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faWaedianita) a a vi Ra OL | i. Vladimir Megre ANASTASIA LIVRO 1 DA COLECGAO OS CEDROS RESSOANTES DA RUSSIA. indice Capralo 1 Perestroika Capitulo 2 ~ 0 Ceo Ressoamte Capitulo 3-0 enconto . Capito 4 ~ Animal ou pessoa? Captalo 5 ~ Quem sho ees? Capitulo 6 Um quarto ma loreta Capitulo 7A manha de Anastasia Capito 8-0 peyueno aio de Anastasia Capito 9 ~ Concert na Tiga : CCaptalo 10 - Quem acende uma nova esl? Capito 11 seat queidos Dacbii Capiralo 12 - Conslhos de Anastasia (Cepialo 13 —Docmindo soba sua estrela Capea 14 A mulher das eels Capicao 15 ~ Um sjudate pars educro seu flo... CCaprao 16~A escola da flores Captao 17 Atengo para com ose human Captalo 18 ~ Discos voudores? Nada de extnordiniriot CCapieao 19 ~O ctebro, um sper computador Capes 20-0 gue fe fio nee er a vida, ‘avid rs uz dos homens» Capitulo 21 preciso muda «forma de vero mondo CCaptalo 22 - Um pecado mortal VAGESSCSSSSSSSSSOSUSSES SSSI TTT TTTTIT ATA TTTS cairo ae Perestroika (Capita 31 ~ Quem 6, Anastasia? an 1990 inciowse ma Risin Persroiks, tendo as psoas sido astrzadas, partic dese momento, cat 0s us prprion nepécionprivads ar os povos da URS, onde ntigaments «actividad expte vit xs conierada um rime e assim pod pore ao pont de tear piso ral sotto foi revoluconéi ‘Apeoxmadamente cm trgo da populcio,epialente nas apis e nas grandes cidade, comegou eno a imaginar 0 se pri frre tendo ua vida fl lxuosa, insprando-e nos ‘lhonfcon oidenti. ‘A cide de Novosti, onde eu viva esa alr, fava @ sts ell quilbmetrs de distncn de capital da URSS, Motovo, tnas os seus habitants exforaram-se porno far ari em rel Go A capil, no que dia respi crag de negfcion ‘Na su maionia, os princcosempesirios da Sibsa cxaram equenon neyécios, tedo-se dedcado A pretago de servigos © te comércio de poqveno rea, abrindo peqenos calls ¢ lis ‘Agoces qo consegiram langar mo a om qualquer equiamento amigo, erienandose ron ambients mei clandestnos da prod ‘gio de bijutaria de plistico, que na altura estava na moda, eram [uss considerads fabricate indie Mensagem de Visit Megre so coees i ee Avan Fu tive sorte, pois conseyuialugar os tr8s maiores navios de passageiros da roca fluvial da Sibria ocidental. Uizava um delee de cons triple com restauramte, bare sala de conferéneias, para fazer excursbes de recreo; ¢ era também nele que orpanizava 25 conferéncias de empresirios sberianos. Nessa altura clegeram-me presidente da astociagio inter regional de empresicios, que se chamava «Cooperante Sibeiano» Seatiarme entio um empresisio de sorte € com sucesso. No es- tanto, existam também grandes problemas relacionados com a in satsfagdo da sociedade para com os novos homens de negocios. No inicio da Perestroika a socicdade Russa diviia-se em uss facg8es, aparentemente irreconciiveis. De um lado estvam a pessoas com vontade de se dedicar a0 negécio privado e que, sen ‘ver nada de mal no sistema capitalists, desejavam viver noma so: edade semelhance 3 ocidensal. Do outro lado exavam os veter: ‘os da guerra e da labuta, que no aceitavam de modo nenburs a inowages 0 pals. Era possivel compreendé-los |Até20 inicio da Perestoita, uma pessoa de idade que fosse ex -combatente ov Heréi do Trabalho Socialist vests © sea uiforme ‘condecorado ¢ saa paca a parada, nos das feiados, falando frente 0s ovens estdantes.Achaya a sua vida dign de respeto pois inka sido vivida de forma correcta em prol da sciedade socialists. De re- peat as mudangas foram muito bracas. Nio se tnhs constraido 6 ‘ipo de soiedade mais coreeta, era necesirio afinalconseruir ums sociedade capitalita € no socalista.Tarbém em vio tiham em 1917 expulsado 0 zat da Rissa, fuilando toda a sua familia. Na sctuaiscircunstincas, as condecoragSes desta pessoa de idade eran testemunko, nod sua valentia, mas sim do facto de ter estado m0 vanguarda da construcio de uma sociedade que indo ra conside ‘ada como correcta. Como & que esta pessoa podia agora olhar nos 10 Anes {ome ¢vivemos em cabanas, as consruimosidbricas. Construimos ‘eidades. Consraimos o socialsmo, sonhimos com 0 comuismo, ‘Uma pesson invlida, amiparada nas suas muletas, acenava de verem quando, em concordincia, dizende! ~N6s alo poupimos 2 nossa vida. Dae velhoras pritavam ~ Déem-n0n a reformat Déem-nos sreformal (Or grit dal mulndo pareceram exaltar ainda mais aquce gue flava: = Ni toleramos a existénca de sanguessupas © burpueses. Ji nem no mercado se pode comprar came, porgue des comprar sudo pars 28 charrasqueiras dees. Varnos destruir ox quicegues de tex como te fossem nunhos de pissaros -incersvava cle. E a makidio em coro: ~ Destruct Destrui Destrirt = N6s consraimos a vida para o* nosss hos, nio para dese spontou para 0 acsso grupo. “Todos 0 pariipantes da manifewacio s viraram entdo para 0 ‘om lado, Fer se silrcio, como sea muledio se estivesse a preps: sx para salar em cima den. Foi entio que pegoe o stifalance «subi para orjadilho do jie, ‘sida sem saber 0 que ia dzes Por isso comecei sem peeimbelos: = Voots diner que sesforcaram pelos vosos ios ¢ aqui estamos or vososflhos. Devidimos tamar-nosempresitios Consrsimos sama vida que nfo épior que a da Amécica. A ke acaal permite que a8 pesoas se dediquem 20 nego privado. Agradecemos 0s eslor- 08 mat aquilo que voctsconstriram nio ¢ agora 0 mais adequado para 26s, por isso queremoscrar algo nosso. E se comerarem 2 des- mui tudo ai € que nfo vio receberreforma nena, porque 3om08 1s que descoctamos pura a vossa rforma. Os empresirios no so Puneernnce 9 thos dos seus fhow enetor? Eram exactamente estas as pessoas aie safam para as manifestagdes de ua, no inci da Perestroika. (Uma ver aconteceu tomar parte numa dessas manifestagbes. Durante uma reunifo com empresrios da Turquis « minha se- cretiriainformou-me que, junto da sede siberiana do Comité do Partido Comanista, 4 reunia uma manifestagio espontinea ditigi= da contra expresirios, conforme se lia nos slogans. Desculpei- “ime perante a delegagio tureae decid ir & manifestagio coon wm srupo de colegis, Naquela altura temiamos que, apés a manifes- taglo, a multidio comegasse 2 desu os quiosques de vends de cchurrasco eas los, todos eles privados. “ Devias madar de roupa ~ aconselhou um dos meus colegas ~ se aparecemos assim & frente da multid2o, com os nosss fatos de ‘gala eles ainda se zangam mais. “= Devia, maf ado temos tempo. ‘Bassi fomos para a menifesagdo, distrbuidos em dois ca ‘um Mercedes imporeado ¢ um jipe russo UAZ. Saimos dos car- ros com os nosso faos clegantes de camisa branca ¢ gravata. Eu parecia mesmo um dandy londrino, de fato branco. E ficémos ali parados a olhar para os manifesances, sem saber bem o que faze. ram aproximadamente mile quinhentos ov dois mil manifes- antes. As bandeira eacarnadas desenrolavamse sobre mulidio. ‘Como slogans lis-se: «No permiiremos 0 capitalismos; «0s em- presiion ao sanguessugas do povos; «que os traidores da cause do Partido seam responsabilizadoss. ‘Um senhor de idade,furiogo e exibindo as suas modalhas 20 peito, dia de forma impensosa a partir do palco impeovisado: ~ A nossa geragio foi trafdal Una geracio inca! A nossa ges ‘go! Nos, que derramémos sangue nas trincheras. Nés, que nio de ‘ximos a canalhads fascstaconguistar a nossa pitria. Néspassimos TV LUUUNONUONONNONO DI ULODODODDOREED ERE EDEL sanguessugas. Un empresiro Eaguele qus se etfores por fazer algo, ‘fete para opaiscclaro,também pars si proprio, ‘havele que flava dese opalco no tia abifalanee pars me incercomperteve que gitar: them para cle a incetivar as sanguessgas a chupat 0 o°p0 do povo! Foram cles que raparam todos os produtos das bancadas {Jor mereados. So eles que comprar. a carse depois vendem et radars wees mais caras No wba came em pastes dak, eco a np que fois horem, Ent toda avid se eforaram si qr im, as 96 consegirarsrmarenar carne para tts dak? “Os pits da mul cemaram ¢ 25 pesous xara 0 NOSSO Ailey, veando se suceeivamente para aquete que tna a pala sa. bomem no palo no resondew a0 Meu axRUMEN, £m Vx isso gto: ~* Avamem osanguestoga do povo tiem-no de cima do caro. Cem come o patil vest ‘Noses aloes woaram da mulidio virios objets a minha di- eerie, endo dis tomates de conser € um ovo acertado no met foro. e coneguram tam acer wa mina cba coe um pepo taleado. A plicia, que etava presen na manifexagio, dispie-s em inns entre a makidlo e 0 cirro em cujo tjadiho eu me encontraya dept Viando-se na miha dzeogio, 0 comandant 6 polis pion: paper dese Jo caro foge- Nos no wamos consent Seam sara mali. Mas x no quis ecuar grit plo abifalance: E vocds queriam qoe os vosos fos andasem como vocts, venidon de freer? Fo para iso que lraram afinal? "Alpomas pesoer conscpurem sai através dt lia formada pelos pliias, correram para n caro € comsyaram a abans-lo, FE ‘Aida aa ee 12 Ausra ‘isto, nem eu pripio sei como aquiloaconteceu, comecei de repen- te a declamar 08 versos de Maiskovsky sobre Lenine: “Tempo! Inicio um relat sobre Lene. Ennio porque if nfo existe magoa, (© tempo, porque a sandadeaguda se rorou clas, Reconheida pela dor “Tempo! ‘Tendo desenrolado os slogans. Envainnos mos numa poga de irmas? ‘Mesmo hoje Lene est sis vivo que todos 0 vivo ‘0 nosso lema sio a forca ¢ as armas.» . A mulkidio ficou imével de surpresa. E tambéan aqueles que abanavam o carro ficaram iméveis a olhar para cima. Nesse mo ‘mento, sobre arelva de um dos lados aproximou-se letamente um

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