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Projeto de Pesquisa
Projeto de Pesquisa
Projeto de Pesquisa
INSTITUTO DE FÍSICA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO DE CIÊNCIAS NATURAIS
CUIABÁ-MT
2018
INTRODUÇÃO
No mundo globalizado em que vivemos é importante aprimorar a visão do que
acontece na atualidade e a Física, sendo um sistema de representação dessa realidade, através
dos seus variados sistemas de notação, permite representar, exemplificar, estabelecer relações,
antecipar e prever resultados e, ainda, compreender exemplos, interpretar a realidade e atuar
sobre ela.
1- PROBLEMA
O problema central que norteia esta investigação pode ter como um provável espaço
de conflitos a sala de aula, principalmente por ser este o local aonde ocorre grande parte do
ensino e da aprendizagem. Pensando ser possível descrever o problema em uma questão, a
mesma seria:
Como os Professores de Ciências trabalham a interação entre Luz e Matéria?
Essa questão poderá ser a pergunta chave em torno da qual o trabalho será focado.
2- OBJETIVO GERAL
O objetivo geral desta investigação é compreender como a interação luz/matéria é
abordada em sala de aula e se os métodos utilizados são adequados para o assunto.
Ainda de acordo com SILVA (2007), alguns livros didáticos induzem a interpretações
equivocadas. Em seu trabalho, afirma que
Nos manuais didáticos, sugere-se que os experimentos realizados nos últimos dois
séculos não fizeram mais do que contrapor os cenários apresentados por Newton e
Huygens há cerca de trezentos anos. Dessa forma, o leitor é induzido a supor que
Huygens tivesse alguma intuição do conceito de ondas eletromagnéticas.
Considerando ainda que a maioria dos estudantes e de outros autores não recorrem
as fontes primárias, limitando-se a consulta de manuais, de certa forma cristaliza-se
essa interpretação e dificulta-se a possibilidade do aparecimento de outras leituras
igualmente plausíveis. Em verdade, o conceito atual sobre o comportamento
ondulatório da luz é muito diverso do que foi originalmente proposto. Huygens
concebia a luz na forma de uma perturbação mecânica que se propagava através de
forças de contato entre corpúsculos (SILVA, 2007, p.1).
Quanto à natureza da luz, Huygens afirma não duvidar que consista no movimento de
alguma espécie de matéria, quer se considere sua produção, quer seus efeitos.
No que se refere ao caráter ondulatório, ele faz uma analogia com as ondas sonoras no
ar, que são mecânicas e longitudinais.
Já em relação a matéria que serve como meio para a propagação da luz a partir dos
corpos luminosos, o éter não pode ser o ar que sentimos e respiramos, pois, quando o
ar é extraído de um local, o éter permanece.
Uma visão reformulada surge em 1801, com Thomas Young (1773-1829) ao
demonstrar que duas ondas de luz que se superpõem podem interferir uma na outra. De
acordo com SILVA (2007)
[...] na faixa ultravioleta também podem produzir efeitos de ressonância, desta vez
com os elétrons dos átomos. Os elétrons absorvem a radiação e saltam para outros
níveis quânticos. A absorção quantizada da luz nessas duas faixas de frequência nos
obriga a tratar, nesses casos, a luz como pacotes de energia (fótons) e esses
fenômenos são estudados pela teoria quântica. (SCARINCE, 2014, p. 6)
Normalmente, a luz visível tem energia muito pequena para excitar elétrons a um
novo estado quântico, e tem energia muito grande para interagir quanticamente com
as moléculas. Por conseguinte, essas interações são tratadas pelo eletromagnetismo
clássico usando um modelo que prevê como as cargas elétricas presentes na matéria
oscilam sob o efeito do campo eletromagnético oscilante de uma onda
eletromagnética. (SCARINCE, 2014, p. 6)
Para que a análise ocorra adequadamente, por meio dos dados resultantes da escala de
Likert, é necessário, segundo BOONE (2012), a compreensão da escala de medidas
concebidas. Os números atribuídos a itens do tipo Likert representam um relacionamento
"maior que"; no entanto, não está implícito no método, o quão maior. Por causa dessas
condições, os itens do tipo Likert caem na escala de medição ordinal. As estatísticas
descritivas recomendadas para itens de escala de medição ordinal incluem uma média ou uma
mediana para tendência central e frequências para variabilidade.
As teorias sobre interação luz/matéria e o método de análise dos dados, permitirão
aprofundar as investigações no ambiente escolar. Em um mundo em constante evolução, o
ambiente de sala de aula deve ser local onde ocorram interações professor-aluno-
conhecimento. Ser professor e ser aluno, estar na sala de aula, solicita a análise do que ocorre
nesse ambiente como condição que conduz ao saber. Para NOVELI (1997):
A sala de aula enquanto espaço de encontro, daí ocupado, é local de exigências e
desafios, posto que é isso que resulta do estar com o outro. Nunca se está o
suficiente com o outro, pois o encontro é negado em seu próprio acontecer. Isso
significa que o ato de estar junto deve ser investigado segundo o que pode ser para
que possa ser mais do que é. Por isso, professor e aluno necessitam estar
constantemente atentos ao que são para não calcificar o próprio ser e inibir outras
possibilidades. (NOVELI, 1997, p. 49)
A escolha do livro didático é regulamentada pela Resolução 42/2012, que dispõe sobre
o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) para a educação básica. De acordo com
BRASIL (2018), para a escolha dos livros didáticos aprovados na avaliação pedagógica, é
importante o conhecimento do Guia do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). É
tarefa de professores e equipe pedagógica analisar as resenhas contidas no guia para escolher
adequadamente os livros a serem utilizados no triênio. O livro didático deve ser adequado ao
projeto político-pedagógico da escola; ao aluno e professor; e à realidade sociocultural das
instituições. Os professores podem selecionar os livros a serem utilizados em sala de aula pela
internet, no portal do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
4- METODOLOGIA
O foco principal desse trabalho está relacionado à busca por respostas à seguinte
proposição:
“[...] uma espécie de representatividade do grupo maior dos sujeitos que participarão
no estudo. Porém, não é, em geral, a preocupação dela a quantificação da
amostragem. E, ao invés da aleatoriedade, decide intencionalmente, considerando
uma série de condições (sujeitos que sejam essenciais, segundo o ponto de vista do
investigador, para o esclarecimento do assunto em foco; facilidade para se encontrar
com as pessoas; tempo do indivíduo para as entrevistas, etc.)” (TRIVIÑOS, 1987,
p.132).
O trabalho se dará inicialmente com a análise de livros didáticos de Ciências do nono ano do
ensino fundamental, integrantes do PNLD 2017, para identificar como o conceito de interação entre a
luz e a matéria é abordado no estudo das cores. Em seguida, será aplicado um questionário
estruturado, na forma de escala Likert, que, para McClelland (1976, p. 101), consiste em escrever uma
única afirmação e solicitar as respostas em uma escala de concordância , o que poderá facilitar o
processo de análise de dados da pesquisa. Em princípio, a investigação poderá ter como público sob
análise, supervisores e coordenadores do PIBID, para identificação das metodologias utilizadas por
eles para abordar do tema em sala de aula, principalmente. Além do PIBID, a pesquisa será realizada
com docentes das disciplinas de Ciências e de Física. Por último, será desenvolvida uma proposta de
sequência didática utilizando o recurso dos jogos que facilitem o processo de ensino e de
aprendizagem em sala de aula, sobre o tema “interação luz/matéria”.
5- CRONOGRAMA
PLANO DE TRABALHO
A10- Qualificação
A12 -Defesa
2018 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
A1 A1 A1 A1 A1 A1 A1 A1 A1 A1
A2 A2 A2
A3 A3 A3 A3 A3 A3
A4 A4
A5
2019 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
A6 A6 A6
A7 A7 A7
A8 A8
A9 A9 A9 A9
A10
A11 A11
2020 A12
7 - REFERÊNCIAS
BOONE, D. A. BOONE, JR. H. N. Analisando Dados Likert. Vol.50. N. 2 . Ferramentas do
negócio 2TOT2. Abril de 2012.
BRASIL. MEC. Escolha do livro didático. Disponível em: <
http://www.fnde.gov.br/programas/programas-do-livro/livro-didatico/informe-pnld > Acesso
em 25 junho 2018.
CRESWELL, J. W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. 2. ed.
Porto Alegre,2007.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo, Atlas. 2002.
DEIMLING, N. N. M. REALI, A, M. M. R. Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à
Docência e a questão que envolve a melhoria da qualidade da educação básica. Maringá, v.
39. p. 555-565, 2017
MCCLELLAND, J. A.G. Técnica de Questionário para Pesquisa. Revista Brasileira de
Física, vol. Esp. nº1. IFUFRS, Porto Alegre p. 93-101. Junho de 1976.