ARENDT, HANNAH.
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‘Sdete o engl tiwond. :
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' yntra o cenfio dessas experiéncias que proponho analisar a
i questéo da violéncia no ambito da politica. Isso nao é facil. O
£ que Sorel observou bi sessenta ans, que “os problemas da vi-
i oléncia permanecem muito obscuros”, ainda € tao verdadeiro
A ExtTo 6G + hoje como antes. Mencionei a relutancia geral em tratar a
j violéncia como um fendmeno em si mesmo e devo agora qua-
| ifiar esa afirmagio. Senos votamos para a dscussbes do fe-
] némeno do poder, rapidamente percebemos existir um consenso
entre os te6ricos da politica, da esquerda & direita, no sentido
de que a violencia € tao-somente a mais lagrante manifestagao
do poder. “Toda politica € uma Iota pelo poder; a forma defini
tiva do poder €a violéncia”, disse C. Wright Mills, fazendo eco,
por assim dizer, a definigio de Max Weber, do Estado como “o
dominio do homem pelo homem baseado nos meios da violén
cia legftima, quer dizer, supostamente legitima”,® O consenso
Gorges Sorel, Reflections on lence, “Incodstion to the Fst Publi