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ne ae “iho ads una dimocae gomrrneie CNSR Mew ni ron a Dy p20 Be pn fra pe a Pe rtd de ug pose eu SSE seman mt.) im dn cnr Haven, Yale Unrsty Pes, 191), denenre mu bans cia oe fae neon dt oer Gee stats forme opi sg acm avr do modelo into pope“ vio 'CMGHE open soma plc nner srt, mes comple 6 A democracia vertical Une cide sm Unga n00 6 insane, go oo 7 awa amare oom Sn “clade cam pn, ens Conpertent et ata, oka rien. FS Hoimon 6.1.0 principio de maioria e a regra da minoria _A\ politica esti telacionada, em sua maior parte e na maior parte do tempo, com subordinagio,supra-ordenacio e eoordenagio FPifom essenca, com a estruturacao hierquiea das coletvidades, a {que drei o nome de dimensdo vertical da politica. A politica tam- ‘Dem esti relacionada a ua dimensdo horizontal, mas essa dine ‘ho sb ge salienta nas democracia ¢,historicamente, compari de fe destino: a dimensio horizontal deixou de earacteriat a polities {coma queda da pols groga es6no século XX voltou a entrar na 0 fia prtice polities de forma sgniicativa Iso flea muito claro om o desenvolvimento do vocabalirio politico a partir da époce de ‘Aratteles.O tnico fermo latino que mantém a visio horizontal de pulitica dos pregos & rspublica, cua tradugao mais proxima em li {ua inglesa € common veal (bem-esar,fliidade, prosperidade de 192 . ‘os. Todos onto temo desenolvdos dan dade Média ~ como prncinas rogram domintun ube est fe a vercaldade da plea, © mete ac pace deer bulges dstinie de Magia! c Botin, teapecivoren ne tos Estado e soberann. Eads hoje, o weston alien ato caualquersociedade pica pen dem to, coerio,govem, Estado — diz espeha pcre ¥overtial’nfod dimensio hosel ‘uz dstingo entre politica ver horizontal, & eve dente gus, no capitulo anterior, asso foc fal «dome sa Zeta piso pain ademacaaietoral scone cinatva, a democracia ‘de teerendo represent ere implementa c una difasio horzonal da deer, soe Ponto de partida correto, pois a singulridae da feoeern tea Irevsument cm etabelecer, ou resales, dineeean fal police. No ena, democraciando¢ ssa a ausnca de comand, A opi liens eaee part eum demas que decide (de uma forma oude uta), ee alee do cio: aso aiceceenbora cence cen au stetam uns consrsto que Ic € sobre f han toto, de examina» democracia como um sso de ga snalegenricamets, exude a extutuest0 vera de ne ce Ff demoeracia vertical, om sintese. Se a demecree ee engloba tpicamento plano horizontal da demesne ne tou compicnenio 6a democraci epentana Nie eee tasio vertical ds democracia evans qusioes ae mae ogee soluconads pela ceria da representa. A quntie een Gomo aera da nioia so arte aha, coma eee ds © tod questo (assim formulas) € gis woe eae 4 porto os trmon ogra, maior e moss ‘anos comesaranlisindo term “era” (ul), que pode ser ‘sao cin mals de un sentdo. Emr xn clans icc een Baler rue seja ads no senda de principio caro ee nn somo poder subitntvo (rfeshipy. qe agicn rn claro € qual ds dois seton est sendo crepe ee eS Rode fazer muito sentido com um ou com asda satin ee ¢witar a ambigdidede, quand re € wads to seven rc 183 Sit. Em el ao sgn sien — rae 0 sent de Stoves © a jlo il Six oro Poo {existe um mundo de diferenca entre win _governo ditatorial € wm Ste de suger) dan "rang emp qe nos emo sont ca como gsr emo textremamenteimplausivel que esse poder derive daquele princi no. fovernose governs nero conten um proseso tm vsioa aves. ‘Vamos tentar desemaranhar essa interagi com Bova sone aes ca) oped a ésito, fo} elogiientemente prefaciad por 184 6.2 A tirania da maioria Deveros agora desembaragr os contexts ou cicunstine ‘em que 0s termos maioria e minoria sio usados de ae sas le mans var los requerm uma considrgao em aja a nominin, ts: (aerator pacesoneotane ee consttucional; leitoral (de votagao), soa 2 diceito de se oporem, o dircito de oposigios, eee tismo eletivo, Mas o despotism cleti era ne 80 principio de que © poder indiviso é 5 seated ‘minoria, © especialmente uo fato 60 ditito de oposign ior 0 dieito de oposiga ser ou nto 0 tA dsr ote ry [No contesto eleitora, © arpumento assume uma dimensio insiramente difernte. Agui o foco se situa exelusivamente no principio de maiora, isto €, na “maoria” compreendida como uma Feta do jogo. Eo argument é, muito simplesmente, ue quem quer {que vote com a maioria (ato &, como a maior parte dos elcitores) {std do lado vencedor. Inversamente, quem quer que vole com a ‘minora (ado conseguindo, portant, ligarse a uma maioria),esté do Tad perdedor. Seu voto nfo conta pra nada Portanto, numa lego, “ioria™ indica apenas agueles que dever submeter-se& vontade sda maioria (mesmo que se trate de uma maioria simples). Assit, 8 “questi & que, ao vota, a minora nao tem direitos: consste daque- Tes exjs votos so votos perdidos — ponto®. A implicaglo € que, num context eleitoral,s expresso “trania da maioria™¢inaplies vole sem sentido, claro que, embocs cada ate de ota eja um to finite nic, quando votamos podemos iniciar um proeesso, como acontece esp Cialmeate numa voagdo elitral, Emborao ato nico de votar nfo {eva ser confundido com o processo que eventualmente detona, ni ‘deve passar desperecbido que 0 processo ndo apenas afeta a nog ‘de "venoet” como ests fadado a mtiliearo aimero de penledores 1 cleitor vencedor & 0 eleitor que elege seu candidat (ou que vota numa lista partidéria que consegoe, em sou distrito eleitoral, 10 menos uma eadeia). Mas, se passirmos a considera a seqiéncia dos teventos, que € um procesto de mitiplos estigies, & evidente que 0 tleitor pode vencer em nivel de dstto eleitoral , apesar disso, perder em outros nives: em nivel parlamentat (onde sou represen= fate pode petencer um partido minortri) ou ainda em nivel z0- ‘ernamental (quando seu parti & excluida do goveeno). A impli- ‘eagio do que aeubannos de dizer ¢dupla. Em primeiro lugar, mostra ‘ importancia de tata separadamente 0 ato de vorar do processo tleitora, Em segundo lugar, demonstra a questio levantada antes {de que no podemos derivar uma regra da maioria (governo) do principio da maioria. Uma das res € que, seo principio da ma ‘ha for aplicado em niveis sucessives, um processo de miliplos testégios pode muito bem elimina, uma a uma, uma série de mino= Tias que constituem a maioria da populagio votante inicial, do demos em perl. 186 rem on mrccnemenn niles do termo malaria signfcad castrate hen « pia todd f0 tee —~ o ede cla re eos ads Sa ele ce: Frets na tenon nas ome ss at] Soe le) pe ma en ae nl kde dard ee dered OL nhc tease ns ane ee es Sinn fener coe oil ee fc pc it rondo eopda a ap Sacro sf Ho pools sn odtron oie om eget No ue sedans, heft a uma refi am exci marin ssbsaiva, no aoc riod mae Aloe ved dcsvetempoicosvercontinamajuions facia {Seundo suas rapa) com tania sca” Seu como nog ee denis mo omincete Miveaea diced ae Colder nfo conglem e Cetuniaents mo apace Peon nama gras Je Mi pe Imada eno pre ler mtardowan cle seso tide de cds pen de ren soa cna indie xaumentcda oma desert prcis aera ce ts indo dvr! “commidade’ torres eae encase dat Snide dda ere m_ 7 ‘Uma comunidade puritan dos tempos antgos era muito pior —com respeito a0 ue Mill emia e lamentava —que qualquer coist que ele {enka visto em sia época, Devers, portato, desprezato argumen- to de Mil? E, em conseqiéncia, devemos dasprezar também 0 que diz Toequeville? "Eu moira tio lange, Pois Tocqueville tna de fato rao a0 falar de traia da maioria— algo que se perde quando seu conceit ¢ traduzido como “titania sovial”. A questio € que o principio da Imaioria (notem que jé passei para o principio) acreseenta um ele- mento de leptimidade, um dreto, ao qu de outra forma seria sim- ples fto, ou sea 0 ato de que aconformidade social existe eimplic fr estos © exeessos, O argumento de Tocqueville nio é bem esse ‘Mas sugere que ha uma rao para telacionar a nocdo de maioria com hhossos receios da Tania socal, Sua raeso & que "a tendéncia da Sociedade impor suas préprias fas e praticas", ito é, de impor a ‘onforidade, encontra no principio de msioria um principio de le- Timagdo. Ese for essa a nossa interpretagao (das entelinhas) de ‘Tooquevillee Mil, entdo também o significado soctal da “tirana da major” merece aiensio. "Antes de avangar ais, é bom recapitula.Primeito, 0 pine pio da maioria colocao problem da proteo das minoras. Esse €, Sobretudo, um problema consiteional. Nese contexto procuramos, tntio, um prineipio da maior lmitada, ito 6, procuramos delitni- fare moderar sua aplicago, Formulande a mesma questo ao inver- 0, seo principio de maior for iimitado ou absolut, temos entio ‘uma “tania dt maoria” no sentido constitucional da expresso, Essa ‘gualifiagio nao implica que a questo se reduza a medidas const tucionas. Quando volamos a atensHo para 0 problema de dar poder sem dar um poder excessivo, ogo descobrimos que s6 os controles jutiieos noo resolver, Essa 6, porém, mais una rao para enfa- tizar que uma maioria governante que esmague os direitos da ‘posigdo encarna realiente uma tirania da maria, Portanto, nesse ceomtexto, 0 alvo fi acertado em cheio Em sebundo lugar, © principio da maiora enfentao problema ‘de constituir uma maiodia governamenta, Is0 acontece quando 0 principio da matoria se aplicn ao processo de votago eleitoral. Nesse ontexto, cada teste de maioria (pluralidade) elimina — nivel por 128 vel ~ au minora ria conespondeie, Pars consi ‘governamental, o critério de mai 6 aes foe ria px ata, de ada ver coma “im peincposegunoo quo vencadot level Se ee reso “tania dy maria” no tm sentido Senet Em eri hg Ea © rinepio de mairia pode agravar Reso fra eri po etn Start Mla eng Stang soe india con nde oe gM tina send una peoripeie Aprimcia vista pods parce cso ram democaca ora isn, Tc ‘de uma minoria, © como seu aor efer-cm gra aun -efémeros. Uma maioria eleitoral vat eee tt oes etre, assim & in pane pone Poe sistema pati qua sista decanaleago Geann ee oe cena ar na de canalizgto! Quanto fe maioras fea etn de ecto enema aca one 'temos emis «mara doy Son ~€um proceso de intrmin slamilgunae disolsio de mirades de pupos sage ‘Mesignfia quate mesmo mansoni emma loge como una unidale operante Mas tna meray _ dnc ted _189 de massa tora-se una “maiora operante”somente quando adquire Stgum tipo de finidez, ou coesso duradoura. Para isso acontecer, 2 fhaioria de uma populagio deve caracteriar-s por forte identidade te partido, de classe ou de raga. Nas democracias ocidentas, isso faraimene ovorteu, A maioe parte das vezes, as maori coneretas ‘de mass também sio maiorits intermitentes e moves que no con cguem sustenfar ou produit um “poder majritrio” em qualquer enlido exato da expressdo, Assim, com felaglo is maiorias de asia hi pouca raz para ter uma tania da maiora; co ponto rote € que, da regre (metodo) da maioria para se tomar decisbes, fio se pode deriva existncia de qualquer grupo que constitua mmaiorie tess decisdes, O método de maiora indica apenas uma tmaioria maemsiea; ado indica uma parte maior duradoura de wma, coetividade'. ‘Observei que o objetivo geal 6 evitar dar “todo 0 poder Asmaiorias, que is minorias. Noss anise vai mostrar que &exata- ments iso 0 que acontece. Em particular, 20 longo do processo ‘eitral de volagao, maiorits coneretas produzem minorias concre~ fas, que por sua versio submetidas ao critério de maioria —e isso ‘corte em todos 08 nivels, do eletorado de mass 20 governo® 6.3 Eleigdo, selegdo ¢ mé selegiio -Aestrtura vertical da demoraca baseiase no ato de eleper © naan em ces ie psoas ecompetas Beas ‘eigen que a "Tea da tava fanto no sentido de poder concre toda maior quant no de repre do jogo, apical de mancira de sv. plena. Toe mais surpreendente que poss parecer, iia do poe naira eppecificamente, 4 entra Je Mati, lo € anterior a Tocke® Quando. aristtces falva do. "goverao de mutes desrevia um estado de costs, alo un cmtrio padronizado d¢ ‘Stoo de contovdrsias e de toma de deviates Quz0 poco © freer rego de mus ere un cri algo prvado peo fao de as Temocracis grezas em geal legen sua autoridades pea sorte porum mecanisme de cso, O air medival que Fesbusetov 8 ae i de sober poplar, Marsa de Phd, sve a extents Iajret valent prt. apart malorechen ee a dhe Mine ann depos trogen ane oe imines sti ogo emery mec a Enno pana dr ue a parr de Lek oie como meri frm com oarhcnengs critério quantitative divorciado de ibn f von wee i ais gutta aay Revougio ances ese dvrcio nfo seamaster Re perce aero nae vontade geral era “geral” em virtude de ter a qualidade de um esse geral, objetivo, a ime Porte proces de aes do 0d pip de maior to lente tn A repo mate spose a aio no equa hea” rg) ee Ade Smscu prin Dna Inspr Seles ted maior draperies nee pan ar jas, deve vr ania hanna ae Derkind o principio ds arin, cm pie dete Sade gr ocioraboporedrapems ns ine Aes fs fran do mone nc sgumar cee cine tna Rovers" oti a fea Yotade demon a ona dete Sop ne Spode i ens os Ne ee 9 |Inenor respeito ¢ devido a essas vontades pura ¢ " : te simplemente ps sce vonts" Ef Tanevem 1873, qu sabe umn ae moss problems crcl “Dee nnn ee ‘constituem uma sabedoria’'s, “ 7 Olena 0 ppd, pode seroma mancin: ua € 0 dieto de una simples quantitate? er Sees mc ce a let Poa ng das Sia de una tests dc seas a a a a oo awe for ae fasamos para responder, resposia depend deus oe gua ve-Foremplo: poems seas peaciniste a, a ‘lcs cnet nn ace cee ere xr com os poi, ea a a In valor” ue qa otn eas gant es votes ena tanto muon o*peo de ee ao ac case tos anumentossemelanes eto onge de erm int taciveis, pos a resposta ainda pode ser gue os nimeroseriam poder, iio dreto. Uma maiora uma quantidade —c a quanidade 080 pode gear uma qualidade Recentenente, Douglas Rue © Michael Taylor deram uma nova imensto& defesa do eritéio de msioria, bascando-se na teria das probabilidades, Rac assume, i moda rasiana, um "vin de ignorda- ia” original. Na situacdo original, os individuos esto incertos quan to ao conteid da agenda ¢ como os outros agirio com respeito a ela, Por isso a vontade individual prefere um enitrio de voagio que mi imize a probabilidade de apoiar uma posigto derrtada, ou de 3 ‘opora uma casa vencedora — co critério da maioria€ um desses criti, pois minimiza a probabilidade de que seu voto sea sup tido, Nas palavras de Rae, o argumento se desenvolve du seguinte maneira: "De acordo com @ prinepio da maiora, a feqiéncia espe- rad (Somada) des eventos A e B esti no minimo e, segundo esse ttiteno, a maioia est num nivel timo. Tso, por sua vez, suger} {que o principio de maioria maximiza a probabilidade de que nossa ‘Yontade indvial (anima) venha a obtero que desea com respeito {uma determinada proposta,B iss, a longo prazo, sugere que © Drineio de maioria oiizard a corespondénciaente valores indi ida epoliticascoletivas™. Tro o chapéu para a engenosidade ta solucio acima e,apesar disso, snto que o argument leva a pa sibilidade eas probabiidades a um ponto de fuga. O teorema de Rae Taylor supde o acasoe feqigncias probablistcamtente significa Tivas, Nenkuma das duas condigdes se veriticam. Nenhumn eleitor ‘comutn tent « menor probablidade de sentir que o principio de maio- Fia eo melhor” no sentido de The dar maiores chances de serum voto perldo com menos feqizncia, nem, inversamente, de esta com mas Freaiénca do lado veneedor. Se seu calcul fosse ese, esata erra~ do, pois eleitor no disp, durante seu tempo de vida adults, de ‘olagbes suficientes para essasfreqncias ovorrerem, ‘Mas por qu analisae a justficativa do principio da maior com base nas chanees de vencer ou em ritéros de justeza? Por que no defender 0 principio de maioria como Churchill defendew a demo- raca, into & como argumento de que € um ertériohorrve, 86 que ‘os outros so pores? Afinal de conta, o que est sendo consider 192 46 ua enc, um inser. Toda sociedad pais de eras de proceinent, de solu de conto de made decor © pinipo da matora€ 9 proedmento ou mda us slg cs No nto os iste so insrunenios gars pes cos eh hr de examin mas ep pi te Aca de dizer ue 0 pritipio da mala & a eps de pro- cedimento mas adequads pas democrcin E meant for gee 8 melon, por exenplo, que © pico de uaniniadc? A este ‘no qs permite que grandes colctidadesplnem' Bisconenes pio de mio tab apres emo em eres na Se desses, © agus “mipesosdade” nip pode ser tees incondcionalmens. A tomads de daisies € una etegona tay ample qc abange feodmeros mato dts, Osclsars cone sors decide mas ak dics eto sdp mutes as tomas de dis num proces de cig. Aus cae tn cetrado decide nfo €o gus um comida oo erate dkecisoeetoral tem poo emconnmcam a deviate deena fm parca, as decades slits sn, enquants decent vet; dcidern pens, ov em geal, “quem al dest Rees ‘ain reservara iia de toma ds doco pra forma de dy sobre quem dc ear apenas, no coment elt, de shanty Cfow sees. Asim, refrie-nos a ao printed nas Ceguantoiniranent eltral ada cuanto lnstmenta sete de discs. A quest gorse como princiodemaen f mora pouco sb frm de conduc cleigs, 9 voto sect maria simples vrs a malaria qualicae nes "ais poco fi vtilmente reinvent tans sage sees Imongs. Nio hi nad de surrecadate nse lta. Dede aoe Vis ordos nists etsstam poems de cece oo supsrioes. Como os mons iio pod recover 50 pre te heredartedade, nom fra brit vera de desc ts os 4 csoler sus “gents” através de legdes Em concentra sh expences experentonelates Sale selon eee 193 ators dw ples no spans nora dos melhores “Gas instituidas como um instrumento quantitativo destinado a fazer 194 __ttemoncmnccman eas da lei de Gresham. Da mesma forma que ws magis podes contani- ham as macas boas, aids quantdadedesvatorizaa qualidade, Se as eleigdestém o objetivo de selecionat, na verdadeselecionam mal ‘ou erradamente, isto & selecionamm ao imverso, Segundo a le dos hnimefos, as pessoas que merecem ser escolhidas sao muita fe- ‘entemente excluidss pels que ndo 0 merecem. No fim, "ide- rnga de valor” &substtuda por uma Iideranga deficient, por uma Iideranga sem merecimento Responderdo que nenhum instrumeato x6 tm virtudes € ne nihum defitoc que, de qualquer forma, a usurpagio da Enfase qua ltaiva pela énfase quantitatva & um processoinescapivel, um fata inevitvel, Tavez. Mas 6 igualmente verdade que ademocraci, para exist, deve apotanse no valor. Como pode ser que o coro dos defen sore do valor, que i pouco tempo wociferou de forms to pres: sionane, tenha fieado tio impressionantemente silencioso em relagdo a essa queso? Afinal de contas, as cleigdes sia 0 ponto de partida crucial da estruura vertical da democracia, Se € verdade que as eleigdesselecionam mal, slecionam de fato is avessas, epee «que grande parte daguilo que constitu democracia Gomeya com 0 Dé esquerto, Se os valores slo importantes — como sa para 0 coro sos defensores do valor e para mim — eno a preoeupagao com @ valor devia Se importante em todas as questoes importante, Mas, a julgar pelo debate atual sobre sistemas eleitcasy & ev ‘dente que'o problema da selegdo e,nesse sentido, da qualidade da lideranga,desapareceu interamente, Noss atengio tm sido cadaver ‘mais monopolizada pela questio da “representagio cesta, de que forms precisa ou imprecisa os votes so tradridos em cadeiras, NEO tenho problema nenkum em zelagko a esse interes, exceto que ele no pode tomar o lugar de outros interesses, Se os sistemas eletoras poduzem pariamentos qu representam ou no seus eeitorados peo porcionalmente, é uma questo, Se os sistas eleitorais so proces- So seletivos que selecionam os piores, ou no, € uma outra questo, Que as eleigdes devam ter uma fursdo de espelhamento ¢ uma enigéncia legtima. Que a eleigbesdevam ter uma feng seletina ‘meu ver, uma exigdaciaigualmentelegitima. Ns, segundo eaten do, Emnst Barker fio hime grande autora enftiar (em 1942) que “nfo podemos abandonar a idgia de valor; ao podemos entronizar 195 a maioria x por ser uma marae superior om quantdae. Tem de deseober una forma de vinealar valor © unidade como cosas ftoeparavalmenteligadss™, A dada dG fo earcterizada polo ‘igorvoretorne da preceupaio com o valor, Apctar dso, so xa Inet os pesos mai se qn hoe em dado poco ge 08 alors democrdicos sto respeados, a que mai eviam prociat “ima forma devincular valor equantidae", Quesonarel mais are se dino i, No en, gna emi 0 rinipo da naira lo um instrument melhor que otros an do we toma um mero pecipa de paer quantiaivo, Se at dos timerov hoje um fate devas ainda qe mits oars fs, {Sr contablangada pel press do valor. Ente cpio tea ao Tos uma demovasa quesucbe neta de a erg Sem alr, de uma msl, € uma demoeracia que o proprio demas, ‘longo piazo,sente qu no vale a pena preserva. 6.4 Minorias ¢ elites Basa de “maiova em eu mips sents. Etim hor de cnsfonara “minor no apenas en Ss milion sedan, mas tambrm pe sre sperabundantde sas denominages lst ple Civelanse govern (Sominante), ete, site do per, bite die gente minor drgents, dean e outros. Faqs de dono frinagdes nfo mpc de Fxma sigur qu “nora” desta da {anger (em aga ao fern mttora) de dap eur ome para ade seni, Ao conrii a iquza de denominagbee ques ee {Emaminoria sé somou conto & profuse “Termos diferentes 90 ats pase eerr ao meso conceit dferete concn 30 $brengios plo mesmo tro" ‘fimos comesar limar freno obsrando gue todas a8 ‘expenses enradas cima eer alg pode prt mena Sine, 2 wort eno ateo de cies ‘emoericos (como a parte de una populago wottne derotada ‘numa ica ‘a parte menor de um parlamento). Em sezundo thu quando ants polio se ole par denocaca verti, no colt ineresado em qualquer pe conceal de mini be 196 Anomananocncamenios ‘anti, mas apenas nas minoras que constitem alg ipo de grupo de controle. E claro que as minors religisas, Snias, ingtistias fe -outras desempeaham um papel importante na politica: mas nfo fentram no argumeato vertical a menos qu epeesentem um grupo de controle politico. Assim, podemos cicunsrevero objeto de nosso festudo da seguinte mancita: a estensio e moulidade do poder de onrole politico de grupos menores que metade do universe sobre ‘qual tal poder &exersido, Nio€ preciso dizer que ws fntes do pier pplitico podem alo ser politics (podem ser evondutieas ou outa), E preciso entender, portano, que um poder eantolador & politico quando sua fonte principal & o exereeio de uma fancio ou cargo Politico, elou quando atua por meio dos canais politicos e afeta as Aecistes dos que determinam as politeas coneretas ‘Outen adverténcia prlimina diz respeito & diferenga entre a questo de saber 0 que é uma mninoria de controle © quem pertence uma minoria de controle. primeira questo refere-se am pro= blema conceitual, segunda a um problema empirco, A tarefa con evitual€ defini “grupos de controle” em eelago a suas caracteris ica identficd-s, se houver dferenga entre elas, com nomes dife- rentes,O probleina empirico& verifies os grupos de controle exis- ‘em realmente e quem tem o controle de qué. Da anise conecitual ‘exigimos uma estruturaeloutpologi, ao passo que atarciaempti- «€ verificar que grup de coro existe de acordo com adefingao dada, isto 6, com as earactersticas que Ihe so atibuidas. A ince: pacidade de perceber as investgngdes conceit ¢empitica em suas partculridades ou de wilizd-ls na ordem certa —primeitoas con Ceituais, depois as empiricas — levou a una “iterturatebrca que ida com ets & pode [J [gel cats nn mar de confto ‘0s ertvis pata selecionar uma minora so mumerosos. Entre les, dis sio de enorme importincia.O primeira 60 critsio alimeir- co. Um grupo de controle € um grupo que, na estruturagdo vertical das sociedad, loealiza-se “no topo". Besse mode, podrnos dizer ‘qe, em tvs as sociedades, o pode reside rama classe de poder site ‘da no topo. 0 ertrio altmétrico supe que quem est ao topo “tem poder” um pressupostojustiicado pelo motivo logic de quo ato de ter poder o coldea no topo, e que algutm tem poder de fato pre~ isumente por estarno topo. A abjeo poder cr que nosso enero fancions bem quando lidamos com uma piimide de poder; mas no funciona ti bem quando falamos de uma “estratarquia"™ sto é, uma configura de poder sem um apie (ama piimide impereitae tun- da), Mas o criti akimetrico se plica também destatarquia, desde ‘que expeefiquemos que eadaesrato tm seu propio topo (e que as Somplexidades resutants so consideradas). Podemos dizer entGo ‘qu, segunda a perspectiva altimétvia, toda sociedad é uma estat {ula gue a estratargui resultane pode concentrar-se em um Apice (u distrbuirse entre vtos apices. ‘Oeritéioaltimetricodeixa-nos com a santificagio de una si= tuaglo de fto: quem esté no topo esti no topo, e quem esti li & “poderoso,oxerce e tem poder. Sera que € tudo? A Idade Média as sosiedades de lipo feudal repousavam no principio de que cada pes- Soa deve viver de acordo com sua posi; no entant, foi durante & ade Mesa que os principio de valenion meliresanior pars foram slaborados. Fo antigo regime foi derrubado precisamente em nome ‘do crterio de valor segundo o qual a organizasio vertical da sociedade ‘deverin ser confiaa a pessoas foconecidamenteeminentes. Segundo fesse pono de vista, alguém no esti no topo porgue tem poder mas, ‘ito ao conto, uma pessoa lem poder e esti no topo porque © terece. O segunda eritsio & portant, um eric de mérito ‘Como estes doiscritérios sa tradazids e expessos pela nomen laturastus!? Como final foi um termo de Pareto — elite — que revaleceu, importante entender porque esse aor oadtou & como © eoncebia Em seu Treatise, ele diz muito claramente que “elit” re- Tore-se as pessoas de maior “capacidae em seu ram de aividade™ Mas fo num tabalho anterior que Pareto chegou mais pert de dar una ‘ead em trios concretos a implicago & que a et de Mosca est et luda, E eu dria que Dahl fornece realmente os instruments empiti- os para ae califiar de que el de Mosea no prealoce por defini, ‘Restacnos uma questo: qual 69 exeura vertical de poder das lernocracias? Segundo os eitérios de Dal (acescentara eu) de acor- td com todos os eriérostestiveisconccbidos ate hoje, a8 democra- ‘as do caractrizadas pela difusto do poder — na verdade, por uma ‘iusto to grande que invalida 0 "modelo da clase diigente.Eclaro, tentio, que o modelo aplicivel As democracias € outro. Vamos explo= far ese outro modo no seu devido temp. No momento, goraria de ‘Sugerique & apropriada descre6lo em contraposio a0 outro ‘como um modelo deliderana de minoris eaactrizado pela multi- plcidade de grupos de poder entreerazadoseenvolsidos em manohras Se coalizao, Na verde, 0 fato dos processos de liderangae influ ia se terem tornado, nas democracias, enormemente complexos © ‘scorregadios — como vinos em relacio ao modelo eascata de for magi de opinigo —-no deve Sr inerpretado no sentido dessa mino- Fias teem poueo poder ox de se anularem mumamente. Talvez sim talvez no. Fm certos moments, podemos encontrar, como Riesman, tum “sistema grupal de veto"®, Mas, em outros momentos, para mio falar de expaco, podemos encontrar coalizdes vencedoras* 6.6 A lei de ferro da oligarquia A impossibitidade de aplicar 0 modelo da clase dominante & democraciaaffema, etn conteaposiqao a ei de Mosca, que democrs- ‘iano una fachaca para minorias. Mas um outr rumo da pesquisa leva d conclu clara edristicn de que democraca é“impossivel” ocamintio de Michels, Na verdade,a lei de Michels —a le de ferro 204 _sremoxsancicasen da oligarquia — questions a prpria possibildade da democravia. verdade que Michels no propds uma tora gral da democracia; con cezntrou-se no partido politico. O titlo ofiginal de sua obra mais importante & The sociology ofthe politcal party in modern demo: ‘acy [A sociologia do partido politica na democracia moderna). ‘Apesar disso as concluses que se pode tra dle sa andlise so er clais para a demoeracia em s, por ds raze, ‘A primeira & que um sistema democritico &, em grande parte, no seu funcionamento rel, um sistema de partidos. Como Kelsen di incisivamente: “A democracia moderna baseia-s ineiramente emt Pattids politicos; quanto maior a aplieago do principio demerit 0, tanto mais importantes os partidos, Talver com una tinea arande exeecto, a dos Estados Unidos, os partidos politicos ‘omaramse uma articulado to essencial que muitos autores enten- ddem a democracia alo apenas como um sistema de partis, mas come uma “partidocracit"(paritrazia, somo wna tania dos pa 'idos onde o verdadero foco de poder desloca-se do govern edo par- lamento par os drigentes partidos, onde se concentta™” A segun- a razio € que a fenomenologia dos partido tem urna importiacta pradigmitia, Se o estilo de vida democritco surge da crag vo Intra de comunidades pequenas e lives inter pares — com real- ‘mente acontece — 0s partidos também so formados como associa ses voluntirias © s8o, de fato, sua expressio politica tpica nas Sociedades politieas democriticas de larga estala. De acordo com «esse poto de vista 0s partidos 400 tipo de organism politico que mais se parecem, ou mais devem se parecer, com o protitipo de toda democracia politica auténtica, “Michels peo dedo num pono estratéico, sem soma de div da. Além disso, enftentou a questio da orzanizagio —e vivemos num mundo cada vez mais onpanizado (mesmo quando desorganiado, Hoje em dia, nenhum campo de interes human deixa de buscar organzagio, ou deixs de procuraraunentate/ow apereigor sta on nizagdo, Portano, segundo todos os pontos de vist, no poemos subestimaraimportancia da mensagem de Michels que &, em sntese, que w organizagio desta democracia ea transforma em aligarquia, Em suas palavras: “Quem fala onganizago, fala tendéncia i olizar- ‘quia (1, O mecanismo da organizaio[..]inverte completamente 208 2 posigdo do lider em relagdo is massas [.. Onde a organizaglo & tmais forte, observamos um grat menor de democraciaaplicada™ ‘Segundo Michels, essa € uma "Ie de fer", um processo que no pode ser evtado nem interrompido.F inevitével que todo partido busque ‘omalornimero passive de membros; &inevitive, portant, que “pa tos de opinito” se ransformem gradualmente em “partidos organi- zaxdres". E como 0 poder do lider aumenta& medida que a neces dade de organizacio ecesee, toda organizagio patria tende a se tornar ligirquies. Michels terminow seo estudo clistion com a ‘seguinteafirmagio: “A existincia da chefia & um fendmeno inerente ‘todas as formas de vida socal. Ni cabe cine descobrir se 6 um ‘bem ou um mal ...} Mas hi grande valor eientificnepitico na deter- rinagi do fato de que toda sistema de lderangudregdo € incom- pativel com os posulados mais essencias da democracia” Muitasertcas podem ser fetas ao diagndstico © a prognés- tico de Michels. Em primeiro lugar, ela fla de oligarquia e organi- zagio sem nunca definir elaramente esses conceitos. Nese sentido, argumentei em outa passagem que Michels pode muito bem ter uma 1 de ferro da burocracia, mas apenas uma “Ie de bronze” (de modo slgum revestida de fero) da oligarguia. A esbncin desse tipo de eritca € que, como temos muitas formas diferentes de organizacio, ‘io podemos eoncuir, som justifiativas, que todas slo necesari ‘mente oligarquas incompativeis com a democraci, Em segunda lugar, © campo de observagio de Michels € limitado demais restringindo-se basicamente ao Partido Socialdemocrataalemio de seu tempo, Em tereeio lugar, no tem motivos para passar da pre= rissa "os partidos ndoxf0 democrsticos” para aconelistoa demo tracia no & democritiea". A prova que apresenta €reseta demas para a amplitude de sua conclusio. Apesar de tudo isso, a let de “Michels em geral ainda se aplica, quando se aplie, apenas como uma “ei de bronze", pois a primeira objegdo pode ser respondida pela bservagio de que o argimento bisico sobre s organizagaa & uma eneralizagdo quo, vaga como 6, detects realmente uma tendéncia Detsstente © duradoura. A segunda objecdo pode ser respondida dizendo-se que as afirmasbes de Michels sobre scu objeto de estu- do, 0 Partido Socialdemocrataalemdo anterior a 1914, sempre s80 relevantes pam os grandes partidos de massa da Europa, que no si, 208 Anonaoncenccncnteton ‘om geal, mais democriticos em temos de orgem eatuacio, Fa ter: ‘vrs objeqdo pode ser resolvida observando-se que, se estendermos 2 investizapio a outros setoresoneanizados da ative politica — Principaimente sindicatos — & pouco provivel que venkamos a "encontrar mais democracia interna em qualquer organeagio de larga scala do que Michels encontrow nos partidos politicos. Nesse ca, ‘tose de que “a democracia leva &oligarqua”™ sustena-se, Gostaia de accescontar,ente parénteses, que seo antdoto & lei de Michels 6°mais participagao", eno nossa compreenso atl da ligia da gio coletiva di razBo ao pessimismo michelsiano, No angumento de Maneur Olson, os partidos e sindicatos fornecem, 2 ‘seus membros ¢ seguidores em ger, bens coletivos (ndivisiveis), fsto , beneficios que eabem a cada membro do grupo, sea ele ou ‘no um participant, contribua ou nio para suas eonguistas.Portnto, © indviduo “nio tem incentivo para sacriicar voluntariamente seu tempo ou dinheiro para ajudar um onganizagao a otsr um bem cole- ‘vo sozinho, nde pode ser decisive para determinar se esse bem cole- tivo ser ou no obtido, masse € obtido pelo esforgo dos outros, cle dle qualquer forma extra inevitavelmente em condigtes de wu Jo". Assim sendo, quanto maior uma organizagio, tanto menos “raciona” & para seus membros reais ou potenciaisdiviitem seus ‘nus. Nesse caso, a propria natureza dos benefiioseoletivosindi- visives justfia e moriva a apatia Por iss, hoje em dia existem mais motivos do que no comeco do século para 0 temo de que as previsdes de Michels tivessem bons fundamento. Pode-senotar que Teva o aumento de Michels a sri, Apesar isso, considero-o um exemplo de err fundamental de premisa, qual ‘ej, de como podemos buscar a demoeracia sem nunca chegar até cla, Se avaliamos um Estado democritico comparand sats estrturas ‘organizativas com associagdes voluntrias prototpieas, vai ser dif cil, com esse padrio de medida, provar que Michels esti erado, Mas podemos passer de uma democracia face a face a uma democracia em escala nacional como S08 dus coisas fossem comparives e per encestem a0 mesino continuum’? Eis a questao. Michels eanesbia emocracia & mancira de Rousseau. Em sua formulao do pro- blema, Michels a ¢ diferente de Proushon, Marx ox Bakunin todos ls se referem&'matriz das assoeiagdesvolunrias usando como padi de medida, chegam & concluso de que a democracia polit fa soba qual viveram esob a qual vivemos nao tem uma forma orga nizada que eorresponda aqueleprotsipo. ‘Asst altura, as profecias chocam-se umas com as outas. Por tum caminho, futuro €da demoeracia, mas sou advento€adiado para ‘9 momento’ em que todas as supeestruturas organizadas que a reprimem — o Estado, sobretudo — tenham sido desmanteladas. Tomando-fe outro cuminho, as superestruturas estdo destinadas a reser ¢, portato, a democtacia & sempre irealizvel, No priteieo e150, consideramos possivel ampliar ao iniitoo provsipo das asso ‘ages voluntiias comverté-las naquela enidade coletivagigan- {esea que funciona por st mesma, temid por Marx e pelos anarguis. tas, No segundo aso, reconhecemos que, no processa de ampli, ‘8 proto se dstorcee por iss0 concluimos que a democracia de larga escala€utdpica. Mas, embora as profeets disordom ente si, seu diagndstco subjacente (x0 medida em que se aplicam a0 pre Sente) 0 mesmo: nossas chamadas democracias so flsas. Os dois ‘Campos juan suas forgas, em termos de impacto pético, na mesma negaeto, pos tanta Michels quanto 0 perfeecionisa, o pessimists & #8 otimista,estio em busca da democracia com a mesma lantern ‘9 problema 6 lantern, ‘Que luz da lantern no iain, ou no kami osaficient, {revelado de forma patente pelo Tato de no langar luz sobre a dife- renga entre nossas demacracas alegadamentefalkas eas werdadeiras niodemocracias — entre viver sob govern, dignmos, de Churshill fu de Hitler. Nem Mars, nem Michels percebem ¢ explicam essa Aiferensa, Nio conseguem explicar, muito simplesmeate, porque ‘nunca entenderamt como uma democracin de larga esaln¢ realmente produzida Procuram democraca em estruturas, lo em interagdes. ‘Querem desc imotilizada em, no interior ou dentro de ag ‘a cosa, ao invés de procuri-la como uma indica ene grupos © ompanizagbes. E claro que as estruturas $20 importantes. Mas sua Jmportineia critica esti, com respeito 4 forma pela qual uma racrodemocracia se efetva, em sua interagio. Se esse ponto pi Timinarestiverfaltand, entio & provivel que sempre aterissemos ‘um lgar em que a democracia esteja morta ou nfo possa exis, € rnunca chegaremos onde a democracia esti viva © existe. Michels 208 _ Arcam oncocctean cn procurot a democracia dentro da grande onganizagio, Masa orga 23630 €,afinal de contas, uma resposta ao problema daescal, a. algo fue, de outra forma, foge ao controle. Assim, organizamos ol e601 ems organizacio nao par criar uma forma democrtia, mas basi- samente para dispor de Um corpo que sea ordenado e eficente ‘que & uma coisa intoiramente diferente, Segue-se dessa consideragio Siva que nosso problema — compreender como wma sociedade politica pode ser democitiea — eomega exatamente no pan em se Michels parou. Ao invés de examinar o interior das onganizagies, ‘vamos olhar para fora, para interacBo entre orgaizagOes anti «as econcorrentes — orpanizagbes politics, ¢ claro, Por que e por quem elas competein? E evidente que competem por possous que as apdiem, e porque sus frsa derivado nimera de pessoas que as seguem, Como elas compete? Obvin e declarada ‘mente com promessas de beneficios < vantagens part seus seguidores. A implicagdo &que a maioria desorganizada dos polit feammenteinatvos torna-se 0 dzbitro — e eventualmente o tersium _gaudens — na competigao entre as minorias organiadas dos poit- {mente ativos. Assim, no importa quto oligarquica a organizagao ‘de cada minora srevele quando examinada de dentro; mesmo eatdo ‘resultado da competico entre elas no seu todo, democracia. Esse Ilo €,gostaria de enftizar, um estado de coisas dum. Meso assim «se quiserem, apesar de tudo, uma macrodemocracia global tinda resultado simples fato de que o poder de decir entre os eoncor- Fentes extd nas mios do demos isso que no apenas Michel, como ‘os masta em geral e muitos dos antcititas no conseguemn vet ‘Quem vi isso com mais clareza que qualquer outro antes foi Schumpeter. Chegamos assim teoria competitiva de democracia— nosso proximo assunto 6.7 A teoria competitiva de democracia Na tooria elissien da democracia — segundo o argumento de Schumpeter —a slepio dos representantes “toma-se Secunda crm relasie ao objetivo primeico [..] de atribuir o poder de resolver auesides politicas a0 eleitorad”; mas a verdade € que a resolugio Ade questdes pelo eleitorado & “Secundira em rela dt eleigdo dos hhomens que vao decid”. Partin dessa premissa, Schumpeter apre- senta a defini eldsica do que hoje se chama a teoria competii- ‘ade democracia:“O método demoertico & aque aranjo institue ‘ional para chegar a decises politicas em que os individuos fudguirem 0 poder de decidir por mio de uma luta competitva pelo voto do povo"™ ‘Como todos poem ver, a definigaa de Schumpeter & esrta- mente procedimental: a democracia se reduz a um método. O ponto digno de nota & que Sehumpater conina seu argumento ao lado dos insumos, ou a uma fase do processo global de democracia, Por sso {preciso perguntar como passamos do método para suas conse ‘qéncias demacritias, sto 6, da democracia em temos de insumos puta democraca em termos de produlos, A resposta & fornecida, penso et, polo principio ou regra das “reagies antecipadas” de Friedrich”. No easo em pauta, oprinpio pode ser interpretado da sepuinte maneira: autridadeseletas em busea de reeleigdo (numa "stuagio compettiva) sto condicionadas, em sua devisto, ela ante- ipagao (expectativa) de como os eleitorados vio reagir a0 que elas ‘cider, Portano,o principio das rages atecipadas fornece o elo {entre insuimo ¢ produ, enteo procedimento(conforme a defnigio {de Schumpeter) e suas conseqdencias. A definigio completa seria fentio: democrucia € 0 subpraduto de wm método compeitivo de re- hnovagio de liderangas. E assim porque o poder de elege também resulta, coma num procesto de retoslimentagso, na ateng30 dos ‘leitos com relagdo do poder de ses eleitores. En resumo, eeigdes competiivas producem democracia. B vamos chamar@ eota cima siMdentzo do tmbito da toria compettiva — de teoria da retroalis rmentagio da democrats. ‘© que se disse acim sec expicado e implementa & medi- 4a que formes avangando, No momento, o importante & que esta belove, ao explicar como as democracias realmente funcionam, que 4 democracia de larga escala ndo & uma ampliagio, nem wna sim Pies adigdo de muitas “pequenas demoeracias™. Assim, a analogia, f 0 padrio de medida, no € mais © pequeno grupo voluntiro; 6 ‘ou esti, num sistema de retroalimentages, de reagdes em cade. E, {meu ver, apesar da pletora subseqiente de supostas superagses, aio Arm oesoncanan on essa € nova toria da democracia ov, melhor dizend, 0 que hi de ovo na cortent principal de nos sora ia referencias freqtientes 3 teria compotiiva ou, mais ampla- mente, teora retoalimentadora-competitiva de democracia Como umn “modelo. Admitamos que sea um dos significados admisiveis do termo. Nesse caso, devemos ter presente que sm modelo, 20 ‘menos nas cigncias sciais, nunea &chave de to, Se jase fer fit magio de que o cere da’ democracia reside na competigio nite elites, ent © modelo em pauta nio sustenta tal afimagio. Da mesma forma a teria compettva no pode implica, de fato nl implica, quea demozracia quo temas éa melhor que podemos ter O modelo também nao tata da possiblidade de aperfeigoamenta da democraca. claro, ento, que a teoria competitiva de democracia no constitu a totaidade da tori, Mas dota a teria deseritva de uma série de condigdesnecessavias e suficientes para a exstencia de uma democraca politica. E comreto dizer que a toria vompettiva define democracia"minimamente”,Peristeo Sato de que agora pos smos um modelo que explica o que no foi expliado até agort—— 0 que, de outa forma, é mal compreendido, ‘Schumpeter present sun teria como “mais uma tori”. Esti certo; s6 que mais uma eora algo fel de ser elaborado em dema- sin ese converter uma teria altermativa, Na veedade, a visdo dun ‘ida oj € que dspomos de dias tori altemativas de democracia 4 clissica ¢ a compettiva — entte as guas estamos livres para escolher; somos mesmo chamados a fizé-lo, Mas meu argumento implica que essa € uma étiea e uma oped completamente enganons, ‘A teora da democraciacomegot, como era de se esperar, com uma preocupagio cental com os fundaments. Quando a pesduisa veio part primeito plano, ofaco empirico da tora voltou-se mito para © cletor individual e sus alutinago em maiorias, Mas, quanta mais seguiames esse camino, mais fieava evidente que os funda Imentos nfo sto o difcio todo e que o edificio (a democracia verti- al) ilo pode ser explicado nem representado como uma sociedad politica monitorada pela vontade da maioria, No fando, a objegdo “primeira” teoria da democracia liberal é portant, que € incomple ‘a, © que sua insuficincia nos deixa com Tinalidades desconexts © ‘ambem muito ingénuas, Em retrospectiva, pdemos ver agora que a au insufieigncia da teoria anterior a Schumpeter é (Fo) compensada por tum encesso de presrigo relativamente a decrigao: sempre que a 1e0- rin flew sem resposta,recorre am deve ser. Em alguns momentos ‘ruciais,o ides fo apresentados mu weno de ftos ou conta ‘bandeados como fats, Fieamos ento a nos perguntar come as demo- cracias podem ser de algums forma exereidas. Iso acontece porque {ear incial mio entende © pape, o papel ercilstimo repeesentado pelos mecanismos do sistema, plo fata de seus operadores serem ‘Sbrigados a compete Frete a Fete com g moreado consumidar ‘ui entra, com suas contribuigbes, a teria competitiva ‘Qual enti. base da nogio de que lemos dus eoria de demo jain sons apse fo Promila, p 191). Ver cones Job {Ener Demoeracy and paren nando Pepin, 1978). ‘hp fy ons uma catia jiian da posigao de Mil, 1 Condraions cp. W(. 142 de 1938), Vor tambo 0 21 al, "area do tote de abet er Conderation cap. 8 (9.313 8 <4 95), quo each dor ae pel io do ere cons 2»'Gantieraton cap. 108 de 1958) exp. 6 (p92). Que, pa Mil competent pride sabe prtsgari © algo bom doc. Inia por Thompson ohn Sat Mil and rpratearve governess rol hed pot 6 denda e dtrneats de outa betas cpt sat 2, segs 13. Yer espe 12-espocainente a sete 3 "Quattor er ae capo 3. quanto 30 ieai= ads on qu lg € considers, por exenpo, por 1. Walsr,"A| feof te cle henry af erocrsy, plea pstrormert ek ‘Bootrs com thal "Normative comequeses of democratic ea Vero capil seo 6 "Kanda ue vont, un vogue asta beens excentcades deve CBee B. Rap cle, Tene or perio 2a cite for pate do rp amelie sonforme entado © etenlo ‘etsy. eftsn-aos's rom Sosa stractre andthe rig elt” ‘rah lone Socata 11980). Melber snd, wer R- Aro, “Clase fect, clave potge, cate dominate, Archive uropdonies de Sccogie? 900) Te her of omocrat liom p97 Buea, p40 . ‘ Comenssaba so vee ue oer da acu iain do Heche eave quo nerpretaia de mina Democrat theory "00 ‘hope te distrqso planes”. Srppin,Presentaione” La a ‘Ui etomsdemnrt Nap ia, 14) XVI eh Terme demcrtcaafee outa ato Ske Bil (ay. Protea etws,p. 132) : nue aici eaten O "agua eqac ha canto dopo ‘Indade cools Porque "cian"? Eero? © mganent 0 ‘1 rons 9 ico mean 51 Hsry ofthe elope War. rad, Richard Crawley (Ne York, Oxord ‘nist rot 188, weep. 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Wight his que consis x cite do pode Sm ite italeprocurat torts prime reaponave eras & Sunder Me cau wort wr fee Ue Ya Sion Sete, Wonca. ss ani glade juts snobs de gue dopo shade eet ode cpa eect 12 exp. sees 463. ante spinels propos" dpa cial do segundo pricing de uate ae Ver thoy fue (eambege, Masa reed Unvesy Pes, 7p 60 ver Nass oan na i seo em it deni ape tts er ah pen, Quanto anor de ete isl, pr exe wo Merial Caner SF Hontgln «J Waa, The crs of dover sy nporon th orb 9 doar tothe tera! commison ew New Fork Uneriy re,995} 64 tomb, tar dee moc idea (Pca, Velszet, 97 Un aahagto pbb € Siar or edy Chufengeogoveronce: aden owloaded pois CGeverh ile Sap, 1980 0 aspect economic cm fe Rose 5c Pees Com gncronen’ go Snir (New York, Books {shin Vern epeicanent§ tan the economic conadctont tdemecray, Bish oreo oltc!Soenee (993) Buchan SIE: wags Deco) he ptt lg) fond Reet sil Yr ese 17 ee {Degen nodes secon t ce de reper ‘tans meonl) emmot ign -Hepescnstona sens, ration Enpeloet ofthe Soca Sconce onde servo 0 agent to. 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