INGOLD Tim Antropologia Nao e Etnografia PDF

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19 Antropologia nao é etnografia Generatzaio acitivel ehstria inactive, © objevo da anmopologa, eco ex, € buscar uma compecenso genero- sa, compart, mas, sda obstare, xta do Sere saber humans no mundo «qe rvs haitamos. O objetivo da etografa € descrever as vidas de ouras Pesca além de vs atcimon om una preciso eseriiidade afads por un ‘bseragio delhadse por na prolongad eperiaa em peimein mio, Mew ‘objetive, neste expt inl, & demonsrar que anopolga emoaraia #0 ‘empreendimentos de tpor mito diferentes. Io ao quer dizer que uma aja mais importa do que a ours, cu ms bongo, Tampouso nega que depen dam una da outa de mance igi, Tease simplesmen de afirmar {que no sio a mesma cosa. Na velade pode parecer una afimasio do dbvi, osera, no fose oft dese er tomado banal peo menos durante o iki ‘quo de slo ~ para os que eserevem sre es ems rata a amas come Pratcament equivalents, rocando antopologia por emograia mais ou menos or apricho,confomme o humor, ow mesmo exploando 2 supest sinonimia omo tim dapoivo etiltco para evar a repetigia verbal. Muito colegas fr or qui tenho informalmente elgcado 2 queso me diseram que na pingohi poaco ou naa ase ding antopologa do taba enognco. ‘Amora cet convencida de que 4 etografia etd no neo dail em que mite a antropologa, Para cls, sage © coneriio parece quae anacrico. 1 como volta os maus velhos tempos ~ os ss, alguns podem die, de Are Reginald Radclife- Brown, Pos fo cle quem, ao ang as bes de qe ~ ns pe cia dads do silo XX era nova cncia da antopologa sol, ns ‘dingo abekita ene eangraieantropologia Ele fer os tenmos de um contrasts, mito debaido na gpocs, mas poco fil hoje, entre invesigasio iris e naman, Una investigio ios ific,explicon Radelife-Brovn, retende documenta os fits paroculres de ‘Vidas pass © presents, enguanto 0 objeio da imvestgasio nomoxtica & hepa a. propeigis perais on sarge evict A etnopatia, cla, spe ‘feamente un modo de iavestigagio ogre, creado se da hia sh arqucologis pore bases na obserasio drt de pesos vias em verde em regio carts ou reaqulcios materials aestido asatvidades de Roxie rown dare crm su io 9 arte eft priming cme ese arena qu, como ede de grado c Foes esos anrepotgio a Unies de Cambridge em 1960, (se qu eu suas de or =" el cpa, a oval Cun ame] um ad ere nani cjo objetivo e dsc (RADCLIFFE BROWN, 1952 3) Bad cove sop c era no dita comps, RelcieB Site va ano cnc Hike fal Lee de 19ST, sine “O md comparativo em anropeloga comico ret data i etrinRelife Row (fe “om cathe companies senso + antopooga re comer Toga cenograi> (95a 16) ej da omar, femora ¢ ps paar ao geal o ger omnis es ,h tne (22). 1 iting ene o dogo e 0 momento cua pla pl vex em 1894 pb sol-oraoralemo Wil Wind, tage na clea de pesamento eis ches como necks, O dai propa de Wintec cab malas in Svin oof iter, ca proceso & cm ace de val, 0 po Sint ratra peoepao camo sctmlo de conten poo Bal hvinerogio cp, Mase por oda enti hil 3 cuenta de vio paiciare «ds ci coo abuse ei Te denen a ising aera proprio plain napos {ue denowo po son opoo 3 Nati, ae dares cis Pvpio prosumer poke «ste shemiia Se or {rem spun ugar zona dene tos dreo de um sada fete de pnepiongerain Coube 2 Henrich Rickey lino de Wind Ecofannorcom cd ccolanekaniin, each conigo 2 Quel mancias dines, espetvamente cc cities, de kr a poral, quis coresponde un emo epeteo do id fo (COLLINGWOOD, 1946 16-170, Uma mania rata cata fren como um fe co ocx he alg igntadot ‘Una er qucum grog eermiad a recon ais de una fechom, or um pconog en bs da oso de uma equ ts nh om ve sl eee ar oda cer gonerlagen 2 1 montane ol trugio poderia ~ no primeire desses sentidos - ser considerada idiogréfica. Alem {Ise ermcmo pera ter sido dito (e defo of), predominance, poe pouadones nte-amercanor eb arbric de etmoogi, de tena de roster eguencas conoligcas de ela sore aceidéncia de dibs thn que erento chamado de rags” oi neste seatido que Redsiffe-Brown peas separa a etnologia nor te-americana, que ee asocavaprincipalmente obra de Franz Boa ¢ seus ‘Sguidores, como um emprcendimentoidogrico totalmsate distin de sua Srrropologa socal aomotésc,conceida como uma busca de cs gers que ogo a ida socal (RADCLIFFE-BROWN, 19513: 16), Mas etquan 2 ceecogia bousiana extava, portato, sendo reuatada na Gri-Brstanha como atria eno cient, no outro lado do Atlinsco esta send critica por ter cient eno histories Esa cra velo de Alfed Kroeber. Completa ‘Mont famrira com os escrito dl escola neokantiana, Kroeber convidava tama antopologia qu seria plenameate hist portant idigrifics no Tepunde sentido Ela deve, em sma, ater 205 particulars nos terms do sear rigtficado, No entanto, nenbum pariular~ nema coisa os ‘SGntecinento pode ter valor significado em si mesmo, separa do con texto na amplo de sun ccoernca. Cada um tem anes que se compreenido tortcio do seu pesicionamento dentro da toalidade qual petence, Asim, ‘hnbons preserve a singulardade ds sexs fendmenos, em er de petite que ‘jam disolvios em lise goneralzabes, a aboragem historic ~ nas pal a de Kroeber ~“encontra sin ssisfagio intelectual em eoloar cada fend reno preservado em uma relagio de contexo cada vez mais amino dentzo {To coumcn nomena!" (RROEBER, 1952: 128). Ele caracerizo ests tart, de preeragio através de contestaaiagio, como um empenho de itepe (fot denrga (1935: 545). Como tal, €toelmente diferente da trea de ‘negro teérica que Radelife-Brown ssbuira i antropologia social. Pos itera fn de generaiar,deve-se primeir sla cada particular de seu con- texto aim de que, eno, poses er subsumido sob formulasdes independents tle conteto, © deadém de Krocber pela compreenio de Radi Brown da hhatSeia somo nada além de uma tabulagS0 cronolégica desss particulars Tolados aguardando as aensies asificaras e comarativas do teri, tina despreno. "Nao conoyo a moeivagio de Radelife-Brown para sta (previagio da sbordger hist", comento cascirents em um arti Publicado pela pemcia ver em 1946, “aio ser qu, sotto 0 apéstolo ae ence de uma gentna nova cienia ds sociedad, cle clvs tenha deinado de Sc prcocupar com a hiséra © fiiete para aprender sua natura” (apud KROEBER, 1952: 96). 0 principio sigma ea totalidlade dos fendimenos mbora cu nio tena certeza de que os temos seam os melhores ting entre itegragio tdrcae desritva€ Je grande importinsa fas modalsades ce ineegeasio implicam entendimentes complete Ferenc da elagao entre o parciculr eo gral. O rdrieo que opera rn nomocéen imagina vn mund que & por nazwa, particu, {eae do mundo socal, pata Radelife Brow, compreende “umn i riled de aise intergtis de sees humanos” (1952: 4). Desta fidio de eventos parsculreso analista tem, eato, que abstr aspectos {que equiva 4 uma xpeiiago de forma. Ua das tenativas mais thas de enuncor ee pocesimento aparece eum ivr ameagador intro The Theory of Sel Secure [4 rind erature, ‘tndgrafa anropdlogo Sige Nad, pbicado postumanentc em I Innrvtrido por seu amigo e colega Meyer Fortes (apad NADEL. 19875 ‘totum tabalho “desinado a serum ds grandes ratados tics de polis soil do século XX", foi logo esqueid. Sua pecularidade rou tho por seat de noragio era ds gc Simba a fim de fora movimento da coneerude ce um comportamento realmente observado fo pad abst das elses. Soponhamos, pout Nad qe entra pestoas Ae Bobseremos sx ompoamsentoedenoas plas ta bo] Mo masque tsi ‘ama contigo de "agi em rlasio a” de Aagindo em ago a Be de Bai tm chia A, Denoramor esa condo com dois pont :). Segue {gue ext uma reli () formal entre A B, sob a gal ese subsumida a ‘angen a [J 8. Og, em resume: ADB Alasbye- a) B,eniermna >Sent (NADEL, 1957: 10) Meu objetivo ao recuperar eta formulgSo do Klimo esqucins gual spidamente eis € apenas 0 de rear 0 vendo de integra pit ‘a ina nha plo “sigma” greg 0 sgno convencionalmenteusado em temica para denotar a soma de ona sei. A relagio asta, au, forma de uma decay abrangente que engloba cada temo concreto a ‘Quando Kroxber fil de“integragso desea, no cman, ele quis algo muito diferente: ne semelhante, eer, eeegrasio da imagem de fsa sobre a tela quando pinta uma paisgem. Para oolar do artista, a [sm se apeseea no come uma mliio de particles, mas como tm po fnomenal varggido, a0 mesmo tempo continuo e coerente. Dent «campo, a singular de cada fenémeno reside no seu envolsimento ~ em se pposcionamento postr © 0 aprumo dem movimento momentaneamente ‘et ~ das histie emaranhadas ds relagdes pels quai eran 2 sar al, gush porigio e mage momento. F como o artista ena presrar esas tlre no trabalho do pice, asim, segundo Krober, 0 fa 0 anopslogo fin empeno de desrg. I € 0 que gus dizer ao iss que o objetivo da ancropoiogia~ como o daha ~ deve er npr fenimenas como ees” (KROERER, 1935; 546). A integragio que de buscava€ de wn mundo que i ‘cosent, onde coisas e eventos ocorem ou raion, e no de wm mundo tke prticlares desconeaoe gue em que se tornado coerente june aps ‘0 fio, na imaginagio teria. Asim, o que Krocber chamoa de “exo ene fe ‘pimenos” (ps 546) et pra se dessin cerénaelaconal do mundo; to €algoa ser eta dle coma Se podem procures aspects eas de wa fon pat agama de sia intanciagte coneretas ecspetias. ecisamen te pores radio, Krocber perso que sera ead comsiderarosFendmenos do mando social coms samples, Ao contemplar«pisger, sera ixprovvel que ¢ pintoreilamasse “gue pusagem complex eva! Ele pode sr aingdo por tia coisas, masa compleidadenio ¢ uma dels. Tampooeo o € uma cons tlragio a eespeita do antopélogo hisoreamenteorizntado. A compleidade "sue apenas como ura queso na testa de remontar um mundo eto posto em elemento, como uma imager, por exempl, pode ser corada pa se fazer um quebrasbes, Max, como o pore derentemente do construe de quebasabepa,o antrpingo de Krocber bsca ua negra “em temos (halide do fenimenoe” (p 547), que € ontlogcamente anterior asta ecormpesiio ana. No etant, se ancopélogo desceve © mando sda como o artista pint uma pisgem, ent © que aconce com o tempo? © mundo ro fca pad pra ring, muito menos para 0 aaista ou o antropdlogn a desrgio do Timo, camo representagio do primeira ao pode uer mas do que capa lum momento figar em um proces intermindve, Newe momenta, 80 enant, ‘sth comprimido a movimento de pasado que © acarreto, € ra tensio des ompresio et fre que vai implsions-lo para furua. ete envolsiment0 ‘de um pasado gridare de um firaropotecial no momento presence, ¢ m0 a Jocaizayio dese moment et qualquer conologia aba, que 0 oem hist ‘ica, Racocnando ao longo dstasHahas, Kroeber chegou 3 concksio de que ‘6 tempo, no sentido conolgica ao & exsencal pars hsv, Apresertado ‘Como ta spe de "core traversal descr” on como a earacterizasio de ‘un momento, um rslato histrieo pode muito hem ser ano sino quant tian Na verdad, ¢preciamente a ess descrigiocaracteriamte que aan ‘ropolog api "© que mais ctografia pode ser", pergurtou Kroeber ret

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