Carlos Drummond de Andrade AS IMPUREZAS DO BRANCOCIP-Brasl. Caatogagto-n-fote Sindicato Nacional dor Editore de Lives, Ascot Andrade, Cals Drummond de, 1902-1987 10 a ‘As imporems do bance / Cale Drummond 20 2h, de Anca; preticio, Marlene de Casto Covel is 10.ed~ Rio de feo: Recoud 2005 Incl biogas ¢cronologl _ ISBN 65-01-58 1, Poesia rales, LT. cepp ssn. 91 os105 eDU 221.134.3084 (Cals Drummond de Andede © Grats Drummond wrscaodrummond com be Tasirto da guande: Autocarictra Concepsto de eps Pedro Augusto Grata Dranmond Projet grdco: Regina Ferra “Todos os direitos reservdon, Prod a eprodosfo semazcrnmento ou tansno de pres deste Ho, ata de ‘sq meio sem préva sortase por exit, Dirt exclusives dra edo adidas pla DISTRIBUIDORA RECORD DE SERVICOS DE WAPRENSA 5.4 Ru Argentina 171 ~20921-380— Rio de janeiro Ri} ~ Te 2585-2000 Impeeso no Heil ISBN 85-01-04525-8 Cases Pool 23,082 Rio de Jnr, Rj ~20920.97) SUMARIO. Preficio — Marine de Castro Correia 7 ‘Ao Deus Kom Unik Assio 15 Diamundo 21 Ohomem; as viagens 35 Confisio 38 Onome 39 Declaragio em jufzo 41 Esascoisis 45 » Papel 46, Viver 47 Duragio 48 Parolagem da vida 49 ‘Amore seu tempo 52 Ques 53 ‘Ainda que mal $5 Paisagem: como se fiz 56 © musen vivo 58 Opagamento 60 Acorda, Maia 65 Desabar 70 ‘A dupla situagio. 71 Moinho 72 Meninos suicidas 73 Vida depois da vida 74 Unico 75Deus de cada homem 76 Deus triste 7 Quixote e Sancho, de Portinari 78 Tiradentes 96 Beethoven 100 Homenagem 102 Auséncia de Rodrigo 103, © pocta irmio 105 Desligamento do poeta 108 Entre Noel os indios 110 Brasil /Tarsila 113 ‘Motivos de Bianco 116 Fayga Ostrower 118 Pintura de Wega 120 Canto brasileiro 121 _ Canto mineral 124 ‘A palavra Minas 130 Fim de feira 131 O mar,no living 132 Livraria 135; Verio carioca 73. 137 Venus 138 © passarinho em toda parte 140 Aspectos de uma casa 142 Cronologia 149 Bibliografia 161 Indice deals e primeins vesos 183 {AS IMPUREZAS DO BRANCO: BENS EM PRETO NA FACE BRANCA. ‘A pigina em branco — merifora plistca do siléncio pleno de -virtualidades poéticas e do espago do absoluto da linguagem & preenchida e conspurcada pelos simis tipogrificos que dio corpo e vo A palavea poética que foi possvel capturar — insa- tisftéria, preciria e relatva, pr isso impura. (0 titulo As impurezas do bancoretoma pois uma questio cen- tral da obra de Drummond: a tensio impossibilidade/possibi- Tidade da poesia, Em sua construcio metaférica, ele envolve sig- nificagbes e imagens afins &s contidas em versos anteriores do autor alusivos a esse conflto nuclear de sua criagi0. “Vontade de cantar, Mas tio absoluta / que me calo, repleto” (“Canto es- ponjoso”, Novos poems). Em seus aspectos seminticos apenas, cle evoca 0 ambfguo titulo Alguma poesia, livro de estréia de Drummond, sagestivo de uma auto-apreciagio irénica, a qual considera escasso insuficiente © teor poético dos textos ai coletados, que no encarnam portanto a poesia integral, pura & absoluta como a quisera 0 poeta. Esa atitude diante da criagio postica € andloga 4 interpreta~ fo do estar-no-mundo empreendida por Drummond, que ava~ lia negativamente como incompletude o percurso existencial do hhomem, visto que nele se realizam somente algumnas (Se nao poucas ou raas) das infinitas potencialidades e possibiidades do seu vir-a-ser,B 0 que diz 0 poema “Vida depois da vida”: vida * propriamente dit" “a que perdemos/ ao nascer”. Esta, sim, & completa plena, e no a vida efeivamente vivida, que € sempre 7redutora daquels miliplas potencisidades e empobrecedora daquela constelagio de possiveis. A vida perdida no naseimento, semelhante a da "morte desibrochadh”, dstingue-se por ser: “a sem nome / sem limite / sem rumo / (todos os rumes, simul neos,/ Ihe server) / completo estr-vivo no sem-fim / de pos- siveis/acoplados” [A reflexio cética ¢ desencantada sobre a precariedade da cexisténcia ressnge com novasinflexses e diferente diapasio em “Paolagem da vida", que pe em foco a incessante tensio ene © eal frustrate e o ideal inatingfel: “Como a vida € outta / sempre outra, outa / ni a que é vivid” Ese estado de earén- cia, esa senagdo de fla dl, de lacuna jamais preenchida, repre sentativos de uma apreensio trgica do mundo, definem a expe- rigncia vital do homem, 0 qui, defraudado em suas aspiragdes de completade, busca em vio uma explicagio metafsica para a sua stuagio existe de impasse e aporia, conforme se Ie no belo poema "Vive", no qual ressoam ecos de imagens do em- blemitico “Jo ses tts poemas que, a partir dos proprios ttulos, exibem parentesco temtico — todos se inchuiriam ma segio intiulada pelo autor de “tentativa de explorago e de interpretagio do es ‘ar-no-mundo” — slo elucidativos da poétiea drummondiana, ue se singularza, entre outros aspectos, pelo eterno retorno de rmotivos obsessivos. Estes etornam mas nio se repetem; a cada ‘vez que reaparecem, apresentam um Angulo novo de reflexio, ‘que Ihesinscreve marcas distinivase decisivas, quer no nivel do significado, quer no nivel da expressio, sve jogo de afinidades/diversdades, esa tensio entre simili- tude/diferenga, to peculiar & poesia de Drummond, parece-nos 3) de natureza semelhante & pottica musical e suas variagSes em torno de umn mesmo tema ea pottica pictitica de um Claude ‘Monet, por exemplo, esas miikplstelas sobre um mesmo ob- jet, como 0 caso do monte de feno ¢ da catedral de Rowen, captados pelo pintor em diferentes horas do dia, sob cambiante Tuminosidade que Ihes modifica superficie e contornos. 'A extraordiniriacapacidade que tem Drummond de reto- mar temas e motivos de tal modo recorrentes em sua poesia aque um leitor desavisado os considerara ji exauridos,e dees extrait uma percep¢io ou imagem inédita eimprimit-thes uma {eigho original, ovorre de forma exemplar em “Puisagem: co- smo se fa”. Ap6s publicar dois linos de poesia memorialiica, além da exparsa a longo de sua obra, como tum boi que rumi- now no tempo a sua verdade, 0 posta presenteia 0 kitor com cesse poema-"ligio” que eiclarece e ilumina o seu proceso de recriagio do pasado efewada em textos anteriores: “Esta peist- espago / vacants, a semeat / de pais gem? Nio existe gem retospectiva” ‘A paisagem — em suss vitias manifestages: geogritic,hu- ‘mana, cultural — se fiz sem nenhumn compromiso do poets com & fdeliade a0 real objetivo; a pasagem se faz através de sua idelizagio empreendida pela meméria do sujeito criador dlistanciado no tempo. A paisagem munca & presente, € passdo no fituro, Nostalgia utopia. Apesir de personalisimo em seu modo de fizer-se e di2er-se, que o torna fmpar¢ iredutivel a outros textos, “Paiagem: como se fiz" lembra, com ele dalo- sgando,o poema “Meméria” (Clio ena): “As coias tangiveis / | tormam-se insensiveis /& palma da mio // Mas as coisas finds 7 maui mais que lindas, / esis Gato” d 11A série de poemas “Quixote ¢ Sancho, de Portinati, que legendam ¢ glosam os qsadeos do pintor referents 3 obia de Miguel de Cervantes ainda que consitvam um todo orginico © auténomo, integrase harmoniosamente no espirto dominante fem As impuezas do banc neste lv trava-se reiteradamente, como ji se die, 0 embate entre 0 real e 0 ideal embate que encontou sua encsenas30 paradigmitca nos personagens cer- Yantinos © que impregna a poesia de Drummond como total dade. (Sugere-se 20 leitor que lia 0 poema “Prece de minciro no Rio”, de Vida pasad a Fmpo, que sta sil maravlhas a afindade esi entre os dois autores) A especelagio metasica, to constants e relevante na poesia de Drummond, parece em tiés poemas: “Unico”, em dicurso breve, mas impactante em sua fegio hiperbslica, presenta co- ro aspecto novo explictago sem reservas nem metiforas do sso e dimensio da erse do divin na obra do autor; “O Deus de cada homem" explors mila igniicasdes, até entaoiné- dltas em seu diseuro, da corsiqueira e em sparéncia inocente expresso “meu Deus ji “Deus tse revista o antigo “Trste- 72 no céu” Js), que enganadoramentepareciahaveresgotado a reflesio em torno do motivo “tristeza de Deus. [Nem s6 de deseneano e desengano, de impase exstenciale desamparo metafico fila Drummond em As impreza do bn, que nada tem de monocérdio e que antes eters, mais uma vez, 4 verte do poeta esa rigqueza de ingxagense digBes, “Conf” mostra um hor asd que taga um nico auto-retato do suet iio, fagrand as contraigdes que permeiam 0 seu dscuno 40 longo dos tempos. Nos versos f- ‘als, um lance de mese na descomsrugfo/construgio humo io} ristca da figura sinttica designada pela Gltima palavra do poe- ‘ma, o qual salt, assim, em repentina “cambalhota”, do nivel da representago (0 homer) para o nfvel da forma (a constragio sintética peculiar): “O homem, chamar-lhe mito / nfo passa de anacoluto” © poema “Parolagem da vida" estimula no leitor a associagl0 com “Cantiga de enganar” (Claro enigma), que ele parece rees- crever com menos implicagdesfilos6ficas e metafisicas, mas com semelhente agilidide no desfar de paradoxos e jogos de lin guagem. Nele se observa um procedimento usual na poesia de ‘Drummond, que de modo geral 0 emprega de forma mais ve~ Jada e que aqui irrompe sem disfirces: © poema parte de um Togar-comum pingado na Knguagem cologuial — “Como a vi= da muda” — e empreende a sua reativagio, transformando-o fem Ingar-incomum, por meio de um discurso original, rico ‘em “brincos de palavras” de todo tipo: fonol6gicos, seminticas, morfolgicos, metafricos, Procedimento similar esti na raiz de “Essas coisas": 0 pocta, indefeetivel questionador das chamadas verdades estabelecidas, desestrutura zombeteiramente o Tngar-comum conceitual — a sensatez da matutidade e da velhice — e lingistico: ““Vocé no esti mais na idade/ de softer por esss coisas!” “Ainda que mal” € outro exemplo da maestria e verve de Drummond na desconstrugio de uma fase ji clicherizada — “Ainda que mal pergunte” — que ele reativa em discurso sobre 0s encomtros/desencontros do amor que se vai acelerando em. ceeedo até 0 final de alta voltager lirica: “ainda assim te per~ gunto / e me queimando em teu seio, / me salvo e me dano:Do ponto de vista da expressio, As impurezas do ranco carac~ teriza-se pela multiplicidade de formas — nele convivendo s0- netos e quadlas, decasilabos e redondilhas, versos lives, rimados € brancos —, € pela profisio de registros estético-esilistcos: 0 iFave € pungente, 0 litico, o humoristico,o contido, o expansi= vo. Em sua feigdo global, mostra um poeta que ji ascendeu a condigdo de clissco: pelo despojamento, pela elegincia, pela acessibilidade do discurso norteado pela busca de um efeito de naturalidade, A veemente dramaticidade que peculiariza alguns textos do autor aqui cede Ingar a diceo predominantemente lirica, em. ‘gen sébria e dscreta ou disfarzada em Iudismo e humour, No poeima “Confiso” Drummond expe, como se vin, as Contradigdes ¢ paradoxos que compéem a sua singular percona oética. O Jeitor sensivel nio estranhars portanto a seguinte onclusio: a poesia reunida em As impurezas do bran, tuto que contém implicitamente, conforme se disse, uma auto-awvaliaglo irdnica ¢ cétiea, constitui de fato “bens / em preto na face bran= ea" (“Alianga", Novos poemas) — outra metifora drummondiana dos sinais tipogrificos que corporificam a poesia. Esta, se nto atinge o ideal de absoluto e plenitude a que aspira o poeta, & sem diivida uma preciosa oferenca ao leitor, ‘Marlene de Casto Correia (12) AS IMPUREZAS DO BRANCODRUMMOND VIDA E OBRA‘CRONOLOGIA 1902 Nace em Itsbira do Mato Dento estado de Minss Geis em 31 de ‘outubro nono fio de Carlos de Paula Andrade, fendsio, © Doe Tita Avgusts Drummond de Andade 4910, Inicia 0 curso primirio no Grupo Escola Dr. Carvalho Brito em ‘Belo Horizons, onde conhece Gasavo Capancma e Afonso Arnos de Melo Franca 1916 Aluno interno no Colégio Arnaldo da Congrepago do Verbo Divino, Belo Horizonte. 1917 Tema aus particuaes com o profesor Emilio Mayilhiesem labia, 1918 Aluno interno no Coligho Anche dx Companhia de Jesus er Nora Friburgosélareado em “cera lise ‘Seu irmfo Alivo publica, no Gnico exemplar do jorazinho Maia, sea ema em pros “Onds", 1919. Expuso do Colgio Anchieta por“imubordinagio ment 1920 Mute coma fa pra Belo Horizonte, 121 Publica seus prineirostbalhos na seo “Soci” do Dro de Mina, Conece Mitton Campos, Abgar Remult, Eniflo Mout, Alberto ‘Campos, Mirio Cssasan,Jofo Alphonws, BatieaSantagy, Anil ‘Mactiado Pro Nina, Gabel Pais, eto de Sous ¢ Joo Pinel 10 Flo, todos feqientadves do Café Estel eda Livia Aes 1922. Gant 50 mi-ais de prémio plo conto “Joxguim do Tethado", no ‘oncuso Nowe Miner, Publica tbabos ns revit The Tico rsa, 1923. Entra para a Escol de Odontologia e Frmscia de Helo Horizonte 1924 Inicin a corespondéncia com Manvel Bandi, manifetando-the sa amigo. CConhece Ble Cendars, Oswald de Andrade, Tala do Amaral e| [Miio de Andrade, no Grande Hotel de Belo Horizonte, Pouco te tao)po depois ncaa correspondénes com Mirio de Andrade, que dur até poocos die anes da more de Miri, 1925 Case com a snhoria Dolores Dura de Moris a primeia 01 5e- fzands mulher a tnbalbar nam emprego como contador mans G- byica de spat em Belo Horizonte segundo o pedprio Drummond. Funds, junto com Ensiio Moura e Gregoriano Caned, A Ret r= elo modernist do qual ster es nimeros. CConelui o curso de Farm, mas nfo chega a exercer a profisso le- gndo querer "preseiar a sade do outs" 1926 Leciona Geognats ¢ Portugués no Gino Sul-Americano de tabi. Vola par Belo Horizonte por initia de Alberto Campos, para ta talhar como redatr-chafe do Dro de Minas Heitor Vil-Lobos em conhee-L compe uma sees sobre 0 poe sa "Cantgs de vivo 1827 Nace, no da 22 de marg, seu flo Cals Fivi, que mone meia hora depois devo a eomplicaSes respira 1928. Nase, no dia $ de mayo, sua fin Maria Julieta, que se ermar sn tznde compere confident ao longo da vd abiice na Revita de Ampeg ce Sto Paulo o pocms No meio do camino", que se torma am ds rains escndalos lets do Bras ‘Tornase ane de redago da Revista do Ensina, da Secretaria de Ecsgio 1929. Deixa © Divo de Mine para tabalse no Minas Cos, Sng ofca to estado, como aux de vedo e pouco depois como reat, sob a diego de Aliio Machado 1990. Public seu primeira, Auna poem edigio de 500 exermpl= res poga pelo autor sob o elo imaginirio BaigdesPindorama criado por Eéendo iio. ‘Auolar de pbinte do sereiio de Ini, Cristiano Machado, ps~ S22 oficial de gabinte quando se amigo Gasavo Capanems substiai Michalo 1981 More, aos 70 anos seu pa, Cals de Pata Andrade, iso) 1934 135 1937 10 1941 ww 1918 1944 1945, Reto de A Tins ‘Acompanha Gustavo Capanema quando ete € nomesdointerventor federal em Mins Geni, ‘Trabuha como redato not joe Dro ds Tan, sataneaments. Publica Bj das Alma, em edicio de 200 exemplars, pela coopert- 40s Amigo do Liv. ‘Muda-se com D, Dolores ¢ Maria lta pura 0 Rio de Jane, onde is tablae como chee de abinete de Gustavo Capanems, novo rmimitro ds Educaio e Sade Pica, ‘Responde pelo expedite da Dizetori-Genl ¢ & membro da Co- miss de EScinci do Ministrio da Educagio CColabor na Rete aan, de Mosilo Miran Publica Sentiments do mundo, em srgem de 150 exemplars, dsb os ente os amigos ‘Assinas0b 0 poeudnima © Observaor Litera a seo "Comes Iter” da evita Elis CColsbors no supemento beso de A Maat, diigido por Micio [Leo e mss te por Jorge Laced. {A Livrria José Olympio Editora publica Poss, Jot Olympio € o primeio editor a pobleara obra do poet ‘Tear e publica a obra Ths Dequeyon, de Fengo's Mauriac, sob © tla de Una got de veo Pics Confit eins po initia de Aa Lins Palisa dopo pl Jo Olympia a novela gent pla ages Henrie CClibors no suplemento eso do Cami de Mar ma Folie Ca rie Deb sched spine de Capen, sem enum ato com ts cote de Lis Cason Pees ga como cover do d= ‘io comnitaona Tou jnt com Bebo Mot Lia, Ala ‘Minas Gonis Estado de Minas 61946 won 148 1980 151 1952 1953, lisa} “Morera, Ayano do Couto Fer ¢ Dleldo Junmdi. Mess depois se afta do orm, por dscotar da wn oriet 0, chnmado por Rodigo M. de Andre para tabular na Dirtoria dda Parimnio Hirico# Aetisico Nacional, onde mas te stor tc cele de Sopa de Fisria,na Divs de Estudes eTombimento, Recebe o Pémio pelo Conjunto da Obra da Sociedade Felipe POH ‘Aos 17 anos de ides ls Mala allt publica a novela A bse, pela Jo Olympia, E publicads wm tadSo de Ls Latons dangers, de Choos de Lath sob o ul de rl pers Publica Pos at on. CColubor em Polis ¢ Lees, de Odylo Cos, fb ‘More sta mis Jets August Drummond de Anda. Comparce ‘0 enteto ea bir, que conte ao mesmo tempo em que & exe tad no Tato Miia do Tio de era bra Poem dein de Het Villa-Lobos, emposta sobre seu poems “Viagem na faniia™ Vols» csrever no jor Minas Goi. Sus filha Maria Julieta easese com o ssrtore avg argentino | [Manel GrataEtchewrry eps a resi em Buenos Aes onde d= Sempeabar ao longo de 34 anon importante taal de diva ‘oda cour bese, Visi a Buenos Aires para 0 nascimento de seu primeio nto, Caos ‘Manvel abl Cla eng, Cmts de apo © A mesa £ publiado em Madr olive Poms, Publica Par ith € Vl deb. Exoneree do cargo de redatoe do Minas Geni a se eid sa stuaglo de funcioniio da DPHAN. Vai a Buenos Aires pata 0 masimento de su neto Luis Mauricio a quem ddica 0 poems "A Lis Maui, nf’ 1954 1955, 1956 1957 1958 1960 1861 1902 f palcado em Buenos Ais 0 vo Dis poms com taduso de ‘Manuel Gana Ecker gent do pots. Publis Fae dor 6 Ps a gn -Apaece ua ado de Le aan de aes Realza mn Riio Minis da Edueago en dilogo com Iya Cae sala sed plas “Que mend Inca no Coo d Monk se de eis Imagen” mati at 189. Pubin Vi de ak met cnt Publica 50 pena ethids pl aur ‘Apurece sua tauo de Alenia dpe de Marcel Prout Publica Fils, aneniocn © Ce Pobliease em Bucnos Ae uma sleo de seus poemas na colesfo| Poets dl Siglo Vent. B ence e pubieads a sua wadugio de Dose Reta slr, de Federico Garcia Lore, pela gual retbe © Prmio Pade Vents, do (Girculo Independent de Cito Tent, [Nase em Buenos Altes seu tec eto, Pedso Aupuito, {A Bibioea Nacional publics a su traduo de Otss-maehes om horus dB de Descour Colabors em Afundo Bata, CCobibors no programa Quahaus, da Ro Minisirio ds Eauagio, Inside por Murilo Mind, Morr seu imo Akiva, Publica Lio de as, Anolaga pba © A boa ea vida demolids a cass da Rus Joaquin Nabaco 1, onde vives 21 anos, Piss a reir em spartamenta, ‘So publicadas sis tradugbes de L'Osau bl, de Maurice Macter- Tink, de Les Faber de Sain de Molée gue 6 encenada no Te ‘to Tblado, do Rio defer Recebe novament 0 Prémio Pade Ventura lisa}196 1964 1965 1966 1967 70, wm sal ‘Aporent-s come chefe deseo ds DPHAN, 9p 35 anos de srcigo piblienreesbendo cara de lowvr do minsto da Educago, Oven Brito, lngadn so todo de Sul (Fe) de Keut Hams Recebe ot préios Ferando China da Unto Brier de Bici= tors, e Lufa Clindio de Sonn, do PEN Clube do Bra pelo lio Li de ia. CColibors no programa Vis da da nti por Milo Mind, 1 Rio Reoquete-Piat,e inca 0 programa Cadi de bls, na Riko Minitiio da Educspto ‘Via com Dolores Buenos Aires Pblica primi edigio de Ofm completa pela Agu Publicado os vos Antlgiapd ern Portugal In the Mie of the Road nos Estos Unidos Pos ma Aleman. Public, em coblborago com Manvel Banden, Rio de oni em pos Sere, CColabors em Pa, Publica Cue de ol, ena Swécn & nado Nato oo Publica Hye, outes, Mundt md, Una pt wo meio cava iat Gora (Bt ala). Pablicages de Feta ste em Pegi, € Mind, ro mani, com teadugio de Manuel Grit Etcheverry em Buenos Aes. Publica Bitonpo A fit que ama Memibro corzespondente da Hispanic Society of America, Estados Unidos Dea © Cons di Mah ecomoys#ecrever para 0 oma db Bil Publis Remi (10 vos de posi). Publics Coils de fds Brn. Publica See om prov evn digo de Poemas em Cuba 173 174 197s 197 a 179 1980 ‘ish a Buenos Aes com D. Dolores pora vista ka, Maria Jes Pblca © poder ulaovm, Jormis do Rio de Janeiro, So Palo, Belo Horizonte e Porto Alegre poblicam suplementoscomemorativor do 7° aniversiio do poet Pullin As inpurezas do ao Manan ang (Bae), La bay le da em Bucnos Aes, Réaion ern Pais ReckeoPrémio de Pos du Asoo Pula de Citos Lies Membre honiio ds American Asociaton of Tscers of Spanish sad Poros dos Esades Unies Paes Ay ami Recche 0 Prémio Neon Walnsp de Litt, ecw, por moti wo de cometnco Pro Basa de Lert, ds Fungo Cul teal do Dstt Feder Pula A lit, Dc de prin ana sa © Ord id (Gv 4 pers em dos pis neds pla Polygram. abo bilan debt bs Cie (Stine de wd) Pullin 70 rok € O mag! bride Gt agi artis de lmaroman El oder aoe utc Ps peg, eva eatin pl tora Nov Agu ‘Vig Buenos Airs por modo de dongs des Sia Mca aes. Palen Eager ob (Bite) cet os pies Bic de, de joes ¢ Morgae Mateus (Portage poss igo nid de pao mide Noite de amégufs ma Lamar fst Olympio Eto pra 0 tangs ‘mento conto dh eit comer de pan ef Un gd ‘laches, de Mata ules Drummond de Andtade; poe esa fia auopeatan jas na sede ds fost Oyo.igo de Ba Ros ot Fle Sica, Baio de The Mins Sin Estados Unidos. Eigio de Gun (toma), Hand 1881, Publica Contr psi © O pips de xin, aging de The Min Si. 1982 Ano do 80 anivesrio do poe Sto reainds exposiBes comemo- rates m Bibloteca Nacional ena Cas de Rui Bubesa, no Rio de nner. Os rine jorais do Br poblicam suplementos come ‘orundo 8 dats Revebe 0 iulo de Dovtor Honors Causa pela Unie ‘erdade Fede do Rio Grande do Norte. cidade do Rio de J ito fete adit com extn de feo 20 poe, Pullin lis do anigo~ Cat de Mode Ana a Cars Dron 4 Andale, cory nots do desta. Puliicgto de Comins doumnenna,poemas de Drummond tai os par lin por Sia Balke. Ediglo mexican de Poem. 1985, Deli © Tf Ja Pit. Public Nos mi (19 Koos de pes) O elite. 1964 Apis 41 anos despede-se ds ea do velho amigo Jost Olympio e as- ta conto comm & Editors Record, que publica sn obe t hoe “Tamm se depede do Jos! do Bul, depois de 4 anos de tbatho Jormliico com enica “Coo” Pablics, pela Baitora Recon, Bord nae Cop. 1985. Publica Ami se apne smatdo, O lunes no eritvio (meri), iis de di amor iv nn Ana inate, Edicto do Fain Oxen Ti, Sui 1985 Publics Timp os, past igo de Teli nthe Fay mn Nova York, pela Random House, «Anlegipoticn em Cub. scrve 21 poems pra a ego do centeitio de Manucl Bande 1 prepa pea edtors Alubrament, com o lo Bandi, «ea inti Soff um info e ¢ intro dram 12 ds. ts6) 1967 Em 31 de janeiro excreve seu iltime poems, "legis a um tucano ‘morto”, que pas @ integrr Revell, lime lvro organiado pelo poeta. £ homenapead, com 0 enredo“O reno ds palva, pela Escola de Simba Esto Primera de Mangueea, que vence © Casal do Rio| de Janeiro. No lia 5 de agosto depois de dos meses de internag2o, morse sua la Maris Jlet,vtina de ince. “Asim terminow a vida da pessoa ‘que mais ame neste mundo, escreve num dio, Doze das depois morte o poeta, de problemas canes E enerrado junto eom 3 fa 1 Cemitério Sto Jodo Bats do Ro de Jano. (© poxts dea obras nds: O mo de os (forme), Me de {ata na gus, O amr natal (pecs exis), Pes erone, al, stualmenceedtads pela Record, Ae om expos (vero sobre obras 4e ae), posteriormente publica pel editors Salmundr,além de ‘rGnicas, dedicatsris em vero cole peo stor, cortpondéncia eum texto pra um espeticalo musical ainda sem tal. Redieto de De mics e nbs fase a ania pela Eatora Re- coud digi de Crit ~ 1930-1934 Edigio de Ui chia engna eSeimono del mondo, ei, Mando gande oes pens ma sre Los Grandes Poets em Buenos Ais. 1988. Publicio de Presa enon coletnea de poems indies, Prémio Pi- de Ver. 1989 Publcaio de Aue-enatoe tee aie, clio organizada por Fer= undo Py. Pbliagio de Dremnond: ent evs, io iconogefca, pels Alumbrament,e de Atm pont Mri Jot, ego Limitada e| fae-similar de eaderno corn orgimis manuscitas de vlros aucores €| arts, compilados pelo poets para sa fh ‘A.Csa da Mods homenagen poe, emiindo uma not de 50 eru- sake 190 © Centzo Calera Banco do Bri (CHB) onganias wma exposgto comamoziiva dot 60 snot &pubiagio de Alone pia Palestas de Manel Grafs Etchevery "El erotismo en la poets de Drummond”, ¢ de Afonso Romano de Sa Anna, "Drummond, us| gare no mando, no CCE, ts)Encenagio teat de Miu to mud com Tonia Carer, 0 coal CGargans ¢ Paulo Aura, sob a deg deste, no eat do CBB. Encenacio de Citi ve, com adipracio de Joo Brandio € Peo Drummond, no Cc38. Ediio da antologia ai, em Mads pes editor Visor, Eig limitada de Are om expsfo, pel Salamand. Edigio de Pobie, pl editoraGaliard, Fraga 1991. 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Drummond na er digha:lngmento do primeiro web at de autor ‘liza na internet, premade com o primeio [-Bes 95 1996 Lingumento do iro Rul kino organiza peo poets, no CCB do Rio de Jani, com a presents de Joana Form e Jost Maer Premio but pelo melhor lio de poesia do ano, Raval 1997, Primera eid intent do iro © ae de ses (np: /anwneaeosdrammond.com:br/aves). (158) 199 Teaugurigio dos “Caminbos drammondianos em abi No da 3t de outubro ¢ inaugurado © Memorial Catlos Drummond de Andee, proto do arquteto Oscar Niemeyer no Pico do Amor (h cidde de bir, Peémio x momovn Mediha do Sequlcencenieo da Cidde de Ie bin 1 Rérum labia Séolo XXI ~ Centenirio Drummond, relizado na cidade de Tabi. Langamento do CD Caves Dunno de Ane por Polo Astron, plo selo Lz dt Cidade, Inaoguraa 2 Biblioteca Caos Drummond de Andade do Colgio ‘Armldo, de Belo Horizont, MG. Langamento do CD Contes de arentc por Lenado Vii, peo slo Tord Cidade sia no dia 31 de outubro 0 espetculo Joe Drnnond, eel do por Vinicius de Olive, no teauo da Fundagio Cult Cais Drummond de Andiade de Ibi Serer de Cults do Muni pio). Langamento do CD Hiuiris de dis amon ~ contade por Ode Lara, pelo sel Lut a Cidade, prodvido por Palin Lina Bncenigio pels Come Francaise ds pega de Mole Ls Rovere de Sapin, com tadupdo de CDA nos teazos Municipal do Rio de J ‘ei Municipal de Sio Paulo, Langamento do projet O ize dar com o*balio Deunond”, 1a Lagoa Rodrigo de Fre, no Rio de Janeio. 1 Forum Iai Séelo XXt ~ Centenirio Drummond, alzado em ‘ourbro na cidade de Tei Homenagem in memoria Modal Comemorava dos 10 Anos do [MEC. Homenagem 205 ex-lunos da Universidade Federal de Mina Geni (uso)‘DIBLIOGRAFIA' ‘oBRAS DO AUTOR PorstA Algama pos Belo Horizonte Pindorana, 198. 7 ed, Rio de Janeiro: Re- «con 206, ‘rij des Almas. 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Tudo lipid, 105, ‘Como a vide mada. 4 Confisto 38 Convento rompesmwem beiri-eéu 92 Diawendo 21 Dario em jus 41 Doaber 70 Dashiva 70 Designed poste 108 ew é rst. 77 Da ite 71 Durie 48 E-certo que me repo, 38 seme prosado a vows pees 15 Em Vil Roali Noel Naw repousa 110, Ene Nel oe nds 110 Epa 83 rim pastors de sol 94 Bra ear 4 Estio demolindo 39 Esta psig? Nio exe Exit espago 56 E tudo que eu pensei 46 Fayga fz a forma 18) Fayge Ostror 18 Fin de fi 131 Gentil eagadon #9 = Gigantes! #2 Hlomonagom 102 Jick London Vichel Lindsay Hart Cane 102 = Junes na pocir das encruzthadas 80 Liana 135 (Mas ea apenas iso, 47 ‘Melodiosas mulheres moven-se 116 ‘Moun suidas 73 ‘Meu caro La, que ene Free neta hors 100, ‘Minas Gerais 124 sal Minas nto €paliva moneanhosa, 130 ‘Mobiles de ouro da Praga General Osério 144 Maino 72 Moin de Bion 116 Neste, nests brenhas 8 [No hiperpermread aberto de detrios, 131 © carto do sol passeia dss de incindio. 137 (© Das cada homon 7 © homer; a igen 35 ‘© homembicho da Tera tho pequeno 35. (Oh, sj bem-vindo 92 — Ola Alifinfarrio esau guerre! 84 (© mar ents no living. 122 © may sng 132 (© Moscu de Eros pasa pelo mando $8 Orc iso 58 name 39 CO pagaments 60 (© pasate tle pate 140 poets irmio 105 Otempo era bom? Nio en. 48, Ororivel 86 © inico asunto & Deus 75, Puisagen: como se iz 56 Papel 46, Paplage david $9 Pogo desculpa de ser 41 Pengunta a este macaco teu pasado 88 Phar de Wiga 120 ‘Quando digo "meu Deus", 76 Quando & que io pagamento? 60 Que é loucur: se elena andante 87 Quan 53 Quero que todot os dine do ano. 53 Quisoree Sac de Por 78 Rocinante 78 (185)‘Tails 113 ‘Tempo 21 indenter 96 ‘Toda a casa aqui se resume: 145 Un acabar seco, sem eco, 73 ‘Uma desordem que se espa 144 ‘Un sléncio io befeto 71 Chis 75 Vins 138 Venus de cals compride & 138 Ve crica 73.137 ida deo da vida 74 Vier «7 "oct no esi mais ma idade 45 Voto pelos caminhos 93, 186} te lo ft composo ma tata Bebo, no comp 1218, ‘imprenoem pees Sga? ‘no Stems Cameron da Dist Ge de Dealova Rsk,