um Povo! 242


A vontade de vencer!
S.A.R. D. KRYSTAL ISABEL

Nasceu em Vicenza, na Itália, em 2003. É a terceira no que respeita à


sucessão.

Um Rei, um Povo! 243


A vontade de vencer!
Alguns discursos e mensagens de SAR. D. Rosário

Mensagem de Ano Novo de SAR. D. Rosário XXII Duque de Bragança


29/12/2007

Portugueses e portuguesas,

Há momentos na história dos povos em que é preciso dizer basta! O momento


que vivemos actualmente é de grande perigo para a nação portuguesa.

Ao longo dos últimos 33 anos um conjunto de políticos cujas ambições


pessoais não tem limites, tem vindo a aniquilar e desbaratar o património
deixado pelos nossos antepassados e agora como já não bastasse isso,
preparam-se para a entrega da soberania nacional.

Como pode viver e que futuro se pode esperar para um povo que perdeu a sua
capacidade de se auto abastecer?

O sector da agricultura foi destruído, as oliveiras que os vossos avós plantaram


são destruídas ou arrancadas para seguirem em barcos para os EUA ou
Japão, Portugal perdeu a capacidade de produção e armazenamento de
cereais com a destruição da EPAC, o sector das pescas está de rastos,
Portugal não é independente energeticamente!

As importações são mais do que as exportações desequilibrando dessa forma


a balança comercial.

Os empresários estão inibidos de trabalhar, perseguidos por leis estúpidas


ditadas por burocratas a partir de Bruxelas e executadas pelo poder de Lisboa,
não podem trabalhar e desmotivam-se a fazer investimentos.

O desemprego aumenta!

Quem é burro para arriscar o seu dinheiro e depois ser continuamente


perseguido, por cargas fiscais e leis injustas, que apenas servem para
proporcionar grandes vidas aos barões da política?

O sector estatal da saúde é arrasado sem dó nem piedade, o que contam são
os números, mas não os números dos minutos que se perdem para deslocar as
pessoas para longe de onde ocorrem as situações que necessitam de socorro.
Mas os números que podem encher os bolsos das privadas a quem quiser ter
um pouco de saúde que passa a recorrer e o direito à saúde um luxo e não um
direito!

Um Rei, um Povo! 244


A vontade de vencer!
Por tudo isto e muito mais estamos apostados na continuação da revelação da
verdade histórica ao povo português e na criação de uma nova forma de
vivência democrática.

A profunda comunhão que os governantes podem ter com uma comunidade,


uma nação, só é possível num quadro de estabilidade e de relacionamento a
longo prazo, no fundo numa monarquia.

É pois na minha qualidade de verdadeiro e único Duque de Bragança e


pretendente ao Trono de Portugal que me apresento perante vós com a
humildade e a serenidade de quem muito quer bem e fazer bem a Portugal.

No ano de 2008 que se avizinha, vamos trabalhar para que o escândalo


vergonhoso da usurpação do Sr. Duarte Pio de Bragança
www.reifazdeconta.com seja do domínio público e levado ao país pelos meios
de comunicação.

Uma vez removido esse estorvo do caminho e desfeitos os equívocos a cerca


do legítimo pretendente ao trono, se possa em profunda comunhão com todos
os homens e mulheres de bem, fazer um Portugal renovado, onde as pessoas
possam viver com a felicidade, alegria e paz a que tem direito.

Feliz Ano Novo são os votos de D. Rosário XXII duque de Bragança

Mensagem 1º Dezembro de SAR. D. Rosário 2008


1 de Dezembro de 2008

Portugueses e Portuguesas!

Nesta hora difícil que o mundo atravessa impõe-se um momento de reflexão e


serenidade, o qual nos permita encarar e enfrentar os difíceis tempos que se
avizinham com tranquilidade e sabedoria.

Tranquilidade, porque de nada nos serve entrar em pânico (nesta tão louca
correria onde depressa seríamos esmagados pelos inúmeros acontecimentos
que nos ultrapassam).

Sabedoria, porque este é um tempo de dificuldades: agora é preciso aplicar


todo o conhecimento na resolução e prevenção das situações que começam a
ser evidentes aos olhos de todos, como aliás já havíamos anunciado e previsto
em tempo passado.

Um Rei, um Povo! 245


A vontade de vencer!
Portugal é um País pequeno, mas grande nos homens e nos feitos, o qual teve
no seu passado um fio de pensamento, e importante condutor da acção,
através das dinastias.

A famosa derrota em Alcácer Quibir veio alterar profundamente este plano


condutor dos destinos da Pátria, porque, naqueles areais, perderam-se muitos
dos ilustres varões que constituíam a força anímica da nossa Nação.
Sabemos, pelos exemplos da História, que os povos tendem sempre a cumprir
determinados planos e destinos civilizacionais. Porém, falta ainda cumprir-se
Portugal!

Neste tempo que vivemos e em que ninguém sabe o que está mal ou o que
está bem, em que tudo é incerto e derradeiro, é preciso voltar a sonhar com o
Império, não um império material, mas um Império Moral e da Língua onde,
através de novos exemplos e de uma nova forma de entender, no nosso
pequeno mundo, possam os portugueses irradiar a sua bondade e os princípios
de uma nova politica civilizacional para o Mundo em geral.

Cumprir Portugal significa materializar o sonho dos poetas e dos escritores


como o foram Fernando Pessoa ou Agostinho da Silva.
Significa concretizar um País onde a criatividade das suas gentes seja libertada
e incentivada, pois é esta criatividade sonhadora que nos dará mais objectivos
a cumprir e novos rumos a seguir.

É, pois, com estas gentes – a verdadeira nobreza de Portugal – que, estou


certo, se irão descobrir soluções para os diferentes domínios, desde a energia,
à agricultura, passando pelo ambiente, pois a riqueza contida na capacidade
inventiva dos portugueses vale muito mais do que todos os bens do Mundo,
porque juntos vamos inventar e descobrir soluções que a Humanidade tanto
necessita para a sua própria sobrevivência.

Não podemos portanto compactuar com insinuações antidemocráticas ou de


ataque à democracia como alguns preconizam e tentam provocatoriamente pôr
em prática, não para benefício da nação, mas do seu próprio ego.

Nunca escondemos que defendemos os princípios da democracia directa ou


ciclos uninominais pois reconhecemos as imperfeições de um sistema
partidário que se afasta cada vez mais dos cidadãos e funciona apenas numa
lógica de auto-sobrevivência. Porém, jamais tomaremos posições afrontosas às
instituições democraticamente eleitas.

Juntos cumpriremos Portugal.

Viva Portugal!

S.A.R. Dom Rosário, o Príncipe Real de Portugal e Duque de Bragança.

Um Rei, um Povo! 246


A vontade de vencer!
Mensagem 10 de Junho 2010
S.A.R D. Rosário XXII duque de Bragança

Portugueses e Portuguesas juntos, celebramos hoje o dia de Portugal e das


Comunidades Portuguesas, celebra-se hoje o império, outrora o império
territorial, hoje o império da cultura e da língua que une povos de diferentes
continentes, mas com uma história comum.

Nos últimos anos e por sucessivos governos os nossos imigrantes e os lusos


descendentes encontram-se ao completo abandono por parte das autoridades
portuguesas.

Portugal aderiu também erroneamente à comunidade europeia, perdendo o


completo controlo dos mecanismos de soberania e de estabilidade económica
como seja o controlo da moeda.

Portugal perdeu o momento histórico de liderar a iniciativa de uma comunidade


lusófona que seria hoje sem dúvida um potentado económico e cultural, para
se tornar um país de periferia e mal colocado na cauda da Europa.

A hora é grave! E por esse motivo cumpre-me na qualidade de duque de


Bragança e enquanto chefe da Casa Real Portuguesa e fazer um balanço da
situação, deixar alertas, apontar caminhos.

Como está à vista de todos e já foi repetidamente alertado por nós, Portugal
caminha a passos largos para a bancarrota, o descalabro económico.

A incapacidade de gestão dos actuais responsáveis políticos para não dizer a


gestão danosa da coisa pública são já por demasiado evidentes, estando já a
reflectir-se na bolsa de todos os cidadãos, quer com a infame diminuição dos
míseros salários, redução de deduções fiscais etc. Que apenas quer dizer
menos dinheiro no bolso dos portugueses. Mas não dos políticos…

Poderíamos estar melhor se o governo tivesse deixado cair os bancos privados


há cerca de 2 anos atrás, quando os mesmos já se encontravam numa
situação de óbvia ruptura.

Para se entender melhor os motivos, pelos quais não o fizeram, deveremos


seguir o rasto e perceber que os donos desses bancos privados são altas
figuras ligadas aos dois maiores partidos portugueses e ao falso duque de
Bragança, Duarte Pio.
Assim o governo e a oposição ao invés de defenderem o interesse publico
agiram pelo contrário contra o povo português para manter a riqueza e o
privilégio de meia dúzia de banqueiros ricos que ainda há dois anos falavam de
viva voz na praça publica, mas que agora tentam passar despercebidos,

Um Rei, um Povo! 247


A vontade de vencer!
enquanto vão fazendo as suas negociatas e mantendo a sua riqueza e estatuto
à conta dos sacrificados portugueses.

O governo ao injectar centenas de milhões de euros nesses bancos privados,


sacrificou a economia da nação e cada família em particular que está agora a
ser vítima de um autêntico roubo mensal, de parte do seu ordenado para dar a
esses banqueiros.

Melhor teria feito o governo em dar o dinheiro às famílias, para que elas
pudessem honrar os seus compromissos com a banca evitando a ruptura
económica das famílias e a perda dos seus bens.

As famílias estão agora a pagar duplamente à banca. Por um lado por via do
autêntico roubo que foi a confiscação de parte do salário e do subsídio de
férias para tapar os buracos dos bancos por outro por via do endividamento e
compromissos que as famílias já tinham com a banca e futuramente como já
anunciado com mais impostos para continuar a tapar esse e outros buracos.

Poderíamos estar melhor se os anteriores governos não tivessem entregue ao


sector privado importantes e lucrativas empresas que estariam hoje a garantir
uma economia mais forte e os cofres do estado mais recheados invés de
estarem a encher bolsos privados.

Neste quadro de falta de ética e de vergonha, seria oportuno perguntar e trazer


a público a relação destas instituições bancárias/ grandes empresas e os
partidos políticos nomeadamente na questão dos financiamentos das
campanhas eleitorais.

O que se torna obvio é uma evidente tentativa de descapitalização da classe


média e baixa para obrigar as pessoas a sujeitarem-se a todas e quaisquer
cangas que lhes queiram impor. Para quebrar toda a capacidade de reacção.

Alerto os portugueses para o facto de haverem fortes indícios de uma queda do


sistema financeiro ainda este ano, desde logo porque as informações vindas do
outro lado do Atlântico, apontam para uma situação muito débil na bolsa de NY
com fraca recuperação da economia americana e ainda uma grande
instabilidade social com alguns focos de rebelião que se podem generalizar,
mas que estão a ser abafados nos meios de comunicação.

Se tomarem atenção, podem observar que agora e de repente começaram a


proliferar em todo o Portugal empresas que compram ouro, este facto não é
obra do acaso e indicia que algo está para acontecer, quem tem dinheiro papel
está a converter em valor seguro ou seja ouro.

Se me permitem dar-vos um conselho é que não vendam o ouro que tenham e


se tiverem possibilidades e reservas financeiras retirem-nas dos bancos e

Um Rei, um Povo! 248


A vontade de vencer!
comprem ouro em barra de forma a ficarem com alguma segurança caso o
sistema financeiro venha abaixo como se torna a cada dia mais evidente.

Não acreditem nas garantias dos políticos por palavras porque, palavras leva-
as o vento…

Como já alertei nos meus comunicados anteriores, com os actuais políticos e


politicas, não há recuperação económica possível para Portugal e mesmo para
o mundo que se deixou envolver nos tentáculos deste cancro do neoliberalismo
que se chama globalização. Portugal não produz e importa o que come além
da energia petrolífera facto que inviabiliza qualquer recuperação.

Além da questão de assegurarem a vossa reserva financeira é muito


importante, diria mesmo imperativo também, assegurarem a alimentação quem
tenha terrenos que os cultive com horta e faça reservas de alimentos.

Atentos à gravidade da situação, avançámos com um blogue onde estamos a


reunir informação que vos será útil a qualquer momento.

É por demasiado evidente que está na hora da mudança de regime, de


políticos e de políticas. Como antes, mais uma vez manifesto a minha
disponibilidade para servir os Portugueses.

A gravidade da situação exige dos políticos não apenas o exemplo de redução


dos seus salários, de corte nas reformas duplas e triplas etc. nesta hora de
sacrifícios que exigem ao povo, mas um serviço de voluntariado dos políticos à
causa pública.

Quero com isto dizer que estou disponível caso os portugueses assim o
desejem, caso os portugueses queiram uma mudança de regime, para
servir voluntariamente Portugal e os portugueses até à recuperação total
e inequívoca da situação económica.

Estou por isso disposto caso os portugueses me queiram como chefe de


estado ou seja como rei, a trabalhar sem receber vencimento até à
recuperação total da situação económica.

É da nossa opinião que os actores políticos passem a ser seleccionados não


pela cor partidária nem pelos partidos, mas a partir do núcleo social que são as
freguesias, os municípios. O povo deve conhecer quem exerce cargos públicos
e poder estar perto dos políticos para os responsabilizar pessoalmente pela
gestão da coisa pública.

Tenho ideias concretas para que todos os políticos desde as juntas de


freguesia ao chefe de estado trabalhem patrioticamente em regime de
voluntariado até à recuperação da economia, ideias que exporei em momento

Um Rei, um Povo! 249


A vontade de vencer!
oportuno caso os portugueses se mobilizem no sentido de quererem mudar
para uma vida melhor.

Cabe-vos a vós decidir o que querem para o vosso futuro, cabe-vos decidir se
querem lutar por um futuro melhor ou preferem ficar de braços cruzados à
espera que os actuais políticos vos retirem a tanga e vos deixem na pobreza
completa e na mais degradante nudez moral e material.

Estou e estarei ao vosso lado se assim o desejarem.


Que as minhas palavras sejam a luz que vos ilumina a razão e acenda a
chama da coragem para lutarem pela pátria!

Viva Portugal!

D. Rosário

Mensagem SAR. D. Rosário 100 anos República


Discurso 5 Outubro 2010

Portugueses e portuguesas, o Estado Português evoca hoje o centenário da


revolução republicana.

Os meses que antecederam esta fatídica data em 1910, foram marcados por
uma enorme instabilidade política, fomentada por gente sem escrúpulos, por
gente ambiciosa, mas também por gente ignorante, a maioria filiados nas
organizações secretas que agiam a favor da Inglaterra, cujas ambições sobre o
enorme território ultramarino português, não tinham limites.

Relembremos que o regime monárquico então vigente, era um regime


parlamentar, bastante evoluído em matéria de liberdade para a época.

O regime republicano que lhe sucedeu na data que hoje se evoca constituiu
uma desgraça completa e um duro golpe no projecto de crescimento e bem
estar do povo português.

Dezasseis anos de anarquia que levaram a nação quase à ruína e criaram o


terreno propício ao aparecimento do regime do Estado Novo e da ditadura
Salazarista não é passado do qual se possam orgulhar os ilustres partidários
da república!

O regime dito democrático saído da revolução de 1974, deixou trás de si um


rasto de muitos milhares de cadáveres, provocados por uma necessária mas

Um Rei, um Povo! 250


A vontade de vencer!
muito mal conduzida descolonização que deu origem a guerras fratricidas cujos
horrores ainda hoje não conhecemos a verdadeira dimensão.

A instalação da partidocracia e de um novo rotativismo conduziu Portugal aos


mesmos erros e lugares comuns de há 100 anos atrás.

Portugal, é hoje um país sem rei nem roque, onde a falta de vergonha, a
incompetência, a prepotência, estão a levar o povo à ruína comprometendo
gerações futuras por via da destruição das estruturas de referencia e de um
endividamento sem limites.

De que se orgulham e o que celebram hoje os republicanos? Desconhecemos!

Os órgãos de soberania que representam o estado republicano são o símbolo


da miséria e da desgraça que se abateu sobre este nobre povo.

A Presidência da República está alheada do povo e nada faz no sentido de


defender o interesse da nação.

O Governo endivida-se perante os credores internacionais, que são, diga-se


sem pudor agiotas, com os quais o governo compromete o presente e o bem-
estar das gerações futuras como quem vende a alma ao diabo.

Finalmente a magistratura que tem desempenhado um mau papel, negando a


justiça quer em rapidez, quer em eficácia ao povo português, permitindo e
desculpando tudo aos ilustres prevaricadores.

Um estado não se pode considerar de direito ou democrático quando estes


pilares fundamentais, não funcionam ou funcionam muito mal como é o caso.
Um Estado não tem futuro quando os exemplos não vêem de cima!

É pois com redobrada preocupação que na minha qualidade de representante


da Casa Real Portuguesa dirijo estas palavras aos portugueses.

O caminho a que estes cegos que vos dirigem vos levam é o caminho do
suicídio da destruição e ruína, não nos precisamos de alongar mais pois os
efeitos estão à vista e já os tínhamos antecipado nas anteriores comunicações.

Esta crise é uma crise muito mais profunda, ao contrário do que vos querem
fazer querer não é circunstancial nem passageira, veio para durar e pode
destruir o vosso futuro, dos vossos filhos e dos vossos netos se não abrirem os
olhos e continuarem a confiar o vosso destino nas mãos dos cegos que vos
empurram para o abismo certo.

Um Rei, um Povo! 251


A vontade de vencer!
A crise é social, é de valores, é ecológica e económica representando o finar
de um modelo, de um paradigma social que está esgotado.

O futuro já aí está, com as redescobertas tecnologias de energia limpa como o


hidrogénio a energia solar e eólica a biomassa e os gasifiers com o seu
potencial de produção de energia calor, eléctrica e combustível em escala
caseira, novas formas de fazer agricultura como hidroponia ou a permacultura
recuperadora de solos, mais rentável e menos esforçosa. Na área da saúde,
novas medicinas e tecnologias mais eficazes e não invasivas e um sem
número de novidades cuja principal características são o baixo custo, a grande
eficiência e a conquista por cada um da possibilidade de ser independente em
energia e alimentação.

São pois os detentores do poder actual baseado no controlo e manipulação da


energia, alimentação e saúde que ao não deixarem a sociedade dar o salto
inevitável para a frente insistindo e tentando perpetuar um modelo que está
falido e que se tem mostrado ruinoso para nações e até Continentes onde
milhões sofrem o roubo e destruição da natureza e recursos, são pois dizia
esses poderosos a causa da crise e da infelicidade do povo português e de
outros povos por essa Europa e por esse mundo fora.

Os políticos, nada mais são que executores mais ou menos bem pagos
servidores desses poderes a agir contra o interesse da população. Por isto é
fácil perceber que mesmo quando mudam governos e políticos as politicas são
as mesmas, esta é a razão da vossa ruína, este é o estado da República.

Só com uma Casa Real consciente dos seus deveres históricos e consciente
da verdadeira origem dos problemas poderemos recuperar a “rés pública” e
fazer de Portugal uma pátria exemplar para o mundo, onde as pessoas possam
viver felizes.

É a hora dos portugueses despertarem e em colaboração com a Casa Real


prepararem um futuro diferente onde o poder da nação esteja nas mãos do
povo e não nas dos credores internacionais.

A Casa Real mais uma vez vem por este meio alertar consciências e
demonstrar a disponibilidade evocada em anteriores comunicações de
trabalhar graciosamente o tempo necessário até à recuperação económica de
Portugal.

A pátria precisa de voluntários e de gente capaz de sacrifícios pessoais e


financeiros em nome do bem-estar e da liberdade do povo português.

Viva Portugal!

D. Rosário XXII duque de Bragança.

Um Rei, um Povo! 252


A vontade de vencer!
D. Rosário toma posição contra o Orçamento de Estado
11/06/2010

Casa Real Portuguesa

Tomada de posição sobre o Orçamento de Estado

Carta aberta aos responsáveis políticos e ao povo português

Exmo. Sr. Presidente da República, Exmo. Sr. Presidente da Assembleia da


República, Exmo. Sr. Primeiro Ministro e demais membros do governo, Srs.
Dirigentes dos partidos e coligações politicas, portugueses e portuguesas.

Na iminência da discussão e aprovação do orçamento de estado proposto pelo


governo e perante a gravidade da situação económica e social de Portugal vem
a Casa Real Portuguesa tomar uma posição pública, clara e inequívoca.

A Casa Real Portuguesa na pessoa de S.A.R D. Rosário XXII duque de


Bragança vem desde há vários anos alertando através de comunicados
publicados em fóruns e blogs alertando a população portuguesa, para a má
condução dos negócios e governo da nação que levariam inevitavelmente a
esta situação de falência do país.

Portugal não tem capacidade de auto - sustentabilidade alimentar e energética.


Sucessivos governos destruíram a agricultura, o sector das pescas e as
estruturas produtivas do país.

Sucessivos governos ensarilharam a vida dos empresários portugueses, ou


dos que pretendiam sê-lo com uma confusão legislativa e uma carga fiscal
brutal, negociando depois condições especiais favoráveis a empresas
estrangeiras para se instalarem em Portugal beneficiando de mão de obra
barata e da boa localização estratégica dos nossos portos.

Sucessivos governos desbarataram as oportunidades das ajudas de Bruxelas.

Sucessivos governos entregaram nas mãos dos privados empresas altamente


lucrativas para ficarem com as que dão prejuízos.

Sucessivos governos permitiram as maiores bandalheiras e derrapagens


financeiras entre outras nas obras públicas.

Em resumo traíram a confiança que os portugueses ingenuamente neles


depositaram, lançando as sementes da destruição e do saque da nação.

Um Rei, um Povo! 253


A vontade de vencer!
A Casa Real Portuguesa, como património histórico e moral da nação não
pode, não deve e não fica indiferente face ao que está a suceder em Portugal.
Motivo pelo qual e na iminência da aprovação dum orçamento de estado que é
um desastre completo e um golpe de misericórdia nas famílias e nas empresas
vem a público tomar posição.

Este Orçamento de Estado que exige brutais sacrifícios aos portugueses, não
vai ter quaisquer efeitos benéficos, nem de recuperação, não vai corrigir erros
sobre erros que têm sido cometidos aos longo dos últimos anos.
Os efeitos negativos deste orçamento vão fazer-se sentir desde logo no bolso
dos portugueses que vão pagar mais impostos, receber menos ordenado,
perder regalias fiscais, vão fazer-se sentir nas pequenas e médias empresas
que não aguentando esta carga fiscal somada a uma natural quebra de
consumo por via da indisponibilidade financeira das famílias terão de fechar
portas lançando mais uns milhares de trabalhadores para o desemprego a
sobrecarregar os estado por via dos subsídios e a gerar uma enorme
instabilidade social.

Os efeitos negativos deste orçamento far-se-ão sentir na quebra do


investimento e iniciativa empresarial.

Mas há um efeito que não foi contabilizado pelo poder politico quando
apresentou este orçamento, o efeito moral que ele está a ter sobre a população
e principalmente sobre quem produz e trabalha, as pessoas estão
simplesmente a desistir, a baixar os braços porque efectivamente não vale a
pena trabalhar ou investir em Portugal nestas condições!

Basta ir por essas repartições públicas e ouvir os funcionários dizer que estão
desmotivados e vão trabalhar o mínimo que puderem, outros que dizem que
vão meter baixa, enfim tudo o que as pessoas na sua legitima revolta vão
inventar para de alguma forma compensar moralmente o violento roubo a que
estão a ser sujeitas.

O trabalho deve ser pois algo compensador e motivador.

Ao trabalho deve corresponder uma satisfação moral de realização, mas


também financeira de bem-estar, que esta rapina fiscal, este assalto ao bolso e
à vida dos contribuintes não permite.

E o diagnóstico seria fastidioso e por esse motivo não nos alongaremos mais.

A Casa Real Portuguesa representa 8 séculos de história da nação, um


pequeno condado que se fez reino independente, que conquistou o seu espaço
territorial, que se expandiu para os 4 cantos do Mundo e se transformou num
império.

Um Rei, um Povo! 254


A vontade de vencer!
A Casa Real Portuguesa é pois uma reserva moral, patrimonial e politica da
nação, que pode e deve apontar o dedo e pedir responsabilidades aos 100
anos de república que não fizeram outra coisa senão destruir o que os reis
construíram!

Por este motivo temos a obrigação não só de criticar este Orçamento de


Estado pelo motivos já apontados, apelando ao seu chumbo, como a obrigação
de apontar alguns caminhos que nos permitam sair desta desastrosa situação.

Mas antes de avançarmos com as nossas propostas temos de apontar


vigorosamente o dedo ao Sr. Ministro de Negócios Estrangeiros, Dr. Luís
Amado cujas acções de denegação ao direito à justiça e encobrimento de
crimes graves praticados por vários funcionários do MNE para silenciar a
legitima Casa Real Portuguesa em muito tem prejudicado a nossa presença
mais perto dos portugueses, nesta hora que tanto precisam de nós e de todos
os homens de boa vontade.

As propostas da Casa Real Portuguesa são pois no sentido de uma melhoria


efectiva da vida dos cidadãos e de uma alteração do paradigma social e
existencial, pois torna-se por demasiado evidente que este sistema
sociopolítico está falido.

Nos últimos anos temos assistido ao incentivar do egoísmo e da competição


entre as pessoas, quando o caminho não é por aí.

A sociedade humana só é forte quando as pessoas colaboram entre si, quando


se entre ajudam, esse será o primeiro e mais importante passo para sairmos da
crise.

O segundo passo é fazer uma avaliação dos recursos naturais do país para se
saber efectivamente quanto temos disponíveis de alimentos energia e outros
bens. Depois dessa avaliação feita teremos de fazer uma gestão racional
desses recursos, implementar outros de forma a garantir o máximo de
produção alimentar e energética de forma a se poder dar um corte radical nas
importações desses bens, que são um escoadouro de fundos para fora de
Portugal.

Reeducar as populações no sentido de se aproveitar recursos alimentares


autóctones, saborosos e mais saudáveis mas que normalmente não são
usados porque as pessoas perdendo o conhecimento dos antepassados foram
mantidas propositadamente na ignorância, tal qual se está hoje a fazer com o
“fast food” deseducando as gerações mais novas, desenraizando-as cultural e
socialmente.

O governo deve apelar aos proprietários de terras que as cultivem com


alimentos, que criem grupos de trabalho com os vizinhos que não tenham terra

Um Rei, um Povo! 255


A vontade de vencer!
de forma a partilharem o esforço de trabalho mas também os frutos desse
trabalho que a terra lhes vai dar, reduzindo dessa forma as despesas familiares
com alimentação, proporcionando a alegria e a descontracção do contacto com
a natureza e comendo alimentos mais saudáveis.

Também os municípios podem e devem nesta hora grave que se avizinha,


ceder terras e organizar um plano de hortas para cidadãos ou grupos de
cidadãos se organizarem e poderem dispor de alimentos.

Deverá fazer-se um levantamento urgente dos recursos marinhos e dos rios


disponíveis e preparar a respectiva gestão.

Na área energética liberar e permitir aos cidadãos instalar os seus sistemas de


produção independente de energia. Avaliar e preparar alternativas ao petróleo
e seus derivados já uma vez que ultrapassada a crise, se esperam preços na
ordem dos mais de 150 USD por barril factor que será demolidor para a nossa
frágil economia.

O estado deve estudar um plano especial de impostos para as grandes


empresas, principalmente as que detêm monopólios como a banca a EDP e a
GALP que permita a repartição dos escandalosos lucros pelo esforço social
que todos teremos de fazer para a recuperação. Intervenção e congelamento
dos preços da energia eléctrica e petrolífera.

Reduções dos salários dos gestores públicos, que não se justificam e são
insultuosos, param o chefe de estado.

Corte nas reformas de luxo estabelecendo um tecto limite de euros e acabando


com as acumulações de reformas.

Corte nas reformas dos políticos que não tenham atingido a idade de reforma e
perda dessas mesmas reformas em casos que comprovadamente estejam a
exercer actividades comerciais ou empresariais, etc. etc.

Criação de condições para o relançamento económico e das empresas e


criação de postos de trabalho.

Fim do imposto sobre o lucro das empresas a favor do estado, criando


legislação que obrigue as empresas a dividir lucros em valor percentual
equivalente ao IRC com os trabalhadores e dando a possibilidade aos
trabalhadores de fiscalizar as contas e gestão das empresas. Isto vai
despoletar mais motivação enriquecer os trabalhadores e reduzir a fuga fiscal.

Os políticos devem preparar um plano de contingência, não com carros


blindados para agredir o povo esfomeado e carente que daqui uns meses
estará na rua a reclamar, mas um plano de contingência inteligente que permita

Um Rei, um Povo! 256


A vontade de vencer!
a união dos portugueses num esforço de reeducação e superação das
dificuldades que se avizinham.

Portugal está falido e cheio de dívidas é hora de parar repensar e procurar


novos caminhos e soluções a médio e longo prazo e substituir políticos que
fazem gestões danosas em função de ciclos eleitorais e distribuição de
clientelas.

É a hora da meritocracia! É hora de avaliar e chamar as competências de


Portugal para deitar mão ao que resta e salvar a pátria do descalabro e da
destruição certa.

Mais uma vez manifesto a minha disponibilidade para trabalhar gratuitamente


para os portugueses assim vocês queiram outro rumo para Portugal e uma
mudança efectiva de regime e de políticos e politicas.

Viva Portugal

D. Rosário XXII Duque de Bragança

12 de Março - Protesto Nacional

Portugueses e Portuguesas,

A Casa Real Portuguesa entende ser seu dever apoiar as manifestações


convocadas por diferentes organizações para o dia 12 de Março que servirão
para a manifestação popular do descontentamento dos cidadãos face a um
conjunto de politicas profundamente injustas e erradas que vem sendo
seguidas pelos governos rotativistas PS/ PSD desde meados dos anos 80.

Esta crise resulta da destruição do tecido produtivo português!

Esta destruição foi provocada quer com ataques directos como foi o caso da
Agricultura e das Pescas, quer por ataques indirectos como a permissão da
entrada dos produtos chineses e legislação demasiado exigente para os
empresários nacionais, acções persecutórias contra o tecido produtivo e
empresarial.

As consequências da crise reflectem-se em primeiro lugar na falta de liquidez


das famílias, provocada pelos cortes salariais aumentos dos preços dos
combustíveis, aumento dos bens de consumo e das taxas de juro entre outros.

Esta crise evitável e de certa forma provocada por sectores da alta finança, tem
como objectivo o enfraquecimento moral e anímico dos povos, para que

Um Rei, um Povo! 257


A vontade de vencer!
capitulem e aceitem a canga cada vez mais pesada que a cada dia lhes é
imposta.

Depois de meia dúzia de famílias deterem o controlo do sector financeiro


mundial, assistimos agora a uma tentativa dessas mesmas famílias através das
suas multinacionais corporativas de colocar em prática um tenebroso plano que
irá atingir as famílias e os povos de uma forma sem precedentes reduzindo-os
à mais abjecta escravatura.

Não importa que os povos tenham o direito de voto, direito esse aliás viciado
pelas regras do jogo, o que importa é quem controla o dinheiro e os alimentos,
esses serão os donos do Mundo.

Entrou recentemente em vigor a legislação “ Codex Alimentárius” que está


agora a ser reforçada pela chamada “lei das sementes” e as patentes sobre
sementes. Grandes grupos multinacionais
http://zonalivredeogm.blogspot.com/2011/03/tomate-prestes-ser-patenteado-
pela.html estão a um passo de poder patentear as sementes naturais por
exemplo registarem a patente do tomate ou das cenouras. A concretizarem
este diabólico plano empresas como a Monsanto passarão a controlar todas as
sementeiras do mundo, a dizer quem pode ter ou não ter as sementes ou seja
quem pode ou não produzir alimentos.

Amanhã se vocês quiserem cultivar uma horta, esta multinacional poderá


negar-vos as sementes, os agricultores serão obrigados a comprar sementes a
estas empresas que passarão a deter o monopólio da produção e
comercialização de alimentos. Esta manobra é sem dúvida um crime contra a
humanidade e os governos que lhe derem cobertura, estarão a lesar os seus
cidadãos.

Vemos agora que o dinheiro não chega para satisfazer a ambição destes
poucos que se consideram os donos do Mundo, eles querem o controlo da
alimentação, querem poder determinar quem terá ou não comida na mesa
quem terá ou não dinheiro no bolso.

A hora é grave e exige políticos à altura dos desafios!

A Casa Real Portuguesa, na pessoa de SAR. D. Rosário tem demonstrado ao


longo dos tempos a sua capacidade de antevisão! http://casa-real-
portuguesa.ativo-forum.com/

Se os meios de comunicação fossem verdadeiramente livres o povo português


tinha podido aceder às nossas mensagens e estaria hoje melhor preparado
para os desafios.

Um Rei, um Povo! 258


A vontade de vencer!
As manifestações de dia 12 têm entre outros objectivos o repúdio por uma
classe politica que não tem servido os interesses de Portugal! É pois a hora de
dar a conhecer ao povo português a verdade sobre a Casa Real Portuguesa e
reafirmar mais uma vez como em anteriores discursos que SAR. D. Rosário,
XXII duque de Bragança está disponível para servir o povo português
gratuitamente, isto é sem receber ordenado até à recuperação económica de
Portugal, caso o queiram como Chefe de Estado à frente dos destinos da
pátria.

A Casa Real Portuguesa constitui uma reserva moral, patrimonial e espiritual


da nação e é sem dúvida a única entidade capaz de guiar o povo português
para o caminho da recuperação da dignidade nacional.

A Casa Real tem pois a autoridade histórica e politica para impedir a aventura
suicida para a qual os governos rotativistas PS/ PSD estão a levar a nação.

Portugal está hoje debaixo de fogo dos inimigos externos que através da
guerra financeira querem subjugar o povo, mas esta ameaça não existiria se
Portugal não estivesse nas mãos de pessoas incapazes e sem consciência que
tem traído não só o povo português, como a memória histórica de uma nação,
que sendo pequena ainda é capaz de dar grandes lições ao mundo, tal é a
qualidade das suas gentes.

Viva Portugal, Viva D. Rosário

Comunicado Casa Real Portuguesa legislativas 2011


Maio 29, 2011

Portugueses e portuguesas, perante a grave crise social, politica e económica


que os políticos e os partidos impuseram às famílias portuguesas é dever da
Casa Real Portuguesa alertar para a grave situação que se irá agudizar já a
partir das eleições.

Os portugueses devem ganhar a consciência de que estes políticos e os


partidos políticos não apresentam qualquer solução benéfica para o povo, eles
apenas estão a gerir e salvar os interesses das suas clientelas e dos
banqueiros que os suportam financeiramente.

Eles são a causa do problema, eles são o problema, eles são o impedimento
da resolução dos problemas!

Por esse motivo no próximo acto eleitoral, cada português que votar nos
partidos com assento parlamentar, ou seja nos partidos responsáveis pela

Um Rei, um Povo! 259


A vontade de vencer!
delapidação e destruição de Portugal, vai apenas escolher o carrasco e o
método de tortura.

É preciso que as pessoas estejam conscientes que está em preparação por


todos estes actores políticos o último e derradeiro assalto aos bens e riqueza
dos cidadãos. Antes de votarem lembrem-se que logo a seguir às eleições vai
sair a lei que irá fazer milhares de portugueses perderem as suas casas por
impossibilidade de pagarem as contribuições sobre bens imóveis que lhes
serão exigidas após as actualizações dos valores dos imóveis. E não se
esqueçam que vão perder as casas, que as vão ter de vender por
impossibilidade de pagarem as exorbitâncias que vos vão ser exigidas, mas
vão ter de as vender não pelo preço justo, mas pela bagatela que os detentores
do dinheiro vos quiserem oferecer. Se a vossa casa vale hoje 150 mil euros
depois da aprovação da referida lei terão sorte se a venderam por 50 mil euros.
De proprietários que sois hoje de um bem que dura uma vida e podem passar
aos vossos filhos, passareis a inquilinos com contratos de arrendamento que
vos podem obrigar a mudar de casa de 5 em 5 anos com tudo o que isso
implica de desgaste pessoal com o avançar da idade e estando dependentes
da disponibilidade de casas e dos preços que vos venham a exigir. Ou seja
milhares de famílias de classe média passarão a viver debaixo das pontes
como indigentes e a maioria passará de proprietários a inquilinos. Se tem
dúvidas vejam o que se passou nos EUA onde hoje são aos milhões aqueles
que perderam as suas casas e as suas vidas e vivem em acampamentos em
volta das cidades, debaixo das pontes ou no meio das lixeiras.

Na questão económica está bem de ver que mais uma vez os políticos estão a
servir os interesses da banca e não do povo, ao canalizarem uma boa fatia dos
empréstimos para o sector bancário, exactamente o mesmo sector que nada
produz, não paga impostos como os outros e foi o responsável pela criação da
crise económica e financeira. Estes são compensados e defendidos e a conta
vai para as costas do massacrado povo português.

Em verdade vos digo que a bancarrota que se adiou uns tempos por via dos
empréstimos do FMI e da UE, está ali ao virar da esquina à vossa espera,
quando o país não tiver a capacidade de pagar sequer os juros. Nos entre
tantos mais alguns irão encher os bolsos e por isso aplaudem as “ ajudas”. O
papão da bancarrota não é mau para o povo, mas sim para os banqueiros e
políticos que se arriscam a perder tudo, por isso eles tanto agitam esse papão,
para que vós inocentemente continueis a alimentar a maquina que vos devora.

Compreendam que, não à volta a dar com esta classe politica, que são os
assassinos de Portugal!

Enquanto não delapidarem e raparem tudo o que houver, não largarão o tacho!
Por isso gritam desesperadamente pelos vossos votos e se digladiam na praça

Um Rei, um Povo! 260


A vontade de vencer!
pública neste lamentável e tortuoso espectáculo que assistimos diariamente na
TV.

A nossa voz é por enquanto ténue mercê da cobertura mediática que


continuam a dar ao falso duque de Bragança Duarte Pio em detrimento da
verdadeira Casa Real Portuguesa, mas é uma voz que se afirma pela
frontalidade e pela verdade dos factos e por esse motivo sabemos que hoje há
cada vez mais portugueses a reflectirem sobre as nossas comunicações e a
aferirem da sua bondade e oportunidade. Hoje há portugueses conscientes que
fomos nós que tivemos a lucidez de alertar há 3 – 4 anos atrás que os
caminhos em que os políticos vos conduziam e conduzem só levariam à
bancarrota e destruição de Portugal.

Mais uma vez repito as minhas recomendações anteriores:

Fazer reserva de alimentos, principalmente leguminosas que são fáceis de


armazenar e baratas. Fazer hortas piramidais, nas varandas nos quintais em
colaboração com vizinhos nas cidades e voltarem ao campo nas zonas rurais,
cultivando as terras.

Converterem parte das vossas reservas de dinheiro papel, em ouro em barra.


Não venderem o ouro que tenham em vosso poder.

Não invistam nesta altura em actividades comerciais ou empresariais a não ser


que tenham a certeza absoluta de sucesso e meios financeiros próprios
suficientes para assumirem o risco, caso contrário se tiverem de recorrer à
banca ser-vos-ão exigidos por cada “ fatia de presunto de empréstimo” os
vossos bens, os vossos animais os vossos pertences e a vossa alma, a banca
já não se satisfaz com um porco de garantia. Isso faz parte das inúmeras
armadilhas que o sector bancário está a espalhar e que visam no final a
conquista por parte dos grandes capitalistas e financeiros de todos os vossos
bens.

Votar nos partidos do poder é votar a favor da escravatura, da fome da miséria


e da destruição de Portugal e da sua história secular. Sei que não o vou evitar
porque a minha voz ainda não chega a todos os portugueses, mas também sei
que no momento oportuno quando os actuais políticos tiverem acabado de
destruir Portugal e já não falta muito, alguém se lembrará dos meus alertas,
espalhará a palavra entre o povo e os portugueses saberão que podem contar
com a Casa Real Portuguesa sejam quais forem a circunstancias, pois é dever
do rei, estar ao lado do povo ombro a ombro, quando a hora chegar.

A hora chegará quando o povo perceber que acabou a sopa na mesa e o


dinheiro para pagar a renda da casa, chegará quando perceberem que o actual
modelo de desenvolvimento económico é errado, que nada cresce para infinito
nem a economia, por isso temos de repensar e criar uma economia menos

Um Rei, um Povo! 261


A vontade de vencer!
aberta em sistema de auto reciclagem, uma economia respeitadora dos valores
ambientais. Infelizmente repito o povo irá perceber isso da pior forma possível
ou seja quando faltar o dinheiro e o pão em vossas casas. Muitos de vocês já
sabem que tudo o que vos digo é verdade, mas só reagirão e se juntarão à
Casa Real quando esta verdade se transformar em dura realidade nas vossas
vidas.

As nossas advertências têm o amor e amizades de um pai, quando diz ao seu


filho para não enfiar o arame no buraquinho da tomada eléctrica, consciente
esse pai que o filho só aprenderá quando levar o choque eléctrico, assim é com
vocês, só quando levarem o choque se lembrarão das minhas palavras, dos
meus conselhos e da minha disponibilidade para vos ajudar. Só nessa altura
correrão até nós em busca do consolo e da ajuda desinteressada que sempre
vos disponibilizamos.

Nas próximas eleições por uma questão estratégica de retirada de poder aos
que conduziram Portugal a este estado calamitoso e aos seus cúmplices a
Casa Real Portuguesa apela a todos os portugueses para não se absterem e
votarem nos pequenos partidos dando-lhes força e capacidade de intervenção.
Votarem nos pequenos partidos é neste momento a vossa maior segurança e
defesa contra quem nos últimos anos nada mais fez que destruir os sectores
produtivos da economia, entregar soberania por via de acordos sem a chancela
popular, enfim destruir e trair Portugal e os portugueses.

Outra iniciativa que podem e devem fazer avançar por via de uma petição
referendo, etc. é a substituição dos programas eleitorais dos partidos, por
contratos, isto é os partidos passarem a ser obrigados por lei a celebrar
contratos por escrito com o eleitorado e haver um conjunto de sanções duras,
caso não cumpram o contrato para o qual estão a ser mandatados pelo povo.

Antes de terminar quero porém deixar um alerta, para que não deixais sair as
reservas de ouro de Portugal, se acaso alguém tentar vender as vossas
reservas de ouro, que se levante o povo nas cidades e nas aldeias, que
toquem os sinos a rebate e saiam todos à rua e impeçam que isso aconteça,
pois o que resta das reservas de ouro é o vosso garante para a recuperação da
antiga moeda quando forem convidados a abandonar o Euro como irá
acontecer em breve com a Grécia é ainda o garante da recuperação da
independência de Portugal. Estejam atentos pois suspeitamos que o governo
secretamente possa ter acedido a vender o que resta das reservas de ouro
para obter os empréstimos.

Portugal e os portugueses estão a ser atacados numa guerra dissimulada pelos


os antigos conquistadores, as mesmas mentalidades imperialistas que
provocaram as invasões napoleónicas e as duas Guerras Mundiais, guerra
essa cujos efeitos já os portugueses sentem na pele, mas que os agressores

Um Rei, um Povo! 262


A vontade de vencer!
cobardemente não declaram. Estão hoje a tentar obter pela via económica o
que não conseguiram no passado pela força das armas.

Hoje a melhor forma de nos defendermos destes ataques é resistir mental e


pacificamente às imposições destes agressores externos e dos seus algozes,
os políticos vendilhões da pátria, ignorando e fugindo na medida que vos seja
possível do caminho suicida para onde vos empurram.

Viva Portugal

D. Rosário XXII duque de Bragança

Discurso 1 de Maio 2012

Portuguesas e Portugueses, na minha qualidade de chefe da Casa Real


Portuguesa, venho mais uma vez, dirigir-me a vós, nesta data que simboliza os
direitos adquiridos dos trabalhadores, ao longo da sua secular luta, contra o
capitalismo selvagem e a escravidão.

Hoje mais do que nunca, pairam sobre os trabalhadores, todo o tipo de


ameaças à sua estabilidade laboral, cujas repercussões se estendem muito
para além do local de trabalho. Um trabalhador insatisfeito e mal pago, não
pode ser um bom chefe de família nem uma pessoa feliz.

“ Casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão!”

É pois consciente do ataque que os trabalhadores estão a ser alvo que a Casa
Real Portuguesa, vem propor, neste dia, algumas medidas urgentes e
necessárias, para resgatar o poder de compra dos trabalhadores,
consequentemente das famílias e dessa forma contribuir para a recuperação
da economia.

1 - Criação de um imposto a favor do trabalhador. O estado deve eliminar o


IRC e transformar este imposto numa colecta a favor do trabalhador. Esta ideia
simples fará com que os trabalhadores, se sintam motivados, pois quanto mais
lucro geraram na sua empresa, mas recebem no final do ano deste imposto. O
estado não perde nada, porque os trabalhadores ao terem mais dinheiro
consomem mais, o que o estado perde em IRC ganha em IVA. Mais, se o
estado der capacidade de fiscalização das empresas aos trabalhadores,
diminuirão brutalmente as fugas ao fisco, pois o trabalhador terá todo o
interesse em manter a gerência da empresa debaixo de olho, de forma a haver
lealdade na altura de apuramento deste imposto a favor do trabalhador.
Os trabalhadores não precisam de trabalhar mais horas desmotivados,
precisam é de trabalhar mais motivados e com alegria no que fazem e na sua
vida, pois só dessa forma darão mais de si, fazendo mais e melhor em menos

Um Rei, um Povo! 263


A vontade de vencer!
horas de trabalho diário. E com o incentivo do imposto a favor do trabalhador,
sabem que no final do ano, as horas e a motivação que se traduza em mais
lucros para a sua empresa reverterão também a seu favor.

2 - O estado deve legislar urgentemente no sentido de proibir despejos de


famílias de suas casas, por incumprimentos de pagamentos ao sector bancário
resultante da crise. Os trabalhadores estão a ser roubados nos seus subsídios
de férias e natal, dinheiro de impostos, etc. para tapar os erros e burlas do
sector bancário. Se um trabalhador deixa de poder contar com este dinheiro e
por esse motivo entra em incumprimento não pode estar a ser despejado, uma
vez que tal se trata da sórdida consumação do roubo da forma mais vil e brutal.

3 - Mais o estado deve transformar o roubo forçado que está a ser feito aos
trabalhadores em crédito bancário e títulos do tesouro. Quero com isto dizer
que se por exemplo um militar, uma professora ou outro trabalhador do estado
a quem estão a fazer cortes do ordenado para dar ao sector bancário, os
valores desses cortes devem obrigatoriamente transformar-se em créditos para
esse trabalhador. Se o trabalhador em causa tiver dividas ao banco as mesmas
serão amortizadas na proporção do valor que está a ser roubado ao
trabalhador e no caso de se concretizar a amortização total, ou do trabalhador
não ter qualquer divida deverão ser emitidas acções do banco ou títulos do
tesouro a um preço especial e com uma taxa de juro decente e os mesmos
oferecidas como forma de compensação pelo roubo forçado às vitimas isto é
aos trabalhadores.

4 - Dada a importância do sector do ensino na construção uma sociedade, uma


palavra especial aos professores que se traduz num apelo urgente ao governo
para que pare de perseguir os professores com absurdos, pois são das classes
mais bem formadas e preparadas e mais mal pagas e não se justifica tanta
avaliação uma vez que a sua formação permanente e académica já e mais do
que garante das suas qualificações.

Estas ideias absurdas do ministro tem um objectivo claro que é meter mais
boys na estrutura do estado, via ensino, através do controlo de admissões ao
emprego de professor e por essa via subjugar toda uma classe profissional aos
interesses político partidários.

Um escândalo!

O Governo que se imponha a si próprio e a toda a classe politica, das juntas de


freguesia, à chefia de estado os mesmos critérios de exigência que está a
querer impor aos professores e a outras classes profissionais e os mesmos
baixos vencimentos e regalias, de forma a provocar a debandada de todos os
oportunistas incompetentes que vivem e se servem da politica, pois só dessa
forma se verá quem está ao serviço de Portugal e dos portugueses!

Um Rei, um Povo! 264


A vontade de vencer!
Certamente não sobrará nenhum dos políticos actuais!

Neste dia que é um dia de luta apelo aos portugueses que se unam e apoiem a
Casa Real Portuguesa, pois eu vos garanto um outro rumo para Portugal, um
rumo que vos libertará das garras dos agiotas nacionais, internacionais e dos
políticos vendilhões da pátria.

Saberei tomar as medidas de salvaguarda dos interesses dos portugueses.


Defenderei o povo contra o capitalismo selvagem e oportunista.
Defenderei o povo contra a rapina politica.
Incentivarei as medidas de recuperação da agricultura, das pescas e da
indústria, único caminho da salvaguarda do emprego e da recuperação
económica.

Defenderei a nacionalização dos sectores vitais do estado que devem estar no


domínio público e não nas mãos de privados, destacando os sectores da
energia, comunicações as águas e alguma banca. Pois só dessa forma se
poderão baixar os preços e manter os lucros na estrutura estatal, isto é a favor
do povo de forma a incentivar o crescimento económico e manter a boa
qualidade dos serviços públicos.

Portugal foi uma grande nação enquanto foi uma monarquia, em 100 anos a
república, particularmente esta 3ª república destruiu Portugal, perdemos em
condições dramáticas o território Ultramarino, perdemos soberania, com a
adesão a União Europeia, perdemos soberania e capacidade decisória em
matérias económico financeiras com o Euro, o país está em risco de
desaparecer e de ser ocupado insultuosamente pela Alemanha, sendo verdade
que já o é pela TROIKA, que na realidade governa Portugal, sendo os políticos
simples fantoches nas mãos dos especuladores.

Deixo para terminar a seguinte pergunta aos portugueses:

Querem continuar a ser roubados pelos políticos e pela TROIKA consentindo


este roubo que vos humilha e envergonha os vossos avós?

Ou querem dar um murro na mesa, dizer basta e resgatar os ideais da pátria e


fazer de Portugal a nação que servirá de exemplo ao mundo, orgulhando os
vossos antepassados e garantindo o futuro dos vossos filhos?
A escolha é vossa e eu aqui estarei para vos servir e fazer da vossa a minha
voz!

Se o vosso coração for verdadeiramente português, eu serei Portugal!

Viva Portugal

Vivam os Portugueses!

Um Rei, um Povo! 265


A vontade de vencer!
Comunicado 5 Outubro 2012

Portugueses e portuguesas

Inicio o meu discurso de 5 de Outubro com uma grande saudação a todos os


que finalmente saíram à rua na manifestação legitima da sua indignação contra
a traição, contra a roubalheira, contra os insultos que esta classe politica
incompetente de vendilhões da pátria vem afrontando deste à vários anos os
portugueses.

Faz precisamente um ano que apelei ao vosso levantamento e hoje o povo


está na rua!

Finalmente o povo está na rua!

Já todos os portugueses perceberam que esta classe politica, que este regime
republicano, não apresenta qualquer solução de construção, de dignificação e
de melhoria de vida dos portugueses. A república viveu estes 101 anos da
delapidação do património, da riqueza e da cultura acumulado pelas dinastias
reais ao longo dos séculos.

Estes políticos desde o Prof. Cavaco Silva a terminar no actual primeiro-


ministro são a causa primeira e ultima da destruição de Portugal:

Destruíram a agricultura, as pescas, a industria!

Abriram-se vergonhosa e insultuosamente aos interesses estrangeiros que em


nada favorecem o povo português.

Ensarilharam com leis e exigências absolutamente cretinas a vida dos


empresários, criaram uma espécie de nova PIDE para destruir os pequenos e
médios empresários, para os perseguir para os sugarem como vampiros, ao
ponto de aplicarem multas de 1000 euros a uma pobre velhota por vender um
rebuçado de 5 cêntimos sem passar recibo….que vergonha!

Onde param os fiscais quando é sabido, publico e notório que num


determinado evento musical promovido todos os anos por familiares de altas
figuras do estado os pagamentos são feitos a dinheiro vivo…?

Então tira-se 1000 euros em multa a uma velhota, o mesmo é dizer, a comida
da mesa e fecha-se os olhos a situações altamente duvidosas, só porque
envolvem familiares de altas figuras do estado? Então não deviam ser esses a
dar o bom exemplo?

Um Rei, um Povo! 266


A vontade de vencer!
Mete-se na cadeia um homem que roubou no supermercado para dar de comer
à família e quem rouba aos milhões como no caso do BPN e quem beneficiou
dos milhões do BPN nomeadamente para duvidosos financiamentos de
campanhas eleitorais, a estes nada acontece?

Estamos agora é bom dizê-lo no ponto de viragem, o discurso elaborado no


Conselho de Ministros “ presidido” por Braga de Macedo e António Borges e “
ventriculado” pelo actual primeiro-ministro foi a gota de água que fez o povo
sair à rua.

De Belém a S. Bento o poder estremeceu!

Os políticos representantes da oligarquia incapazes de governar ou apresentar


soluções construtivas perceberam pela reacção popular que já não podem
esticar mais a corda, perceberam que daqui para a frente tudo será mais difícil
eu direi mesmo impossível, o regime iniciou a sua queda!

Os próximos tempos serão de queda vertiginosa, de grande agitação popular, é


óbvio está à vista de todos.

Os políticos perderam completa e definitivamente credibilidade, o povo já não


os suporta!

Se ser politico já tinha uma conotação negativa uma equivalência a vigarista


fala-barato, nas actuais circunstancias e na baixeza do que se passa na politica
em Portugal, os políticos bateram no fundo aos olhos dos portugueses, mais
baixo não se poderia descer, já ninguém pode fazer caso das palavras deles!

Uma vergonha indigna de uma nação secular como a portuguesa! O povo


merece melhor!

Por acreditar que os portugueses merecem melhor, que mais uma vez a Casa
Real Portuguesa no seu secular espírito de comunhão com a nação se
apresenta aqui perante vós para vos dizer que aqui estamos, preparados para
fazer de Portugal uma grande nação!

Como dirão alguns?

É muito fácil com o dever e sentido patriótico, recuperando os sectores


fundamentais, agricultura, pescas industria, criando leis para facilitar a vida a
quem produz riqueza e acabar com o parasitismo que quem nada faz e vive de
parasitar quem trabalha.

Fechando fronteiras a produtos que se fabriquem em Portugal ou possam


fabricar!

Um Rei, um Povo! 267


A vontade de vencer!
Nacionalizando sectores estratégicos de forma a poder controlar e baixar os
preços para que os custos por exemplo da energia sejam competitivos para os
empresários e justos para as famílias em relação aos seus ordenados.

Promoção do desenvolvimento de novas tecnologias e energias que permitam


reduzir a dependência de importações de petróleo.

Criação de moeda nacional com padrão ouro a funcionar em paralelo com o


euro até que se possa definitivamente expurgar o euro da vida dos
portugueses.

Incentivos aos investidores portugueses:

A mudança é possível!

É preciso agora um maior envolvimento dos estudantes nestas manifestações


de rua, dos agricultores, dos transportadores etc.
Estudar formas de desobediência civil, de resistência pacífica ao abrigo do
direito de resistência consagrado constitucionalmente, perante uma oligarquia
que domina os sectores chave do estado, que manipula as eleições e a
democracia (através da vendida e pouco escrupulosa comunicação social,
salvo honrosas excepções) e que já não dá qualquer resposta aos anseios da
sociedade.

Quando eles, os políticos da direita à esquerda vos dizem que não há


alternativa não acreditem! O que eles não querem é perder os tachos, porque
eles sabem que o curriculum da maior parte deles não serve nem para
apanhadores de lixo! Não há é alternativa para eles, para o povo obviamente
que há e muitas! Quem trabalha e arregaça as mangas sobrevive, agora
parasitas que nunca fizeram nada na vida a não ser leis para os favorecer terão
dificuldades e por isso estão cheios de medo de perder o poder.

Se vocês me chamarem para a chefia de estado, seguiremos o modelo


islandês na reorganização do estado chamarei pessoas reconhecidamente
integras e competentes às pastas dos Ministérios, essas vozes que ao longo
destes anos tem denunciado as sem vergonhices desta classe politica.

Um Dr. Paulo Morais na pasta da Justiça para acabar com os corruptos, um Dr.
José Gomes Ferreira ou Dr. Medina Carreira na pasta da economia e muitos
outros aos quais temos estado atentos ao seu percurso mas que não são tão
conhecidos do publico, mas igualmente dignos e eficientes, é preciso afastar e
responsabilizar criminalmente esta escumalha de gatunos que estão a destruir
Portugal!

Um Rei, um Povo! 268


A vontade de vencer!
Enquanto não chegamos lá, ao tempo da mudança, perante a gravidade dos
factos que estão a acontecer no terreno lanço um apelo aos funcionários de
execução fiscal das finanças para diminuírem na medida que vos seja possível
inclusive em greve de zelo as execuções das empresas, principalmente no que
concerne a equipamentos, pois estão a ser penhorados e vendidos
equipamentos industriais, que fazem falta ao país, ao desbarato para o
estrangeiro, nos leilões.

Quando chegar a hora da reconstrução nacional será muito difícil para os


empresários conseguirem comprar de novo esses equipamentos e reerguerem-
se. Este é um caso gritante onde os empresários têm o direito de resistência
principalmente quando as empresas vão à falência por incumprimento de
pagamentos do estado/ sector público a essas empresas.

Aproximam-se tempos ainda mais dolorosos pois estes parasitas interesseiros


não vão abrir mão do poder facilmente, terão de ser corridos à vassourada! E
no tempo decorrente ainda vão arruinar muitas famílias!

Faço um forte apelo aos portugueses que lerem esta e as minhas anteriores
mensagens para que as divulguem através da Internet e correio electrónico aos
vossos amigos, pois da comunicação social controlada por pessoas
comprometidas e beneficiárias do regime não podemos esperar qualquer
abertura na divulgação das nossas propostas.
Os portugueses saberão que existe uma alternativa política e estarão dessa
forma mais capazes da mobilização que leve à destituição e responsabilização
destes personagens que tentaram destruir Portugal.

Viva Portugal, Vivam os portugueses!

Um Rei, um Povo! 269


A vontade de vencer!
Como fazer uma revolução democrática

A ORIGEM DO PODER

Onde existem 2 homens haverá poder, o poder é um pecado original que


reside na própria dualidade humana, Adão simbolizava o homem completo. A
partir do momento em que o ser humano é separado em duas polaridades
(masculina e feminina) cria-se não só um estado de insatisfação permanente
como essa insatisfação dá origem à demanda pelo estado original.

Na sua busca do estado original o homem tem de procurar a parte ou partes


perdidas e nessa demanda o ser humano subjuga ou deixa-se subjugar pela
sua ambição e oportunismo. Só os santos se libertam desta cadeia Satânica
que é o poder, através da abnegação e amor ao próximo.

Como seres imperfeitos que somos muito longe do estado de santidade resta-
nos a sabedoria para criar mecanismos de gestão de poder que possam dar
igualdade de oportunidades a todos os integrantes da sociedade.

Desde o simples relacionamento a dois à complexa organização que é uma


sociedade tudo é poder!

O Poder dá origem ou divide-se em sub poderes, O poder da fala e da escrita


que nos educa e condiciona. O poder de quem julga, o poder do exercício do
poder através da lei e da força, o poder da consciência social, o poder dos
meios de comunicação, etc.

Onde o poder existe a liberdade a igualdade o amor e a fraternidade serão


sempre uma concessão deste.

Mas afinal poderemos nós pobres mortais fazer recuar o poder até às fronteiras
da decência? Podemos nós obrigar os políticos a respeitar a vontade da
nação?

A resposta é sim! Pois sem o povo e sem a vontade deste expressa ou


subjugada o poder não existe, quando um povo vira as costas ao poder, este
cai como uma maçã podre da árvore.
Quando o poder se escuda em muitas leis como é o caso da partidocracia
actual, indicia já um estado de decadência moral e social. Quando o poder não
permite aos seus cidadãos a felicidade e liberdade (basta ver os milhares de
Portugueses que tomam medicamentos anti depressivos) a inexistência de um
Um Rei, um Povo! 270
A vontade de vencer!
sistema de saúde em condições que resolva os problemas das pessoas, falta
de segurança e liberdade para andar nas ruas (pessoas tem medo dos assaltos
e da violência descontrolada).

Quando o poder concede um salário, mas nega a propriedade de forma, a que


o cidadão, no final do mês esteja de mãos vazias e mais dependente do poder.

Quando o poder coloca à disposição do cidadão os alimentos, o ar e a água


contaminados com poluentes químicos que passados anos dão origem a
doenças, que tornam o cidadão dependente dos sistemas de saúde onde
esgota os recursos financeiros próprios e do estado.

Quando o poder nos concede o voto, mas nos condiciona na escolha dos
eleitos e logo que legitima a tomada dos órgãos de soberania pelo sufrágio
universal, passa a agir não a favor do povo, mas na lógica da manutenção do
poder.

Então quando chegamos a este ponto podemos dizer, sem pudor que o poder
já não serve a sociedade. É pois chegada a hora de despertar a sociedade,
para que se consciencialize dos seus males, para que se regenere e para que
imponha limites ao poder, que possam dar a liberdade e emancipação aos
cidadãos, tornando-os homens livres e de pleno direito.

Liberdade e Oportunidade

A partidocracia instalada é uma ditadura sem rosto e sem vergonha, que não
permite aos cidadãos viver livremente a sua vida, pelo contrário o condiciona,
psicológica, legal e fisicamente a uma vida não de acordo com a verdade, não
de acordo com a essência e natureza humana, mas condiciona a vida dos
cidadãos às modas impostas pelos servidores do poder, os “opinion makers”
quem não estiver na onda, já não é fixe é olhado de lado. Esta onda serve
apenas os senhores do consumismo que procuram criar no povo determinadas
necessidades consumistas para vender determinada ideia ou produto, claro
sempre a favor dos fortes em detrimento dos fracos.

Recorda-me uma experiência que tive em jovem a respeito do ser igual aos
outros. Entrei num aviário de galinhas e fiquei muito surpreendido pelo facto
das galinhas serem castanhas, pois sempre tinha a ideia que as galinhas de
aviário eram brancas, o proprietário informou-me que não era importante a cor
desde que fossem todas iguais, se ele colocasse meia dúzia de galinhas
brancas no meio daquelas 3000 castanhas, estas imediatamente matavam as
brancas por não estarem no tom.
Um Rei, um Povo! 271
A vontade de vencer!
Então o que devemos procurar e quais as correntes que devemos quebrar?

A meu ver devemos acima de tudo procurar e conquistar a liberdade de


vivermos a nossa vida e não a vida que nos querem gradativamente impor e tal
só é possível quando todos tivermos à nascença oportunidades iguais de
desenvolvimento do nosso potencial e capacidade de realização enquanto
seres humanos.
Imaginemos 2 crianças, uma medianamente inteligente nascida numa família
rica e outra muito inteligente nascida numa família pobre, à partida a lógica
instalada, que temos de quebrar, fará com que o rico chegue a lugares de topo
e o pobre não passe da cepa torta. Os ricos são pela sua natureza detentores
da propriedade e compradores de trabalho enquanto que os pobres são
naturalmente vendedores de trabalho.

Uma pequena mas verdadeira história; conta-se que um campeão de xadrez


viajava de comboio pela Rússia e sentou-se na sua frente um pastor, o pastor
reconheceu-o e desafiou-o para uma partida de xadrez. O campeão após muita
insistência acedeu a jogar com o pastor, para não parecer mal-educado
pensando arrumar o assunto num instante. O pastor vence o campeão em
poucas jogadas, desta vez é o campeão que pede desforra e já com mais
atenção ao jogo é novamente derrotado em poucas jogadas. Finalmente já
desesperado insiste para nova partida e é novamente derrotado apesar de ter
dado o seu melhor. O pastor chega ao seu destino, despede-se do campeão e
volta para a sua vida.

Podemos constatar no dia-a-dia histórias semelhantes, em que pessoas que


não valem nada pelo simples facto de terem nascido ricas se tornam poderosas
e pessoas cheias de potencial e talento nunca conseguem desenvolver essas
suas qualidades, por serem segregadas socialmente ao longo da vida, desde a
mais tenra idade pelas condições que a própria vida financeira e existencial
impõe, e enquanto assim for não é possível qualquer forma de democracia.

Não nos podemos contentar com a aparente liberdade de votar nos pré
seleccionados pelo poder, temos de ir mais longe, temos de entender os
mecanismos pelos quais as coisas se perpetuam ainda que com outra
aparência, faça-se uma análise histórica e ver-se-á que os apelidos dos que
atingem os lugares de poder, mesmo quando o regime aparentemente muda,
são os mesmos ao longo de centenas de anos. São os donos de Portugal que
temos de combater.

Um Rei, um Povo! 272


A vontade de vencer!
O potencial do individuo

Cada indivíduo detém um conjunto de poderes potenciais à nascença que de


acordo com o meio envolvente em que é criado, se vão desenvolver mais ou
menos.

Estes poderes potenciais são o Físico, o Intelectual, o Emocional, o Espiritual.

O poder físico tem haver com a força do indivíduo, a sua capacidade de criação
e transformação da matéria e do ambiente natural que o rodeia.

O poder intelectual tem a ver com a sua capacidade de apreensão e


interpretação do mundo em seu redor e a sua capacidade de criar e encontrar
soluções para os desafios que esse mundo lhe coloca.

O poder emocional tem a ver com a forma como o indivíduo interage com os
seus semelhantes do ponto de vista das relações desde a célula familiar, ao
grupo em sentido restrito ou alargado como a egregora da nação.

O poder espiritual refere-se à força interior de cada um e a sua ligação e


interligação com a energia divina. A fé onde se encontram muitas vezes as
reservas de força anímica que nos permite a sobrevivência em momentos
desesperantes.

O poder intelectual, emocional e espiritual dá origem a um outro poder, que é o


da criatividade (artística, cientifica, etc.).

Na generalidade dos casos estes poderes multiplicam-se exponencialmente se


o indivíduo se associar aos seus semelhantes, duas pessoas levantam mais
facilmente 100Kg que cada uma, separadamente. Também dois indivíduos têm
mais possibilidade de solucionar um problema uma vez que são duas cabeças
a pensar na solução.
Por outro lado como cada individuo tem tendência para desenvolver mais
certas aptidões, existe uma necessidade natural e intuitiva dos seres humanos
se associarem, quantos mais indivíduos se associarem para a realização de
uma tarefa, maior potencial de resolução e maior encurtamento de tempo de
resolução da tarefa.

Quando o número de participantes aumenta existe uma necessidade natural da


organização com vista à eficácia, é a partir desta necessidade de eficácia que
surge a concentração do poder de comando em um ou poucos intervenientes,
ao mesmo tempo que se organiza e dividem as tarefas do grupo de acordo
com aptidões de cada membro.

Um Rei, um Povo! 273


A vontade de vencer!
Esta primeira forma de poder de comando é a primeira forma de limitação da
liberdade individual, onde o indivíduo perde um pouco da sua liberdade em
troca dos benefícios que o grupo oferece.

Interacção Social

Por que é que não vivemos sozinhos?


Como já vimos no capítulo anterior a associação dos humanos em grupos,
permite uma melhor eficácia na sobrevivência e satisfação das necessidades.
Cada ser humano tem objectivos em diferentes áreas da vida e por esse motivo
se associa aos seus semelhantes com vista à realização desses objectivos, a
família, o clube, a escola, o emprego, o partido, a nação, etc.

Cada uma dessas associações reveste maior ou menor importância de acordo


com a satisfação da necessidade e objectivos do indivíduo/os que a integram.

Desde que nasce o homem tem um conjunto de necessidades a satisfazer e


que se prolongarão ao longo da vida.

As primeiras necessidades são as necessidades vitais, o ar que respira, a água


que bebe e o alimento que o nutre, acrescenta-se a esta necessidade o
agasalho para o proteger das variações térmicas.

Mais tarde o homem começa a ter consciência da vida e a noção de liberdade.

As segundas necessidades correspondem à satisfação das primeiras ao longo


de toda a sua vida.

Finalmente as necessidades terciárias, que correspondem à realização


pessoal, ao poder, ascensão pessoal e profissional no meio em que está
inserido.

As nações tiveram a sua origem na necessidade de um grupo de humanos


satisfazer as necessidades básicas (viver, ser livre dentro do grupo a que
pertence, obter alimentos e defesa contra o exterior) Esta defesa contra o
exterior no fundo cria-se a partir do desenvolvimento cultural, já que aquilo que
diferencia os grupos humanos uns dos outros é a cultura, entendemos por
cultura, a língua, as soluções que cada sociedade encontrou para se adaptar
ao meio em que vive, a arte, a religião, as crenças, etc.

O surgimento das nações criou um conflito entre a liberdade individual e a


necessidade de eficácia social.

Por exemplo, em caso de agressão externa o estado tem o poder de enviar os


seus homens para a guerra, tendo nessa altura poder sob as suas vidas, uma

Um Rei, um Povo! 274


A vontade de vencer!
vez que os soldados o são muitas vezes por obrigação e obediência,
inquestionável e não por convicção. O indivíduo perde a sua liberdade
individual para a sacrificar pela manutenção da liberdade da nação.

A organização de um exército cria cadeias intermédias de comando e nos dias


actuais ainda é importante a acção politica e diplomática que cria uma
enormidade de poderes intermédios de gestão da eficácia social, muitas vezes
estes poderes não são concordantes entre si.

A solução deste conflito de interesses entre a liberdade individual e a eficácia


do sistema, não tem solução, pois se o sistema se torna ineficiente um estado
é tomado por outro estado e como dizia Júlio César “ Ai dos vencidos”.

A perda da eficácia do sistema é a ruína do mesmo, na medida em que os


cidadãos deixam de conseguir satisfazer as suas necessidades. Não
satisfazendo as necessidades básicas o cidadão não consegue atingir a
felicidade nem criar ou desenvolver objectivos que o elevem culturalmente.

A eficácia do sistema limita a nossa liberdade, mas ao mesmo tempo dá-nos


estabilidade e tranquilidade.

Como já percebemos o sistema e as suas diferentes cadeias de comando


(Governo, políticos, militares, estado) tem muitas vezes interesses conflituosos
entre si e quem paga sempre a factura é o sacrificado cidadão.

O estado escuda-se em velhas fórmulas, pois é mais fácil restringir a liberdade


do cidadão do que optimizar a eficiência da pesada máquina estatal. Do ponto
de vista técnico só existe uma fórmula para quebrar a formação de elites
hereditárias, na máquina estatal que é dar a igualdade de liberdade e
oportunidade a todos os cidadãos, através da criação de regras transparentes
onde as cunhas e outros vícios do sistema sejam impossíveis e onde não haja
qualquer tipo de discriminação.

Os poderes no Estado Moderno

Um Rei, um Povo! 275


A vontade de vencer!
Num estado moderno existem uma complexidade de poderes que se podem
dividir em vários grupos:

Poder Politico
Poder Económico
Poder Associativo
Poder Mediático
Poder Militar e policial
Poder Consciência Colectiva

O poder politico é formado por Assembleia legislativa ou cortes, poder


executivo ou governo e poder arbitral ou chefia de estado (Presidente ou Rei).

O poder Económico baseia-se na posse de bens e dinheiro de uma


determinada classe, é um dos poderes mais fortes da actualidade, a ele se
submetem os políticos quando precisam de dinheiro para as suas campanhas,
ou quando uma empresa tem dimensão e pessoal suficiente para fazer vergar
o poder politico às suas exigências, quer quando ameaça despedimentos
colectivos para fazer baixar os impostos, quer quando ameaça deixar o pais,
quando o volume de negócio é grande e os produtos produzidos raros.

A ele se submetem, as associações quando precisam de patrocínios, a ele se


submetem o poder mediático, quando os meios de comunicação são detidos
pelos poderosos do dinheiro, etc.

Quando o poder económico detém bens raros e essenciais os cidadãos ficam


submetidos a esse poder. Podemos considerar que um dos bens detidos pelo
poder económico é o emprego. O trabalhador que faz depender a sua vida do
salário torna-se muito dependente do poder económico e na sua empresa
também existe uma escala hierárquica de poder, que vai desde o patronado,
aos diferentes escalões de chefia e executantes, mais complexos, quanto
maior for a empresa.

Dos detentores de poder económico existe uma classe, a dos detentores de


dinheiro, os ricos, que são potenciais compradores de bens móveis e imóveis.

Poder Associativo, são os poderes exercidos pelas colectividades como os


clubes desportivos (não deixa de ser curioso que a maior parte dos políticos
pertençam aos três grandes clubes de futebol nacional).
Por exemplo Associações como a Quercus cujos pareceres e opiniões fazem
tremer governos, etc.
As ONG que fazem trabalho de voluntariado dando resposta em áreas onde o
estado não chega pela sua lentidão ou inapetência, etc.

Um Rei, um Povo! 276


A vontade de vencer!
O Poder Mediático são os jornais, as revistas, as televisões tudo que lide com o
conhecimento e a informação. Bem sabemos o poder de glorificar um Zé-
ninguém (recordemos os concursos Big brother) ou de martirizar por exemplo
um qualquer politico que se torne inimigo dos outros poderes e que seja alvo
de um assassinato político moral na praça pública.
Poder Militar e policial; representam a capacidade ou força bruta de defesa de
um estado ou de capacidade de imposição das leis.

Poder Consciência Colectiva, corresponde a imagem que o povo tem de si


próprio, à sua auto estima e também ao julgamento que o povo projecta para o
inconsciente colectivo das realidades que o rodeiam.
A consciência da sua cultura e identidade.

A origem das desigualdades

Como já vimos no capítulo anterior todos os poderes se submetem directa ou


indirectamente a um poder maior, o poder económico. É fácil entender que a
riqueza gera poder.

Mas de onde vem então a riqueza?

Diz o povo na sua sabedoria popular “ quem não rouba nem herda, não tem
uma m….”, “Quem rouba um pão é um ladrão, quem rouba um milhão é um
Barão e quem não rouba nada um grande parvalhão”. Os tais barões dos
partidos que tem levado o país à ruína….

Podemos dizer, salvo raras excepções que na origem de uma grande fortuna
há sempre uma história desonesta, de furto, de venda ilícita, de fuga a
impostos, de burla, de usura, etc.

Mesmo quando a origem da fortuna é honesta, por exemplo se baseada numa


grande invenção o seu crescimento e manutenção nunca se faz sem que pelo
caminho se deixem algumas vitimas.

Quando a fortuna se inicia de uma forma desonesta, o pioneiro da fortuna


prepara o terreno para que os seus herdeiros, possam dar continuidade à
geração de riqueza, mas já em negócios lícitos. É hoje comum vermos os filhos
e os netos dos traficantes Colombianos transformados em respeitáveis homens
de negócios.

Também temos a bem conhecida história da grande empresa alentejana que


começou com o contrabando de café e é hoje uma respeitável empresa do
mesmo ramo, com ramificações para outras áreas de negócio.

Um Rei, um Povo! 277


A vontade de vencer!
Lembro-me de uma história de um indivíduo que fazia contrabando de luvas e
sapatos para Espanha, contrabandeava por remessa só um lado, a luva ou o
sapato do lado esquerdo e dias depois o outro lado. Quando as mercadorias
eram apreendidas ocasionalmente ou às vezes propositadamente, eram
levadas a leilão, obviamente ninguém as queria pois não havia o respectivo
par, assim o contrabandista arrematava o material a preços irrisórios, muito
abaixo das taxas alfandegárias e assim já podia vender livremente, uma vez
que a mercadoria havia entrado por uma via legal, o leilão do estado. Como é
óbvio fazia completar a remessa com o par em falta.

Podemos então afirmar que só se chega à riqueza através de uma actividade


desonesta (no inicio da construção da fortuna), através da herança (os
herdeiros de 1ª ou 2ª e seguintes gerações dessa fortuna inicial), através do
casamento com um destes herdeiros, ou mais raramente através de uma
patente de uma ideia genial.

Mesmo no tempo medieval, os nobres eram uma casta guerreira, que


começaram por ser os mais fortes do grupo, e assim sendo tinham o privilégio
do saque e da ocupação de terras, obtendo dessa forma a sua riqueza.

Ocasionalmente também se pode chegar à riqueza, através de um golpe de


sorte, o Euro milhões, um achado ocasional (encontrar um grande diamante ou
uma mina de ouro).

Portanto os caminhos para a grande fortuna são escassos.

A média fortuna pode ser gerada através das transacções comerciais e


produção industrial onde o agente económico terá de obter lucros. Existem
duas formas básicas de lucrar, comprar a baixo custo ou reduzir custos de
produção e vender pelo valor real de mercado em sistema de grande
rotatividade do produto.
É a velha máxima “ o segredo do negócio não está na venda, está na compra”.
A outra forma de se obter lucro é sobrevalorizar o produto por exemplo, vai
haver um jogo muito importante, compra 200 bilhetes a 5 euros, uns dias antes
do espectáculo, as bilheteiras esgotam, adeptos ávidos querem mesmo ir ao
jogo e estão dispostos a pagar, logo se vender esses bilhetes a 50 euros em
milhares que andam em busca do produto, vai encontrar por certo 200 doidos
que estejam dispostos a pagar a exorbitância só para não perderem o
espectáculo.
Outro exemplo se tiver uma oficina e um cliente quiser uma peça única,
também pode introduzir um valor adicional ao trabalho, etc.

A geração de riqueza obriga pois na generalidade dos casos à transacção, ou


seja para se gerar lucro é preciso que os bens passem de mãos.

Um Rei, um Povo! 278


A vontade de vencer!
O poder pós revolução industrial caiu pois nas mãos do grande capital e dos
detentores do poder económico.

Nos dias de hoje assistimos a uma tomada desenfreada da nossa economia,


pelos Espanhóis, também os Estados Unidos que venceram o Japão na guerra
estão hoje nas mãos dos japoneses e Chineses que adquiriram a troco de
dinheiro empresas símbolo da economia americana. Os estrategas militares
foram substituídos pelos estrategas da economia internacional, da
globalização.

A guerra foi transportada para o terreno da economia e hoje assistimos a


empresas de dimensão multinacional, fazerem vergar estados “soberanos” ao
peso dos seus interesses e ditames, mas por detrás dessas empresas ainda
estão outros, outros que se movem na sombra e que são efectivamente quem
dita as regras do jogo, deles falaremos oportunamente.

Estes mestres do poder que vivem nas sombras, têm sem duvida o objectivo
claro de submeter o mundo inteiro a uma ditadura subordinada ao deus cifrão,
e procuram a todo o custo a destruição das formas nacionais de cultura e a sua
substituição pelo fast food e a cultura de elogio da estupidez.

A força da lei anti-natural, o despotismo do capital a confusão politico social, a


criação da discórdia social, o terrorismo como arma de manipulação, a
removibilidade dos representantes do povo, são entre outras armas que o
poder oculto se serve para manipular os povos e retirar-lhes a verdadeira e
efectiva liberdade.

Algumas formas mais avançadas e descaradas desta ditadura, vão sendo


ensaiadas em alguns países. São entregues sementes manipuladas
geneticamente que para crescerem tem de ser adubadas e tratadas com
produtos da companhia X, que só por mero acaso é dos mesmos que
venderam as sementes, no final o produtor tem de lhes vender o produto
produzido, que depois de entrar nos circuitos de venda, por ser um produto
geneticamente manipulado, pode dar origem a contaminações e doenças, que
têm de ser tratadas com os produtos A ou B da companhia Y que só por acaso
é irmã da companhia X. Estas forças ocultas procuram robotizar a sociedade e
transformar a humanidade nuns comedores de pílulas, tornando a população
dependente de meia dúzia de vampiros planetários.

Voltando às questões da grande riqueza, nos dias de hoje já é quase


impossível, nos países ocidentais gerar uma grande fortuna sozinho, como os
velhos patriarcas do passado. Os estados ávidos de impostos e atentos, aos
sinais exteriores de riqueza têm hoje poderes de fiscalização sobre situações
duvidosas. Por esse motivo para se conseguir esses golpes de fortuna é
preciso muitas vezes ir para países onde a corrupção seja ainda moeda de
troca.

Um Rei, um Povo! 279


A vontade de vencer!
Em Portugal ela está ao virar de cada esquina e como foi denunciado
recentemente nos meios de comunicação pelo Dr. Paulo Morais que acusou os
mais altos centros de poder e decisão e a própria Assembleia da República de
ser a casa mãe da corrupção em Portugal.

Como é fácil de entender a acumulação de riqueza (licita ou ilícita) aumenta-se


através do mecanismo “o dinheiro chama o dinheiro” e prolonga-se no tempo
através da herança.

A riqueza, qualquer que seja a sua origem é o factor principal de desigualdade


social e da sua perpetuação.

Pese embora o facto de nos dias de hoje nos países ocidentais a educação ser
um bem colocado há disposição dos cidadãos, o acesso a esta continua a ser
limitado pelas condições de riqueza da família onde a criança se encontra
inserida.

Uma criança nascida numa família rica poderá frequentar os melhores colégios
até particulares, ter explicações, ter uma alimentação mais adequada, praticar
actividades extra curriculares ter acesso à aquisição de cultura (livros, cinema,
viagens, etc.) e acima de tudo ter acesso a um meio social onde poderá
futuramente continuar o desenvolvimento da sua riqueza.

O pobre pode através da sua capacidade intelectual ascender socialmente


através da conquista de um diploma e de uma carreira profissional, mas terá
sempre muito mais dificuldades para singrar na vida. O rico pode no momento
em que termina a sua formação ter acesso à sua independência por exemplo
quando os pais lhe facilitam o dinheiro para se estabelecer num determinado
negócio. O pobre terá sempre de começar por vender o seu trabalho, ter nome
e fama de honesto na praça e depois recorrer a empréstimos na banca, para se
poder lançar na conquista da riqueza. Ou então só consegue a riqueza por
meios ilícitos.

Em resumo podemos afirmar que a origem das desigualdades, está na fortuna


e riqueza que o indivíduo dispõe à nascença, podem as circunstancias mudar,
mas é claro que a percentagem de casos de sucesso em que o pobre vira rico
é diminuta e quase sem expressão.

De acordo com a expressão popular, “nascer em berço que ouro” ou “com o


c… voltado para a Lua” é sinónimo de que a condição de nascença ajudará e
influenciará o futuro dessa criança.

Se nasce em berço de palha, mesmo que seja o filho de Deus e o salvador do


mundo é crucificado………

Um Rei, um Povo! 280


A vontade de vencer!
Podemos corrigir as desigualdades?

O que é meu é meu, o que é teu é meu!

A frase anterior que era corrente no nosso tempo de criança ilustra com grande
verdade a forma egoísta que na generalidade dos casos todos temos perante
os bens matérias.

Recordemos o filme os Deuses devem estar loucos, onde uma garrafa de


refrigerante atirada da janela de um avião no país dos Bosquimanes na Africa
de Sul coloca em alvoroço uma população que até ai vivia em relativa
tranquilidade.

Podemos então dizer que não só a posse está de acordo com a natureza
humana, como é inseparável desta, basta colocarmos dois bebés com uns
brinquedos por perto para vermos as crianças a disputar o mesmo brinquedo,
mesmo que haja mais por perto.

A ambição do homem pela posse de algo é inata. Pode ser um bem ou um


título, qualquer coisa serve para se elevar acima dos seus semelhantes e
brilhar na sociedade.

Os ideólogos comunistas tentaram a utopia da forma de propriedade colectiva


e deram origem a famosa frase “ Todos os porcos são iguais, só que uns são
mais iguais que outros” ou seja no capitalismo de estado em que a propriedade
é do estado, as desigualdades vão-se fazer sentir entre os que fazem parte do
aparelho estatal e os que estão do lado de fora.

De uma forma geral é já reconhecido por todos, que quer o capitalismo


selvagem, quer o capitalismo de estado, não funcionam e não são futuro,
principalmente porque estamos com graves problemas ambientais e recursos
naturais limitados.

Então, mas haverá solução? Poderemos nós encontrar uma solução intermédia
que a todos satisfaça?

Aqui há uns anos em conversa com um advogado não me recordo como,


o assunto foi parar na invasão espanhola que se estava a dar no Alentejo
em volta da barragem do Guadiana.

Ele na altura referiu que os espanhóis estavam a comprar as grandes


propriedades aos portugueses a bom preço, com subsídios do governo
espanhol.

Um Rei, um Povo! 281


A vontade de vencer!
Chamamos a isto uma invasão, pois os espanhóis e os alemães estavam
nitidamente e estão a conquistar Portugal por via do dinheiro, sem verterem
uma gota de sangue, o que não conseguiram em séculos com a força das
armas, estavam agora a obter com a subtileza do dinheiro.

Este advogado confidenciou-me que o estado não devia permitir a posse da


terra, mas a posse do usufruto. Que queria ele dizer com isto???????

Investiguei um pouco e cheguei à conclusão que a posse do usufruto, do ponto


de vista prático é idêntico à posse da terra, só com uma pequena diferença,
que faz toda a diferença, e essa pequena diferença é que se os usufrutuários
não derem uso racional ao bem este volta para o estado e pode reverter a favor
de outrem.

De certa forma nas leis actuais já existe um mecanismo, a usucapião que


permite de certa forma quando os bens ficam ao abandono, que alguém deles
se aposse e os use, este mecanismo é activado principalmente na província
para resolução de questões de terrenos.

Penso que este mecanismo deva ser protegido e incentivado, quando


comprovadamente alguém tenha em completo abandono um bem imóvel (casa,
terreno, etc.) por mais de 15 anos, esse bem deve passar ao domínio público
local e deve ser vendido em hasta pública com o dinheiro a reverter a favor da
Junta de Freguesia ou Município.

Como exemplo prático, relembro um caso em que um amigo comprou uma


casa, restaurou-a mas ao lado desta estava uma casa em ruínas, abandonada
há mais de 30 anos, por causa desta casa em ruínas tinha problemas de
humidade numa das paredes da sua casa. Para resolver esta questão quis
contactar para aquisição os proprietários, foram 3 anos de luta entre
localização de todos os herdeiros, habilitações de herdeiros, tentativas de
acordo de preço, reunião de toda a família para se fazer a escritura (alguns
estavam desavindos), etc.

A casa em ruínas valia uns 1000€ a dividir por 8 herdeiros com o que se pagou
de imposto deu cerca de 100€ a cada, em resumo não deu para as chatices.
Mas se estes 1000€ tivessem ido directamente para a Junta de Freguesia, o
processo poderia ter durado 2-3 meses e a junta teria onde investir aquele
valor com melhor proveito que os 100€ que cada um levou param casa.

Se este mecanismo for aplicado por exemplo nas áreas metropolitanas,


centenas de prédios em ruínas podem ser adquiridos a valores simpáticos
pelos construtores civis, evitando dessa forma a pressão sobre os solos e
áreas verdes das áreas metropolitanas, este mecanismo fará imediatamente
fazer cair o valor m2 dos terrenos e consequentemente beneficiar a população
pelo abaixamento do preço dos fogos. Ao mesmo tempo as autarquias evitam a

Um Rei, um Povo! 282


A vontade de vencer!
degradação do parque habitacional, pois inclusivamente podem obrigar os
construtores civis à aquisição desses imóveis abandonados, não emitindo
alvarás de construção enquanto o município tiver imóveis para venda.

Este mecanismo de abandono deverá ser aplicado independentemente das


circunstâncias que o motivaram, isto permitirá a resolução de outras situações,
como por exemplo, os conflitos jurídicos de partilhas, pois os herdeiros
sabendo que tem uma espada sobre a cabeça que é a perca do bem, terão
sempre muito mais disponibilidade para resolver os conflitos de interesse e
mais rapidamente, evitando milhares de processos, que entopem os tribunais.

A segunda ideia para enriquecimento e acesso à propriedade dos nossos


concidadãos situa-se ao nível das empresas. Actualmente temos um imposto
que se chama IRC que é de cerca de 40% e incide sobre os lucros das
empresas. As empresas fazem todos os malabarismos para não pagar este
imposto que obviamente é injusto, porque a carga fiscal de IVA e outros
impostos indirectos, Segurança Social, etc. já obrigam a um esforço tremendo
das empresas para sobreviver, é então muito injusto que quando o Estado não
facilita em nada a vida das empresas (desde a burocracia, leis de trabalho,
regulamentos, etc.) quer ainda no final comer 40% dos suados lucros dos
empresários. No fundo o Estado coloca-se perante a empresa, como um sócio
que não investiu nada, não contribuiu com nada, não trabalhou, muitas vezes
só chateou e criou dificuldades por exemplo nos licenciamentos e no fim
estende a mão à espera de 40%. Os empresários conscientes deste roubo
utilizam todos os mecanismos que a lei confere para apresentar despesas e
reduzir os lucros.

Por outro lado dentro das empresas, existe sempre aquela velha dicotomia,
patrão/ empregado o patrão acha que paga muito porque os empregados se
esforçam pouco, os empregados trabalham pouco porque acham que são mal
pagos, etc.

Como resolver as duas questões apresentadas anteriormente gerar mais


riqueza no bolso dos trabalhadores, fazê-los produzir mais e melhor com maior
motivação?

O Estado sabe que não consegue fiscalizar todas as empresas, ninguém


melhor para o fazer que os próprios empregados. O que é melhor para o
Estado, ter um imposto IRC virtual que 90% das empresas não pagam, ou ter
dinheiro em circulação onde pode ir apanhando o IVA.

A nossa proposta é pois muito simples o IRC acaba e o estado cria em sua
substituição um sistema opcional onde as empresas podem escolher pagar o
imposto a favor dos trabalhadores ou dar uma fatia de capital social aos
trabalhadores, em um ou outro caso o valor corresponderia a 25% sobre os
lucros/ capital. Também teriam de ser restringidas ou impostos limites

Um Rei, um Povo! 283


A vontade de vencer!
aceitáveis para certas despesas que por enquanto ainda são aceites para
efeito de contabilização dos lucros, isto para obviamente as empresas
apresentarem lucros.

Esta proposta creio que será do agrado de todos, o estado passa a ver lucros
onde antes não os via e o dinheiro vai circular, pois os trabalhadores com mais
dinheiro, vão investir e gastar mais (logo o estado vai cobrar em IVA o que
deixou de cobrar em IRC). O trabalhador, passa a estar mais motivado, pois
sabe que quanto mais lucro der à empresa, mais leva para casa no fim do ano,
apara além dos ordenados, dentro da empresa haverá uma tendência natural
para a crítica aos inaptos e preguiçosos obrigando estes a uma melhor
prestação de trabalho.

O empresário fica mais feliz por passar a contribuir para a riqueza do seu
pessoal e não ter a sensação de dinheiro deitado ao lixo, que é o IRC.

O trabalhador, também passa a ter o direito de fiscalizar as contas da empresa


e de solicitar uma fiscalização caso suspeite que ainda assim o empresário
está a roubar. O apuramento desta fiscalização, multas, dívidas, etc. reverterão
a favor dos trabalhadores. Se a opção da empresa for a distribuição de 25% do
capital pelos trabalhadores, estes passam a ter o direito de nomeação de um
membro do conselho de administração em sistema de rotatividade.

Na questão dos impostos teremos de evoluir ainda mais e acabar com os


impostos sobre o trabalho, sobre a produção
Com os tópicos apresentados anteriormente, que se tratam de medidas
simples, exequíveis e justas, dar-se-á uma profunda alteração da distribuição
da riqueza nacional e um fluxo de capitais muito maior, gerador de mais e
melhor iniciativa privada.

A este respeito, da iniciativa privada e do papel do estado, falaremos lá mais


adiante, quando se falar tópico a tópico, das nossas ideias para cada sector de
actividade.

Para além da propriedade privada existe ainda o domínio público, tais como os
rios, o mar os recursos geológicos, etc. estes são do estado mas podem ser
concedidos alvarás de exploração a entidades privadas por períodos a
determinar circunstancialmente de acordo com a natureza do bem.

A herança como já vimos é um dos geradores de desigualdades sociais, como


podemos então de uma forma justa fazer com que o Estado beneficie os
cidadãos mais desprotegidos das riquezas acumuladas pelos privados. Como
podemos conciliar o interesse privado com o público.

A primeira coisa a fazer é acabar com o imposto sucessório, que se trata de um


roubo descarado e reforçar o imposto municipal sobre imóveis, de tal forma que

Um Rei, um Povo! 284


A vontade de vencer!
os proprietários paguem anualmente uma taxa percentual sobre os bens. O
valor dos imóveis tem de ser actualizado de acordo com as características,
localização, estado de conservação, etc. o valor do imposto anual ficaria justo
em 1/1000 ou 2/1000, se a casa tiver um valor de 150.000€ dá 150 anuais o
que é um valor bastante razoável. Agora o importante é que uma pessoa que
tem um imóvel que vale 200000€ e está com um valor matricial de 2000€,
porque já é muito antigo, vai ver o valor actualizado e dessa forma passa a
pagar o justo.

Este imposto municipal deverá ser aplicado às Matas, terrenos e florestas e


nesta situação particular de terrenos e florestas o imposto deverá reverter a
favor dos bombeiros e da criação de viveiros municipais que visem o
reflorestamento e intervenção por técnicos especializados em silvicultura nos
repovoamentos florestais.

Não se fica rico a ganhar dinheiro, mas a poupar!

No capítulo anterior abordamos a forma simples e exequível de acesso à


propriedade, à posse de algo, uma transferência de poder e de distribuição de
riqueza. Mas tal não chega para garantir nem a felicidade a que todos tem
direito, nem a riqueza, nem o bem-estar é apenas um princípio.

Diz o ditado “que de médico, de sábio e de louco todos temos um pouco” se


fizermos uma análise de onde se escoa a maior fatia do rendimento de uma
família, temos em primeiro lugar a casa, depois a alimentação, transportes,
saúde, educação, etc.

Se analisamos onde é que o estado gasta a maior fatia do orçamento


descobrimos que é nas despesas de saúde.

Apesar disto a saúde das populações em geral está muito pior e degrada-se de
dia para dia. Um dos principais motivos deve-se ao facto de o estado ao longo
dos anos ter negligenciado um conjunto de medidas educativas e profiláticas
deixando-se ir na onda da indústria farmacêutica cujo único móbil é vender.

De forma ao estado e ás famílias reduzirem os custos nas despesas de saúde


e ao mesmo tempo obterem melhores resultados, temos de cortar o mal pela
raiz e isso significa, sem duvida alguma, ter a coragem de tomar as decisões
certas.

Uma nação não pode assistir indiferente por exemplo à questão da obesidade
infantil, são milhares de jovens que estão a ficar com a sua saúde e futuro
empenhados e estes vão ser também uma sobrecarga para o Sistema Nacional
de Saúde.

Um Rei, um Povo! 285


A vontade de vencer!
No meu entender a tomada de decisões certas implica a criação de disciplinas
obrigatórias no curriculum escolar onde as crianças aprendam desde a mais
tenra idade o básico sobre a saúde, a alimentação e até formas de terapia
simples que possam em sistema de auto tratamento resolver inúmeras
patologias em casa, sem as idas constantes ao médico e aos hospitais.

Falemos na base de tudo, a alimentação, todos temos consciência que o


ambiente está contaminado e em grande parte isso deve-se aos agro tóxicos,
fertilizantes e pesticidas, mas então antigamente as coisas não se criavam na
mesma sem estes venenos? Obviamente que a resposta é sim, com estes
venenos obtém-se frutas e legumes de maior tamanho, mas para além de
encherem o olho comparativamente aos produtos de antigamente nada valem
e são mesmo um perigo para a saúde.

A fruta é mesmo uma desgraça não dura nada, e não cheira a nada, se
tivermos a oportunidade de sentir o cheiro da fruta biológica na natureza, nada
há de mais agradável que essa sensação. Ainda no ano passado tivemos uns
pêssegos que lhes sentia o cheiro a 200m e arrancados da árvore fiz uma
experiência com 2 pêssegos para ver quanto tempo duravam sem apodrecer,
para meu espanto secaram e mirraram e não apodreceram. Com as maçãs é o
mesmo. Alguém consegue ter fruta do supermercado 3 dias sem começar a
apodrecer?

Do ponto de vista nutritivo inúmeros estudos já o demonstraram claramente os


produtos biológicos são ricos em oligoelementos, minerais raros, essenciais
para o metabolismo celular, em resumo essenciais para a saúde.

Para resolver este problema e tornar a agricultura biológica predominante


actuaria com a arma dos impostos, onde os produtos biológicos não pagariam
nada ou muito pouco e os de agricultura química seriam taxados a 30% e ainda
com uma taxa suplementar de 20% destinada à protecção ambiental. Isto faria
com que os agricultores e consumidores se voltassem para o que é bom o
biológico!

Na questão pecuária teremos de actuar no mesmo sentido, da produção


biológica, ao mesmo tempo que tem de haver uma reeducação sobre a
quantidade de proteína animal que o nosso organismo suporta sem se intoxicar
que corresponde a 1/7 do que comemos.

A consciencialização desta realidade faz com que se perceba que não só não
precisamos de produzir as toneladas actuais de carne, como também com
racionalização não é preciso recorrer à importação de carne.

Ao mesmo tempo os produtores podem valorizar o seu produto na qualidade


(biológico) e depois no preço, vendendo mais caro. Para o consumidor não
altera grandemente as coisas uma vez que vai comer de melhor qualidade,

Um Rei, um Povo! 286


A vontade de vencer!
menos quantidade, mais caro é certo, mas o que gastará em carne por mês
devido à redução da quantidade kg per capita vai ficar com dinheiro no bolso e
melhor saúde. Melhor saúde porque a carne em excesso é prejudicial e melhor
saúde porque comendo uma carne com certificação biológica não ingere as
quantidades de hormonas e mais grave anti bióticos que destroem o sistema
imunitário.

O segundo ponto onde é preciso atacar é o açúcar, está mais que estudado
que o açúcar branco retira minerais do organismo durante o processo de
digestão, o açúcar de cana integral não provoca estes malefícios. Por que é
mais caro um kg de açúcar de cana natural do que um de açúcar refinado? Não
se entende a não ser que por detrás disto esteja um interesse sombrio de que
as pessoas fiquem doentes, já se sabe desde há muito que o açúcar branco é
um dos principais responsáveis pelas depressões nervosas.

Outro alimento altamente prejudicial é o leite de vaca, já pensaram se existe


algum animal na natureza que beba leite depois de desmamado? Eu não
conheço, só os estúpidos dos humanos que não sabem olhar para a natureza.
Beba-se leite vegetal, soja, arroz, amêndoa, avelã, etc. feito em casa fica a
menos de 20 cêntimos o litro e é muito nutritivo e saboroso.

Para finalizar deve ser dirigido um ataque sobre a forma de imposto para toda a
comida artificial, desde os enlatados, refrigerantes ao fast food. Taxar estes
alimentos a ponto que se torne pouco apetecível o seu consumo.

As crianças devem ser educadas e reorientadas na escola e a própria escola


deve dar o exemplo nomeadamente nos refeitórios e inclusive organizando
cursos de cozinha racional para os pais reeducando-os.

Ainda no campo da saúde as crianças devem ser treinadas desde a mais tenra
idade a saber um conjunto de técnicas simples mas eficientes e deter
conhecimentos para auto tratamento e os pais devem também numa primeira
fase serem reeducados.

Por exemplo hoje em dia uma criança tem um bocadinho de febre e os pais
correm logo para o hospital, sem perceberem que a febre é antes de tudo um
mecanismo de auto cura onde o organismo através da elevação da
temperatura se procura libertar dos agentes infecciosos. Até 39º não há crise o
velho truque da avozinha de colocar a criança num banho tépido funciona,
porque encharcar a criança de antibiótico diminuindo as defesas imunitárias se
com uma banheira de água tépida se obtém o mesmo resultado?

Estas noções deveriam ser dadas e aprendidas na escola, para além disso eu
iria mais longe e penso que as crianças poderiam perfeitamente aprender
técnicas de massagem e até algumas técnicas de acupunctura mais simples
como a auricular, estes ensinamentos nas mãos da população permitem aliviar

Um Rei, um Povo! 287


A vontade de vencer!
o Sistema Nacional de Saúde e responsabilizar a sociedade pela defesa desse
bem impagável que é a saúde. Ao cidadão a primeira responsabilidade pelo
tratamento do seu corpo!

Com a aplicação de medidas do tipo das anunciadas anteriormente os


cidadãos mais saudáveis, tornam-se mais felizes, logo mais produtivos. Ao
mesmo tempo economizam nas despesas pessoais de saúde e com isto fazem
o estado poupar milhões que podem e devem ser desviados dos chorudos e
imorais lucros das farmacêuticas para benfeitorias públicas como por exemplo
melhor protecção ás crianças e idosos.
É preciso governos com coragem para quebrarem a cadeia de lucro da
indústria química/ farmacêutica. Primeiro vendem os agros tóxicos, as
hormonas de crescimento rápido, os antibióticos para animais, etc. e depois de
nos porem doentes, lá vêm vender o medicamento…….Grandes
espertalhões….Mas então andamos todos a dormir ou já não há tipos com
T…….

A Santíssima Trindade na Politica

Tal como Deus se manifesta de 3 formas na conhecida tríade Pai, Filho e


Espírito Santo, também o poder politico se apresenta aos nossos olhos como
uma espécie de tríade divina que tal como Deus se torna omnipresente nas
nossas vidas.

O Pai = poder legislativo.


O Filho = poder executivo ou governo.
Espírito Santo = Justiça

Estes 3 poderes aparentemente independentes não o são na realidade, esta


divisão serve apenas para iludir e condicionar o povo pois os 3 poderes actuam
sempre interligados e para o mesmo objectivo, manter e perpetuar o poder da
classe dirigente.

O poder legislativo elabora as leis/ regras pelas quais se rege a sociedade, o


poder executivo põe em prática essas leis e regras e o poder judicial interpreta
e aplica sanções em caso das entidades públicas, privadas ou cidadãos se
desviarem do comportamento/ regras legalmente estabelecidas.

Como já vimos na introdução, sem povo o poder não existe, porque o poder
reside no povo, na partidocracia actuais este poder passa habilidosamente do
povo, para um grupo de pseudo iluminados, os políticos, esta passagem de
poder é feita através de um sistema criado pelos próprios políticos que são
formados na classe dominante e que criaram um sistema onde o povo pensa
que é livre por ir votar. Mas será assim?

Um Rei, um Povo! 288


A vontade de vencer!
Quem define as regras do jogo são os políticos e os senhores do poder, as
regras são simples, o povo pode escolher os candidatos que os partidos
escolhem por conveniência política ou financeira quando os deputados são
colocados nas listas dos partidos porque são servidores de determinados
interesses económicos e empresariais que financiam as campanhas politicas
dos partidos.
Já tive a oportunidade de ouvir, alguém me contar aquando da escolha das
listas de um partido, alguém dizer a empresa tal escolhe tal pessoa….

É considerado obsceno a tentativa que um cidadão independente faça de se


candidatar. Basta ver o escândalo que foram as candidaturas independentes
nas autárquicas e o que se fez para assassinar politicamente os candidatos
independentes nas presidenciais, a Dr.ª Manuela Magno e o Dr. Guerra
silenciando-os com manobras a roçar a imoralidade.

Os partidos têm medo de quem lhes não vende a alma, de quem lhes foge ao
controlo.

Os partidos tem sempre por trás de si grupos de pressão ou interesse que


procuram conduzir e condicionar a sociedade num determinado sentido,
independentemente da “ cor” política dos diferentes partidos eles obedecem
todos aos mesmos senhores, os detentores do poder económico.

Num sentido figurativo podemos dizer que o poder económico é uma espécie
de raio luminoso que atravessa um prisma, os partidos e dá origem às diversas
cores políticas, só que infelizmente nem o raio é branco nem os partidos são
cristalinos, mas com a continuação deste trabalho, vamos demonstrar como
tornar o poder transparente.

Dizem os políticos que o voto é a arma do povo. No dia das eleições o povo
fica desarmado a favor da classe politica que é formada na maior parte dos
casos por indivíduos que por falta de outras qualidades profissionais resolvem
tentar a sorte da conquista de uma cadeira de dormir a sesta na Assembleia.

O povo desarmado fica subjugado aos políticos que a partir das eleições detém
todo o poder, como já vimos o legislativo o executivo e o judicial e ainda para
os ajudar caso o povo tenha ideias revolucionárias, as forças militares e
militarizadas que colocam o “Zé-Povinho” na ordem.

Então é fácil identificar o principal cancro da sociedade, OS PARTIDOS


POLITICOS, estes intermediários não servem para nada a não ser para se
governarem à custa do povo e servirem os interesses de quem os sustenta, o
poder económico-financeiro.

Um Rei, um Povo! 289


A vontade de vencer!
Para nos libertarmos deste jugo que são os partidos temos de criar
mecanismos libertadores, onde todos os cidadãos possam ter acesso directo
ao poder e às estruturas do poder.

O primeiro mecanismo é que os cidadãos sejam livres de concorrer às eleições


legislativas, cada cidadão terá de se apresentar ao eleitorado e recolher um
número de X assinaturas para poder ser candidato, o cidadão terá de se
apresentar ao eleitorado como é e com aquilo que tem para oferecer em
termos de ideias e trabalho para o bem da sociedade.

Vamos supor que por exemplo o círculo de Castelo Branco tem 5 lugares na
Assembleia legislativa, 30 candidatos conseguem reunir as assinaturas
mínimas. Serão seleccionados 15 de entre esses 30 os que tiverem mais
assinaturas, em caso de empate serão dados uns dias suplementares para que
se faça o desempate.

Serão esses 15 que vão a votos, logo que estejam escolhidos esses 15, o
estado disponibiliza uma verba igual, justa para despesas com campanha
eleitoral. Os 5 eleitos serão os deputados efectivos, os restantes ficam como
suplentes com prioridade pela ordem de percentagem de votos obtida nas
eleições.

Da assembleia sairá o primeiro-ministro, este será escolhido através de uma


nova eleição de entre os deputados. Os candidatos a primeiro-ministro terão de
apresentar o programa eleitoral e o seu curriculum e por votação serão eleitos
na própria assembleia.

O que ganhar formará governo para 4 anos. O programa aprovado por maioria
na Assembleia será o programa a executar pelo governo, a Assembleia fica
obrigada à aprovação dos pacotes e medidas legislativas que permitam a
viabilidade de tal programa.

“Habemos Papa”

No capítulo anterior podem ter ficado dúvidas aos leitores da forma como
surgiria o 1º ministro e o governo, uma vez que os deputados eleitos ainda não
teriam tempo de se conhecer uns aos outros após a eleição. Por esse motivo
passo a explicar a minha proposta:

Os candidatos a deputados tem de apresentar um ano antes das eleições a


sua proposta/ programa de trabalho, uns sentirão que a sua vocação será
apenas como deputado dada a sua especialidade em determinada área outros
terão motivação para liderarem um governo.

Um Rei, um Povo! 290


A vontade de vencer!
Os candidatos a 1º ministro terão assim de apresentar 1 ano antes das
eleições o seu programa de governo, para serem candidatos a 1º ministro têm
de recolher por exemplo o dobro das assinaturas exigíveis para a candidatura a
simples deputado e obter 20% de apoio sob a forma de assinatura dos outros
candidatos a deputados, isto obriga à criação de grandes consensos onde o
bem da nação se vai sobrepor aos interesses individuais.

São seleccionados como candidatos a 1º ministro os 3 que de entre todos


reunirem maior número de apoios. Serão estes que apresentarão ao povo o
seu programa de governo. No dia das eleições o povo vota para os deputados
na sua região e vota para o 1º ministro. Após as eleições e respeitando a
vontade popular a Assembleia elegerá o 1º ministro. Este terá depois um prazo
para apresentação da equipe ministerial. A escolha dos ministros é feita pelo 1º
ministro e carece da aprovação de cada escolhido por maioria simples da
Assembleia.

A escolha dos Secretários de estado é da responsabilidade dos ministros com


a aprovação do 1º ministro.

De forma a optimizar o funcionamento do governo e garantir o cumprimento


das legislaturas são criados mecanismos de responsabilização dos deputados.

Assim para se destituir o 1º ministro terá de ocorrer uma moção de censura


aprovada por uma maioria de 2/3 dos deputados.

O proponente da moção de censura aprovada assumirá a responsabilidade de


apresentar num prazo de 30 dias um programa de governo alternativo e a
respectiva equipa ministerial. Esta alternativa para ser validada necessitará
obrigatoriamente de obter a aprovação por maioria absoluta 2/3 dos votos dos
deputados.

Se conseguir a aprovação o proponente da moção de censura assume na


plenitude o cargo de 1º ministro até ao final da legislatura.

Se não o fizer ou não conseguir a aprovação a moção de censura perde o


efeito demissionário e o 1º ministro mantém-se em funções bem como o
governo.

Em caso algum haverá eleições antecipadas, este mecanismo obriga ao


cumprimento das legislaturas, independentemente do governo!

Valha-nos o Espírito Santo!

O último poder da trindade é a Justiça, associei à imagem do Espírito Santo,


porque cada vez que um desgraçado de um cidadão se apresenta perante a
Justiça está sempre em maus lençóis.
Um Rei, um Povo! 291
A vontade de vencer!
O Ministério Publico em 90% dos casos pede condenação e já tive
oportunidade de assistir a julgamentos onde até em alegações finais os Juízes
e delegados do Ministério Publico estão mal educadamente na conversa, sem
ligar patavina ao que se está a passar no julgamento e depois no fim toca de
carregar para cima do desgraçado.

Estes senhores parecem não ter consciência nem se importarem com a


consequência das suas decisões na vida dos cidadãos que se apresentam
perante a Justiça.

De certa forma é como se um médico pegasse num bisturi e fosse livre de o


espetar onde queria sem ter consciência dos danos que pode causar ao
paciente.

Assim está a Justiça em Portugal! Os juízes têm poder a mais, meios a menos
a Justiça está a ser exercida tecnicamente e não humanamente, o que quer
dizer que está muito mal……

A Justiça deve ser exercida em nome do povo, uma vez que as próprias leis
emanam da Assembleia legislativa que deve reflectir a consciência e vontade
do Povo.

Se assim é temos de dar voz ao povo nos tribunais, em primeira instância,


antes de se fazer um julgamento, deve ser elaborado um estudo exaustivo de
proximidade com o réu e o queixoso através das técnicas de Assistência
Social, este relatório deverá ter um peso de 25% na sentença. De acordo com
a natureza do crime este relatório pode e deve ser complementado com
informação de psicólogos, financeiros, médicos, etc.

Todos os julgamentos devem ter um júri constituído por 1 testemunha de


acusação 1 de defesa e 8 nomeados por sorteio, o peso da decisão do júri será
de 35%.
Finalmente a decisão do Juiz que pesará 40%. Esta divisão do poder dos
Juízes em primeira instância é muito importante porque estes juízes são
normalmente pessoas novas, com muito pouca experiência da vida e por esse
motivo a partilha da decisão com a sociedade é muito importante.

Caso haja recurso para a Relação e para o Supremo, as decisões serão


tomadas pelos juízes, tendo em linha de conta o somatório das decisões
anteriores. Uma sentença só deverá ser revogada ou alterada se ferir de modo
muito claro, o legal, social e moralmente aceitável.

“Aqui d´el Rei”

Um Rei, um Povo! 292


A vontade de vencer!
Irei seguidamente explicar as minhas ideias acerca do que penso ser um
sistema válido para uma monarquia moderna que satisfaça a todos os
cidadãos, poderei escandalizar monárquicos e republicanos ou poderei passar
a mensagem de que existe um meio-termo onde podemos obter as vantagens
dos dois sistemas e eliminar as desvantagens dos mesmos.

O Rei deve ser alguém que tenha qualidades acima da média dos cidadãos,
quando falo de qualidades falo de inteligência, força, coragem e acima de tudo
muita sabedoria e muita liberdade e independência. Não é admissível nem
cabe na cabeça de ninguém que um pateta qualquer, cujas características
anímicas e intelectuais não dão para nada, possa chegar a chefe de estado só
por um acaso ser fruto de um espermatozóide real e de ter nascido no tal berço
de ouro ou dourado…

Se nos capítulos anteriores nos levantámos precisamente contra essas


desigualdades de acesso ao poder, não poderíamos aceitar na chefia de
estado precisamente um exemplo contrário à liberdade e oportunidade de cada
um.

O sistema republicano não serve, porque como já se sabe um presidente


nunca pode representar a totalidade da nação, veja-se o que se passou em
eleições recentes trinta e tal por cento de abstenções e 50% de votos
significam que o novo presidente tem o apoio de cerca de 30% da população
70% da população não se revê ou por indiferença ou por oposição no
candidato vencedor. Depois existem as questões dos apoios, quem paga as
campanhas e a quem ficam a dever os eleitos? Quais os custos que tal tem
para o povo?

Então como encontrar uma solução viável, justa e democrática que dê à nação
o melhor e mais bem preparado chefe de estado.

Numa primeira etapa seria Rei quem conseguir implantar a monarquia, aos 70
anos de idade como limite o Rei tem de passar o cargo a outro.

Para a escolha do novo Rei quando o velho Rei tiver 50 anos deve dar-se inicio
a uma selecção no seio da sociedade, abre-se uma espécie de concurso com a
participação de toda a sociedade, os candidatos deverão ter entre 20-25 anos,
são analisados os currículos e as actividades extra curriculares porque cada
um se interessa. Em duas ou três etapas são seleccionados 20 finalistas, que
tenham os melhores perfis para as futuras funções.

Estes 20 finalistas serão submetidos a um “ curso de Rei” onde terão de


aprender desde etiqueta, protocolo, línguas, história portuguesa e universal,
diplomacia, devem ter contacto com a realidade da vida nomeadamente

Um Rei, um Povo! 293


A vontade de vencer!
através de acções de voluntariado em ONGS, devem ter noções e prática de
agricultura, pescas, contactar com a indústria, cultura popular portuguesa, etc.

Devem fazer recruta nos 3 ramos das forças armadas, este curso terá uma
duração de cerca de 10-15 anos. Durante este tempo as actividades,
capacidade e voluntarismo de cada candidato serão acompanhadas de perto
pela sociedade através dos meios de comunicação social e dos próprios
contactos que estes candidatos irão tendo com a sociedade.

No final deste curso serão seleccionados (entre classificações obtidas e


votação popular) 10 entre os melhores destes 20, estes 10 passarão a partir
desse momento a denominarem-se príncipes e dada a sua preparação estarão
aptos a agir como príncipes, os restantes 10 ocuparão cargos de embaixadores
em países cujas relações sejam de especial importância para o país.

Os 10 que passam à fase seguinte, agora denominados príncipes servirão


durante 5-10 anos a pátria nomeadamente representando o Rei em eventos,
promoção do país lá fora, etc.

Aos 70 anos o Rei irá para a “reforma” ficando membro do conselho de estado.
Nesta altura o novo Rei estará com 40-45 anos e 20 de prática e formação
politica, com maturidade para assumir o cargo. Será Rei 25 a 30 anos

O novo rei será eleito em sufrágio universal entre os 10 candidatos finalistas.


Os outros príncipes serão a reserva da nação que substituirão o Rei em caso
de necessidade por ordem decrescente relativamente aos resultados do
sufrágio universal e farão parte de um órgão consultivo do Rei. Tal como o Rei
serão príncipes até aos 70 anos e tal como estes na reforma passam a
conselheiros de estado.

Se por algum acaso o Rei escolhido não servir poderá ser feita uma petição
nacional com 5% das assinaturas dos eleitores inscritos e ser destituído por
referendo do cargo sucedendo-lhe o príncipe com a melhor classificação
seguinte. Em caso de morte ou doença prolongada a substituição do Rei é
automática tendo apenas de ser confirmada pelas cortes.

Este sistema garantirá que teremos a participação popular na escolha do


soberano, independência do mesmo em relação a grupos de interesse ou
pressão e os melhores e mais capacitados à frente e como exemplo para o
país.

Nos momentos de transição dissipa-se a ansiedade pois este sistema é um


garante de estabilidade e continuidade.

Um Rei, um Povo! 294


A vontade de vencer!
É preciso que nunca se esqueça que o Rei é um funcionário especial pago por
toda a nação. A esta deve servir com lealdade e dedicação, a nação prepara o
Rei e este paga dando o seu melhor à nação.

Tudo o que aqui apresento é exequível e pode representar uma potente


lubrificação na alma portuguesa de forma a deixar-mos emergir os verdadeiros
e potencias líderes pelas suas reais qualidades e não como agora acontece
que chegam aos lugares cimeiros os indivíduos que não sabem nem tem
qualidades para fazer mais nada e que por esse motivo se encostam à política,
salvo uma ou outra excepção obviamente!

Nos próximos capítulos irei apresentar sector a sector algumas das minhas
ideias que penso que podem contribuir para um Portugal melhor e mais feliz!

O Governo da Nação

Conforme já havia anunciado os próximos capitulos tratarão de algumas ideias


e linhas de orientação Ministério a Ministério, o mesmo é dizer por sector/es de
actividade.

Antes demais é necessário a consciencialização e interiorização de uma nova


forma de relacionamento entre o poder politico e o povo. O Poder Politico
pertence ao Povo e existe para servir o Povo. O Povo passa a ter a liberdade
plena de voto, isto significa o direito e a capacidade de poder votar em grandes
opções via referendo. O voto será obrigatório e serão punidas com multas as
pessoas que não votarem. No boletim de voto devem constar as opções a
favor, contra e abstenção. Caso as pessoas votem contra isso deve ser pesado
na decisão final caso este ganhe, devendo ser respeitado o voto popular.

Os governantes devem respeitar a força dos votos e os compromissos


eleitorais.

Nas campanhas eleitorais os canditados assumem determinados


compromissos com os eleitores isto é com a nação. Os eleitores ao votarem
passam aos candidatos um matado de execução do programa eleitoral. Trata-
se de algo semelhante a uma procuração em que um particular por
impossibilidade delega em alguém uma procuração um mandato para fazer
aquilo a que o próprio está impedido por força de determinada circunstancia (
doença, ausencia no estrageiro, etc.) Ora o que temos assistido repetidamente
é um total incumprimento por parte dos governos eleitos dos compromissos
eleitorais, inclusive em assuntos muito sérios cujas consequências atingem a
população na totalidade sem que sofram consequências além das derrotas
eleitorais.

Um Rei, um Povo! 295


A vontade de vencer!
Foi o caso de José Socrates que antes das eleições se comprometeu a
referendar o Tratado Europeu e não o fez pondo em causa parte da soberania
nacional, acto pelo qual deveria entre outros ser julgado pelo crime de traição à
pátria.

Ou o caso do actual primeiro ministro que deveria ser destituido imediatamente


das suas funções por incumprimento total das suas promessas eleitorais
principalmente as referentes a matéria de impostos. Este governo foi eleito
porque prometeu não dar continuidade à subida de impostos que estava a ser
colocada em prática pelo anterior governo, ora em pouco tempo bateu todos os
recordes de subida de impostos, facto que deveria ter como consequência a
demissão imediata e a responsabilização pessoal pelos danos causados.

Só responsabilizando os politicos e criando mecanismos de efectivo controlo


das suas acções poderemos viver efectivamente em democracia.

Dado as condições técnológicas actuais o voto para opções estratégicas deve


evoluir para o voto electronico.

Como vamos resolver os problemas que afectam a nação


portuguesa?

1 - Arrumar a casa!

Está provado e demonstrado que os partidos são um cancro social, são a fonte
da corrupção quer por via das necessidades de financiamento eleitoral quer por
via das infiltrações empresariais de variados interesses que giram em torno dos
negócios do estado, desde as obras publicas, parcerias publico privadas,
escritórios de advogados, fundações enfim um sem numero de bocas que
sugam literalmente os recursos da nação. Os canditados dos partidos não são
como já se demonstrou anteriormente seleccionados pelos cidadãos, mas
pelas maquinas partidárias atendendo aos interesses das negociatas em jogo,
que nada tem haver com o interesse e bem estar do povo.

O governo é formado pelos mais vendidos a todos os interesses, pelos mais


mentirosos e habeis em enganar o povo, pelos mais desenvergonhados que
com o ar mais candido dizem hoje uma coisa para 8 dias depois estarema
defender o oposto com a maior desfaçatez.

Um Rei, um Povo! 296


A vontade de vencer!
A presidencia da República é um mono que custa fortunas aos contribuintes e
não tem qualquer efeito benéfico no bom desenrolar da condução das acções
do governo, consequêntemente da vida dos cidadãos.

Ao longo desta 3ª República as oligarquias partidárias tem massacrado os


cidadãos e criado manobras de distração que visam o afastamento por
desgaste dos cidadãos da participação e controle da actividade politica.
Pessoas honestas e bem intencionadas são afastadas da politica em
detrimento dos aldrabões e incompetentes!

Este grave problema só se resolve devolvendo aos cidadãos efectiva


representatividade politica, quer através das formas de democracia directa quer
das semi directas nomeadamente através da criação de mecanismos que
permitam a ascenção aos lugares de chefia e condução dos destinos da nação
as pessoas que tenham as competencias e os méritos para poderem ocupar os
lugares a que se propõem. Aliada à competencia devem haver mecanismos
efectivos de fiscalização e controle de execução por parte dos cidadãos de
forma a garantir o bom curso do governo da nação. A situação dos governantes
depois de eleitos governarem contra os interesses do povo, traindo
compromissos assumidos com os eleitores, assumindo compromissos em
nome do estado que tem custos por décadas sem o correspondente interesse
público tem de acabar de uma vez por todas!

Deve haver uma reorganização do parlamento com vista à adaptação às reais


necessidades do país. Os deputados não fazem nada na Assembleia na
maioria dos casos ou estão a dormir, ou não estão lá, ou estão lá a tratar da
sua vidinha privada e dos seus negócios particulares enfim não justificam nem
a remuneração, nem as mordomias.

Mesmo que num quadro diferente onde tudo isto se altere como é desejável e
imperativo para a sobrevivencia do país não há necessidade de uma
permanencia a tempo inteiro com os gastos que isso acarrecta na manutenção
de uma classe politica inutil.

Ora no nosso entender devem ser traçados objectivos politicos, sociais e


economicos a atingir com metas de longo, médio e curto prazo e elaborados
pacotes legislativos que abranjam as diferentes actividades desde a saúde,
agricultura, transportes etc em consonancia entre os sectores de actividade e
os técnicos dos ministérios com vista à optimização de recursos e eficácia de
funcionamento dos sistemas, para isso é obviamente imperativo ouvir quem
está no terreno. Esses pacotes legislativos devem ser depois colocados à
discussão publica onde podem ser introduzidas melhorias através das boas
ideias e sugestões que sempre vão aparecendo. Aos deputados em nome da
nação cabe pois acompanhar a elaboração, estudar e votar esses pacotes com
vista à obtenção duma legislação o mais perfeita possivel isto é adequada à
realidade no terreno e propiciadora de fazer alcançar os objectivos pretendidos.

Um Rei, um Povo! 297


A vontade de vencer!
Os deputados receberão ao serviço/ hora/ dia de trabalho e jamais terão
ordenados ou quaisquer subvenções vitalicias. Os deputados serão cidadãos
comuns com os seus empregos que a determinados dias serão dispensados
dos seus empregos para irem prestar um serviço à patria votando em nome
dos seus eleitores os pacotes legislativos necessários ao bom funcionamento
do estado e da sociedade.

Implementado o pacote legislativo e aferido o seu bom funcionamento prático


não se mexe nas leis enquanto estas demonstrarem a sua adequação à
realidade social. De uma vez por todas tem de acabar a confusão legislativa, as
leis tem de ser claras e objectivas nos seus propósitos e fácilmente
compreensiveis por todos os cidadãos.

Uma sociedade só pode avançar quando existe um caminho claro com


objectivos traçados, como um montanhista que quer escalar o Evereste tem de
conhecer o terreno, traçar objectivos para atingir o ponto desejado. Agora como
estamos actualmente onde se governa e legisla em cima do joelho ora
mandando fazer ora desfazer, ora vão para a esquerda ora para a direita isto
não é governar é destruir a sociedade e a economia por isso tal como o
montanhista imprudente se sujeita a morrer esmagado por uma avalanche de
neve os Portugueses estão a ver destruidas as suas economias por uma
avalanche de dividas, que ainda por cima não foram contraidas atendendo ao
bem estar social da nação.

A chefia de Estado tem de ser assegurada sem dúvida por um rei, um rei
assegura ao longo do tempo uma estabilidade na persecução dos objectivos
estratégicos, uma independencia em relação aos diferentes sectores da
sociedade que lhe permitem uma excelente arbitragem e é um bastião moral e
simbólico da identidade cultural e histórica dum povo.

A desordem politica deu origem à desordem financeira, esta à economica e


estamos a assistir ao inicio da desordem social quando o povo esfomeado e
sem nada a perder começar a exercer pelas próprias mãos a justiça punindo os
causadores do descalabro em que o país se encontra, como já se anuncia em
jornais ( Jornal o Crime deste mês) a preparação de milicias armadas que
estão a elaborar listas de alvos a abater.

2 - Factores preliminares para o bom sucesso da recuperação da situação


portuguesa.

Portugal é hoje um pequeno território terrestre quando comparado ao seu


imenso território maritimo, temos uma população de cerca de 10 milhões
somos 14º em reserva de ouro do Mundo, uma flora e fauna variadas, vastos
recusos hidricos e minerais onde se inclui ouro, cobre e alguns minerais raros,
variados micro climas, petroleo, recursos energéticos como vento, Sol e marés

Um Rei, um Povo! 298


A vontade de vencer!
de forma que não se compreende a não ser pelo que está à vista de todos, ou
seja a corrupção e as sucessivas traições aliadas a uma incopetencia
generalizada da classe politica o estado a que o país chegou.

O primeiro factor determinante da recuperação é pois fazer a avaliação das


reais necessidades do país e confrontar essas necessidades com os recursos
disponiveis e o potencial gerador de novos recursos. Esta avaliação permite
uma boa gestão dos recursos existentes e evita a fuga desnecessária de
capitais para o estrangeiro. Não tem lógica nenhuma importarmos por exemplo
laranjas, quando existem milhares de hectares de laranjas por apanhar de
norte a sul do país, é preferivel subsidiar os agricultores e o dinheiro ficar cá a
circular que importar e retirar-mos esse dinheiro da circulação empobrecendo
dessa forma toda a sociedade nacional. Aplicando este raciocinio aos mais
diferentes sectores produtivos e inclusivamente artisticos teremos a chave da
recuperação economica e um mecanismo naturalmente gerador de emprego.

Nesta avaliação de necessidades devem ser criadas quotas de produção de


forma a evitar excedentes a não ser quando haja vantagem de criar excedentes
para exportação coincidentes com a procura externa desses excendentes.

Quer isto dizer que por exemplo tem de se fazer a avaliação do consumo de
laranjas ao longo do ano e só permitir a existencia de pomares que cubram
essa necessidade com isto se evita aquela mania bem portuguesa de quando
algo começa a dar aparecerem logo 1000 pessoas a fazer o mesmo e a certa
altura as coisas não darem para ninguém.

Incluida nesta avaliação está claro a questão energética, sendo o nosso país
rico em Sol e vento e recursos hidricos devemos apostar na electricidade
inclusivamente para a questão automovel onde se podem substituir os motores
de combustão interna por motores electricos, sem necessidade de trocar de
carro. Existe um projecto na Escola Superior de Tecnologia de Viseu onde isso
se provou ser fácilmente realizavel mas esse projecto foi abafado pelo poder
central dominado por vendilhões da pátria.

Na questão da alimentação e da produção de energia devem haver incentivos


aos particulares para se tornarem quanto possivel auto suficientes esses
incentivos podem ser fiscais. Pois quanto mais autosuficiencia individual mais
riqueza por familia ou seja mais dinamização da economia significando isso
melhor bem estar!

Incluidos nestes factores preliminares de recuparação está uma profunda


mudança da forma como será feita a tributação fiscal.

Um imposto é sentido individualmente como punição 4 impostos devem ser


imediatamente abolidos:

Um Rei, um Povo! 299


A vontade de vencer!
O Imposto sobre o trabalho é uma aberração, se alguém se esforça e tem brio
no trabalho, não deve ser castigado por isso pagando mais imposto que
alguém que não faz nada pelo contrário deve haver incentivos a estas pessoas
pois são os dinamizadores da sociedade, da economia os geradores de
emprego.

O Imposto sobre a produção é outra loucura que dificulta a criação de


empresas, quando se tem de pagar para poder instalar uma empresa e
prejudica gravemente os agentes geradores de riqueza.

O imposto sobre a poupança também deve ser abolido de forma a incentivar a


acumulação de riqueza nas familias e consequentemente no país.

Por fim o imposto sobre o investimento deve ser não só abolido como
criminalizado pois quem quer tomar riscos de investir não deve de forma
alguma ser penalizado com impostos, pelo contrário deve ser acarinhado e
incentivado.

Em substituição destes impostos aberrantes o estado usará de forma de


imposto justo para fazer face às suas necessidades são eles:

IVA ou seja o imposto sobre o consumo.

IPP imposto poluidor pagador este imposto deve ser aplicado a tudo o que
gerar poluição, por exemplo através das taxas de CO2 produzir um kg de carne
gera x de CO2 logo ao valor da carne é agregado este imposto

IJAT Imposto sobre jogos, alcool e tabaco, todos os vicios tem der ser
altamente taxados por aumentarem os factores de doença, dessa forma
sobrecarregarem o estado na assistencia de saude a estas pessoas viciadas.

ISI imposto sobre importações este imposto visa protejer a produção nacional e
deve ser variável de acordo com a natureza dos bens importados.

O estado recebará o mesmo em receita, só que vai receber de forma justa.

3 - Resolver os problemas criados até agora

Neste grave momento Portugal confronta-se com dois tipos de problemas a


divida externa e as internas.

Na questão da divida interna são os casos mais graves o roubo das ppps e as
dividas no sector da saúde e obras publicas.

O primeiro passo a dar é dotar o Tribunal de Contas de mecanismos não só de


detecção das fraudes como de persecução e punição dos agentes

Um Rei, um Povo! 300


A vontade de vencer!
prevaricadores criação de legislação com efeitos rectroactivos que permita a
reavaliação de todas as vigarices que foram praticadas ao longo dos últimos 20
anos com punição e obrigação de devolução de dinheiros desviados e
roubados ao estado e nisto falamos deste os dinheiros desviados de Bruxelas,
as PPPs as facturas inflacionadas de compras para o estado e municipios, tudo
passar tudo a pente fino e considerar os montantes de desvio apurados divida
fiscal tendo o tratamento prioritário que a situação exige.

Nacionalização dos sectores fundamentais e estratégicos como seja a energia,


comunicações alguns transportes.

Reavaliação e renegociação da dívida externa responsabilização dos


causadores da mesma. A divida deve ser reavaliada quanto à sua pertinencia e
oportunidade uma vez que pode ser apurada alguma manipulação fraudulenta
dos mercados e nesse caso abrir processos crime contra os envolvidos de
forma a apurar a divida real e a especulativa. Renegociação das taxas de juro a
niveis aceitaveis sob pena de repudio da divida classificando-a de odiosa.

Responsabilização criminal e patrimonial dos causadores da divida com


nacionalização da banca envolvida nesta situação e penhora patrimonial dos
bens dos banqueiros que estejam envolvidos em esquemas fraudulentos ou
especulativos relacionados com o crescimento da divida.

Deveremos quanto antes recuperar o sistema um país 2 moedas relançando o


escudo enquanto a UE durar.

O escudo a reaparecer deve apenas substituir o euro como moeda comercial e


não nos mercados financeiros onde o euro terá de continuar a ser a moeda de
referência.

Este esquema é o imediatamente anterior até à fixação do valor do escudo face


ao Portugal aderira ao E.C.U. (European currency unit / Sistema Monetário
Europeu) em 1992 e usou o Euro como moeda escriturária desde 1999.

Aqui o que se propõe é uma barreira através da moeda que indique claramente
o poder de aquisição da sociedade portuguesa, a sua economia, sobre o
exterior. Esse é o papel fundamental de uma moeda. E quanto menos estiver
ligada a produtos financeiros maiores é a capacidade que os elementos de
uma comunidade têm de controlar o valor da sua economia. Fica
imediatamente evidente que se consumirmos produtos Portugueses se está
directamente a salvaguardar a riqueza interna.

Mantendo-se o Euro como moeda escriturária interbancária impede-se que o


escudo seja manipulado facilmente pela especulação.

Um Rei, um Povo! 301


A vontade de vencer!
Por outro lado a injeção de liquidez, ou melhor o aumento da massa monetária
com vista a financiar projectos de investimento que traduzam produção de bens
transaccionáveis não implica desvalorização cambial. Na medida que essa
nova emissão traduza real crescimento e aumento de transacções não dá lugar
a perda global de valor da moeda.

A dívida de residentes sobre instituições nacionais e em contratos nacionais


passa para Escudos, i.e., a moeda de curso legal, tal como passaram para
Euros quando o escudo acabara.

A dívida sobre não residentes pode ou não passar para escudos dependendo
de que lei nacional que gere o contrato e clausulas deste. A dívida adquirida ao
BCE e à CE mantém-se em Euros.

A dívida ao FMI mantém-se em direito de saque especial.

Desvalorização cambial não significa perda de poder de compra. O poder de


compra é algo que é variável (tal como o índice de preços) e readequa-se à
variação de preços. A desvalorização cambial faz uma descriminação positiva
na inflação e os produtos afetados serão os importados, favorecendo as
empresas portuguesas que passam a ter maior competitividade, isso estimula
emprego e aumento de salários.

Os preços de orçamentação para o exterior não serão afectados visto que


serão sempre em moeda estrangeira de cariz internacional, euros ou dollars, se
forem comprados nestas moedas mantém-se nessas moedas tabelados. A
variação será no peso do trabalho que ficará mais barato.

Em termos energéticos Portugal nunca esteve tão próximo da auto-suficiência.


A electricidade é mantida cara devido às compensações dadas aos promotores
de energias renováveis, as quais foram mal pensadas.

O petróleo e gás ficarão mais caros. Contudo um pouco de diplomacia poderá


resolver parte do problema. Angola é o maior fornecedor de petróleo a
Portugal, grande parte dele para reexportar para os EUA e Espanha. Portugal
paga toda essa exportação com vinho e produtos alimentares. Pode-se fazer
um acordo comercial com Angola para aceitarem um valor fixado em contrato
(já o é) em escudos, os quais os Angolanos usariam para nos pagar o que
importam. Se for unicamente para a quantidade de petróleo consumida em
Portugal estamos a falar de um pequeno ou fundo de maneio pequeninho, mais
pequeno que o para o escudo cabo-verdiano.

O Banco de Portugal tem um historial de competência e estabilidade que é


inveja para qualquer banco central. Compete ao BdP solidificar a política

Um Rei, um Povo! 302


A vontade de vencer!
monetária em diálogo constante com o Governo, mas é o BdP que a decide em
última instância.

Dentro dos tratados da UE não é possível a bancos centrais financiar o estado.


Esse tipo de injecção de liquidez é muito perigoso. Contudo é urgente que haja
emissão monetária para financiar projectos de investimento na produção de
bens transaccionáveis (não para serviços ou obras públicas).

Fala-se muito do medo da desvalorização caso voltássemos ao Escudo. A


desvalorização cambial não significa o mesmo que desvalorização interna ou
mesmo perda de poder de compra.

Há várias variáveis que intervêm no valor de uma moeda para além do seu
câmbio para outra moeda. As taxas de câmbio são por outro lado a tradução
não apenas do valor de uma economia sobre uma outra mas também traduzem
especulação, esta é maior quanto maior for o âmbito de utilização de uma
moeda, como é a exemplo o dollar cujo montante global no exterior fora do
controlo do Sistema de Reserva Federal americano é quase superior ao
controlado, ou mesmo o euro cuja utilização em instrumentos financeiros é
muito superior ao uso como moeda comercial, ou ainda o yen japonês cujo
utilização como moeda de entesouramento no sudoeste asiático quase
ultrapassa o em 1/3 valor da economia japonesa.

Vejamos a desvalorização do escudo de 1983 em 20%, uma das maiores na


história do real/escudo, contudo apenas se observou um máximo de 8% de
quebra de poder de compra ao final de dois anos da desvalorização, cujo efeito
no crescimento da economia fora quase de 9% e nos anos seguintes acima a
5% de crescimento. i.e., valores impossíveis de alcançar com o euro.

Há que ter em conta que o escudo a reaparecer deve apenas substituir o euro
como moeda comercial e não nos mercados financeiros onde o euro terá de
continuar a ser a moeda de referência. Aqui o que se propõe é uma barreira
que indique claramente o poder de aquisição da sociedade portuguesa, a sua
economia, sobre o exterior. Esse é o papel fundamental de uma moeda. E
quanto menos estiver ligada a produtos financeiros maiores é a capacidade
que os elementos de uma comunidade têm de controlar o valor da sua
economia. Fica imediatamente evidente que se consumirmos produtos
Portugueses se está directamente a salvaguardar a riqueza interna, e ao
mesmo tempo aumenta a capacidade de produção e exportação.

Por outro lado a injeção de liquidez, ou melhor o aumento da massa monetária


com vista a financiar projectos de investimento que traduzam produção de bens
transaccionáveis não implica desvalorização cambial. Na medida que essa
nova emissão traduza real crescimento e aumento de transacções não dá lugar
a perda global de valor da moeda.

Um Rei, um Povo! 303


A vontade de vencer!
Presidência do conselho de ministros:

O governo é presidido pelo Primeiro Ministro, a este cabe a condução da


politica geral do país e a chefia da administração publica. O Primeiro Ministro é
o responsável pela organização do programa de governo e pela execução e
aplicação desse mesmo plano no respeito das leis emanadas da Assembleia.

Ministério da Administração Interna:

Este Ministério tutela as forças policiais, excluindo a PJ e os corpos de


bombeiros:

Em relação à segurança e forças policiais algumas ideias:

 O estado reorganizou e muito bem as forças policiais, colocou os seus


agentes em igualdade de circunstância em relação aos outros
funcionários publicos, logo é imperativo que as forças policiais recebam
como os outros funcionários, todas as horas extraordinárias e demais
beneficios em igualdade de tratamento dentro da administração publica.

 No aspecto operacional optimização de meios e aplicação de todas as


tecnologias disponiveis no combate ao crime e à manutenção da
segurança.

 Aposta nos binómios homem cão, de forma a aumentar a eficácia da


segurança nas ruas e diminuir os custos. Está provado que um binómio
tem uma eficácia equivalente a 6 homens na dissuação e combate ao
crime de rua, com um custo de 1,5.

Um cão é um dissuasor pois o criminoso sabe que um cão corre mais e tem
mais resistencia que um homem logo as probabilidades de ser apanhado
aumentam. Os traficantes tem medo pois o cão detecta pelo faro o que escapa
ao homem.

Para protecção do próprio agente um cão consegue ter um efeito psicológico


sobre um grupo de individuos bastante numeroso, o que confere um grau de
protecção ao agente muito maior, no caso de confrontos com grupos ou gangs
de marginais.

 Desenvolvimento de uma linha de denuncia, onde os cidadãos possam


dar parte de situações de violação da lei, principalmente no que
concerne ao crime de tráfico de estupefacientes, trafico de mulheres e
violencia doméstica.

Um Rei, um Povo! 304


A vontade de vencer!
 Também está dependente deste Ministério os Serviços de Segurança,
estes devem ser vocacionados para a detecção de movimentos hostis
nas áreas da espionagem politica, intelectual e empresarial e segredos
de Estado!

Também em relação aos bombeiros que estão dependentes deste


Ministério, algumas ideias:

 Obrigatoriedade das empresas com mais de 100 trabalhadores


contribuirem com 10 homens em regime de voluntáriado para os corpos
de bombeiros locais. As empresas são obrigadas em caso de
necessidade a dispensar estes homens do trabalho.
 Obrigatoriedade das empresas com mais de 250 trabalhadores, terem
um pequeno destacamento de bombeiros voluntários com o seu próprio
equipamento a requisitar pelo comando regional em caso de crise.
 Aposta na formação humana dos bombeiros voluntários e profissionais,
optimização do uso do material.
 Criação de uma oficinais do estado onde se fabrique/ monte o material
de combate a incendios. Estas oficinas deverão ter grupos de
investigação.
 Criação de uma policia criminal/ pericial para os incendios florestais.
 Articulação de medidas legislativas com o Ministério da Justiça, de forma
a criar-se um corpo de bombeiros com reclusos, estes teriam por
obrigação o trabalho da prevenção, nomeadamente a limpeza de matas
no inverno e ajuda ao combate aos incendios no verão.
 Formação e criação de corpos de voluntários para vigilancia das matas
nos periodos mais criticos.
 Criação de grupos de trabalho nas escolas para desenvolvimento de
projectos na área da segurança pessoal, treino de situações de
catastrofe.
 Na área de segurança pessoal os alunos seriam treinados em técnicas
de defesa pessoal( Judo, Karaté, Juji-tsu, Krav Maga, Jogo do Pau,
Bastão Potuguês,etc.) nas escolas apartir dos 15 anos, isto permite que
mais tarde as pessoas estejam capazes de se defender sem ter de estar
a aguardar pelo auxilio policial, que às vezes tarda. Obviamente que o
direito à legitima defesa tem de ser reforçado e garantido.
 O treino para catástrofes, incluiria os tremores de terra, inundações e
guerra, tufões, etc. Este treino para além das medidas básicas a
adoptar, deverá incluir formação na àrea de técnicas de sobrevivência.

Considero este assunto imperativo, o clima está a modificar-se, as placas


continentais estão instáveis e sabemos que mais ou menos a cada 200 anos
temos tremores de terra de intensidade significativa em Portugal, finalmente
aproxima-se da Terra um asteroide/ cometa que deverá passar entre a Terra e
a Lua em 2013.
Um Rei, um Povo! 305
A vontade de vencer!
Pese embora as prespectivas serem optimistas foi ensaido recentemente pelos
cientistas um ataque nuclear a um outro cometa para se testar a eficácia de um
sistema que pudesse desviar o que aí vem da rota, ora isto indicia preocupação
por parte dos governos, logo estes tem também a responsabilidade de preparar
os jovens para a sua auto defesa/ sobrevivencia.

A preparação para guerra deve incluir um conjunto de informações sobre minas


e armadilhas, comportamentos a adoptar, alimentação, plantas silvestres
comestiveis, formas de obtenção de alimento na natureza, etc.

Os nossos jovens hoje mal sabem cozinhar um ovo estrelado, se falta a


electricidade ficam desorientados e muitos pensam que os frangos nascem no
supermercado, o que será destas crianças e adolescentes em caso de
catastrofe se os não preparar-mos?

O conflito civilizacional com o mundo muculmano e a afirmação da China como


grande potencia mundial, não nos podem deixar de olhos fechados pois como
já os gregos diziam quem quer a paz, prepare a guerra. Se não estiveremos
preparados seremos devorados com a mesma facilidade com que a China está
a devorar as nossas industrias e economia.

Ministério da Agricultura Desenvolvimento Rural e Pescas:

Comecemos pelo desenvolvimento rural,pois sem este não há agricultura.


O desenvolvimento rural diz respeito à criação de condições economicas que
permitam a vida dos cidadãos no campo e a sua ligação com a terra.

A questão do desenvolvimento rural está intimamente relacionada com a posse


efectiva da terra/ propriedade que já abordamos nos Capitulo 5-6 e 7. Não
pode haver desenvolvimento rural enquanto as leis permitirem a posse eterna
da propriedade a pessoas que não a usam. Só com a alteração do mecanismo
da posse é que nos será permitido uma redestribuição da propriedade de forma
a que aqueles cidadãos que querem efectivamente ter o seu espaço fora das
cidades, possam adquirir terra a preços razoaveis.

Também já foi abordada a questão de uma aposta na protecção da produção


agro biológica e uma reconversão da agricultura nesse sentido, com vista a
melhorar no imediato a alimentação da população e como consequência a
melhoria do estado de saúde da população em geral, que pela ingestão de
alimentos mais ricos em nutrientes, quer pela retirada da cadeia alimentar dos
agro toxicos, cujos efeitos secundários sobre a população são bem conhecidos.

Um Rei, um Povo! 306


A vontade de vencer!
No entanto a importância destas medidas capitais para a sobrevivência da
nação, são negligenciadas pelo governo actual que se submete à “economia
global” detida pelos grandes senhores da sombra.

Pode ser agradável a disponibilidade no supermercado de todo o tipo de


produtos, todo o ano, maçãs da Argentina, bananas do Equador, etc. No
entanto os governos não podem esquecer algo muito importante, e se de
repente houver uma guerra por exemplo com o Irão, que provoque uma
reacção do mundo àrabe sobre a Europa? Com o exercito de emigrantes
muçulmanos já dentro da Europa, pergunta-se estarão as coisas preparadas
para garantir o acesso a alimentos por parte da população?

No meu entender a resposta é negativa, mais se um país não produz para


comer, esse país está condenado à morte.

Então neste capitulo onde começamos por falar do desenvolvimento rural é


prioridade da nação que as terras estejam nas mãos que quem as queira e
saiba utilizar.

Na questão da agricultura própriamente dita é preciso que se faça um estudo


muito profundo e uma reconversão muito bem feita com vista à optimização de
todo o potencial agricola, florestal e agro pecuário do pais.

Esta reconversão tem de ser elaborada através de um plano geral que vise o
restablecimento e recuperação dos solos e dos recursos hidricos.

A utilização de culturas mistas e a rotatividade dos solos.

Uma forte aposta na floresta e no desenvolvimento dos produtos da floresta.

Uma grande aposta no sector das ervas medicinais e aromáticas.

O desenvolvimento da apicultura em todo o seu potencial e da fruticultura e


culturas tradicionais como a azeitona, o castanheiro o sobreiro, etc.

Para tudo isto temos ideias muito concretas, caso a caso, mas a base de
trabalho será sempre a permacultura e os principios da agricultura biológica
existem pessoas mais especializadas para implementar as coisas na prática.

Deixo aqui apenas um pequeno exemplo, para que se entenda como se pode
dar outro tipo de aproveitamento e de rentabilidade às coisas.

Tem sido prática nos ultimos anos a “eucaliptização” de Portugal. Onde arde
uma área a seguir aparecem eucaliptos.

Um Rei, um Povo! 307


A vontade de vencer!
Não tendo nada contra o eucalipto, arvore de que se extraiem inumeras
subtancias medicinais e que tem um cheiro maravilhoso, tenho efectivamente
contra o excesso de eucaliptais que existem em Portugal. Todos sabemos que
onde há eucaliptos os recursos hidricos desaparecem e as outras espécies não
sobrevivem. Uma das causas é que esta arvore emite uma substancia que
inibe o crescimento das espécies concorrentes.

O preço do metro cúbico de eucalipto rondará actualmente os 25€ e neste


momento creio que já não existem destilarias para aproveitamento das folhas
para a extracção do óleo essencial, ou a existirem não tem expressão.

Sabemos também que se importam milhares de toneladas ano de madeiras


tropicais para carpintaria, mobiliário, etc. sabemos que são cortados milhares
de pinheiros anualmente para fazer madeira tratada com químicos para
estacas, jardinagem e mobiliário de jardim, etc.

Por incrivél que pareça, existe uma árvore que cresce quase tão depressa
como o eucalipto, que se dá nos terrenos mais miseráveis, que pelo facto de
ser da família das leguminosas, fixa azoto no solo, logo torna os solos mais
ricos, invés de os empobrecer como o eucalipto, tem folhas caducas que
permite que os solos ganhem matéria orgânica/ humus retendo mais humidade,
diminuindo a propensão para fogos. Esta planta dá uma vagem comestível e
muito nutritiva para o gado, tipo alfarroba.

Quanto à madeira é muito bonita, clara como o freixo e com veios tipo azinho
mas mais pequeninos é muito densa e pode ser utilizada em substituição das
madeiras tropicais para carpintaria e mobiliário e ainda para tudo o que seja de
exterior, pois resistem à humidade e chuva seguramente 35 anos sem qualquer
tratamento quimico. Aliás já se vão encontrando nas casas que vendem
produtos para agricultura, estacas desta madeira importadas de Espanha.......

Esta planta dá ainda uma flor rica em polém e nectar aproveitavél pelas
Abelhas.

Para finalizar o metro cúbico da madeira está cotado internacionalmente em


cerca de 300€.

Em resumo na mesma área só na madeira o produtor florestal pode ganhar


12X mais, isto para não falar do alimento do gado com folhas e vagens,
recuperação de solos mel e polém, etc. Ainda querem plantar eucaliptos? Há, o
nome da planta é Rubinia Pseudoacacia, nome popular acácia espinhosa,
crece por todo o lado.

Claro para se viabilizar esta produção é preciso consciencializar os


consumidores das vantagens do produto, é preciso criar a consciencia da

Um Rei, um Povo! 308


A vontade de vencer!
existencia e das qualidades deste produto para despoletar a procura, logo a
produção.

Ainda na questão florestal o Sul do pais tem potencialidade para a produção de


madeiras tropicais, que podem ser tal como a rubinia fonte de enorme
satisfação financeira para os agricultores, poderiamos importar espécies da
mata atlantica do Brasil como o pau d´arco ( tabebuia) que se adapta
perfeitamente e tem uma excelente madeira, é uma arvore lindissima quando
em flôr da sua casca se extrai o famoso chá de pau d´arco com propriedades
anti oxidantes/ anti cancerosas, anti anémicas, etc. O Pau santo, frutas
tropicais como o abacaxi, a papaia, o abacate, etc podem ser plantados no
algarve sem necessidade de se recorer à importação desses frutos.

Já abordamos am capitulos anteriores a nossa aposta na agricultura biológica e


a nossa oposição ao uso dos agro toxicos.

No entanto quero ainda dar uma pequena explicação para que se entenda
como se deve quebrar essa necessidade.

Na natureza selvagem as arvores desenvolvem-se em harmonia com as


plantas silvestres, coabitam no mesmo espaço.

O homem como gosta de trabalhar..... invés de observar a natureza, põe-se a


interferir com ela e então parece-lhe que se existir erva no pomar está em
pecado com a natureza e toca de fazer tudo para eliminar a erva. Os insectos
que viviam na erva e desta se alimentavam, ao verem-se privados de alimento
vão saltar para as arvores para as comer, o agricultor para se ver livre destes
tem de recorrer ao pesticida.

Quando o agricultor vive em policultura e poli pecuária a coexistencia de


diferentes espécies no mesmo espaço, permitem um equilibrio que lhe poupa
esforço e dinheiro uma vez que não necessita de recorrer ao agro toxicos.

Se não cortar a erva os insectos ali vivem, se tiver uma galinhas, uns gansos,
estes se encarregam de comer uma parte da erva que se transforma em carne
e ovos e ao mesmo tempo eliminam os insectos, mantendo-os em numero
aceitável. Em zonas não poluidas, as joaninhas e as vespas fazem o seu
trabalho de ataque ao pulgão. Os frutos e horticulas deste agricultor serão
sinónimo de saúde e bem estar.

No Japão existe uma escola de agricultura natural, que já provou ser capaz de
produzir o mesmo e algumas vezes mais por hectar que a agricultura
industrializada e muito mecanizada.

Por exemplo no arroz, eles colhem o grão e deixam uma percentagem na terra,
não colhem a palha toda de forma a que parte da palha cubra o grão que fica

Um Rei, um Povo! 309


A vontade de vencer!
na terra, fazendo uma camada protectora de humos, no ano seguinte quando
veem as chuvas o ciclo começa naturalmente. O trabalho do agricultor resume-
se a colher, já que nem sequer as terras são lavradas.

Se estivermos atentos à natureza, verificamos que a ervas silvestres, nascem


sozinhas sem que seja preciso lavrar a terra e muitas culturas podem se
desenvolver desta forma, sem grande trabalho e com optimos resultados.
Existem estudos e trabalhos documentados, é preciso aceder a estes estudos
e passar palavra, não podemos tal como na saúde deixar a agricultura nas
mãos dos conselheiros das multinacionais dos agrotóxicos, cuja unica “ajuda”
que querem dar ao agricultor o coloca nas mãos e dependencia destas
companhias.

Finalmente o sector das pescas, que faz parte deste Ministério.

Na questão da pesca devemos incrementar e incentivar o sector piscicula do


interior, nomeadamente a produção e captura de espécies de água doce ( truta,
boga, carpa, lampreia,lagostim, lúcio,etc) tornando estes pratos não um petisco
que se come de vez em quando, mas um habito alimentar quotidiano. Este
incentivo é mais um apoio ao desenvolvimento rural.

A nivél das capturas maritimas deve desenvolver-se uma boa protecção aos
recursos ( peixe, mariscos, bibalves, etc) não permitir ou restringir fortemente o
acesso a frotas estrangeiras nas nossas Águas, principamente a pesca por
arrastão.

Estudo e aproveitamento de outros produtos do mar para a alimentação, como


sejam as algas. Desenvolvimento do potencial medicinal de inumeras espécies
maritimas, cujos estudos já estão elaborados, mas ainda não existe
expressividade nessa utilização.

No total do sector fazer um estudo da média de consumo nacional das


diferentes espécies e apartir desse estudo fazer uma gestão de frotas e
capturas que permita a satisfação do mercado, proibindo a irracionalidade das
capturas sem mercado de escoamento, que leva a que anualmente toneladas
de peixe sejam capturados, quebrando o ciclo reprodutivo e depois este peixe
seja lançado morto ao mar. Isto é inadmissivél é uma ofensa moral à
humanidade que passa fome diáriamente, não pode ser permitido!

Ministério das cidades ordenamento do território e ambiente.

Um Rei, um Povo! 310


A vontade de vencer!
Em relação ás cidades começaria por tecer considerações acerca de Lisboa
que é a capital a primeira questão a resolver é a do parque urbano degradado,
onde se deveria aplicar os principios enunciados no capitulo 6 a respeito da
posse:

“...Quando comprovadamente alguém tenha em completo abandono um bem


imóvel (casa, terreno, etc.) por mais de 15 anos, esse bem deve passar ao
domínio público local e deve ser vendido em hasta pública com o dinheiro a
reverter a favor da Junta de Freguesia ou Município.”……” Se este mecanismo
for aplicado por exemplo nas áreas metropolitanas, centenas de prédios em
ruínas podem ser adquiridos a valores simpáticos pelos construtores civis,
evitando dessa forma a pressão sobre os solos e áreas verdes das áreas
metropolitanas, este mecanismo fará imediatamente fazer cair o valor m2 dos
terrenos e consequentemente beneficiar a população pelo abaixamento do
preço dos fogos. Ao mesmo tempo as autarquias evitam a degradação do
parque habitacional, pois inclusivamente podem obrigar os construtores civis à
aquisição desses imóveis abandonados, não emitindo alvarás de construção
enquanto o município tiver imóveis para venda.

Este mecanismo de abandono deverá ser aplicado independentemente das


circunstâncias que o motivaram, isto permitirá a resolução de outras situações,
como por exemplo, os conflitos jurídicos de partilhas, pois os herdeiros
sabendo que tem uma espada sobre a cabeça que é a perca do bem, terão
sempre muito mais disponibilidade para resolver os conflitos de interesse e
mais rapidamente, evitando milhares de processos, que entopem os tribunais.”

Penso que esta medida será suficiente para aliviar a pressão sobre as áreas
verdes das grandes cidades.
No passado Lisboa e os seus arredores eram conhecidos e admirados pelas
hortas onde as pessoas que vinham da província mantinham os hábitos da
cultura de subsistência.

É um dever do estado ceder áreas de solo público para que os particulares


possam alugar a sua parcela e desenvolver esse tipo de actividade salutar.
Dizem os chineses “ se queres ser feliz por um dia come um porco, se queres
ser feliz por um ano casa-te, se queres ser feliz por uma vida cultiva uma
horta”. É verdade, nada dá mais prazer do que cavar, plantar e levar para a
mesa os legumes frutas e hortaliças a saber a comida….

Aqui à uns anos o Arq. Ribeiro Telles teve o cuidado de fazer o primeiro
ordenamento do território que infelizmente tem sido sucessivamente
contornado, mas cuja uma das preocupações foi a preservação de solos
aráveis pois em caso de necessidade o povo podia agarrar na enxada e auto
abastecer-se.

Um Rei, um Povo! 311


A vontade de vencer!
Estamos a viver virtualmente e não há dúvidas que a 3ª guerra Mundial está
em curso, o choque civilizacional com o mundo Árabe é uma evidência e o
ajuste de contas com a China será feito. Os americanos não vão aguentar a
pressão da economia chinesa sem reagir, tentarão o que lhes for possível para
evitar que a China os substitua na liderança mundial.

Os chineses têm já colunas avançadas dentro da Europa, não há terrinha que


não tenha 1-2lojas de chineses, considero estas movimentações hostis, por um
lado pela concorrência desleal uma vez que os chineses não pagam impostos
5 anos, depois fecham as firmas, podem abrir com outros nomes e lá estão
mais 5 sem pagar. Depois porque a quantidade de chineses e os capitais que
eles movimentam são anormais, todos sabemos que eles pagam a pronto e em
dinheiro, olhando para o aspecto deles a bota não bate com a perdigota, serão
eles uma coluna avançada de recolha de informações? Estarão os nossos
serviços de informação em cima destes movimentos?

Mas voltando ao ordenamento, considero imperioso que as pessoas estejam


alerta e preparadas para agarrar na enxada. Quem puder que invista em terras
e as prepare para delas retirar alimento.
A crise do petróleo pode ser o detonador para as hostilidades e num pais como
o nosso que não produz para comer, a enxada pode ser a única saída……

Em relação ao ordenamento penso que de uma forma geral as linhas traçadas


nos anos 80 pelo Arq. Ribeiro Telles, de protecção da linha de costa, parques
naturais, reserva agrícola, reserva ecológica, etc. são excelentes linhas de
orientação e devem ser implementadas com afinco e determinação.

Finalmente o Ambiente. Para mim a preservação das espécies e do meio


ambiente é sagrada. Uma boa acção nestas áreas passa por estudos
profundos das formas de preservação da água doce, do mar, dos espaços
verdes e das espécies, muito se tem feito mas muito ainda por fazer, é preciso
ter a coragem política de aplicar as medidas que os técnicos já estudaram.

Um maior investimento na reciclagem, na recuperação e reordenamento das


áreas ardidas.(Utilização de reclusos para limpeza das matas e reflorestamento
criando viveiros de plantas nas cadeias e utilização desses reclusos para o
reflorestamento das áreas ardidas)

E principalmente penso que a grande prioridade do país deveria ser para a


investigação e implementação de alternativas energéticas ecológicas. Temos
tantos investigadores e tão bons inventores que se devidamente estimulados,
tenho a certeza que os portugueses serão capazes de inventar novas formas
de obter energia ecológica e mais barata. Temos de reduzir a dependência do
petróleo e derivados, primeiro porque os preços vão ficar completamente fora
de controlo e depois para reduzir as emissões de gases poluentes.

Um Rei, um Povo! 312


A vontade de vencer!
Ministério da Ciência e Ensino Superior:

De tempos em tempos ouvimos falar na televisão de grandes descobertas


feitas por portugueses, assim de repente lembro-me de um senhor que estava
a tentar fazer um carro que se deslocava no ar, segundo ele o combustível
gasto para fazer rolar o carro seria o mesmo necessário para o elevar
ligeiramente e fazer deslocar. Esta ideia faria poupar dinheiro em construção
de estradas, pneus, etc. Nunca mais se ouviu falar no assunto….

Uma portuguesa médica residente na Africa do Sul, desenvolveu uma terapia


para a Sida….Apareceu morta.

No ano passado uma investigadora creio que da universidade de Aveiro, fez


uma descoberta que poderá revolucionar o mundo dos medicamentos,
descobriu uma técnica de incorporar algo às drogas que lhes aumenta a
absorção logo podendo reduzir as doses de principio activo, consequentemente
baixar os preços….Nunca mais se ouviu, falar do assunto.

Há uns dois anos um estudante ganhou um prémio com a invenção de uns


geradores de electricidade que eram colocados no meio dos rios e que com
uma espécie de forma afunilada fazia dirigir a água para uma turbina geradora
de corrente. Também nunca mais se ouviu falar do assunto.

Conheço um caso de um médico Português que está a viver nos EUA e que
tem feito descobertas na área da Saúde que foram patenteadas e vão render
milhões aos americanos.

São apenas 5 exemplos, dos milhares de inventos que os portugueses criam. A


questão é, se estes projectos tivessem tido o apoio do estado qual o peso e
impacto na economia, quer pela poupança que estes geram, criação de
empregos e exportação?

Eu acredito na criatividade dos Portugueses, dos homens e mulheres do meu


país, sei que no dia em que tivermos políticos em condições e competentes a
aposta no desenvolvimento das diferentes áreas científicas, o apoio aos nossos
crânios fará despoletar uma energia tal, que poderemos reviver o espírito das
descobertas criando fortuna e riqueza para Portugal.

É pois imperioso que se apoie o ensino superior e se dê condições aos


inventores e pesquisadores para os projectos inovadores. É uma vergonha que
os nossos crânios estejam a ser aproveitados lá fora e a trazer riqueza para
esses países, por incapacidade política de os cativar para viverem em Portugal,
com a desculpa que não há dinheiro para lhes pagar.

Um Rei, um Povo! 313


A vontade de vencer!
Isso é mentira, se há dinheiro para projectos megalómanos como a e outras
parvoeiras tem de haver dinheiro para cativar e manter os nossos especialistas
em Portugal e dinheiro para a criação de incentivos de negócios e industrias
para os nossos inventores.

Portugal em primeiro!

Ministério da Cultura:

A cultura é em primeiro lugar a marca da identidade de um povo, assistiu-se


nos ultimos anos a um ataque vincado às tradições e à cultura do nosso povo,
criando-se uma espécie de mentalidade em que o que é nosso é piroso e o que
é estrangeiro é que é fixe. Existe obviamente uma tentativa agressiva de impor
ás sociedades a cultura do fast food, da estupidez, da mediocridade.

Felizmente a nação vem reagindo a isso e começamos a verificar que desde a


música, teatro, cinema, etc. Por aqui e por ali vão-se formando ninchos de
resistencia e hoje começamos a ter bom cinema português, cantores e musicos
portugueses que se tornam vedetas de nivél internacional, como os
Madredeus, a Maria João Pires, etc.
Nas novelas a aposta da TVI nas novelas portuguesas está a ter um sucesso,
séries como os Morangos com açucar, fazem colar os nossos jovens ao ecrã,
etc.

No desporto, na pintura, etc. Vozes se levantam para mostrar o valor dos


portugueses.

Mas este capitulo é sobre o Ministério da Cultura, cabe então aqui perguntar,
tem os nossos agentes culturais tido o apoio que necessitam e merecem? Pois
quanto a mim a resposta é não, a unica coisa que o ministério fez de jeito nos
ultimos anos foi a lei do mecenato que permite aos agentes culturais obterem
patrocinios de empresas e assim sobreviverem.

O desinteresse dos politicos pela cultura é de tal ordem que nem sequer existe
ou existia pelo menos até à pouco tempo uma vertente de guitarra portuguesa
no Conservatório Nacional, outro exemplo bem caricato é o caso da pianista
Maria João Pires, que fez o famoso centro de Belgais, na região de Castelo
Branco um centro que é um polo de atracção para artistas do mundo inteiro, o
unico problema é que só de jeep é que se consegue chegar ao Centro de
Belgais, pois de inverno a estrada é completamente enlameada, tentei lá ir
duas vezes e desisti a meio do caminho.

Maria João Pires cansada de lutar com a Câmara por algo que era uma
evidencia aceitou um convite para viver no estrangeiro e foi-se embora.

Um Rei, um Povo! 314


A vontade de vencer!
Mas para além destas há mais, para se defender a cultura o estado não precisa
de estar a dar apoios financeiros a todo o tempo, basta que regulamente os
sectores de forma a defender os interesses nacionais. Um exemplo disso será
por exemplo nas rádios obrigar a que 70% da musica seja portuguesa isto fará
com que os nossos artistas ganhem projecção, procura dos seus trabalhos,
logo vendas, logo independencia financeira. Por exemplo na questão dos
filmes e das novelas taxar com pesadas cargas tudo o que vier de fora e aliviar
a carga fiscal a tudo o que seja produzido em Portugal, estas medidas podem
ser aplicadas a tudo o que for de interesse defender.

A questão da própria lingua, melhorar a qualidade do ensino do português,


incentivar a leitura de autores portugueses. Obviamente acabar com o acordo
ortográfico!

Ajudar os homens da ciência em Portugal para que haja disponiveis ao publico


manuais cientificos em português, etc, etc.

Na questão da cultura enquadra-se ainda a defesa do património, como é


possivél que as pegadas de Carenque ainda não tenham o seu museu? Como
é possivél que se gastem milhões em estádios de futebol e não aja meia duzia
de tostões para salvaguardar um património unico como essas pegadas.

A defesa da nossa cultura não é só importante do ponto de vista de


salvaguarda da nossa identidade representa também, uma salvaguarda
financeira, pois todos os anos saiem de Portugal milhões de euros em direitos
de autor, honórarios, etc para artistas estrangeiros.Ora se o publico fosse
redireccionado para o mercado interno esse dinheiro ficaria em Portugal
gerando mais empregos e mais riqueza.

Nós temos coisas em Portugual que os estrangeiros ficam de queixo caido


quando as veem a admirados porque estão tão belas e importantes coisas ao
abandono.

Temos de olhar para a nossa riqueza cultural e protege-la, mas protege-la de


dentro, do nosso coração.

Quando comprar um quadro, um cd, um dvd ou arte em geral escolher


português!

Quando comprar produtos alimentares escolher português!

Quando quizer um cão lá para casa, escolha um Castro Laboreiro invés de um


labrador, escolha um Fila de São Miguel invés do pastor alemão, se gosta de
cães gigantes escolha o Rafeiro Alentejano ou o excepcional Cão de Gado
Transmontano.

Um Rei, um Povo! 315


A vontade de vencer!
Se gosta de cães felpudos, escolha o cão de água invés do canhiche ou o
Serra de Aires ou o Barbado da Terceira.

Se gosta da caça o podengo português, o perdigueiro.

Se gosta de montar a cavalo escolha um Lusitano, um Alter Real, um Sorraia


ou o garrano.

Aprenda a dançar o vira, o fandango, os cantares do Minho ao Alentejo, cante


o fado de Coimbra ou de Lisboa, toque Guitarra Portuguesa,Adufe, Gaita de
Foles.

Aprenda a defender-se com com o Jogo do Pau português, campeões do


mundo de lutas com pau.

Seja patriota, defenda o que é nosso!

Ministério da Defesa Nacional:

A geografia do território nacional e o número de habitantes fizeram que o nosso


povo tivesse umas caracteristicas psicológicas, que se adaptam à guerra de
guerrilha.

A guerra de guerrilha permite mobilidade, incerteza do lado adverário, grande


desgaste moral e psicológico, veja-se o desespero com que os americanos
estão para sair do Iraque, um poderoso e bem equipado exercito acoçado por
formigas iraquianas.

Formigas?? Poderá bem definir a nossa pequenez, mas tal como as formigas
os soldados portugueses são tenases, capazes de realizar proezas que deixam
os militares de outros paises de boca aberta.

Com as caracteristicas psicológicas e o número reduzido de militares a aposta


a fazer nos 3 ramos das forças armadas será de tropas organizadas em
pequenos grupos, altamente especializadas com capacidade de autosuficiencia
e uma organização de rectaguarda com equipamentos de transporte rápidos.

Marinha: Aposta principal em lanchas de altissima velocidade, bem equipadas


com metralhadoras e canhão ligeiro, para controlo e protecção das águas
territoriais ( pescas, contrabando e trafico de droga). Mini submarinos de 2-3
tripulantes de alta velocidade com armamento para aproximações surpresa e
retenção sob ameaça, de infractores.

Um Rei, um Povo! 316


A vontade de vencer!
Exercito: Tropas com treino comando/ rangers bem armadas com autonomia
de meios terrestres e aereos. Desenvolvimento das especialidades de
sabotagem, atiradores especiais.

Força Aérea, aposta nos meios mais versateis como as brigadas heli-
transpostadas com Helictopteros bem artilhados. Aviões de transporte, para-
quedistas e aviões caça de escolta.

À Força Aérea caberá a defesa da floresta nacional, através de programas de


vigilancia e meios de combate aéreos.

Aposta na eng. Militar como importante reserva de auxilio em caso de


catastrofes.

De uma forma geral o segredo das nossas forças armadas, deverá estar na
rapidez de mobilidade, capacidade e treinamento individual, capaz de grande
autonomia e poder destrutivo. Fluidez!

Caberá também às Forças Armadas a organização de um sistema de


espionagem e contra espionagem, com agentes altamente especializados para
missões de alto risco.
Obviamente reduzir efectivos mais equipamento melhor operacionalidade com
menos efectivos e tendo em vista não um exercito convencional mas um
exercito de guerrilha.

Ministério da Economia:

Este Ministério é crucial para a sobrevivencia do pais e trabalha ou deve faze-lo


em articulação com o das Finanças, na definição das estratégias politicas de
médio e longo prazo.

A primeira questão em que devemos reflectir é sobre o que faz girar a


economia? E a resposta é simples é o dinheiro, tal como na celebre canção
americana “ Money makes de world....”

Os agentes económicos funcionam com e em volta do DINHEIRO!

O dinheiro está para a economia, como o oxigénio está para o corpo, vamos
pegar nesta imagem de corpo de forma a percebermos como deve funcionar a
sociedade em moldes económicos.

Para que todos os órgãos do corpo serem bem nutridos e oxigenados, o


sangue deve circular com fluidez, percorrendo todos os membros e órgãos.
Quando um órgão retem e acumula sangue em excesso, tende a provocar uma

Um Rei, um Povo! 317


A vontade de vencer!
estagnação, estagnação essa que pode colocar em risco o próprio órgão e o
corpo.

Uma boa nutrição e um ar puro ( oxigénio) gera um sangue saudavél logo


corpos saudaveis.

Imaginemos que a totalidade das celulas do organismo representam o conjunto


dos cidadãos de um corpo sociedade.

Cada sistema organico ( sistema respiratório, urinário, circulatório, etc.)


representam os diferentes poderes e estruturas desse corpo.

Se o governo for o cerebro e se este absorver quantidades, excessivas de


sangue, e oxigénio, provoca um aumento da pressão intra craneana, que dá
dores de cabeça, nauseas e in extremis pode causar um aneurisma ou uma
embolia cerebral.

Vejamos o que se passa na nossa sociedade, o governo está a absorver


percentualmente demasiados nutrientes e oxigénio ( recursos e dinheiro) do
corpo sociedade como consequência o governo vai ficando cada vez mais
delirante e com mais dores de cabeça porque o resto do corpo sociedade, não
está a reagir bem às exigencias do cerebro. Os diferentes órgãos da sociedade
estão a ficar com falta de nutrientes ( recursos e dinheiro) e até as celulas/
povo se estão a ressentir/ cianose,( vejam como as pessoas andam
cinzentas).

Outro órgão que está a funcionar mal é o hepato/biliar ( figado é o


transformador e acumulador de energia) na sociedade é representado pelo
sistema bancário, quando o figado está em excesso de energia desenvolve o
cancro hépatico que normalmente se metastiza facilmente matando o
organismo sociedade.

Repare-se que neste momento o figado ( bancos) e o governo ( cerebro) estão


a consumir a maior parte dos recursos da nossa sociedade, o governo através
da pesadissima carga fiscal e os bancos através das taxas de juro e dos
empréstimos, quase toda a gente deve dinheiro aos bancos, desde os
particulares, ás camaras municipais e até o estado.

Os bancos estão a dominar toda a sociedade, por exemplo: O Manuel pede mil
contos ao banco X para fazer umas obras em casa, depois de pagar ao
pedreiro, este vai depositar os mil contos no banco X , esses mesmo mil contos
são depois emprestados ao Francisco, que comprou um carro no stand. O
homem do stand vai depositar o dinheiro no banco. De grosso modo isto
significa que com “ as mesmas notas” um banco consegue ter milhares de
pessoas a render para ele, por esse motivo, enquanto o país definha, os
bancos veem os seus lucros subir escandalosamente!

Um Rei, um Povo! 318


A vontade de vencer!
Aliás repare-se quantos dias durou o governo do Santana Lopes, depois de
tocar no sector bancário.......

Podemos dizer que temos o corpo/sociedade em estado de semi paralesia


porque o resto dos órgãos não estão a ter os nutrientes e o oxigénio, que lhes
permite um estado saudável.

A consequência, é que os outros órgãos deixam de funcionar, por esse motivo


as empresas fecham, os trabalhadores perdem a vontade de trabalhar, a taxa
de suicidios aumentam, a percentagem da população a tomar drogas ( psico e
anti depressivos) é assustadora, mas as pessoas só conseguem suportar as
terriveis condições andando drogadas.
Porque os politicos partidocratas tem sido habeis em deitar as culpas da
infelicidade para cima dos cidadãos, quando são efectivamente eles os unicos
e exclusivos culpados, da infelicidade dos cidadãos, por não lhes criarem
condições de vida que potenciem o desenvolvimento integral e harmonioso a
que todos tem direito.

Um pequeno parenteses na questão económica, mas que dá para pensar, aqui


há dias foi abandonada pela mãe após o parto no hospital de Castelo Branco,
uma bebé que segundo me informaram é linda, invés de entregarem a bebé de
imediato para uma familia pré estudada e seleccionada de adopcção, a bébé
vai ser intregue a uma instituição e seguir a via cruxis até que um dia, lá vá
parar a uma familia. Porque é que o estado não entrega imediatamente e não
tem as familias pré selecionadas logo para responderem rapidamente a este
tipo de situações.

Haverá aqui alguma malicia para justificar uma data de empregos, intutuições,
etc. ? Que seriam supostamente de apoio à criança, mas que perante os factos
observaveis nos levantam a legitima dúvida se essas instituições e quem as
compõe não viverá afinal do prolongamento e da eternização da desgraça e
das dificeis condições de nascimento dessas crianças?

Mas estas pessoas não entendem que podiam manter os seus empregos, quer
através da pré preparação e acompanhamento das familias, quer através do
acompanhamento à posteriori. O que tenderia a acabar seriam as instituições,
poupando dessa forma dinheiro aos contribuintes, sofrimento às crianças.

Ainda a respeito de economia, já que é disso que aqui tratamos, tem de haver
uma redistribuição de riqueza que provoca o fluxo de dinheiro na economia,
logo boa nutrição e oxigenação para o corpo/ sociedade. O estado nunca perde
porque havendo mais dinheiro a circular o IVA vai buscar os valores que perde
de outros lados, so que desta feita estamos todos a ganhar e mais felizes,
porque podemos ganhar em bem estar e conforto.

Um Rei, um Povo! 319


A vontade de vencer!
O dinheiro não pode estar parado em nenhum órgão/ sector da sociedade, sob
pena desse órgão entrar em colapso e com ele sacrificar o todo social.

Não esquecer a musica que faz dançar a economia “ Money makes the
world......”

Ministério da Educação:

A educação é o pilar fundamental da vida em sociedade é através da educação


que as crianças assimilam a cultura e a lingua em que estão inseridas e é
através da educação que o jovem se prepara para a vida activa quando adulto.

Como já tinhamos falado anteriormente:

“Pese embora o facto de nos dias de hoje nos países ocidentais a educação
ser um bem colocado há disposição dos cidadãos, o acesso a esta continua a
ser limitado pelas condições de riqueza da família onde a criança se encontra
inserida.

Uma criança nascida numa família rica poderá frequentar os melhores colégios
até particulares, ter explicações, ter uma alimentação mais adequada, praticar
actividades extra curriculares ter acesso à aquisição de cultura (livros, cinema,
viagens, etc.) e acima de tudo ter acesso a um meio social onde poderá
futuramente continuar o desenvolvimento da sua riqueza.

O pobre pode através da sua capacidade intelectual ascender socialmente


através da conquista de um diploma e de uma carreira profissional, mas terá
sempre muito mais dificuldades para singrar na vida. O rico pode no momento
em que termina a sua formação ter acesso à sua independência por exemplo
quando os pais lhe facilitam o dinheiro para se estabelecer num determinado
negócio. O pobre terá sempre de começar por vender o seu trabalho, ter nome
e fama de honesto na praça e depois recorrer a empréstimos na banca, para se
poder lançar na conquista da riqueza”.

A primeira questão que urge resolver é a democratização do ensino e a


reconversão do ensino para a eficácia. Assistimos nos dias de hoje que os
nossos estudantes têm muita teoria mas depois na prática da vida tem grandes
dificuldades de adaptação.

Por esse motivo a educação deve ter objectivos fundamentais, dos quais não
se pode desviar:

O primeiro é situar a criança no mundo, partindo da vivência familiar, através


das ciências investigar o mundo que a rodeia, a criança deve ter uma noção do
micro e do macrocosmo, do infinitamente pequeno ao infinitamente grande e

Um Rei, um Povo! 320


A vontade de vencer!
deve ser situada na sua relação com o meio ambiente. São pois as áreas
científicas como a botânica, a geografia, as ciências da natureza, a astronomia,
etc. as traves mestras deste trabalho educativo.
Realça-se aqui nesta área a necessidade de formação desde a mais tenra
idade na área da saúde, onde as crianças aprenderão vários conceitos e
técnicas de medicina preventiva e de primeira intervenção, isto é muito
importante para que uma vez necessitadas as crianças saibam resolver as
coisas ligeiras e reconhecer os sintomas de quando devem procurar ajuda
profissional.

O segundo objectivo é criar na criança capacidade de resolução de problemas


portuguesmente falando capacidade de se desenrascar e responder aos
desafios. Aqui são as disciplinas do lúdico, os jogos tradicionais, o desporto
principalmente as artes marciais e os trabalhos oficinais, que lhe permitem
desenvolver a criatividade e capacidade de resolução de problemas.

O terceiro objectivo integração e interacção social, o sistema de ensino deverá


ter obrigatoriamente uma componente de serviço comunitário, onde as crianças
a partir de certa idade terão de se inserir em ONGS e ocupar parte dos seus
tempos livres em acções de voluntariado desde vigilância e protecção da
natureza, ajuda a pessoas idosas e carenciadas, corpos de bombeiros, etc.

Só através do envolvimento das crianças na sociedade pela educação para a


vida e para a eficácia é que podemos cessar com os comportamentos
anormais que vimos há dias na TV.
Também temos de introduzir regras claras que definam o papel dos alunos e
dos professores. Um professor não pode ter uma espada na cabeça que o
impeça de reagir e actuar se um aluno passa dos limites, não pode ter uma
espada na cabeça que o impeça de reagir, se for agredido fisicamente, deve ter
o direito de se defender e punir dentro do razoável o aluno prevaricador.

“Aqui à uns anos um professor meu conhecido trabalhava no Bairro da Serafina


em Lisboa, um aluno portou-se mal e ele deu-lhe uns estalos bem dados.

O puto foi para casa e queixou-se ao irmão que era mais ou menos da idade do
professor. O irmão juntou um grupo e foi à escola para dar uma sova no
professor.
O professor estava com um guarda-chuva na mão e disse, podes bater, mas
enquanto o guarda-chuva aguentar, também as levas….O irmão não se
atreveu e a coisa ficou assim.

Passados uns 15 anos o professor ia no metro e aparece-lhe um matulão que


lhe bate no ombro e lhe pergunta, o senhor não é o fulano tal que foi professor
em tal sítio? Ele responde que sim e o matulão perguntou-lhe se ele se
lembrava dos “estaladões” que lhe tinha dado?

Um Rei, um Povo! 321


A vontade de vencer!
O professor ficou um pouco aflito a pensar, agora é que as vou pagar, mas
para espanto o rapaz agradeceu-lhe os “estaladões”, dizendo que por causa
desses estalos tinha entrado na linha e era agora um bom profissional e
trabalhador de sucesso, pelo contrário a maioria dos seus amigos de infância,
tinham-se perdido nos meandros do crime ou da droga……”

Por outro lado o professor deverá ser um exemplo de conduta para os alunos,
não podem fumar nas aulas, atender telemóveis, descarregar em cima dos
alunos as suas frustrações.

Somos a favor da avaliação dos alunos pelos alunos, dos alunos pelos
professores, dos professores pelos alunos, mas não numa perspectiva punitiva
ou que possa de alguma forma influenciar negativamente, pelo contrário estas
avaliações devem ser feitas numa perspectiva de entre ajuda e auto
conhecimento e aperfeiçoamento.

Permitam-me contar umas histórias que me contaram há muitos anos.

Havia um professor na Universidade de Coimbra, que nunca tinha alunos nas


filas da frente e esta situação arrastou-se anos até que o professor insistiu com
uma aluna que era muito inteligente e que o professor simpatizava, para que se
sentasse nas cadeiras da frente, a rapariga recusou e ele perguntou porque é
que nas aulas dele ninguém se sentava na frente. A aluna respondeu-lhe,
porque o senhor cheira horrivelmente mal.

O professor caiu em si e fez a meã culpa dizendo aos alunos que já não
tomava banho à uma data de anos. No dia seguinte apareceu todo lavadinho e
os alunos sentaram-se nas filas da frente.

Nos Estados Unidos em alguns estados está a aplicar-se uma medida nova em
que as vitimas ficam frente a frente com os agressores e esta medida está a
dar excelentes resultados, isto é algo semelhante ao que os Sul-africanos
fizeram na reconciliação nacional, onde os criminosos do racismo e as famílias
das vitimas ficaram frente a frente, falaram sobre os acontecimentos, choraram,
expurgaram na maior parte das vezes o ódio.

Se fosse introduzida desde a mais tenra idade a obrigatoriedade de falar e


enfrentar os problemas, começando exactamente nas escola onde os
diferentes agentes através deste sistema se podem aperceber do que está mal
e dessa forma melhorar, estimulando o lado positivo e o voluntariado de cada
um!

Neste contexto de crise e não só seria uma óptima ideia acabar com os
manuais escolares comprados e os alunos desenvolverem ao longo do ano a
partir de pesquisa na net e bibliotecas o seu próprio manual com as matérias

Um Rei, um Povo! 322


A vontade de vencer!
do programa, isso obriga a uma maior atenção e estudo logo a melhores
resultados com menos custos para as famílias e para o sistema.

Ministério das Obras Públicas, Turismo e Habitação:

Este ministério abrange 3 áreas completamente diferentes e nesse sentido


obriga-me a dividir a minha exposição em 3.

Obras públicas: Durante dezenas de anos foi um dos sectores, mais


descontrolados e com maiores derrapagens financeiras e ainda é. Planos mal
executados, alterações não previstas no plano original, etc.etc. levam a que os
orçamentos inicialmente previstos dupliquem e às vezes tripliquem.
Não deixa de ser curioso a interdependencia e cumplicidades entre os agentes
deste sector e o poder politico partidário que já abordámos anteriormente.
O que posso defender é que o estado deve usar todos os mecanismos legais
que defendam os seus interesses e que obriguem à execução de planos de
obras publicas bem elaborados, com visão de médio e longo prazo e que não
permita derrapagens financeiras, ou que estas a acontecerem seja por conta
do empreiteiro ou que seja criado um seguro especial para estas situações.
Por sua vez o estado deve cumprir com prazos de pagamento.

O estado tem de se portar como pessoa de bem e não como caloteiro e


devedor das empresas. Não é aceitavél que uma empresa que facture ao
estado tenha de pagar IVA antes de receber o pagamento, isto rebenta com
muitas empresas e é um péssimo exemplo para a sociedade.

Turismo:
O turismo é e deve continuar a ser uma das grandes apostas nacionais.
Para além do turismo de praia e do turismo rural devem ser implantadas outras
estratégias turisticas:

Turismo ecológico: Criação de circuitos ecológicos com guias treinados para


observação de espécies da fauna e flora.

Turismo Cientifico: Por exemplo criação de pontos de observação estrelar


com guias orientadores especializados em astronomia, visitas a centros de
inovação técnologica, etc.

Turismo histórico: Circuitos históricos com guias especializados.

Turismo místico: Este turismo é espectacular e os brasileiros estão a explorar


bem esta vertente. Imagine-se um lugar com um Castelo que tenha uma lenda,
umas antas, uns menires e está dado o mote. Os turistas percorrem os locais,
todas as pedras e coisas invulgares tem um nome e uma história, fazem
praticas de meditação e relaxamento é muito engraçado e repousante. Os

Um Rei, um Povo! 323


A vontade de vencer!
guias para além dos aspectos pitorescos da lenda ou da história “magica” do
local ensinam aos turistas umas posturas de Yoga, tai-chi, meditação e o bem
estar aparece.
( Santiago e Fátima são no fundo um tipo de turismo deste género).

Habitação:
Esta vertente deste ministério trata da habitação social e muito bem, todos
devem ter direito a uma casa, mas não é admissivél que pessoas que tem bens
na terra e que depois vão viver para uma barraca nas periferias dos centros
urbanos, beneficiem destes programas de casa social. Ou a acontecer os tais
bens que tem na terra devem reverter a favor do estado no momento da
atribuição da casa social, tudo deve ser estudado de forma a que os outros
milhões de Portugueses, que pagam impostos e que tem de andar a pagar uma
casa 30-40 anos ao banco não se sintam defraudados e prejudicados.

Em cada caso deve ser bem avaliada toda a situação e envolvencia familiar e
se for o estado ou municipio a ceder a casa à familia carenciada, devem ser
aplicadas rendas justas de acordo com a situação especifica.

Ministério das Finanças:

Em Portugal o maior problema com as finanças advém do excesso de impostos


com baixas contra-partidas e os desperdicios financeiros causados pela má
gestão dos dinheiros públicos.

O primeiro ponto a resolver é a moralização da classe politica e a sua


responsabilização, os senhores politicos não se podem aumentar
escandalosamente e pedir ao pais sacrificios. Os politicos não podem permitir
derrapagens financeiras que chegam às vezes aos 200 e 300% nas obras
publicas, os politicos não podem viver fastosamente enquanto o povo aperta o
cinto, os senhores politicos tem de ser um exemplo para a nação, porque
enquanto não o forem o povo não tem motivação para cumprir.

Repare-se apenas os exemplos dos ultimos dias, falta de segurança, escolas


fora de controlo e taxas moderadoras na saúde mais caras que uma consulta
no privado. Fica então a questão que se coloca a todo o cidadão, afinal pago
impostos para quê?

Estas questões são as primeiras a ser resolvidas.

Deve acabar-se com os impostos directos para que o povo tenha mais dinheiro
no bolso, possa comprar mais conseguindo mais bem estar e fazendo o
dinheiro fluir, que como já disse é o oxigénio da economia

Um Rei, um Povo! 324


A vontade de vencer!
Depois a questão da fuga aos impostos nas empresas como já disse em
capitulos anteriores, aplicava os principios já enunciados.
“O Estado sabe que não consegue fiscalizar todas as empresas, ninguém
melhor para o fazer que os próprios empregados.

A minha proposta é pois muito simples o IRC acaba e o estado cria em sua
substituição um sistema opcional onde as empresas podem escolher distribuir
lucros a favor dos trabalhadores ou dar uma fatia de capital social aos
trabalhadores, em um ou outro caso o valor corresponderia a 25% mais ou
menos.

Esta proposta creio que será do agrado de todos, o estado passa a ver lucros
onde antes não os via e o dinheiro vai circular, pois os trabalhadores com mais
dinheiro, vão investir e gastar mais (logo o estado vai cobrar em IVA). O
trabalhador, passa a estar mais motivado, pois sabe que quanto mais lucro der
à empresa, mais leva para casa no fim do ano, apara além dos ordenados,
dentro da empresa haverá uma tendência natural para a crítica aos inaptos e
preguiçosos obrigando estes a uma melhor prestação de trabalho.

O empresário fica mais feliz por passar a contribuir para a riqueza do seu
pessoal.

O trabalhador, também passa a ter o direito de fiscalizar as contas da empresa


e de solicitar uma fiscalização caso suspeite que ainda assim o empresário
está a roubar. O apuramento desta fiscalização, multas, dividas, etc. reverterão
a favor dos trabalhadores. Se a opção da empresa for a distribuição de 25% do
capital pelos trabalhadores, estes passam a ter o direito de nomeação de um
membro do conselho de administração em sistema de rotatividade.”

Uma medida muito importante de moralização da administração pública, diz


respeito à situação escandalosa de uma empresa vender ao estado, depois de
facturar ter de pagar os impostos e estar anos e anos para cobrar a divida do
estado, muitas empresas não aguentam e tem de fechar por via desta situação.

A primeira medida é um acerto de contas onde os fornecimentos ao estado


passam a ser isentos de imposto, não tem lógica o dinheiro andar a dançar de
um lado para o outro se o dono final é sempre o estado, esta medida permite
baixar as dividas em volume de factura e assim sendo permitir a sua liquidação
mais atempada.

Esta medida terá como consequência o abaixamento dos preços por parte dos
fornecedores, uma vez que os preços são muitas vezes inflacionados por força
do tempo de espera. Também para obrigar o estado a comportar-se como
pessoa de bem deve pagar juros de mora em caso de atraso de pagamentos a
fornecedores.

Um Rei, um Povo! 325


A vontade de vencer!
O estado deve ser um exemplo para a sociedade de cumprimento e
honorabilidade, só dessa forma pode exigir à sociedade.

As finanças públicas devem ser junto com o ministério da economia um pólo de


desenvolvimento do pais, enquanto os políticos não entenderem que as
finanças não podem agir como o xerife de Northingam que agarra no povo
pelos pés e o coloca de cabeça para baixo aos safanões até caírem todos os
tostões, estamos mal. Temos de encontrar um justo equilíbrio entre o pagar e o
ter dinheiro no bolso que nos permita a satisfação e o conforto de uma vida
digna. Entre o pagar e o receber por parte do estado o cumprimento das suas
obrigações enquanto estado, referentes à satisfação do fornecimento de
serviços que só o estado pode assegurar.

Mal estaremos se não se entender isto e se o estado tal como agora só servir
para confiscar o dinheiro dos cidadãos e os estrangular, é um estado
condenado à morte!

Ministério dos negócios estrangeiros:

O Ministério dos negócios estrangeiros deve ser por eleição o Ministério da


espionagem e contra espionagem. Quase todos os governos e potencias
mundiais trabalham a partir das suas embaixadas na gestão dos seus
interesses no estrangeiro e na recolha e processamento de informação.

Por esse motivo aparece a tal figura “ persona non grata” quando um espião é
apanhado em aventuras para além do aceitavél.

No caso Português e por via deste ministério deveria haver um papel activo na
consolidação das nossas posições nas ex. Colónias quer a nível empresarial
quer de influencia geo-politica e geo-estratégica e o mesmo se deveria aplicar
ao fortalecimento dos laços com as comunidades de emigrantes.

Por exemplo nos EUA a comunidade portuguesa e luso descendente, tem peso
para influenciar decisões da administração/ governo e dessa forma a politica da
nossa embaixada deveria ser feita no sentido de colocar na liderença dessa
comunidade pessoas fieis a Portugal e que por via da sua situação possam
fazer lobbie de acordo com os nossos interesses.

Um exemplo da nossa força foi quando do pós massacre do cemitério de Santa


Cruz em Timor.

Não foi a esperteza dos nossos governantes a resolverem a situação, foi a


indignação do nosso povo, expressa em milhares de telefonemas para
familiares e amigos nos EUA e também as telefonistas da TAP a pressionarem

Um Rei, um Povo! 326


A vontade de vencer!
os influentes Luso descendentes americanos, muitos deles senadores, para
que todos mantivessem o governo americano sob pressão. È daqui que resulta
a independencia de Timor, o resto são detalhes....

Os portugueses são pela sua natureza pessoas afaveis e que facilmente


estabelecem relações, por esse motivo este ministério deve ser dirigido para os
propósitos aqui enunciados.

O outro propósito deste Ministério é a defesa dos interesses dos cidadãos


portugueses nos diferentes paises e o seu apoio, como por exemplo no caso
do piloto que esteve inocentemente preso vários meses na Venezuela. Portugal
portou-se abaixo dos niveis da indecencia abandonando completamente o
senhor.

Para finalizar o tratamento eficiente das questões pessoais dos nossos


emigrantes, certidões, declarações e toda uma panoplia de documentos
oficiais.

Ministério da Saúde

Apesar dos milhões gastos anualmente a saúde das populações está de uma
forma geral bastante pior que há uns anos atrás. Isto parece um contra senso,
como é possivél que com melhor tecnologia os resultados sejam piores.

Temos de analizar a questão da saúde sob vários angulos, os principais a


saber:

1) Prevenção.

2) Complementaridade.

3) Gestão e reorganização dos recursos.

Na prevenção devemos actuar nas escolas, dando formação aos alunos, não
só na questão da reeducação alimentar, como na formação destes em
disciplinas especificas que lhes permitam resolver alguns problemas de saúde
do dia a dia sem terem necessidade de andar sempre por qualquer espirro a
correr para o centro de saúde ou hospital.

Desenvolvendo um pouco o tema, temos de quebrar o ciclo de envenenamento


da cadeia alimentar por parte das empresas de agro toxicos (pesticidas,
fertilizantes, herbicidas, insecticidas) apostando na alimentação e agricultura
Biológica. Ter em atenção que estas mesmas empresas que nos envenenam a
comida, são depois as que nos vendem a droga quando ficamos doentes.

Um Rei, um Povo! 327


A vontade de vencer!
Temos de ensinar os alunos a reconhecer sintomas e a saber utilizar tecnicas
terapeuticas como a acupunctura, os chás, etc. para resolver as coisas
simples como uma constipação, etc.

Em matéria de prevenção deve ainda fazer-se uso a nivél de centros de saúde


dos recursos tecnológicos já existentes de forma a detectar as patologias
precocemente, podendo actuar melhor e mais eficazmente.

Na questão da complementariedade defendemos a integração das medicinas


alternativas no Sistema Nacional de Saúde e a criação de grupos inter
disciplinares constituidos por profissionais de ambas as áreas de forma a ser
aplicada ao paciente a técnica mais eficaz e de melhor custo.

Porquê operar uma coluna, com os riscos inerentes quando um osteopata, uma
ozonoterapia, uma acupunctura conseguem na maior parte das vezes resolver
o problema melhor com menos sofrimento e a melhor custo e mais
rapidamente!

Porquê andar a aplicar paliativos numa ferida necrosada, quando a


ozonoterapia, uma camara hiperbárica, a larvoterapia conseguem resultados
em poucos dias ou semanas, onde os pensos demoram meses e às vezes
nunca se consegue resultados.

Finalmente a reorganização dos recursos o grosso das despesas de saúde


vai para os exames e para os medicamentos.
Na área do medicamento defendemos que o estado deve criar um laboratório
onde deve produzir todos os medicamentos a serem usados no sistema
nacional de saúde que serão disponibilizados à população a preços quase de
custo. Para que se tenha uma ideia uma caixa de aspirina não custa mais de
40 centimos e é vendida por mais de 4 euros, isto significa um lucro para as
farmaceuticas de cerca de 1000% sendo o estado a produzir o medicamento,
mesmo que ganhe alguma coisa, se vender o produto a 60 centimos ganhando
50% o custo final ao consumidor reduz-se a valores simbólicos. Por outro lado
ao quebrar-se a cadeia do lucro os profissionais passam a receitar o que o
paciente necessita efectivamente e não as cargas de medicamentos que às
vezes vemos na cabeceira dos doentes que vão acumulando medicamentos
consoante o numero de médicos que consultam e as necessidades que estes
tem de satisfazer os seus compromissos com os laboratórios de forma a atingir
as metas que dão as tais viagens e brindes que todos conhecemos.

O estado deve produzir medicamentos quimicos e naturais de preferencia


sempre que possivél, estimulando dessa forma a agricultura nomeadamente a
produção de plantas aromáticas e medicinais e a apanha de plantas silvestres,
devidamente organizada de forma a reduzir inclusivé o risco de incencios,
através de um bom aproveitamento dos recursos.

Um Rei, um Povo! 328


A vontade de vencer!
O estado deve investigar no seu laboratório farmaceutico, alternativas
terapeuticas de eficácia e de melhor relação custo/ eficiencia.

Para além dos medicamentos o estado deve apostar nas medicinas


alternativas. Se a acupunctura funcionar melhor que a droga, espeta-se as
agulhas, se uma massagem tirar a dor não se dá uma injecção, etc.

Deve ser implementada a fagoterapia em desfavor dos antibióticos, pois está


provada ser esta técnica mais eficáz com menos custos.

Na área do diagnóstico, devem ser implementadas as técnicas de pré


diagnóstico, que permitem uma selecção mais fina dos exames a fazer. Quero
com isto dizer que existem recursos técnicos que permitem orientar à partida o
paciente para o exame adequado a fazer, sem que este tenha de fazer a via
sacra de todos os exames. Se é preciso fazer uma ressonancia magnética, não
vale a pena perder tempo com RX e Tac, que não vão dar o resultado que se
pretende e vão provocar o gasto inutil de recursos.

Defendemos que todas as unidades de saúde, devem ter o seu próprio


laboratório de analises e no minimo um equipamento de ecografia,
electrocardiograma, com respectivos profissionais a operarem com os sistemas
de forma a dar respostas rápidas.

O estado deve ainda criar um centro de desenvolvimento de equipamento


hospitalar, onde deverá produzir a maior parte dos equipamentos de
diagnóstico e terapia, podendo inclusivé, vender para fora.

Só com a aplicação deste sistema que enuncio o estado pode dar melhor
saúde às populações a baixo custo quer para o sistema quer para o doente,
podendo desta forma incrementar o aumento das pensões de reforma dando
por essa via também melhor qualidade de vida às populações.

Quem não entender isto vai continuar a deitar dinheiro para um saco sem fundo
a encher a barriga a parasitas, sem que o povo e a saúde beneficiem.

Um Rei, um Povo! 329


A vontade de vencer!
Conclusão

Portugueses e portuguesas

Estas linhas gerais que vos deixo traçadas neste trabalho e que devem ser
aperfeiçoadas e desenvolvidas, servem apenas como exemplo de que há muito
mais saidas para a crise e para a resolução dos problemas. Para isso é preciso
vontade politica e nós temo-la é preciso coragem para enfrentar todos os
intereeses mafiosos que sugam os recursos da nação e nós temo-la.

Não contem connosco, nem nos façam perder tempo para o chá das 5, somos
gente de trabalho para trabalhar, identificar e transformar problemas em
soluções, não ficamos com dor de cabeça frente aos desafios!

Creio que estas linhas são claras, cabe agora a cada um de vòs saber se
querem continuar atascados nas situações que os vendilhões da patria vos
colocaram por mais 2 ou 3 décadas ou se querem juntar-se à Casa Real e
juntos dar o grito libertador que fará de Portugal a nação digna que sem
falácias sirva de exemplo ao Mundo na construção de uma nova sociedade
onde a verdade e o espirito humanitário em comunhão com os valores de
respeito pela mãe natureza façam emergir um novo modelo social e de
desenvolvimento.

A palavra está agora do vosso lado, a nós resta esperar a demonstração da


vossa lealdade a Portugal !

Até breve, Bomfim!

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A vontade de vencer!

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