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Quadro comparativo

ADIN OU ADI ADC ADPF


Genérica-Tem por objetivo
retirar do ordenamento
jurídico a lei contemporânea
estadual ou federal, que seja
incompatível com a CF, com
a finalidade de obter a
invalidade dessa lei, pois Medida que visa evitar
relações jurídicas não lesão a preceito
podem se basear em É uma modalidade de fundamental, resultante de
normas inconstitucionais. controle por via ato do poder público
Por Omissão- quando o principal, concentrado (arguição preventiva);
Poder Público deixa de e abstrato, cuja Reparar lesão a preceito
regulamentar ou criar uma finalidade da medida fundamental, resultante de
nova lei ou ato normativo, é muito clara : afastar ato do poder público
Conceito
ocorre uma a incerteza jurídica e (arguição
inconstitucionalidade por evitar as diversas repressiva) Quando for
omissão. Resulta então, da interpretações e relevante o fundamento da
inércia do legislador, falta de contrastes que estão controvérsia constitucional
ação para regulamentar uma sujeitos os textos sobre lei ou ato normativo
lei constitucional. normativos. federal, estadual ou
Interventiva- toda vez que o municipal, incluídos os
Poder Público, no exercício anteriores à Constituição.
de sua competência venha a
violar um dos princípios
sensíveis, será passível de
controle concentrado de
constitucionalidade, pela via
de ação interventiva.
Pode ser intentada Pode ser intentada pelo
Pode ser intentada pelo
pelo Procurador Geral Procurador Geral da
Procurador Geral da
da República, República, Presidente da
República, Presidente da
Presidente da República, Mesa do
República, Mesa do Senado
República, Mesa do Senado Federal, Mesa da
Federal, Mesa da Câmara
Senado Federal, Mesa Câmara dos Deputados,
dos Deputados, Mesa da
da Câmara dos Mesa da Assembléia
Assembléia Legislativa,
Legitimados Deputados, Mesa da Legislativa, Governadores
Governadores de Estado,
Assembléia de Estado, Conselho
Conselho Federal da OAB,
Legislativa, Federal da OAB, Partido
Partido Político e por
Governadores de Político e por confederação
confederação sindical ou
Estado, Conselho sindical ou entidade de
entidade de classe de âmbito
Federal da OAB, classe de âmbito nacional,
nacional, conforme disposto
Partido Político e por conforme disposto no art.
no art. 103 da CF.
confederação sindical 103 da CF.
ou entidade de classe
de âmbito nacional,
conforme disposto no
art. 103 da CF.
Alguns legitimados
Alguns legitimados para para ADC não Alguns legitimados para
ADIN não precisam ser precisam ser ADPF não precisam ser
Capacidade
representados por representados por representados por
postulatória
advogados, já que detêm advogados, já que advogados, já que detêm
capacidade postulatória. detêm capacidade capacidade postulatória.
postulatória.
De acordo com o
É do Supremo Tribunal
artigo 102 da CF, Compete ao Supremo
Federal, a função de
cabe ao Supremo Tribunal Federal processar
Quem cabe processar e julgar,
Tribunal Federal e julgar a ação de acordo
julgar originariamente, a ADIN de
processar e julgar a com os procedimentos
lei ou ato normativo federal
ação declaratória corretos.
ou estadual.
constitucional.
Genérica admite liminar
Liminar Por omissão e interventiva Admite liminar Admite liminar
não Admite liminar
Produz efeito erga omnes
(contra todos) e vinculantes
em relação aos demais
órgãos do poder público.
Os efeitos no tempo serão
Produz efeito erga extunc (retroativos), mas o
Produz efeito erga omnes omnes (contra todos) STF poderá, em razão da
(contra todos) e vinculantes e vinculantes em segurança jurídica ou de
em relação aos demais relação aos demais excepcional interesse
Efeitos da
órgãos do poder judiciário a órgãos do poder social, restringir os efeitos
Decisão
á administração pública judiciário a á da decisão, decidir que essa
federal, estadual e administração pública somente produzirá efeitos a
municipal. . federal, estadual e partir do trânsito em
municipal. . julgado ou de outro
momento futuro que venha
a ser fixado. Decisões
nessa linha excepcional
exigem voto de dois terços
dos membros do STF.
Outros aspectos e diferenças entre ADPF, ADIN e ADC.
→ Mesmo legitimados para todos.
→ Cabe agravo na decisão de indeferi petição inicial para todos.
→ ADC E ADIN não cabe desistência, após proposta a ação.
→ ADC E ADIN não pode haver intervenção de terceiros
→ A ADPF atende o princípio da subsidiariedade, só cabendo quando não houver outro
meio eficaz de recurso, ou seja, se couber ADC ou ADI, não caberá ADPF e isso vai ver
também no Art 4º, §1º da mesma lei.→Não é a mesa do Congresso Nacional quem propõe a
ADIN, e sim a Mesa da Câmara e do Senado.→ A propositura de uma ação desse tipo, não
está sujeita a nenhum prazo de natureza prescricional ou de caráter decadencial, pois de
acordo com o vício imprescritível, os atos constitucionais não se invalidam com o passar do
tempo.
→ Ao declarar a ADIN por omissão, o STF deverá dar ciência ao Poder ou órgão
competente para, se for um órgão administrativo, adotar as providências necessárias em 30
dias. Caso seja o Poder Legislativo, deverá fazer a mesma coisa do órgão administrativo,
mas sem prazo preestabelecido. Uma vez declara a inconstitucionalidade e dada a ciência ao
Poder Legislativo, fixa-se judicialmente a ocorrência da omissão, com seus efeitos..
_________________________
ADI, ADC E ADPF

► Principais pontos da Lei 9.868/99


A Lei dispõe sobre o processo e julgamento da ADI e da ADC perante o Supremo.
ADI e ADC
– Legitimidade para propor (art. 103, CF): presidente da República; mesas do Senado
Federal, da Câmara dos Deputados, de Assembleia Legislativa e da Câmara Legislativa do
Distrito Federal; governador de estado ou do Distrito Federal; procurador-geral da
República; Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; partido político com
representação no Congresso Nacional; e confederação sindical ou entidade de classe de
âmbito nacional.
* Legitimados especiais (assembléia e câmara do DF; governador; confederação ou
entidade de classe) – só podem propor ADC comprovando pertinência temática, por se
tratar de norma federal.
* Necessita de advogado para propor ação – partido político e confederação sindical ou
entidade de classe.
Obs.:Não cabe ADI ou ADC ajuizada pela Mesa do Congresso Nacional (a qual surge em
situações excepcionais). Só cabe pela Mesa da Câmara ou do Senado.
Obs.: Partido político com representação no Congresso (presença de 1 deputado ou 1
senador) tem sua legitimidade averiguada no momento de ajuizamento da ação, mesmo que
ocorra a perda da representação no Congresso posteriormente, a ação não será arquivada.
Entendimento do STF a partir de 2004.
Obs.: Confederação sindical é caracterizada pela existência de 3 federações em, pelo menos,
3 Estados (analogia ao art. 535, CLT); e Entidade de classe de âmbito nacional deve
representar uma classe ou categoria profissional com sua entidade presente em, pelo menos,
9 Estados para terstatus nacional (analogia à lei 9.096/95).
Obs.: Associações, até 2005, não eram legitimadas para ajuizar ADI. Na ADI 3153 de 2005,
essa legitimidade passou a ser reconhecida pelo STF.
– Petição: indicará o dispositivo da lei ou do ato normativo impugnado e os fundamentos
jurídicos do pedido em relação a cada uma das impugnações. A petição deve ser
acompanhada de procuração específica para o advogado ajuizar a ação.
– Relator: pedirá informações aos órgãos ou às autoridades das quais emanou a lei ou o ato
normativo impugnado, que deverão ser prestadas no prazo de 30 dias. Decorrido o prazo,
serão ouvidos, sucessivamente, o advogado-geral da União e o procurador-geral da
República, que deverão manifestar-se no prazo de 15 dias. Vencidos os prazos, o relator
lançará o relatório, com cópia a todos os ministros, e pedirá dia para julgamento.
– Rito abreviado: O ministro-relator, em caso de relevância da matéria, poderá adotar
procedimento mais célere para o julgamento da ação, para tanto, o prazo para informações é
reduzido de 30 para 10 dias e a AGU e A PGR terão apenas 5 dias para opinarem sobre o
tema. Por fim, o Plenário julgará diretamente a constitucionalidade ou não da norma
questionada, desconsiderando a análise do pedido de liminar (artigo 12 da Lei 9.868/99).
– Decisão: A análise de uma ação constitucional (ADI, ADC e ADPF) só pode ser iniciada,
no Plenário do STF, se presentes à sessão pelo menos oito ministros. Entretanto, bastam 6
votos para que seja declarada a inconstitucionalidade de uma norma. A decisão tem natureza
declaratória e, em regra, efeito extunc e erga omnes, e deve ser observada pelos poderes
Judiciário e Executivo (efeito vinculante). Para que tenha efeito ex nunc, será necessária a
decisão de 8 ministros.
Obs.:O legislador não está vinculado às decisões do STF. Poderá produzir lei de conteúdo
idêntico ao de outra lei declarada inconstitucional. No entanto, será uma lei que o Executivo
não poderá executar e o Judiciário não poderá aplicar, pois ambos vinculam-se às decisões
do STF.
– Eficácia: A decisão que considera uma norma como inconstitucional é retroativa, ou seja,
inválida a lei desde a sua criação. Entretanto o STF pode decidir que sua decisão passe a
valer a partir de outro momento, seja da decisão em diante, ou ainda, a partir de uma data ou
prazo futuro. É o que se chama modulação de efeitos. Esta não é somente temporal, pode
também restringir a parcela de atingidos pela decisão.
Obs.:ADI interventiva ou representação interventiva está prevista no art. 36, III da CF e
possui legitimação exclusiva do Procurador-Geral da República.
Obs.: Princípio da causa de pedir aberta – No julgamento da ADI, o STF não estará preso
aos fundamentos jurídicos explicitados pelo legitimado. O STF percorre toda a Constituição.
Obs.: Caso o relator indefira a inicial, caberá agravo ao pleno do STF.
Obs.: O AGU é o curador especial de presunção da constitucionalidade das leis. A sua
faculdade de defender ou não a lei é uma exceção (VIDE ADI 3415).
Obs.: A manifestação da PGR na ADI é de custus legis.
Obs.: A ADI é insuscetível de desistência.
Obs.: Na ADI há a possibilidade de participação do AmicusCuriae (amigo da corte).
Poderá participar com a permissão do relator, durante todo o inter do procedimento,
podendo, caso a caso, fazer sustentação oral.
Obs.: Não cabe na ADI intervenção de terceiros (exceto amicuscuriae), recurso (salvo
embargos declaratórios), ação rescisória, prescrição ou decadência.
Obs.: ADI e ADC tem caráter dúplice ou ambivalente – é procedente ou improcedente;
constitucional ou inconstitucional.

► Principais pontos da Lei 9.882/99


A Lei estipula que a ADPF terá por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental,
resultante de ato do Poder Público.
ADPF
– Legitimidade para propor:os mesmos legitimados para ajuizar ADI e ADC (art. 103, CF)
– Petição: deverá conter a indicação do preceito fundamental que se considera violado, a
indicação do ato questionado, a prova da violação do preceito fundamental, o pedido, com
suas especificações, e, se for o caso, a comprovação da existência de controvérsia judicial
relevante sobre a aplicação do preceito fundamental que se considera violado.
– Relator: poderá ouvir os órgãos ou autoridades responsáveis pelo ato questionado, bem
como o advogado-geral da União ou o procurador-geral da República, no prazo comum de
cinco dias. Se entender necessário, poderá ouvir as partes nos processos que ensejaram a
arguição e requisitar informações adicionais, entre outras medidas. Decorrido o prazo das
informações, o relator lançará o relatório, com cópia a todos os ministros, e pedirá dia para
julgamento.
– Decisão: somente será tomada com a presença de pelo menos dois terços dos ministros.
A decisão que julgar procedente ou improcedente o pedido em ADPF é irrecorrível.
Caberá reclamação contra o descumprimento da decisão proferida pelo STF, na forma do seu
Regimento Interno.
Obs.: ADIs, ADCs e ADPFs têm efeitos extunc(anula a lei desde a sua criação), erga
omnes (vale para todos) e vinculante para todo o Poder Judiciário e para todos os
órgãos da Administração Pública, direta e indireta, não abrangendo, apenas, o Poder
Legislativo.
► A inconstitucionalidade por arrastamento
A teoria da inconstitucionalidade por arrastamento, também conhecida
como inconstitucionalidade por atração ou inconstitucionalidade consequente de preceitos
não impugnados, deriva de uma construção jurisprudencial do STF. Portanto, não se
encontra positivada em qualquer norma constitucional ou legal de nosso sistema jurídico.
Por esta teoria, o STF poderá declarar como inconstitucional, em futuro processo, norma
dependente de outra já julgada inconstitucional em processo do controle concentrado de
constitucionalidade.
Segundo a obra de Gilmar F. Mendes, Inocêncio M. Coelho e Paulo Gustavo G. Branco:
A dependência ou a interdependência normativa entre os dispositivos de uma lei pode
justificar a extensão da declaração de inconstitucionalidade a dispositivos constitucionais
mesmo nos casos em que estes não estejam incluídos no pedido inicial da ação. […]
Portanto, aspectos essenciais para a aplicação desta teoria devem ser observados.
Em primeiro lugar, o processo que possibilitou a declaração de inconstitucionalidade da
norma principal deve, necessariamente, ter sido concebido na modalidade concentrada (ou
abstrata) de controle de constitucionalidade. Com isso, conclui-se que a utilização da teoria
da inconstitucionalidade por atração é inconcebível no controle difuso (ou concreto) de
constitucionalidade.
Em segundo lugar, devemos observar a relação de interdependência entre a norma
considerada como principal e a norma considerada como conseqüente. É o que observa a
Ministra Ellen Gracie no corpo do acórdão da ADI 3645, in verbis:
Constatada a ocorrência de vício formal suficiente a fulminar a Lei estadual ora contestada,
reconheço a necessidade da declaração de inconstitucionalidade conseqüencial ou por
arrastamento de sua respectiva regulamentação, materializada no Decreto 6.253, de
22.03.06. Esta decorrência, citada por CANOTILHO e minudenciada pelo eminente
Ministro Celso de Mello no julgamento da ADI 437-QO, DJ 19.02.93,ocorre quando há
uma relação de dependência de certos preceitos com os que foram especificamente
impugnados, de maneira que as normas declaradas inconstitucionais sirvam de
fundamento de validade para aquelas que não pertenciam ao objeto da ação. Trata-se
exatamente do caso em discussão, no qual “a eventual declaração de inconstitucionalidade
da lei a que refere o decreto executivo (…) implicará o reconhecimento, por derivação
necessária e causal, de sua ilegitimidade constitucional” (voto do Min. Celso de Mello na
referida ADI 437-QO). No mesmo sentido, quanto à suspensão cautelar da eficácia do ato
regulamentador, a ADI 173-MC, rel. Min. Moreira Alves, DJ 27.04.90.
Desta passagem, conclui-se que, observada a dependência normativa dos dispositivos, que
não foram referidos na peça exordial, com aqueles expressamente impugnados, o Supremo
poderá declará-los como inconstitucionais.
É o que bem observa o Ministro Carlos Veloso no seu voto proferido na ADI nº 2.895-2/AL:
[…] Também o Supremo Tribunal Federal, no controle concentrado, fica condicionado ao
“princípio do pedido”. Todavia, quando a declaração de inconstitucionalidade de uma
norma afeta um sistema normativo dela dependente, ou, em virtude da declaração de
inconstitucionalidade, normas subsequentes são afetadas pela declaração, a declaração de
inconstitucionalidade pode ser estendida a estas, porque ocorre o fenômeno da
inconstitucionalidade “por arrastamento” ou “por atração”. […]
Fonte: RUSSO, Diogo de Assis. A teoria da inconstitucionalidade por
arrastamento. Disponível em http://www.lfg.com.br. 07 agosto. 2008.

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