Direito

You might also like

Download as pdf
Download as pdf
You are on page 1of 32
SERVIGO PUBLICO E INTERVENGAO DO ESTADO NA ORDEM ECONOMICA 11, Servigos puiblicos e o Estado 11.1.1 Surgimento da atividade prestacional do Estado Nas monarquias absolutistas, as fungdes do Estado se reduziam a vot rol de atividades eminentemente coativas, de limitagao das liberdades dos particulares. Niesce contexto, o Estado surgiu e se organizou tendo em vista basicamente realizacdo da funcao de policia administrativa. ‘Ao longo do século XVI, com o surgimento das concepgdes mercantilistas os Estados passaram a desenvolver, ainda que em cardter bastante rudimentar © scsistematico, politicas de incentivo as atividades empresariais, fungao que bem mais tarde seria denominada de fomento. Nao se inclufa no rol das atividades estatais a prestagio de servigos piblicos, ao menos nao como hoje a conhecemos. ‘Até o advento do Estado democratico de direito, as atividades enquadradas na concepgao genérica de servico publico eram basicamente de justia, de defesa territorial e de relagdes exteriores, cujo exercicio estava mais voltado 4 manutencao dos sistemas absolutistas de poder do que em proporcionar utilidades ou beneficios 4 sociedade. Nesse periodo, a atividade dos juizes, por exemplo, era tida como ins- ttumento de represséo e de dominagao exercida pelo Estado sobre a populacao, ¢ nao como o instrumento estatal de interesse da coletividade voltado para solugao de conflitos e para a aplicagao do Direito. xv, pei tied as revolugdes liberais ocorridas a partir do final do século 0s Estados passaram a desenvolver, de forma organizada, um terceito grupo de ativi reineada na exploracao das atividades qualificadas ee iri, deati privadas. Esta cone Inenos invasiva do que a servigo publico. ay observad, todavia, que se toma cada vez mais difel estabelece, com nitides adistingto entre atividades piblicas delegadas eatioidades vada con hficuldade se torna evidente na exploracéo dos servigos socials dos sorvigos de satide € atividade publica ou privada? Quando mp essa atividade, ele presta servigos ppuiblicos? As respostasa essas €a.6 u buscaremos responder adiante. No momento, pelo Estado dos instrumentos privados para disciplinar publicas, bem como, de modo inverso, amaior int nao privadas. Esse processo vei rificado com cada vez maior intensidad dernas faz com que a classica dicotomia piiblico-privado utiliza tradicionais do Direito Administrative nao seja toriamente a uma série de perguntas sobre Estado, Possa gerar maior sito de incentivar ou de pene i08 PAA a coletiv er idade enelas de um conjunto de técnican jit le 1. Intervenci direta do Estado na ord casos previstos nesta Constituiga: "mica pelo Estado sé ser permit __seguransanacional ou a relevante interesse coletivo, conforme defnides say ~art, 174: "Como agente ‘mica, o Estado exercerd, na forma _ dalei, as funcdes de fiscalizacao, incentivo e planejamento, sendo este deter- _ minante Para o setor pubblico e indicativo para o setor privado”. Ptiblices e de sociedades de economia mista, nos termos definidos pelo Constituigéo. Conforme examinado no Capitulo 4, a intervencao estatal omente pode ocorrer em carter excepcional (quando necesséria aos imperativos ional ou a relevante interesse coletivo), € em situagao de subsidiariedade ‘especial de intervencao direta do Estado na economia se verifica Sobrigada, em razao de disposicdo constitucional expressa,aexplorar as atividades indicadas no art. 177. So elas: v 596 | cinco pr mato aDsoRATHS reas do perso rao earge 1 areas de odes rote «dias Bore errant tooo e stan ra ee eo ro de gem Tan ge IV otros marin TFs be aan nap per ge Bere ne a el cequaeronga aa de tren uo or uecment, 0 PPOSAMEN Ina Vapi 0 ace a comer de mac, comerclzaio © Sizago poder wer ana shoes ott, enero cee Oo ude sgpime dpe caplet Costin! 48 egg So [A exploragto das atvidades em regime de monopélio estat, no obstante nag, transforme em servigos publicos, nio necessariamente a sujeita a0 regime juriais, das empresas privadas. Quando o Zstado intervém diretamente na e ico rele de empresas pablicas ou socedades de economia mista, 0 regime jurdee Conforme dispde o art. 173, §1%, da Constituicio Federal, & 0 aplicdvel is empresa, privadas? ressalvadas as sitiagBes em que, por forga de disposicio consttucon| 5S Saprsw Tibal Federal reonhace qu ctamento joo que deve dispense Coe nail cnn Saul sur ae deve depen sais que ern ea Fe noe de concorécia cc iniatva priv Neste eno os lgdos gus aa ae uti Empresebroslta de Correos e Telgrafes: tmndade tara ‘onion. A Empresa {Gelaeexcusiva da Estado, motivo por queestéabranaid pela Via I RE conhecido e provide. (RE n°354.897-RS, 2" Turma, Rel. Min, Carlos ‘Dj, 3set 2006. Gros nossos) os *Consitucional Advogados. Advogado-empregado. Empresas ‘Medida Provisria 1522-2, de 19%, atigo3?, Lei 8.90694, arts, 18a explore aida i = AL SE merino chen amas pee rap Seca ways ea sen stds ea “pct 8 empress pias, ced de economia isa ‘ at aad hn hie ep oN ae NE 11.4 Intervengao do Estado na ordem e Estado subsidiario ¢ do Estado coope Independentemente da técnica utilizada pi dois aspectos chamam a atengio no que diz respe Estado no proceso de intervengai : ieee aiaciesada da intervengao estat Bi ica cate de cooperagao entre os d ‘que atuam na ordem econdmica, Estado o dever de atuar em areas 4a populacéo vinculadas aos direitos Plenamente atendidas pelos agentes \do-se a concepgao subjetiva ow formal {tee objtioa, segunda a qual somente podem Ser 4 “evigos essenciais, aqueles de interesse de toda a co 602 | Selo neeato sone Marcal Justen Filho, ao definir servigo publ ‘instrumento de satistagao direta e imediat ocompetente autor que “ha um vineulo d piiblico ¢ a satisfagao dos direitos fundamentais. impossivel reconhecer a existéncia de um servigo, ‘A maior dificuldade enfrentada por esta conc servico essencial inserir-se no ambito dos co ‘em fungao do lugar, da concepgaio nti se _ iz eesekbig it fe E: NER SARA Re

You might also like