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xz UNIVERSIDADE DE SAO PAULO oo ESCOLA DE ENGENHARIA DE SAO CARLOS DEPARTAMENTO DE HIDRAULICA E SANEAMENTO “INSTALAGOES PREDIAIS DE AGUA FRIA Prof*. Marco Antonio Penalva Reali Eng’. Rodrigo Braga Moruzzi Eng’ Aurélio Pesséa Picango Eng*. Karina Querne de Carvalho Sao Carlos, Agosto / 2002 SUMARIO 1-INTRODUCAO 5 2 OBJETIVOS DE UMA INSTALACAO PREDIAL DE AGUA FRIA. 5 3-ETAPAS DE PROJETO 5 4 - SISTEMAS DE DISTRIBUICAO 7 4a- ISTEMA DE DISTRIBUICAO DIRETA 7 4.1.1 - VANTAGENS 7 4.1.2 - DESVANTAGENS 7 8 8 4.2 - SISTEMA DE DISTRIBUICAO INDIRETA 4.2.1 - DISTRIBUICAO POR GRAVIDADE 4.2.2 ~ DISTRIBUICAO POR HIDROPNEUMATICO 8 4.2.3 - VANTAGENS DOS SISTEMAS DE DISTRIBUICAO INDIRETA un 4.2.4 ~ DESVANTAGENS i 4.3 - SISTEMA MISTO By 5 - PARTES CONSTITUINTES DE UMA INSTALACAO PREDIAL DE AGUA FRIA__13 5.1 ~ ALIMENTADOR PREDIAL 13 5.2 ~ APARELHO SANITARIO 13, 5.3 - AUTOMATICO DE BOIA 13, 5.4- BARRILETE 13, 5.5 ~ CAIXA DE DESCARGA 13, 5.6 - CAIXA OU VALVULA REDUTORA DE PRESSAO 13 5.7 - COLUNA DE DISTRIBUIGAO 4 5.8 - CONJUNTO ELEVATORIO 4 5.9 - CONSUMO DIARIO “4 5.10 ~ DISPOSITIVO ANTIVIBRATORIO 4 5.11 - EXTRAVASOR “4 5.12-INSPECAO 4 5.13 ~ INSTALAGAO ELEVATORIA 4 5.14 - INSTALACAO HIDROPNEUMATICA. 14 5.15 ~ INSTALACAO PREDIAL DE AGUA FRIA 1“ 5.16 - INTERCONEXAO u 5.17 ~ LIGAGAO DE APARELHO SANITARIO 5 5.18 - LIMITADOR DE VAZAO 5.19 - NIVEL OPERACIONAL 5.20 - NIVEL DE TRANSBORDAMENTO 5.21 - QUEBRADOR DE VACUO 5.22 - PECA DE UTILIZAGAO 5.23 - PONTO DE UTILIZACAO (DA AGUA) 5.24 ~ PRESSAO DE SERVICO 5.25 - PRESSAO TOTAL DE FECHAMENTO 5.26-RAMAL 5.27 - RAMAL PREDIAL 5,28 - REDE PREDIAL DE DISTRIBUICAO. 5.29 - REFLUXO DE AGUA 5.30 - REGISTRO DE FECHAMENTO 5.31 - REGISTRO DE UTILIZACAO 5.32 - REGULADOR DE VAZAO 5.33 - RESERVATORIO HIDROPNEUMATICO 5.34 ~ RESERVATORIO INFERIOR 5.35 - RESERVATORIO SUPERIOR 5.36 - RETROSSIFONAGEM. 5.37 - SEPARACAO ATMOSFERICA 5.38 - SISTEMA DE ABASTECIMENTO. 5.39 - SOBREPRESSAO DE FECHAMENTO 5.40 - SUBPRESSAO DE ABERTURA 5.41 - SUB-RAMAL 5.42 - TORNEIRA DE BOIA 5.43 -TRECHO 5.44 - TUBO DE DESCARGA 5.45 - TUBO VENTILADOR 5.46 - TUBULACAO DE LIMPEZA 5.47 ~ TUBULACAO DE RECALQUE 5.48 - TUBULACAO DE SUCCAO. 5.49 - VALVULA DE DESCARGA. 5.50 - VALVULA DE ESCOAMENTO UNIDIRECIONAL 5.51 - VALVULA REDUTORA DE PRESSAO 5.52 ~ VAZAO DE REGIME 5.53 - VOLUME DE DESCARGA 15 15 15 15 15 15 15 15 15 16 16 16 16 16 16 16 16 16 7 7 17 7 7 7 7 7 7 7 18 18 18 18 18 18 18 18 6 - ESPECIFICACOES E CONSIDERACOES A RESPEITO DOS TUBOS FMPREGADOS 21 6.1 - MATERIAIS, DIAMETROS E PRESSOES 6.2- VELOCIDADES 7. ESTIMATIVA DO CONSUMO DIARIO (CD) 2 23 24 8-RAMAL PREDIAL. 25 8.1 - LIGAGAO DO ALIMENTADOR PREDIAL 26 9 CAVALETE 29 9.1 - HipROMETROS 30 10- RESERVACAO. 30 10.1 - INFLUENCIA DOS RESERVATORIOS DOMICILIARES NA QUALIDADE DA AGUA. 30 10.2 - CAPACIDADE E RECOMENDAGOES 31 10.3 - DETALHES DOS RESERVATORIOS 32 10.4 - CANALIZAGAO DE DESCARGA DOS RESERVATORIOS 35 11- DIMENSIONAMENTO DA INSTALACAO ELEVATORIA DA AGUA PARA ABASTECIMENTO. 36 11.1 - VAZAO HORARIA DE RECALQUE (Qs) 36 11.2- ESCOLHA DA BOMBA 37 11.3 - ACRESCIMO DE POTENCIA SOBRE 0 CALCULADO 39 11.1 - SISTEMA DE COMANDO DA BOMBA 40 12 - BARRILETE OU COLAR DE DISTRIBUICAO (MANIFOLD) 42 12.1 - SISTEMA UNIFICADO 42 12.2 ~ SISTEMA RAMIFICADO 43 12.3 - MODELO DE CALCULO 43 12.1 ~ EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO DE UM BARRIL 50 13 - COLUNAS 59 14 ALTURA DOS PONTOS DE UTILIZAGAO 60 15 - PROTECAO DA REDE CONTRA A RETROSSIFONAGEM 60 16- REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 2 1-INTRODUCGAO O presente texto sobre instalagdes prediais de Agua fria tem como principal preocupacdo a necessidade de mostrar ao aluno a existéncia de uma Norma Brasileira sobre o assunto, ou seja, a NBR 5626 Instalacdes Prediais de Agua Fria da ABNT(1).O conhecimento da terminologia e das especificagdes desta Norma constitui-se do objetivo essencial destas notas, motivo pelo qual muitos de seus trechos encontram-se aqui integralmente transcritos. 2- OBJETIVOS DE UMA INSTALACAO PREDIAL DE AGUA FRIA Os principais objetivos de um projeto desse tipo de instalagao sao: # Fornecimento continuo de 4gua aos usuarios e em quantidade suficiente, amenizando ao maximo os problemas decorrentes da interrupgio do funcionamento do sistema ptblico de abastecimento; Limitacéo de certos valores de pressées e velocidades, definidos na referida Norma Técnica, assegurando-se dessa forma o bom funcionamento da instalacao e, evitando-se assim, conseqiientes vazamentos ¢ ruidos nas canalizagies e aparelhos; + Preservacao da qualidade da agua através de técnicas de distribuicao e reservagao coerentes e adequadas propiciando aos usuarios boas condicées de higiene, satide e conforte. 3-ETAPAS DE PROJETO Basicamente, podem-se considerar trés etapas na realizagao de um projeto de stalacdes prediais de agua fria: concepcao do projeto, determinacéo de vazies ¢ dimensionamento. ‘A concepcao é a etapa mais importante do projeto e é nesta fase que devem ser definidos: o tipo do prédio e sua utilizacao, sua capacidade atual e futura, o tipo de sistema de abastecimento, os pontos de utilizagao, o sistema de distribuigao, a localizacao dos reservatérios, canalizagées e aparelhos. A etapa seguinte consiste na determinacao das vazdes das canalizagdes constituintes do sistema, que ¢ feila através de dados e tabelas da Norma, assim como na determinacao das necessidades de reservacao e capacidade dos equipamentos. No projeto das instalagdes prediais de agua fria devem ser consideradas as necessidades no que couber, do projeto de instalagéo de agua para protecdo ¢ combate a incéndios. © dimensionamento das canalizagées é realizado utilizando-se dos fundamentos basicos da Hidraulica. O desenvolvimento do projeto das instalacées prediais de agua fria deve ser conduzido concomitantemente, e em conjunto (ou em equipe de projeto), com os projetos de arquitetura, estruturas e de fundacdes do edificio, de modo que se consiga a mais perfeita harmonia entre todas as exigéncias técnico-econdmicas envolvidas. Os equipamentos e reservatsrios devem ser adequadamente localizados tendo em vista as suas caracteristicas funcionais, a saber: a) espago; b) iluminacao; ©) ventilagio; d) protecao sanitaria; ¢) operacao e manutencio. $6 6 permitida a localizacdo de tubulacées solidarias a estrutura se nao forem prejudicadas pelos esforcos ou deformacdes préprias dessa estrutura. ‘As passagens através da estrutura devem ser previstas e aprovadas por seu projetista. Tais passagens devem ser projetadas de modo a permitir a montagem ¢ desmontagem das tubulagées em qualquer ocasiao, Indica-se, como a melhor solugao para a localizagao das tubulagdes, a sua total independéncia das estruturas e das alvenarias, Nesse caso devem ser previstos espacos livres, verticais e horizontais, para sua passagem, com aberturas para inspecdes e substituicdes, podendo ser empregados forros ou paredes falsas para escondé-las. Segundo a NBR 5626 (1) © projeto das instalagdes prediais de agua fria compreende memorial descritivo ¢ justificativo, célculos, norma de execucao, especificagdes dos materiais e equipamentos a serem utilizados, ¢ a todas as plantas, esquemas hidraulicos, desenhos isométricos e outros além dos detalhes que se fizerem necessdrios a0 perfeito entendimento dos elementos projetados; deve compreender também todos os detalhes construtivos importantes tendo em vista garantir o cumprimento na exccugio de todas as suas prescricées. Poderao ou nao constar, dependendo de acordo prévio entre os interessados, as relagGes de materiais ¢ equipamentos necessarios a instalagéo. 4-SISTEMAS DE DISTRIBUICAO 4.1 - Sistema de Distribuicéo Direta Através deste sistema, a alimentagdo dos aparelhos, torneiras e pecas da instalago predial € feita diretamente através da rede de distribuicdo, conforme mostra a Figura 1. Figura 1 - Abastecimento direto 4.1.1 ~ Vantagens + Agua de melhor qualidade devido a presenca de cloro residual na rede de distribuicao # Maior pressio disponivel devido a press4o minima de projeto em redes de distribuigéo publica ser da ordem de 15 mca. # Menor custo da instalacdo, néo havendo necessidade de reservatérios, bombas, registros de béia, etc. 4.1.2 ~ Desvantagens + Falta de agua no caso de interrupcio no sistema de abastecimento ou de distribuigao; + Grandes variagdes de pressao ao longo do dia devido aos picos de maior ou de menor consumo na rede publica; + Pressdes elevadas em prédios situados nos pontos baixos da cidade; + Limitagéo da vazdo, no havendo a possibilidade de instalagao de valvulas de descarga devido ao pequeno diametro das ligacdes domiciliares empregadas pelos servicos de abastecimento puiblico; + Possiveis golpes de arfete; # Maior consumo (maior pressao); 4.2 - Sistema de Distribuigao Indireta A alimentacao dos aparelhos, das torneiras e pecas da instalagao ¢ feita por meio de reservat6rios. Ha duas possibilidades: por gravidade e hidropneumatico. 4.2.1 ~ Distribuigdo por Gravidade A distribuicdo é feita através de um reservatério superior que por sua vez é alimentado, diretamente pela rede piblica ou por um reservatério inferior, conforme mostra a Figura 2. Figura 2 - Abastecimento indireto por gravidade 4.2.2 ~ Distribuigio por Sistema Hidropneumatico 4.2.2.1 - Introdugio Acescolha por um sistema hidropneumatico para distribuicao de agua depende de intimeros fatores, destacando-se os aspectos arquitetOnicos e estruturais, facilidade de execugéo e instalagio das canalizacées ¢ localizagao do reservatério inferior. Muitas vezes, torna-se mais conveniente a distribuicdo de Agua por meio de um sistema hidropneumatico, dispensando-se 0 uso do reservatério superior. Além dos fatores anteriormente mencionados, uma anilise econdmica, que leve em conta todos os custos das partes envolvidas, fornecera os elementos necessérios para a escolha definitiva do sistema predial de distribuigao de agua. A Figura 3 mostra um esquema de uma distribuicao hidropneumatica. Figura 3 - Abastecimento indireto hidropneumiatico 4.2.2.2 ~ Consideragies sobre o Sistema Hidropneumatico O sistema hidropneumatico ¢ constituide por uma bomba centrifuga, um injetor de ar e um tanque de pressio. Além desses componentes principais, o sistema ¢ automatizado por meio do uso de um pressostato, Os aparelhos existentes na pratica variam de acordo com o fabricante, porém, o funcionamento difere muito pouco. A bomba, com caracteristicas apropriadas, recalca gua (geralmente de um reservat6rio inferior) para o tanque de pressao. Entre a bomba e o tanque de pressao, localiza-se o injetor de ar (normalmente um Venturi) que aspira ar durante 0 funcionamento da bomba e o arrasta para o interior do tanque de pressao. O ar é comprimido na parte superior do tanque até atingir a pressio maxima, quando a bomba ¢ desligada, automaticamente pela agao do presséstato. Tem-se, como resultado, um colchao de ar na parte superior do tanque, cujo volume varia com a pressdo existente. Quando a agua ¢ utilizada em qualquer ponto de consumo, a pressdo diminui, com conseqiiente expansio do colchao de ar, até que a presso minima sea atingida, quando pela agao do pressdstato, a bomba é ligada. © ciclo de funcionamento do sistema compreende o intervalo de tempo decorrido entre dois acionamentos de “liga” da bomba. Conhecendo-se © ciclo de funcionamento, é possivel calcular o namero médio de partidas da bomba por hora De acordo com a NBR 5626, a instalacao elevatéria deve operar, no maximo, seis vezes por hora. A Figura 4 apresenta um esquema da instalacéo de um sistema hidropneumatico. reservatorio| Ferior Figura 4 - Esquema da instalacao de um sistema hidropneumatico A operacao de um sistema hidropneumitico depende da pressdo no interior do tanque de pressao, conforme mostra a Figura 5. Nota-se uma variagao da pressdo de 280 para 140 kPa quando o volume de gua é reduzido de 73,2 para 57,7% (15,5%). Assim que o volume de agua diminui, o ar expande, ocupando o espaco adicional, caso a pressao de acionamento da bomba seja inferior a 140 kPa (1,4 atm). % do olturo do tonque Figura 5 - Variagdo do nivel de agua no tanque de pressio 4.2.3 ~ Vantagens dos Sistemas de Distribuicio Indireta * Fornecimento de agua de forma continua, pois em caso de interrupcées no fornecimento, tem-se um volume de agua assegurado no reservatério; Pequenas variagGes de pressio nos aparelhos ao longo do dia; Permite a instalacao de valvula de descarga; Golpe de ariete desprezivel; Menor consumo que no sistema de abastecimento direto. eeee 4.2.4 ~ Desvantagens Possivel contaminacéo da agua reservada devido a deposicéo de lodo no fundo dos reservatérios e a introdugao de materiais indesejaveis nos mesmos; # Menores pressées, no caso da impossibilidade da elevacao do reservatério; Maior custo da instalagao devido a necessidade de reservatérios, registros de béia € outros acessérios. 4.3 - Sistema Misto Parte da instalacdo é alimentada diretamente pela rede de distribuicao e parte indiretamente Vantagens: + Agua de melhor qualidade devido ao abastecimento direto em torneiras para filtro, pia e cozinha e bebedouros; + Fornecimento de agua de forma continua no caso de interrupgdes no sistema de abastecimento ou de distribuigéo; + Permite a instalagao de valvula de descarga. Observacao: Geralmente em residéncias, sobrados, as pias de cozinha, lavatérios, chuveiros, tém duas torneiras: uma delas, abastecida pela rede publica e a outra, pelo reservat6rio. IMPORTANTI A Norma recomenda como mais conveniente, para as condicées médias brasileiras, o sistema de distribuigéo indireta por gravidade, admitindo o sistema misto (indireto por gravidade com direto) desde que apenas alguns pontos de utilizagao, como torneira de jardim, torneiras de pias de cozinha e de tanques, situados no pavimento térreo, sejam abastecidos no sistema direto. A utilizagao dos sistemas de distribuicdo direta ou indireta hidropneumética deve ser convenientemente justificada. Figura 6 — Sistema misto de distribuigio (Fonte: MACINTYRE, 1996) 5 - PARTES CONSTITUINTES DE UMA INSTALAGAO PREDIAL DE AGUA FRIA Antes de se enumerar as diversas partes contribuintes de uma instalagio de ‘Agua fria, apresenta-se a seguir algumas definic6es extraidas da NBR 5626 (1), que so necessérias & compreensao dos textos que se seguem. Definigses De acordo com a Norma sao adotadas definigdes de 5.1 a 5.53. 5.1 ~ Alimentador predial Tubulacao que liga a fonte de abastecimento a um reservatério de agua de uso doméstico. 5.2 - Aparelho sanitério Aparelho destinado ao uso de 4gua para fins higiénicos ou para receber dejetos, ¢/ou Aguas servidas. Inclui-se nesta definigéo aparelhos como bacias sanitérias, lavatérios, pias e outros, e, também, lavadoras de roupa e pratos, banheiras de hidromassagem, ete 5.3 - Automatico de boia Dispositivo instalado no interior de um reservatorio para permitir 0 funcionamento automitico da instalagao elevatéria entre seus niveis operacionais extremos. 5.4-Barrilete Conjunto de tubulagdes que se origina no reservatério e do qual se derivam as colunas de distribuigiio, quando 0 tipo de abastecimento adotado ¢ indireto. 5.5 - Caixa de descarga Dispositivo colocado acima, acoplado ou integrado as bacias sanitérias ou mictérios, destinados a reservacao de agua para suas limpezas. 5.6 ~ Caixa ou vdlvula redutora de pressio Caixa destinada a reduzir a pressao nas colunas de distribuigao. 5.7 - Coluna de distribuigéo ‘Tubulagao derivada do barrilete e destinada a alimentar ramais 5.8 - Conjunto elevatério Sistema para elevacao de gua. 5.9 - Consumo didrio Valor médio de 4gua consumida num perfodo de 24 horas em decorréncia de todos os usos do edificio no periodo, 5.10 - Dispositivo antivibratorio Dispositivo instalado em conjuntos elevatérios para reduzir vibracées e ruidos e evitar sua transmissao. 5.11 - Extravasor Tubulagdo destinada a escoar os eventuais exce e das caixas de descarga. os de Agua dos reservatérios 5.12 - Inspegdo Qualquer meio de acesso aos reservatérios, equipamentos e tubulacdes. 5.13 - Instalagao elevatoria Conjunto de tubulacées, equipamentos ¢ dispositivos destinados a clevar a ‘gua para o reservatério de distribuicao. 5.14 ~ Instalagao hidropneumatica Conjunto de tubulacdes, equipamentos, instalacdes elevatérias, reservatérios hidropneumaticos e dispositivos destinados a manter sob pressio a rede de distribuicao predial. 5.15 - Instalagdo predial de agua fria Conjunto de tubulacées, equipamentos, reservatérios e dispositivos, existentes a partir do ramal predial, destinado ao abastecimento dos pontos de utilizacio de Agua do prédio, em quantidade suficiente, mantendo a qualidade da agua fornecida pelo sistema de abastecimento. 5.16 - Interconexo Ligacao, permanente ou eventual, que torna possivel a comunicacao entre dois sistemas de abastecimento. 5.17 - Ligacao de aparelho sanitério Tubulacdo compreendida entre 0 ponto de utilizagdo e 0 dispositive de entrada de 4gua no aparelho sanitério. 5.18 - Limitador de vazio Dispositivo utilizado para limitar a vazao em uma peca de utilizacao. 5.19 - Nivel operacional Nivel atingido pela agua no interior da caixa de descarga, quando o dispositivo da torneira de béia se apresenta na posigéo fechada e em repouso, 5.20 ~ Nivel de transbordamento Nivel do plano horizontal que passa pela borda de reservatério, aparelho sanitario ou outro componente. No caso de haver extravasor associado ao componente, © nivel é aquele do plano horizontal que passa pelo nivel inferior do extravasor. 5.21 - Quebrador de vacuo Dispositivo destinado a evitar o refluxo por succdo da agua nas tubulacées. 5.22 ~ Pega de utilizagdo Dispositivo ligado a um sub-ramal para permitir a utilizagdo da agua e, em alguns casos, permite também o ajuste da sua vazao. 5.23 - Ponto de utilizacao (da agua) Extremidade de jusante do sub-ramal a partir de onde a gua fria passa a ser considerada agua servida. 5.24 ~ Pressio de servico Pressdo maxima a que se pode submeter um tubo, conexao, valvula, registro ou outro dispositivo, quando em uso normal. 5.25 ~ Pressao total de fechamento Valor maximo de pressao atingido pela Agua na seco logo 4 montante de uma peca de utilizacao em seguida a seu fechamento, equivalendo a soma da sobrepressao de fechamento com a pressao estatica na secao considerada. 5.26 - Ramal Tubulagao derivada da coluna de distribuicao e destinada a alimentar os sub- ramais. 5.27 - Ramal predial Tubulacao compreendida entre a rede publica de abastecimento e a instalagao predial. O limite entre o ramal predial e o alimentador predial deve ser definido pelo regulamento da Cia, Concessionaria de Agua local. 5.28 - Rede predial de distribuigao Conjunto de tubulacées constituido de barriletes, colunas de distribuicao, ramais ¢ sub-ramais, ou de alguns destes elementos, destinado a levar 4gua aos pontos de utilizacdo. 5.29 - Refluxo de agua Retorno eventual ¢ nao previsto de fluidos, misturas ou substéncias para 0 sistema de distribuicao predial de agua. 5.30 - Registro de fechamento Componente instalado em uma tubulacdo para permitir a interrupcdo da passagem de agua. Deve ser usado totalmente fechado ou totalmente aberto. Geralmente emprega-se registros de gaveta ou esfera. 5.31 - Registro de utilizagao Componente instalado na tubulacdo e destinado a controlar a vazao da agua utilizada. Geralmente empregam-se registros de pressio ou valvula-globo em sub- ramais. 5.32 - Regulador de vazito Aparelho intercalado numa tubulagéo para manter constante sua vaz qualquer que seja a pressio a montante. 5.33 ~ Reservatério hidropneumético Reservatério para ar e 4gua destinado a manter sob pressio a rede de distribuicao predial. 5.34 ~ Reservatério inferior Reservatério intercalado entre o alimentador predial e a instalacao elevatéria, destinada a reservar gua e a funcionar como poco de succao da instalacao elevatéria. 5.35 - Reservatorio superior Reservatério ligado ao alimentador predial ou a tubulacdo de recalque, destinado a alimentar a rede predial ou a tubulacao de recalque, destinado a alimentar a rede predial de distribuicao. 5.36 - Retrossifonagem Refluxo de agua usada, proveniente de um reservatério, aparelho sanitario ou qualquer outro recipiente, para © interior de uma tubulagao, em decorréncia de presses inferiores a atmosférica. 5.37 ~ Separagéo atmosférica Distancia vertical, sem obstaculos e através da atmosfera, entre a safda da 4gua da pega de utilizagao e o nivel de transbordamento dos aparelhos sanitérios, caixas de descarga e reservatérios, 5.38 ~ Sistema de abastecimento Rede publica ou qualquer sistema particular de 4gua que abasteca a instalacao predial. 5.39 - Sobrepressio de fechamento Maior acréscimo de pressdo que se verifica na pressdo estatica durante e logo apés o fechamento de uma pega de utilizagao. 5.40 ~ Subpressao de abertura Maior acréscimo de pressdo que se verifica na pressao estatica logo apés a abertura de uma peca de utilizacao. 5.41 ~ Sub-ramal Tubulacdo que liga o ramal A pega de utilizacéo ou a ligagao do aparelho sanitario. 5.42 - Torneira de béia Valvula com béia destinada a interromper a entrada de agua nos reservatérios e caixas de descarga quando se atinge o nivel operacional maximo previsto. 5.43 - Trecho Comprimento de tubulagio entre duas derivagées ou entre uma derivacdo e a ‘iltima conexao da coluna de distribuigao. 5.44 - Tubo de descarga Tubo que liga a valvula ou caixa de descarga a bacia sanitaria ou mict6rio. 5.45 ~ Tubo ventilador Tubulagio destinada a entrada de ar em tubulacdes para evitar subpressies nesses condutos. 5.46 - Tubulacao de limpeza Tubulacdo destinada ao esvaziamento do reservatério para permitir a sua manutengao e limpeza 5.47 ~ Tubulagdo de recalque Tubulacdo compreendida entre 0 orificio de saida da bomba e 0 ponto de descarga no reservatério de distribuicéo, 5.48 ~ Tubulacao de succdo Tubulacao compreendida entre o ponto de tomada no reservatério inferior e 0 orificio de entrada da bomba. 5.49 - Valoula de descarga Valvula de acionamento manual ou automatico, instalada no sub-ramal de alimentacao de bacias sanitarias ou de mict6rios, destinada a permitir a utilizagao da gua para suas limpezas. 5.50 - Véloula de escoamento unidirecional Valvula que permite 0 escoamento em uma tinica direcao. 5.51 - Valvula redutora de pressito Valvula que mantém a jusante uma pressdo estabelecida, qualquer que seja a pressdo dinamica a montante. 5.52 - Vazado de regime Vazao obtida em uma pega de utilizacdo quando instalada e regulada para as. condig6es normais de operacdo. 5.53 - Volume de descarga Volume que uma vélvula ou caixa de descarga deve fornecer para promover a perfeita limpeza de uma bacia sanitéria ou mict6rio. A Figura 7 mostra as principais partes constituintes de uma instalagao predial de agua fria e apresenta também a nomenclatura e terminologia correspondentes. ‘As Figuras 8 ¢ 9 mostram, respectivamente, a planta baixa, isométrica ¢ corte de uma instalacao de 4gua fria no interior de um compartimento sanitario. A titulo de ilustracao foi inserido junto a Figura 9, um quadro (ver Tabela 1) relacionando as pecas e suas quantidades, o qual deve fazer parte integrante desses isométricos num projeto deste tipo. Ramal Predial Reservatério Superior Descarga Barrilete Ramais de tribuigao Colunas de Distribuicdo Recalque Alimentador Predial exrnavasoe ¥. conjuntos or acana 7 Blevatérios Cavalete Reservatério Inferior canaleta Figura 7— Partes constituintes de uma instalacio predial Figura 8- Planta baixa de um banheiro, Figura 9- Isométrico do banheiro 20 21 ‘Tabela 1 - Lista de Pecas Ne DESCRICAO, Quantidade _} 1 Té de redugio 90° soldavel 50 x 25 mm Hi 2 Adaptador soldavel curto com bolsa ¢ rosca para registro 25 x 7 2 3 Joetho 90° soldavel 25 mm 1 4 Te 90° soldavel 25 mm 1 5 Té 90° soldavel 25 mm 1 6 Adaptador soldével curto com bolsa e rosca para registro 25 1 mmx % 7 Té 90° soldavel 25 mm 1 8 Luva soldavel e com rosea 25 mm x %" 1 9 Joetho 90° soldavel 25 mm 1 10 Joelho 90" soldavel e com bucha de latdo e reforgo com anel de ferro zincado 25 mm x ¥4” 2 u Joelho de redugo 90° soldavel e com bucha de latdo 25 mm x “we 2 12 Joetho de redugo 90° soldavel e com bucha de lato 25 mm x “we 2 13 Registro de gavet 1 14 Registro de pressdo para chuveiro ¥4” 1 6 - ESPECIFICACOES E CONSIDERACOES A RESPEITO DOS TUBOS EMPREGADOS 6.1 ~ Materiais, Diametros e Pressbes De acordo com a NBR 5626, tanto os tubos como as conexées, constituintes de uma instalacdo predial de égua fria, podem ser de aco galvanizado, cobre, ferro fundido, PVC rigido ou de outros materiais, de tal modo que satisfagam a condigao de que a pressao de servico ndo deva ser superior a pressao estatica, no ponto considerado, somada a sobre-pressao devido a golpes de arfete, Esses materiais devem ser proprios para a conducao de Agua potavel e devem ter especificagdes para recebimento, relativo a cada um deles, inclusive métodos de ensaio. Segundo a mesma Norma, o fechamento de qualquer peca de utilizacao nao pode provocar sobre-pressao, em qualquer ponto da instalagdo, que supere mais de 200 kPa (20 mca) a pressdo estatica neste ponto. A maxima pressao estatica permitida ¢ de 40 mca (400 kPa) e a minima pressdo de servico € de 0,5 mea (5 kPa). 22 Os tubos e conexées mais empregados nas instalacdes prediais de 4gua fria sao os de aco galvanizado e os de PVC rigido. Os tubos de aco galvanizado suportam presses elevadas sendo por isso muito empregado. O valor de referéncia que estabelece o didmetro comercial desses tubos é a medida do diametro interno dos mesmos. Os tubos de PVC rigido sao agrupados em trés classes, indicadas pelas presses de servico: classe 12 (6 kgf/cm? ou 60 mea) classe 15 (7,5 kgf/cm? ou 75 mea) classe 20 (10 kgf/cm? ou 100 mea) Para se conhecer a maxima pressdo de servic (em kgf/cm?) de cada classe, basta dividir o namero da classe por 2. As normas brasileiras dividem os tubos de PVC em duas areas de aplicacao: ¢ tubos de PVC rigido para adutoras e redes de agua (EB-183) tubos de PVC rigido para instalagdes prediais de 4gua fria (EB-892) Os tubos de EB-183 sao comercializados como PBA (Tubo de Ponta, Bolsa e Anel de Borracha), PBS (Tubo em Ponta e Bolsa para Soldar) e F (Tubo Flangeado) ¢ s6 sao usados em adutoras, redes de Agua, redes enterradas de prevencdo contra incéndios e em instalagées industriais. As classes destes tubos sao: 12, 15 € 20. Os tubos referidos na EB-892 sdo destinados as instalacdes prediais de Agua fria ¢ sio de classe 15. tubos podem ser com juntas soldaveis ou com juntas roscéveis e a Tabela 2 mostra as suas referéncias e dimensoes. Os tubos de PVC rigido podem ser utilizados em instalagées prediais de Agua fria desde que ndo sejam ultrapassados, em nenhum ponto da instalacdo, os valores estabelecidos pela Norma, desde que nao hajam valvulas de descarga interligadas a esses tubos, e em prédios que no possuam grandes alturas. A valvula de descarga é um dispositive que produz valores elevados de sobre-pressao (golpe de ariete) na rede em que estiver interligada. Tal fato ocorre porque esta peca, que possui uma grande abertura ocasionando velocidades elevadas nas canalizages que a alimenta, causa golpes de ariete nas tubulagdes, se a mesma apresentar fechamento rapido. Esses golpes podem romper ou causar vazamentos nas canalizagées, devendo-se por isso tomar cuidados especiais ao instalar tais valvulas. 23 ‘Tabela 2 - Didmetro e Dimensées de Tubos Plisticos TUBOS COM JUNTAS SOLDAVEIS | TUBOS COM JUNTAS ROSCAVEIS. REFERENCIA, @ Externo essura Minima | @Extemo | Espessura Minima Médio das Paredes Médio das Paredes (mm) (mm) (mm) (mm) “we 20 15 21 25 mw 25 17 26 26 32 2 33 32 1 40 24 42 3.6 14“ 50 3,0 48 4,0 2 60 33 60 46 24 8 42 8 5,5 ” 85 47 88 62 ” 110 61 113 16: Atualmente sao fabricados dois tipos de valvulas de descargas que permitem minimizar o problema do golpe de ariete por elas produzidas: * Com fechamento gradativo: modifica-se a manobra de fechamento, fazendo-se com que o fluxo de agua ocorra paulatinamente durante 0 tempo de funcionamento da valvula. ¢ Fechamento lento: aumenta-se o tempo de funcionamento da vélvula, havendo um acréscimo no consumo. As caixas de descargas, principalmente as acopladas aos vasos, tem sido muito empregadas em lugar de valvulas de descarga, por apresentarem as seguintes vantagens: requerem diametros menores de tubulacao, inexisténcia de problemas de presses (golpes) e economia de construcao. 6.2 - Velocidades As tubulagées devem ser dimensionadas de modo que a velocidade da Agua, em qualquer trecho de tubulacdo, nao atinja valores superiores a 3,0 m/s. 24 7 - ESTIMATIVA DO CONSUMO DIARIO (CD) A Tabela 3 fornece dados que pos diario de qualquer tipo de edificacao. ‘Tabela 3— Estimativa de Consumo diirio(*) ibilitam a estimativa do consumo PREDIO. CONSUMO LITROS/DIA ‘Alojamentos provis 80 per capita Ambulatérios 25 per capita Apartamento 200 per capita ‘Casas populares ou rurais, 120 a 150 per capita Cavalarigas Cinemas e Teatros Creches Edificios publicos ou comerciais Escolas — externatos Escolas — internatos las — semi-internatos (s/cozinha e s/lavanderia) (c/cozinha e lavanderia) Jardins Lavander Matadouros-Animais de grande porte Matadouros-Animais de pequeno porte Mercados Oficina de costura Orfanatos, asilos, bergéti Postos de servigo p/ automéveis Quarté Residéncias Restaurantes e similares Templos 100 por cavalo 2 por lugar 50 per capita 50 a 80 per capita 50 per capita 150 per capita 100 per capita 50 per capita 100 por automével 120 por héspede 250 a 350 por héspede 1,5 por m? 30 por kg de roupa seca 300 por cabega abatida 150 por cabega abatida 5 por m de drea 50 per capita 150 per capita 150 por vefculo 150 per capita 150 per capita 25 por refeigao 2 por lugar (*) Os valores citados so estimativos, devendo ser definido 0 valor adequado a cada projeto. Por exemplo, 0 CD de um prédio residencial constituido de 10 pavimentos tipo, contendo 3 apartamentos por pavimento e 5 pessoas por apartamento, é: CD =10 pav. x3 apto./pav. x 5 hab./apto. x 200 1/dia hab. 25 CD = 30.000 I/dia ou simplesmente CD 30.0001 ou CD © valor de 200 I/dia pessoa é obtido na Tabela 3. 8-RAMAL PREDIAL De um modo geral, o diémetro do ramal predial é fixado pela Concessiondria de Agua local. A Norma prevé dois casos para que se possa determinar a vazao do ramal predial: quando se tem distribuicao direta, a vazao do ramal é dada por: Q=C VP onde: QéemI/s C6 ocoeficiente de descarga = 0,301/s EP € a soma dos pesos correspondentes a todas as pecas de utilizacao alimentadas através do trecho considerado (ver Tabela 6, extraida da NBR 5626) Quando se tem distribuicao indireta a Norma admite que a alimentacao seja feita continuamente, durante 24 horas do dia e a vazao é dada pela expressao: Onde: QéemI/s CD éem!/dia Uma vez conhecida a vazio do ramal predial, tanto no caso de distribuicao direta ou indireta, o servico de agua deverd ser consultado para a fixagao do diametro. Geralmente, na pratica, adota-se, para o ramal predial, uma velocidade 26 igual a 0,6 m/s, de tal modo a resultar um didmetro que possa garantir o abastecimento do reservatério mesmo nas horas de maior consumo. 8.1 ~ Ligagéo do Alimentador Predial As ligacdes do ramal predial e medidores (hidrometros) séo estudados com bastante propriedade por Nogami (1978) e apresentam-se aqui muitas de suas observacées e ilustragdes. A ligacao do ramal predial a rede publica de abastecimento pode ser efetuada através de trés tipos de tomadas: ¢ direta ¢ comcolar ¢ com ferrule No sistema com tomada direta, o ramal predial ¢ ligado diretamente na tubulagao distribuidora através de uma conexao (curva) que é rosqueada na mesma Esse tipo de tomada s6 é utilizado em canalizacées distribuidoras de ferro fundido com paredes relativamente espessas e desde que as mesmas se encontrem vazias. A ligacao do ramal predial através de um colar de tomada ¢ realizada com a rede em carga e em tubos de ferro fundido com paredes finas, ou em tubos de cimento amianto ou em tubos de plastico. Esta ligacdo é constitufda por um conjunto de pecas que sfo presas A tubulagdo da rede de abastecimento conforme mostra a Figura 10. Figura 10 - Colar de tomada e pegas A broca que aparece na Figura 11, atravessa o registro (que se encontra aberto) e perfura a canalizacao em carga. Em seguida, a broca é recuada, o registro é 27 fechado e a peca que contem a broca é retirada e deste modo, a ligacdo encontra-se pronta para ser conectada ao cavalete, conforme mostra a Figura 12. =r Figura 11 - Perfuracio da canalizagio em carga eine) Figura 12 - Ligagio ao cavalete A tomada com 0 ferrule permite a ligacao do ramal com a tubulagéo em carga ¢ esse dispositive é muito empregado para canalizacdes de ferro fundido. O ferrule ¢ constitufdo por: base, corpo, vedador e tampa. 28 Um aparelho especial (catraca) faz 0 furo e a rosca na tubulacdo distribuidora, em carga, permitindo a conexao da peca base que contem o vedador no seu interior conforme mostra a Figura 12. Figura 13 - Ferrule Retirando-se o aparelho que perfurou o tubo, o corpo é rosqueado sobre a base e a ligacdo do ramal predial é feita através de uma derivacéo lateral existente neste corpo. Com auxilio de uma chave de seco quadrada, coloca-se 0 vedador numa posigio superior da peca, fazendo dessa maneira, com que a agua passe da tubulacéo para o ramal. As Figuras 13, 14 € 15 mostram detalhes das pecas que fazem parte desta ligacao. 29 roca Figura 15— Maquina para abrir e rosquear furo ¢ colocar registro de derivagio com a rede publica (Fonte: MACINTYRE, 1996). 9-CAVALETE O cavalete é constituido, geralmente, por um hidrémetro e um registro de gaveta interligados entre o ramal predial e o alimentador predial. 30 9.1 ~ Hidrometros Os medidores ou hidrémetros sao aparelhos destinados 4 medida e indicagao do volume de agua escoado da rede de abastecimento ao ramal predial de uma instalacao. Os hidrometros contém uma camara de medicéo, um dispositive redutor (trem de engrenagem e um mecanismo de relojoaria ligado a um indicador que registra o volume escoado. Os hidrometros sdo classificados em hidrometros de volume e de velocidade. Os hidrémetros de volume tém duas camaras de capacidades conhecidas que se enchem e se esvaziam sucessivamente, medindo dessa maneira, 0 volume de agua que escoa pelo hidrémetro, Este volume ¢ medido através do deslocamento de uma peca mével existente no interior desses hidrémetros, que transmite o movimento a um sistema medidor. Sao indicados para medicoes de vaz6es relativamente baixas e apresentam erros pequenos para essas medidas. Devem trabalhar com agua bastante liquida, isenta de impurezas em suspensdo para que nao haja a paralisacao da peca mével da camara destes aparelhos. Os hidrometros de velocidade medem 0 volume escoado através do nimero de rotagées fornecidos por uma hélice ou turbina existentes no seu interior. Essas rotagdes sao transmitidas a um sistema de relojoaria (seca, molhada ou selada) que registram num marcador (de ponteiros ou de cifras) o volume de 4gua escoado. hidrémetros 10-RESERVACAO 10.1 - Influéncia dos Reservatérios Domiciliares na Qualidade da Agua Os reservatérios domiciliares tém sido, comumente utilizados para compensar a falta de gua na rede piblica, resultante de falhas no funcionamento do sistema de abastecimento ou de programagao da distribuigéo. E evidente que se 0 fornecimento de Agua fosse constante e adequado, nao haveria a necessidade do uso desses dispositivos, Os principais inconvenientes do uso dos reservatérios domiciliares sao de ordem higiénica, por facilidade de contaminagéo, do custo adicional e complicagdes na rede predial e devido ao possivel desperdicio de égua durante a auséncia do usuario. As conseqiiéncias da existéncia dos reservatérios sio mais graves para os usuarios que se localizam préximos de locais especificos da rede de distribuicio, como pontas de rede, onde, em geral, a concentracdo de cloro residual é as vezes inexistente. 31 Em trabalhos realizados com o fim especifico de verificar a influéncia dos reservatérios domiciliares das aguas de abastecimento, Lima Filho e Murgel Branco (3) conclufram que as condic6es sanitarias em que encontram os mesmos sao normalmente responsdveis pela deterioracéo da qualidade da agua. Em geral, a localizacao imprépria do reservatério, a ignorancia do usuario em relacdo a conservagao do reservatério, a falta de cobertura adequada e a auséncia de limpezas periédicas sao os principais fatores que contribuem para a alterac3o da qualidade da gua. A existéncia de uma camada de matéria organica e inorganica no fundo do reservatério provoca um aumento da turbidez. ¢ cor, é responsavel pelo consumo da maior parte do cloro residual da gua afluente e acarreta a diminuigao do oxigénio dissolvido. 10.2 - Capacidade e Recomendagoes A NBR 5626 (1) recomenda que a reservacao total a ser acumulada nos reservatérios inferiores e superiores ndo deve ser inferior a consumo didrio e nao deve ultrapassar a trés vezes 0 mesmo. Os reservatérios com capacidade superior a 1000L devem ser compartimentados a fim de que o sistema de distribuicdo nao seja interrompido durante uma operagao de limpeza, pois ao se levar um compartimento, o outro garantiré o funcionamento da instalacao. Geralmente recomendavel a seguinte divisio de volume entre os reservatérios superior e inferior: ¢ volume atil do RS. = 40% do volume total ¢ volume util do R.1. = 60% do volume total a divisdo € valida quando o volume total a ser armazenado for igual ao CD. Quando se pretender armazenar um volume maior que 0 CD, ele deve ser feito no RL. Seja, por exemplo, um edificio de apartamentos em que o CD é de 100 m? eo volume total a ser armazenado é de 1,5 CD. ¢ Volume do RL Vai = 0,6 x 100 + 50 = 110 m3 @ Volume do RS. Vrs = 0,4 x 100 = 40 m? 32 Quando for instalado um reservatério hidropneumatico ndo se deve considerar no calculo da reservacdo total 0 volume desse reservatério, devendo 0 reservatorio inferior Ter capacidade minima igual ao CD. ‘A reserva para combate a incéndios pode ser feita nos_mesmos reservatorios da instalagdo predial de agua fria, porém, a capacidade para esta finalidade devem ser acrescidos os volumes referentes ao consumo. A funcao do reservatério inferior é armazenar uma parte da Agua destinada ao abastecimento e deve existir quando: * © reservatério superior ndo puder ser abastecido diretamente pelo ramal alimentador. * © volume total a ser armazenado no reservatério superior for muito grande (principalmente em prédios de apartamentos). O reservatério superior deve ter capacidade adequada para atuar como regulador de distribuicao e € alimentado por uma instalacéo elevatéria ou diretamente pelo alimentador predial. A vazao de dimensionamento da instalacao elevatéria e a vazao de dimensionamento do barrilete e colunas de distribuicao sto aquelas que devem ser consideradas no dimensionamento do reservatério superior. Os reservatérios devem ser construfdos com materiais de qualidade comprovada e estanque. Os materiais empregados na sua construgio e impermeabilizacdo ndo devem transmitir @ Agua, substancias que possam polui-la Devem ser construidos de tal forma que ndo possam servir de pontos de drenagem de Aguas residuérias ou estagnadas em sua volta, A superficie superior externa deve ser impermeabilizada e dotada de declividade minima de 1:100 no sentido das bordas. Devem ser providos de abertura convenientemente localizada que permita o facil acesso ao seu interior para inspecéo e limpeza, e dotados de rebordos com altura minima de 0,05 m. Essa abertura deverd ser fechada com tampa que evite a entrada de insetos e outros animais ¢/ou de agua externa 10.3 ~ Detalhes dos Reservatérios As figuras 16,17,18 e 19 mostram detalhes dos reservatorios inferior e superior, 33 Para Reservatério Superior canacizagio v th_ Ho rosa ot aucgto Figura 16 - Planta de um reservatério inferior Figura 17 - Corte de um reservatério inferior 34 S—tno0s ion Figura 18 - Detalhes de um reservatério superior 35 Figura 19 - Corte de um reservatério superior 10.4 ~ Canalizagao de Descarga dos Reservatérios diametro da canalizacdo de descarga dos reservatorios 6 determinado através da expressao: A 4850 t A ~ rea em planta de um compartimento (m2) t= tempo de esvaziamento (< 2h) h- altura inicial de agua (m) S - secao do conduto de descarga (m2) 36 11 - DIMENSIONAMENTO DA INSTALACAO ELEVATORIA DA AGUA PARA ABASTECIMENTO, 111 - Vazio Hordria de Recalque (Q,) A vazao de recalque deveré ser, no minimo, igual a 15% de CD, expressa em m*/h. Por exemplo, para CD, igual a 100 m3, Q, sera no minimo, igual a 15 m3/h Perfodo de funcionamento da bomba (t) a) O periodo de funcionamento durante o dia seré funcao da vazo horéria. b) No caso em que Q é igual a 15% de C.D, t resulta a aproximadamente igual a 6,7 horas. ©) Diametro de canalizacao de Recalque (D;) De acordo com a NBR 5626 (1), emprega-se a seguinte expresso: D, =1,3./Q, VK D,~ diametro de recalque (m) Q - vazao de recalque (m*/s) Por exemplo, se X = = 0,279, Q = 15 m°/h = 4,17 . 108 m?/s, Dr, resulta igual a 61 cm, Deverd ser adotado D, = 60 mm que é comercial existente. 4) Didmetro da canalizagao de succao (D2) © diametro de canalizagio de sucsdo sera, no minimo, igual ao nominal superior a Dy. Para 0 caso anterior, onde D; = 60 mm, tem-se: 37 75 mm A Figura 20 mostra um esquema de ligagao das bombas da instalacao de recalque. A Figura 21 esboca a instalacéo de um prédio numa representacao isométrica, indicando diferencas de cotas, comprimento de encanamentos entre curvas, conexdes, registros e valvulas. Figura 20 - Esquema da ligacio das bombas 11.2 - Escolha da Bomba Para a escolha da bomba, deve-se tet Q,, D: ¢ Ds. Os desenhos (em planta ¢ corte) forneceréo os cumprimentos totais (real + equivalente) das canalizagées de recalque e sucgao. Se Hg for o desnivel entre o nivel minimo no RI. € asaida de agua RS., a altura manométrica (Hm) sera: Hm = Hg + Hy + He H, - perda de carga total no recalque H,~ perda de carga total na succéo 38 Conhecendo-se Hm, pode-se determinar a poténcia da bomba através da expressao: N - poténcia (C.V.) 7 ~ peso especifico da agua (kgf/m®) 11 ~rendimento do conjunto elevatério 39 Figura 21 — Representagao isométrica de uma instalagao de bombeamento de um prédio (Fonte: MACINTYRE, 1996) 11.3 ~ Acréscimo de Poténcia sobre 0 Calculado Para 0 correto dimensionamento do sistema de bombeamento deve-se considerar © acréscimo de poténcia apresentada na Tabela 4. 40 Tabela 4 - Acréscimo de poténcia. POTENCIA CALCULADA ACRESCIMO 11.1 ~ Sistema de comando da bomba A instalagao elétrica de bombeamento deveré permitir o funcionamento automatico da bomba e, eventualmente, a operacao de comando manual direto. © comando automitico é realizado com dispositives conhecidos por automaticos de béia, ou por controle automatic de nivel. Instala-se um automético de béia superior e um inferior, a bomba sera comandada pelo automatico do reservatorio superior (Figura 22). Caso o nivel no reservatorio inferior atinja uma situacdo abaixo da qual possa vir a ficar comprometida a aspiracao, pela entrada de ar no tubo de aspiracao, 0 automatico inferior devera desligar a bomba, muito embora nao tenha ainda atingido o nivel desejado no reservatério superior. No reservatério superior 0 comando béia pode ficar em uma das cAmaras, com cabo suficiente para ser instalado na outra camara se necessério, pois as duas camaras funcionam como vasos comunicantes, isto é, o nivel da Agua é 0 mesmo nas duas cAmaras, por isso, o comando pode estar numa das camaras. 41 ofsrmuieko V t area @rertiie tres wie Figura 22 — Esquema de instalacao de bombas para um prédio com reservatério inferior e superior (Fonte: MACINTYRE, 1996) 42 12- BARRILETE OU COLAR DE DISTRIBUICAO (MANIFOLD) Trata-se de uma tubulacdo ligando as duas segdes do reservatério superior, e da qual partem as derivacées correspondentes as diversas colunas de jentacdo, O barrilete & a solugdo que adota para se limitarem as ligacdes ao reservatério. O tracado barrilete depende exclusivamente da localizacao das colunas de distribuicao. Estas por sua vez, devem ser localizadas de comum acordo com a equipe envolvida no projeto global do edificio (arquiteto, engenheiro do célculo estrutural, etc.) So duas as opgGes no projeto do barrilete, Utilizar o sistema unificado ou central; Utilizar o sistema ramificado. Do barrilete ligando as duas secGes do reservatério partem diretamente todas as ramificacdes, correspondendo cada qual a uma coluna de alimentacao. Colocam-se dois registros que permitem isolar uma ou outra secdo do reservat6rio. Cada ramificagdo para a coluna correspondente tem seu registro proprio. Deste modo, o controle e a manobra de abastecimento, bem como o isolamento das diversas colunas, sdo feitos num tinico local da cobertura, Se o ntimero de colunas for muito grande, prolonga-se o barrilete além dos pontos de insercdo no reservatério (Figura 23), —— Figura 23 — Barriletes Unificados (Fonte: MACINTYRE, 1996) 43 12.2 - Sistema ramificado Do barrilete saem ramais, os quais por sua vez. dao origem a derivagées secundérias para as colunas de alimentacao. Ainda neste caso, na parte superior da coluna, ou no ramal do barrilete préximo a descida da coluna, coloca-se um registro (Figura 24). Esse sistema usado por razdes de economia de encanamento, dispensa 0s pontos de controle por registros. Tecnicamente, nao é considerado tio bom quanto 0 primeiro. Figura 24 —Barrilete ramificado (Fonte: MACINTYRE, 1996) 12.3 - Modelo de Céleulo Os cAlculos necessérios devem ser feitos através de uma__planilha apresentada pela Figura 25. Os seguintes dados e operacées devem ser considerados na execucao da planilha: a) Trecho: identificacéo do trecho de tubulagao a ser dimensionado, apresentando a esquerda o namero ou letra correspondente a sua entrada e a direita o nimero ou letra correspondente a sua saida (coluna 1) b) Soma dos pesos: valor referente a somaléria dos pesos relativos de todas as pecas de utilizagao alimentadas pelo trecho considerado (coluna 2) ©) Vazao estimada, em litros por segundo: valor da vazao total demandada simultaneamente, obtida pela equacdo Q = 0,3 VEP; 4) Diametro, em milimetros: valor do diametro interno da tubulagao (coluna 4) 44 e) Velocidade, em metros por segundo: valor da velocidade da égua no interior da tubulagao (coluna 5) f) Perda de carga unitaria, em quilopascal por metro: valor da perda de carga por unidade de comprimento da tubulacio, obtida pelas equacées: J (KPa)= 20,2 10°, QUS (m3/s). D458 (m), para tubos de aco-carbono, galvanizado e J = 8,69 10% QU D475 para tubos de plastico e cobre; 8) Diferenca de cota (desce + ou sobe -), em metros: valor da distancia vertical entre a cota de entrada e a cota de saida do trecho considerado, sendo positiva se a diferenga ocorrer no sentido da descida e negativa no sentido da subida (coluna ai h) Pressdo disponivel, em quilopascais: pressio disponivel na saida do trecho considerado, depois de considerada a diferenca de cota positiva ou nepativa (coluna 8) i) Comprimento real da tubulacio, em metros: valor relativo ao comprimento efetivo do trecho considerado (coluna 9) j) Comprimento equivalente da tubulagdo, em metros: valor relativo ao comprimento real mais os comprimentos equivalentes das conexdes (coluna 10) k) Perda de carga na tubulacdo, em quilopascais: valor calculado para perda de carga na tubulagao no trecho considerado (coluna 11) 1) Perda de carga nos registros e outros componentes, em quilopascais: valor da perda de carga provocada por registros, valvulas e outras singularidades ocorrentes no trecho considerado, obtida de acordo com as formulas (Ah = 8 x 106 K . @ x2 d+) para registros e pela formula Ah = (36 . Q)? . Qmax)? para hidrometros; m) Perda de carga total, em quilopascais: soma das perdas de carga verificadas na tubulagao e nos registros e outros (coluna 13) n) Pressio disponivel residual, em quilopascais: pressio residual, disponivel na saida do trecho considerado, depois de descontadas as perdas de carga verificadas no mesmo trecho (coluna 14) 0) Pressao requerida no ponto de utilizacao: valor da pressao minima necessaria para alimentacao da pega de utilizacao prevista para ser instalada na saida do trecho considerado, quando for 0 caso (coluna 15) Na Tabela 7 apresenta-se um roteiro simplificado para 0 dimensionamento do barrilete. Esse dimensionamento, de acordo com a norma NBR 5626 de setembro de 1998 6 © mesmo a ser utilizado para os célculos das colunas de distribuicao: VH'UNV'Id 4d O'1SCOW -87 Bandy, ey EDT ea on ur w cr weak 50 7 vA Oxon OHO ‘sonino Woy, | asonsrioy | ovseingny, | asuoqeamnba | wou TPS ap + 90800, omod ou | yenpisoy eugyun epronboy | ayuodsia ogseinqny, pauodsig | viosap | wise epewnss | sop oyssorg | owssaag wang op epaeg xp ojusmpduio, | oyssarg | wduasagiq| ap epieg | apeppopa | onamyq| oxze, | wmog | oysory ST as €r a fig or 6 8 L 9 s € z T Tabela 5 - {tubo ago-carbono, galvanizado ou nao) Perda de carga em conexdes — comprimento equivalente para tubo rugoso Diametro ‘Tipo de Conexio nominal | Cotovelo | Cotovelo | Curva 90° | Curva 45° Te Te (DN) 90° 45° passagem | passagem direta_| lateral 15, 05 0.2 03, 0.2 1 07, 20 07 05 05 053 1 10 25 0.9 0.8 07 04 02 14 32 12 05 08 05 0,2 17 40 14 0,6 10 0.6 0,2 21 30 19 0.9 14 0.8 0.3 27) 5 24 id 17 10 08 4 80. 2.8 13 2.0 12 05 41 100 3.8 LT 27 ~ 07 35 125 47 2,2 ~ = 08 69 150 3.6 6 40 82 ‘Tabela 6 - Perda de carga em conexi es — comprimento equivalente para (tubo de plistico, cobre ou liga de cobre) tubo rugoso Didmetro Tipo de Conexio nominal | Cotoyelo 90°} Cotovelo | Curva 90° | Curva 4s’ | Te re (DN) 45° passagem | passagem direta__|_ lateral 15 i 04 04 02 07 20 12 05; 05; 03; 0.8 23 25 5 0,7 06 0.8 09 24 32 2.0) 1.0 07 05 15 3,1 40 1.0 12 06 22 46 30 13 13 07 23 73 65 17 14 0.8 24) 7.6 80 Le 15 09) 25 78 1007 19 16 10 2.6 125 24 19 Til 3,3 0 1 ‘Tabela 7 — Rotina para dimensionamento das tubulagies 47 Passo ‘Atividade preencher ‘Coluna da Planilha a reparar o esquema isométrico da rede e numerar seqiiencialmente cada, 1né ou ponto de utilizagdo desde o reservatério a entrada da coluna; Introduzir a identificagdo de cada trecho da rede na planilha; Determinar, para cada trecho da coluna, a soma dos pesos (EP), usando a Tabela 6 Calcular para cada trecho a va7ao, em litros por segundo, com base na equaciio Q= 0,3 vEP; Partindo da origem de montante da rede, selecionar o diametro interno da tubulagao de cada trecho, considerando que a velocidade da 4gua no deva ser superior a 3 m/s. Registrar o valor da velocidade ¢ o valor da perda de carga unitéria de cada trecho 4506 Determinar as diferengas de cotas entre a entrada ¢ a saida de cada trecho, considerando positiva quando a entrada tem cota superior & da saida e negativa em caso contririo Determinar a pressdo disponivel na saida de cada trecho, somando ow subtraindo & presso residual na sua entrada o valor do produto da diferenga de cota pelo peso especifico da agua (10 kN/m') Medir 0 comprimento real do tubo que compoe cada trecho considerado = Determinar © comprimento equivalente de cada trecho somando ao comprimento real os comprimento equivalente das conexdes 10% Determinar a perda de carga de cada trecho multiplicando os valores das colunas 6 ¢ 10 da planilha rg Determinar a perda de carga provocada por registros © outras singularidades dos trechos 12 1 Obter a perda de carga total de cada trecho, somando os valores das colunas 11 ¢ 12 da planilha 3 Determinar a pressdo disponivel residual na saida de cada trecho, subtraindo a perda de carga total (coluna 13) da pressdo disponivel (coluna 8) 14 Se a pressdo residual for menor que a pressdo requerida no ponto de utilizagdo, ou se a pressdo for negativa, repetir os passos 5? a0 13%, selecionando um didmetro intemo maior para a tubulagdo de cada trecho 48 Tabela 8- VAZOES DE PROJETO E PESOS RELATIVOS DOS PONTOS DE UTILIZAGAO ‘Aparelho Sanitario Pega de Utilizagao VAZAO | PESO Use Bacia Sanitaria Caixa de Descarga 0,15 03 Valvula de Descarga 1,70 32 Banheira Misturador (gua fria) 0,30 10 Bebedouro Registro de Pressao 0,10 O1 Bide Misturador (gua fria) 0,10 OT ‘Chuveiro ou Ducha Misturador (gua fria) 0,20 04 ‘Chuveiro Elétrico Registro de Pressio 0,10 Ou Lavadora de Pratos ou de roupas Registro de Pressaio 0,30 10 Lavatério Tomeira ou Misturador 0,15 03 Mictorio Ceramico | Com siffio Valvula de descarga 0.50 2.8 Sem siffio Caixa de descarga 0,15 03) Mictério tipo calha Caixa de descarga ou [0,15 por 03 registro de pressio | metro de calha Pia Tomeira ou misturador 0,25 07 (égua fria) Tomeira Elétrica 0,10 on Tanque Tomeira 0,25 07 Tomeira de Jardim ou lavagem em geral tomeira 0,20 04 49 0,001 FGA A DE FAIR WHIPPLE HSIAO (0+ 35,934.99") pETI4) Figura 26 - Abaco para encanamentos de plastico 350 ON (mm) (Ret) v0 4) a nto 5 softies ator 20 besa) as bevy 01 LE wSIAG Coe 24,119,088 DEON Figura 27 — Abaco para encanamentos de aco galvanizado 12.1 - Exemplo de Dimensionamento de um Barrilete Dimensionar 0 barrilete de um prédio residual, esquematizado nas Figuras 28 ¢ 29, sabendo-se que: a coluna AF; abastece por pavimento uma pia de cozinha, uma torneira de filtro, um tanque de lavar roupa e uma maquina de lavar roupa; a coluna AF2 abastece por andar: uma caixa de descarga, um lavatério, um chuveiro e um bid@: a coluna AF; abastece por andar: um lavatério, um bidé, um chuveiro e uma caixa de descarga, a coluna AF; abastece por andar: dois lavatérios, um bidé, um chuveiro, uma caixa de descarga. O prédio possui 10 pavimentos. As colunas AFi, AF2, AF; ¢ AF; sio idénticas as colunas AF'r, AF'z, AF’y e AF’, respectivamente: a) Distancias: BC=B'C'=10m RX = RX’ =5,0m AB= AF=A’B = A'F =2,0m AX=A’X’ H=BE’ b) Vazoes # trecho BE abastece coluna AF & Pdacoluna AF; = 10 (2x0,3+0,1 +04+0,3)=14 Qsn=0,3V14 Qasr = 1,12 litros/s trecho BC abastece coluna AF = Pdacoluna AF3=10 (03+0,1+04+03)=11 Quc=0,3 VIT Qac = 0,99 litros/s trecho AB abastece as colunas AF3 e AFs Qas=0,3 ¥25 Qas = 1,50 litros/s 4 trecho FG abastece a coluna AF 2 P do trecho FG = 10 (0,3 +0,3 +0,4+0,1)=11 Qrc =0,3 VIT Qro = 0,99 litros/s 4 trecho FH abastece a coluna AF E P do trecho FH = 10 (0,7 +0,7+ 1,0 +0,7) =3 Qr=0,3 V31 Qn = 1,67 litros/s ¢ trecho AF abastece as colunas AF; e AF2 = Pdo trecho AF =11 +31 =42 Qar=0,3 ¥42 Qar = 1,94 litros/s SI @ trecho RX’ abastece AFi, AF2, AFs e AFs (trecho RX’A é mais desfavoravel, pois todo o abastecimento ¢ feito por esse trecho quando o compartimento esquerdo do reservatério estiver sendo lavado). & P do trecho RX’ = 67 + 67 = 134 Quy =0,3 ¥I34 Qrx = 3,47 litros/s 32 Figura 28 - Planta do barrilete Figura 29 - Isométrico do barrilete 33 ©) Didmetros A velocidade nao deve ser superior a 3 m/s. De acordo com essa informacao e com os valores das vazes por trecho podemos determinar os diametros das tubulacdo, e assim preencher as colunas 4 e 5 da planilha. trecho RX’ Q=3A7litros/s v=3,0m, (externo) rai = 0,65 kPa/m D=38mm Dcom =50mm (interno) ou 2” ou 60mm trecho X’A Q=2,57 litros/s D=50mmou2” J,=0,38kPa/m ¢ trecho AB Q=150litros/s J=1,25m/m D=32mmou1%" @ trecho BE Q=12litros/s J=0,75m/m D=32mm (interno) ou 14” @ trecho BC Q=0,99 litros/s J=0,61kPa/m D = 32mm (interno)ou 1%” ¢ trecho AF Q=1,94 litros/s J = 1,93 kPa/m 2mm ou 1 ¥" ¢ trecho FH Q=1,67 litros/s J= S1kPa/m D=32mm oul" @ trecho FG Q=0,99litros/s J=0,61kPa/m D=32mm (interno) ou 1%” ou 40 PVC soldavel d) Pressées ¢# TRECHO RX’ entrada de borda 2,80 m registro de gaveta aberto 080m té de saida de lado 7,60 m té de saida bilateral té de passagem direta comprimento do trecho RX’ Abgy = 0,65 . 16,20 = 10,53 kPa Px = 50 - 10,53 Px = 39,47 kPa ¢@ TRECHO X’A t@ de saida bilateral té de passagem direta comprimento do trecho Total Abwa = 0,38 . 15,9 = 6,04 kPa Pa = 39,47 ~ 6,04 Pa = 3343 m ¢ TRECHO AB té de safda de lado comprimento do trecho AB Total Ahas Pp = 30,37 - 6) 825m Pp = 25,18 kPa ¢ TRECHO BC registro de gaveta aberto 34 5,00 m Total 16,20m 7,60 2,30 5,00 +1,00 = 600m. 15,9 4,60 m 2,00 m 6,60 m 00m curva de 90° comprimento do trecho BC Total Ahsc = 0,61 . 2,10 = 1,24 kPa Pe = 25,18 - 1,24 Pc= 23,94 kPa ¢ TRECHO BE registro de gaveta aberto curva de 90° comprimento do trecho BE Total Abie = 0,75 . 4,10 = 3,07 kPa Pe= 25,18 -3,07 Pe=22,11kPa ¢ TRECHO AF té de safda de lado comprimento do trecho AF Total Ahar = 1,96 . 6,60 = 12,75 kPa Pr = 33,43 ~ 12,75 Pr=20,68 kPa PE Pr 35 0,70 m 1,00m 210m 0,40 m 0,70 m 3,00 m, 4,10 m 46m 2,00 m 6,60 m 56 Pc ¢ TRECHO FG registro de gaveta 0,40 m curva de 90° 0,70 m comprimento do trecho FG 4,00 m Total 5,10 m Abc = 0,61. 5,10 = 3,48 kPa Po = 20,68 - 3,48 Po = 17,57 kPa Pu ¢ TRECHO FH registro de gaveta 0,40 m curva de 90° 0,70 m comprimento do trecho FH 3,00 m Total 410m Ahet = 1,51. 4,10 = 634 kPa Ph = 20,68 ~ 6,34 Pu= 14,34 kPa NOTA TECNICA: # A norma prescreve que a pressdo minima em qualquer ponto da tubulagdo nao deve ser inferior a 5 kPa, Contudo, a pressao no inicio das colunas que alimentam chuveiros deve ter um valor maior que 20 kPa de pressiio, para que se tenha 0 valor minimo de 10 kPa no chuveiro do tltimo pavimento. Assim sendo, esse dimensionamento provavelmente nao atenderd essas exigéncias para bom funcionamento do chuveiro do dltimo pavimento, devendo ser recalculado todo © barrilete com diametros das tubulagGes maiores, a fim de se diminuir as perdas de carga ao longo da tubulagao. Essa afirmativa da presséo minima no inicio das colunas que alimentam chuveiros nao € normalizada, podendo ser até menor que 20 kPa como € 0 caso desse exemplo, contudo que a altura do pé direito do ultimo 57 apartamento seja maior que 3,00 metros, possibilitando assim a pressao minima de 10 kPa no chuveiro. A tabela 9 apresenta o dimensionamento desse barrilete que atendera as exigéncias do chuveiro do ltimo pavimento. Compare a diferenca entre os diametros ¢ as perdas de carga. Nota-se que existe uma sobra de pressao no inicio da coluna, podendo-se assim realizar algumas diminuigdes no diametro das tubulacées em alguns trechos, favorecendo assim o aspecto econémico da obra. A busca dessa economia é sempre imprescindivel para obter-se uma melhor qualidade no projeto final. eeoe | 60 = 50 s e | ie 0 sro s¥0 0s oT Te | aa ELT e = we os y | ele 0 190 eI ig 660 [1 Da ere | tz = wl 6 z | 0 ez0 660 os ee Wee | Loe = ard Te e_ | srsz 0 SLO eT a oi | aa veer | eT = 190 ore 1 | arse 0 190 T we. i | o@ arst_ | sce = sé STR z_| eee 0 STT 98 z st_|_ av eee | p09 = Rez ST 9 | ree 0 8e0 TeT os ig _| VX L¥6e | €s01 = STE TOL s Os. s s¥0 “LT 0s er | Xu Te Ta et on u w ey w Wray su wr Cr ® OxOD Doren sone ros | asoustiaq | ovsemnqny | awareamba | re OES =3q05 op +9989 ood ow | renpysoa wuyiun sosod epyonboy | jaasuodsiq ogSemnany, jaayuodsiq | eioap | efans xpewmss | sop oussoig | OFSSOIg wine 9p epiod xp owamdaiey | oyssarg |esuosogq| ap epg | apeppopa| osama | oeze, | emos | oysory ST +1 €1 a iT oF 6 8 z 9 5 ¥ € z T 13 - COLUNAS Os diémetros das colunas so determinados em fungao das vazGes nos trechos e dos limites de velocidade. Uma mesma coluna pode ter dois ou mais trechos com diametros diferentes pois a vazao de distribuicao diminui a medida que se atinge os pavimentos inferiores (deve-se também levar em conta um critério de economia ao se subdividir a coluna em varios diametros. As colunas abastecem os pavimentos através das derivacdes dos sub- ramais. Os diametros minimos desses sub-ramais. Os diametros minimos desses sub-ramais so apresentados na Tabela 9 transcrita da NBR 5626 (1). Tabela 9 DIAMETROS Min [MOS DOS SUB-RAMAIS PONTO DE UTILIZACAO PARA DIAMETRO NOMINAL. (mm) Ref, ‘Aquecedor de alta pressio 15 % Aquecedor de baixa pressio 20 % Banheira 15 A Bebedouro 15 ’ Bide 15 ‘ Caixa de descarga 15 * Chuveiro 15 ’ Filtro de pressio 1s ‘ Lavatério 15 ‘ Maquina de lavar roupa ou prato 20 % Mictério auto-aspirante 25 1 Mictério nao aspirante 15 ‘ Pia de cozinha 15 % Tanque de despejo ou de lavar roupa 20 ”% Valvula de descarga 32,(A) 1% 60 O dimensionamento das colunas é acompanhado de uma planilha de célculo que é mostrada na Figura 25. Essa planilha é muito til pois permite o conhecimento das pressdes em todas as suas derivacdes em sub-ramais. Através dessas pressdes pode-se verificar as pressdes de funcionamento dos diversos aparelhos em qualquer pavimento (principalmente a do chuveiro do dltimo pavimento que é a mais critica). 14- ALTURA DOS PONTOS DE UTILIZACAO Valvula de descarga 110m Caixa tipo Montana 2,00 m Caixa tipo acoplada ao vaso 1,0m Banheira 0,55 m Bide 0,30 m Chuveiro 2,00 a 2,20 m Lavat6rio 0,60 m Maquina de lavar 0,75 m ‘Tanque 0,90 m Filtro 2,00 m Pia de cozinha 1,00 m 15 - PROTEGAO DA REDE CONTRA A RETROSSIFONAGEM Os aparelhos possiveis de provocar retrossifonagem devem ser instalados em coluna, barrilete e reservatério independentes ou podem ser instalados em coluna, barrilete e reservat6rio comuns a outros aparelhos ou pecas, desde que seu sub-ramal esteja protegido por dispositive quebrado de vacuo ou ainda, podem ser instalados em coluna, barrilete e reservatério comuns desde que a coluna seja dotada de coluna de ventilacdo, conforme mostra a Figura 30. 61 Reseevtite coe te Figura 30 - Esquema da ventilagao da coluna (fonte NBR-5626) Para os sistemas de distribuicdo direta ou indireta hidropneumatica em redes que possuam aparelhos que provocam retrossifonagem deve-se instalar um quebrador de vacuo no sub-ramal que estdo interligados a tais aparelhos A retrossifonagem pode ocorrer em aparelhos que apresentam a entrada de Agua potavel abaixo do plano de transbordamento dos mesmos. Desta forma, devido a um entupimento na saida destes aparelhos e ao aparecimento de sub pressdes nos ramais ou sub ramais a eles interligados, as 4guas servidas podem ser introduzidas nas canalizagdes que conduzem Agua potavel, contaminando-a. 62 16 - REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 1- ABNT - NBR 5626 ~ Instalacdes Prediais de Agua Fria, 1998 2.- GUARDIA, A.C. - Utilizacao de Valvulas de Descarga em Instalagdes Prediais de Agua Fria. Revista Engenharia Sanitaria, vol. 16, n2 2, 181-183, Rio de Janeiro, abril/junho, 1977. 3 - LIMA, F. R.A. - Reservatorio Domiciliar - Aspectos de sua Influéncia na Qualidade de Agua - Dissertacao de Mestrado - EESC-USP, 1978. 4 - MARTINS, H.C. - Algumas Consideracées sobre Poluicao em Rede Predial de Agua Fria. VI Congresso de Engenharia Sanitaria. Tema 2 - Séo Paulo, janeiro, 1971 5 - MACINTYRE, A. J. ~ Instalacdes Hidraulicas, 3* Ed. LTC, 1996, 6 -NOGAMI, PS. et al. - Técnicas de Abastecimento ¢ Tratamento de Agua. Vol. I ~ CETESB - Sao Paulo, 1978

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