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Análise de Custos

1. ORIGEM E EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS

A Contabilidade de Custos nasceu com a Revolução Industrial, e tinha como objectivos:


a) Avaliação de inventários de matérias-primas, de produtos fabricados e de produtos vendidos,
tudo ao final de um determinado período.
Estoques iniciais
(+) Compras
(-) Estoques finais
(=) Custo das Mercadorias Vendidas
b) Verificar os resultados obtidos pelas empresas como consequência da fabricação e venda de
seus produtos.
Nessa época, as empresas possuíam processos produtivos basicamente artesanais, e
consequentemente os únicos custos produtivos considerados eram o valor das matérias-primas
consumidas e da mão-de-obra utilizada.
Como consequência do crescimento das organizações, da intensificação da concorrência e da
crescente escassez de recursos, surgiu a necessidade de aperfeiçoar os mecanismos de
planeamento e controle das actividades empresariais. Além disso, as inúmeras possibilidades de
utilização dos factores de produção determinam uma variedade quase infinita no
comportamento dos custos resultantes. É, então, imprescindível, para qualquer empresa ter um
sistema de custos. É difícil tomar decisões confiáveis e ter uma margem de segurança
satisfatória, sem o conhecimento dos custos do modo mais real possível.
As informações relativas aos custos de produção e/ou comercialização, desde que devidamente
organizadas, resumidas e relatadas, constituem uma ferramenta administrativa da mais alta
relevância, transformam-se, gradativamente, num verdadeiro sistema de informações gerenciais.
Essas informações constituem um subsídio básico para o processo de tomada de decisões, bem
como para o planeamento e controle das actividades empresariais.
Em resumo, a Análise de Custos deve fornecer informações para:
 A determinação dos custos dos factores de produção;
 A determinação dos custos de qualquer natureza;
 A determinação dos custos dos sectores de uma organização
 A redução dos custos dos factores de produção, de qualquer actividade da empresa;
 A Administração, quando esta deseja tomar uma decisão, estabelecer planos ou
solucionar problemas especiais;
 O levantamento dos custos dos desperdícios, do tempo ocioso dos operários, da
capacidade ociosa do equipamento, dos produtos danificados, do trabalho necessário
para conserto, dos serviços de garantia dos produtos;
 A determinação da época em que se deve desfazer de um equipamento, isto é, quando as
despesas de manutenção e reparos ultrapassarem os benefícios advindos da utilização do
equipamento;
 A determinação dos custos dos inventários com a finalidade de ajustar o cálculo dos
estoques mínimos, do lote económico de compra e da época de compra;
 O estabelecimento dos orçamentos;
 A determinação do preço de venda dos produtos ou serviços.

2. TERMINOLOGIA UTILIZADA

a) GASTO - Sacrifício financeiro com que a entidade arca para a obtenção de um produto ou
serviço qualquer, sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de activos
(normalmente dinheiro).
b) INVESTIMENTO - Gasto activado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a
futuro (s) período (s).
c) CUSTO - Gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços.
É reconhecido no momento da utilização dos factores de produção, para a fabricação de um
produto ou execução de um serviço. Ex.: Matéria-prima, energia eléctrica.
d) DESPESA - Bem ou serviço consumido directa ou indirectamente para a obtenção de
receitas. Ex.: Comissão de vendedor.
e) DESEMBOLSO - Pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço.
f) PERDA - Bem ou serviço consumido de forma anormal e involuntária.
Ex.: Gasto com mão-de-obra durante período de greve.
Material deteriorado por um defeito anormal no equipamento.
3. CONCEITOS UTILIZADOS NA GESTÃO DE CUSTOS

A) CUSTOS DIRETOS
São os que podem ser apropriados aos produtos, de forma directa, sem rateio, segundo critérios
objectivos de medição.
Ex.: Matéria-prima utilizada na produção de cada unidade de produto.

Mão-de-obra directa, proporcional a cada unidade de produto.

B) CUSTOS INDIRETOS
São aqueles que, pela dificuldade de uma medição objectiva, são incorporados aos produtos por
meio de algum critério de rateio.
Ex.: Depreciação de equipamentos utilizados na fabricação de diversos produtos.

Salários dos supervisores de produção.


Aluguel da fábrica

Limpeza e manutenção da fábrica

C) CUSTOS FIXOS
São custos cujo valor não varia proporcionalmente ao volume produzido.
Ex.: Aluguel

Seguro da fábrica

D) CUSTOS VARIÁVEIS
São custos que apresentam variação rigorosamente proporcional ao volume produzido.
Ex.: Matéria-prima

Embalagens

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