Entrega Final Do Relatório de PI III - Grupo 3N.1 - Pólo Três Lagos-1

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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

UNIVESP - CEU TRÊS LAGOS


LICENCIATURA EM MATEMÁTICA

Agnaldo Mendes de Lima RA: 1701710


Josuel de Melo Oliveira Silva RA: 1701900
Lucas Oliveira Lima RA: 1700384
Maria Estela da Cunha RA: 1715618
Wellington Alves Martins RA: 1706511

O JOGO PARA AUXÍLIO E DINAMIZAÇÃO AO ENSINO E


APRENDIZAGEM NO 9º ANO:VOLUME DE PRISMA E CILINDRO.

Apresentação do Projeto Integrador - vídeo:

<https://youtu.be/f4z03eXmXs8>

São Paulo – SP
2019
1

UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO


UNIVESP - CEU TRÊS LAGOS
LICENCIATURA EM MATEMÁTICA

O Jogo para Auxílio e Dinamização ao Ensino e Aprendizagem


no 9º Ano: Volume de Prisma e Cilindro

Relatório Técnico - Científico apresentado na


disciplina de Projeto Integrador para Licenciatura em
Matemática III da Universidade Virtual do Estado de
São Paulo (UNIVESP).

Tutor: Prof. Oscar Rodrigues de Oliveira

São Paulo - SP
2019
2

CUNHA, Maria Estela da; LIMA, Agnaldo Mendes de; LIMA, Lucas Oliveira; MARTINS,
Wellington Alves; SILVA, Josuel de Melo Oliveira. O Jogo para Auxílio e Dinamização ao
Ensino e Aprendizagemno 9º Ano: Volume de Prisma e Cilindro. 38f. Relatório Técnico-
Científico (Licenciatura em Matemática) – Universidade Virtual do Estado de São Paulo.
Prof. Oscar Rodrigues de Oliveira.Pólo Três Lagos, 2019.

RESUMO

This work sought to meet the proposal of the Integrator III Project, from the Virtual
University of the State of São Paulo - UNIVESP. In that, from a visit to the EMEF school unit
Dr. Manoel de Abreu, we looked for, analyze and delineate problems found in the process of
learning the content of mathematics to the students of the 9th year of elementary school.
According to the difficulties of the students presented by the pedagogical coordinator and the
mathematics teacher, the objectives, the didactic considerations and the object of study were
defined, which justified the content of prisms, cylinders and volumes. A game was created
using in part souvenirs that the members of the group had of the lived personal context and
bibliographical references, thus fulfilling the purpose of preparing a means to motivate the
students. We sought theoretical basis for understanding the game as a pedagogical act to
contribute to teaching and support a dynamic lesson plan and action of students and teachers,
an alternative to the lectures. The game is to be played by those who do not have control of
the concepts of curricular content in the BNCC, but that for some reason was not presented or
is not included in the School's Action Plan. The game is to be proposed to the students and
made by them during classes in which they receive instructions and concepts from the
teachers, so the game, its degree of difficulty and its rules are democratic and everything
customized. We conclude that this work exposes the benefits of the game in the face of the
current educational scenario, in which it is up to the teacher to guarantee the quality of
teaching with scarce educational resources.

KEYWORDS: Elementary education, play; prism; cylinder; volume; support.


3

CUNHA, Maria Estela da; LIMA, Agnaldo Mendes de; LIMA, Lucas Oliveira; MARTINS,
Wellington Alves; SILVA, Josuel de Melo Oliveira. O Jogo para Auxílio e Dinamização ao
Ensino e Aprendizagemno 9º Ano: Volume de Prisma e Cilindro. 38f. Relatório Técnico-
Científico (Licenciatura em Matemática) – Universidade Virtual do Estado de São Paulo.
Prof. Oscar Rodrigues de Oliveira. PóloTrês Lagos, 2019.

ABSTRACT

This work seeks to meet the proposal of the Integrator III Project, from the Virtual
University of the State of São Paulo - UNIVESP. In which, through a visit to the EMEF
school unit, Dr. Manoel de Abreu, we sought to analyze and delineate problems encountered
in the process of learning the content of mathematics to the students of the 9th grade.
According to the difficulties of the students, presented by the pedagogical coordinator and
teacher of mathematics, the objectives, didactic considerations and object of study were
defined, which justified the content of prisms, cylinders and volumes. A game was created
using in part souvenirs that the members of the group had of the lived personal context and
bibliographical references, thus fulfilling the purpose of preparing a means to motivate the
students. We sought theoretical basis for understanding the game as a pedagogical act to
contribute to the teaching and support alternative lesson plan for the lectures, in a dynamic
way and with action of students and teachers. The game is to be played by those who do not
have control of the concepts of the curricular content constant in the BNCC, but that for some
reason was not presented or it is not included in the Plan of Action of the school. The game is
to be proposed to the students and made by them during classes in which they receive
instructions and concepts from the teachers, so the game, its degree of difficulty and its rules
are democratic and everything customized. We conclude that this work exposes the benefits
of the game in the face of the current educational scenario, in which it is up to the teacher to
guarantee the quality of teaching with scarce educational resources.

KEYWORDS: Elementary education, play; prism; cylinder; volume; support.


4

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 1– Formas de bases de um prisma...................................................................... 12


FIGURA 2– Planificação de um cilindro reto.................................................................... 13
FIGURA 3 – Modelo de cartão........................................................................................... 18
FIGURA 4–Modelo de lâmina.......................................................................................... 19
FIGURA 5 – Modelo de ficha de desafio........................................................................... 19
FIGURA 5 – Modelo de ficha de resposta.......................................................................... 20
5

LISTAS DE TABELAS

TABELA 1- ETAPAS PARA FOMENTAÇÃO E APLICAÇÃO DO JOGO.................................. 17


6

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................... 7
1.1 Problema e objetivos............................................................................................... 7
1.2 Justificativa.............................................................................................................. 7
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................................ 8
2.1O valor do jogo......................................................................................................... 9
2.2 Contribuição do jogo educativo para a aprendizagem..................................... 10
2.3 Objeto de Conhecimento........................................................................................ 11
2.3.1 Prismas retos.......................................................................................................... 12
2.3.2 Cilindro reto........................................................................................................... 13
2.3.3 Volume.................................................................................................................. 14
2.4 Aplicações das disciplinas estudadas no Projeto Integrador............................ 14
3 MÉTODOS E MATERIAIS EMPREGADOS....................................................... 15
3.1 Metodologia do jogo............................................................................................... 15
3.2 Materiais, seus usos e funções............................................................................... 16
4 PROTÓTIPO............................................................................................................. 16
4.1 Apresentação ....................................................................................................... 17
4.2 Descrição................................................................................................................. 17
4.3 Considerações Didáticas........................................................................................ 17
4.4 Materiais Envolvidos............................................................................................. 18
4.5 Características dos Objetos................................................................................... 18
4.6 Regras do Jogo....................................................................................................... 20
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................... 22
REFERÊNCIAS........................................................................................................... 24
ANEXOS........................................................................................................................ 25
7

1 INTRODUÇÃO

Este trabalho atendeu a proposta do Projeto Integrador de Licenciatura em


Matemática III (PI III) da Univesp, que foi desenvolver um jogo ou uma aplicabilidade para
um jogo já existente nos conceitos pedagógicos e que abordasse um ou mais conhecimento
dos anos finais do Ensino Fundamental II (9º Ano) da Unidade Temática: Grandezas e
Medidas conforme Base Nacional Curricular Comum - BNCC 2018.
Observadas as orientações do tutor em AVA, procurou-se uma escola da região
queautorizou a visita técnica e apresentou-se a proposta do PI. Retornado a unidade para
observações e entrevista, nesta, ao grupo foi orientado que os alunos precisavammelhorar os
conhecimentos propostos pelo BNCC, mas que não foi compreendido no Plano de Ação da
escola ou nas Orientações Curriculares Municipal.
Sendo, assim, observadas as diretrizes do PI III e os dados da entrevista, foi proposto
elaborar o jogo para o auxílio nos conhecimentos de volumes, prismas e cilindros retos.
Foi elaborado um plano de ação do Projeto Integrador que norteou o jogo.
Entendeu-se que o jogo deveria atender objetivos de aprendizagem e
desenvolvimento de solucionar e elaborar problemas. Para tanto o grupo articulou ações
dentro do projeto e destacaram-se os jogos em equipe, colocando a participação em primeiro
plano e a competição em segundo, neste cenário os alunos precisam trabalhar juntos para
chegar a um mesmo objetivo.

1.1 Problema e objetivos

Problema: “Como os jogos podem contribuir ao ensino e aprendizagem do conteúdo de


volumes de prisma e cilindro no 9º Ano do Ensino Fundamental II”?

Objetivo Geral:
 Criar um jogo para a assimilação do conteúdo de volumes de prismas e cilindros.

Objetivos Específicos:
 Entender o jogo como recurso pedagógico;
 Criar aulas práticas para elucidar o teórico/ expositivo;
 Buscar uma contribuição para o aluno melhor compreender e obter autonomia do
frente à resolução de problemas matemáticos.
8

1.2 Justificativa

Segundo o BNCC é necessário que uma escola compreenda em seu plano curricular
60% ou mais do da Base Nacional Currículo Comum e as Orientações Curriculares da rede
pública propõem o ensino de prismas, cilindros e volumes de maneira sucinta no Ensino
Fundamental e segundo a entrevista com a coordenação e com o professor de matemática, os
alunos precisam melhorar muito para alcançar resultados nestes conhecimentos e nas
avaliações de larga escala, pois é o conceito que eles têm maior dificuldade e que continuam
assim no Ensino Médio onde o estudo já é mais aprofundado.
Entendeu-se que para a vida profissional é necessário o uso de habilidades que são
desenvolvidas ao longo da vida e os jogos e competições podem contribuir, inclusive durante
a vida escolar, num cenário onde as crianças desenvolvam aptidões de liderança e de
comunicação. Essas atividades em grupo atenderam às competências específicas de
matemática para o ensino fundamental.

Interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando coletivamente no


planejamento e desenvolvimento de pesquisas para responder a questionamentos e
na busca de soluções para problemas, de modo a identificar aspectos consensuais ou
não na discussão de uma determinada questão, respeitando o modo de pensar dos
colegas e aprendendo com eles. (BNCC, 2018 pg. 267)

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O trabalho foi realizado para turmas de 9º Ano do Ensino Fundamental II, mediante
entrevista (Anexo 1) com Coordenador Pedagógico e Professores de Matemática. Foram
levantadas algumas questões e problemas referente aprendizagem em matemática, nesta
escola, e soluções com jogos como apoio pedagógico no ensino da matemática. Com o apoio
do coordenador e professor foi proposto que atendesse o ensino de volumes: cálculos e
representações de prismas e cilindros retos.
Foram realizadas pesquisas bibliográficas para entendimento do jogo e suas
finalidades pedagógicas, plano de aula prática e teórica e como apoiar o aluno a compreender
e obter autonomia frente às resoluções de problemas matemáticos.
Mediante considerações pelo grupo de PI, foi traçado um plano de ação (Anexo 2)
pautado em estratégias para alcançar os objetivos das ações que pudessem obter resultados
9

mediante a situação da escola.


Procurou-se interagir neste trabalho a disciplina deste com as demais do curso, cujas
apresentaram textos ou vídeo aulas para apoiarem a elaboração deste.

2.1 O valor do jogo

Os conteúdos disciplinares são importantes e necessários, mas não é o único tipo de


saber. Segundo Brolesi (2015, p.37), o jogo está em todas as culturas, é instintivo e
manifestada desde o nascimento, que a criança estabelece contato com o mundo que a
circunda através do jogo e, por intermédio deste, expressa valores e proporciona
oportunidades para a assimilação de ideias e formação de princípios.
Ficou entendido que os conteúdos matemáticos são lógicos e abstratos, portanto
existe a necessidade de usar exemplos práticos, concretos e perceptíveis em coerência com o
currículo, procurando assim dar um objetivo aos conteúdos já estudados e aos que irão
estudar; e o jogo atende essa expectativa. Sousa (2017) em seu artigo, neurociência na
formação dos educadores e sua contribuição no processo de aprendizagem, deu a
compreender como o jogo pode ser uma atividade auxiliadora ao aluno.

É importante compreender como o ensino pode impulsionar o desenvolvimento das


competências cognitivas, mediante a formação de conceitos e desenvolvimento do
pensamento teórico, como também os meios pelos quais os alunos podem melhorar
e potencializar sua aprendizagem. Refere-se ao saber como fazer, para estimular as
capacidades investigadoras dos alunos, ajudando-os a desenvolver competências e
habilidades mentais. Portanto, uma prática docente a serviço de uma pedagogia
voltada para a formação de sujeitos pensantes e críticos deverá enfatizar em suas
investigações as estratégias pelas quais os alunos aprendem a internalizar conceitos,
competências e habilidades do pensar, postura para lidar com a realidade, resolver
problemas, tomar decisões e formular estratégias de ação (SOUSA, 2017 p. 324).

Ainda Brolesi (2015, p.37, apud Lopes, 2000), o jogo para a criança é o exercício, é a
preparação para a vida adulta. A criança aprende brincando, é o exercício que faz desenvolver
suas potencialidades.
O jogo é uma das atividades diferenciadas propostas em conformidade com o
currículo e podem ser práticas, demonstrativas, experimental, expositiva, oficina, consulta on
line e manipulação de softwares que valorizam o processo educativo (ITINERARIUS
REFLECTIONS, 2011, p. 10).
10

Para realizar estas atividades diferenciadas é preciso muito mais preparação e espírito
de liderança, pois é muito fácil perder o controle da turma, sobrecarregar alguns e outros
ficarem ociosos.

2.2 Contribuições do jogo educativo para a aprendizagem

Segundo o matemático Nuno Crato, o aluno só pode saber o que gosta depois de
aprender e que memorizar ajuda a desenvolver o cérebro e preparar para atividades de ordem
superior (ANGELA PINHO, 2017).
O jogo é uma atividade que tem valor educacional intrínseco e sendo utilizado como
recurso pedagógico no processo de ensino-aprendizagem pode contribuir para o postulado por
Nuno Crato de modo que o aluno aprende com prazer.

A aprendizagem é um processo que se caracteriza por uma transformação


progressiva das capacidades de cunho relativamente permanente. Para que ocorra a
aprendizagem, é necessário que o praticante esteja confiante e motivado, pois assim
existe a possibilidade de progressão. (BROLESI, 2015, p.39)

Em relação ao ensino, Brolesi (2015, p.38) identifica três objetivos para o jogo:
contribuir para o desenvolvimento de elementos cognitivos; contribuir na aquisição de
elementos motores-psicomotricidade e padrões de movimento; e propiciar o lúdico.
Para a educação é um instrumento pedagógico utilizado em todos os níveis de
ensino, do infantil ao médio.
Para a escola é um contribuidor para criar projetos a fim de envolver os alunos, a
família e a escola.
Para o professor é uma das ferramentas mais utilizadas em sala de aula para ensinar
por meio da diversão, envolver o aluno em uma atividade lúdica e ao mesmo tempo é uma
estratégia fundamental para promover um meio ao aluno para absorver o conteúdo ou
desenvolver seu potencial. No momento de planejar a aula fazendo uso de algum jogo, o
professor precisa ter a clareza de qual a sua intencionalidade, bem como a faixa etária e
interesse do grupo. Os jogos educativos podem ser utilizados individualmente e em grupos,
bem como podem ser pensados como estratégia educativa em todos os componentes
curriculares.
Para os alunos, os jogos motivam aos estudos, pois tem uma recompensa imediata
que promove a autoestima, ensinam que perder faz parte da vida e seus desafios ajudam a
11

reforçar habilidades, a cooperação e colaboração. Os jogos contribuem para a agilidade e


raciocínio, decisões e reflexos melhorados, criatividade, visão espacial, foco, atenção, por fim
de maneira específica os jogos educativos despertam um desejo de aprender novos conceitos e
se aperfeiçoar em diferentes habilidades, como:
- reconhecimento de formas, letras e números;
- percepção visual e identificação de padrões;
- coordenação motora e noção espacial;
- raciocínio lógico e memória.
Os alunos costumam levar os jogos a sério, então é muito importante a presença de
um intermediador, o professor, para ajudar e guiá-los no contexto do jogo. Quando se está
indo muito mal no jogo, os alunos começam a se desanimar e, quando está indo muito bem,
ficam radiantes e orgulhosos de si mesmos. É preciso ajudar a balancear o prazer do jogo, e
ensinar a controlar a frustração e a ideia de perder, desenvolvendo a cidadania.

2.3 Objeto de Conhecimento

O objeto de conhecimento para bases deste trabalho e para a ideia do jogo foi da
unidade temática de Grandezas e Medidas: volume de prisma e cilindro conforme BNCC
2018. Procurou-se bases nos livros didáticos do 9º Ano e estes apresentaram o conteúdo
dentro do contexto de resolução de situações-problema que abrangem o cálculo da área total
de faces de cubos, paralelepípedos e pirâmides e noção de volume em litros, depois, em outra
seção apresenta o conteúdo com resolução de situações-problema que abrangem o cálculo de
volumes de cubos e paralelepípedos, a partir de suas medidas. Nos livros de 9º Ano, da rede
municipal de ensino do estado de São Paulo, as atividades da Unidade 6 envolvem o cálculo
da área total de superfícies de cubos, paralelepípedos e pirâmides retomando conhecimentos
prévios que supostamente os alunos teriam sobre as características desses poliedros e suas
planificações, sobre o cálculo de área de retângulos, quadrados e triângulos e sobre o teorema
de Pitágoras. Nas atividades, os alunos são convidados a determinar a área total da superfície
de alguns sólidos geométricos. Depois, na unidade 7, espera-se também que os alunos sejam
capazes de resolver situações-problema que envolva o cálculo de volumes de cubos e
paralelepípedos com base em suas medidas.
As formas fazem parte do cotidiano. A noção de volume é fundamental em todas as
áreas. Perguntas simples como “Quem é mais pesado um quilo de algodão ou um quilo de
ferro? ou “Qual copo tem mais refrigerante?”revelam o quão é fundamental.
12

Foi importante contar a história do conteúdo de ensino, suas aplicações no passado e


no presente para que, com isso e de outras maneiras,possa explicar ao aluno a necessidade
daquele conhecimento, valorizar o aluno, seu conhecimento e suas aspirações futuras,
proporcionar ao aluno o prazer e autonomia nos estudos. Para isso existe uma grande
necessidade de aulas com aplicações práticas.
Para o jogo foi apresentados vários sólidos, para que o professor possa ajudá-los a
identificar prismas, cilindros e seus elementos, relacionando com situações cotidianas ou em
formas presentes na paisagem, em sequência aborda o cálculo de área das faces, bases
superfície total e suas fórmulas, depois o cálculo de volumes dos mesmos e suas fórmulas.
Para os problemas a resolver foi importante orientar os alunos que são tipos de questões de
avaliações de larga escala, como ENEM, Vestibulares, Concursos Públicos, entre outros.

2.3.1 Prismas retos

Para falar de prisma foi importante investigar nos ambientes os seus usos. Tipo:
caixa de água, forma de bolo, calha, telhado, canaleta, embalagem entre outras usuais. O
prisma reto é um sólido geométrico que faz parte dos estudos de geometria espacial e é
caracterizado por ser um poliedro convexo com duas bases (polígonos iguais) congruentes e
paralelas, além das faces planas laterais verticais (paralelogramos). Todo polígono regular
pode ser inscrito em uma circunferência e possui os lados e os ângulos com medidas iguais.
Primeiro orientou-se sobre as formas regulares das bases, quantidade de lados, ou
seja, quanto a sua classificação.

Figura 1 – Formas de bases de um poliedro.

a) Triangular , b) Quadrangular ,

c) Pentagonal , d) Hexagonal ,
Fonte: https://blogdoenem.com.br
13

Depois foi orientado sobre as fórmulas, seu entendimento e como utilizá-las, sendo
que o objetivo foi calcular a área da base, o espaço plano que ocupa em metros quadrados,
centímetros quadrados e etc. Para calcular a base foi necessário explicar como medir os lados
ou apótemas e substituir nas fórmulas para calcular a área(A).

Triângulo: A=b.h2, onde b = base e h = altura;


Quadrado: A=l2, onde l = lado;
Pentágono: Ab=p.a2, onde p = perímetro da circunferência e a = apótema;
Hexágono:Ab=6.l2332, onde l = lado.

Outra forma foi decompor o polígono em regiões triangulares, então se bastou


calcular a área do triângulo At=b.h/2 e multiplicar pelo número de triângulos que da forma.

2.3.2 Cilindro reto

Novamente voltou-se para o ambiente e relacionar os objetos que tem o formato de


cilindro como tubos, latas, garrafas, caixas de água, copos, canecas, pilastras, postes entre
outras.Um cilindro reto é formado pelas bases circular e superfície lateral, conforme a
planificação na figura 2.

Figura 2 - Planificação de um cilindro reto.

Fonte: https://cejarj.cecierj.edu.br/mat_mate.html

Para calcular a base é necessário medir o raio (r) e substituir na fórmula para calcular
A: área.
Círculo: A=π.r2
14

2.3.3 Volume

Para falar de volume foi importante saber o significado da palavra e como ela é
usada. Tipo: “aumenta o volume da televisão”, “este creme baixa o volume do cabelo”, “os
correios cobram e entrega por peso dos volumes” entre outras.
Depois,orientou-se que estamos interessados no caso em que o volume indica a
quantidade de espaço que um corpo ou objeto ocupa. Que este conceito está ligado à ideia de
litros ou metros cúbicos.Sabendo disso passou-se a explicar como calcular os objetos em
metros cúbicos ou litros e mensurar os objetos de acordo com suas arestas.
Por fim foi apresentada as fórmulas para obter o volume de objetos retos.

V=Ab.h

2.4 Aplicações das disciplinas estudadas no Projeto Integrador

A disciplina de Projeto Integrador para Licenciatura em Matemática III contribuiu


com as diretrizes do projeto; fornecimento de orientações de como preparar entrevista,
questionário e observações do local onde será aplicado o projeto; modelos de relatórios e
organização do tempo para conclusão de etapas.
A disciplina de Planejamento para o Ensino de Matemática contribuiu com
orientações sobre projetos e suas etapas: identificação dos problemas, definir objetivos e
atividades, estabelecer recursos, plano de ações, avaliação e análise do ambiente e recursos;
para mostrar como a matemática está no nosso cotidiano e como propor atividades que façam
sentido aos alunos e foi base de orientação para organizar o plano de aula pra este projeto; a
apresentação do BNCC e conteúdos relativos às diretrizes do PI III.
A disciplina de Estágio Supervisionado para a Licenciatura em Matemática I
contribuiu para facilitar o apoio da escola de pesquisa e aplicação do jogo.

3 MÉTODOS E MATERIAIS EMPREGADOS

A criação deste jogo foi baseada em pesquisas bibliográficas e em métodos


vivenciados pelos membros do grupo de PI e seguindo as diretrizes do PI em poder utilizar
materiais virtuais ou físicos para elaboração do jogo, sendo que para este procurou-se usar
materiais físicos e disponíveis na escola.
15

O jogo preparado pelo grupo se enquadrou na classificação de jogos intelectivos e


cooperativos, sendo apresentado na forma de jogo da construção, segundo pesquisas.

Jogos Intelectivos são os que visam desenvolver principalmente o raciocínio, a


memória, a observação, a atenção coordenação, entre outras capacidades. Os jogos
de mesa, como dominó, xadrez, dama e trilha são alguns exemplos. Jogos
Cooperativos são aqueles em que não existe a individualidade e sim o conjunto,
requer desenvolvimento de estratégias, e a cooperação é necessária para que um
determinado objetivo seja alcançado, como a corrente que começa com um pegador
e, conforme vai pegando, dá as mãos e ajuda a pegar. Jogo da Construção, ou seja,
ele se situa a meio caminho entre o jogo e o trabalho inteligente.(BROLESI, 2015
p.39-41)

Diante das consultas verificou-se que para toda atividade tem que ter preparação do
material e do público alvo, desenvolvimento da atividade e ápice que é a premiação ou
avaliação. Este projeto foi contemplado emtrês etapas:

Tabela 1 -Etapas para Fomentação e Aplicação do Jogo

ETAPA ATIVIDADE 1 ATIVIDADE 2 ATIVIDADE 3

Resolução de
OBJETIVO Confecção de sólidos Jogo
problemas.

TEMPO 2h15 (3 aulas) 2h15 (3 aulas) 2h15 (3 aulas)

Apropriação do objeto de Treino para os Aprender enquanto se


FUNÇÃO
conhecimento jogos. divertem
Fonte: Encontro do Grupo de PI

3.1 Metodologias do jogo

Compreendeu-se o jogo como um ato de preparação para o trabalho, de pensar o ato


pedagógico que permite acompanhar a progressão das aprendizagens e compreender a forma
de efetivar e propor reflexões sobre o próprio processo de ensino.
Diante das respostas feita na entrevista (Anexo 1), foi proposto e elaborado um jogo
com regras elaboradas e definidas com professores e alunos para conseguir dar sentido ao
processo de ensino e de aprendizagem.
16

Os jogos continuados foram propostos a fim motivar e valorizar o aluno e obter uma
avaliação continuada.
Sendo um projeto, este necessitou de ser apresentado aos professores da disciplina de
matemática e justificado a forma como o jogo pode contribuir ou ser aplicado no aprendizado.
Por fim, entende-se que todo processo pode ser melhorado e tem seu revés. Para
tanto, se convencionou que os casos de alunos que não alcançaram os objetivos deveriam ser
intermediados pelo professor para alcançar os objetivos no seu próprio tempo.
Procurou-se trabalhar e fortalecer o conhecimento de forma que os alunos tivessem
tempo para formar opinião, desenvolverem as atividades e oportunidade para melhorar ou
refazer os trabalhos após opinião e análises de trabalhos e ou projetos semelhantes.

3.2 Materiais, seus usos e funções

O jogo é uma das perspectivas metodológicas que forma a base do projeto dos
materiais manipulativos para aprender matemática e que faz uso dos recursos de comunicação
e a proposição de situações-problema, ideal para o ensino da matemática.
Entre as formas mais comuns de representação de ideias e conceitos em matemática
estão os materiais conhecidos como manipulativos ou concretos e de grande importância para
o ensino hoje. (SMOLE, 2016, p.10). Atualmente, uma das justificativas comumente usadas
para o trabalho com materiais didáticos nas aulas de matemática é a de que tal recurso torna o
processo de aprendizagem significativo.
Para tanto se utilizou de papel sulfite colorido, impressão de lâminas contendo
desenhos de formas para montagem, caneta, régua, tesoura, cola, lousa e giz.

4 PROTÓTIPO
17

4.1 Apresentação

Seguindo as diretrizes do PI III, o grupo utilizou metodologias já conhecidas para


criar um jogo que fosse um motivador aos alunos na resolução de problemas relacionados. A
proposta visou fazer com que os alunos montassem sólidos de prismas e cilindros segundo as
orientações e aulas. O grupo vencedor foi aquele que acertouo maior número de
especificações.

4.2 Descrição

Público Alvo: Alunos do 9º ano do ensino fundamental


Objeto de conhecimento: volume de prisma e cilindro.
Tema Básico: Geometria Espacial
Objetivo Geral:
 Trabalhar cálculos de volumes de prismas e cilindros.
Objetivos Específicos:
 Fixar as características dos sólidos prismáticos e cilíndricos.
 Compreender os conceitos envolvidos na resolução de problemas.
 Fixação das propriedades e de fórmulas utilizadas nos cálculos.

4.3 Considerações Didáticas

A abstração é inerente ao processo de aprendizagem da geometria espacial, o que por


sua vez dificulta o entendimento dos conceitos. O objeto de conhecimento foi um assunto de
complexo entendimento aos alunos.
Conforme a metodologia apresentada no relatório deste PI:
- a utilização do jogo aproximou o abstrato do concreto;
-fomentou uma nova dinâmica, melhorou e potencializou oprocesso de
aprendizagem;
-estimulou a motivação dos alunos;
-promoveu a interação e o compartilhamento dos conhecimentos.
A proposta foi criar desafios que envolvessem elementos do dia-a-dia, fazendo com
que os alunos utilizassem os conceitos existentes e fossem inseridos num ambiente que os
estimulassem na resolução desses desafios.
18

4.4 Materiais Envolvidos

 Lápis, borracha, tesoura, cola, cartolina, transferidor, compasso, régua;


 Peças geométricas em formato de cilindros, prisma triangular, pentagonal,
hexagonal e quadrangular, (a partir do recorte, montagem e colagem efetuados
pelos próprios alunos).

4.5 Características dos Objetos

O kit que compõe o jogo foram todos confeccionados em aula pelos alunossob
orientação do professor: cartões, lâmina de sólido, ficha de desafio e ficha de resposta.
Primeiramente foram confeccionados cartões para absorção das características
básicas dos sólidos como na figura 3.

Figura 3. Modelo de cartão

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/545920786061404328/?lp=true

O professor entregouas lâminas (planos) já impressas para facilitar o processo de


recorte. Os alunos fizeram o recorte das faces separando-as, para serem e coladas, assim
montando o sólido geométrico correspondente.
19

Figura 4. Modelo de lâmina

Fonte: https://pt.slideshare.net/evamariachavarriareynaga/moldes-de-cuerpos-geomtricos

O professor imprimiu as cartas (figura 3) em cartolina. A quantidade de cartas foi ser


proporcional à quantidade de grupos contendo até 5 alunos. Estas tinham os exercícios a
serem resolvidos.

Figura 3. Modelo de ficha de desafio.

Fonte: Encontro de membros do Grupo PI III.

Figura 4. Modelo de ficha de resposta.

Fonte: Encontro de membros do Grupo PI III.


20

O professor efetuou na lousa um quadro conforme anexo 3, contendo colunas com,


nome do grupo, respostas rodada 01, respostas rodada 02, respostas rodada 03, tempo,
certo/errado, penalidades e linhas com os nomes dos grupos.

4.6 Regras do Jogo

Formou-se grupos de até 5 integrantes. Cada grupo deu-se um nome. Os integrantes


de cada grupo só pode trocar informações entre si, nos casos ocorridos de trocas de
informações com integrantes de outros grupos foi tirado pontos do resultado final. O professor
atribuiu pontos a cada questão previamente. O grupo que obtive maior pontuação na soma
geral dos resultados foi o vencedor.

Desafio 1:mata-mata

Neste desafio os grupos se enfrentaram com os cartões. Uma equipe sortiou um


cartão e passou as características do sólido para outra equipe. A outra equipe teve que
responder dentro de um minuto. Acertando de 1ª ganhou 3 pontos, de segunda ganhou 2
pontos e de 3ª ganhou 1 ponto.

Desafio 2: quebra-cabeça.

Neste desafio os grupos se enfrentaram montando sólidos a partir de figuras planas.


No chão foram dispensados vários recortes de planos: triângulos, quadrados, retângulos,
pentágonos e hexágonos, todos retos e que combinassem entre si para montagem de sólidos
conforme os cartões. As equipes tiveram que, em um tempo de 3 minutos, montar um sólido
conforme o cartão sorteado. Foram pontuados com 5 pontos o grupo que entregou em 1º
lugar, 4 pontos ao que entregou em 2º lugar e 3 pontos para quem entregou em 3º lugar.

Desafio 3: racha - cuca

Neste desafio os grupos se enfrentaram sorteando uma ficha para o grupo oponente.
Quando todos estavam com sua ficha de desafio sobre a mesa começou a resolução do desafio
com tempo de 5 minutos. As fórmulas ficaram na lousa. Este desafio teve3 rodadas e
21

concedeuum ponto para cada questão acertada na rodada 1; dois pontos para cada questão
acertada na rodada 2 e três pontos para cada questão acertada na rodada 3.
O professor dispôs de fichas (figura 3). Estas fichas foram separadas por rodadas, na
qual teve que levar em consideração o grau de dificuldade das questões em cada rodada.

1ª rodada: nível baixo de dificuldade.


Exemplo: Dado um raio de 5 cm, π=3,14, monte um cilindro de maneira que
possamos obter um volume de 785 cm³.
Para este tipo de questão os alunos tiveram a sua disposição lápis, régua, transferidor,
compasso e tesoura.

2ª rodada: nível médio de dificuldade.


Exemplo: Qual o volume de um prisma reto de base hexagonal, sabendo que a base é
um polígono retangular cujo lado mede 2 cm e cujo apótema mede aproximadamente, 1,8 cm
e que a altura desse prisma é de 25 cm.

3ª rodada: nível alto de dificuldade.


Exemplo: Numa piscina retangular com 10 m de comprimento e 5 m de largura, são
necessários quantos litros de água para elevar o nível em 10 cm?

O professor precisou disponibilizar a tabela de fórmulas, conforme anexo 4.


Para cada questão concluída, um integrante do grupo escreveu apenas o resultado da
questão no cartão de resposta (figura 4) e entregou ao professor que posteriormente corrigiu e
classificou como certo ou errado.
Salientamos que, o grau de dificuldade das questões definiu o ganhador, portanto, a
atenção a este quesito é muito importante, pois questões muito fáceis possibilitaram que todos
acertassem e questões muito difíceis que todos errassem.
Nos casos de empate o professor convencionou-se realizar uma nova rodada de
questões até definir um único grupo ganhador.
Com relação ao prêmio, o professor pode decidir juntamente com o corpo
pedagógico do colégio uma compensação e sugeriu-se aos alunos para que escolhessem, tais
como livros, chocolates, pontos positivos na média, etc.
22

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao nos depararmos com a proposta deste projeto integrador, de propormos um jogo


para o ensino de grandezas e medidas aos alunos do 9º ano do ensino fundamental II, em
primeiro momento nos remeteu a ideia de diversão. Mas pesquisas indicaram que o conceito
de jogo na educação vai além da simples diversão. Trata-se de uma ação extremamente
positiva do ponto de vista pedagógico, pois possibilita aos professores trabalharem a
cooperação, a colaboração, agilidade de raciocínio, foco, a troca de informações, o lúdico,
bem como a difusão de um aprendizado mútuo.
O jogo como ferramenta pedagógica deve ser planejado de modo que o professor o
utilize como aparato no alcance de determinado objetivo. O planejamento deve levar em
consideração alguns pontos, como a faixa etária de seus alunos, o modelo de jogo a ser
escolhido, uma situação-problema a ser resolvido, o grau de dificuldade empregado na
atividade e um modelo que venha envolver e motivar os alunos à aprendizagem. Neste
trabalho, fica evidente o uso do jogo como ferramenta para o ensino de cálculos de volumes
de prismas e cilindros.
A escolha do tema, volumes de primas e cilindros, se deu a partir da identificação da
dificuldade de aprendizagem dos alunos de 9º ano do ensino fundamental II, através de
entrevista realizado junto ao corpo docente da unidade escolar EMEF Dr. Manoel de Abreu.
Se o objetivo é fazer com que os alunos deixem de atuarem como meros espectadores em sala
de aula, adotando uma postura de protagonista no processo de aprendizagem e se, por outro
lado, o papel dos professores passa a ser o de mediador / provocador no processo de ensino, o
jogo como ferramenta pedagógica vem a calhar perfeitamente neste cenário, possibilitando
para ambas as partes êxito no alcance do objetivo de aprendizagem.
Com muita frequência avistamos discussões sobre a qualidade do ensino de nossas
escolas, sobre o papel do professor em sala de aula e a dinâmica do aluno no processo de
aprendizagem. As diversas avaliações como o IDEB, SAEB e o Prova Brasil, por exemplo,
fomentam essas discussões. Sem dúvida, essas avaliações nos mostram que precisamos
melhorar a qualidade do ensino, sabemos também que essa melhora advém de uma soma de
muitos fatores, como estruturas físicas, aparatos pedagógicos, formação profissional, plano de
carreira, salários, etc. Mas, apesar de todas essas dificuldades, cabe ao professor prezar pelo
ensino de qualidade, horando sua função de educador, é fundamental que esse profissional
venha propor ações que venham somar com a qualidade na educação, ações que façam a
diferença e, portanto, a utilização do jogo como ferramenta pedagógica possibilita essa
23

mistura, esse composto de, fazer diferente, de motivação, de qualidade, de protagonismo, de


mediação e assim por diante.
Para aplicação deste jogo foi elaborado um plano de aula, anexo 5, que procura
orientar as aulas prévias do jogo, pois o jogo é para principalmente turmas com dificuldades e
que precisam de apoio para o aprendizado. Mas pode ser jogado por turmas que já tem
domínio dos conceitos.
24

REFERÊNCIAS

BNCC. Educação é a Base. ME, 2018.

ITINERARIUS REFLECTIONS. Aula diferenciada: manual pedagógico


alternativo para o ensino de ciências no 8º ano do ensino fundamental. Revista Eletrônica
do Curso de Pedagogia do Campus Jataí vol. 2 n.11 – UFG, 2011.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Base Nacional Comum Curricular: Educação é a


base. DF, 2018.

SMOLE, K.S.; DINIZ, M.I. Materiais manipulativos para o ensino de Frações e


números decimais. Porto Alegre: Penso, 2016.

Sousa, A. M. O. P. de; Alves, R. R. N.. Artigo de Revisão: A neurociência na


formação dos educadores e sua contribuição no processo de aprendizagem. Revista
Psicopedagogia. vol.34 no.105. São Paulo. 2017

SEE. Nova EJA: Educação para Jovens e Adultos: matemática e suas tecnologias:
professor. Rio de Janeiro: CECIERJ, 2015.
25

ANEXOS
ANEXO 1- Pesquisa de Campo
PESQUISA DE CAMPO
Figura 1. Frente da Escola.

Fonte: PPP da escola.

Escola: EMEF Dr. Manoel de Abreu


Endereço:Rua General Renato Varandas de Azevedo, 377 - Jardim Três Corações, São Paulo
- SP, CEP 04855-280.
Fundação: 1975
Alunos Matriculados: 1606
Professores: 90
Coordenadora Pedagógica Entrevistada: Marcela de Oliveira B. Marabuto

1 A escola

A EMEF Dr. Manoel de Abreu é uma escola de grande porte, possuindo 16 salas de
aulas em4 turnos, tendo 1.606 alunosmatriculados em 52 turmas,fornecendoensino para a
comunidade dos tiposEnsino Fundamental Regular de 1° a 9°Ano e Educação de Jovens e
Adultos (EJA) no período noturno. 119 alunos estão matriculados no 9° ano, distribuídos em
4 classes. Seu quadro docente é composto de 90 professores, sendo 6 de matemática.
26

O prédio escolar possui três pavimentos amplos, bem conservados, com espaço
adequado para o bom funcionamento das atividades escolares. A unidade escolar dispõe dos
recursos físicos conforme tabela 1.

Tabela 1. Ambientes da escola

Item Tipo de Ambiente Total de Ambiente


1 Cozinha 1
2 Deposito 1
3 Despensa/Deposito Alimentos 1
4 Estacionamento 1
5 Laboratório de Informática 1
6 Parque Infantil 1
7 Pátio Coberto 1
9 Quadra Coberta 1
10 SRM - Sala de Recursos Multifuncional 1
11 Sala de Aula Própria 16
12 Sala de Diretor 1
13 Sala de Estudo/Pesquisas 1
14 Sala de Leitura 1
15 Sala de Projeção/Vídeo 1
16 Sala de recuperação/Apoio Pedagógico 1
17 Sanitários Funcionários Masculinos 2
18 Sanitários Funcionários Femininos 2
19 Sanitários Alunos Masculinos 2
20 Sanitários Alunos Femininos 2
21 Sanitário para Deficientes 2
22 Secretaria 1
23 Sala de Materiais Desportivos/Fanfarra 1
24 Sala de AVE 2
25 Arquivos 1
26 Sala de JEIF 1
Fonte: Projeto Político Pedagógico da unidade escolar.
27

O Corpo discente da escola é composto por alunos do próprio bairro e bairros circunvizinhos,
brasileiros e estrangeiros, distribuídos conforme tabela 2 e 3:

Tabela 2. Classes da escola - Fundamental


Ensino Fundamental Regular – 9 Anos 2019
N° De Classes Ano Ciclo N° De alunos
5 1° Alfabetização 149
6 2° Alfabetização 181
6 3° Alfabetização 181
6 4° Interdisciplinar 183
6 5° Interdisciplinar 183
5 6° Interdisciplinar 156
4 7° Autoral 112
4 8° Autoral 113
4 9° Autoral 119
Fonte: Projeto Político Pedagógico da unidade escolar.

Tabela 3. Classes da escola - EJA


Educ. de Jovens e Adultos EJA
N° De Classes Ano N° De Alunos
0 Etapa Básica 0
2 Etapa Complementar 55
5 Etapa Final 174
Fonte: Projeto Político Pedagógico da unidade escolar.

2 Entrevista com Coordenação e Professor de Matemática

Após contato telefônico e exposto nossos objetivos ao diretor da instituição, foi


agendada uma visita no dia 13/03/2019. O grupo de PI foi recepcionado pela Coordenadora
Pedagógica Marcela de Oliveira B. Marabuto, e pelo Professor de Matemática Ricardo Pereira
de Carvalho, que nos receberam cordialmente e foram muito colaborativos apresentando as
dependências e respondendo nossos questionamentos.
28

2.1 Transcrições da Entrevista

Grupo de PI - Como os professores de matemática utilizam a sala de informática?


Prof. Matemática - Os professores de matemática utilizam pouco a sala de
informática, eles usam para criação de gráficos, planilhas e para pesquisas.
Grupo de PI - Para você qual é a importância da matemática no cotidiano e
profissional?
Prof. Matemática - A matemática é muito importante, pois está presente na nossa
vida desde o nosso nascimento. Quase tudo no nosso cotidiano gira em torno de números,
medidas, figuras geométricas e outros conceitos inerentes a essa disciplina.
Grupo de PI - O Manoel de Abreu utiliza algum jogo físico ou aplicativo para
auxiliar no ensino da matemática?
Coord. Pedagógica - Sim, utilizamos jogos como: tangran, sólidosgeométricos,
xadrez, dama, etc.
Grupo de PI - Quais os temas abordados no conteúdo de Grandezas e Medidas e
Unidade de Medida?
Coord. Pedagógica - Abordamos os temas de conceitos de comprimentos e
distâncias, o metro e seus múltiplos. Pesos, quilo e seus múltiplos. O conceito de área de
quadrados, retângulos, faces de poliedros, metro quadrado e seus múltiplos. O conceito de
volume é trabalhado com o entendimento do litro comparado com o metro cúbico e neste é
citado sobre as formas dos cubos e paralelepípedos, um preparatório para o que vem no
ensino médio.
Grupo de PI - Dos conteúdos comentados, em quais os alunos têm mais dificuldades
em aprender?
Prof. Matemática - Os alunos têm mais dificuldades em entendimento cálculo de
área e no conceito de volume. Volume é uma novidade para eles.
Grupo de PI - Quais metodologias são utilizadas para superar as dificuldades que os
alunos apresentam em compreender o conteúdo?
Prof. Matemática - O conteúdo é explicado de outra maneira, se não obtiver
resultado eu volto um pouco no conteúdo, com uma revisão rápida.
Grupo de PI - Numa escala de 0 a 10, qual o grau de dificuldade encontrado pelos
alunos, na resolução de problemas (exercícios) de cálculo de volume de prisma e cilindros,
referente interpretação de texto?
29

Prof. Matemática - A interpretação de texto é algo que eles precisam melhorar e


muito, a dificuldade se apresenta em todas as disciplinas, dificuldade alta, cinco.
Grupo de PI - E de entendimento dos conceitos?
Prof. Matemática - Eles entendem os conceitos, mas fazem poucos exercícios, são
dispersos e reflete no entendimento, dificuldade média, sete.
Grupo de PI - De utilização das fórmulas?
Prof. Matemática - Eles têm dificuldade em decorar, mas de utilizar é só trocar os
termos por valores, dificuldade baixa, oito.
Grupo de PI - Como foi o rendimento médio das últimas turmas nesse conteúdo?
Coord. Pedagógica - Em média foi ruim, pois o conteúdo é complexo e foi passado
em pouco tempo, mas o que determina é o pouco comprometimento deles.
Grupo de PI - De quais modos os jogos podem auxiliar e tornar interessante o
ensino e aprendizagem de cálculo de volume, de prisma e cilindro?
Coord. Pedagógica - Os jogos são importantes, pois prendem a atenção dos alunos,
e os deixam relaxados, abertos ao aprendizado.
Prof. Matemática - Creio que auxilia, e muito, pois os alunos já estão familiarizados
com jogos desde criança, e os jogos ajudam a “quebrar o gelo”.
Grupo de PI - Qual metodologia o professor usa para passar um conteúdo e fixar o
aprendizado?
Prof. Matemática - O professor passa o conteúdo, explica e aplica exercícios, após a
correção se houver necessidade, volta aos exercícios, em alguns conteúdos o professor aplica
um trabalho de pesquisa e no final do bimestre tem a avaliação.
Grupo de PI - Como é socializado ou abordado o conteúdo nas outras disciplinas?
Coord. Pedagógica - Eu acho esse processo muito interessante, já criamos projetos
entre a disciplina de matemática e artes, e matemática e geografia, os professores têm
liberdade para elaborar projetos, mas devido às atividades diárias fica difícil a criação.
Grupo de PI - Fale sobre o entendimento da ideia de que o conteúdo da matéria será
útil no futuro profissional do aluno.
Prof. Matemática - Ela é útil em qualquer área que o aluno escolher; será visível nas
áreas de exatas, mas, ajuda também o profissional a se organizar, ser prestativo, perseverante
e seguir regras e padrões.
Grupo de PI - Conte-nos sobre a visão de trabalhar as questões de vestibular e Enem
no 8° e 9°?
30

Coord. Pedagógica - Os alunos do 8° e 9° anos muitas vezes não tem a base


necessária ainda para transitar por assuntos que só vão aparecer no final do ensino médio. A
melhor saída, quando é possível se planejar com antecedência para o Enem, é fazer um bom
final de fundamental, para poder fazer um bom ensino médio, e para consequentemente fazer
um bom exame.
Grupo de PI - As aulas são elaboradas baseadas em que? Por quem?
Coord. Pedagógica - As aulas são elaboradas baseadas no BNCC, currículo da
cidade, Plano de Ação da escola e também nos livros didáticos. É feito dessa maneira pois
esse processo foi elaborado por ótimos profissionais, que estudaram e pensaram no assunto.

3 Considerações sobre a Pesquisa de Campo e Feedback

Após o término da visita os dados foram avaliados, nos quais foi baseado um
protótipo de um jogo para auxiliar no aprendizado de volume, prismas e cilindros retos. A
visita foi determinante pra coleta de dados que nortearam o projeto.
O Grupo teve uma boa impressão da EMEF Doutor Manoel de Abre e observou-se
que a escola está no caminho certo, preocupada com o bem estar e com o aprendizado dos
seus alunos e tem em seu currículo ao menos 60% condizente com o BNCC. A escola tem
uma ótima estrutura e os coordenadores e professores têm muita vontade de trabalhar.
No dia 23/04/2019, o grupo de PI retornou à EMEF Doutor Manoel de Abreu,
apresentouum protótipo para a escola. O jogo foi considerado muito interessante e posto como
uma proposta e idéia a ser melhorada, pois o modelo apresentado necessita de plano de aula
de três à quatro semanas, contudodiz se que há viabilidade para manter um projeto como este.
31

ANEXO 2 – Plano de Ação do P.I. III


32

ANEXO 3 - Exemplo de tabela de campeonato.


33

ANEXO 4 – Tabela de fórmulas.


Prisma Volume Área da Base Área Total

V=Ab.h Ab= (b.h) /2 At=2.Ab+3.Al

Prisma Triangular

V=Ab.h Ab= (5.p.a) /2 At=2.Ab+5.Al

Prisma Pentagonal

V=Ab.h Ab= (3√3 a2)/ 2 At=2.Ab+6.Al

Prisma Hexagonal

V=Ab.h Ab=b² At=2.Ab+4.Al

Prisma Quadrangular

At=2.Ab+P.h
V=Ab.h
Ab=π.r² P=2.π.r
Cilindro
Fonte: produção do grupo de PI III.
34

ANEXO 5 – Plano de Aula

PLANO DE AULA DE MATEMÁTICA PARA O JOGO

Unidade temática: grandezas e medidas.


Objeto de conhecimento: volume de prisma e cilindro.
Público alvo: alunos do 9º ano do Ensino Fundamental II.
Objetivo: Motivar e propiciar, ao aluno, meios de fixar o conhecimento em resolver
e elaborar problemas que envolvam medidas de volumes de prismas e de cilindros retos,
inclusive com uso de expressões de cálculo, em situações cotidianas.
Objetivos Específicos:
 Identificar quais os saberes prévios dos alunos
 Construir e montar modelos de prismas e cilindros retos;
 Resolver problemas envolvendo a noção e cálculo de volume de prismas e
cilindros retos.

Atividade 1 – duração 3 horas aula (2h15)

 Confecção de prismas e cilindros retos


Fazer um levantamento do que os alunos conhecem sobre sólidos geométricos
(prismas e cilindros retos). Apresentar alguns sólidos e identificá-los para os alunos. Pedir
para que identifiquem os objetos do cotidiano relacionando-os com os sólidos apresentados.
Distribuir modelos impressos para os alunos recortar e montar passando da teoria para a
prática. Explicar que os sólidos são compostos de faces, planos e suas medidas (arestas, área,
perímetro, etc.).
O professor deve explicar as definições de faces, apótema, arestas, vértices e
perímetro. Salientamos a importância do entendimento desses conceitos, uma vez que em
visita à escola, foi solicitado, aos educadores, pesos de 0 a 10 nas dificuldades encontradas
pelos alunos no quesito de interpretação de texto, entendimento de conceitos e uso de
fórmulas. O corpo docente atribuiu, respectivamente, pesos 5, 7 e 8, ou seja, fica cristalino
que entre 20% e 50% das dificuldades encontradas pelos alunos para resolução de problemas
estão centrados nas dificuldades de interpretação de texto e entendimento de conceitos.
Material:
 lâminas com desenho (2D) de modelos de prismas e cilindros;
35

 tesoura;
 cola.

Figura 8. Modelo de Lâmina de cilindro e prisma.

Fonte:https://www.todamateria.com.br/prisma/

Após montagem dos sólidos e conhecerem as suas características, passa-se a explicar


o conceito de volume. Falar sobre a necessidade de obter fórmulas que ajudem no cálculo de
volume. Lembrar a turma sobre a unidade de medida do volume (m³): o metro cúbico.
 Como podemos classificar os prismas?
 Eles podem ser classificados pela base?
 Qual a unidade de medida de área?
 Qual a unidade de medida da altura?
 Qual a unidade de medida do volume?

Essa atividade, em sua funcionalidade, objetiva que os alunos se apropriem dos


conceitos. A ideia é fazer com que os alunos participem do jogo para se divertirem e
participarem das atividades para o aprendizado.
Durante a confecção dos materiais do jogo os conceitos de bidimensionalidade e
tridimensionalidade são fixados.
Após os esclarecimentos dos conceitos usuais na geometria espacial, o professor
deve disponibilizar aos seus alunos os recortes das figuras geométricas semelhantes as que
serão utilizadas na competição. Destacamos que os sólidos devem compreender diversas
medidas de volumes e o professor deve orientar que os sólidos podem ser montados como na
figura 4.
36

Figura 4. Passo a passo de montagem de prisma para desafio racha-cuca.

Fonte: SEE, 2015.

Outra forma de prisma a ser recortado pelos alunos em diferentes tamanhos de


comprimentos e arestas (figura 5).

Figura 5. Modelo de montagem de prisma com volumes diferentes.

Fonte:SEE, 2015.

Para os cilindros, segue a mesma metodologia. Os alunos devem recortar diferentes


tamanhos de cilindros (figura 6):
Figura 6. Modelo de montagem de cilindro.

Fonte:SEE, 2015.

Efetuados os recortes e montados as figuras geométricas, o próximo passo é


apresentar e explicar a utilização das fórmulas, anexo 4. Cada aluno irá escolher uma figura
de cada modelo, ou seja, um prisma triangular, um prisma pentagonal e um cilindro e
mediante orientação do professor deverão efetuar os cálculos dos volumes. Será o momento
37

no qual o aluno terá contato com as fórmulas matemáticas e ao mesmo tempo utilizarão os
conceitos anteriormente explicitados.

Atividade 2 – duração 3 horas aula (2h15)


 Resolver problemas envolvendo prismas retos.
Apresentar problemas do cotidiano dos alunos: conta de água, receitas culinárias,
disposição de móveis e objetos ou futuras profissões. Motivar os alunos com exercícios para
ganharem pontos e classificarem seu grupos nas competições finais.Para isso não é necessário
relembrar os cálculos de áreas em figuras planas e figuras espaciais, mas sim de como
substituir o valor na fórmula e como reconhecer a diferença entre poliedros e polígonos.

Exemplo: Marília está trabalhando na confecção de embalagens para comportar os


docinhos para festas. Ela obteve o modelo pela internet, mas não sabe ao certo quanto papel
vai gastar para fazer uma embalagem. Dados as dimensões(figura 9), quanto vai precisar de
papel e o volume da caixa? E da tampa?

Figura 9. Modelo de caixa

Fonte: https://novaescola.org.br/plano-de-aula/1472/volume-de-prismas

Atividade 3 – 3 horas aula (2h15)


 Avaliar se os alunos podem resolver problemas de cálculo de volume de prismas
retos. A avaliação é realizada com uma atividade colaborativa (jogo) entre os
alunos que consiste em montar sólidos a partir de planos (faces preparadas em
aula anterior) e calcular o volume, montar sólidos conforme volume informado e
38

calcular a área da soma das faces dos sólidos. Essa atividade consiste no jogo
proposto pelo grupo de PI III.

AVALIAÇÃO

A avaliação dos alunos será baseada nos seguintes aspectos:


 Interesse demonstrado durante a aula;
 Colaboração com o professor e com os colegas na resolução dos exercícios e
problemas propostos;
 Aplicação de conhecimentos matemáticos adquiridos anteriormente;

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