Panorama Da Semiotica de Platao A Peirce PG 01 A 77 Noth Winfried PDF

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‘Sumario APRESENTAGAO PREFACIO | TERMO, ORIGENS € PRECURSORES DA SEMIOTICA O que é semitica Precursores da semidtica geral Historia terminoligica da semidtica Semidtica versus semiologia HISTORIA DA SEMIOTICA Periodo greco-romano antigo 1a idade Média 20 Renescimento Racionalsmo, Empiismo e luminismo Semigtca no século XIX IIIA SEMIOTICA UNIVERSAL DE PEIRCE Visto pansemitica do mundo ‘As trés catogorias universais BSESR BR Bee ‘Signo, semiose e semidtica A classiicagao peirceana dos signos IVA SEMIOTICA APLICADA DE EXTRAGAO PEIRCEANA Formas de icnicdade na inguagem {As aventuras de Alice no pais da semiose \V PEIRCE E AS BASES SEMIOTICAS DO PARADIGMA COGNITIVO © giro cognitive a histvia da flosofia da mento Cogrigo na seriose Cognigio, concstvazagao e iconicidade Modelos de cogigo como modelos de semioses cONcLUSAO BIBLIOGRAFIA APRESENTACAO Ente outros vos 6 um grande nimero de artigos nas reas de ingtistica, comunicagdo e semitica edrca e apicada as artes, Iteratura @ mica, pubicados na Alemanha e fora del, Winied Nth, professor de ingot esemiticana Universidade de Kassol, 6 nada menos do que 0 autor do Handbook of semiotics (Manual de semidtca, Indiana University Press, 1990). 0 artigo defnido 0 ~ O manual de semictica—faz perelta justia aosse ivro ou com- péndio que, de fato, continua sendo, até hoje, dnico no gBnero. E provavelmente continvaré.a ser nico por muito tempo. J apare- ceram @poderio ou deverdo aparecer, sem civde, outros manuals, icionéios ou encicopédias de semidtica escritos por vio autres. _Ném de suas inimeras e indiscutveis qualidades,excepcionalno Ivrode Nath, etretano, que o toma incomum e nico, ofalo de ter sido eso por uma sé pessoa. $0576 pginas com 64artigns, agrupados em cito seqées: 1.histra da semidtica e suas teoras bésicas; 2. signoe significado; 3. semiose, oédgo @ o campo se- rmigtco,ncuindoa zoosemitica,etlogia eas rlagbes entre co- municagéo e smiose 4. lingua 60s cédigos baseados na lingua; 5. do esruturalsmo a semiticatextual, presentando suas escolas 8 PANORAMA DA SEMIOTICA figuras maiores; 6.0 campo da semitica textual, 7.acomunicarao ‘no-verbal: 8, estética ¢ comunicagéo visual, que incluimisica, arquitetura, imagem, fotografia, fime e publicidade, ene outros. “Tudo isso & sequido de um impressionane encomparavelreferenciel bibliogréfico de 2.945 ttulos, am de um longo indice remissivo doessunios etermos no qualosletores podem encontrar respostas ara suas interrogag6es terminolégicas. Publicado originalmente em alemo, em 1885, ao ser traduzto para o inglés, em 1990, o manual foirevisado e ampliado arase aproximar ainda mais do ousado ideal proposto pelo autor: ‘ode formecer,a partir de um miradouro pluraista, uma topografia as principaiséreas tedricas e apicadas da semistica, Como no poderia deixar de ser desde o orignal em alemio até sua versio ‘emngls, a recep clea no poupou elogos& obra: “uma das melhores introdugées & semidtica que jé encontei(..) um grande asso na produgéo de vros de releréncia na semitica’ (Eugen Beer, 1987); “uma forma que demonstra cooréncia enquanto faz |ustiga & dvorsidade do campo (..) a rea de semitica como um ‘odo deveria darboas vindas a est projet anbicioso pela sintese impressionante por ele alingia” (Patria J. Eberle, 1986);“asoberba Ccompreensao global que 0 autor tem do campo da semigtca(.) «a objtvidade proissional superiatva de Noth ¢ sua auséncia de tendenciosidade(... num fvro magnifica (mengard Rauch, 1994); “uma corajosa performance solo de um jovemn académicoaleméo ‘que sinetizou uma vasta massa de informagéo sobre a semidtica ‘contempornea no compasso de um manual de um volume” (Thomas Sebeck, 1968) Como fruto do conhecimento profundo @ constelar, intemacionalmente reconhecido, de Winfried Noth no campo da semitica, contando com o auxtio do DAAD, FAPESP 6 CNPa, 0 programa de pés-graduacéo em Comunicagao e Semistica da Universidade Catélia de Séo Paulo @ a ECA da Universidade de ‘S40 Paulo convidaram-no para entre ours atvidades de oientagdo de pesquisas, ministrar, em agosto de 1994, um curso intensivo APRESENTAGAO sobre as diversas correnes da semidticae suas contribuigdes para ‘os estudos da comunicago. Como também no poderia deixar de ‘er, 0curs0recobriu-se do mals completo sucesso, Cantando com © privikigio de seu perfeito dominio de nossa lingua, enquanto foi ‘dando 0 curso em portugues, Noth foitambém redigindo-onaforma do um livro. O resultado esta neste panorama breve, mas amplamente diversiticado, cuidadosamente documentado @ admiravelmente bom nformado dos conceltose teoras semiticas, rum arcor iis histrico de quase dois mile quinhentos anos, que se estonde de Platéo até Peirce. panorama se apresenta em cinco capitulos muito devemonte dolritados.O primeira dees 6 dedicado aos precursores ‘bem lembradae necesséria histra terminolégia da semistica. Esta incl uma muto propositada excursdo pela oposigo entre semidtica ¢ semiologia, desde sua origem alé sua pretendida «extngdo, em 1969, quando a Associagdotemacional de Semitica, Porlniciatva de Roman Jakabson, decidu pela unficagodo temo ‘em tomo da designagéo de semitica, (segundo capitulo ¢ omas itidamentehistrco.Tendoin- ciadoovrocoma dstngdo entre uma semica avantla etree uma seidtica ropriamenia dia, aprimora écaracterizada comoas dou- ‘tines dos signos que, mesmo sem terem recebido explictamente 0 nome de semitca, oram brotando, aolongodos séculos, mais par- ticularmente nas obras dos lésofos. A segunda, tendo seu apare- mento originalmenteno carnpo da medina relere-s&steorias dos ‘signos que, desde John Locke, em 1690, foram batizadas pelono- imede Semeiotkée variants. Assim sendo, dos gregos aos roma- nos, da dade Média ao Renascimento, 0 percurso do segundoca- ptuoatenciosamente se estonde também peloracionaismo, empi- rismo eluinismo até chegara semidtica do século XIX. O esmero cemeticulosidade da pesquisa documenta, alados auma excepcional capacidade de sinloseparacapurer,numavastissimamassadeitor- mages, exatarmenteaquelas que sto relvantes petinentes,fazem csta partedo lvro uma pega ristain em precisdoobjetiviade. PANORAMA DA SEMIOTICA CO terceiro capitulo, ainda no século XIX, 6 inteiramente \ecicado&explanago dos conclis semitions de Charles Sanders Peirce, muito propriamente apresentado como “o mais importante os fundadores da modema semidtca goal, oquejustfica ofato de ser esse 0 capitulo central e mais longo de todo o iro, ‘Séobastannotiras a complesidade,a extrema abstacéo ‘aintereonectviade dos concetoscriados por Pirco. Nao 6 ala nada fcilapresentar discutir esses conceitos com fidelidade as {ontes, economia de meios ¢careza comunicacional, Winied Noth realiza a proeza do integra esses ts dficeis requisitos em ex- planagées primorosas. Embora sucinto,o capitulo fica nge das -simplficagées grosseiras elacunares, A rede conceitualpeirceana, 6 assim apresentada em detahes nitdos, quasecinigicos na sua preciso. Mats uma vez, a lucidez do autor para a condensagao informativa 6 exposta com a naturalidade de quem a pratica por talento congénito, Diferentemente de muitos autores que se limitam & Aiscuss8o dos concsitos de Peitce, sem se preocuparem com 0 toste de sua vaidade aplicativa, Nath dedica o quarto captulo a uma amostragem da epicabildade da eora peirceana dos signos na investigago da semiose da lingua, de um lado, ¢ ao estudo de ‘signostransformados no mundo filo da Reatura, de outro. Na primeira, autor leva adiante, com originakdade propria as célebres| éndlses que Jakobson (1971) realizara em sua "Procurada Esséncia 2 Linguagem’. No segundo, a escolha feliz das Alices,no pais ‘das maravihas eno pais dos espelhos, nos ofrece, com nigualivel propriedade, um teste para o valor heuristico das categorias peirceanas. Esse capitulo de aplicagdo se const, sem divida, no ‘momento de coroamento do livro. Superando as tendéncias, infeizmente comuns, de aplicagéo esttica ¢ esti dos signos peirceanes, Nath sabe como ninguém fazer uso daquilo que chara do ‘perspectvismo das classiicagbes de Peirce’. Aesse respeito le afima que “6 preciso subinhar que atpologia peirceana dos ‘APRESENTAGAO " signos néo 6 uma ciassiicaedo arsttélica, no sentido de que cada signo pertence a uma s6 classe dessa tiologia. O que Peirce des- cteve ndo so classes arstotlias de si 6 signos, Porisso, um mesmo signo pode ser considerad sob virios pects esubmetidoa diversas classificanées’. Assim sendo, num jogo minucioso ¢ personalissimo, criado pelo autor, de variagées prismaticas das tipologias peirceanas, a potencialidade dos con- Cceitos, para.a aplicagao em processos signicos atualizados, 6 ex- plorada no limite do seu rendimento, em andlises fecundas, ‘sugestivas, instigantes, certeiras @ certamente criativas, Vale a pena conferir. (O capitulo final nao poderia ser mais bem lembrado, Diante da notavel presenga da ciéncia cognitiva no cenario da contem- poraneidade, Néth pbe em discussdo as possiveis afinidades entre a.ciéneia cognitiva ¢ a semidlica, Embora esta néo possa ser reduzida aquela, nao parece haver divida quanto as bases semidticas do paradigma cognitivista. O papel fundamental desempenhado pela semidtica peirceana para esse didlogo ‘emergent é posto em relevo, especialmente nas relarbes que se tocem ene representagbesmentas concidade, naimporncia ‘da mediagao signica para a superacdo de modelos diddicos de ‘cognigao ¢ nas implicagdes semiticas das teorias dos esquemas. Enquanto o quarto capitulo demonstra, de modo magistral, 0 proveemento apa das pologis peiceanas, oqunto capitulo colaca em evidéncia qué ftipode sero cdloo entre asemidca prieeana ¢ as questes que o cognitvsmo tem trazido& ton, |ss0 tudo 6 discutido em argumentos sdbrios, despidos de qualquer reldrica supérfiua e sem tendencialidades ou partidarismos. ‘Numa viséo global, fiel a0 seu titulo, 0 livro, no seu todo, funciona como uma apresentago panorémica nao apenas do. desenvolvimento da semistica, mas também das questes mais fundamentais que esse campo de estudo permite detectar. Ao mesmo tempo, o livro acaba por funcionar como uma espécie de caleidoscépio das diferenciadas facetas intelectuais do seu autor. 2 PANORAMA DA SEMIOTICA Se primero capuofaz emery sua vocago logic, no segundo, 6 suahabildadeinoomum paraa imestigaro documenta que aoa Enquanto tec capiuo az as marcas de una ucdez conceit também rare, o quarto pGe em evidéncia um intelacto criatvo @ Pragrrticamente orientado. Sé fatavacapacidade avaitvapara ‘obalango criico das teorias. € justamente issoque o quinto capitulo 10s apresenta Enfim,rata-se de uma obra que, de mado abreviado, tz todas as carecteristicas que a critica aplaudiu no Handbook of emotes: manutencéo da unidade ofuéncia da linguagem no ‘bstanteadiversidade dos topcostrabahados, a elegancia, clareza ‘econdensagdo do esi intmament undo &precisdoeinstigacao cas idles. A palavrafiigranasse referea uma obra de ourvesaria, ‘ormada de fos de ouro ou de prata, delicadamente entrelacados _ 6 soldados, Nao imagem melhor para caracteizar este pequeno lvro que N&thentrega a0 pablo brasileiro do que a da fligrana De fato, cada um dos capituos assemelha-se a uma obra de curvesaria, oconjuntodelescompondo uma pequena constlaco de fligranas frissimamente tacides com os fos da erudgdo e da lucidez, Diant de uma obra ti bem reaizada eto elvante para atenders necessidades de todos aqueles que tém curisidado © interesse em compreender mulipicded de aspectos que omundo os signos 6 cepaz de ex, esta-nos torer para que prometido ‘segundo volume desta obra, que fi resorvado para as corronios, ‘somidicas do séoulo XX, possa vir uz muito brevemente Lucia Santaella PreFAcio Panorama da Semitca & 0 tuo de um curs intensivo ‘qo ministre’ para. os doutrandos do Programa de Pés-Graduano em Comunicagéo e Semitica da Ponficia Universidade Catdca do Séo Paulo, durante 0 més do agosto de 1984. As paginas equines consituem apontamentos que elaborei para 0 curso, durante minha permanéncia no Brasil. 0 objetivo orignal deste panorama foi ode ofrecer um curso sobre “as diversas coments da somiicae suas contbuies para os estudos da comunicago’. Os deuses, porém, sabem que toda protensio deve ser punida. As correntes da semitica soto diversas amplas que um simples curso, mesmo intnsivo, que infomasse sobre as mas sigrificatvastondéncias desta roa de stud, teria de ser supericial demais para estudentes de pés- vaduagao. esol, porano, fazer uma andlise mais prounda das corentes da semitica desde Plato @ enceraro panorama com a leora do signo de Charles Sanders Peirce e suas perspectvas, pera outro da seca Promo, prém, coninuar este panorama émum curso futur sobre as corentes da semisticano século XX, 4 PANORAMA DA SEMIOTICA ‘para qualo reitor da Pontificia Universidade Catia de S20 Paulo teve a amabiidade de me convider. Uma exposigdo suméria sobre uma area de investigagdo ‘io ampla como a semitica tem necessariaments de permanecer ‘incompleta. Para uma orientagéo mais extensiva sobre o campo semigtco, tenho que remeter o lelor ao meu manual de semidtica @ Asomiotica no século XX; nos quais hd captuos e informagbes mais especticos sobre a maiora dos assuntos aqui ratados. ‘Agradepo a professora Lucia Santaela pela iniciativa de ‘me convidar para este curso em So Paulo. A ela, a0 professor Norval Baitllo J, aos colegas, as colegas do Programa aos ‘estudantes do Curso, agradero.ahosptalidade que me cispensaram podem se referic ao mundo, mas apenas a outros conceltos ‘22° derivados, 0 processo de semiose ir se desenvolver numa, ‘ede de tramas mentais, que Peirce, mais tarde, denominaria “semiose ilimitada’ Hobbes evidenciou ainda um modelo associacionista ‘bastante unlinear de semiose a0 salientar que, na associago dum, ‘=cantecimenio antecedents com um evento consaqiente, um é signo out. ‘Berkeley (1685-1753) George Berkeley raicalizou a teora diva do signo no ‘22110 do seu nominalismo ¢ idealismo ontoligico. A matéria do a PANORAMA DA SEMIOTICA ‘mundo, para ee, no participa do processo de semiose; as nossa sensagées do mundo s6o “idéias impresses nos sentidse no existom a ndo ser na mente de quem as percebe. O "ser dlas 6 ‘ser percebido: Esse est percpl (Berkeley, 1710: §). ‘Uma das conseqaéncias dessa visio to radical domundo td no fato de que todos os processos que se desenvolven no ‘mundo sé interpretados como processos de semicss. Emvez de promover relagGes entre causas 6 efetes, Berkeley vé apenas _Telagées entre "signos" » “coisas significades’, Assim, o barulho que ouvios niéo é causado pelo movimento dos carros na rua mas 6 o-somente um sign dels. Dessa forma, todo mundo natural aparece permeado de signos, tal como dria Peirce mais tarde. Locke (1632-1704) John Locke & a principal figura da histria da semigtica de sua época. Jé nos referimos a ele no contexto da histéria terminolégica da semistica (p. 21) € no contexto da relagao entre ‘asemidtica eas demas cfneias (p. 34). Porém, apesar da enorme: importancia de suas idlas, aspecto inovador de sua obrandiog to grande quanto podaria parecer. Locke (1680: 4.21 4) dascreveuos signos como “grandes instrumentos deconhecimentoe distingue duas classes de signos: asidéias 6 as pelavrs. As iddias S80 08 signos que representam ‘as coisas na mente docontemplador, as palavrasnéo representam nada ‘sendo as ides na mente da pessoa ques uiiza”. Palares, portanto,s&0 os signas das idéias do emissor. Porém, se as palavras fossem apenas signos de idéias © asidéias fossem apenas signos de coisas, a comunicagdo hurnana 1ndo sera realmente possvel Locke (1690: §3.24), entretato, nao adimity que as palavras so também signos “das idélas na ment ‘das otras pessoas com as quais nos comunicamos'. Como dias slo signos-@ palaras so sgnos dedi - palavas, na detnicso HISTORIA DA SEMOTICA 45 ‘@ Locke, so signos de signos, ou, como dirfamos hoje, meta- sys A separagdocalogtrica entre doisnivels seidcos las \2psteras— implica problemas séros do ponto de vista da semitica (Get Hoje sabernos que as idéias — ou sigficados ligados &s ‘ters -emmuitos aspects no séo independents das palaras ‘=e= 25 designam. A signfcagto des palevras nao vem (ou no swam acenas) da porceprdo das coisas, como Locke suger, mas ‘ebm io sistema da inguagem quo gora.ascferencas entre as ‘pateras. Esta ida 6 central para a semiéticalingUistica desde ‘Sssure.'6 ‘Aimagem que Saussure (1916: 131) usou para descrever ‘2reto entre palavra eidla ola imagem de relagdoindissocidvel ‘entre oanverso@ verso de uma fotha de papel no anversotemas ‘osioniicante de Saussure ova palavra de Locke, noverso temas ‘significado ou a idéia. NEo se pode separar o anverso do verso Ge uma folha sem que se perca 0 conjunto. Uma metéfora que ‘crespondera ao modelo de Locke seria o simile de um sanduiche: ‘2a de bao 6 aia, que parmanace mesmo se afatia de cima 2 ppalavra ~for retrada, uminismo a semidtica no século das luzes, este panorama pode 6 escolher alguns capitulos do iluminismo francés, poucos ‘pontamentos sabre oiluminismo aleméo 6 uma digress&o curta ‘sabre Vico. 15, Wintied Noth. A semitica no século XX. So Paulo, Annablume, 1996, p. 36 46 PANORAMA DA SEMIOTICA Temas e ciéncias vizinhas gre tons eis seo Lon © tema pial da opistemotga sea fl o papel os signas nos processos da percepeéo ea génese dos signos. A hermenéutca arte goal da intrpretagdo enatizou 0 papel dos ‘signos no processo de compreenséo dos textos. A esttcateve cuctndtanbsbsoae|so 5% snaturais earls ou arbitrérios na percepeo do belo. ‘Aestética fol pimeiramente estabelecida por Alexander Gottieb Baumgarten num livo de 1750. O temo grego aisthesis, dloqualesttica 6 deriva, signa “pereepgto dos sentidos’ De cordo com esse sentido, Baumgarten defiiu a estélica como a cifncia da cogniéo percepiva (scien cogntons senstvae) em contraposigdo &Kégica, defini como ‘cincia do conhecimento racional’. interessante ver ue. especializapto da ciénca gral ia percepedo inaugurada por Baumgarten ligava-se diretamente «um ramo da Kigica que ele denominava “semi”. Em sua

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