Download as pdf
Download as pdf
You are on page 1of 27
rho DE yi I DADLIA 34 Zz d ao de “O Tablado” sob o pa- inio do Instituto Brasileiro de _Educagao, Ciéncia e Cultura ow. (TBEGC) “Av. Lineu de Paula Machado, 795 Botanico_ Distrito ae ‘Diretor responsivel: | “Maria Clara. Machado -Redatores : ia Pena da Rocha bens Corréa Sonia Cavalcanti Secretaria : : Maria Tereza Vargas Tesoureira: - ~ f - oe ends ‘Ha grande efervescéncia pela arte teatral no nosso pais. Foi pésto o levedo na massa. Sente-se que, de uma hora para outra, qualquer coisa vai surgir déste movimento. E temos a impresséo de aue vai surgir tudo ao mesmo tempo: autores, diretores, casas de espetdculos, escolas de atores, teatro escolar, ope- rério, centros dramaticos, etc. Tudo o que se fez no sentido desta precipitacao" tem um valor histérico Num pais sem tradicdo teatral, resta-nos procurar caminho entre a licdo dos nossos antecessores, a nossa propria experiéncia e a experiéncia importada. Esta-se formando um teatro brasileiro da mistura destas experiéncias. Estes CADERNOS DE TEATRO, que pretendemos publicar seis vézes ao ano, representam o resultado de uma experiéncia vivida por um grupo de teatro amador. Por meio déles, queremos “passar adiante”, aqueles que comecam a fazer teatro, aquilo que descobrimos e aquilo que aprendemos dos que foram e ainda sao nossos mestres, na formacao de um ESPIRITO DE TEATRO. Parece impossivel “passcr adiante” uma experiéncia vivida. O homem de teatro se faz no palco; entretanto, aproveitaré bastante aos que se iniciam, os conselhos daqueles gue passaram a vida tentando fazer o melhor possivel desta arte tao complexa que é 0 teatro. Cremos firmemente que nao se faz teatro sem uma técnica de teatro — mas cremos também que esta técnica deve ser vivificada por um espirito de teatro Com razo, dizia Dullin que “nao sao maquinas de fazer descer os deuses 4 cena que necessitamos no nosso teatro, mas de DEUSES”. Tomamos como motivo principal déstes CADERNOS a {rast “Nao se es- queca do interior do Brasil”. Com isto queremos chegar Aquele rapaz ou aquela moca do interior que deseja fazer teatro e nfo sabe como fazé-lo. O primeiro grande, fantasma com que deparam os, novos grupos é a escolha do repertério. Onde descobrir peces fééeis e boas de serem montadas por um grupo inexpe- riente? Procuramos remediar esta falha, criando’nos‘CADERNOS a secao de repertério. Além da andlise da peca, pomos & disposicdo dos le:tores uma eépia de peca traduzida e mimeografada, a qual sera remetide aos interessados, me- diante pequena soma. 5 Procuramos dar. de tido um pouco: desde’a formacao corporal do ator, passando pela realizacaéo pratica de um espetaculo, a técnica do palco, até a formacao de uma cultura teatral e de um espirito de grupo. Quase todos os artigos sao traducdes ou adaptagdes. Ainda néo nos senti- mos bastante adultos em teatro para emitirmos idéias préprias. Preferimos, nos CADERNOS, “passar adiante”, adaptando-para as nossas necessidades 0 pensa~ mento e a experiéncia daqueles que nos ajudaram auando comiecamos. Ficaremios satisfeitosse realmente éstes CADERNOS corresponderem aos desejos e as necessidades dos aue pensam como nds. No Brasil tudo aue fr esfrgo por uma cultura de profunididade, yale a’ pena ser feito. M. C. M.

You might also like