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LETRAS LEIA COM ATENGAO AS INSTRUGOES ABAIXO. 1+ Veriique se, além deste cademno, vocé recebeu 0 Caderno de Respostas, destinado 8 transcrigao das respostas das questdes de miitipla escolha (objetivas), das quest6es discursivas © do questionério de percepcao da prova. 2- Confira se este cademo contém as questes de miltipla escolna (objetivas) e discursivas de formago gerat do componente especitico da drea, e as quesives relativas & sua percepgéo da prova, assim distibuidas: r lea rasa Numero das | Pesodas | _ Peso dos | oes) | questdes: questoes componentes Formagao GeraliObjtivas 128 60% 7 Discursiva 1 Ca) Formagio GeralDiscusivas ePiscusivat | sow Componente Especiico ComumiObjetvas 9225 Objetvas Componente Espectce ComumyDiscursvas | DSoursivaa | 85% ; 15% Componente Especiico Liceneaturaiopjeves | 26035 | piscursivas | = 8% Componente Especifico— Bacharelado(Objevas | 36.245 | uestionario de percepeio da Prova 129 aaaeee 3 Verifique se a prova esta completa e se o seu nome esta correto no Caderno de Respostas. Caso contrario, avise imediatamente um dos responsdveis pela aplicagao da prova. Voc8 deve assinar 0 Caderno de Respostas no espaco proprio, com caneta esterografica de tinta preta 4+ Observe as instrugées expressas no Caderno de Respostas sobre a marcacio das respostas as questées de miltipia escotha (apenas uma resposta por questo). 5~ Use caneta esferogrifica de tinta preta tanto para marcar as respostas das questées objetivas quanto para escrever as respostas das questées discursivas, 6 Nao use calculadora; nao se comunique com os demais estudantes nem troque material com eles: n&o Consulte material bibliografico, cadernos ou anotacées de qualquer espécie, + Voc® tera quatro horas para responder as questdes de mulipa escolha e discursivas e ao questionario de ercep¢ao da prova. 8- Quando terminar, entregue ao Aplicador ou Fiscal o seu Cademo de Respostas, ‘9+ Atengéio! Voce s6 podera levar este Cademno de Prova apés decorridas trés horas do inicio do Exame. Ministério da Bducapdo me ENADE 2014 . om FORMACAO GERAL _ Retrato de uma princesa desconhe Para que ela tivesse um pescoro tao fino Para que os sous pulsos tivessem um quebrar de caule Para que os seus olhos fossem tao frontaise impos Para que a sua espinha fosse tao dielta E ela usasse a cabeca ldo erguida ‘Com uma tao simples claridade sobre a testa Foram necessérias sucessivas geragdes de escravos De corpo dobrado e grossas méos pacientes Servindo sucessivas geragdes de principes Anda um pouco 1osc0s e grosses Avidos erusis efraudulentos Foi um imenso desperdigar de gente Para que ela fosse aquela perfeicao Soitria exilada sem destino ANORESEN, 8. Dus sto: Conn, 200.» 7. No poema, a autora sugere que © os principes e as princesas sao naturalmente belos. © 05 principes generosos cullivavam a beleza da princesa @ abeleza da princesa é desperdigada pela miscigenagao racial 3 o trabalho compulsorio de escravs proporcionou privlégios aos principes @ cexilio ea solidao sao os responsaveis pela manutengdo do corpo esbelto da princesa. Exclusao digital é um conceito que diz respeito as extensas camadas sociais que ficaram a margem do fenémeno da sociedade da informagao e da extensao das redes digitais. O problema da exclusdo digital se apresenta como um dos, maiores desafios dos dias de hoje, com impiicagées diretas ¢ inditetas sobre os mais variades aspectos da sociedade contemporanea Nessa nova sociedade, o conhecimento ¢ essencial para aumentar a produtividade e a competicao global. E fundamental Para a invengao, para a inovagao e para a geracéo de riqueza. As tecnologias de informagao e comunicagao (TICs) proveem uma fundago para a construgao e aplicagao do conhecimento nos setores publicos e privados. E nesse Contexto que se aplica o termo exclusio digital, referente a falta de acesso as vantagens e aos beneficios trazidos por essas novas tecnologias, por motivos sociais, econémicos, politicos ou culturais, Considerando as ideias do texto acima, avalie as afirmagbes a seguir |. Um mapeamento da exclusao digital no Brasil permite aos gestores de politicas publicas escolherem 0 publico- alvo de possiveis agdes de inclusdo digital |. O.uso das TICs pode cumprir um papel social, a0 prover informagdes Aqueles que tiveram esse direito negado u negligenciado e, portanto, permit maiores graus de mobiidade social e econdmica lll, O direito a informagao diferencia-se dos direitos sociais, uma vez que esses estéo focados nas relagbes entre 68 individuos e, aqueles, na relagdo entre o individuo e © conhecimento. +. V. Omaior problema de acesso digital no Brasil esta na deficitaria tecnologia existente em territério nacional, muito quem da disponivel na maior parte dos paises do primeiro mundo, E correto apenas 0 que se afirma em 2 tell, Helv. @ Ilel. © | lett. @ iinet, A cibercultura pode ser vista como herdeira legitima (embora cistante) do projeto progressista dos filbsofos do século XVII. De fato, ela valoriza a participagao das pessoas em comunidades de debate e argumentagéo. Na linha reta das morais da igualdade, ela incentiva uma forma de reciprocidade essencial nas relagbes humanas, Desenvolveu-se a partir de uma pratica assidua de trocas de informagées ¢ conhecimentos, coisa que os fildsofos do lluminismo viam como principal motor do progresso, (..) A cibercultura no seria pés-modema, mas estaria inserida perfeitamente ideais revolucionaios @ republicanos de liberdade, igualdade & fratemidade. A diferenga 6 apenas que, na cibercultura, esses “Valores” se encarnam em dispositives técnicos Coneretos. Na era das midias eletronicas, a igualdade se coneretiza na possibilidade de cada um transmitr a todos; a liberdade toma forma nos softwares de codificagao e no na continuidade dos acesso a miltiplas comunidades viruais, atravessando fronteiras, enquanto a fraternidade, finalmente, se traduz em interconexao mundial. LEVY P Revoluo virtual. Foe de 8. Paulo. adeno Mas 16290, 1998, 3 edepado). desenvolvimento de redes de relacionamento por meio de computadores e a expansao da Internet abriram novas Perspectivas para a cultura, a comunicagao e a educagao. De acordo com as ideias do texto acima, a ciberoultura @ ‘representa uma modalidade de cultura pos-moderna de liberdade de comunicacao e acdo. © constituiu negagéo dos valores progressistas defendidos pelos filésofos do lluminismo. @ banalizoua ciéncia ao disseminar o conhecimento nas redes sociais. © valorizou o isolamento dos individuos pela produgao de softwares de codificagao. ‘compartilhamento de informagées e conhecimentos. LETRAS ENADE 2011 UO! Come advertodaRepibica, a dscusso sobre a quetio ecueacona tna-se pasta sigicava nas esferes dos Poderes Executivo € Legislativo, tanto no Ambito Federal anton Esteli na Primer Replica, aexsonsso , Acesso em: 20 agp 2014 CO ritmo de desmatamento na Amazbnia Legal diminuiu no més de junho de 2011, segundo levantamento feito pela ‘organizagao ambiental brasileira Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazénia). O relatorio elaborado pela ONG, a partir de imagens de satélite, apontou desmatamento de 99 km? no bioma em junho de 2011, uma redugao de 42% no comparative com junho de 2010. No acumulado entre agosto de 2010 e junho de 2011, o desmatamento foi de 1 534 km?, aumento de 15% em relagao a agosto de 2009 e junho de 2010. O estado de Mato Grosso foi responsavel por derrubar 38% desse totale é lider no ranking do desmatamento, seguido do Para (25%) e de Rondonia (21%). Disponie em: , Aces em: 20 ag, 201 (com adept). De acordo com as informagoes do mapa e do texto, © foram desmatados 1 534 km? na Amazonia Legal nos tllimos dois anos © nao houve aumento do desmatamento no titimo ano na Amazénia Legal 4 @ ‘és estacos brasileiros responderam por 84% do desmatamento na Amaz6nia Legal entre agosto de 2010 e, junho de 2011 “@ cestado do Amapa apresenta alta taxa de desmatamento em comparagao aos demais estados da Amazénia Legal @ odesmatamento na Amazénia Legal, em junho de 2010, foi de 140 km’, comparando-se 0 indice de junho de 2011 ao indice de junho de 2010, Mn ENADE 2011 eee PEST PQuestao7 | Aeducagao ¢ 0 Xis da questo | A definigdo de desenvolvimento sustentavel mais | usualmente utlizada € a que procura atender as necessidades atuais sem comprometer a capacidade das geragées futuras. © mundo assiste a um questionamento crescente de paradigmas estabelecidos na economia | também na cultura politica, A cise ambiental no planeta, | quando traduzida na mudanga clmatica, 6 uma ameaca real a0 pleno desenvolvimento das potencialidades dos paises. © Brasil esta em uma posigao privilegiada para enfrentar 0s enormes desafios que se acumulam. Abriga elementos | fundamentais para desenvolvimento: parte significative da biodiversidade e da agua doce existentes no planeta; | grande extenséo de terras cultivaveis; diversidade étnica @ | cultural e rica variedade de reservas naturais, (© campo do desenvolvimento sustentével pode ser : | concealment divgido em tes _ componente: emo ate feaisecoinuste- assem 2. | syetontabidade ambiental, susontabildade econdmicae A expresséo “o Xis da questo” usada no titulo do | Sustentabilidade sociopolitica infografico diz respeito | Nesse contexto, o desem no sustentavel pressupd © 2 quantidade de anos de estudos necessarios para | Nesse contoxto,o desenvolvimento suse eee seers avel com sala . garantr um emprego estavel com salério diane. | @ preservagao do equirio global e do valor das dsoporunidades demetnoriasalaraiquesurgemamedida | que aumenta o nivel de escolridade dos indviduos. reservas de capital natural, 0 que no justiica @ © 2 infudncia que 0 ensino de linqua estrangeira nas | desacelerago do desenvolvimento econémico © SL escolas tam exercidona vida prfissional dos individuos. | politico de uma sociedade. © aos questionamentos que sao feitos acerca da © Guantidade.minma de anos. e2.estwd0 que 0S | © a ‘redefinigio de critérios @ instrumentos de % individuos precisam para ter boa educacao. avaliagdo de custo-beneficio que refltam os efeitos @ A redugao da taxa de desemprego em azo da politica | __socioeconmicos e os valores reals do consumo e da sv atual de controle da evasao escolar € de aprovacao | automatica de ano de acordo com a idade. preservagao. [© © reconhecimento de que, apesar de os recursos AREA LIVRE } naturais serem ilimitados, deve ser tragado um | novo modelo de desenvolvimento econémico para a humanidade. | © a redugdo do consumo das reservas naturais com | @ consequente estagnagao do desenvolvimento econémica ¢tecnolégico \|.@ a distribuigao nomogénea das reservas naturais entre “| as nagées e as regides em nivel global e regional poner eee ace liee vera Mas ENADE 201 QUESTAO 8 Em reportagem, Owen Jones, autor do livro Chavs: a difamagao da classe trabalhadora, publicado no Reino Unido, comenta as recentes manifestagdes de rua em Londres e em outras principais cidades inglesas. Jones prefere chamar atencdo para as camadas sociais mais desfavorecidas do pais, que desde o inicio dos disturbios, ficaram conhecidas no mundo todo pelo apelido chavs, usado pelos britanicos para escamecer dos habitos de consumo da classe trabalhadora. Jones denuncia um sistematico abandono governamental dessa parcela da populagaio: “Os politicos insistem em culpar os individuos pela desigualdade”, diz. ...) “voce no vai ver alguém assumir ser um chav, pois se trata de um insulto criado como forma de generalizar o comportamento das classes mais baixas. Meu medo nao € 0 preconceito e, sim, a cortina de fumaca que ele oferece. Os distirbios esto servindo como 0 argumento ideal para que se faga valer a ideologia de que os problemas sociais so resultados de defeites individuais, nao de falhas maiores, Trata-se de uma filosofia que tomou conta da sociedade briténica com a chegada de Margaret Thatcher ao poder, em 1979, e que basicamente funciona assim: vocé é culpado pela falta de oportunidades. (...) Os politicos insister em culpar os individuos pela desigualdade", Suplamento Pros & Verso, © Glob, ie de Janek, 20 999.2011,p.6 (adapta) Considerando as ideias do texto, avalie as afirmagdes a seguir. 1. Chavs & um apelido que exaita habitos de consumo de parcela da populagao britnica, |. Os disturbios ocorridos na Inglaterra serviram para atribuir desiizes de comportamento individual como causas de problemas sociais. Ul, Individuos da classe trabalhadora britanica sao responsabilizados pela falta de oportunidades decorrente da auséncia de politicas publicas. IV. As manifestagées de rua na Inglaterra reivindicavam formas de incluso nos padres de consumo vigente. E correto apenas o que se afirma em 4O tell «© lel. 9 Hem. ~O Itlely, @ Iiew, AREA LIVRE mma Letras ENADE 2011 QUESTAO DISCURSIVA 1 ‘A Educagao a Distancia (EaD) é a modalidade de ensino que permite que a comunicagao e @ construgo do conhecimento entre os usuarios envolvidos Possam acontecer em locais @ tempos distintos. So necessérias tecnologias cada vez mais sofisticadas para essa modalidade de ensino nao presencial, com vistas 4 crescente necessidade de uma pedagogia que se desenvolva por meio de novas relagdes de ensino-aprendizagem. © Censo da Educagio Superior de 2009, realizado pelo MECIINER, aponta ara o aumento expressive do numero de matriculas nessa modalidade. Entre 2004 e 2009, a particinagao da EaD na Educagao Superior passou de 1,4% Para 14,1%, tolalizando 838 mil matriculas, das quais 50% em cursos de licenciatura. Levantamentos apontam ainda que 37% dos estudantes de EaD esto na pés-graduagao e que 42% esto fora do seu estado de origem. Considerando as informagSes acima, enumere trés vantagens de um curso a distancia, ustificando brevemente cada uma delas. (valor: 10,0 pontos) | RASCUNHO terhas ine NRA NADE 2011 PUSS A Sintese de Indicadores Sociais (SIS 2010) utliza-se da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilios (PNAD) para apresentar sucinta analise das condigées de vida no Brasil. Quanto ao anaifabetismo, a SIS 2010 mostra que ‘os maiores indices se concentram na populacaoidosa, em camadas de menores rendimentos e predominantemente nna regido Nordeste, conforme dados do texto a seguir. ‘Ataxa de anatfabetismo referente a pessoas de 15 anos ou mais de idade baixou de 13,3% em 1999 para 9,7% fem 2009. Em nimeros absolutos, © contingente era de 14.1 mithdes de pessoas analfabetas. Dessas, 42,6% tinham mais de 60 anos, 52.2% residiam no Nordeste 16.4% viviam com % salario-minimo de renda familiar per capita. Os maiores decréscimos no analfabetismo por grupos etarios entre 1999 a 2009 ocorreram na faixa dos 15 a 24 anos. Nesse grupo, as mulheres era mais alfabetizadas, mas a populago masculina apresentou queda um pouco mais acentuada dos indices de analfabetismo, que passou de 13,5% para 6,3%, contra 6,9% para 3,0% para as mulheres. {95 2010. Mvbres mis esclazd ao mas mai tao nos hoe. Sumottel om arene govbmromeescencarcieae> ots ame 25290 2011 0) Populagao analfabeta com idade superior a 15 anos ano “| porcentagem 2000 13,6 2004 12.4 2002 18 2003 16 2004 11,2 2005 10,7 2006 10.2 2007 99 2008 10.0 2009 97 Fonte: IBGE Com base nos dados apresentados, redija um texto dissertativo acerca da importancia de politicas © programas educacionais para a erradicag4o do analfabetismo e pata a empregabilidade, considerando as disparidades sociais e as dificuldades de obtencao de emprego provocadas pelo analfabetismo. Em seu texto, apresente uma proposta para a superac&o do analfabetismo e para 0 [Rastonne ne aumento da empregabilidade. (valor: 10,0 pontos) LETRAS ‘QUESTAO 9 | Quero pedir permissao @ lingua portuguesa para | usar duas palavras que, na verdade, 880 inexistentes | oficiamente, quais sejam: crackudo @ vacildo. Crackudo 6 criginario do termo crack. A palavra foi | recentemente evada para identicar 0 individuo que ¢ | usuario dessa droga, ou seja, crackudo nada mais 6 do que © consumidor do crack. Quanto a vacité, tal | palavra é originada do verbo vacilar, que significa nao estar firme, cambalear, enfraquecer, oscilar. Vacilao, na | linguagem popular, nada mais & do que o individuo que nao mede 28 consequéncias dos seus atos e sompre | ingressa em algo que nao é bom para si e que s6 ihe | traz maleficios ou aborrecimentos. E, em assim sendo, | o crackudo & um vacilao! ipo! on: 2 Soueapuar ey be2E>. few om 12g 21 om saa) | © sufixo [80] opera como uma desinéncia formadora de aumentatvos, superiativos © agentivos em portuguts, | como indicado no exemplo apresentado no texto acima, | Tem-se, também, © sufixo [udo], que indica grande | quantidade de X; em seu uso mas tipico, x 6 igual & parte | aumentada (orethudo, narigudo, beigudo, barrigudo ete) Considerando essas informagées e o texto acima, conclu | se que 0 vocébulo "vacléo” possui um sutxo © agentivo, como 0 que se observa em “caminhao", ¢ que, no caso do sutixo [-udo] em “crackudo", ocorre a | mesma motivagao semantica existente em "beigud agentivo, como 0 que se observa em ‘mijéo’, € que | © sufixo [ud] em “crackudo" apresenta a mesma | motivago semantica existente em “orelhudo” e “narigudo”. 6) sxe, asin coo cn mgt’ | (0 uso do sufixo [-udo] em “crackudo" resulta em uma formago vocabular incomum na lingua portuguesa. ‘aumentativo, como o que se observa em *macarrao" e que, no caso do sufixo [-udo] em “crackudo", se observa a mesma motivagdo seméntica existente | nos vocabulos “orelhudo" e “sisudo’ | aumentativo, como o observado em “panelao", ¢ que, | ro caso do sufixo [-udo] em “crackudo", se observa | ‘uma construgo incomum na lingua portuguesa, dada a produtividade baixa do referido sufixo. | ___COMPONENTE ESPECIFICO _ 9 LETRAS ENADE 2011 USSCEN “Rordima’ ou “Roraima’, como voce preferir. E que, segundo os linguistas, as regras fonicas de uma palavra 40 regidas pela lingua falada, Portanto, nao ha certo ou | errado. Ha apenas a maneira como as pessoas falam. © que se observa na lingua portuguesa falada no Brasil 6 que silabas tOnicas que vém antes de consoantes asalizadas (como “mou “n’) também se nasalizam {aperte 0 seu nariz ¢ repita a palavra cama. Sentiy os fesinhos vibrarem? E a tal nasalizagao). Por isso, a gente Giz cdma" —-0 ta" é a silaba tdnica e 0 "m" é nasalizado. So a silaba que vier antes dessa mesma consoante nao for uma silaba tonica, a prontncia passa a ser opcional vocé escoihe — banana’ ou “banana’ No caso de Roraima, a silaba problematica ("ra") é tonica e vem antes do "m’. Mas ai entra em cena 0" que acaba com qualquer regra. A mesma coisa acontece om 0 nome proprio Jaime: tem gente que nasaliza, tem gente que nao. Endo, fique tranquil: se voo8 sempre falou*Roraima” siga em frente — ninguém pode corrighlo por isso. No maximo, voo® vai pagar de turista se resolver dar umas Voltas por la — os moradores do estado, no adianta, S20 Undnimes em falar "Roraima’ Duplexes, 25029 renghen> Le tea eon aes) A leitura do texto nos remete a discussa0 sobre a pronuncia em portugues de palavras externas a nossa fingua (Roraima tem origem indigena). Para Mattoso Camara dr, a nasalizagao da pronUncia 6 um processo previsivelnalinguae definido como assimilagao ou seja, B extensao de um ou varios movimentos articulatérios além de seus dominios originarios. Eo caso de uma Silaba oral que se determina pela assimilagao da silaba nasal soguinte. A partir das informagdes apresentadas, avalie as afimagées que se seguem LL A palavra Roraima manteve-se inalterada na /proniincia ao ser usada no portugués e apresenta 2 sua forma original (indigena) 20 ser falada em nossa lingua, ‘A palavra Roraima softe alterago da pronincia fem raz0 de um processo de assimilagio regressiva em que a silaba posterior contamina de nasalidade 2 anterior, como em cama, lama, banana no portugues. ‘A palawra Roraima, em deconénca da etmoiogia lassume dupla possibilidade de pronincia por motivos parecides com o de outras palavras estrangeiras que ingressam no portugues. (ML A polavra Roraima 6 um substantivo proprio e, de ( acardo com a gramatica, deve ser pronunciada éxatamente igual sua pronuncia nalinguade ongem, W ‘i E correto apenas o que se afirma em o. @ ew O teil, @ Hell Mn ENADE 2011 CUE Disponive em: @ funciona com valor de explicagao e justifica o sentido tanto da primeira quanto da segunda oragéo. tem valor semantico de soma, pois agrega duas oragdes sem estabelecer relagdes seménticas entre elas. oe @ tencona com valor asvrsato na ides oxpe5568 na sanlnga pode sar substi por uma coniune dessa natureza .@ funciona com valor expletivo e pode ser extraida das sentengas sem alteracdio no modo de conexao sintatica semantica do periodo. /@ funciona como elo conclusivo entre as ideias contidas nas oragBes e expressa a conclusdo a que chegou um de personagens do quadrinho. AREA LIVRE 10 — wa MAO A LETRAS ENADE 2011 ey : Porquinho-Da-india Quando eu tinha seis anos | Ganhe! um porguinho-de-india, | Que dor de coragaome dava Por que o bichinho 86 queria estar debaixo do fogdo! Levava ele pra sala Pra os lugares mais bonitos mais limpinhos | Elo nto gostva Queria era estar debaixo do fogée ‘Praca cronada’ ttzscwreerrscoronstesspese | Nao fazia caso nenhum das minnas temurinhas. O meu porquinho-da-india foi minha primeira namorada, Dapenive en Adesso em 19a ep 201 © caso acima € caracterizado na lingua como Texto a rotacisme, ou seja, um processo de mudanga om | Madrigal Tao Engracadinho que se emprega 0 It! em lugar de nos vocabulos iz Embora seja inadequado norma padrao da lingua, | T2252, vocé € a coisa mais bonita que eu vi até hoje esse processo é bastante frequente em variedades de | Ra minha ‘menor prestigio social. Acerca desse tema, avalie as [Vida, inclusive 0 porquinho-da-india que informagses a seguir | [me deram quando eu tinha seis anos As diferengas entre variedades da lingua, como exemplificada pelo rotacismo, nao devem ser Consideradas mero fator de preconceitolinguistco; | Qs textos |e Il dado que este & um dos fatores que favorece a 'BANDCRAM Libetnagem & stead man lo an: Nove ani, 00 5 Unidade linguistica de uma comunidade. ° utiizam metaiinguagem e tematica do cotidiano, que ‘ill, © rotacismo ¢ bem aceito por todos os falantes e | S80 caracteristicas da estética do Modemismo. “ Rempregado de forma ampla nos diversos grupos “@ apresentam caractersticas daestética do Modernismo, Sociais, sendo uma das mudancas que se esta ‘generalzando no portugues brasileiro. ML © process de rotacismo € decorrente de) diferengas sociais recentes, que esto | @ apresentam concepges diversas em retagao a 7 permitinde © surgimento de dialetos paraletos | primeira namorada, porque a linquagem do texto | se a0 portugués padréo e utiizados por falantes em asconsao social | IN. 0 processo de rotacisme no & novo na lingua e jd oxo pred posagn ear veh | @) clioen coreoninda com venice do Materia resentes nos versos livres e na reescritura de textos classicos do pasado. aproxima da prosa, ao passo que o texto Il mantém a estrutura classica do madrigal © portugués, como no caso de /plicare/ > /pregar/. | pois so construidos em versos livres e com linguagem E correto apenas 0 que se afirma apenas em que se aproxima da prosa, caracteristicas pertinentes 0 let | aesse esti itera ®rew. |.@ afastam-se da estética do Modernismo, pois @ tell | apresentam distanciamento temporal: o eu lirico, no © Liew. | texto |, rememora a infancia e, no texto Il, foca-se @ ii,tew, | no presente. _ ee me NUNC ENADE 2011 para estar a histone Meréra brass, em ver de | um critério politico, deve-se adotar uma filosofia estética compreendendo-a como um valor literario. Para tal, @ | periodizagdo correspondente @ de natureza estilistica, isto &, em lugar da diviséo em periodos cronoldgicos ou politicos, a ordenagao por estos. CCOUTINHO, (eg) Literatura Basti: eo} [Atratura no Basi node ger 6.03, S80 Pau Gobel, 2008... 192 Nas sequéncias, est destacado um trecho da obra Histéria Concisa da Literatura Brasileira, de Alfredo Bosi. Avalie se tanto 0 autor quanto © estilo literario indicados correspondem ao que Bosi trata no respectivo trecho, |. "Nao se trata, aqui, de fechar os olhos aos evidentes efeitos de fatura que mancham aprosa doromancista’ repetigées abusivas, incerteza na concepgao de protagonistas, uso convencional da linguagem..: trata-se de compreender 0 nexo de intengao e forma que 0s seus romances lograram estabelecer quando atingiram o social médio pelo psicologico médio (... Erico Verissimo. Pré-Modernismo. dos protagonistas, e se redimem as transagoes vis | repondo de pé heréieheroina.Daios enredos valerem, como documento apenas indireto de um estado de coisas, no caso, 0 tomar corpo de uma estética burguesa e ‘tealista’ das conveniéncias durante © ‘Segundo Império” José de Alencar. Romantismo. “Teve mao de artista bastante leve para nao se perder nos determinismos de raga ou de sangue que presidiriam aos enredos e estofariam as digressdes dos naturalistas de estreita observancia [..J" Adolfo Caminha, Naturalismo, | “O seu eauilibrio ndo era o gotheano - dos fortes @ dos felizes, destinados a compor hinos de gleria & natureza e ao tempo; mas o des homens que, sensiveis & mesquinhez humana e a sorte precaria do individuo, aceitam por fim uma @ outra como heranga inalienavel,¢ fazem delas alimento de sua reflexdo colidiana’ Machado de Assis. Realismo. So corretas apenas as correspondéncias fetas em: Ole. Otel. @ tev. Oiiliev. Oliitetv. “Sempre se salva, no foro intimo, a dignidade ditima | Qual 6 @ primeira coisa que vooé faz quando entra na Internet? Checa seu e-mail, dd uma olhadinha no Twitter, confore as atualizagbes dos seus contatos no Orkut ou | no Facebook? Ha diversos estudos comprovando que interagir com outras pessoas, principalmente com amigos, @ 0 que mais fazemos na Internet. S6 0 Facebook ja tem mais de 500 mihdes de usuarios, que, juntos, passam 700 bilhdes de minutos por més conectados ao site — que chegou a superar o Google em numero de acessos diarios. (..) © est& transformando nossas_relagbes: tornou muito mais facil manter contato com os amigos @ | conhecer gente nova. Mas seré que as amizades online do fazem com que as pessoas acabem se Isolando € | tennam menos amigos offi, “de verdade"? Essa tese geralmente citada nos debates sobre 0 assunto, foi criada fem 1995 pelo sociblago americano Robert Putnam. E | provavelmente esta errada, Uma pesquisa feita pela | Universidade de Toronto constatou que a Internet faz voce ter mais amigos — dentro e fora da rede, Durante | a década passada, periodo de surgimento © asconsso | dos sites de rede social, 0 nimero médio de amizades das pessoas cresceu. E os chamados heavy users, que | passam meis tempo na Internet, foram os que ganharam mais amigos no mundo real — 38% mais. Jé quem nao | usava a Internet ampliou suas amizades em apenas 4,5%. Cem a nomat et stand a aired. _Suprintree santo, 238, 208 com adeoagies) | No texto, 0 trecho entre parénteses foi suprimido Assinale 2 op¢ao que contém uma frase que completa coerentemente 0 periodo em que 0 trecho omitido estava inserido, | @ Ainternet é 2 feramenta mais poderosa ja inventada no que diz respeito a amizade [9 Aineret garante que as dforencas de carter ou as dificuldades interpessoais sejam “obscurecidas’ pelo anonimato e pela cumplicidade reciproca ‘Internet faz com que voce “consiga desacelerar 0 processo, mas no salva as relagdes", acredita o antropdlogo Robin Dunbar Aintemet raramente cria amizades dozero—na maior parte dos casos, ela funciona como potencializadora de relagSes que ja haviam se insinuado na vida real \o ‘A Intemet inova (@ € uma enorme inovagao, diga- | se de passagem) quando toma realidade @ “cauda | tonga’, que € a capacidade de elevar a0 infinito as | possibiidades de interagao 2 ENADE 201 rs Considere a obra Miguilim, de Guimaraes Rosa, da qual se extraiu 0 seguinte fragmento: To Teréz deu a Miguilim a cabacinha formosa, entrelagada em cipés. Todos eram bons para ele, todos do Mutum. © doutor chegou: — “Miguiim, vocé esta aprontado? Esta animoso?" Miguilim abracava todos, um por um, dizia adeus até aos cachorros, 20 Papaco-o-paco, a0 gato Sossée, que lambia as maozinhas se asseando. Beijou a mao da mae do Grivo. — "Da lembranca ao seu Aristeu Da lembranga ao seu Deogrdcias...” Estava abragado com Mae. Podiam sair. ROSA JG. Manuele e Miglin: duas novos. Rode saneie, Jose Clympo, 1964, p, 103 (com adaptors) Considerando 0 fragmento acima, assinale a op¢ao que apresenta excerto referente a obra Miguilim. ® 0 outro reino, em que se esconde, ou se procura Menino, @ requintado, interiorista, respira mistério, levita na intemporalidade, mora ou pervaga numa estranha mansao (...) Trata-se, é bem de ver, da recorréncia de uma primeira contemplagao inefavel de categoria intimista LUSBOA,H. © motivo ntti na obs de Guimares Ross ln: Gulmardes Rosa. ‘le do Jana: Cvizagao Brass rasa INC 7883, . 178 © 0 deslocamento espacial é 0 rito de passagem — 'o atravessar 0 bosque'—, que se da no meio do percurso entre as duas aldeias, separadas pela imprevisiblidade do ‘quase’: uma outra e quase igualzinha aldeia. MOTTA, S.V. © engenho da narrativa e sua drvore genealgica ds cgens CGractano Ramos e Gumares Rosa. Seo Paulo: UNESP, 2008. p. 466 1 Menino & uma crianga qualquer a brincar com 0 seu macaquinho e & uma espécie de crianga_mitica, através de quem tudo se ordena, tudo se corresponde, tudo se completa NUNES, 8. 0 amor na obra de Guimardes Rosa. In: Guimardes Rosa Rio de Janeiro: Civlzapso Brass: Brasilia: INL 1983, 162 © Ao drama de ordem pessoal e & tragédia inelutavel, segue-se 0 conflito com a forga maior, representada pelo dominio paterno contra o qual se insurge omenino, ferido nos brios. A represalia do pai é tremenda LISBOA, H. © motivo ifn na aba ce Guards Rosa I: Guimardos Rosa, Ro de Janet: Cizagso Brae rasta: INL, 1083, p. 175. Nos textos comuns, néo literérios, 0 autor seleciona combina as palavras geralmente pela sua significagao. Na elaboragao do texto literério, ocorre uma outra ‘operagao, tio importante quanto a primeira: a selegao @ 2 combinagao de palavras se fazem muitas vezes por parentesco sonoro. Por isso se diz que 0 discurso literario um discurso especifico, em que a selegao e a combinacao das palavras se fazem nao apenas pela significagao, mas também por outros critérios, um dos quais, 0 sonoro. Como resultado, 0 texto literdrio adquire certo grau de tensdo ou ambiguidade, produzindo mais de um sentido, Dai a plurissigniticacao do texto literario, GOLDSTEIN, , Vrsos, sons, tmos 5.63. S80 Paul: Ata, 198, p 5 Os simbolos, as metéforas e outras figuras estilsticas, as inversbes, os paralelismos @ as repetig&es constituem outros tantos meios de o escritor transformar a linguagem usual em linguagem literaria. AGUIAR E SILVA, VM. Teoria da tteratura. 3. o3 ‘Coimbra: Almedina, 1978, p88 (com adaptagtes). Tomando como referéncia os textos acima, avalie as afirmagdes que se seguem, L.A plurissignificagao de um texto literario & construida pela combinagéo de elementos que vao além da significagéo das palavras que 0 compéem Ul. Aconstrugaodo texto literario envolve um proceso de selegto e combinagao de palavras baseados, necessariamente, no uso de metaforas, lll. A ambiguidade do texto Iiterario resulta de um processo de selecdo e combinagéo de palavras, © texto literario se diferencia do nao literario por nao depender de significagao, mas, sim, de outros Fecursos no processo de selegdo e combinacdo das palavras. E correto apenas 0 que se afirma em @ (...)impregnado pela religiosidade da mae e pela aura ae mistica dos ‘milagres’, a solucao do conto conduz para | © | @ll f a leitura facil de se explicar pela fé a tragédia que néo | @ Ile lV se atina com a razéo. O ition. eevee cease reese ease wear analy cal | ORIN a1 tetras ime ENADE 2011 Texto! {... na leitura —e essa é a primeira reflexdo que quero fazer — de qualquer obra literdria, de qualquer texto que tenha por base a intensificagao de valores — daquilo que chamamos de uma ou outra maneira aproximada de valores literarios —, existe sempre, como dizia o grande critico canadense recentemente falecido, Northrop Frye, a necessidade de conhecimento de duas linguagens. ‘Segundo ele, na leitura de qualquer poema, “é preciso ‘conhecer duas linguagens: a lingua em que 0 posta esté escrevendo e a linguagem da propria poesia’ [Ja literatura nunca é apenas literatura; 0 que lemos, ‘como literatura & sempre mais — ¢ Histéria, Psicologia, Sociologia. Ha sempre mais que literatura na literatura No entanto, esses elementos ou niveis de representagao da realidade sdo dados na literatura pela literatura, pela eficdcia da linguagem literaria, BARGOSA JA. Urata nea apene Hara fr Soin tnguagem @ ogungns sa a ota, ager, Deponelen sera core pga ete an 16 20 201 (oon stages) Texto Il Fatores linguisticos, culturais, ideoldgicos, por exemplo, contribuem para modular a relagao do leitor com o texto, num arco extenso que pode ir desde a rejeicdo ou | incompreensao mais absoluta até a adesao incondicional ‘Também conta a familiaridade que o leitor tem com o género iterario, que iguaimente pode regular o grau de exigencia de ingenuidade, de afastamento ou aproximagao, BRASIL, MECISEB, Oriontagdes eurriculares para ensino médlo: Tnguagens,cdignse uss loenologine. Gros, 2006, 1 p68. Considerando os textos acima, é correto afirmar que 08 professores. © devem privilegiar, no ensino médio, o estudo de obras da literatura brasileira e portuguesa, a fim de preparar 08 alunos para o ingresso profissional na universidade, devem adotar, no ensino médio, metodologias ° gue privilegiam a histéria da literatura, porque elas | incorporam contextos socioculturais que favorecem a compreensao da linguagem iteraria devem privilegiar o estudo de obras que se ajustam Portuguesa quanto das demais disciplinas da estrutura curricular, enfatizando a fungao didatico-pedagogica da literatura e de outros cédigos e linguagens. devem buscar a adequagao de obras literarias a serem lidas, tomando como referéncia a idade dos alunos, a motivagéo e, ainda, 0 conteudo programatico a ser ministrado, interago entre lingua e literatura devem adotar metodologias que privilegiam 0 contato direto com o texto literario @ reflexes acerca das relagdes que 0 texto estabelece com outras areas do conhecimento e com outros cédigos e linguagens. ILA Ss necessidades programaticas tanto da Lingua | favorecendo a) CUsrer No meio do meu descanso, toca o telefone: “Boa tarde, senhor. Aqui é da Mega Plus International, que, por sua boa econ ln sr nba one | gratis, sem nenhum custo adicional, © Ultra Mega Plus | Card, com todas as vantagens do programa especial Mega Plus Services. Vai estar também oferecendo...” Pronto, J me perdi no gerindio desnecessério dela. Respondo: ‘Obrigado pela oferta, mas nao vou estar querendo, ja tenho outro’ “Mas, senhor..", insiste @ atendente, “que vantagens 0 seu cartéo jé oferece?” Respondo: "Nao oferece vantagem nenhuma, mas o que rola entre a gente & uma relagao sem interesse, é so amor mesmo...sabe ‘aquele néo querer mais que bem querer de Camées. A atendente de telemarketing se despede, mas nao sem antes ri do outro fado da linha. ‘pone enw scodete com Actes em 09 agp 201 com asa) Em casos como 0 do texto acima, 0 uso do gertindio constitui mais 0 que a descri¢ao tradicional chamaria de vicio de linguagem do que propriamente uso incorreto do | ponto de vista da norma padrao. Dessa forma, esse uso fere mais aspectos estilisticos que estruturais da norma. Nessa perspectiva, assinale a opcéo em que o enunciado apresenta o mesmo tipo de inadequacdo linguistica. | @ OMario, ele vive dizendo que ndo gosta de ir a0 cinema.» | © Voce sabe que tenho ainda todas as tuas anotagses | docaso, @ Eu, naquele momento de susto, 86 Senti confusa | @atordoado. |" Pediu para que seje visto 0 caso com maior atengao possivel | @ Avvitima do estrupo deu queixas na delegacia de sua cidade 14 LETRAS CIEE De ordinario, quando se diz que certo termo deve | concordar com outro, tem-se em vista a forma gramatical do termo de referencia. Dizia, povo, embora exprimam pluralidade e multidéo de seres, consideram-se, por causa da forma, como nomes no singular. Ha, contudo, condigoes em que se despreza o critério da forma e, atendendo apenas a ideia representada pela palavra, se faz a concordancia com aquilo que se tem em mente. Consiste a sinese em fazer a concordancia de uma palavra ‘nao diretamente com outra palavra, mas com a ideia que esta titima sugere, SSAIDALL M. Geamiicahstéiea da lingua portuguesa. 766 iodo Janet: Mhorementos, 197 com adaplagies) A definicao extraida de Said Ali, reproduzida acima, presenta uma figura de sintaxe, a sinese, identificada, na maioria das vezes, em variantes mais populares da lingua. Assinale a opgao que apresenta um exemplo desse tipo de fendmeno sintatico, © A maioria dos porcos ainda estava sendo recolhidos naquels hora © Ao pobre homem mesquinho, basta-Ihe um burrico ¢ uma eangalha @ Chegaram o pai, a irma e o cunhado com uma pressa que assustava © Pretendia implantar um monopélio exclusivo de café e fabaco na regiso, @ No fundo, a mutado se consolava. Para isso, pensavarm em ngs mesos Desde o final da década de 1970, comegou um forte questionamento sobre a validade do ensino da redagao como um mero exercicio escolar, cujos objetivos principais seriam observar e ‘apontar, através de uma correcdo quase estritamente gramatical, os “erros’ cometidos pelos alunos. (...) Os alunos exercitariam uma forma escrita que raramente dialoga com outros textos e com varios leitores, BUNZEN, C.Da era da composi & era dos géneros: rests sobre oerino ‘0 preto dena no esno mado NBUNZEN.CNENDONCA Mt (O98) Portus no ensino méaio ea frmacto do professor So Paulo: Parte tori 2006p. 147, Considerando 0 texto acima e a pratica de redacdo em ambiente escolar, assinale a opgao correta. Para se formar e poder exercer bem sua profisséo, | um médico precisa dominar os saberes cientificos, obtidos | no curso universitario, e os saberes da ago, aprendidos durante © trabalho em hospitais, onde ele compartiha com | médicos e enfermeiros 0 atendimento a pacientes. Se ele tiver somente o saber cientifico, pode até se tornar um bom ‘conhecedor da medicina, mas jamais sera um bom médico. Com os professores, ocorre situacdo semelhante: sem a | Prética, o educador nao serd eficiente em sala de aula, (CHARTIER, Anne-Marie, Nove Escola, Sto Paulo: Abin 226 ut/2010, Estabelecendo a analogia entre as ideias manifestadas pela especialista francesa no texto acima e a formagao © pratica do professor de literatura em sala de aula, depreende-se que este deve | ‘lacionar os saberes cienticas aos saberes da acao, © que Ihe permite fazer opgdes pedagégicas, e, a0 aplicar dominios disponibilizados pela teoria, interferir ‘Nos objelivos definidores do conhecimento literario. atualizar sua competéncia, ao discutir, por exemplo, obras com as quais nao teve contato em sua formagao, © que permite uma relagao simétrica entre professor € aluno, condigao indispensavel na analise critica de obras literdrias reconhecer as diferencas entre o dominio das teorias © 0s métodos de ensino de literatura, mas concedé- los come irrelevantes frente 20 acompanhamento do Progresso e das dificuldades dos alunos em leitura de obras lterdrias. 9 Amoderna pedagogia linguistca recomenda a prética | ® usar com competéncia, durante 0 ano, todo livro da redago como estratégia de avaliagao, | didatico, © qual proporciona © dominio. tebrico © Aredagao escolar tem mantido dentidade com outros | necessério para abordar 0 historcismo terri, géner0s textuais divulgados na escola. i | _ndispensavel ao entendimento de obras de quaisquer @ E salutar que a producto de textos na escola abranja outras esferas da comunicagao humana | genero e época © Nas Productes de textos escolares, a funcdo | @ conoeber a formacio tebrica como insténcia de Feferencial da linguagem deve sempre ser priorizada 5 , a ee \y abstragées, composta de generalizagoes ¢ conceitos @ A redagao escolar deve ser um exercicio de escrita | brigatérios nos curriculares _universitarios, mas direcionado ao professor leitor. distanciada da pratica escolar, gg —_ aaa temas MT ENADE 2011 ee = ENADE 2011 | RUSE | Iracema voou | (© conhecido modelo de proposta de redagao “Minhas ferias" parece perpetuar-se no meio escolar, dado que tracema voou | Sinda so solctadas produgées textuais em que 0 aluno Para 3 America | Somente tom como referencia o tema a ser abordado, sem Leva roupa dela | qualequer outras explitagées acerca de sua producto E anda lepida | considerando as especifcidadas dessa proposta de \Vé um filme de quando em vez | escrta, sob a perspectiva de que @ produgdo textual se Nao domina 0 idioma inglés | ni | caracteriza nao somente pelos seus aspectos linguisticos Lava chao numa casa de cha @ textuais, mas também pelas suas fungdes frente | as relagdes socials particulares, pelos seus aspectos sociocomunicativos, analise as afirmagoes seguintes. Tem saido ao luar Com um mimico Ambiciona estudar | Aestatégia mencionada refete aqullo que varios Canto lirico| festudos acerca das especificidades do processo Nao da mole pra policia | escritural _vém discutindo recentemente: as ‘Se puder, vai ficando por !a | \/ habilidades nesse proceso se realizam a partir ‘Tem saudade do Ceara | de abstragées, as quais dispensam sobretudo as Mas nao muita interferéncias extralinguisticas, contextuais. Uns dias, afoita | iL Amedida que os propésitos comunicativos, como Mo liga a cobrar | parte das condigbes de produgSo do texto, foram —E lracema da América \ Gelxados de lado na proposigao da atividade, a realizagao desta se tomou indcua. [BUARQUE, C1988, Oisponivel am: wn chisbuorque.com beans! | vee ctevpgetcema 38nm>. Acesso em: 11 999.20". | II, A atividade mencionada limitou 0 proceso de produgdo do aluno, comprometendo seu ‘Acangao de Chico Buarque reproduzida acima mostra que | desempenho, por no ser indicada a situacao personagens e temas da literatura permanecem presentes | Seer eeEo a enehial fm formas e suportes diversos. Nessa perspectiva, Como | pores ees 12a pers | E correto o que se afirma em Se estabelece a relagao entre essa cangao e © romance | Iracema, de José de Alencar? ‘\@ |, apenas. © Amplado pelo gener musical, 0 texto de Chico | © I apenas Buarque epresenta aspectos culturis semelhantes \@ 1 ll, apenas. aos da obra alencariana, relacionados ao projeto de | le lll, apenas. Construgao da identidade nacional, soba infuéncia do“. @ 1, the Il movimento emancipatério iniciado no século XIX. © Ostemas viagens, natureza e novo mundo, bem como | AREA LIVRE alinguagem, convergentes tanto na cangao quanto na | ‘obra de Alencar, retratam anseios nacionalistas em criar uma literatura portadora da identidade brasileira. | @ Embora a cangdo reaproveite da obra de Alencar a figura do indigena, exilio e busca pela modernidade, ela o faz em uma perspectiva de desconstrugdo desses elementos caracterizadores do periodo. @ A (ewatorzacao e a fixacao da identidade nacional constituem a antitese que fundamenta a escrita da | cangao, 0 que explica a negagao do passado nacional | e aistico revelada por Chico Buarque \ @ A relagéo de intertextualidade que se estabelece | entre 0 texto contemporaneo @ o roméntico confirma | a predominancia da cultura colonizada em relago 20 | colonizador portugues na América i — 16 - — iM aa ENADE 2011 Nos excertos le Il a seguir, encontram-se algumas atividades propostas em livros didaticos de lingua portuguesa. Excerto! ‘Atividade com trecho do poema O operdrio em construgao, de Vinicius de Moraes, Proposta: (a) 2. Aponte todos os substantivos presentes no texto. 3, Aponte um substantivo abstrato presente no texto. 4, Aponte um substantive concreto presente no texto. 5. Qual é 0 tinico substantivo presente no texto que admite uma forma para o masculino e outra para 0 feminino? 6. Ha, no texto, algum substantive proprio? Em caso afirmativo, aponte- Excerto Il Atividade com 0 poema Os dias Felizes, de Cecilia Meireles, Proposta: 1, Reescreva os versos substituindo as palavras destacadas por suas formas plurais. a) “A docura maior da vidalflui na luz do sol” b) “formigas avidas devoram/ a albumina do passaro frustrado.” ‘AZEVEDO, . 6. Palavraecragso’ngus ponuquess, Sto Pac: FTD, 1996.08 . 102 (com adapagtos). As atividades em | ¢ I /@ enfatizam a relacao lidica do leitor com o poema, o que permite o aprofundamento da leitura, @ sam os poemas como recurso e pretexto para trabalhar com 0s alunos tépicos de gramatica, jgnorando aspectos mais relevantes, @ ‘sao coerentes com os Parametros Curriculares Nacionais, principalmente por obedecerem o principio de que no 7 se formam bons leitores oferecendo materiais de leitura empobrecidos. © exploram o sentido dos poemas, a partir de topicos de gramatica, o que esta em consondncia com os Parémetros Curriculares Nacionais, que propdem, para o ensino fundamental, o desenvolvimento das habilidades linguisticas basicas. @ permitem a aproximacao do aluno com a linguagem de poema, atendendo, assim, a um dos objetivos dos Parémetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, o de conhecer ¢ analisar criicamente os usos da lingua como veiculo de valores e preconceitos de classe, credo, género ou etnia, AREA LIVRE 7 ——-- eee Inn ENADE 2011 PUSS eee Aleitura das obras literarias nos obriga a um exercicio Metafora de fidelidade e de respeito na liberdade de interpretagao Gilberto Git Ha uma perigosa heresia critica, tipica de nossos dias, Uma lata existe para conter algo ‘Mas quando o poeta diz: “Lata” para a qual de uma obra literdria pode-se fazer o que se Mae ee aera ear eomteal ueira, nelas lendo aquilo que nossos mais incontolaveis _ epee Uma meta existe para ser um alvo impulsos nos sugerrem. Nao é verdade. As obras itréias Se aorta ds "Mats" nos convidam a liberdade da interpretago, pois propdem Pode estar querendo dizer o inatingivel um discurso com muitos planos de leitura e nos colocam: Por isso, nao se meta a exigir do poeta Giante das ambiguidades e da linguagem da vida. Mas Gi dete © poral para poder seguir neste jogo, no qual cada geragao lé as Pois ao poeta cabe fazer obras literdrias de modo diverso, é preciso ser movido por Com que na lata venha caber fea : © incabivel um profundo respeito para com aquela que eu, alhures, 5 e pera Saas Deixe a meta do poeta, ndo discuta cchamei de intengao do texto. Deixe a sua meta fore da disputa ECO, H Sobre algunas fuga Herat, Sobre a erature Meta dentro e fora, lata absoluta Rio oe Janero: Record, 2003, p12 (com acapiaes) Deixe-a simplesmente metafora Considerando o texto de Humberto Eco e 0 metapoema de Gilberto Gil, recija um texto dissertativo acerca do seguinte tema: As especificidades da linguagem literaria. Em seu texto, vocé devera tragar um paralelo entre “intencao do texto” e "“liberdade de interpretago". (valor: 10,0 pontos} RASCUNHO | ENADE 2011 QUESTAO DISCURSIVA 4 Nas expressdes plasticas, todas as partes esto presentes constantemente, ao passo que, no poema, temos que recorrer a formagdes ou imagens retidas pela meméria. Todavia, nao nos podemos valer das diferencas reais, cujas, distancias tém sido bastante atenuadas pelas duas artes ao longo da historia, para desfigurar procedimentos sutis, mas Vverdadeiros, existentes numa e noutra arte. GONGALVES, AJ, Laokoon revista: relagSes omolgies ete tno imagem. SS0 Paula: EDUSR, 1084, p.60 (com adaptazboe. Considerando esse excerto, redija um texto dissertativo estabelecendo pontos de aproximagao e distanciamento entre duas obras reproduzidas abaixo. Em seu texto, aborde aspectos tematicos e formais que caracterizem o movimento artistic a que pertencem essas obras (valor: 10,0 pontos). Revelagao do Suburbio Pueblito (Morro Da Favela I!) Quando vou para Minas, gosto de ficar de pé contra a vidraga do carr, vendo 0 suburbio passar. O subtibio todo se condensa para ser visto depressa, com medo de nao repararmos suficientemente em suas luzes que mal tém tempo de brilhar. Anoite logo come o subiirbio e logo o devolve, ele reage, luta, se esforca, até que vern o campo onde pela manha repontam laranjais @ A noite 56 existe a tristeza do Brasil ANDRADE. C.D, Reunlde: 10 Was de poetie de Caos Drummons de Andrade, __AMARALT Puta thao a Fave, 1945 ee, Rio se Jana: J, Oympio, 1976, p 66-7. Dispnickan:

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