Fórmulas e Cálculos para Eletricidade e Eletrônica (Vol 1 e Vol 2 - No Mesmo Arquivo) Newton C. Braga PDF

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Newton C. Braga FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Editora Newton C. Braga SGo Paulo - 2013 Instituto NCB www.newtoncbraga.com.br leitor@newtoncbraga.com.br FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Autor: Newton C. Braga Sdo Paulo - Brasil - 2013 Palavras-chave: Eletrénica - Engenharia Eletrénica - Componentes - Reparacgdéo - Projetos - Circuitos praticos - Coletanea de circuitos - Matematica para Eletrénica - Calculos - Tabelas - Eletricidade - Fisica - Eletrotécnica - Optoeletrénica - Optica - Eletrénica Digital Copyright by INTITUTO NEWTON C BRAGA 12 edi¢ao Todos os direitos reservados. Proibida a reproducdo total ou parcial, por qualquer meio ou processo, especialmente por sistemas gréficos, microfilmicos, fotograficos, reprograficos, fonogréficos, videograficos, atualmente existentes ou que venham a ser inventados. Vedada a memorizagao e/ou a recuperacao total ou parcial em qualquer parte da obra em qualquer programa juscibernético atualmente em uso ou que venha a ser desenvolvido ou implantado no futuro. Essas proibigées aplicam-se também as caracteristicas gréficas da obra e & sua editoragéo. A violagdo dos direitos autorais é punivel como crime (art. 184 e pardgrafos, do Cédigo Penal, cf. Lei n° 6.895, de 17/12/80) com pena de prisdo e multa, conjuntamente com busca e apreenséo e indenizacdo diversas (artigos 122, 123, 124, 126 da Lei n° 5.988, de 14/12/73, Lei dos Direitos Autorais). Diretor responsavel: Newton C. Braga Diagramagao e Coordenacao: Renato Paiotti indice 1, UMidadeS.......ceeesesccessrtecseesssseeesseessensseeeesecssecesssnseees 19 Parte 1 - Formulas de Corrente Continua... 2. Resisténcia de Um Condutor Formula 2.1 Formula 2.2 Formula 2.3 3 - Condutancia.... Formula 3.1 Formula 3.2 4 - Condutancia de um comprimento de fi Formula 4.1 Formula 4.2 Formula 4.3 Formula 4.4: Tabela - Condutancia de alguns materiais comun: 5 - Influ€ncia da temperatura na resisténcia de um fio Formula 5.1 6 - Lei de Ohm... Formula 6.1 Formula 6.2 Formula 6.3 O Circulo Magico da Lei de ONDM..eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeneee 44 7 - Poténcia Elétrica Formula 7.1 Formula 7.2 Formula 7.3 8 - Lei de Joule Formula 8.1 Formula 8.2 Formula 8.3 Formula 8.4, 46 Formula 8.5 46 Formula 8.6 47 9 - Energia Elétric: 48 Formula 9.1 48 Formula 9.2 48 Formula 9.3 48 10 - Lei de Faraday (Eletrdlise) 49 Formula 10.1...... Formula 10.2. Formula 10.3. 11 - Resistores em Sérit Formula 11.2...... 12 - Resistores em Paralelo 53 Formula 12.1. 54 Formula 12.2. 54 Formula 12.3. 54 13 - Divisor de Tensdo Resistivo. 57 Formulas 13.1 14 - Divisor de Tens&o Resistivo Carrega: Formula 14.1.. 15 - Primeira Lei de Kirchhoff. Formula 15.1.. 16 - Segunda Lei de Kirchho! Formula 16.1. Formula 16.2. 17 - Capacitancia Formula 17.1. Formula 17.2. Formula 17.3. 18 - Capacitor Plano Formula 18.1. Formula 18.2. Formula 18.3. 19 - Tensdo de Ruptura num Capacito' Formula 19.1......cccceseeeeeeee Formula 19.2. Formula 19.3. 20 - Energia armazenada num capacitor. 69 Formula 20.1. 69 Formula 20.2. 69 21 - Capacitores em Paralelo. 70 Formula 21.1. 71 Formula 21.2. 71 22 - Capacitores em Série. 72 Formula 22.1... Formula 22.2. Formula 22.3. 23 - Campo magnético de um solendide. Formula 23.1. Formula 23.2. Formula 23.3. Formula 23.4. 24 - Indug&o magnética no interior de um solendide Formula 24.1. 2 - Indutanci Formula 25.1. Formula 25.2. Formula 25.3. Formula 25.4... 26 - Indutancias em série. 79 Formula 26.1. 79 Formula 26.2. 79 27 - Indutancias em paralelo. 80 Formula 27.1. Formula 27.2. 28 - Indutancia mdtua Formula 28.1. Formula 28.2. 5 Parte 2 - Formulas de Corrente Alternada 29 - Frequéncia e periodo. Formula 29.1. Formula 29.2. 30 - Frequéncia Angular ou Ciclica. Formula 30. Formula 30. 31 - Valor médio.. Formula 31.1. Formula 31.2. 32 - Valor Médio Quadratico (RMS) Formula 32.1. Formula 32.2. 33 - Frequéncia e Comprimento de Onda 88 Formula 33.1. 88 Formula 33.2. 89 Formula 33.3. 89 34 - Reatancia Capacitiva Formula 34.1... Formula 34.2. Formula 34.3. 35 - Reatancia Indutiva. Formula 35.1. Formula 35.2. Formula 35.3. 36 - Fator de Qualidade. Formula 36.1. Formula 36.2. Formula 36.3. Formula 36.4. 37 - Lei de Ohm para Circuitos AC. Formula 37.1....ceeeeee Formula 37.2. Formula 37. 38 - Circuito RL em série. Formula 38.1. Formula 38.2. Formula 38.3. 39 - Circuito RC em Séri Formula 39.1 Formula 39.2. Formula 39.3. 7 40 - Circuito LC em Série. +101 Formula 40.1. 101 Formula 40. 101 Formula 40. 101 41 Circuito RLC em séri -102 Formula 41.1. Formula 41.2. Formula 41.3. 42 - RC em Paralelo. Formula 42.1. 43 - Circuito LR em paralelo. Formula 43.1...... 44 - Circuito LC em paralelo Formula 44.1. Formula 44.2. 9 45 - Circuito Ressonante LC (ressonancia). .107 Formula 45.1. -108 Formula 45.2. -108 Formula 45. 3. -108 Formula 45.4. Formula 45.5...... 46 - Constante de Tempo RC. Formula 46.1. Formula 46.2. Formula 46.3. 47 - Constante de tempo LC. Formula 47.1. Formula 47.2. Formula 47.3. 48 - Acoplamento indutivo em transformadores. Formula 48.1... 49 - Acoplamento Indutivo Direto 114 114 Formula 49.1... 50 - Acoplamento Ohmico. Formula 50.1... 51 - Acoplamento Capacitivo. Formula 51.1. 52 - Filtros Passa-Baixa Formula 52.1. 117 53 - Filtros Passa-Altas. 118 Formula 53.1. 119 54 - Filtros Passa-Faixas ou Passa-Banda Formula 54.1. 55 - Diferenciac&o... Formula 55.1. Formula 55. 56 - Integracao.... Formula 56.1. 58 - Largura de Faixa ou Largura de Banda Formula 58.1 59 - Relacgéo de Tensdes em Transformadores FOrmula 59.1.....csscceesseesseeeeteeeeenees +126 60 - Relacdo de correntes em transformadores. 127 Formula 60.1... +127 61 - Relacdo de Impedancias num Transformador. FOrmula 61.1.....ccscccesessseeeeseteseseeeee 62 - Decibel Formula 62.1. Formula 62.2. Formula 63.3. 63 - O Neper..... Formula 63.1. 64 - Atenuador T Balanceado Formula 64.1. Formula 64.2. 65 - Atenuador PI (n) balanceado. Formula 65.1. Formula 65.2. 66 - Atenuador T nao balanceado Formula 66.1... Formula 66.2. Formula 66.3. 67 - Atenuador Pi (n ) nado balanceado Formula 67.1. Formula 67.2..... Formula 67.3. 68 - Dipolo de Meia Onda. Formula 68.1. Formula 68.2. 69 - Dipolo dobrado de meia onda Formula 69.1. Formula 69.2. 70 - Alcance (sinais de VHF e acima) Formula 70.1. 71 - Cabo Coaxial. Formula 71.1. Formula 71.2. Formula 71.3. 72 - Linha Balanceada de Dois Condutores Paralelos 148 Formula 72.1. 149 Formula 72.2. 149 Formula 72.3. +150 73 - Rede n ou Filro n -150 Formula 73.1. +151 Formula 73.2. 151 Formula 73.3. 151 Formula 73.4. 151 Parte 3 - Formulas Para Circuitos Eletrénicos. 74 - Diodo Semicondutor. Formula 74.1. 75 - Retificador de meia onda Formula 75.1. Formula 75.2. 5 76 - Retificador de Onda Completa.......:cscscccsseeesereeeeseneeeee Formula 76. 155 Formula 76.2. Formula 76.3...... 77 - Coeficiente de Filtro LC. +157 Formula 77.1. 158 Formula 77.2. +158 78 - Coeficiente de Filtro RC. +159 Formula 78. 1 159 Formula 78.2. -160 79 - Fator de Ripple. .160 Formula 79.1. -160 80 - Indutancia de Filtro 161 Formula 80.1. 162 Formula 80.1a. .162 81 - Capacitancia de Filtro. .163 Formula 81.1 +163 Formula 81.2. 164 82 - Dobrador de Tensdo Convencional 164 Formula 82.1. 164 83 - Dobrador de Tensdo em Cascata +165 Formula 83.1... 165 84 - Dobrador de Tensdo em Ponte. +165 Formula 84.1 .......000 -166 166 -167 85 - Triplicador de Onda Completa. 86 - Triplicador de Tens&o em Cascata. Formula 86.1......:ceseeeeeee +168 87 - Quadruplicador de Onda Completa 168 Formula 87.1. 168 88 - ZENER. -169 Formula 88.1. .169 Formula 88.2 170 Formula 88.3. -170 Formula 88.4. 71 89 - Divisor de Tensdo Capacitivo 172 Formula 89.1.........0004 Formula 89.2. 173 Formula 89.3. 173 Formula 89.4, Formula 90.1. Formula 90.2. 91 - PTC... Formula 91.1. 92 - Varicaps..... Formula 92.1. Transistore: 93 - Ganho Estatico de Corrente (Emissor Comum). FOrmula 93.1....ccssseeeeseeseeseeseeseeenees 94 - Ganho Estatico de Corrente (Configuragéo de Base Comum) Formula 94.1......... 95 - Relacao entre Alfa e Beta Formula 95.1. Formula 95.2. 96 - Paraémetros Hibridos. Formula 96.1. Formula 96.2. Formula 96.3. Formula 96.4. Formula 96.5. Formula 96.6. Formula 96.7. 97 - Base Comum... Formulas 97.1 98 - Emissor Comum. Formula 98.1. 99 - Coletor Comum Formulas 99.1 Grandezas Basicas de Circuitos com Transistores. 100 - Saida em curto-circuito. Formula 100. Formula 100.2 Formula 100.3 Formula 100.4 101 - Saida com Circuito Aberto. Formula Formula Formula Formula Formula 102 - Transistor - Entrada em curto-circuito +190 +192 Formula 102.1 192 Formula 102.2 192 Formula 102.3 +192 Formula 102.4......... 193 103 - Transistor - Entrada em circuito aberto. Formula Formula Formula Formula 104 - Férmulas usuais para configuragdo de base comum Formula 104.1 Formula 104.2 Formula Formula Formula Formula 105 - Formulas usuais para a configuragdo de emissor comum. .193 +195 +195 +196 +196 +196 .197 Formula 105. 197 Formula 198 Formula 198 Formula -199 Formula 199 Formula 199 106 - Formula usuais para a Configuragdo de coletor COMUM.........ccccseeeseeeseseeeneeeseeaeeee 200 Formula 106.2 .200 Formula 106.2 -200 Formula 106.3. Formula 106.4 Formula 106.5 Formula 10.6. Férmulas Praticas Para Transistores. 107 - Resisténcia de Carga. Formula 107.1.. 108 - Resisténcia de polarizacao de base. Formula 108. 109 - Polarizagéo automatica de bas‘ Formula 109.1....... 110 - Ganho em Fonte Comum. -209 Formula 110.1....... -210 111 - Ganho em dreno comum. 210 Formula 111.1 (ganho). Férmula 111.2 (Impedancia de saida) 112 - Comporta Comum (Gate comum Formula 112. Formula 112.2 113 - Transistor Unijungao (UJT ou TU)). Formula 113. Formula 113.2 Formula 113.3 Formula 113.4 Formula 113. 114 - SCR Formula 114. Formula 114.2 Formula 114.3 Formula 114.4 Formula 114. 221 Formula 221 115 - Triac....... -222 Formula +222 Formula 223 217 218 219 +219 220 220 Osciladores... 2224 116 - Multivibrador Astavel. 224 Formula 116. 224 Formula 116.2 225 Formula 116.3 +225 Formula 116.4 226 117 - Oscilador de Relaxagdo com Lampada Neon .227 Formula 117.1 227 Formula 117.2 228 230 -230 232 +232 233 237 118 - Oscilador por deslocamento de fase. Formula 118.1......... 119 - Oscilador por Ponte de Wien. Formula 119. 120 - Oscilador de Duplo T. 121 - Oscilador Hartley. Formula 121.2 238 122 - Oscilador Colpitts. .238 Formula 122. -239 122 - Oscilador CMOS de Duas Portas (1). -240 Formula 122.1 Formula 122.2 Formula 122.3 124 - Oscilador CMOS de Duas Portas (2). 242 Formula 124.1 243 Formula 124.2 244 Formula 124.3 244 125 - Oscilador CMOS com Disparador Schmitt. .245 Formula 125. 246 Formula 125.2 247 126 - 0 555 Astavel +247 Formula 126.. 248 Formula 126.2 -248 Formula 126.3 249 Formula 126.4 249 Formula 126. 249 127 - 555 Monoestavel. 251 Formula 127.1 252 ANEXOS... RESOLUCGAO CONMETRO N° 12 DE 12 DE OUTUBRO DE 1988. FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA .Apresentagado Este manual foi preparado para todos os que trabalham com eletricidade e eletrénica. Engenheiros, técnicos, estudantes, professores e mesmo amadores teréo neste livro um rico conteudo para seu trabalho de projeto, determinacéo de caracteristicas e dimensionamento de componentes e circuitos. Assim, durante sua vida profissional o autor, que projetou centenas de circuitos elétricos e eletrénicos, colecionou uma enorme quantidade de férmulas e informagdes técnicas que podem ser de grande utilidade para todos que fazem este tipo de trabalho. Na pratica, todos que realizam um projeto, devam fazer um trabalho para a escola ou ainda precisam determinar as caracteristicas de um componente ou um circuito para uma aplicagéo, encontram como dificuldade principal encontrar a informagc&o necessaria. Atualmente, a grande fonte de informacao para isso é a Internet. No entanto, ela apresenta um problema basico que dificulta o trabalho de todos. Além de estar dispersa, € comum o uso de unidades diferentes, o esquecimento do valor de uma constante, um fator de multiplicagéo ou mesmo um expoente. Colocando as principais formulas, tabelas num Unico lugar, © projetista, estudante ou professor podem encontrar a informacg&o que precisa com muito mais facilidade e, mais do que isso, pode carrega-la para onde for, quer no seu tablet ou smarphone, se for a versdéo E-book como na sua maleta de trabalho, se for a verséo impressa. As tabelas, por outro lado, contém uma grande quantidade de informacgées importantes, tais como valores de constantes, propriedades fisicas de circuitos e materiais, e mesmo valores ja calculados para serem usados em procedimentos de projeto, economizando tempo e também evitando a possibilidade de um erro. Finalmente, encontramos neste livro leis e teoremas descrevendo as propriedades de certos circuitos e dispositivos, além de procedimentos que devem ser adotados quando se faz um trabalho pratico. 16 NEWTON C. BRAGA Uma boa parcela das fdrmulas apresentadas é acompanhada de exemplos de aplicagéo, Estes exemplos saéo muito importantes para mostrar como os calculos s&o feitos usando a informacao dada. Para se evitar problemas de obtencdo de resultados incorretos, todas as férmulas possuem a indicagao das unidades usadas, e nos casos em que se julgar necessdrio, informacgées sobre sua conversdo sdo dadas. Como os leitores que irdo utilizar este manual possuem todos os niveis de formac&o, as formulas que encontramos vao das mais simples, onde a operacées aritméticas elementares sao usadas, tais como a soma, subtracaéo, multiplicagdo e divisdéo sao usadas, passando pelas intermedidrias em que ja temos o uso das fungdes trigonométricas, expoentes e raizes, e chegando as mais avangas onde o calculo integral e diferencial 6 encontrado. Sabemos que a matematica é uma ciéncia exata e isso é importante quando fazemos seu uso na maioria das aplicacées. No entanto, na eletrénica “do mundo real”, componentes e circuitos trabalham com uma boa margem de tolerancia, o que significa que os resultados praticos que obtemos ao fazer um projeto partindo de férmulas e procedimentos de calculos podem ser bem diferentes dos esperados. Até comum que se diga nos meios técnicos que para a eletrénica “na pratica a teoria é outra”. Assim, ao utilizar as formulas e procedimentos dados neste livro para se fazer um projeto, ou para se conferir o funcionamento de um circuito, 6 comum que se necessite de “ajustes”, que sao pequenas alteragdes de valores de componentes que levem aos resultados esperados. Também deve ser levado em conta que muitas formulas dadas neste livro sAo empiricas. O que ocorre é que em muitos casos, as formulas exatas para uma aplicagdo sao extremamente longas, complexas e até utilizam procedimentos néo comuns para as pessoas que tenham uma formacao basica ou média em matematica. Cortando estas férmulas ou adotando certas constantes, ou ainda limitando o uso da férmula a uma faixa de condicgées, a formula pode ser simplificada, levando a resultados préximos do desejado, com um procedimento de calculo muito menos 17 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA trabalhoso., Estas sao as formulas empiricas que encontraremos em muitos casos neste livro. Também devemos fazer algumas observacées sobre 0 uso das unidades. Neste trabalho daremos preferéncia ao uso das unidades no sistema internacional de unidades ou SI, em que os valores sao expressos em sua maioria em valores decimais. Seguiremos as recomendacées dadas pela ABNT que normaliza o uso das unidades em nosso pais. Em alguns casos, visando facilitar 0 uso das formulas pelos leitores menos experientes com o trato da matematica, poderemos em utilizar notagdes “n&o convencionais”. Para as multiplicagdes, por exemplo, teremos o simbolo preferencial usado o “X”, mas em alguns casos poderemos encontrar o “*” ou mesmo o ”.”. As tabelas foram obtidas de diferentes fontes, das quais destacamos os manuais de fisica, livros de engenharia, manuais de fabricantes de componentes, Internet, livros de matematica, normas da ABNT, e muito mais. Na maioria dos casos a confiabilidade dessas informacgées é grande e quando em duvida conferimos com outras fontes, pois podem ocorrer pequenas discrepancias, principalmente em relacgdo a caracteristicas de componentes e materiais. Algumas férmulas também foram elaboradas pelo prdéprio autor, utilizando programas que ele criou para esta finalidade. Essa é a idéia deste livro que, na verdade, teve uma edicao feita por nds em 1999 nos Estados Unidos, mas que levou a uma vers&o em portugués. A edicéo original esta esgotada, mas muito de seu conteudo é atual, bastante que certas modificagdes em relacdo as formas de expressar certas grandezas sejam feitas. Coletamos entéo o material bdasico daquela edicfo e acrescentamos outros, relacionados com tecnologias mais modernas e, além disso, damos exemplos praticos de sua utilizagdéo. Esta é, portanto, a finalidade deste livro: ajudar todos que precisam de fdérmulas especificas para a realizagéo de projetos ou de trabalhos, colocando-as de uma forma organizada e dando exemplos praticos. O autor - 2013 18 NEWTON C. BRAGA 1. Unidades As unidades adotadas em nosso pais, e que usamos neste livro, foram normalizadas pela Resolugéo CONMETRO n° 12 de 12 de outubro de 1988. Nesta resolugéo também sao dados os modos como as diversas unidades devem ser grafadas. A seguir, reproduzimos esta resolucdo na integra em anexo no final do livro, por ser de grande utilidade para todos os profissionais da eletricidade e eletrénica. Tabela 1 Unidades elétricas basicas e simbolos Unidade Simbolo | Grandeza Observacées ampere A Corrente elétrica | - ampeére-Hora_| Ah Energia elétrica__| - ampeére-Volta | At Intensidade do Unidade do CGS campo — prefere-se 0 magnético oersted bel B Nivel de - poténcia de audio coulomb Cc Carga elétrica 7 ciclos por c/s Frequéncia N&o usada — Segundo prefere-se o hertz decibel dB Nivel de 7 poténcia de audio decibel - dBm Nivel de = referido a 1 poténcia mW farad F Capacitancia - gauss G Inducgaéo E uma unidade magnética do CGS. No SI utiliza-se o Tesla 19 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA gilbert Gb Forcga Unidade do SCG magnetomotiva | - no SI utiliza-se oO ampére/volta ou ampére henry H Indutancia = hertz Hz Frequéncia - cavalo de hp Poténcia Nao é uma Forca unidade do SI, mas é muito usada. No SI utiliza~se o watt maxwell Mx Fluxo Magnético | Unidade do SGS. No SI utiliza-se © weber mho mho Condutancia Utiliza-se elétrica atualmente o Siemens oersted Os Intensidade de Unidade do CGS. campo Ampéres por magnético metro é adotada pelo SI ohm Q Resisténcia - elétrica revolucées rpm ou Rotacdo rpm é mais por minuto r/m usada mas néo recomendada siemens Ss Condutancia mho em elétrica publicagdes antigas volt Vv Potencial - elétrico watt Ww. Poténcia elétrica_| - watt-hora Wh Energia elétrica__| - weber Wb Fluxo magnético | 1 Wb = 1 V.s 20 NEWTON C. BRAGA Tabela 2 Prefixos métricos usados no SI para expressar multiplos e submiultiplos das unidades. Em eletricidade, eletrénica, mecatrénica, informatica e outras ciéncias e tecnologias é comum o uso de prefixos para indicar valores muito baixos ou muito altos. Na tabela abaixo, damos os principais prefixos. Fator Prefixo Simbolo 107% yotta Y 10-1 zetta Zz 10° exa E 10° peta Pp ales tera al 10° giga G 10° mega M 10° kilo k 10 hecto h 10 deca da 107 deci d 10 centi c 10° mili m 10° micro u 10% nano n 10% pico p 10*° femto f 10° atto a 1071 zepto Zz 104 yocto Y Observe que os prefixos para valores menores que 1 000 sao todos expressos com letras mintisculas e os maiores que 1 000 com letras maiusculas. 21 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Tabela 3 A tabela dada a seguir permite converter unidades elétricas do SI para outros sistemas e vice-versa. Para converter em multiplique por: ampéres por amperes por polegada quadrada | 6,452 centimetro quadrado ‘amperes por polegada | ampéres por centimetro 0,1550 quadrada quadrado ampéres-hora coulombs 3 600 ampéres-hora faradays 0,03731 ampéres-volta gilberts 1257 ampéres-volta por amperes-volta por polegada 2,540 centimetro ampéres-volta por ampéres-volta por centimetro 0/3937 polegada ‘coulombs faradays 1,036 x 10" coulombs statcoulombs 2,998 x 10° coulombs por coulombs por polegada quadrada | 6,452 centimetro quadrado ‘coulombs por coulombs por centimetro 0,1550 polegada quadrada quadrado | gauss Linhas por polegada quadrada 6,452 [gauss weber por centimetro quadrado_| 10° [gauss weber por polegada quadrada 6,452 x 10° | gilberts ampere-volta 0,7958 | gilberts por centimetro | ampéres-volta por centimetro 0,7958 [ gilberts por centimetro | ampéres-volta por polegada 2,021 quilowatts Btu/min 56,92 quilowatts Cavalos de forca 1,341 quilowatts-hora joules 3,6 x 10° quilowatts-hora Btu 3413 quilowatts-hora Calorias-grama 859 850 ‘ohm (Internacional) ‘ohm (Absolut) 1,0005 volt por polegada Volt por centimetro 0,3937 webers maxwells 10° webers por polegada | gauss 1,550 x 107 quadrada webers por metro gauss 10" quadrado 22 Tabela 4 NEWTON C. BRAGA Na préxima tabela damos os procedimentos de conversdo para algumas unidades importantes nao elétricas. Para converter Ibi/in? (psi) pascal (Pa) g/cm? lb/ft? Ib/in? Ib/ft? volts/mil mil (0.001 polegada) cm MPa(m2?) A/(g-°C) Btu/(Ib-°F) joule (3) cal (termoquimico) joule (3) BTU (termoquimico) pm/(m-2C) pin/(in-°F) cm?/Kg in*/Ib w/(m K) em pascal (Pa) Iby/in® (psi) Ib/ft® kg/m? kg/m? g/cm® kv/mm cm mil psi(in*) Btu/(Ib-°F) J(g-°C) cal (termoquimico) joule (J) Btu (termoquimico) joule pin/(in-°F) ym/(m-°C) in?/Ib cm*/kg BTU in /(hr ft? oF) 23 Multiplique por 6894.757 1.4504E-4 62.427974 16.01846 27,679.90 0.01601846 0.039370 2.54E-3 393.70 910.06 0.239006 4.184000 02390057 4.184000 9.4845E-4 1054.350 0.55556 1.80 0.027680 36.127 6.9334713 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Btu in /(hr ft? °F) W/(m kK) 0.1441314 (3 m)/(min m? °c) wi(m-K) 0.016667 Wm-k) (Jm)/(min m? oC) 60 Tabela 5 Para a converséo de unidades de poténcia temos a seguinte tabela: Unidad [HP Btu/s | Ib.ft/s [kW Poncelet | Cal/s kgm/s es. HP. 1 0.7067 | 550 0.74570 [0.76040 [0.1781 | 76.041 Btu/s [1415 [1 778.2 [1.055 1.076 [0.2520 | 107.60 Ib.ft/s [0.018182 | 0.001285 [1 (0.001358 | 0.00138 | 0.000323 | 0.13825 kW. 1.34102 [0.9480 __| 737,562 |1 1.0197 [0.2389 _| 101.9716 Poncelet |1.3151 | 0.9294 | 723.30 [0.9806 |1 0.2342 | 100.0 Cals [5.615 | 0.009294 | 7.3756 [0.009807 | 0.01 0.002342 [i Exemplo: Para converter HP em kW multiplique por 0,74570. Para converter kW em HP multiplique por 1,34102. Tabela 6 Os prefixos gregos e latinos séo muito usados em termos técnicos, inclusive de eletricidade e eletrénica. Por exemplo, podemos encontrar semicondutor onde o “semi” vem do latim significando “meio” assim como hemisfério onde o “hemi” vem do. grego e significa também “meio”. Veja a lista dos mais usados. Numero | Prefixo Grego Prefixo Latino 1/2 hemi semi 1 mono ou mon uni 2 di bi ou duo 3 tri Tri ou ter 4 tetra ou tetr quadri ou quadr 5 penta ou pent quinque ou quingu 6 hexa ou hex sexi ou sex 7 hepta ou hept septi ou sept 8 octa ou octo octo 9 enne ou ennea nona ou novem 24 NEWTON C. BRAGA 10 deca ou dec decem 11 hendeca ou hendec undeca ou undec 12 dodeca ou dodec duodec 13 trideca ou tridec tredec 14 tetradeca ou tetradec quatrodec 15 pentadeca ou pentadec quindec 16 hexadeca ou dexadec sextodec at heptadeca ou heptdec septendec 18 octadeca ou octodec octodec 19 nonadeca ou nonadec novendec 20 Eicosa ou eicos 21 heneicosa ou eicos = 22 docosa ou docos 7 23 tricosa ou tricos = 24 tetracosa ou tetracos et 25 pentacosa ou pentacos = 26 hexacosa ou hexacos e 27 heptacosa ou heptacos i 28 octacosa ou octacos e 29 nonacosa no nocacos 7 30 triaconta ou triacont tringti 31 hentriaconta ou hentriacont = 32 dotriacont ou dotriacont i 40 tetrconta ou tetracont guadragin 50 pentaconta ou pentacont quinquingin Exemplos: Ocataedro — figura com 8 faces Dodecaedro - figura com 12 faces Nonagésimo - colocado na posigao 9 Tringentésimo - na posigaéo 30 25 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA -Parte 1 - Formulas de Corrente Continua 2. Resisténcia de Um Condutor A resisténcia de um condutor cilindrico homogéneo retilineo depende de seu comprimento, da drea da secao transversal e das caracteristicas do material (resistividade). A formula seguinte é usada para calcular a resisténcia. a oP Formula 2.1 R=pxL/S Onde: R a resisténcia do condutor em ohms p éa resistividade em ohms por milimetro quadrado L € 0 comprimento do fio em metros S é a secao transversal do fio em milimetros quadrados Formulas derivadas: Formula 2.2 L=RxS/p 26 NEWTON C. BRAGA Formula 2.3 S=pxL/R Exemplo de aplicagao: Qual é a resisténcia apresentada por um fio homogéneo de cobre de 1m de comprimento com uma sec&o constante de 0,5 mm? Dados: L=im P = 0,016 ie tabela 7) S=0,5 mi R=? Aplicando a formula 2.2 temos: 1 R= 0,016 x — = 0,032 1 0,5 Resisténcias especificas de alguns materiais Em ohms por metro de comprimento e milimetros quadrados de secao transversal. A resistividade de um _ material caracteriza suas propriedades condutoras de eletricidade. Nao é a resisténcia, pois a resisténcia depende da peca condutora na sua totalidade. A resistividade, por outro lado, descreve as caracteristicas do material possibilitando o calculo de qual sera a resisténcia de um condutor de determinada forma e dimensdes feito com este material. Quanto menor for a resistividade de um material, melhor condutor ele serd. Assim, na tabela, vemos que o melhor condutor é a prata e o pior é 0 grafite. 27 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Tabela 7 - Resistividade de alguns materiais Material Resistividade (ohms.m.mm2) Aluminio 0,0292 Antiménio [0,417 Bismuto 117 Bronze 0,067 ‘Chumbo 0,22 Cobre puro | 0,0162 Constantan [0,5 Estanho 0,115 Grafite 13 Ferro puro | 0,096 Latao 0,067 Mercurio 0,96 Nicromo ii Niquel 0,087 ‘Ouro 0,024 Prata 0,0158 Tungsténio | 0,055 Zinco 0,056 Para utilizar a formula, multiplicamos a resistividade pelo comprimento e dividimos pela area da seccao reta do condutor. Exemplo de aplicagao: Um condutor de nicromo de 2 metros de comprimento e secdo de 0,4 mm2 tera uma resisténcia de: R = 1,1 x 2/0,4 = 5,5 ohm. 28 NEWTON C. BRAGA 3 - Condutancia Condutancia é definida como o inverso da resisténcia. A primeira unidade adotada para esta grandeza foi o mho (ohm invertido) e o simbolo usado foi a letra grega 6mega virada de cabeca para baixo. Agora, usamos o siemens (S) como unidade de condutancia. Para calcular a condutdncia a partir da resisténcia usamos: Formula 3.1 Gat R Onde: G é a condutancia em siemens (S) R €a resisténcia em ohms (Q) Formulas derivadas: Formula 3.2 R=? ¢ Exemplo de aplicacgao: Qual é a condutdncia de um resistor de 50 ohms? Dados: R=50Q G=? Aplicando a formula 3.1 temos: G = 1/50 = 0,02S 29 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA 4 - Condutancia de um comprimento de fio A formula dada a seguir é usada em calculos de condutancia de um fio como fungdo de seu comprimento, area da secao transversal e natureza do material de que ele é feito. kK § ——_~ a x Formula 4.1 G=x. mA Onde: G é a condutdncia do elemento em siemens (S) X 6 a condutancia especifica do material em m/S S é a area da secao transversal do condutor em milimetros quadrados (mm?) L é 0 comprimento do fio em metros (m) Formulas derivadas: Formula 4.2 L S=6.- x 30 NEWTON C. BRAGA Formula 4.3 _ G Exemplo de aplicacao: Exemplo 1 Qual é a condutancia de um pedaco de fio de aluminio de 2 metros de comprimento e com uma area de secao reta de 0,1 mm?? Dados: = 34,4 m/S (condutancia do aluminio) ,1 mm2 Usando a formula 4.1: G = 34,4 x 0,1/2 =1,72 Siemens Formula adicional importante: Para encontrar a area da secaéo transversal de um condutor cilindrico em fung&o de seu didmetro, podemos usar a seguinte formula: 31 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Formula 4.4 D2 S= mx — Onde: S é a area da secc&o transversal em mm? Nl éa constante 3,14 D é 0 didmetro do fio em mm? Tabela - Condutancia de alguns materiais comuns As condutancias da tabela 8 so dadas em Siemens (S) por milimetro quadrado (mm?) da area da sec&o transversal x metro de comprimento. Tabela 8 Material S/mm?x m ‘Aluminio 34,2 Antiménio 2,5 Bronze 14,9 Bismuto 0,85 Cadmio 13 Cobalto 10,4 Cobre (puro) | 61,7 Cobre (duro) | 56,1 Constantan | 2 ‘Ouro 43,5 Grafite 0,07 Ferro (puro) | 10,2 ‘Chumbo 4,8 Mercurio 1,044 Nicromo 0,909 Niquel 9,09 Prata 62,5 ‘Ago 8,6 Tungsténio__| 18,18 Zinco 17,9 Na pratica, os valores podem variar sensivelmente de acordo com a pureza do material ou ainda da composicao da liga; 32 NEWTON C. BRAGA 5 - Influéncia da temperatura na resisténcia de um fio Quando a temperatura muda, também muda a resis- tividade de um material, o que significa que a resisténcia de um cabo muda. A alteragao da resisténcia pode ser calculada pelas formulas dadas a seguir. As constantes usadas nas formulas, que dependem do tipo de material, séo dadas na tabela 9. Formula 5.1 Rua = Rex[ 1+ a (t2-ti)] Onde: Ru é a resisténcia final do condutor em ohms (Q) Re é a resisténcia inicial do condutor em ohms (Q) t2é a temperatura final do condutor (Celsius ou Kelvin) ti é a temperatura inicial do condutor Celsius ou Kelvin) a é 0 coeficiente de temperatura do material de que é feito © condutor (ver tabela 9) Tabela 9 - Coeficiente de variagao de resistividade com a temperatura para alguns materiais a 20° C Material Coeficiente (a) Aluminio 0,00002 Bronze 0,002 Cobre 0,00382 Constantan_ | 0,002 Nicromo 0,00013 Merctirio 0,00089 Aco 0,0042 Ouro 0,0034 Prata 0,0038 Platina 0,0025 Zinco 0,0038 Niquel 0,0047 33 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Obs.: de acordo com o grau de pureza ou composicao da liga do material considerado, os valores dados na tabela podem ter alteracgdes na pratica. Tabela 10 -Tabela de fios Esmaltados de cobre (AWG & B&S) AWG |Diametro |Seccao Resisténcia (mm) (mm?) (ohms/km) (0000 11.86 107,2 0.158 (000 10.40 85.3 0.197 00 9.226 67.43 0.252 0 8.252 53.48 0.317 1 7.348 42.41 0.40 2 6.544 33.63, 0.50 3 5.827 26.67, 0.63 4 5.189 21.15 0.80 5 4.621 16.77 1.01 6 4.115 10.55 1.27 7 3.665 10.55 1.70 8 3.264 8.36 2.03 9 2.906 6.63 2.56 10 2.588 5.26 3.23 ii 2.305, 4.47 4.07 12 2.053, 3.31 5.13 13 1.828, 2.63, 6.49 14 1.628 2.08 8.17 15 1.450 1.65 10.3 16 1.291 1.31 12.9 17 1.150 1.04 16.34 18 1.024 0.82 20.73 19 0.9116 0.65 26.15 20 0.8118 0.52 32.69 21 0.7230, 0.41 41.46 22 0.6438 0.33 51.5 23 0.5733, 0.26 56.4 24 0.5106 0.20 85.0 25 0.4547, 0.16 106.2 26 0.4049) 0.13 130.7 27 0.3606 0.10 170,0 28 0.3241 0.08 212.5 34 NEWTON C. BRAGA 29 0.2859 0.064 265.6 30 0.2546 0.051 333.3 31 0.2268 0.040 425.0 Bz 0.2019 0.032 $31.2 33 0.1798 0.0254 669.3 34 0.1601 0.0201 845.8 35 0.1426 0.0159 1,069 36 0.1270 0.0127 1,339 37 0.4131 0.0100 1,700 38 0.1007 0.0079 2,152 39 0.0897 0.0063 2,669 40 0.0799 0.0050 3,400 41 0.0711 0.0040 4,250 42 0.0633, 0.0032 5,312 43 0.0564 0.0025 6,800 44 0/0503 0.0020 8,500 Tabela 11 - Tabela Universal de Conversao de Fios rea da Gwe Diametro |piametro fPees8° | fou wa mgWoouB & mm polegadas |Reta IStubs Imm: 14.732 lo.5800__|170.45625 le70 3.1191 (0.5165 _—*(135.1754 [5/0 12.70 Jo.5000 [126.6767 [0000000 |5/0 12.446 Jo.4900_ [121.660 i770 12.303, jo.asaa [118.9 11.90 lo.a6s8 [111.36 1.7856 (0.464 109.092 [000000 ii.7221 (0.4615 [107.92 [670 11.684 lo.4600 [107.219 la7o 11.5316 (0.454 104.452 [470 11.508 lo.4531 [104.03 i.1i Jo.4375___|96.99 10.9728 _|o.432 lo4.5637 [00000 10.9347 0.4305 [93.908 5/0 10.795 0.425 o1.524 [370 10.72 jo.42i9__[0.19 20.50 lo.4134 (86.590 710.40364 0.4096 [85.01 [370 35 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA 110.3175 [0.4062 83.60 [10.30 lo.4055, [83.32 110.160 10.400 [81.073 [0000 [10.10 [0.3976 [80.12 10.00252 _ [0.3938 [78.54 [4/0 [9.92 (0.3906. 77.30 9.652 [0.380 [73.168 [2/0 9.525 (0.3750. [71.26 9.4488, [0.372 [70.12 [ooo 9.30 (0.3661 67.93 [9.26592 [0.3648 67.432 l2/0 \9.2075) lo.3625) 66.58 3/0 [9.129 0.3594 65.45 [9.10 0.3583, 65.04 [8.8392 [0.348 [61.36 loo [8.80 0.3465) l60.82 8.73, (0.3438. 59.89 [8.636 [0.340 58.58 1/0 8.60. 0.3386. 58.09 8.4074 (0.3310 55.52 2/0 [8.400 (0.3307, [55.42 [8.25246 (0.3249) [53.49 4/0 [8.23 [0.3240 [53.19 lo [8.20 [0.3288 [52.81 8.00 (0.315 50.27, \7.9375, 0.3125) 49.483 7.7851 [0.3065 [47.60 1/0 [7.70 0.3031 46.57 [7.62 [0.30007 [45.60 an a [7.541 lo.2969) [44.666 [7.50 (0.2953, [44.18 [7.40 fo.2913) [43.00 [7.348 lo.2893, [42.41 a 7.2136 (0.284 40.87 2 [7.188 [0.2830 [40.58 in 7.142 [0.2812 40.07 [7.01 lo.276 [38.59 2 [7.00 (0.2756 38.48 [6.90 0.2717, [37.39 [6.746 [0.2656 [35.74 (6.667 [0.2625 34.92 j2 36 NEWTON C. BRAGA 6.60 [0.2598 34.21 [6.579 lo.259 [33.99 6.543 (0.2576. 33.62 [2 [6.50 0.2559) [33.18 [6.40 fo.252 [32.17 3 [6.350 lo.250 [31.67 [6.20 lo.2441 [30.19 6.19 (0.2437, 30.09 l6.10 lo.2402. l29.22 6.045 (0.238 28.70 [6.00 lo.2362. 29.27 5.94 [0.2344 27.84 5.89 fo.232 27.25 4 5.827 0.2294 26.66 3 5.8 fo.2283, 26.42 5.723 0.2253, 25.72 5.588, (0.220 24.52 5.55625 o.2is75 [24.246 5.38 (0.212 22.73, IS 5.30 [0.2087 22.06 5.258 (0.2070) 21.71 5.20 [0.2047) 21.237 5.189 (0.2043, 21.15 la 5.156 [0.203 20.88 5.10 [0.2008 20.428 5.00 lo.1968, 19.635 4.90 [0.1929 18.857, 4.88 lo.192 18.70 le l4.80 lo.189 18.095 l4.7625) 0.1875) 17.81, l4.70 fo.185 17.349) [4.80 fo.1819) ERT) [5 [4.572 lo.180 16.42 [4.496 (0.1770 115.875, \4.47 lo.176 15.69 7. 4.40, (0.1732 115.20 [4.366 fo.1719 14.97 [4.30 0.1693, 14.52 4.19 lo.165 113.795, [4.115 fo.162 13298 a 4.10 [0.1614 13.20 37 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA 4.06, (0.160 112.95, iS [4.00 0.1575, 12.566 13.969, (0.15625 112.370 3.90 0.1535) 11.946, 3.80 [0.1496 11.34 3.76 fo.148, 11.099. 9 a 3.7338 [0.147 10.949) 3.66 (0.144 10.52 9. 7 3.57 [0.1406 10.02 13.50 (0.1378 9.62 3.429 0.1350. 9.23 10 3.40 lo.134 9.098 10 3.30 lo.1299) [8.553 3.25 fo.128 [8.296 10 iB 3.175 fo.125) [7.917 3.048 lo.120 [7.2966 a ry 13.00 (0.1181 7.068 2.95 lo.116 6.835 4a. 2.90 [0.1144 6.63 9. 2.85 (0.1122 6.379 2.80 fo.1102 6.153 2.769 [0.109 l6.020 2 2.70 [0.1063 [5.725 2.68 0.1055) 5.64 2 2.64 lo.104 5.474 12 2.60 lo.1024 [5.31 2.586, [0.1018 IS.25 10 2.55 lo.1004 [5.10 2.50 lo.0984 [4.90 2.45 lo.0965) [4.71 2.413 lo.095) [4.573 13 2.38 lo.0938) [4.458 2.34 lo.092 [4.300 43 2.324 0.0915, 4.242 413 2.30 lo.0907, [4.168 a. 2.257 [0.08885 4.00 2.20 lo.0866. [3.80 2.108 lo.o83. [3.490 4 2.10 0.0827, 13.46 2.05 [0.0807 [3.300 [2.03 [0.080 3.237, 4 14 12 38 NEWTON C. BRAGA [2.00 (0.0787 3.14159 1.98 lo.o781 [3.090 1.95 [0.0768 2.986, 1.85 [0.0728 2.688 1.83 [0.072 2.630 a5 a5) a5 [a3 1.784 [0.0702 2.50 1.70 [0.0669 2.269 1.651 [0.065 2.14 16 1.63 lo.064 2.086 16 4 11.60 (0.063 2.011 11.5875 lo.0625) 1.98 6 1.50 lo.059 1.767, 1.473 lo.058. l1.70 17, 1.448 (0.0570) 1.646 aS 1.42 lo.056 1.584, 17 1.40 lo.055) 1.539 11.382 [0.0544 j1.50 17 11.30 lo.o512 [1.327 11.290, [0.0508 [1.30 16, 11.2446 [0.049 1.2166 18 1.22 [0.048 1.169) is 11.2065 [0.0475) 1.143 is 1.181, [o.0465) 1.0956. 1.148 [0.0452 [1.035 7, 1.128 10.0444 1.00 1.10 [0.0433 0.950 1.067 10.042 0.8938 19 1.041. lo.o41 0.852 iio 1.02 lo.040 0.8171 lig is [1.000 [0.0394 0.787 [0.98 (0.0386. 0.754 [0.95 [0.0374 0.709 [0.9144 [0.036 0.6567 20 lio (0.889 (0.035 10.6207 20 0.9652 [0.0348 0.732 20 (0.850 10.0335 10.569 0.813, lo.032 0.519 21 2a 0.810 (0.0319) 0.5156 2120 [0.79 fo.0312 0.490 0.75 (0.0295) 0.442 (0.71112 [0.028 0.3973 22 22 22 21 39 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA (0.660 (0.026 0.3425, 23 0.635) lo.025, 0.3167 23 l22 (0.610 10.024 ]0.2922 23 [0.579 lo.0228) 0.2634. 24 0.5715) 0.0225) 0.2565) [23 0.5588, lo.022 0.2453, 24 24 [0.52 (0.0205) 0.21237 (0.508 10.020 0.2027 25. 25 25, [24 [0.4572 lo.o18 0.16417 26 l26 26 a5 10.450 (0.0177, 0.1590, [0.44168 fo.o1739 [0.1532 [25.25 [0.439 lo.0173, lo.152 27 [0.42906 fo.o1689fo.14458 [25.5 lo.417 lo.0164 0.1366 27 28 [25.75 [0.406 lo.o16 0.1297 27 l26 0.3988. 0.0157, 0.1249) 10.396 [0.0156 ]0.1232 [0.39332 fo.o1s49 [0.12150 [26.25 (0.38209 [0.01504 1.11466 26.5 (0.378 [0.0149 0.112 29 0.3759) [0.0148 0.1109) 28 [0.37117 lo.01461 [0.10820 [26.75 0.3569) fo.01405 [0.1000 28 [30 [0.35027 0.01379 [0.09636 [27.25 0.345 (0.0136 0.0935, 29 [0.34026 lo.01340 [0.09093 27.5 (0.330 (0.013 10.0856. 29 31. 27.75 (0.325, lo.0128. 0.0830. 32 [0.3200) lo.0126. 0.0805) [28 0.3150) fo.0124 0.07791 [30 0.31192 fo.01228 [0.07641 [28.25 [0.3048 lo.0120) 0.073 [30 [0.30301 fo.o1193 [0.07211 l28.5 j0.2998 (0.0118 ]0.7055, 33. 0.295) lo.o116 0.06835 31. [28.75 10.2845, {0.0112 ]0.06356 129 [0.27777 lo.o1094 [0.060598 [29.25 [0.2743 lo.0108. 0.05910 32 lo.26984. fo.01062 [0.05719 [29.5 [0.2641 [0.0104 0.05480 34 (0.26213 [0.01032 0.053966 129.75 40 NEWTON C. BRAGA 10.254 [0.0100 ]0.05067 33. 31. 130 [0.24736 lo.00974 [0.04805 [30.25 0.2413 10.0095. 0.04573 35, [0.24030 fo.oo946 [0.45352 30.5 0.2337, [0.0092 0.04289 34 [30.75 [0.2260) [0.0089 0.0401 [32 36 [31 [0.22028 lo.00867__[0.0381. [31.25 (0.213 [0.0084 0.03563 35, 37 31.5 [0.20788 lo.oo818 [0.03394 31.75 (0.200 [0.0079 0.03162 33 38 32, [0.19617 lo.00772 [0.03022 [32.25 [0.1930 lo.0076. 0.02927 36 [39 [0.19056 lo.oo750__ [0.2852 [32.5 fo.18512 lo.00729 [0.0269 [32.75 0.1778, [0.0070 0.0248, [34 lao (33 [0.17469 lo.co6ss__ [0.2397 [33.25 (0.173 [0.0068 0.0235, 37, [0.16970 lo.cos6s [0.0226 [33.5 10.1676 [0.0066 0.02207 41 (0.16485 [0.00649 0.02134 133.75 0.1600) [0.0063 l0.020 42 b4 [0.15557 fo.00612 [0.01900 [34.25 (0.1524 [o.0060) lo.o1s241 (38. [43 fo.15112 o.00595_ [0.01794 34.5 (0.1473 [0.0058 10.0170 44 134.75, 0.142 lo.0056. 0.01589 4535 (0.13854 [0.00545 0.01507 135.25 (0.13458 fo.o0530 [0.01422 35.5 0.132 lo.0052. 0.013685 (39) l46 [0.13074 fo.oos15 [0.013425 [35.75 lo.127 (0.0050) 0.0127 35 l47___—(B6 fo.1219) lo.0048) 0.011675 [40 l48 0.11985 lo.00472 [0.01128 [36.5 0.1168 [0.0046 ]0.01072 49 fo.112 lo.0044 0.00985 laa so__—|37 (0.10673 [0.00420 0.00895 37.5 0.102 [0.0040 0.00817 l42 [36 [38 fo.09504 lo.00374 [0.00709 [38.5 lo.091 [0.0036 [0.00650 l43 [39 0.08464. fo.00333__ [0.005626 [39.5 [0.081 [0.0032 0.005153 44 140 41 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA (0.071 [0.0028 ]0.003959 45 41. |0.06325 [0.00249 |0.003142 142 (0.061 [0.0024 0.002922 46 (0.0564 [0.00222 ]0.0025 143 (0.051, [0.0020 0.00204 47 [44 (0.0447 [0.00176 ]0.00157 45 0.041, [0.0016 0.00132 48 46 |0.03556 [0.00140 |0.000993 [47 0.0315 (0.00124 0.000779 48 (0.030 [0.0012 |0.000707 149 (0.282 (0.00111 ]0.000624 49 (0.025 [0.0010 10.000491 50. [50 (0.022 [0.00088 ]0.000392 51. |0.0198 [0.00078 [0.000308 [52 [0.0178 [0.00070 0.000248 S3. |0.0157 [0.00062 ]0.000195 [54 (0.014 [0.00055 ]0.000153 SS, [0.0125 [0.00049 [0.000122 [56 6 - Lei de Ohm A queda de tensdo através de um resistor é dada pelo produto da intensidade da corrente que flui através deste resistor pela sua resisténcia. 42 NEWTON C. BRAGA V=RxlI Formula 6.1 V=RxI Onde: R é a resisténcia do resistor em ohms (2) V éa queda de tens&o no resistor em volts (V) I é a intensidade da corrente que flui através do resistor em ampéres (A) Formulas Derivadas Formula 6.2 I=VW/R 43 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Formula 6.3 R=VxI Exemplo de aplicacdo: Calcule a corrente que flui através de um resistor de 100 ohms ligado a uma fonte de 12 V. Dados: R = 100 ohms V=12V I=? Usando a formula 6.2: I= V/R = 12/100 = 0,12 = 120 mA O Circulo Magico da Lei de Ohm Colocando as trés grandezas que entram na Lei de Ohm, tensdo, corrente e resisténcia, conforme mostra a figura abaixo, obtemos um interessante circulo que nos permite calcular o valor de qualquer das grandezas num problema. D GE @& Basta tampar com o dedo a grandeza que desejamos calcular e as outras duas ficaréo na posigéo em que deve ser feito 0 calculo, Por exemplo, se tamparmos R teremos V sobre I, ou seja, basta dividir V (tens4o) por I (corrente) para encontrar a resisténcia. Se tamparmos V ficara R na frente de I, ou seja, devemos multiplicar R por I para obter V. Y= FR » 44 NEWTON C. BRAGA 7 - Poténcia Elétrica A quantidade de energia por unidade de tempo (poténcia) consumida por um dispositivo ou drenada de um gerador é proporcional ao produto da intensidade da corrente que flui pelo Circuito pela tensdo aplicada. Formula 7.1 P=VxI Onde: P é a poténcia (energia por unidade de tempo) em watts (w) V éa tensdo em volts (V) I é a intensidade da corrente em ampéres (A) Formulas Derivadas Formula 7.2 V=P/I Formula 7.3 I= P/V Exemplo de aplicacg&o: Qual é a poténcia dissipada por um resistor que é percorrido por uma corrente de 200 mA quando submetido a uma tensdo de 12 V? Dados: V=12V I= 200 mA=0,2A P=? Usando a formula 7.1: P = 12 x 0,2 = 2,4 W (ou joules por segundo) 45 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA 8 - Lei de Joule A quantidade de energia elétrica por segundo (poténcia) transformada em calor (resist€ncia pura) é igual ao produto da resist€ncia do condutor pelo quadrado da intensidade de corrente que flui através dele. Formula 8.1 P=RxI? Onde: P é a quantidade de energia por unidade de tempo (poténcia) convertida em calor em watts (W) R € a resisténcia do condutor em ohms I é a intensidade da corrente em ampéres (A) Formulas derivadas: Formula 8.2 — Formula 8.3 1= /P/R Formula 8.4 P=VY/R Formula 8.5 v= VPxR 46 NEWTON C. BRAGA Formula 8.6 R=Vv7/P Exemplo de aplicagao: Calcule a poténcia dissipada por um resistor de 100 ohms quando percorrido por uma corrente de 2 A? Dados: R = 100 ohms I = 2 ampéres P=? Usamos a formula 8.1: P = 100 x 2 = 100x 4 = 400 W James Prescott Joule — 1818 - 1889 47 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA 9 - Energia Elétrica A energia consumida (ou fornecida) a um dispositivo é igual ao produto da poténcia pelo intervalo de tempo em que o dispositivo opera. A energia elétrica entregue a uma carga depende da tens&o, da corrente e do intervalo de tempo considerado. Para calcular a energia elétrica em joules (watts x segundos), as formulas abaixo devem ser utilizadas. Observe as unidades. Formula 9.1 W=PxI Onde: W é a quantidade de energia consumida ou fornecida em watts-segundo (Ws) ou joules (J) P é a poténcia do dispositivo em watts (W) ou joules/segundo (J/S) T € 0 tempo de fornecimento ou consumo de energia em segundos (s) Formulas derivadas: Formula 9.2 p=" T Formula 9.3 i Ww ?P Exemplo de aplicacgao: 48 NEWTON C. BRAGA Qual é a energia consumida por uma lampada de 100 W em 20 minutos? Dados: P=100W T 0 minutos = 1 200 segundos w=? Usando a formula 9.1: W = 100 x 1 200 = 120 000 joules Nota: a energia consumida ou fornecida pode também ser calculada em quilowatts-hora (kWh). Para este caso, o problema dado como exemplo pode ser resolvido da seguinte maneira: Dados: 100 W = 0,1 kw T = 20 minutos = 1/3 hora = 0,333 horas W= W = 0,1 x 0,333 = 0,0333 kWh 10 - Lei de Faraday (Eletrolise) A massa de qualquer substdancia liberada no eletrodo numa eletrdlise é proporcional 4 massa da substancia quando uma unidade de carga passa através do eletrdlito. Formula 10.1 Ge=g.lt Onde: 49 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA G é a massa da substancia depositada em miligramas (mG) g € 0 equivalente quimico da substancia envolvida em mG/As I é a intensidade da corrente passando entre os eletrodos em ampéres (A) T é 0 tempo da eletrdlise em segundos (s) Tabela 12 - Equivalentes quimicos de algumas substancias [fon G (mg/As) H+ 1,0104 O- 0,0829 Al+++ 0,936 OH- 0,172 Fet+t++ 0,1930 Ca++ 0,2077 Nat 0,2388 Fe++ 0,2895 C03-- 0,3108 Cu++ 0,3297 Zn++ 0,3387 Cl- 0,3672 SO4- - 0,4975 Cut 0,6590 Ag+ 1,118 Formulas derivadas: Formula 10.2 G - Ge 50 NEWTON C. BRAGA Formula 10.3 G gl Exemplo de aplicacao: Calcular a massa de prata (Ag) depositada num processo de eletrélise quando uma corrente de 2 A flui por 10 minutos. IOS: 1,118 mg/As 2A 1 Da G I T 0 minutos = 600 segundos a - Aplicando a formula 10.1: = 1,118 x 2 x 600 = 1 341 mg ou 1,341 9 51 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA 11 - Resistores em Série A resisténcia equivalente (R) a resistores ligados em série, conforme mostra a figura, é igual a soma dos resistores associados. RI 2 RS mn RZ 3 220 334% 160lL Rm RI+RA+RS fi= 22+33+-100 = 155. Formula 11.1 R=R1+R2+R3+....+Rn Onde: R éa resisténcia equivalente a associagéo em ohms (Q( Ri, R2, R3... Rn s&o as resist€ncias associadas em ohms(Q) Formulas Derivadas Formula 11.2 Para n resistores de valores iguais: R=nxRl Onde: R éa resisténcia equivalente em ohms n € 0 numero de resistores associados R1 € 0 valor dos resistores associados em ohms 52 NEWTON C. BRAGA Propriedades importantes: O maior resistor dissipa a maior poténcia A corrente que flui por todos os resistores 6 a mesma A resist€ncia equivalente é maior do que o maior dos resistores associados 4. O maior resistor fica submetido 4 maior tensdo. oe Exemplo de Aplicagao: Qual é a resisténcia equivalente de uma associagdo onde resistores de 20, 50 e 120 ohms s&o ligados em série? Qual resistor dissipa maior poténcia? Dados: 20 ohms 50 ohms 120 ohms Usando a formula 11.1 temos: R= 20+ 50+ 120 = 190 ohms R3 de 150 ohms dissipa a maior poténcia (converte mais energia em calor). Use a Lei de Ohm para calcular a corrente no circuito e depois a Lei de Joule para calcular a poténcia dissipada em cada resistor. (ver propriedades importantes) 12 - Resistores em Paralelo A condutancia (inverso da _ resisténcia) equivalente a associag&o de resistores é igual 4 soma das condutancias dos resistores associados. Podemos entéo escrever duas formulas para calcular a resist€ncia equivalente a uma associagéo de resistores em paralelo, como a mostrada na figura. 53 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Ry Ry Formula 12.1 G=G1+G2+..... +Gn Onde: G é a condutancia equivalente a associacgao de resistores em siemens (S) Gi, G2, ... Gn s&o as condutancias dos resistores associados em Siemens (S) Formula 12.2 Sendo G = 1/R (condutancia é 0 inverso da resist€ncia), podemos escrever? 11,41 .1 R R1 R2. Rn Onde: R éa resisténcia equivalente a associagdo em ohms (2) R1,R2... Rn sdo as resisténcias associadas em ohms (Q) Formula 12.3 Para n resistores iguais associados em paralelo podemos usar: 7 R1 7 n R Onde: R é a resisténcia equivalente em ohms (2) 54 NEWTON C. BRAGA R1 s&o os valores dos resistores associados em ohms (Q) n éa quantidade de resistores ligados em paralelo Propriedades importantes: a) Todos os resistores ficam submetidos 4 mesma tensao B) A resist€ncia equivalente é menor do que o menor dos resistores associados 3%) O menor resistor dissipa a maior poténcia 8) O menor resistor é percorrido pela corrente mais intensa Exemplo de Aplicagao: Calcular a resisténcia equivalente a associagéo de um resistor de 30 ohms em paralelo com um resistor de 20 ohms. Dados: R1 = 30 ohms R2 = 20 ohms R=? Aplicando a formula 12.1: 1/R = 1/30 + 1/20 Convertendo os termos do segundo membro da igualdade para 0 mesmo denominador (veja o procedimento na soma de fragdes nos livros de matematica do primeiro grau, se tiver duvidas) 1/R = 2/60 + 3/60 1/R = 5/60 Invertendo os dois membros da igualdade: R = 60/5 = 12 ohms 55 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Tabela 13 - Cédigo de cores para resistores 1a Faixa 2a Faixa 3aFaixa 4a Faixa Cor Valores Tolerancia | Coeficiente de Significati_| (3a Faixa) (4a Faixa) | temperatura vos (ppm/°C) (1ae2a Faixas) Preto 0 1 = = Marrom [4 10 1% 100 Vermelho [2 100 2% 50 Laranja__[3 1.000 - 15 Amarelo_|4 10 000 = 25 Verde 5 100 000 0.5% = ‘Azul 6 1 000 000 0,25% 10 Violeta__|7 10 000 000 0,1% 5 Cinza 8 100 000 000 ['0,05% = Branco [9 1 000 000 000_|- 1 Dourado_[- 0.1 5% = Prateado_[- 0.01 10% = Por exemplo, para o resistor indicado, as duas primeiras faixas, vermelho e azul, indicam 26. A terceira faixa, verde indicam 5 zeros. Temos ent&éo 2 500 000. A quarta faixa, prata indica 10% de tolerancia. Trata-se portanto de um resistor de 2,5 M ohms com 10% de tolerancia. tolerancia. 56 Para os resistores de 5 faixas, as trés primeiras dado os trés primeiros digitos, a quarta o multiplicador e a quinta a NEWTON C. BRAGA 13 - Divisor de Tensao Resistivo As formulas seguintes sao validas para se calcular a tensdo em dois resistores ligados em série, formando um divisor de tens&o, conforme mostra a figura abaixo. R1 R2 <1 |< v2. ——> Formulas 13.1 R1 vi = Vx ——_ R1+ R2 (a) R2 z2=Vx—-——_ R1+ R2 (pb) Onde: V éa tensdo aplicada em volts (V) V1, V2 s&o as tensdes sobre R1 e R2 em volts (V) Ri, R2 s&o as resist€ncias dos resistores do divisor em ohms (Q) Exemplo de aplicacgao: Calcular a tensdo sobre o resistor de 30 ohms num divisor em que ele esta em série com um resistor de 20 ohms e ambos sdo ligados a uma fonte de 10 V. 57 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Dados: R1 = 20 ohms R2 = 30 ohms V1 = 10 ohms V2 =? Usando a formula 13.1 (b): V2 = 10 x (30/(20 + 30)) V2 = 20 x 30/50 V2 = 4 volts 14 - Divisor de Tensao Resistivo Carregado Quando uma carga drena corrente de um divisor resistivo de tensdo, carregando-o, a tensdo sobre a carga (V2) se altera devendo ser calculada pela formula dada a seguir. R3 (carga} R1 R2 <— uw ——5|<——_ yz —— 58 NEWTON C. BRAGA Formula 14.1 R2 x R3 V2 = Vx ——___ _________ R1xR2+ R2 x R3+ R1x RB Onde: V2 é a tens&o na carga (R3) em volts (V) V éa tensdo aplicada ao resistor em volts (V) R1 e R2 s&o os resistores do divisor em ohms (Q) R3 éa resisténcia da carga em ohms (Q) 15 - Primeira Lei de Kirchhoff Num ponto considerado de um circuito (P) a soma algébrica das correntes fluindo por este ponto ou juncao [e zero. No circuito da figura as correntes fluindo entrando no ponto sao positivas e as corrente saindo sao negativas. Formula 15.1 11 +12+13+14+15=0 59 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Onde: 11, 12, 13, 14, I5 sao as correntes que fluem através do ponto P em ampéres (A) P € 0 ponto ou juncao considerada do circuito. Nota: Para o circuito considerado temos: 11 -12+13-14+15=0 16 - Segunda Lei de Kirchhoff A soma algébrica dos produtos das correntes pelas resist€ncias respectivas num circuito fechado é igual 4 soma algébrica das f.e.m. no circuito. Nota: Uma f.e.m. € considerada positiva se o sentido arbitrario tomado para o circuito coincide com o sentido da f.e.m. da fonte de corrente. Na figura temos um exemplo de aplicacao. Formula 16.1 E1+&2+E3+....+En =V1+V2+V3+....+Vn Onde: E1, E2, E3 ... Em s&o as f.e.m. em volts (V) V1, V2, V3...Vn so as quedas de tens&o nos resistores R1, R2, R3...Rn em volts (V) 60 NEWTON C. BRAGA Formula derivada: Formula 16.2 E1+E2+E3+....+Em=R1x1+R2x1+R3xI+..... +RnXI Onde: R1, R2, R3.... Rn s&o as resisténcias dos resistores em ohms (Q) E1, E2, £3... Em sao as f.e.m. dos geradores em volts (V) 1 é a intensidade da corrente no circuito em ampéres (A) Gustav Robert Kirchhoff (1824-1887) 61 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA 17- Capacitancia A capacitancia de um capacitor é definida como a relacaéo entre a carga em uma das armaduras e a diferenca de potencial (ddp) entre as armaduras. As formulas seguintes sao usadas para se fazer calculos envolvendo capacitancias e capacitores. Formula 17.1 -2 c=y Onde: C éa capacitancia em farads (F) Qéa carga em coulombs ( C ) V éa tens&o entre as armaduras em volts (V) A carga pode ser expressa em uC quando ent&éo a capacitancia sera obtida em uF. Da mesma forma podemos expressar a carga em nC e obter a capacitancia em nF. Férmulas derivadas: Formula 17.2 Q=Cxv Formula 17.3 _2@ V=¢ Exemplo de Aplicacao: Calcular a carga armazenada num capacitor de 100 uF quando carregado com uma tensdo de 100 V. Dados: C = 100 uF ou 100 x 10% F V-100V Q-=? Aplicando a formula 17.2: Q = 100 x 10°*100 = 10*x 10°= 10°C = 10 000 pC 62 NEWTON C. BRAGA 18 - Capacitor Plano Um capacitor plano é formado por duas placas de metal paralelas e entre elas é colocado um isolante denominado dielétrico. A capacitancia depende do tamanho das placas, da distancia de separac&o entre elas e da natureza do dielétrico. As formulas seguintes permitem calcular a capacitancia em fungdo desses dados. Formula 18.1 S(n—1 C= 0,08859 xe x 2@—Y Onde: C éa capacitancia em picofarads (PF) € € a constante dielétrica (ver almanaque - no site ao autor) S @ a area da superficie ativa da menor placa (se forem diferentes) em centimetros quadrados N é 0 numero de placas D éa distancia entre as placas em centimetros Armadura i iL t ZSZ Dielétrice LLL Armadura Simbolos q Matar poopie Formulas derivadas 63 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Formula 18.2 DxS(n—1) D=0,08859 xex C Formula 18.3 Dx $= —___—__. 0,08859 x «x (n—1) Exemplo de Aplicacao: Qual é a capacitancia de um capacitor plano formado por duas placas iguais com uma area de 100 cm’, separadas por uma distancia de 2 cm e usando como dielétrico uma placa de vidro? Usando a formula 18.1 temos: 100x (2—1) C = 0,08859 x 10 x a 0,08859 x10x50 C = 44,295 pF 64 NEWTON C. BRAGA Tabela 14 - Constante dielétrica de alguns materiais Material Constante dielétrica Acetona 19.5-20.0 Resina acrilica 2.7-6.0 Ar 1 Alcool industrial 16-31 Po de Aluminio 1.6-1.8 Sulfato de Aluminio 6 Baquelite 4.5 - 7.0 Cera de abelha 2.7 -2.9 Benzeno, liquido 2.2 -2.3 Betume 2.5 - 3.3 Carbonato de calcio 1.8-2.0 Oxido de calcio 1.8 Sulfato de calcio 5.6 Didxido de carbono 1.6 Celuldide 03/04/13 Cimento 1.5-2.1 Carvaéo em pd 1.2-1.8 Café em po 2.4-2.6 Coca-cola 1.1-2.2 Ebonite 2.8-4.5 Resina epoxi 2.5-6.0 Alcool etilico 20 - 27 Eter Etilico 41-48 Fluor 2.5-3.0 Vidro 06/10/13 65 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Glicerina 50 - 56 Acucar granulado 1.5-2:2. Oleo pesado 2.6-3.0 Hexano liquido Oxido de ferro 14.2 Nitrogénio liquido 1.4 Querosene 2.8 Marmore 8-10 Mica 2.5 - 8.0 Oleo Mineral 21 Nylon 04/05/13 Parafina 2.0-2.5 Plexiglass 3.0 - 3.5 Poliestireno 2.2-2.5 Polivinil 3.0 - 3.6 Porcelana 3.1- 6.5 Cloreto de Potassio 4.6 Po de PVC 1.4 Arroz 03/08/13 Resina 2.5'- 3.5 Areia 03/08/13 Seda (natural) 4.5 Sabao em po 1.2-1.5 Sulfito de sddio 5i Vacuo 0.99 Oleo vegetal 2.5-3.5 Agua 48-80 66 NEWTON C. BRAGA 19- Tensao de Ruptura num Capacitor Se a tens&o entre as armaduras de um capacitor aumenta, passando de um certo valor, a ruptura ocorre. O dielétrico se torna condutor e o capacitor é danificado pela faisca que ocorre. A tensdo maxima que pode ser aplicada a um capacitor sem que ocorra a ruptura do dielétrico é chamada “tensdo de ruptura” e é calculada da forma seguinte: Formula 19.1 Vr =Dsxd Onde: Vr é a tensdo de ruptura em quilovolts (kV) Ds é a rigidez dielétrica do material em kV/mm (veja tabela 15) d é a distancia entre as armaduras em milimetros (mm) Formulas derivadas: Formula 19.2 Formula 19.3 Vr Ds Exemplo de aplicagao: Calcular a tensdéo mais alta que pode existir entre as armaduras de um capacitor onde o dielétrico é uma de vidro de 5 mm de espessura. 67 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Dados: D=5mm Ds = 20 kV/mm (tabela 15) Vb=1 Usando a formula 19.1 temos: Vb = 20x 5 = 100 kv Tabela 15 - Rigidez Dielétrica de Alguns Materiais A rigidez dielétrica especifica a tenséo maxima que pode ser aplicada entre dois eletrodos (normalmente indicados em fung&o de eletrodos esféricos) sem que ocorra o centelhamento, quando o material deixa de ser isolante. Em outras palavras, a rigidez mede a qualidade de um material como isolante. Para o ar, por exemplo, o valor indicado resulta em que a cada 1 cm temos uma tens&o de 10 000 volts. Assim, se entre dois eletrodos que sao afastados gradualmente, o faiscamento ocorre em distancias até 2 cm, por exemplo, podemos dizer que a tensdo aplicada é de 20 000 V. Veja que nesse caso, 0 valor refere-se ao ar seco. Material Rigidez Dielétrica (V/m) Ar 3x 10° Baquelite 24 x 10° Borracha de Neopreno 12 x 108 Nylon 14 x 108 Papel 16 x 10° Poliestireno 24 x 10° Vidro Pyrex 14 x 108 Quartzo 8 x 10° Oleo de Silicone 15 x 10° Titanato de Estréncio 8 x 10° Teflon 60 x 10° 68 NEWTON C. BRAGA 20 - Energia armazenada num capacitor O espaco entre as placas de um capacitor carregado é preenchido por um campo elétrico onde energia é armazenada. A energia armazenada por um capacitor é calculada pelas formulas dadas a seguir. Campo Elétrico (E) Formula 20.1 1 LULU 2 Onde: W éa energia armazenada em joules (J) C éa capacitancia em farads (F) V éa tens&o entre as armaduras do capacitor em volts (V) Formula 20.2 1 Ww= 3 rQxV Onde: W éa quantidade de energia armazenada em joules (J) 69 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Q éa carga do capacitor em coulombs (C) V éa tens&o entre as armaduras em volts (V) Exemplo de aplicagao: Num flasher de xenédnio um capacitor de 200 uF é carregado com uma tensao de 300 V a partir de um conversor DC/DC.Qual é a energia do pulso de luz produzido pela [4mpada, supondo que toda a energia armazenada no capacitor seja convertida em luz? Dados: C = 300 uF = 300 x 10°F V = 300 V Aplicando a formula 20.1 temos: W = 0,5 x 300 x 10° x 300 x 300 W = 45 000 x 10° 45x 10° Ww=45m) 21 - Capacitores em Paralelo A capacitancia equivalente a uma associagéo de capacitores em paralelo é calculada pelas formulas dadas a seguir. Na figura temos 0 modo como capacitores sao ligados em paralelo. 70 NEWTON C. BRAGA C1 C2 c3 Cn c wh Formula 21.1 C=C1+C2+C3 +... +Cn Onde: C é a capacitancia equivalente a associagaéo (unidade a mesma usada para os capacitores associados) C1, C2, C3... Cn sdéo os capacitores associados (todos na mesma unidade) Férmula derivada: Formula 21.2 Se todos os capacitores forem iguais, ou seja: Cl = C2 = N é 0 numero de capacitores associados C éa capacitancia equivalente C1 é 0 valor de um dos capacitores. Todos na mesma unidade Propriedades importantes: « Todos os capacitores ficam submetidos 4 mesma tensdo * A capacitancia equivalente é sempre maior do que o maior capacitor associado 71 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA e O maior capacitor fica com a maior carga. Exemplo de Aplicagao: Qual é€ a capacitancia equivalente a associagéo de capacitores de 20 pF, 30 pF e 50 uF em paralelo? Dados: C1 =20ypF C2=30uF C3 = S50 uF Aplicando a Formula 20.1 temos: C = 20 + 30 + 50 = 100 pF 22 - Capacitores em Série Na figura temos o modo como capacitores sao ligados em série ou associados em série. A capacitancia equivalente é dada pelas formulas a seguir: C1 G2 C3 Cn f =ose iv! If 1 f If Formula 22.1 aot ,1,1, 11 GC Cl 62) C3 7 cn Onde: C é a capacitancia equivalente (na mesma unidade dos capacitores associados) C1, C2, C3 ... Cn so as capacitancias dos capacitores associados, todos na mesma unidade. 72 NEWTON C. BRAGA Formulas derivadas: Formula 22.2 Se todos os capacitores tiverem o mesmo valor (C1 = C2 Cn) entdo: c1 n == Cc Formula 22.3 Para dois capacitores (C1 e C2), podemos escrever: “= 4 e2 Exemplo de aplicacgao: Calcular a capacitancia equivalente a um capacitor de 20 nF ligado em série com um de 30 nF Dados: C1 = 20 nF C2 = 30 nF C=? Usando a férmula 22.3 C = (C1 X C2)/(C1 + C2) C = (20 x 30)/(20 + 30) C = 600/50 C=12nF 73 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA 23 - Campo magnético de um solendide A intensidade do campo magnético no interior de um solendide (cilindrico) depende da intensidade da corrente que flui pela bobina, do numero de espiras e das dimensées. | — Formula 23.1 Ixn H = 1,257 x —— L Onde: H éa intensidade do campo magnético em oersted (Oe) I é a intensidade da corrente através do solendide em ampéres (A) L € 0 comprimento do solendide em centimetros (cm) N é 0 numero de espiras Formulas derivadas: Formula 23.2 7 Hx ~ 1,257 xn 74 NEWTON C. BRAGA Formula 23.3 _ 1,257xn - Axl Formula 23.4 Hxt "= 7257xn Exemplo de aplicacgao: Uma corrente de 2 A circula através de um solendide formado por 60 voltas de fio com 3 cm de comprimento. Calcular a intensidade do campo criado por este solendide. Dados: I=2A n= 60 H=? Aplicando a formula 23.1: 2x60 H=1,257x H = 1,357 x 40 = 50,28 Oe 24 - Indugaéo magnética no interior de um solendide A indug&o magnética no interior de um solendide com um nucleo ferromagnético depende da corrente que flui através do solendide, do numero de espiras, do comprimento e também da permeabilidade do material utilizado como nucleo. 75 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA As propriedades das substancias ferromagnéticas sao explicadas pela Teoria de Dominios de Magnetizagéo (veja permeabilidade no almanaque). ne — it, Formula 24.1 nxt H=1,257x rT xy Onde: H é a inducg&o magnética em gauss (Gs) I é a intensidade da corrente no solendide em ampéres (A) N €0 numero de espiras L € 0 comprimento do solendide em centimetros (cm) y é a permeabilidade do material usado como. Obs.: materiais com p maior que 1 sao chamados Paramagnéticos e os materiais com yp menor que 1 sao chamados diamagnéticos. 2 - Indutancia Qualquer variagéo na corrente que flui através de um solendide gera uma f.e.m. induzida devido ao fluxo magnético dessa corrente. Este fendmeno é denominado auto-inducdo. A 76 NEWTON C. BRAGA auto-indugao ou indutancia de um solendide com nucleo de ar é calculada pelos formulas dadas a seguir: — rye) n Formula 25.1 SxnZ L = 1,257 x ——— x10-* m Onde: L é 0 coeficiente de auto-indugao ou indutancia em henrys (H) n é 0 numero de espiras S é area da sec&o do nucleo da bobina em centimetros quadrados (cm?) M é 0 comprimento do solendide em centimetros (cm) Obs. A unidade de auto inducgdo Henry (H) é definida como a indutancia de um condutor onde uma variacdo de corrente de 1 ampére por segundo induz uma f.e.m. de 1 volts. Formulas derivadas: Formula 25.2 Lxmx 10° 1,257xS 77 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Formula 25.3 s= 10%, 2™ 1,257x5$ Formula 25.4 2 Sxn m= 1,257x x 10° Exemplo de aplicacgao: Calcular a indutancia de um solendide formado por 10 voltas de fio com um comprimento de 2 cm e seccao transversal de 2 cm’. Nota: veja “resist€ncia de um fio” para calcular a secdo transversal. Dados: n=10 S= 2 cm? M=2cm Aplicando a formula 25.1 2x 107 a L=1,257 x x10% L = 1,257 x 100 x 10° L = 125,7 x 10° L = 125,7 uH 78 NEWTON C. BRAGA 26 - Indutancias em série Indutores podem ser ligados em série, conforme mostra a figura. A indutancia equivalente (L) sera calculada pelas formulas dadas a seguir. Formula 26.1 L=£1+12+13+--+in Onde: Léa indutancia equivalente 4 associagao em henrys (H) L1, L2, L3...Ln sao as indutancias associadas em henrys (H) Obs.: pode-se utilizar os submultiplos do henrys (mH e uH) desde que todas as indutancias sejam expressas no mesmo. submiultiplo. Formula 26.2 Se n indutancias iguais forem ligadas em série podemos usar a formula: L=nxL1 Onde: L éa indutancia equivalente em henrys (H) n € 0 numero de indutores associados L1 é 0 valor de um dos indutores em henrys (H) 79 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Exemplo de aplicagao: Qual é a indutancia equivalente a ligagdo de bobinas de 10 mH, 20 mH e 50 mH em série? Nota: podem ser usados submultiplos do henry, mas num calculos devem ser todos os mesmos. 10 mH 20 mH 50 mH Aplicando a formula 26.1 temos: L= 10+ 20 + 50 = 80 mH 27 - Indutancias em paralelo Indutancias s&o ligadas em paralelo conforme mostra o circuito da figura. A indutancia equivalente (L) é calculada pelas formulas dadas a seguir. 5 UW 5 ARR 80 NEWTON C. BRAGA Formula 27.1 1 1 1 ; 1 + 1 ~L Li £2) 13°“ in Onde: L éa indutancia equivalente 4 associagado em henrys (H) L1, L2, L3...Ln s&o as indutancias associadas em henrys (H) Pode-se trabalhar com os submultiplos (mH e uH) desde que todos sejam mantidos na mesma unidade. Formula 27.2 Para duas indutancias a férmula pode ser simplificada L=L1xL2/L1+L2 para: Exemplo de Aplicacao: Calcular a indutancia equivalente a associagéo de um indutor de 40 mH com um de 60 mH em paralelo. Dados: Li = 40 mH L2 = 60 mH L= Usando a formula 2: L = (40 x 60)/(40 + 60) = 2 400/100 = 24 mH 28 - Indutancia mutua Se duas bobinas foram acopladas de forma direta, conforme mostra a figura, a indutancia mutua dependera do coeficiente de acoplamento (k) que é dado pelas posigées e sera calculado pelas formulas dadas a seguir: 81 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA 36 2f 3 > K>o Keo Formula 28.1 M=kxvb1xi2 Onde: M éa indutancia mutua em henrys (H) K € 0 coeficiente de acoplamento entre as bobinas, variando entre 0 e 1, conforme a figura. L1, L2 sao as indutancias acopladas em henrys (H) Formulas derivadas: Formula 28.2 M vi1xi2 82 NEWTON C. BRAGA -Parte 2 - Formulas de Corrente Alternada 29 - Frequéncia e periodo A frequéncia é numericamente igual ao numero de ciclos por segundo (Hz) de um sinal periddico ou onda e esta na proporcao inversa ao periodo em segundos (s). Formula 29.1 f ot ie Onde: F é a frequéncia em hertz (Hz) T é 0 periodo em segundos (s) Formulas derivadas: Formula 29.2 r-1 f Exemplo de aplicacgao: Calcular a frequéncia de um sinal cujo periodo é 0,01 ms. Dados: T= 0,01 x 10° F=? Usando a formula 29.1: F = 1/0,01 x 10° = 100 x 10°= 100 kHz Exemplo de Aplicacgao: Calcular a frequéncia de um sinal que tem um periodo de 0,01 ms. 83 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Dados: T = 0,01 ms F Aplicando a formula 29.1: F = 1/0,01 = 100 kHz Obs.: quando o tempo é dado em milissegundos a frequéncia é encontrada em quilohertz; quando o tempo é dado em microssegundos, a frequéncia é encontrada em megahertz e quando o tempo é dado em picossegundos, a frequéncia é encontrada em gigahertz e isso é valido para os calculos inversos. 30 - Frequéncia Angular ou Ciclica A frequéncia ciclica ou angular é medida em radianos por segundo (rd/s). w=27f rdis Formula 30.1 w=2xnxf Onde: @ é frequéncia angular ou velocidade angular em radianos por segundo (rd/s) n= 3,1416 f é a frequéncia em hertz (Hz) 84 NEWTON C. BRAGA Férmula 30.2 o f=— 2x Exemplo de aplicacgao: Calcular a frequéncia angular de uma corrente alternada de 100 Hz. Dados: F = 100 Hz @ =? Aplicando a formula 30.1: @ =2x3,14x 100 = 628 rd/s 31 - Valor médio As tensGes senoidais ou outras formas de sinais senoidais possuem um valor médio (média aritmética) dado pela média de todos os valores instantaneos da amplitude num ciclo. 6.37 % Vmax —_ Lo Vmedio'~7~~7 85 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Formula 31.1 Vm = 0,0637 x Vmax Onde: Vm € 0 valor médio do sinal em volts (V) Vmax é 0 valor maximo atingido num ciclo ou valor de pico em volts (V) Obs.: no exemplo temos a medida de uma _ tensdo senoidal, mas a amplitude do sinal também pode ser expressa em termos de corrente ou mesmo outras grandezas, para uma onda sonora, por exemplo. Formula 31.2 Vmax = 1,567 x Vm Exemplo de Aplicagao: Calcular a tensdo de pico ou valor maximo de um sinal senoidal cujo valor médio é 100 V. Dados: vm = 100 V Vmax = ? Usando a formula 1: Vmax = 100 x 1,567 = 156,7 V 32 - Valor Médio Quadratico (RMS) O valor médio quadratico (Root Mean Square) ou RMS também é chamado valor eficaz e é equivalente ao mesmo valor numérico DC no efeito de aquecimento de um resistor de determinado valor. 86 NEWTON C. BRAGA 70.7 % Vmax Formula 32.1 Vrms = 0,707 x Vmax Onde: Vrms é 0 valor médio quadratico em volts (V) Vmax é 0 valor maximo ou de pico em volts (V) Obs.: O exemplo é dado para uma tensdo senoidal mas o mesmo é valido para correntes e outros tipos de sinais senoidais, trabalhando-se com a amplitude. Formula 32.2 Vmax = 1,4142 x Vrms Obs.: 1,4142 = ¥2 e0,707 = 2 Exemplo de aplicagao: Qual é o valor de pico de uma tensdo senoidal de 127 Vrms? Dados: Vrms = 127 V 87 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Vmax = ? Usando a formula 2: Vmax = 127 x 1,4142 = 179,6 V Tabela 16 - Conversdo de Valores de Sinais Alternados Vm = 0,637 Vmax = 0,901 Vrms Vrms = 0,707 Vmax = 1,11 Vm Vmax = 1,4142 Vrms = 1,57 Vm e Valores pico-a-pico Vpp séo definidos como 2 x Vmax 33 - Frequéncia e Comprimento de Onda Formula 33.1 v=Axf Onde: V é a velocidade de propagacéo em metros por segundo (m/s) 4 € 0 comprimento de onda em metros 88 NEWTON C. BRAGA f 6 a frequéncia em hertz Formulas decorrentes: Formula 33.2 Formula 33.3 v f Exemplo de aplicagao: Calcular 0 comprimento de onda de um sinal de 100 MHz. Dados F = 100 MHz = 100 x 10°:m V = 300 x 10° m/s (velocidade de propagacdo das ondas eletromagnéticas) A=? Usando a formula 33.2 temos: A = 300 x 108/100 x 10° A = 300/100 = 3 metros Tabela 17 - Velocidade do som em alguns s: jos a 20°C Material Velocidade das ondas | Velocidade das ondas longitudinais (m/s) transversais (m/s) Aluminio 5 080 3.080 Cobre 3710 2270 Vidro 3400 a 5 300 2 000 a 3 500 Gelo 3 280 1990 Ferro 5170 3230 ‘Chumbo, 2 640 1 590 Marmore | = 3260 Mica = 2160 Niquel 4783 2960 Porcelana 1 884 3.120 Borracha | 46 27 ‘Ago. 2730 1670 Estanho 4310 2620 Tungsténio_| 4 310 2620 Zinco 3810 2410 89 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Nota: os valores dependem da pureza do material e em alguns casos, como das ligas, da composic&o. Tabela 18 - Velocidade do som em alguns liquidos Liquide Temperatura (0C) Velocidade (m/s) Acetona 20 1192 Benzeno 20 1326 Aicool etilico 20 1180 Glicerina 20 1923 Merctrio 20 1451 Alcool metilico 20 1123 [Agua comum 25 1497 [Agua do mar 17 1510 a 1550 (*) Agua pesada 25 1399 Gasolina 34 1250 34 - Reatancia Capacitiva A oposiggéo a passagem de uma corrente alternada oferecida por um capacitor é denominada “reatancia capacitiva” e depende tanto do valor da capacitancia como da frequéncia da corrente alternada. As formulas seguintes permitem calcular a reatancia capa 90 iva de um capacitor num circuito AC. NEWTON C. BRAGA ste * c Xe R ft fase Xeivs f Formula 34.1 x. 1 c= >—— Zxnxf x€ Onde: Xc é a reatancia capacitiva em ohms (2) n vale 3,1416 - constante F é a frequéncia da corrente em hertz (Hz) C éa capacitancia do capacitor em farads (F) Formulas derivadas: Formula 34.2 1 c ~ 2xum xfxXc 91 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Formula 34.3 f 1 ~ 2unxxXe Exemplo de aplicacgdo: Um capacitor de 0,2 uF opera num circuito onde a frequéncia é de 100 kHz. Calcular a reatancia apresentada pelo capacitor neste circuito. Dados: C=0,2 pF = 0,2 x 10°F FE 00 kHz -= 100 x 10°Hz Xc =? Aplicando a férmula 34.1: 1 (46 2x 3,14 x 0,2 x 10-&x103 y 1 co 1,256 Xc= 0,79 ohms 35 - Reatancia Indutiva A oposic&éo oferecida por uma bobina ou indutancia a uma corrente alternada (AC) depende é denominada reatancia indutiva e depende tanto da indutancia da bobina como da freqiiéncia da corrente alternada. As foérmulas seguintes sao usadas para calcular a reatancia indutiva Xc. 92 NEWTON C. BRAGA Noa rm role fase Formula 35.1 XL=2xUxfxt Onde: XL é a reatancia indutiva em ohms (Q) Xn = 3,1416 f é a frequéncia da corrente alternada em hertz (Hz) L éa indutancia do indutor em henrys (H) Formulas derivadas: Férmula 35.2 _ XL f= 2xuxL 93 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Formula 35.3 XL ~ 2unxf Exemplo de aplicacgao: Através de um indutor de 2 mH circula uma corrente de 100 mA senoidal de 100 Hz. Assumindo que seja uma indutancia pura, calcular a reatancia indutiva. Dados: L=2mH= 2x10°H F = 100 Hz XL =? Usando a formula 35.1 temos: XL = 2 x 3,14 x 100 x 10° XL = 0,628 ohm Multiplos e submultiplos podem ser usados conforme mostra a tabela 19. Tabela 19 — Calculos de reatancia Indutancia em Frequéncia em Reatancia encontrada em henry hertz ohm milihenry hertz, miliohm microhenry hertz microhm henn quilohertz quilohm henry megahertz megohm milihenry quilohertz ohm microhenry quilohertz miliohm microhenry megahertz ohm 36 - Fator de Qualidade A figura de mérito ou fator de qualidade de um dispositivo AC ou indutor é denominada também fator Q. O Q é associado a 94 NEWTON C. BRAGA seletividade de um circuito. Maior € o Q, melhor sera a capacidade do circuito se separar frequéncias préximas. O fato Q é calculado pelas formulas seguintes. | Formula 36.1 Z XL Q-k Onde: Q é 0 fator de qualidade ou fator Q XL é a reatancia indutiva da bobina em ohms (Q) R éa resisténcia da bobina em ohms (Q) Formulas decorrentes: Formula 36.2 _ @x L O--R Onde: w é 2 x 3,14 x f onde f é a frequéncia do sinal em hertz (Hz) 95 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Formula 36.3 Formula 36.4 XL=QxR Exemplo de aplicacgao: Uma bobina de 2 mH de indutancia tem uma resisténcia de 10 ohms e uma impedancia de 500 ohms em 1 MHz. Calcular o fator Q da bobina na frequéncia indicada. Dados: XL = 500 ohms Aplicando a formula 36.1 temos: Q= 500/10 = 50 37 - Lei de Ohm para Circuitos AC Apesar da Lei de Ohm em sua forma original ser aplicada a circuitos DC ou CC, ela também pode ser utilizada em circuitos AC, desde que a resist€ncia seja considerada pura. Na lei de Ohm para correntes alternadas, a impedancia Z substitui a resisténcia R, conforme dado pelas formulas seguintes: 96 NEWTON C. BRAGA Formula 37.1 Vrms = Zxirms Onde: Vrms é a tens&o rms através do circuito em volts (V) Z éa impedancia em ohms (2) Irms é a corrente através do circuito em ampéres (A) Formulas derivadas: Formula 37.2 Vrms I _ TMs Z Formula 37.3 Vrms Irms Exemplo de aplicagao: Calcular a corrente circulante num circuito que tem uma impedancia de 100 ohms quando ligado a rede de energia de 127 V x 60 Hz. Dados: Vrms = 137 V Z= 100 ohms Usando a formula 37.1: Irms = 127/100 = 1,27A 97 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA 38 - Circuito RL em série Para calcular a impedancia de um circuito RL em série, as formulas dadas a seguir podem ser utilizadas: Formula 38.1 Z= JxXi?+ RB? Onde: Z éa impedancia do circuito em ohms (Q) XL é a reatancia indutiva em ohms (Q) R éa resisténcia em ohms (Q) Formulas derivadas: Formula 38.2 XL= JZ? + R? Formula 38.3 R= VZ7 + XL? 98 NEWTON C. BRAGA Exemplo de aplicacgao: Qual é a impedancia de um circuito formado por um resistor de 20 ohms em série com uma bobina que tem uma impedancia de 30 ohms na frequéncia de operagao? Dados: R = 20 ohms XL = 30 ohms Aplicando a formula 38.1 temos: Z= ¥20? + 30? Z = ¥400+ 900 z= 1300 Z= 36,05 ohms 39 - Circuito RC em Série A imped&ncia de um circuito RC em série é calculada pelas formulas dadas a seguir. wy + — Ke 99 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Formula 39.1 Z= /Xc* + Re? Onde: Z éa impedancia em ohms (2) Xc é a reatdncia capacitiva em ohms (2) Re é a resisténcia em ohms (Q) Formulas derivadas: Formula 39.2 Formula 39.3 R= VZ*2-Xe? Exemplo de aplicacao: Determine a impedancia de um circuito formado por um capacitor de 0,1 uF em série com um resistor de 10 ohms. Neste Circuito, a reatancia capacitiva do capacitor é de 30 ohms. Dados: Xc = 30 ohms R = 10 ohms Aplicando a férmula 39.1 Z= ¥307 +10? Z= v900+ 100 Z= v1000 Z = 31,62 ohms 100 NEWTON C. BRAGA 40 - Circuito LC em Série As férmulas dadas a seguir permitem calcular a impedancia de um circuito LC em série. Xu oS Xe fA rrr __4, ___ : c Formula 40.1 Z=Xe- Xb Onde: Z éa impedancia em ohms (Q) Xc é a reatancia capacitiva em ohms (2) XL é a reatancia indutiva em ohms (Q) Formulas derivadas: Formula 40.2 Xe = XL+Z Formula 40.3 XL=Xc+Z Obs.: Na formula 40.1 0 sinal do resultado indica se a impedancia é capacitiva ou indutiva. Por exemplo, se Xc for maior que XL a impedancia é capacitiva. Se for menor (negativa), a impedancia é indutiva. 101 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Exemplo de aplicagao: Um capacitor com uma reatancia capacitiva de 3 ohms é ligado em série com uma bobina que tem uma reatancia indutiva de 4 ohms no mesmo circuito. Calcule a impedancia apresentada pelo circuito. Dados: Xc = 3 ohms XL = -4 ohms Z=? Aplicando a formula 40.1: Z = 3-4 = -1 ohm (impedancia indutiva) 41 Circuito RLC em série As férmulas seguintes sao utilizadas para cdlculos envolvendo impedancias de um circuito RLC em série. Xe XoXo Xe Formula 41.1 Z= JR? + (XL4+ XO? 102 NEWTON C. BRAGA Onde: Z éa impedancia equivalente em ohms (Q) R éa resisténcia em ohms (2) XL é a reatancia indutiva do indutor L em henrys (H) XC é a reatancia capacitiva do capacitor C em farads (F) Formulas derivadas: Formula 41.2 R= VZ*—(XL- XO)? Formula 41.3 Se dUmrmrmrmrm Exemplo de aplicacgao: Calcular a impedancia de um circuito formado por um resistor de10 ohms ligado em série com um capacitor cuja reatancia capacitiva é de 5 ohms e um indutor cuja reatancia indutiva é de 10 ohms. Dados: R = 10 ohms Xc = 5 ohms XL = 10 ohms Aplicando a formula 41.3 temos: Z= 10? +(10— 5)? Z=V100+ 25 Z=v125 Z = 11,18 ohms 103 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA 42 - RC em Paralelo As formulas dadas a seguir usadas nos calculos de impedancia de um circuito RC em paralelo. 82 UK, you Formula 42.1 RxXe VRP 4 Xe Onde: Z éa impedancia em ohms (Q) R éa resisténcia em ohms (Q) Xc é a reatancia capacitiva do capacitor em ohms (Q) (Veja formula da reatancia capacitiva) Na representacao vetorial: Y € 0 inverso da impedancia, denominada admitancia e é medida em Siemens (S). G € 0 inverso da resisténcia e é denominada condutancia, sendo medida em Siemens (S) Sc € © inverso da reatancia capacitiva, denominada susceptdancia e é medida em Siemens. Exemplo de Aplicagdo Calcular a impedancia de um resistor de 10 ohms ligado em paralelo com um capacitor de que tem uma reatdancia capacitiva de 20 ohms. 104 NEWTON C. BRAGA Dados: R = 10 ohms Xc = 20 ohms Aplicando a formula 42.1 temos: _ 10x20 V¥10? + 207 z= 200 v500 _ 200 22,36 Z = 8,94 ohms 43 - Circuito LR em paralelo As formulas dadas a seguir sao utilizadas nos calculos que envolvem impedancias num circuito LR em paralelo. R L Formula 43.1 RxXL VR? + XL? Onde: Z éa impedancia do circuito em ohms (Q) R €a resisténcia em ohms (Q) XL é a reatancia indutiva de L em ohms (Q) 105 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA 44 - Circuito LC em paralelo As formulas seguintes s&o utilizadas para cdlculos de impedancia num circuito RLC em paralelo. R % —wv—— ns Zz L =) XL Xe | =— S Xe Formula 44.1 Onde: Z éa impedancia em ohms (2) R éa resisténcia em ohms (Q) XL é a reatancia indutiva em ohms (Q) XC é a reatancia capacitiva em ohms (Q) Formula Derivada Formula 44.2 = (6? + (SL—Scy? 106 NEWTON C. BRAGA Onde: Y € a admitancia (inverso da impedancia) em Siemens (S) G éa condutancia (inverso da resist€ncia em Siemens (S) SL é a suscetancia indutiva (inverso da reatancia) em Siemens (S) SC é a suscetancia capacitiva (inverso da reatancia) em Siemens (S) Obs.: em alguns livros encontramos o termo grafado como suscetancia. 45 - Circuito Ressonante LC (ressonancia) A frequéncia de ressonancia ocorre quando a reatancia capacitiva de um circuito LC se torna igual a reatancia indutiva. Tanto no circuito paralelo como série, a frequéncia de ressonancia pode ser calculada pelas formulas dadas a seguir: Xo=X e Rez XL sXe 107 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Formula 45.1 f 1 T= —_— Zxnxvbx€ Onde: fr é a frequéncia de ressonancia em hertz (Hz) Léa indutancia em henry (H) F é a capacitancia em farad (F) n= 3,1416 Podemos usar os submultiplos do Henry e do farad. Para microfarads encontramos a frequéncia em megahertz. Formulas derivadas: Formula 45.2 1 2x XC Onde: @ 6a pulsagdo = 2xnxf L= Formula 45. 3 1 c= = 2x XL Formula 45.4 Para capacitancias em picofarads e indutancias em microhenry podemos usar a seguinte formula: 150 VExE Nela a freqiiéncia sera obtida em MHz. 108 NEWTON C. BRAGA Formula 45.5 Para capacitancias em picofarads (PF) e indutancia em milihenry (mH) pode ser usada a seguinte formula com resultados em quilohertz (kHz). 5,033 VExE Propriedades importantes: « Nos circuitos ressonantes em série ideais a impedancia é zero * Nos circuitos ressonantes paralelos, na frequéncia de ressonancia a impedancia é infinita. Exemplo de aplicacdo: Determinar a frequéncia de ressonancia de um circuito formado por uma bobina de 10 uH ligada em paralelo com um capacitor de 100 pF. Dados: L=10uH C = 100 pF Aplicando a formula 45.4 (com capacitancias em pF e indutancias em uH obtemos 0 resultado em MHz). f = => = 5,028 MHz 31,62 109 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA 46 - Constante de Tempo RC A constante de tempo de um circuito RC é 0 intervalo de tempo necessdario tanto para a carga do capacitor via resistor R até 63,2% da carga total como para a descarga até 37,8°% da carga, conforme mostra a figura. As formulas seguintes sao usadas nos calculos de constantes de tempo. Formula 46.1 T=RxC Onde T é a constante de tempo em segundos (s) R é a resisténcia em ohms (2) C éa capacitancia em farads (F) 110 NEWTON C. BRAGA Podem ser usados os submultiplos do Farad caso em que usando: 1. Microfarads 0 tempo sera dado microssegundos 2. Nanofards o tempo serd dado em nanossegundos 3. Picofarads o tempo sera dado em picossegundos Formulas derivadas: Formula 46.2 R T Cc Formula 46.3 c T R Tabela 20 - Calculo de tempos Quando Restéaem | E&Cem T sera encontrado em ohms farads segundos ohms microfarads microssegundos quilohms farads quilossequndos quilohms microfarads milissequndos megohms microfarads segundos Exemplo de aplicacgao: Determine a constante de tempo de um circuito formado por um resistor de 100 k ohms em série com um capacitor de 500 microfarads. Calcule a tenséo no capacitor de pois do intervalo considerado como constante de tempo sabendo que o circuito é alimentado por uma tens&o de 100 V. Dados: R = 100 x 10° ohms C = 500 x 10° farads T=? Usando a formula 46.1 temos: 111 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA T = 100 x 10° x 500 x 10° = 50 segundos Para calcular a tensdo: V = 0,63 x 100 = 63,2 V 47- Constante de tempo LC O intervalo de tempo entre o instante no qual a corrente comeca a circular por um indutor em série com resistor e o instante em que a corrente alcanca 63,2% do valor final é denominado constante de tempo RL. Também é o valo entre instante em que 0 circuito é aberto e a corrente decai para 37,8% do valor maximo. uu 7 100% -} 63.2% + Tl pw . 37.8% +} Formula 47.1 L T= - R Onde: T é a constante de tempo em segundos (s) Léa indutancia em henrys (H) R éa resisténcia em ohms (Q) 112 NEWTON C. BRAGA Formulas derivadas: Formula 47.2 L=TxR Formula 47.3 Exemplo de aplicacgao: Qual é a constante de tempo de resistor de 20 k ohms em série com um resistor de 10 mH? Dados: R = 20 000 ohms L = 10 mH =0,01H T=? Usando a formula 47.1: T = 0,01/20 000 = 0,0000005 = 0,5 us 48 - Acoplamento indutivo em transformadores O acoplamento entre as bobinas de um transformador é dado pelo fator de acoplamento, segundo as férmulas que mostramos a seguir: 113 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA 1 L2 Formula 48.1 M £1x £2 Onde: K € 0 fator de acoplamento M éa indutancia mutua em henrys (H) L1 e L2 sao as indutancias dos enrolamentos em henrys (H) 49 - Acoplamento Indutivo Direto Nesse tipo de acoplamento, os campos magnéticos das bobinas nao sao acoplados. As formulas seguintes permitem calcular este fator. 114 NEWTON C. BRAGA Formula 49.1 £3 J+ £3)x (E2 + L3) Onde: L1, L2, L3 s&o as indutancias usadas em henry (H) K é 0 fator de acoplamento 50 - Acoplamento Ohmico O fator de acoplamento dado pelo circuito mostrado pode ser calculado pela formula dada a seguir. a [ee Rt R2 gies Seas 115 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Formula 50.1 R3 (RI + x R3)x (R2 + R3) Onde: R11, R2, R3 sao as resisténcias em ohms (Q) K é 0 fator de acoplamento 51 - Acoplamento Capacitivo Para o acoplamento capacitivo, conforme circuito mostrado na figura, o fator de acoplamento K pode ser calculado pela formula dada a seguir. ye c1 c2 c3 T Formula 51.1 VCIx C2 (C1 + €3)x(C2 + €3) Onde: K é 0 fator de acoplamento C1, C2 e C3 s&o as capacitancias do circuito em farads (F) 116 NEWTON C. BRAGA 52 - Filtros Passa-Baixas Um filtro passa-baixas deixa passar somente os sinais cujas frequéncias estejam abaixo de certo valor. Existem diversas configuragdes com diversos graus de atenuacdo. TN SN v L cr =o Na figura temos filtros em T, L e em PI que s&o as configuragées mais comuns para este tipo de circuito. Formula 52.1 117 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA F é a frequéncia de corte em hertz (Hz) PI = 3,14 L éa indutancia em henry (H) C éa capacitancia em farads (F) Exemplo de Aplicacgao: Calcular a frequéncia de corte de um filtro passa-baixas formado por um indutor de 1 mH em série com um capacitor de 1 000 uF. Dados: C = 1000 uF = 10°F L=1mH=10°H Fe=: Aplicando a formula 52.1: 1 0 2x3,14xV1073x 107% a —rrC— 6,28 xV¥107& 10 fe = => = 159,23 Hz 6,28 53 - Filtros Passa-Altas Este tipo de filtro deixa passar apenas frequéncias acima de certo valor, denominada frequéncia de corte. A formula dada a seguir permite calcular esta frequéncia. 118 NEWTON C. BRAGA Formula 53.1 fc 1 - AxmxyLx€ Onde: fc é a frequéncia de corte em hertz (Hz) Léa indutancia em henrys (H) C éa capacitancia em farads (F) PI = 3,1416 Exemplo de aplicagao: Calcular a frequéncia de corte de um filtro passa-altas formado por um capacitor de 100 nF e um indutor de 1 mH numa configuracdo L. 119 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Dados: C = 100 nF = 100 x 10°F L=1mH=1x10°H FH? Aplicando a formula 53.1: 1 fe = ——_____ 4x3,14x ¥10-3x 107° f 1 ee 12,56 x ¥10~22 10° fe= == 0,0796 MHz ou 79,6 kHz 12,56 54 - Filtros Passa-Faixas ou Passa-Banda Os filtros Passa-Faixas deixam passar os sinais cujas frequéncias estéo compreendidas entre valores situados em torno de uma frequéncia de corte (fc). Essa frequéncia pode ser calculada pela formulada dada a seguir: 120 NEWTON C. BRAGA Formula 54.1 1 ¢= ——__—— f 2x xVLxC Onde: fc é a frequéncia de corte em hertz (Hz) PI = 3,1416 Léa indutancia em henrys (H) C éa capacitancia em farads (F) 121 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA 55 - Diferenciagéo O circuito mostrado abaixo faz a derivada de um sinal, ou seja, a operacdo de diferenciacgéo. O sinal de saida é funcao do sinal de entrada (frequéncia) e do valor tanto do resistor como do capacitor. As formulas sao dadas a seguir: Formula 55.1 dVin dt Vout =RxC€x Onde: Vout é a tensdo de saida em volts (V) Vin é a tensdo de entrada em volts (V) R €0 valor da resisténcia em ohms (2) C €0 valor da capacitancia em farads (F) Formula 55.2 Considerando tT = R x C (constante de tempo) podemos escrever: Vout =txRxC€ 122 NEWTON C. BRAGA 56 - Integragao A operac&o de integracéo de um sinal pode ser realizada por um circuito RC com a configuracao mostrada na figura. Vin Vout Formula 56.1 Onde: Vout é a tensdo de saida em volts (V) Vin é a tensdo de entrada em volts (V) R éa resisténcia em ohms (Q) C éa capacitancia em farads (F) Obs.: Na verdade Vin e Vout sao fungées que descrevem as tensdes de entrada e de saida. 57 - Ruido O ruido térmico é gerado pela conversdéo de energia elétrica em energia eletromagnética (radio, infravermelho, luz, ultravioleta). O ruido pode ser associado a uma resisténcia e calculado pela seguinte formula. Pr=4xkxT x AF 123 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Onde: Pn é a poténcia do ruido em watts e (W)k é a constante de Boltzman = 1,38 x 10°? Ws/oK T é a temperatura em graus Kelvin (oK) Af é a largura de faixa em hertz (Hz) 58 - Largura de Faixa ou Largura de Banda A largura de faixa de um circuito ou Bandwidth se usarmos © termo em inglés, é dada pela diferenga entra a frequéncia maxima e a frequéncia minima onde a impedancia é menor do que 70,7% do valor maximo. 70.7% Formula 58.1 Bw= ols 124 NEWTON C. BRAGA Onde: Bw é a largura de faixa em hertz (Hz) F é a frequéncia central de ressonancia em hertz (Hz) Q é€0 fator de qualidade ou fator Q Exemplo de aplicacgao: Calcular a largura de baixa ou banda passante de um filtro ressonante operando em 1 MHz com um fator de qualidade ou figura de mérito (fator Q) de 200. Dados: f = 1 MHz = 1 000 000 Hz Q= 200 Bw =? Usando a formula 58.1: 1000 000 Ww = ———— = 5 000 Hz ou 5 kHz 200 59 - Relagdo de Tens6ées em Transformadores A relagéo entre as tensdes nos enrolamentos de um transformador depende do numero de espiras de cada enrolamento e é calculada pelas formulas seguintes. 125 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Formula 59.1 V1 nl V2 7n2 Onde: V1 é a tensdo aplicada ao primario em volts (V) V2 é a tens&o obtida no secundario em volts (V) nl é o numero de espiras do enrolamento primario n2 6 o numero de espiras do enrolamento secundario Exemplo de aplicacg&o: Um transformador tem um enrolamento primario formado por 1000 espiras e um enrolamento secundario formado por 500 espiras. Calcular a tensdo no secundario, quando a tensado aplicada ao primario for de 12 V. Dados: V1l=12V V2 =? ni = 1000 n2 = 500 Aplicando a formula 69.1: 12/V2 = 1000/500 1000 x V2 = 500 x 120 V2 = (120 x 500)/1000 V2=6V 126 NEWTON C. BRAGA 60 - Relagao de correntes em transformadores A relacdo entre as correntes de primario e secundario de um transformador depende do numero de espiras dos dois enrolamentos e é dada pela formula seguinte. —s —+ [2 m4 n2 Formula 60.1 (A) 11 n2 2 nil Onde: I1 6 a corrente no enrolamento primario em ampéres (A) 12 é a corrente no enrolamento secundario em ampéres ni é o numero de espiras do enrolamento primario n2 é o numero de espiras do enrolamento secundario Obs.: podemos trabalhar com miliampéres ou microampéres desde que aplicadas no mesmo submitltiplo para I1 e 12. Exemplo de aplicacao: Num transformador que tem um enrolamento primario com 100 espiras e um secundario de 100 espiras, circula uma corrente de 100 mA quando uma carga é alimentada. Qual é a corrente no primario? 127 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Dados: ni = 100 espiras n2 = 200 espiras 12 = 100 mA i Aplicando a formula 60.1: 100/11 = 200/100 I1 x 200 = 100 x 100 I1 = (100 x 100)/200 I 0000/200 I1 = 50 mA 61 - Relagdo de Impedancias num Transformador A relacéo entre as impedancias dos enrolamentos de um transformador é calculada pela seguinte formula: Formula 61.1 Z1_ ni? Z2~ n2? Onde: Z1 é a impedancia do primario em ohms Z2 é a impedancia do secundario em ohms ni é o numero de espiras do primario n2 é o numero de espiras do primario 128 NEWTON C. BRAGA Tabela 21 - Relac&o entre espiras e impedancias para transformadores Relagao de espiras entre os enrolamentos Relacao entre impedancias 100:1 10 000:1 99:1 9 801:1 98:1 9 604:1 97:1 9 409:1 96:1 9 216:1 95:1 9 025:1 94:1 8 836:1 93:1 8 649:1 92:1 8 464:1 91:1 8 281:1 90:1 8 100:1 89:1 7: 921:1 88:1 7 74431 87:1 7 569:1 86:1 7 396:1 85:1 7 225:1 84:1 7 056:1 83:1 6 889:1 82:1 6 724:1 81:1 6 S7i:1 80:1 6 400:1 79:1 6 241:1 78:1 6 084:1 77: 5 929:1 76:1 5 776:1 75:1 5 625:1 74:1 5 476:1 73:1 5 329:1 72:1 5 184:1 71:1 5 041:1 70:1 4 900:1 69:1 4761:1 68:1 4 624:1 67:1 4489:1 66:1 4 356:1 65:1 4 225:1 64:1 4 096:1 63:1 3 969:1 62:1 3 844:1 61:1 3721:1 60:1 3 600:1 129 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA 59:1 3 481:1 58:1 3 364:1 57:1 3 249:1 56:1 3136:1 55:1 3025:1 54:1 2 916:1 53:1 2 809:1 52:1 2704:1 Slit 2 601:1 50:1 2 500:1 49:1 2401:1 48:1 2.304:1 47:1 2 209:1 46:1 2 116:1 45:1 2.025:1 44:1 1:936:1 43:1 1 849:1 42:1 1764:1 41:1 1 681:1 40:1 1600:1 39:1 1 521:1 38:1 1444:1 37:1 1369:1 36:1 1296:1 35:1 1225:1 34:1 1156:1 33:1 1089:1 32)1 1024:1 31:1 961:1 30:1 900:1 29:1 841:1 28:1 784:1 27:1 729:1 26:1 676:1 25:1 625:1 24:1 576:1, 23:1 529: 22:1 484:1 21:1 441:1 20:1 400:1 19:1 361:1 18:1 324: 17:1 289:1 16:1 256:1 15:1 225:1 14:1 196:1 13:1 169:1 130 NEWTON C. BRAGA 12:1 144:1 11:1 ia 10:1 100:1 9:1 81:1 8:1 64:1 Fa 49:1 6:1 36:1 5:1 25:1 4:1 16:1 3h 9:1 2:1 4:1 01:01:00 AM ist 62 - Decibel O Bel (B) é uma unidade usada para expressar a relagéo entre duas grandezas da mesma natureza (poténcia, corrente ou tensdo) de uma forma logaritmica. As férmulas dadas a seguir sdéo usadas para calcular relagdes de poténcia, tensdo ou corrente em decibéis (dB) onde 1 dB = 0,1 B. O decibel é derivado dos logaritmicos comuns (base 10). Obs.: Como o decibel é uma unidade de comparacao (nao um valor absoluto), em alguns casos um nivel de referéncia deve ser indicado. Quando trabalhando com amplificadores, por exemplo, 6 comum se adotar como nivel de referéncia 1 mW em 600 ohms. Se 1 mW for adotado como referéncia, a letra “m” é acrescentada ao dB, que se torna dBm. Formula 62.1 Pout Pin dB = 10log Onde: dB é o ganho de poténcia ou perda (numero puro) Log é o logaritmo comum da expressdo (base 10) Pout é a poténcia de saida em watt (W) Pin é a poténcia de entrada em watt (W) 131 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Formula 62.2 Vout dB =20lo : 9 m Onde: dB é 0 ganho ou perda de tensdo (numero puro) Log é 0 logaritmo comum da expressao (base 10) Vout é a tensdo de saida em volt (V) Vin é a tensdo de entrada em volt (V) Formula 63.3 dB =201og 2 = 0g = 9 Tin Onde: dB é o ganho ou perda de corrente em ampéres (A) Log é 0 logaritmo comum da expressdo (base 10) lin é a corrente de entrada em ampéres (A) Tout é a corrente de saida em ampéres (A) Exemplo de aplicacgao: Um amplificador fornece uma poténcia de saida de 10 W quando um sinal de 0,5 W é aplicado a sua entrada. O ganho deste amplificador é dB é: Dados: Pout = 10 W Pin = 0,5 dB=? Aplicando a formula 63.1: 10 4B = 20log—— = 20 log2 = 20 x 0,65 = 13 dB 132 NEWTON C. BRAGA Tabela 22 - Relacdo entre tensées e corrente e decibéis Relagdo de Poténcias Relagao_de Correntes ou tensées | dB 1,000 1,000 0 1,023 1,012 1 1,047 1,023 0,2 1,072 1,035 0,3 1,096 1,047 0,4 1,122 1,059 0,5) 1,148 1.072 0,6 1,175, 1,084 0,7 1,202 1,096 0,8 1,230 1,109 0.9) 1,259 1,122 1,0 1,413 1,189 15 1,585 1,259 2,0 1,778 1,324 2,5 1,995 1,413 3,0 2,239 1,496 3,5 2,512 1,585 4,0 2,818 1,679 4,5 3,162 1,778 5,0 3,548 1,884 5,5 3,981 1,995 6,0 4,467 2,113 6,5 5,012 2,239 7,0 5,623 2,371 7,5 6,310 2,512 8,0 7,079 2,661 8,5 8,913 2,985 9,5 10,0 3,162 10 12,6 3,55 iL 15,9 3,98 12 20,0 4,47 13 25,1 5,01 14 31,6 5,62 15 39,8 6,31 16 50,1 7,08 17 63,1 7,94 18 79,4 8,91 19 100,0 10,0 20 125,9 11,22 21 158,5 12,59 22 199,5 14,13 23 251,2 15,85 24 316,2 17,78 25 133 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA 398,1 19,95 26 501,2 22,39 27 631,0 25,12 28 794,3 28,18 29 1.000 31,62 30 1.239 35,48 31 1585 39,81 32 1,995 44,67 33 2512 50,12 34 3.162 56,23 35 3981 63,10 36 5012 70,79 37 6 310 79,43 38 7 943 89,13 39 10 000 100,0 40 12 590 112,2 41 15 850 125,9 42 19 950 141,3 43 25 120 158,5 44 31.620 177,8 45 39 810 199,5 46 50 120 223,9 47 63 100 251,2 48 79 430 281,8 49 100 000 316 50 1.000 000 1000 60 10 000 000 3162 70 100 000 000 10 000 80 1.000 000 000 31620 90 63 - O Neper O neper também é uma unidade adimensional. O neper é usado para expressar relagdes de poténcia, mas usando o logaritmo natural (base e onde e = 2,71828), As formulas seguintes sao usadas para calcular relagdes de poténcia usando o neper. 134 NEWTON C. BRAGA Formula 63.1 N 0,5xin owt p= xn, Onde: Np é a relagdo de poténcia em nepers (n) In é o logaritmo natural da expresso Pout é a poténcia de saida em watt (W) Pin é a poténcia de entrada em watt (V) Tabela 23 — relacgées entre Decibéis e Nepers 51 neper 0 decibel eper = 0,8686 bel neper =8,686 decibel 1d 0,1 1di 0,01151 neper 1 bel = 1,1) 1bel=1 in 1 64- Atenuador T Balanceado As férmulas dadas a seguir séo usadas nos calculos envolvendo o atenuador T simétrico ou balanceado. 135 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Re Re 2in Rp Zout Zin = Zout =Z Formula 64.1 Rs =Zx Ga + > Onde: (2) Rs éa resisténcia série em ohms (Q) Z é a impedancia (Zin e Zout devem ser iguais) em ohms K é o fator de atenuac&o (relagéo entre a tensdo ou corrente de entrada e a tensdo ou corrente de saida) Formula 64.2 R Zz 2xk = Zx(——_ P Gap Onde: Rp é a resisténcia paralela em ohms (Q) Z éa impedancia (Zin = Zout) em ohms (Q) K € 0 fator de atenuacdo 136 NEWTON C. BRAGA Exemplo de Aplicagao: Determine as resisténcias que devem ser usadas num atenuador “T” onde as impedancias de entrada e saida sao de 300 ohms e a atenuacao desejada tem um fator 4. Dados: Z= 300 ohms Aplicando a formula 64.1 para Rs: 4 3 Rs= 300 x ( )= 300 x= = 180 ohms 1641 5 Aplicando a formula 64.2 para Rp: 2x4 Rp = 300x (=> * 8 )= 300 x — = 160 ohms 16-1. 15 65 - Atenuador PI (1) balanceado As formulas seguintes sao utilizadas para os calculos envolvendo o atenuador em Pi (n) ou atenuador Pi balanceado. 137 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA MreZot=Z Formula 65.1 Rs=Z k?-1 a eee 2Zxk onde: Rs é a resisténcia paralela em ohms (2) Z éa impedancia (Zin = Z out) em ohms (Q) K € 0 fator de atenuacado Formula 65.2 Rp = (- ‘) PYP*NERY Onde: Rp é a resisténcia paralela em ohms (Q) Z éa impedancia (Rin = Rout) em ohms (Q) K é 0 fator de atenuacao. 138 NEWTON C. BRAGA Exemplo de Aplicacao: Calcular os componentes de um atenuador-pi com uma impedancia de entrada e de saida de 50 ohms, apresentando uma atenuac&o de um fator 5. Dados: Z = 50 ohms K=5 Rp, Rs = ? Aplicando a formula 65.1 para Rs: 2 5 1 24 Rs = 50x = 50x —= 50 x 24= 120 ohms 2x5 10 Usando a formula 65.2 para Rp: S+1 6 Rs= 50x (—)- 50x (G)= 75 ohms 66 - Atenuador T nao balanceado Num atenuador T desbalanceado, a impedancia de entrada é menor do que a impedancia de saida. As formulas seguintes possibilitam o calculo dos componentes deste atenuador. Rs, 139 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Formula 66.1 _ 2xVNxZout x Zin R a N-1 Onde: N é o fator de atenuac&o entre a entrada e a saida em termos de tensdo, corrente ou poténcia Zout é a impedancia de saida em ohms (Q) Zin é a impedancia de entrada em ohms (Q) Rp é a resisténcia paralela em ohms Formula 66.2 . N+1 Rs1=Zinx Gi 5)- Rp Onde: Rs1 éa resisténcia em série em ohms (Q) Zin é a impedancia de entrada em ohms (Q) N 60 fator de atenuacgao Rp é a resisténcia paralela (Q) Formula 66.3 Rs2 = Zout eas x) R sZ = Zout x Noa Pp Onde: Rs2 éa resisténcia em série em ohms (Q) Zin é a impedancia de entrada em ohms (Q) N 60 fator de atenuacado Rp é a resisténcia paralela (Q) 67 - Atenuador Pi (tr ) nao balanceado 140 NEWTON C. BRAGA Neste tipo de atenuador, a impedancia de entrada é sempre mais baixa do que a impedancia de saida. As formulas seguintes servem para o calculo dos elementos deste atenuador. Formula 67.1 R _ N-1_ |ZinxZout oe N Onde: Rs é a resisténcia em série em ohms (2) Zin é a impedancia de entrada em ohms (Q) N 60 fator de atenuacado Zout é a impedancia de saida em ohms (2) Formula 67.2 es (4) Ss Rpi Zin*\N—1) Rs Onde: Rp1 é a resisténcia em paralelo em ohms 141 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Rs é a resisténcia em série em ohms (Q) Zin é a impedancia de entrada em ohms (Q) N é0 fator de atenuacado Zout é a impedancia de saida em ohms (Q) Formula 67.3 1 1 (- 7) 1 —— = —_ x{—_)- — Rp2 Zout -1 Rs Onde: Rp2 é a resisténcia em paralelo em ohms (2) Rs é a resisténcia em série em ohms (2) N 60 fator de atenuacgao Zout é a impedancia de saida em ohms (Q) 68 - Dipolo de Meia Onda As formulas que damos a seguir permitem calcular as dimensées de um dipolo de meia onda como fungao da frequéncia de operacao. po 142 NEWTON C. BRAGA Formula 68.1 L a 22 Onde: L é 0 comprimento da antena em metros (m) 4 € 0 comprimento de onda em metros (m) Formula 68.2 150 000 000 f Onde: L é€ 0 comprimento da antena em metros (m) f & a frequéncia em hertz (Hz) Exemplo de aplicac&o: Calcular 0 comprimento total de um dipolo de meia onda cortado para operar numa frequéncia de 60 MHz. Dados: = 60 MHz = 60 000 000 Aplicando a formula 68.2: _ 150 000 000 ~ 60 000 000 = 2,5 metros 69 - Dipolo dobrado de meia onda As formulas para o calculo das dimensdes deste tipo de antena sao dadas a seguir. 143 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Formula 69.1 Onde: L é 0 comprimento da antena em metros (m) 4 é€ 0 comprimento de onda em metros (m) Formula 69.2 L 150 000 000 f Onde: L é0 comprimento da antena em metros (m) f é a frequéncia em hertz (Hz) Exemplo de aplicagao: Determine o comprimento total de um dipolo dobrado de meia onda que deve operar na frequéncia de 300 MHz. 144 NEWTON C. BRAGA Dados: f = 300 MHz = 300 000 000 L=? Calculando o comprimento de onda: 300 000 000 A= >———-= 1 metro 300 000 000 Usando a formula 69.1: 1 L= —=0,5 metro 2 Tabela 24 - Frequéncia x Comprimento de onda para algumas frequéncias Frequéncia (MHz) Comprimento de onda (m) | i 300 2 150 3 100 4 75 5 60 6 50 7 42,85 8 37,5 9 33,33 10 30 15 20 20 15 25 12 30 10 40 7.5 50 6 60 5 70 4,285 80 3,75 90 3,333 100 3 150 2 200 15 250 1,2 300 Z 400 0,75 500 0,6 145 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA 600 os 700 0,428 800 0,375 900 0,333 1.000 0,3 70 - Alcance (sinais de VHF e acima) O alcance de um transmissor na faixa de VHF e superiores depende da altura tanto da antena transmissora como da antena receptora, Além do didmetro da terra. As formuladas dadas a seguir sao validas para o alcance visual néo levando em conta o fenédmeno da refracao. Transmissor Receptor Formula 70.1 S=3,6x(VHxJh) Onde: S €0 alcance em quildmetros (km) H éa altura da antena transmissora em metros (m) H éa altura da antena transmissora em metros (m) Exemplo de Aplicacao: Qual é o alcance de um transmissor de TV operando na faixa de VHF, com uma antena transmissora numa altura de 100 m, tendo os sinais recebidos por uma antena colocada a 9 metros de altura? 146 NEWTON C. BRAGA Dados: 100 metros 9 metros ? Aplicando a formula 70.1: 5= 36x (V¥100+ V9) = 36x (10+ 3) = 3,6 x 13= 46,8 km 71 - Cabo Coaxial A impedancia, capacitancia e indutancia de um cabo coaxial sao calculados pelas seguintes formulas: E D | 7" Formula 71.1 1,38 D xt z= pal Vr Fa Onde: Z éa impedancia em ohms (Q) € € a constante dielétrica (vacuo = 1) D é 0 didmetro externo do cabo em centimetros (cm) d é 0 didmetro interno do cabo em centimetros (cm) (Pode-se expressar os didmetros ambos em milimetros, sem problemas) 147 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Formula 71.2 7 exL C=0,24x—p gq Onde: C éa capacitancia em picofarads (PF) € € a constante dielétrica L € 0 comprimento do cabo em centimetros (cm) D é0 didmetro externo em centimetros (cm) d é 0 didmetro interno em centimetros (cm) Formula 71.3 D Lx =0,046xpxLbxlg a Onde: Lx é a indutancia em microhenrys (uH) H @ a-_ permeabilidade relativa (para materiais ferromagnéticos = 1) L é 0 comprimento do cabo em centimetros (cm) D é€ 0 didmetro externo em centimetros (cm) dé 0 didmetro interno em centimetros (cm) 72 - Linha Balanceada de Dois Condutores Paralelos As formulas seguintes séo usadas para calcular as caracteristicas deste tipo de linha de transmissao. 148 NEWTON C. BRAGA d d 0 Formula 72.1 Z 276 l 2D = —=xlg — ver 9a Onde: Z éa impedancia em ohms (Q) er é a constante dielétrica D éa distancia entre os fios em centimetros (cm) d é 0 didmetro dos fios em centimetros (cm) Formula 72.2 oe €=0,12x —gzp ig d Onde: C éa capacitancia em picofarads (pF) er é a constante dielétrica D éa distancia entre os fios em centimetros (cm) d é 0 didmetro dos fios em centimetros (cm) 149 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Formula 72.3 2D Ex = 0,009 xpxbxlg —- Onde: Lx é a indutancia em microhenrys (uH) u é a permeabilidade relativa D éa distancia entre os fios em centimetros (cm) dé 0 didmetro dos fios em centimetros (cm) 73 - Rede rr ou Filro tr Uma rede PI ou filtro PI pode ser usada para casar impedancias, por exemplo, a impedancia de saida de um transmissor com a impedancia de uma antena. As formulas seguintes séo usadas para calcular as caracteristicas deste tipo de rede. L z4 ct =a OR 150 NEWTON C. BRAGA Formula 73.1 Z1 (2) zz \C1 Onde: Z1 é a impedancia de entrada em ohms (Q) Z2 6a impedancia de saida em ohms (Q) C1 e C2 sao as capacitancias da rede em farads (F) Formula 73.2 €1x€2 €1+ 2 Onde: C éa capacitancia total em picofarads (PF) C1 e C2 sao as capacitancias da rede em picofarads (PF) Formula 73.3 1 f ~ ZxUxvbx€ Onde: F é a frequéncia de ressonancia em hertz (Hz) Pi = 3,1416 Léa indutancia associada em henrys (H) C éa capacitancia total em picofarads (PF) Formula 73.4 z= 22x (2) =Z2x{— 1 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA z2=21x (2) = x{— C2. Onde: Z1 6a impedancia de entrada em ohms (Q) Z2 é a impedancia de saida em ohms (2) C1 e C2 s&o as capacitancias em farads (F) ou submiultiplos 152 NEWTON C. BRAGA -Parte 3 - Formulas Para _ Circuitos Eletrénicos 74 - Diodo Semicondutor Para um diodo semicondutor ideal (jungéo PN) a corrente que flui quando diretamente polarizada, depende da tensdo e também da temperatura, conforme a seguinte formula: Formula 74.1 Corrente no diodo: 1 =Irmax = [ele*) 2 1] Onde : I éacorrente direta em ampéres (A) Irmax é a corrente de bloqueio ou saturagado em ampéres (A) V éa tensdo aplicada em volts (V) Vr é 0 potencial térmico em volts (V) e = 2.71828 75 - Retificador de meia onda Este retificador utiliza um diodo fornecendo uma tensdo DC pulsante que tem a mesma frequéncia da entrada AC (ver figura). As seguintes formulas sao usadas para se calcular a corrente e a tensdéo em uma carga: 153 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Formula 75.1 Tensdo média: Vmax Vavg = —— Onde: Vavg é a tens&o média sobre a carga em volts (V) Vmax é a tensdo de pico ou tensdo maxima em volts (V) TI é a constante 3,1416 Obs.: a queda de tensdo nos diodos (da ordem de 0,2 V nos tipos de germanio e 0,6 C nos tipos de silicio) nao foi considerada nesta formula. Formula 75.2 Corrente média: I Imax avg = —— 8 te Onde: Tavg é a corrente média através da carga em ampéres (A) Imax é 0 pico ou maximo da corrente AC de entrada em amperes (A) TI vale 3,1416 Exemplo de aplicacgao: Determine a corrente média numa fonte de alimentacao de meia onda onde a corrente retificada maxima é de 600 mA. Dados: Imax = 600 mA TI = 3.14 lavg =? Usando a formula 75.2: 154 NEWTON C. BRAGA 600 Iavg = —— = 191.08 mA 314 Obs: Pode-se usar Imax em ampéres, obtendo-se Iavg em ampéres. 76 - Retificador de Onda Completa A corrente e a tensdo num retificador de onda completa podem ser calculadas utilizando-se as formulas que damos a seguir. As férmulas sao validas para sistemas de dois diodos e pontes usando 4 diodos. hy i nN 3| >t Vavg a) dois diodos Formula 76.1: Tensdo média: 155 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA 2x Vmax Vavg = a Onde: Vavg é a tens&o média na carga em volts (V) Vmax é a tensdo de pico/maxima de entrada em volts (V) TI vale 3,1416 Formula 76.2 Corrente média: I 2x Imax avg = —— a Fa Onde: Tavg é a corrente média na carga em ampéres (A) Imax é a corrente de pico ou maxima em ampéres (A) TI vale 3,1416 Formula derivada: Formula 76.3 Corrente maxima: lavg x1 2 Imax = Onde: Imax é a corrente maxima em ampéres (A) Tavg é a corrente média em ampéres (A) TI vale 3,1416 Obs.: A queda de tensdo nos diodos nao é considerada nestas formulas. 156 NEWTON C. BRAGA Exemplo de aplicacgao: Calcule a tens&o de pico num retificador de onda completa Ou a tensdo média de saida na carga é de 9 V. Dados: Vavg =9V Tl = 3,14 Vmax = ? Aplicando a formula 76.2 e resolvendo: 9x3.14 Vmax = = 14.13 volts 77 - Coeficiente de Filtro LC O coeficiente de filtro 6 definido como a relac&o entre a amplitude da componente alternada na sua entrada e a amplitude da componente alternada na sua saida. O coeficiente de filtro é calculado pelas formulas que damos em seguida. ay Vw in c Vwout Filtro 157 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Formula 77.1 Coeficiente de Filtro I: Vwin a= —— Vwout Onde: @ & o coeficiente de filtro Vwin é a componente alternada na entrada do filtro em volts (V) Vwout é a componente alternada na saida do filtro em volts (V) Formula 77.2 Coeficiente de filtro II a= a xCxLb-1 Onde: @ &0 coeficiente de filtro @ = (2 x 1x f) onde f é a frequéncia da corrente alternada na entrada do filtro em hertz (Hz) C éa capacitancia em farads (F) L éa indutancia em henrys (H) Exemplo de aplicacao: Determine a amplitude da componente alternada na saida de um filtro RF operando na rede de energia de 60 Hz com uma saida de 12 V. O filtro é formado por um capacitor de 1 000 uF e um indutor de 10 Henry. Dados: L= 10H C = 1000 uF = 10°F f = 60 Hz Vwin = 12 V Vwout = ? Aplicando a formula 77.2 para calcular & : 158 NEWTON C. BRAGA @ =[ (2 x 3.14 x 60)? x 10% x 10) - 1] = 141.9-1= 140.9 Calculando Vwout: 12 Vwout = —— = 0.085 V or 85 mV 140.9 78 - Coeficiente de Filtro RC O coeficiente de filtro de uma configuragéo RC é definido como a relagéo entre Vwout e Vwin como no filtro LC (veja MA053). As seguintes formulas sao usadas para calcular este coeficiente. Rg VY Vw in l c Vw out Filtro Formula 78. 1 Coeficiente de filtro: Vwout Vwin Onde: @ & 0 coeficiente de filtro Vwout é a amplitude da componente alternada na saida do filtro em volts (V) Vin é a amplitude da componente alternada na entrada do filtro em volts (V) 159 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Formula 78.2 Coeficiente de filtro como fungdo de RC: a= V(@xRxO+1 Onde: @ & o coeficiente de filtro @ =2-x II x f onde f é a frequéncia da tensdo na entrada do filtro em hertz (Hz) R a resisténcia em ohms (Q) F é a capacitancia em farads (F) 79 - Fator de Ripple O fator de ripple (Y ) ou ondulacg&o é definido como a relagaéo entre oi valor RMS da tens&o de saida e o valor DC da tensdo de saida vezes 100. A férmula seguinte expressa esta definicdo e é utilizada para calcular o fator de ripple. Saida (V) Formula 79.1 Fator de ripple: 160 NEWTON C. BRAGA r Vrms 100 ~ Vae * Onde: Y é 0 fator de ripple Vrms é 0 valor rms da tens&o de saida em volts (V) Vdc é 0 valor médio da tensdo de saida em volts (V) Fatores de Ripple: (Carga Resistiva) a) Retificador de meia onda = 120% b) Retificador de onda completa = 48%_ Tabela 25 - Caracteristicas dos retificadores (usando cargas resistivas) Parametro Meia onda | Onda completa Onda Completa (transformador com | (Ponte) tomada central) Vdc na carga Vims na carga Tensdo inversa nos Vmax 2x Vmax vmax diodos Vr = (Max.) Fator de ripple (_) 120% 48% 48% Fator de armazenamento [3.49 x Pde | 1.75 x Pde 1.23 x Pde no transformador (primério e | (secundario) (primario e referenciado a poténcia | secundério) secundério) de saida na carga 1.23 x Pde (priméario) Pdc = poténcia de saida em watts (W) 80 - Indutancia de Filtro As formulas dadas a seguir sao usados para se calcular a indutancia a ser usada num filtro. Estes valores dependem do 161 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA coeficiente de filtro, do capacitor usado e da corrente de saida, assim como da frequéncia da corrente alternada aplicada ao filtro. TS \ Vout c (Ww) | Formula 80.1 Indutancia de filtro: 1+a w? x€ Onde: L é a indutancia em henrys (H) @ & 0 coeficiente de filtro @ =2x TI xf, onde f éa frequéncia em hertz (Hz) C éa capacitancia em farads (F) Obs.: podemos definir a grandeza 1 como a eficiéncia do filtro e os valores so dados pela seguinte formula: Formula 80.1a Eficiéncia: 1 _ a Onde: 162 NEWTON C. BRAGA @ € o coeficiente de filtro 1 a eficiéncia do filtro 81 - Capacitancia de Filtro O valor do capacitor de filtro de uma fonte pode ser calculado em fungao da indutancia do filtro, da frequéncia AC e do coeficiente de filtro. As formulas seguintes séo usadas para estes calculos. ye SM , \, Vout c (Ww) | Formula 81.1 Capacitancia de filtro: 1t+a wi xk Onde: C é a capacitancia em farads (F) @ & o coeficiente de filtro @ =2x TI xf onde f é a frequéncia AC em hertz (Hz) L é a indutancia em henrys (H) Formula derivada: 163 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Formula 81.2 Capacitancia de filtro II: 1+ — yx@? xb Onde todas as quantidades séo as mesmas da formula anterior exceto 77: 1 €a eficiéncia do filtro. 82 - Dobrador de Tensao Convencional A figura mostra a configuragao basica de um dobrador de tensdo convencional. A tensdo de trabalho do capacitor é calculada pela seguinte formula: V = Vmax senot Formula 82.1 Vel = Ve2 = Vmax Onde: Vc1 e Vc2 sAo as tensdes de trabalho dos capacitores em volts (V) Obs.: as tensdes inversas de pico minima dos diodos (PIV) sdo 2 x Vmax 164 NEWTON C. BRAGA 83 - Dobrador de Tensao em Cascata Este circuito usa apenas dois diodos. As tensdes de trabalho dos capacitores s&o calculadas pela seguinte formula: V =Vmax senot Formula 83.1 Vc1 = Vmax eVc2=2 x Vmax Onde: Vc1 e Vc2 s&o as tensdes de trabalho dos capacitores em volts (V) Vmax € a tensdo de pico ou valor maximo da tensao na entrada AC do circuito em volts (V) Obs.: PIV dos diodos sao are 2 x Vmax (minimo). 84 - Dobrador de Tensao em Ponte A figura mostra a configuragéo do dobrador usando 4 diodos. A tensdo de saida é o dobro da tensdo de entrada. 165 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Ve Vmax senot Formula 84.1 Vea = Ve2 = Vmax Onde: Vcl e Vc2 séo as tensdes minimas de trabalho dos capacitores em volts (V) Vmax é 0 valor de pico da tens&o aplicada em volts (V) Obs.: PIV minimo dos diodos é 2 x Vmax. 85 - Triplicador de Onda Completa O circuito mostrado na figura fornece em sua saida uma tensdo que é trés vezes o valor de pico aplicado a sua entrada. Os componentes desse circuito sdo calculados pela seguinte formula: 166 NEWTON C. BRAGA V= Cj Vimex senat Formula 85.1 Ve1 = Ve3 = Vmax Onde: Vc1, Vc2, Vc3 sao as tensdes minimas de trabalho dos capacitores em volts (V) Vmax é o valor de pico da tensdo AC de entrada em volts (v) Obs.: Tensdo minima de pico dos diodos (PIV): 2 x Vmax. 86 - Triplicador de Tensdo em Cascata O circuito mostrado na figura fornece em sua saida uma tensdo que é trés vezes o valor da tensdo alternada aplicada a entrada. As caracteristicas dos capacitores usados sao calculadas pela formula seguinte: Vmax senot ° 167 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Formula 86.1 Vc1 = Vmax Ve2 = Vc3 = 2x Vmax Onde: Vc1, Vc2 e Vc3 sao as tensdes minimas de trabalho dos capacitores em volts (V) Vmax é 0 valor de pico da tensdo AC de entrada em volts (v) Obs.: Tens&o inversa de pico minima (PIV) dos diodos: 2 x Vmax. 87 - Quadruplicador de Onda Completa A figura mostra o circuito que faz uso de quatro diodos. A tenséo minima de trabalho dos capacitores é calculada pelas seguintes férmulas: Formula 87.1 Vel = Ve2 = Vc3 = VeA = 2x Vmax 168 NEWTON C. BRAGA Onde: Vc1, Vc2, Vc3 e Vc4 sao as tensdes minimas de trabalho dos capacitores em volts (V) Vmax é 0 valor de pico da tensdo AC de entrada em volts (v) Obs.: Tens&o inversa de pico( PIV) minima dos diodos usados: 2 x Vmax. 88 - ZENER As formulas dadas a seguir sdéo usadas num circuito regulador de tensao com diodo zener como o mostrado na figura. Formula 88.1 Vin(@max)— (VE+RxiL) R Iz(max) = Onde: Iz(max) é a corrente maxima através do diodo zener em amperes (A) Iz(min) é a corrente minima através do diodo zener em amperes (A) Vin(min) é a tensdo minima de entrada em volts (V) Vin(max) é a tensdéo maxima de entrada em volts (V) 169 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA VL é a tensdo de saida ou tens&o na carga em volts (V) IL é a corrente na carga em ampéres (A) R éa resisténcia da carga em ohms (Q) Formula 88.2 As férmulas seguintes sao calculadas para calcular a faixa de valores de R. Vin(max) — VL RGmin) = Iz(max) + IL _ Vin(min)- VL R(max) = Iz(min) + IL Onde: R(min) é 0 valor minimo de R em ohms (Q) R(max) € 0 valor maximo de R em ohms (Q) Vin(max) é a tensdo maxima de entrada em volts (V) Vin(min) é a tensdo minima de entrada em volts (V) Iz(min) é a corrente minima no diodo zener em ampéres (A) (A) Iz(max) é a corrente maxima no diodo zener em ampéres UL é a tensdo na carga em volts (V) IL é a corrente na carga em amperes (A) Formula 88.3 P(max) Vz Onde: Iz(max) é a corrente maxima no diodo zener em ampeéres (A) P(max) é a dissipagéo maxima do diodo zener em watts Iz(max) = (Ww) Vz é a tensdo zener em volts (V) Formulas derivadas: 170 NEWTON C. BRAGA Formula 88.4 P(max) = Vzx Iz (max) Onde: P(max) é a dissipagdo do diodo zener em watts (W) Vz é a tensdo zener em volts (V) Iz(max) é a corrente maxima no diodo zener em ampéres (A) Exemplo de Aplicacao: Uma carga de 20 mA deve ser alimentada por uma fonte regulada de 9 V. A tensdo de entrada no regulador varia entre 12 Ve 15 V ea corrente no diodo zener deve ser mantida entre 10 e 50 mA. Calcular o valor e a dissipagao de R. R IL = 20mA Vmax = 15V I Vmin = 12 V a Uz Dados: IL = 20 mA V=9V Vin(max) = 15 V Vin(min) = 12 V Iz(max) = 50 mA = 0.05 A Iz(min) = 10 mA = -OLA e Calculando R(min) e R(max) - formulas 88.2: FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA 12-9 3) R(max) = ————— = —— = 300 ohms 0.02 — 0.01 0.01 Podemos adotar o valor 220 ohms como o padronizado mais proximo dentro da faixa calculada * Determinando a poténcia dissipada pela formula 88.4: P(max) = 0.05 x 9 = 0.45 Watts Um diodo zener de 1 W é o recomendado para esta aplicacao. 89 - Divisor de Tensao Capacitivo A reatancia capacitiva de um capacitor pode ser usada num redutor de tens&o a partir do qual é possivel projetar fontes de alimentagéo sem transformador, conforme mostra a figura 382. Supondo uma carga resistiva, podemos calcular R e C usando as seguintes formulas: coed | Uo Formula 89.1 R V I Onde: V éa tens&o na carga em volts (V) 1 é a corrente na carga em ampéres (A) R éa resisténcia da carga em ohms (Q) Os valores so rms (root mean square) 172 NEWTON C. BRAGA Formula 89.2 Vin i Onde: Z é a impedancia do circuito em ohms (Q) Vin é a tensdo de entrada em volts (V) I é a corrente total no circuito ou carga em ampéres (A) Formula 89.3 Xe = V¥Z*—- R? Onde: Xc é a reatdncia capacitiva do capacitor usado em ohms (Q) Z 6a impedancia do circuito em ohms (Q) R éa resisténcia da carga em ohms (Q) Formula 89.4 10° . 2xnx fexXc Onde: C éa capacitancia do capacitor em microfarads ( # F) n= 3.1416 f é a freqiiéncia da rede de alimentacgao em hertz (Hz) Xc é a reatancia capacitiva em in ohms (Q) Exemplo de Aplicacgao: Determine a capacitancia de C no circuito da figura para alimentar a lmpada de 12 V x 50 mA a partir da rede de 127 Vx 60 Hz. 173 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA 117 Vac C=? (60 Hz) Dados: V = 12V Vin = 127 V I = 0.02 A (20 mA) a) Calculando R (formula 89.1) 12 R = —— = 600 ohms 0.02 b) Determinando Z (formula 89.2) 127 Z=— = 6 350 ohms 0,02 c) Entao, Xc sera encontrado usando a férmula 89.3: Xe = V6350? — 6007 = ./40,3 x 10°— 0,36 x 10° Xe = 439,94 x 10° = 6 319 ohms d) Encontrando C (formula 89.4): c= 10° oo 108 2 ~ 2x314x60x6319 2380x10° 2380 Podemos aproximar para o valor comercial mais préximo que é de 470 nF. 174 NEWTON C. BRAGA 90-NTC Resistores com coeficiente negativo de temperatura ou Negative Temperature Coefficient (NTC) possuem uma caracteristica como a mostrada na figura 1. Sua resisténcia diminui com a temperatura. As formulas para calculos envolvendo estes componentes sdo dadas a seguir. RQ) 10° Caracteristica Tipica KCC) Formula 90.1 Resisténcia de um NTC: B R=Axet Onde: R éa resist€éncia numa dada temperatura em °K em ohms (Q) A é uma constante dada pelo fabricante do NTC. B é a constante dada pela caracteristica (faixa de 1,000 a 8,000 °K) T é a temperatura ambiente em graus kelvin (°K) 175 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Formula 90.2 Resisténcia de um NTC II: R= Rtox 8G] Onde: R €a resisténcia numa determinada temperatura em ohms (Q) Rto é a resisténcia em To em ohms (Q) e = 2,71828 T é a temperatura final em graus Kelvin (°K) To é a temperatura de referéncia em graus Kelvin (°K) B & uma constante dada pelas caracteristicas do componente 91 -PTC PTC ou Positive Temperature Coefficient sao resistores com coeficiente positivo de temperatura, ou seja, sua resisténcia aumenta quando a temperatura sobe, conforme mostra a caracteristica da figura. As formulas dadas a seguir sao associadas a este componente. RQ) Caracteristica +O Tipica AUC} 176 NEWTON C. BRAGA Formula 91.1 Resisténcia in (Ra) = ae Onde: @é@ o coeficiente de temperatura acima da temperatura de referéncia em graus Celsius. R1 e R2 sdo as resisténcias em dois pontos diferentes da caracteristica em ohms (Q) At é@ a diferenca de temperatura entre os pontos considerados onde R1 e R2 so medidos. Obs.: a curva caracteristica de um PTC é dada pelo fabricante e depende de cada componente. 92 - Varicaps Varicaps, varactors ou diodos de capacitancia varidvel sao semicondutores cuja capacitancia depende da tensdo inversa aplicada. Estes componentes sao utilizados em circuitos de sintonia de modo a mudar a frequéncia a partir da aplicagdéo de uma tens&o externa. 177 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA 1 x f @ Caracteristica Tipica -20 -10 vy} Formula 92.1 Varicap: a cd=€ ( vo y oO XN Ve Onde Cd é a capacitancia final em picofarads (pF) Co é a capacitancia quando V = 0 V n é um indice dado pelo fabricante de acordo com o componente V éa tens&o aplicada em volts (V) Vo é a tensdo de difusdo em volts (V) Obs.: Vo = 0.5 V(tip.) para o germanio Vo = 0.7 V(tip.) para o silicio 178 NEWTON C. BRAGA . Transistores 93 - Ganho Estatico de Corrente (Emissor Comum) O ganho estatico de corrente para um transistor bipolar é a relagdo entre a corrente continua de coletor (Ic) e a corrente continua de base (Ib) numa configuragdéo de emissor comum, como mostrada na figura . {re — Ip Formula 93.1 Ganho do transistor: Ic 1b Onde : B &0 ganho estatico de corrente Ic é a corrente de coletor em ampéres (A) ou submultiplos Ib 6 a corrente de base em ampéres (A) ou submultiplos Exemplo de Aplicacao: Uma variagéo de corrente de 1 mA na base de um transistor produz uma variacdo de corrente no coletor do mesmo transistor de 50 mA. O transistor esta na configuracgéo de emissor comum. Calcule 0 ganho estatico de corrente deste transistor. 179 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Dados: Ic = 50 mA Ib=1mA B=? Usando a formula 1: 50 B= ene 94 - Ganho Estatico de Corrente (Configuragao de Base Comum) O ganho estatico de corrente de um transistor na configuragéo de base comum é definido como a relacdo entre a corrente de coletor (Ic) e a corrente de emissor (Ie). Formula 94.1 Ganho de corrente: Ic ~ Te Onde: @ 0 ganho de corrente na configuracao de base comum Ic é a corrente de coletor em ampéres (A) Te é a corrente de emissor em ampéres (A) 95 - Relacgao entre Alfa e Beta As seguintes formulas séo usadas para converter ganho alfa em beta e vice-versa. 180 NEWTON C. BRAGA Formula 95.1 Alfa vs. Beta: “4-a Formula 95.2 Beta x Alfa 1 a=1-—— p-1 Onde: B 6&0 ganho estdtico de corrente na configuracdo de coletor comum. @ &0 ganho estatico de corrente na configuracgado de base comum Exemplo de Aplicagao: Determine o ganho estatico de corrente na configuracao de emissor comum (B) de um transistor que possui ganho estatico de corrente na configuragaéo de base comum (@ ) de 0.995. Dados: @ = 0.995 p=? Usando a formula 95.1: 0.995 _ 0.995 _ = = —— = 199 1-0995 0.005 181 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Tabela 26 - Converséo Alfa & Beta B (Beta) @ (Alfa) B (Beta) | & (Alfa) 1 0.5000 40 0.9756 2 0.6666 42 0.9767 3 0.7500 44 0.9778 4 0.8000 46 0.9786 5 0.8333 48 0.9796 6 0.8571 50 0.9804 7 0.8750 55 0.98 8 0.8889 60 0.9836 9 0.9000 65 0.9848 10 0.9091 70 0.9859 11 0.9167 75 0.9868 12 0.9231 80 0.9877 13 0.9286 85 0.9884 14 0.9333 90 0.9890 15 0.9375 95 0.9896 16 0.9412 100 0.9901 17 0.9444 110 0.9909 18 0.9474 120 0.9917 19 0.9500 130 0.9931 20 0.9524 140 0.9932 22 0.9565 150 0.9933 24 0.9600 160 0.9938 26 0.9630 170 0.9942 28 0.9655 180 0.9945 30 0.9677 190 0.9948 32 0.9697 200 0.9952 34 0.9714 250 0.9962 36 0.9730 300 0.9966 38 0.9744 350 0.9971 182 NEWTON C. BRAGA 96 - Parametros Hibridos Os pardmetros foram desenvolvidos pelos fabricantes de transistores para indicar os valores dos seus elementos internos. Usando os parametros hibridos os circuitos com transistores podem ser calculados de forma mais simples. O circuito equivalente a tais pardmetros é mostrado na figura. Definigdes: Os pardmetros hibridos do circuito mostrado acima sdo definidos da seguinte forma: hi: imped&ncia de entrada com a saida em curto. hi tens&o de amplificagéo reversa com circuito aberto. ha: corrente direta de amplificagéo em curto- circuito hz admitancia de saida com entrada em circuito aberto Formula 96.1 Impedancia de entrada U, hi = —para V2=0 q Formula 96.2 Fator de amplificagéo reverso de tensdo em circuito aberto. 183 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA U, hoe paral, =0 Formula 96.3 Fator de amplificag&o direta em curto circuito (#8) L, ha = > para V2 =0 q Férmula 96.4 Admitancia de saidaz t, haz = U; paral, = 0 Onde: Vi €a tens&o de entrada em volts (V) V2 é a tensdo de saida em volts (V) I, 6 a corrente de entrada em ampéres (A) I, a corrente de saida em ampéres (A) Formulas derivadas: Formula 96.5 Tensao de entrada Vi= ha x Ti + Wiz x V2 Formula 96.6 Corrente de saida: In = hax I+ h22x V2 Formula 96.7 Determinante h: det h = his x f2- haz x haa 184 NEWTON C. BRAGA Onde: det h é o determinante formado pelos parémetros hibridos indicados abaixo: deth = Tabela Transistores hyyhy, Iyhy 27 - Simbolos literais e abreviagédes para (Aplicados as formulas de 96.1 a 96.7) Simbolo Termo Deth Determinante h Gi Ganho de corrente Gv Ganho de tensdo Gp Ganho de poténcia hi Impedancia de entrada com saida em curto hi Fator de amplificagéo de tensdo reversa em circuito aberto har Fator de amplificagdo direta em curto haz Admitancia de saida com saida aberta i Corrente de entrada hl Corrente de saida Ib Corrente de Base Ic Corrente de Coletor Ie Corrente de Emissor Re Resisténcia do Gerador Re Resisténcia de carga Vi Tensao de entrada V2 Tensao de saida Vee Tensdo entre base e coletor Vee Tensdo entre base e emissor Mew Tensdo entre coletor e emissor 185 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA 97 - Base Comum A figura mostra uma configuragéo em base comum usando um transistor NPN com os principais parametros que vao ser utilizados nas formulas seguintes. Nesta configuracao o sinal a ser amplificado é aplicado ao emissor e retirado do coletor. A base é 0 elemento comum para os sinais de entrada a saida, ja que ela esta ligada a terra. oh 9a hy f t Ml v2 Formulas 97.1 Base comum: V2= Voc Onde : Ve 6 a tens&o entre a base e o emissor em volts 5 - M I, € a corrente fluindo através do emissor em ampéres (A) Vee € a tensdo entre a base e o coletor em volts (V) I. € a corrente fluindo através do coletor em ampéres (A) 186 NEWTON C. BRAGA 98 - Emissor Comum Esta configuragéo é mostrada na figura. Os sinais aplicados a base s&o retirados do coletor. O emissor é 0 elemento comum 4a entrada e saida dos sinais. As seguintes formulas sao utilizadas quando utilizando parametros hibridos. Formula 98.1 Emissor comum Veo € a tens&o entre o emissor e a base em volts (V) I, é a corrente fluindo através da base em ampéres (A) Vee € a tens&o entra o coletor e o emissor em volts (V) I. € a corrente fluindo pelo coletor em ampéres (A) 99 - Coletor Comum Na configuragéo de coletor comum os sinais aplicados a base e retirados do emissor. O coletor é 0 elemento comum a entrada e saida do sinal. Na figura temos esta configuracado. As férmulas seguintes so aplicados para calcular os Pardmetros hibridos. 187 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Vv Formulas 99.1 Coletor comum: Vi = Vic lL=t V2 = Vee Onde: Va @ a tensdo entre base e coletor em volts (V) I,é a corrente fluindo pela base em ampéres (A) Vee € a tensdo entre coletor e emissor em volts (V) I. é a corrente através do emissor em ampéres (A) Tabela 28 - Caracteristicas Gerais de Circuitos com Transistores Emissor Comum Base Comum Coletor Comum Ganho elevado de | Ganho elevado de | Ganho de tensao perto de 1 tensao, tensao, Ganho de corrente | Ganho de corrente | Ganho de corrente elevado elevado perto dei Ganho de poténcia mais | Ganho de poténcia | Ganho de poténcia menor alto de todos médio de todos Baixa resisténcia de | Resisténcia de | Alta resisténcia de entrada entrada entrada muito baixa Alta resisténcia de saida | Resisténcia de saida | Baixa resisténcia de saida muito alta 188 NEWTON C. BRAGA -Grandezas Basicas de Circuitos com Transistores As formulas seguintes sao validas quando se realizam calculos envolvendo as grandezas caracteristicas das trés configuragdes basicas dos transistores (base comum, coletor comum e emissor comum), aplicadas a circuitos de baixas frequéncias e DC, conforme mostra a figura. It I2 Transistor como um quadripolo 100 - Saida em curto-circuito R.=0e V2=0 As seguintes férmulas sao usadas para calcular as grandezas caracteristicas em todas as configuragées: Formula 100.1 Resisténcias de entrada: me hl1 [ae Onde as grandezas s&o as definidas na tabela 29 Formula 100.2 Condutancia de entrada: 189 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA mW 1 vi hla Onde as grandezas sdo as definidas na tabela 29 Formula 100.3 Ganho de corrente: oa mM Onde as grandezas s&o as definidas na tabela 29. Formula 100.4 Condutéancia de transferéncia: 2 h21 V1 Rll Onde as grandezas s&o as definidas na tabela 29. Tabela 29 - Simbolos literais e abreviacgées para Transistores - (Aplicados as formulas de 100.1 a 103.4) Simbolo_|Termo Det h. Determinante h Gi Ganho de corrente Gv Ganho de tensdo Gp Ganho de poténcia fu Impedancia de entrada com saida em curto hi Fator de amplificacaio de tensao reversa em circuit aberto has Fator de amplificagao direta em curto i ‘Admitancia de saida com saida aberta I Corrente de entrada L Corrente de saida 1b Corrente de Base Ic Corrente de Coletor le Corrente de Emissor Re Resisténcia do Gerador Ru Resistncia de carga Mi Tensao de entrada WA Tensdo de saida Vee Tensdo entre base e coletor Vie Tensao entre base e emissor New Tenso entre coletor e emissor 190 NEWTON C. BRAGA 101 - Saida com Circuito Aberto Ri=% e 1,=0 (R. é a resisténcia de carga) As férmulas seguintes sao usadas para calcular as grandezas caracteristicas do circuito em qualquer configuragéo que opera com saida em curto-circuito. Formula 101.1 Resisténcia de entrada: V1 deth mM h22 Onde as grandezas s&o as definidas na tabela 29. Formula 101.2 Condutancia de entrada: mM h22z V1 deth Onde as grandezas sao as definidas na tabela 29 Formula 101.3 Ganho de tensdo: v1 H21 v2 deth Onde as grandezas s&o as definidas na tabela 29 Formula 101.4 Coeficiente de penetracao: V1 deth V2 A214 Onde as grandezas s&o as definidas na tabela 29 191 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Formula 101.5 Resisténcia de transferéncia direta: v2 2a V1 —sh22 Onde as grandezas sao as definidas na tabela 29 102 - Transistor — Entrada em curto-circuito R, = 0 andVi=0 As formulas seguintes séo usadas para determinar as grandezas caracteristicas nas trés configuragdes basicas. Formula 102.1 Resisténcia de saida: V2 hii I2 deth Onde as grandezas s&o as definidas na tabela 29. Formula 102.2 Conduténcia de saida: 12 deth v2 hii Onde as grandezas s&o definidas na tabela 29. Formula 102.3 Resisténcia de realimentacao: v2 hilt mM 12 Onde as grandezas s&o definidas na tabela 29. 192 NEWTON C. BRAGA Formula 102.4 Condutancia de realimentacao nM hz v2 All Onde as grandezas so definidas na tabela 29. 103 - Transistor - Entrada em circuito aberto R,=9L=0 (Rg = resisténcia do gerador) As férmulas seguintes séo usadas para determinar as grandezas caracteristicas nas trés configuracées de transistores. Formula 103.1 Resisténcia de saida: v2 12 h22 Onde as grandezas s&o dadas na tabela 29. Formula 103.2 Conduténcia de saida: a h22 2 Onde as grandezas so dadas na tabela 29. Formula 103.3 Realimentacgao de tensdo: v4 hi12 v2 Onde as grandezas s&o definidas na tabela 29. 193 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Formula 103.4 Resisténcia inversa de transferéncia: Vi hi12 12 h22 Onde as grandezas so definidas na tabela 29. 104 - Formulas usuais para configuragado de base comum A figura mostra a configuragéo basica onde Rg é a resisténcia interna do gerador e RL a resisténcia de carga. R, ae Obs.: O indice “b” com os pardmetros hibridos que indicam que eles séo para a base comum foram suprimidos para tornar mais simples seu uso. Assim, em lugar de escrevermos h21b escrevemos h21. Formula 104.1 Ganho de corrente: Gi Ic i= — Te 194 NEWTON C. BRAGA . A21 Gi = ———_ 1+h22 x RL Onde: As grandezas sao definidas na tabela 29 RL é a resisténcia de carga em ohms (Q) Formula 104.2 Ganho de tensdo: Vbc Gv= Vbe Gy = __R2tx RE ?= hill + det hx RL Onde: Gy é 0 ganho de tensao Outras grandezas definidas na tabela 29 R. éa resisténcia de carga em ohms (Q) Formula 104.3 Resisténcia de entrada: : Vbe Rin = —_ Ic Rn hi1+dethxRL i= T+ h22x RL Onde: Rin é a resisténcia de entrada em ohms (Q) Outras grandezas dadas pela tabela 29 195 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Formula 104.4 Resisténcia de saida: Vbe Rout = —_ le h11+Rg Rout = jerhxh22xRg Onde: Rout é a resisténcia de saida em ohms (Q) Rg éa resisténcia do gerador (ohms) Outras grandezas dadas na tabela 1 Formula 104.5 Ganho de poténcia: Gp = GixGv h21? x RL &P= Gyn2ix RLx (h11+ det hx RL) Onde: Gp é 0 ganho de poténcia Gi é 0 ganho de corrente Gv é 0 ganho de tensao R. € a resisténcia de carga em ohms (Q) Outros pardmetros dados pela tabela 29. Formulas derivadas: Formula 104.6 Quando a impeddncia de entrada esta casada com a resisténcia de entrada (Ri = Rc) a seguinte formula é dada para calcular 0 ganho de poténcia: 4xRgx RL x h21 ép = —— '? ™ TRg(1+ h22 x RL) + (h11) + deth x RL]? 196 NEWTON C. BRAGA Onde: Gp € 0 ganho de poténcia Rg é a resisténcia do gerador em ohms (Q) R. é a resisténcia de carga em ohms (Q) Outros parametros dados pela tabela 1. 105 - Formulas usuais para a configurag¢ao de emissor comum Quando utilizado na configuragéo de emissor comum, conforme mostra a figura as formulas dadas a seguir sao empregadas. RI é a resisténcia de carga e Rg a resist€ncia do gerador. | [,=I, Obs.: Para tornar mais simples o uso das formulas seguintes o indice “e” usado para indicar os parametros hibridos para esta configuragdéo é suprimido. Assim em lugar de h21e usamos simplesmente h21. Formula 105.1 Amplificagaéo de corrente: 197 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Ic 0 h21 GI Topaz x RL Onde: G: 6 0 ganho de corrente Outros paradmetros definidos pela tabela 29. Formula 105.2 Ganho de tensao: Gve Vec °= Veb Gp = _h24xRL °= hllxdethxRL Onde: Gv é 0 ganho de tensdo Outros pardmetros definidos pela tabela 29 Formula 105.3 Resisténcia de entrada: Veb Rin =—— le Ald +dethxRL in T+ h22x RL Onde: Rin é a resisténcia de entrada em ohms (Q) Outros pardmetros definidos na tabela 29. 198 NEWTON C. BRAGA Formula 105.4 Resisténcia de saida: i Rout = we 1 ier +Rg Rout = eth +h22xRg Onde: Rout é a resisténcia de saida em ohms (Q) Outros pardmetros na tabela 29 Formula 105.5 Ganho de poténcia Gp- h21? x RL P~ (1422+ REx (h11+ det hx RL) Onde: Gp € 0 ganho de poténcia Outros parametros definidos na tabela 29 Formula 105.6 Ganho de poténcia com casamento de impedancia: pa 4xRg x RLxh21* P~ Trg +h22xRL)+ (h11+dethx RL): Onde Gp € 0 ganho de poténcia Outros pardmetros definidos pela tabela 29. 199 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA 106 - Formula usuais para a configuragéo de coletor comum O circuito utilizado na configuracéo de coletor comum é mostrado na figura. Rg é a resist€ncia do gerador e RL 6 a resisténcia de carga. Obs.: para tornar mais simples o uso das fdérmulas seguintes, o indice “c” usado nos parametros hibridos para indicar a configuragéo é suprimido. Assim, em lugar de usarmos h22c escrevemos simplesmente h22; Formula 106.2 Ganho de corrente: oi - 72 ~ 1b re h21 ~ 14+h22xRL Onde: G € o ganho de corrente Outros parametros indicados na tabela 29 Formula 106.2 Ganho de tensdo: 200 NEWTON C. BRAGA Vce P= Fp cp = _h24x RL ”= hi + dethx RL Onde: Gv é 0 ganho de tensao Outros pardmetros na tabela 29. Formula 106.3 Resist&ncia de entrada: . Vcb Rin = — le Rin - Ril +dethxRL un T+ h22x RL Onde: Rin é a resisténcia de entrada em ohms (Q) Outros pardmetros na tabela 29. Formula 106.4 Resist&ncia de saida Vee Rout = —— Te hi11+Rg Rout = cork +h22xRg Onde: Rout é a resisténcia de saida em ohms (Q) Outros parametros na tabela 29. FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Formula 106.5 Ganho de poténcia 22? x RL SP Gy h22xRL)x (hil + dethxRL) Onde: Gp é 0 ganho de poténcia Outros pardmetros na tabela 29 Formula 10.6 Ganho de poténcia com casamento de impedancia 4x*Rg x RL x h217 Gp ~ [RgG + h22 x RL)x(h11+ dethx RL)? Onde: Gp € 0 ganho de poténcia Outros paradmetros na tabela 29. Tabela 30 - Outros nomes para simbolos usados nas especificacées de transistores Nome do parametro hibrido | termo Outro simbolo i Resisténcia de entrada hi hi. Relagao inversa de tensdo he has Relacao direta de corrente he Taz Condutancia de saida he. Tabela 31 - Outros simbolos para configuracao de emissor comum Nome do Termo simbolo | Outro | parametro hibrido simbolo haa Impedancia de entrada The Ts i Relacao inversa de tensdo Dee : Ras Relacdo direta de corrente re fe Condutancia de saida ee 202 NEWTON C. BRAGA Tabela 32 - Outros simbolos para configuracao de base comum Nome do Termo Simbolo | Outro | parametro hibrido simbolo Has Impedancia de entrada is To i Relacao inversa de tensdo Tis : Ras Relacao direta de corrente Di @ fa Condutancia de saida eo Tabela 33 - Outros simbolos para configuracao de coletor comum Nome do parametro | Termo Simbolo | Outro hibrido simbolo Tis Impedancia de entrada Tie Te Tie Relacdo inversa de tensdo Hee = Pa Relacao direta de corrente re fa Condutancia de saida ee 203 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA -Formulas Praticas Para Transistores Férmulas simplificadas séo muito Uteis na realizagéo de projetos menos criticos onde transistores bipolares sdo usados. A seguir, damos diversas formulas que podem ser usadas nesses projetos, onde o uso dos pardmetros hibridos nao sao obrigatdrios. 107 - Resisténcia de Carga A resisténcia de carga de um transistor depende da tensdo de alimentacaéo, da tensdo entre coletor e emissor e também da corrente que flui pelo coletor. A figura mostra uma familia tipica de curvas caracteristicas de um transistor. A formula seguinte é utilizada para calcular a resisténcia de carga. Te (mA) 204 NEWTON C. BRAGA Formula 107.1 Resisténcia de carga: _ Vb—Vce 7 Ic Onde: Rc é a resisténcia de carga em ohms (Q) Vp é a tensdo de alimentag&o em volts (V) Vee 6 a tensdo entre coletor e emissor em volts (V) Ic é a corrente de coletor em ampéres (A) Exemplo de Aplicacao: Um circuito com um transistor deve operar nas seguintes condigdes: tensao entre coletor e emissor = 3,0 V, corrente de coletor = 50 mA, tens&o de alimentacdo = 12 V. Dados: Uce = 3.0 V Ic = 50 mA =0.05A Vb =12V 12-3 9 = — ==, = 180 ohms 0.05 0.05 108 - Resisténcia de polarizagao de base Ao calcular a resisténcia de base de um transistor na configuragdo de emissor comum, é importante manter a tensdo de coletor préxima da corrente central de carga, de modo a se evitar distorgaéo dos sinais (classe A). A resisténcia de polarizagéo depende da tens&o de alimentac&o e da corrente de base. 205 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Formula 108.1 Resistor de Base: rp — V2 - Ib Onde: Rp é a resisténcia de base em (2) Vb é a tensdo de alimentacdo em volts (V) Ib é a corrente de base em ampéres (A) Exemplo de aplicacgao: Calcule a resist€ncia de base para um transistor com uma carga de 1 k ohm, e uma corrente de coletor de 10 mA. Uma fonte de alimentacdo de 6 V é usada para a alimentacao. A figura mostra as curvas caracteristicas deste transistor. 206 NEWTON C. BRAGA Dados Ri = 1 000 ohms Ic = 10 mMA=0.01A Vb=6V Das curvas caracteristicas vemos que quando a corrente de coletor é de 10 mA a corrente de base [e de aproximadamente 50 uA Aplicando a formula 108.1: b= —_ = © x08 =0.12x10° =120kQ S0x10°° 50 109 - Polarizag¢ao automatica de base Para aumentar a performance de um amplificador com transistor na configuragéo de emissor comum, o resistor de polarizagdo pode ser ligado conforme mostra a figura , obtendo- 207 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA se assim 0 que se denomina polarizagao automatica. Para calcular este resistor temos a seguinte formula: Re te “el pat Ne] Formula 109.1 Resistor de Base: Rb= Vee Ib Onde Rs é a resisténcia de base em ohms () Vce € a tensdo entre coletor e emissor em volts (V) Is é a corrente de base em ampéres (A) Exemplo de Aplicacao: Determine o resistor de polarizagdo de base num circuito onde a tensdo de coletor é 6 V e a corrente de base 50 uA. Dados: Uce =6V Is = 50 HA Aplicando a formula 109.1 208 NEWTON C. BRAGA 6 6 : Re = = FA X10 = 0.12x10° = 120kQ 50x10 50 Formulas Para Transistores de Efeito de Campo de Juncgao (JFET) e MOSFETs Os transistores de efeito de campo de jungao (JFET) e os Metal Oxide Field Effect Transistors ou Transistores de Efeito de Campo MOS (MOSFETs) podem ser usados em trés configuragdes basicas. As formulas seguintes descrevem a performance desses componentes nas configuracées possiveis. 110 - Ganho em Fonte Comum Na configuragéo de fonte comum, o sinal é aplicado a comporta e retirado do dreno, conforme mostrado no circuito abaixo. 209 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Formula 110.1 _ Vout ° Vin Gv == gmxRL Onde: Gv é o ganho de tensao Vout é a tensdo de saida em volts (V) Vin é a tensdo de entrada em volts (V) gm é a transcondutancia em siemens (S) RL é a resisténcia de carga em ohms Exemplo de aplicacgao: Determina o ganho de tenséo num circuito usando um JFET com 100 uS de transcondutancia e uma resist€ncia de carga de 10 kohms. Dados: Gm - 100 pS = 10S RL = 10k = 10% ohms Aplicando a formula 110.1: Gv =-10%x 10°= -10 111 - Ganho em dreno comum Na configuragéo mostrada na figura, o sinal é aplicado a comporta e retirado da fonte. As formulas dadas a seguir possibilitam o cdlculo do ganho de tens&o. 210 NEWTON C. BRAGA Férmula 111.1 (ganho) _ Vout ~ Vin ce Gm x Rs ~ 1+gmxRs Onde: G é o ganho de tensdo Uout é a tensdo de saida em volts (V) Vin é a tensdo de entrada em volts (V) Gm é a transcondutancia em siemens (s) Rs é a resisténcia de fonte em ohms Formula 111.2 (Impedancia de saida) Rs Rout = ———_ ou 1+gmxRs Onde: Rout é a impedancia de saida em ohms 211 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Rs é a resisténcia de fonte em ohms Gm é a transcondutancia em siemens (S) Exemplo de aplicagao: Calcular o ganho de tens&o e a impedancia de entrada Para um circuito em fonte comum com um FET de 5 000 uS de transcondutdncia e um resistor de fonte de 5 000 ohms. Dados: Rs = 5 000 ohms = 5 x 10° ohms Gm = 5000 pS = 5x 10°S Calculando Gv com a formula 111.1: 5x 105+ 5x 10° 25 Calculando Rout com a formula 111.2: 3x 108 5 000 Rout = ————————_.. = — = 833,3 ohms 1x5x10%+ 5x10 6 112 - Comporta Comum (Gate comum) Na configuragéo de gate (comporta) comum o sinal é aplicado na fonte e retirado no dreno, conforme mostra o circuito abaixo. As formulas possibilitam os calculos neste circuito. 212 NEWTON C. BRAGA Formula 112.1 Gv = gmx RL Onde: Gv € 0 ganho de tensao Gm é a transcondutancia em siemens (S) RL éa resisténcia de carga em ohms (Q) Formula 112.2 Rin = —— Gm Onde: Rin é a resisténcia de entrada em ohms (Q) Gm é a transcondutancia em siemens (S) Exemplo de aplicacgao: 213 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Qual é o ganho de tens&o e a impedancia de entrada de um circuito usando um JFET na configuragéo de gate comum (comporta comum) onde a resist€ncia de carga é um resistor de 10 kQ ? A transcondutancia do transistor usado é de 1 000 yS. Dados: RL = 10kQ Calculando Gv com a formula 112.1: Gv =1x10°x 10x 10° = 10 Determinando a resisténcia de entrada com a formula 112.2: 1 Rin = —~ = 1000 ohms 10-3 113 - Transistor Unijungao (UJT ou TUJ) A seguir damos as principais formulas e procedimentos de calculos para os osciladores de relaxagéo com transistores unijungao (TUJ ou UST). O transistor unijungéo e o transistor programavel unijungéo (PUT) sao dispositivos semicondutores destinados ao uso como osciladores de relaxacao e timers. A figura mostra a curva caracteristica e a aplicagéo basica num oscilador de relaxacao. 214 NEWTON C. BRAGA vy uw Werle ny Ponto de pico dl a Bil : / ' \ Ponto 7 Se ee Ww Lz ape T ieee eh 1A) lea ir Iv Formula 113.1 Vp =Vd+ nxVbb Onde: Vp é a tens&o de pico em volts (V) Vo € a queda de tensdo no UJT polarizado no sentido direto (0.7 V) 1 &a relagao intrinseca de transferéncia (0.3 ao 0.8 para os UJT comuns) Ves € a tensdo entre bases em volts (V) Formula 113.2 RBB = RB1+ RB2 Onde: Res é a resisténcia entre bases em ohms () Re: € Re2 sdo as resisténcias internas equivalentes em ohms (Q) Formula 113.3 Como oscilador de relaxacgéo 215 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA +9/ +48V(typ.) 2200° a 4700 2N2646 RxCxin (4) Onde: f & a frequéncia em hertz (Hz) R a resisténcia em ohms (Q) C é a capacitancia em farads (F) 1 &a relagao intrinseca de transferéncia Formula Derivada: Formula 113.4 Uma formula simplificada para calcular a frequéncia pode ser usada em aplicagdes menos criticas. f= QeaxRxt Onde: 216 NEWTON C. BRAGA f é a frequéncia em hertz (Hz) R é a resisténcia em ohms (Q) C éa capacitancia em Farads (F) Formula 113.5 Quando 0 circuito é usado como timer. T=0,82xRxCE Onde: T €0 periodo em segundos (s) R éa resisténcia em ohms (Q) C éa capacitancia em farads (F) Exemplo de aplicagao: Determine a resisténcia a ser usada num oscilador com UJT para produzir sinais de 1 kHz com um capacitor de 100 nF. a=7|| 4700 2N2646 +9a +15V L 1kHz 100nF 470 217 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Dados: 1 000 Hz =10° Hz 100 nF = 0.1 x 10% F ? Usando a formula 115.4: —— © 082x0.1x10°xR Isolando R: 1 Be esenisTOeint 0.82x0.1x10°x10 114-SCR Os SCRs ou Silicon Controlled Rectifiers (diodos controlados de silicio) séo dispositivos semicondutores de quatro camadas desenvolvidos para serem usados como controles de poténcia e osciladores de relaxac&o. O simbolo e a caracteristica deste tipo de componente sao mostrados na figura abaixo. Como os SCRs so usados como dispositivos acionados por sinais externos, na verdade nado existem muitos cdlculos a serem aplicados nos projetos praticos a n&o ser os que justamente envolvem estes sinais e as caracteristicas dinamicas de seu funcionamento. 218 NEWTON C. BRAGA ta Corrente 4 Manutencao a2 In um 6 6 Ikoue quivaienve Formula 114.1 Trigger current ou corrente de disparo: ie Ico ~ 1-a1+ a2 Onde: I; € a corrente de disparo em ampéres (A) Ico é a corrente de fuga em ampéres (A) @ 1 €0 ganho do primeiro transistor a@2 €0 ganho do segundo transistor Obs.: 0 parametro I; usualmente é dado pelo fabricante do SCR e esta na faixa entre 0,1 mA e 100 mA para os tipos mais comuns como os da série TIC da Texas. Formula 114.2 Poténcia por ciclo: Vaxiaxtr Pa= 76 219 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Onde: Pd é a poténcia dissipada por ciclo em watts (W) Va é a tens&o de anodo antes do disparo em volts (V) Ta é a corrente de anodo depois do disparo em ampéres (A) tr é o tempo de comutagcdo para a tensdo de anodo-catodo cair de 90% do valor maximo para 10% em segundos (s) Formula 114.3 Average Power ou poténcia média: fxVaxtr Pa = 4,6 Onde: Pd é a dissipagdo média de poténcia em watts (W) f é& a frequéncia de comutacgdo em hertz (Hz) Va é a tens&o de anodo antes da comutac4o em volts (V) Ia é a corrente de anodo depois da comutagdo em amperes (A) Formula 114.4 Aplicagdes DC: Pd=Vsxid Onde: Pd é a poténcia dissipada em watts (W) Vs é a queda de tensdo no SCR no estado de condugao também, chamada de tensdo de saturac&o em volts (V) Id é a corrente direta em ampéres (A) Obs.: Para SCRs comuns 0 valor tipico de pF é 2.0 V. 220 NEWTON C. BRAGA Formula 114.5 Tenséo de Carga x Atraso no Disparo (angulo @) - aplicagdes de meia onda Onde: VL é a tensdo na carga (instantanea emn volts (V) Vp € a tensdo de pico da tensdo senoidal de entrada em volts (V) né 3.1416 cos & é 0 cosseno do angulo de conduc&o em graus Formulas Derivadas: Formula 114.6 Tensdo na carga para aplicagdes de onda completa: Vp VL = — + (1+ cosa} T Onde: V. é o valor instantaéneo da tensdo de carga em volts (V) Vp é 0 valor de pico da tensdo senoidal de entrada em volts (V) Tl é 3.1416 cos@ é o cosseno do Angulo de conducgdo em graus Exemplo de Aplicagao: Um SCR é usado num circuito para controlar uma carga DC de 5 A Qual é a poténcia dissipada por este componente, dada a tensdo de saturacdo de 2.0 V. Dados: Vs = 2.0V Id=S5A Pd =? FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Usando a formula 114.4: Pd =2.0x5=10W 115 - Triac Os TRIACS s&o dispositivos comutadores de poténcia podendo ser considerados como dois SCRs em paralelo e oposigaéo conforme mostra a figura abaixo. Nesta configuragéo os TRIACs podem controlar correntes nos dois sentidos. Para efeito de calculos os TRIACS podem ser considerados como dois SCRs ligados em paralelo e em oposigao. Simbolo MT2 0 I +The V G MT4 Tensao de Tensao de disparo disparo tl IV Formula 115.1 Power dissipation ou dissipacao de poténcia: Pd=Vsxid Onde: Pd é a poténcia de dissipagao watts (W) Vs é a tensdo de saturacao em volts (V) Id 6 a corrente direta em ampéres (A) Obs.: para TRIACs comuns a tensdo de saturacdo esta em torno de 1.5 volts. 222 NEWTON C. BRAGA Formula 115.2 Esta formula também é usada com SCRs em circuitos de onda completa (pontes) em fungao do Angulo de conducao. Vp VL = Gq (1+ cosa) Onde: VL é 0 valor instantaneo da tensdo de carga em volts (V) Vp é 0 valor de pico da tensdo senoidal de entrada em volts (V) 6 3.1416 cos & € 0 cosseno do angulo de condugdo em graus Exemplo de aplicacgao: Calcular a poténcia dissipada por um triac quando num circuito controlado uma carga de 10 A, sendo a tensdo de saturagao de 1,5 V. Dados: Vs=1.5V Id OA Pd =? Usando a formula 115.1: d= 10x 1.5 = 15 watts 223 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA -Osciladores As férmulas dadas a seguir séo usadas no calculo de componentes de osciladores dos principais tipos. Em alguns casos, as férmulas s&o empiricas, o que significa que os resultados obtidos s&o aproximados e eventualmente a otimizacao do circuito deve ser realizada. Também deve-se levar em conta a tolerancia dos componentes utilizados. 116 - Multivibrador Astavel Um multivibrador astavel é formado por dois transistores bipolares ligados conforme mostra a figura. Este circuito gera um sinal retangular cuja frequéncia e ciclo ativo depende do tempo de conducao de cada transistor. yo Formula 116.1 Tempo de condugao: tp =0,69xRx€ 224 NEWTON C. BRAGA Onde: tp € o tempo de conduc&o de um transistor em segundos (s) R éa resisténcia em ohms (Q) C éa capacitancia em farads (F) Obs.: Para Q1 o tempo de conducgao tpi é dado por Rl e C1 e para Q2 o tempo de conduc&o é dado por R2 e C2. Formula 116.2 Frequéncia: T= poistp2 1 f= 0 60x(R1xC14+R2xC2 Onde: f & a frequéncia em hertz (Hz) R1, R2 sao as resisténcias em ohms (Q) C1, C2 sdo as capacitancias em farads (F) Formulas derivadas: Formula 116.3 Oscilador quadrado (50% de ciclo ativo) - RI=R2=R e C1=C2=C 1 I= 738xRxe Onde: f & a frequéncia em hertz (Hz) R éa resisténcia em ohms (Q) C é a capacitancia em farads (F) 225 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Formula 116.4 Frequéncia como funca&o de C quando R1 = R2 =ReCi1 = c2=C 1 f= 2xtp Onde: f é a frequéncia em hertz (Hz) tp é o tempo de condugdo em segundos (s) Exemplo de aplicagao: Determine a frequéncia do multivibrador astével mostrado na figura abaixo. =100 kQ = 10 x 10° =10 nF = 0.01p x 10° Usando a formula 116.2: 226 NEWTON C. BRAGA 1 1 1 Se a W10* = 7.246x10°= 138x10x10°x0.01x10° 0138x10> 0138 7.246 kHz 117 - Oscilador de Relaxagao com Lampada Neon A figura mostra a configurac&o basica de um oscilador de relaxagéo usando uma lampada neon. Este circuito é indicado para frequéncias de fracdo de hertz até alguns quilohertz e opera com tensGes a partir de 80 V. Uma lampada neon tipica dispara com tensdes entre 60 e 70 V e com isso acende. Se a tensdo for reduzida para algo em torno de 50 V a lampada apaga e deixa de conduzir a corrente. A formula seguinte é valida para estes pardmetros. v Formula 117.1 Periodo: T=RxCxh (“) =RxCxin vv Onde: T € 0 periodo em segundos (s) C é a capacitancia em farads (F) 227 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA R éa resisténcia em ohms (Q) V éa tensdo de alimentacdo em volts (V) Vt é a tensdo de disparo em volts (V) - 70 V typ. Vh é a tensdo de manutencdo em volts (V) - 60 V typ. Formula 117.2 Frequéncia: f= 1 RxCxlIn Onde: f 6a frequéncia em hertz (Hz) C é a capacitancia em farads (F) V éa tensdo de alimentacdo em volts (V) Vt é a tensdo de disparo em volts (V) Vh é a tens&o de manutengao em volts (V) O procedimento para uso da férmula é€ 0 mesmo do oscilador de relaxagéo com transistor unijungdo, descrito nesta secao. Exemplo de aplicacgao: No circuito mostrado na figura, a resisténcia entre o gate e o catodo do SCR no estado ligado (ON) n&o é considerado. Determine a frequéncia das pulsagdes de luz produzidas numa lampada incandescente. 228 NEWTON C. BRAGA 127 Vac Dados: R = 1M ohms = 10° ohms C = 10 uF = 10 x 10° farads V=150V Vt=70V Aplicando a formula 117.2: 1 150 50 6 -6 et 10° x10 x 10 xin(7— 75) fe 1 10xln (ye 1 f=———— 10 xIn(1,25) 1 f= ———— = = = 0,448 Hz 10x0,223 2,23 (0 que corresponde a aproximadamente duas piscadas por segundo) 229 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA 118 - Oscilador por deslocamento de fase O circuito mostrado na figura produz sinais senoidais de baixa frequéncia. A faixa vai de alguns hertz a algumas centenas de quilohertz. Qualquer transistor NPN de uso geral pode ser usado na configuragao basica. A seguinte formula é usada para calcular a frequéncia deste circuito. Formula 118.1 Frequéncia: f 4,88 xnxRx€ Onde: f & a frequéncia em hertz (Hz) m é a constante 3.1416 R éa resisténcia em ohms (Q) C é a capacitancia em in farads (F) 230 NEWTON C. BRAGA Obs.: 4,88 = 2x 6 Exemplo de aplicacgao: Determine a frequéncia de operac&o do circuito oscilador da figura abaixo. Dados: C= 10 nF = 0.01 pF R 0 kQ f=? Aplicando a formula: t= 4.88x3.14x20x10°x0.01x10"° 3.06 - Obs.: esta formula também se aplica a osciladores com FET, caso em que os valores tipicos de R estado na faixa de 100 k a1lmMQ. 231 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA 119 - Oscilador por Ponte de Wien A configuracgéo basica do Oscilador de Ponte de Wien ou Oscilador por Ponte de Wien é mostrada na figura. Este circuito produz sinais senoidais numa faixa de frequéncias de alguns hertz a algumas dezenas de quilohertz. Nas aplicagdes praticas recomenda-se o uso de C1=C2 e R1=R2. a 3 Re ; i} Co} — ve af ct of a a vf] slat “t re «] Oscilador de Ponte de Wien com transistores NPN. Formula 119.1 1 fe Fyn x/Rix R2x C1 xt? Onde: f é a frequéncia em hertz (Hz) R1 e R2 so as resisténcias em ohms (Q) C s&o as capacitancias em farads (F) TI é a constante 3.1416 Exemplo de aplicagao: 232 NEWTON C. BRAGA Calcule a frequéncia de um oscilador por Ponte de Wien onde C1= C2 = 20 nFe R1 = R2 = 20kQ. Dados: R1=R2 = 20 kQ Cl = C2 = 20 nF Usando a formula 119.1: 1 gee ep ang eo OTe 2x3.14xV20x10° x20x10° x20x10 “x20x10 1 EE 6.28xV160x10°x10" 1 1 10° 1 ue 628xV160x10° 628xV16x10* 6.28x4x10* 6.28 Sf = 159235 Hz Obs.: O mesmo tipo de oscilador pode ser elaborado com transistores de efeito de campo ou amplificadores operacionais, valendo as mesmas formulas dadas aqui. 120 - Oscilador de Duplo T O oscilador de duplo T é usado para gerar sinais senoidais de baixa frequéncia. O oscilador de duplo T também pode produzir oscilagdes amortecidas que sdo especialmente Uteis em projetos de instrumentos de percussdo eletrénicos. A figura abaixo mostra a configuracdo basica usando transistores NPN de uso geral para este tipo de oscilador. 233 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Rt Rt ce + HEA . Re | “l) +Vee ee ae eee eee Oscilador de duplo T com transistor. Formula 120.1 f f ~ 2xunwxR1xC2 ~ 2xwxR2xC1 Onde: f é a frequéncia em hertz (Hz) 1 é a constante 3.1416 R1, R2 sao as resisténcias em ohms (2) C1, C2 s&o as capacitancias em farads (F) Importante: C1, C2, Rl e R2 devem manter as seguintes relagdes de valores: c2 ce1= > 2 Exemplo de aplicacgao: Calcule a frequéncia de oscilagéo do oscilador mostrado na figura usando para C1 um capacitor de 100 nF. Na pratica Re 234 NEWTON C. BRAGA costuma ter valores entre 4,7 k e 5,6 k enquanto que a tensdo de alimentagdo normal para um transistor BC548 vai de 9 a 12 V. Importante: As mesmas formulas valem para oscilador que fazem uso de transistores de efeito de campo e amplificadores operacionais. Tabela 34 — Alfabeto Grego O alfabeto grego é amplamente usado n&o so em formulas matematicas, como também na designacgéo de pardmetros de circuitos eletrénicos, caracteristicas de componentes e muito mais. Seu conhecimento é fundamental para todo praticante da eletrénica ou profissional de outras tecnologias e ciéncias que dela derivam. Na tabela abaixo temos o alfabeto grego com as equivaléncias do alfabeto latino para efeito de sonoridade. Nome Maidscula | Mindscula | Equivalente Latino Alpha (alfa) a a Beta b Gamma 9 (gama) Delta d 235 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Epsilon E € @ (curto) Zeta Z e z Eta H 7 @ (longo) Theta (teta) | @ 0 th Tota I 1 i Kappa K K k Lambda A a I Mu M Hu m Nu N Vv n Xi = é x Omicron 0 0 0 Pi TL Ed P Rho P P i Sigma = o $ Tau T t t Upsilon Y D u Phi Oo ? ph Chi xX x ch ouk Psi w @ ps Omega Q @ ho Tabela 34 - Frequéncias da Escala Cromai Igualmente Temperada Escala Cromatica Igualmente Temperada - Tabela de Freqiiéncias Essa escala é usada como referéncia para o projeto de instrumentos musicais eletrénicos. 236 NEWTON C. BRAGA F F# G G# A A# B 5S a c c# D 0.867 aA 7 500 5.956 4.449 3.124 1.826 10.601 19.445 18.354 17.324 16.352 61.735 58.270 55.000 51.913 48.999 46.249, 43.653 41.203 38.890 36.708 34.648, (32.703 123.47 116.54 110.00 103.82 97.988 92.499 87.307 82.406 77.781 73.416 69.295 65.406 246.94 233,08 220.00 207/65 195.99 184,99 174.61 164.81 155.56 146.83 138.59 130.81 493.88 466.16 440.00 415.31 391.99 369.99 349.23 329.63 311.13 293.66 277.18 261.63 987.77 osc 880.00 830.61 783.99 739.99 698.46 659.26 622.25 587.33 554.37 523.25 1975.53 3951.07 7902.13 1864.66 3729.31 7458.63 1760.00 3520.00 7040.00 1661.22 3322.44 6644.88 1567.98 3135.97 6271.93 1479.98 2959.96 5919.92 1396.91 2793.83 5587.66 1318.51 2637.02 5274.04 1244.51 2489.02 4978.03 1174.66 2349.32 4698.64 1108.50 2217.73 4434.92 1046.50 2093.00 4186.01 121 - Oscilador Hartley Num oscilador Hartley a realimentacao é feita pela bobina de carga L. Este tipo de circuito funciona até algumas dezenas de A frequéncia de um oscilador Hartley é dada pelo circuito ressonante LC como mostra a figura 1. Megahertz. 237 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Oscilador Hartley tipico com transistor bipolar NPN. Formula 121.2 f 1 _ 2x mxvbx€ Onde: F é a frequéncia em hertz (Hz) Léa indutancia em henry (H) C éa capacitancia em farads (F) 7 é 3.1416 Obs.: A formula é valida para outras configuracées Hartley como as que fazem uso de transistores de efeito de campo. 122 - Oscilador Colpitts No oscilador de Colpitts a realimentacdo é feita por um divisor capacitivo como mostrado na figura. A frequéncia também depende do circuito LC e a formula para calcular esta frequéncia é dada a seguir. 238 NEWTON C. BRAGA ———— 0.02uF O.01pF >= 0.02nF Oscilador de Colpitts com transistor. Formula 122.1 1 f 7 Z2xmxvbxe Onde: f 6 a frequéncia em hertz (Hz) Téa constante 3.1416 C éa capacitancia em farads (F) Léa indutancia em Henry (H) Exemplo de aplicacgao: Calcule a frequéncia de operagéo de um Oscilador de Colpitts onde o circuito LC é formado por um capacitor de 100 pF e uma bobina de 100 uH. Dados: L= 100 pH 239 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA C = 100 pF f=? Aplicando a formula 122.1: 1 1 f= > 2x314xV100x10°°x100x10" 6. 28xV10*x10-°x10-” 1 10x10° IT GoexJio™ ~ 628 = 1592x10° =1.592 MHz 122 - Oscilador CMOS de Duas Portas (1) A configuragéo mais simples para um oscilador com duas portas de circuitos integrados CMOS é mostrada na figura 1. Qualquer porta pode ser usada como inversor. Na aplicagéo basica podem ser usadas as portas dos circuitos integrados 4060, 4001, 4011. Saida Oscilador CMOS. Os inversores podem ser obtidos a partir de outras portas. 240 NEWTON C. BRAGA Formula 122.1 Periodo: T=Rx€ (i ieee oa) INT Vdd" Vdd Onde: T € 0 periodo em segundos (s) R éa resisténcia em ohms (Q) C éa capacitancia em farads (F) Vdd é a tensdo de alimentacao em volts (V) Vtr é a tensdo de transferéncia em volts (V) Formula 122.2 Formula reduzida para o periodo: Fazendo Vtr =0.5Vdd, a formula 122.1pode_ ser simplificada: Vdd. T=1,39xRxC Onde: T é 0 periodo em segundos (s) R éa resisténcia em ohms (Q) C éa capacitancia em farads (F) Obs.: a) Na pratica, Vtr pode variar entre 33% e 67% de b) O sinal de saida é quadrado com aproximadamente 50% de ciclo ativo. Formula 122.3 Frequéncia (forma reduzida): f= T30xRxe 241 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Onde: f é a frequéncia em hertz (Hz) R éa resisténcia em ohms (Q) C é a capacitancia em farads (F) Exemplo de Aplicacao: Calcule a frequéncia de um circuito astavel CMOS na configuracgdo mostrada na figura 1 onde um capacitor de 10 nFe um resistor de 100 kQ sao usados. Dados: C = 10 nF = 10x 10°F R = 100 x 10° Usando a formula 122.3: 1 SOA DD = TROT = 0.719x10° =719 Hz 139x100x10°x10x10°° — 1.39x10 ui Obs.: Os inversores podem ser elaborados com outras fungdes CMOS como portas AND e NAND (4001, 4011, etc.), levando aos mesmos resultados. Veja em circuitos simulados algumas configuragées praticas deste circuito. 124 - Oscilador CMOS de Duas Portas (2) A configuragéo mostrada no circuito anterior M009, que usa duas portas de um circuito integrado CMOS como inversor, tem um problema: o valor maximo no periodo sé tem valor maximo de 9%. Adicionando um resistor (Rs) a frequéncia torna- se independente da tens&o de alimentacgaéo e as variagédes do periodo em fungao da tensdo sao reduzidas.A configuracdo basica de um oscilador CMOS com duas comportas com as melhorias descritas é mostrada na figura abaixo. 242 NEWTON C. BRAGA ea Outra configuragéo para um oscilador com duas portas inversoras. Formula 124.1 Periodo exato: T=RxC i Vir va wal ae Vdd+ Vir 2x Vdd— Vir Onde: T € 0 periodo em segundos (s) R éa resisténcia em ohms (Q) C éa capacitancia em farads (F) Vdd é a tensdo de alimentacao em volts (V) Vtr é a tensdo de transferéncia em volts (V) Obs.: a) Rs deve ser pelo menos 10 vezes maior que o valor de b)O valor minimo de R recomendado é 50 kQ c) C deve ser maior que 1 nF. d) Vtr na pratica varia entre 33% e 67% da tensdo de alimentagao (Vdd). e) A saida é sinal quadrado com 50% de ciclo ativo. 243 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Formula 124.2 Formula simplificada (assumindo Vtr = 0.5 x Vdd) T=2,2xRxCE Onde: T € 0 periodo em segundos (s) R éa resisténcia de R em ohms (Q) C é a capacitancia de C em farads (F) Formula 124.3 Frequéncia: f= FaxeRxe Onde: f & a frequéncia em hertz (Hz) R éa resisténcia em ohms (Q) C é a capacitancia em farads (F) Exemplo de aplicagao: No circuito mostrado na figura anterior, R é um resistor de 10k, Rs de 100 kQ e C um capacitor de 0.05 uF capacitor. Determine a frequéncia do sinal gerado. Dados: R= 10x 10°* 0.05 x 10° F ? if Usando a formula 124.3 1 2.2x10x10°x0.05x10 = 0,909x10* = 909 Hz Lix10> 244 NEWTON C. BRAGA Tabela 35 - Circuitos Integrados CMOS que podem ser usados em osciladores Tipo Fungao. 4001 Quatro portas NOR de duas entradas 4011 Quatro portas NAND de duas entradas 4023 Tras portas NOR de trés entradas 4025 Trés portas NAND de trés entradas 4049 Seis inversores 4069 Seis inversores 4093 Quatro portas disparadoras Schmitt de duas entradas 125 - Oscilador CMOS com Disparador Schmitt A configuragao basica de um 4093 ligado como oscilador é mostrada na figura. O tempo em que a saida fica no nivel alto depende do tempo de carga do capacitor através de R até o ponto de disparo (T1) e 0 tempo em que a saida permanece no nivel baixo depende da descarga até o ponto de desligamento (T2). Como T2 e T1 s&o diferentes o sinal é retangular com um ciclo ativo préximo de 50%. As seguintes férmulas sao usadas para calcular o funcionamento deste circuito. T° Oscilador com 0 4093 - CMOS NAND Schmitt Trigger. 245 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Formula 125.1 Periodos: ee uaa Vda Vp Vp T2=RxCxin| P| T=T1+T2 Onde: T €0 periodo total em segundos (s) T1 € 0 periodo da saida no nivel alto em segundos (s) T2 é 0 periodo da saida no nivel baixo em segundos (s) R éa resisténcia em ohms (Q) C é a capacitancia em farads (F) Vdd é a tensdo de alimentacao em volts (V) Vp € 0 limiar positivo de tensdo em volts (V) Vn €0 limiar negativo de tensao em volts (V) Tabela 36 - Tensédes Limiares do 4093 CMOS Na tabela que se segue temos os valores das tensdes limiares de disparo do 4093 como fung&éo da tensdo de alimentacao: Caracteristica Vdd Valor Tensao Limiar Positiva (Vp) 5 18 10 15 Tensao Limiar Negativa (Vn) 5 10 15 lon ula s A 3 3 od, .0 Obs.: Os valores indicados s&o para os 4093 da National Semiconductor. Pequenas variagdes podem ser observadas 246 NEWTON C. BRAGA conforme o fabricante. E importante observar que estas caracteristicas dependem da temperatura. Formula 125.2 Frequéncia: iF f 1 / T1+72 Onde: f é a frequéncia em hertz (Hz) T €0 periodo total dado em segundos (s) T1 e T2 so os periodos calculados pela formula anterior em segundos (s), 126 - O 555 Astavel O circuito integrado 555 pode ser usado em duas configuragdes: astdvel e monoestavel. Como astavel ele pode gerar sinais de até 500 kHz. A figura abaixo mostra a configuragéo basica e a seguir damos as formulas para usa-lo nesta configuracao: 247 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Astavel com 0 circuito integrado 555. Formula 126.2 Tempo de carga de C (saida alta): Th = 0,693 x C x (R1+ R2) Onde: Th é o tempo em que a saida fica no nivel alto em segundos (s) R1 e R2 s&o as resisténcias em ohms (Q) Céa capacitancia em farads (C) Formula 126.2 Tempo de descarga de C (saida baixa): TL = 0,693 x R2xC€ Onde: T. 6 0 tempo da saida baixa em segundos (s) R2 é a resisténcia em ohms (Q) C é a capacitancia em farads (F) 248 NEWTON C. BRAGA Formula 126.3 Periodo: T = 0,693 x (R1+ 2R2)xC€ Onde: T €0 periodo em segundos (s) R1 e R2 éa resisténcia em ohms (2) C é a capacitancia em farads (F) Formula 126.4 Frequéncia: 1,44 f (R1 + 2R2)x€ Onde: f & a frequéncia em hertz (Hz) R1 e R2 sao as resisténcias em ohms (Q) C é a capacitancia em farads. Formula 126.5 Ciclo Ativo: Th Dce= TL R1+ R2 DC= 270 Onde: Dc é 0 ciclo ativo (0 to 1) Th é o tempo em que a saida esta no nivel alto em segundos (s) TL é o tempo em que a saida esta no nivel baixo em segundos (s) R1 e R2 sao as resisténcias em ohms (2) 249 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Obs.: Multiplique por 100 se quiser o resultado em porcentagem. Tabela 37 - Valores Limites Recomendados Para o Astavel 555 Componente Valor Limite Ri + R2 Max. 3 MQ Ri Min, 1k Q R2 Min. 1kQ Cc Min. 500 pF C Max. 2 200 uF (*) Ei Max. 1 MHz Iout (dreno ou fonte) [200 mA Vec 18 Vv (*) Depende de fugas Obs.: A verséo CMOS do bipolar 555 é denominada TLC7555. Exemplo de aplicacgao: Determine a frequéncia de operagéo de um 555 na configuragéo astavel com os seguintes componentes: R1= R2 =10 k Qe C1=50 nF. Dados: R1=R2=10 x 10°* C1 = 50x 10°F Usando a formula 126.4: f LAN = 1 44x10? = 1444 = i gator = (10x10°x2x10x10")x50x10° 107 7 250 NEWTON C. BRAGA GRAFICO - Frequéncia do 555 1000 10 cur) 0.1 0.01 0.001 Ol 1 10 100k 10k 100k IM Frequéncia (Hz) 127 - 555 Monoestavel Quando ligado na configuragéo monoestavel o 555 precisa de um disparo externo aplicado ao pino 2 de modo a iniciar sua acdo. Isso é normalmente feito levando-se o pino 2 a terra por um momento. Com isso a saida vai ao nivel alto por um tempo que pode ser calculado pelas formulas que se seguem. A figura 1 mostra o 555 na configuragdo monoestavel. FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Configuragao do 555 monoestavel. Formula 127.1 Tempo de acao: T=1,1xXRxE Onde: T 60 periodo em segundos (s) R éa resisténcia em ohms (Q) C é a capacitancia em farads (F) Tabela 38 - Valores Limites para o Monoestavel 555 Parametro/Componente_|[Valor Limite R max. 3M R min. 1k C max. 2000 _F(*) C min. 500 pF Tr(Max.) 1/4T Tout (drain or source) 200 mA Vec 18V (*) depende de fugas. 252 NEWTON C. BRAGA Onde: Tout é a maxima corrente de saida (A) Vcc é a tensdo de alimentacao em volts (V) Tr é a duracao do pulso em segundos (s) Grafico - 555 Monoestavel 1000 CF) On 0.01 0.001 0p 1002 IM 10m 100m 1 10 100 Retardo (segundos) Exemplo de aplicagao: Calcule o valor do R para ter com um capacitor de 1 000 uF um intervalo de tempo de 100 segundos usando o 555 monoestavel. Dados: C=1000x 10°F T= 100s R=? 253 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Usando a formula 127.1: 100 = 1.1xRx1000x10°% Isolando R: _ 100 © L1x1000x10~° Resolvendo a equacao: _ 100x10° ~ Ll = 90.9110" =90.9 ka 254 NEWTON C. BRAGA ANEXOS RESOLUCAO CONMETRO N’ 12 DE 12 DE OUTUBRO DE 1988 Adogao do quadro geral de unidades de medida e emprego de unidades fora do Sistema Internacional de Unidades - S.I. ° CONSELHO NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAGAO E QUALIDADE INDUSTRIAL - CONMETRO, usando de suas atribuigdes que Ihe confere o art. 3° da Lei no 5.966, de 11 de dezembro de 1973, através de sua 24 Sessdo Ordindria realizada em Brasilia, em 23/08/1988, Considerando que as unidades de medida legais no Pais sao aquelas do Sistema Internacional de Unidades - SI, adotado pela Conferéncia Geral de Pesos e Medidas, cuja adesdo pelo Brasil foi formalizada através do Decreto Legislativo n° 57, de 27 de junho de 1953, considerando que a fim de assegurar em todo 0 territério nacional a indispensavel uniformidade na expressao quantitativa e metroldgicas das grandezas, cabe privativamente a Unido, conforme estabelecida na Constituicéo Federal, dispor sobre as unidades de medida, o seu emprego e, de modo geral, ao aspecto metroldgico de quaisquer atividades comerciais, agropecuarias, industriais, técnicas ou cientificas, resolve: 1 - Adotar o Quadro Geral de Unidades de Medida, em anexo, no qual constarao os nomes, as definigées, os simbolos das unidades e os prefixos SI. 2 - Admitir o emprego de certas unidades fora do SI, de grandezas e coeficientes sem dimensdes fisicas que sejam julgados indispensaveis para determinadas medicées. 3 - Estabelecer que o Instituto Nacional de Metrologia, Normalizagéo e Qualidade Industrial - INMETRO, seja encarregado de propor as modificagdes que se tornarem necessarias ao Quadro anexo, de modo a resolver casos omissos, manté-la atualizado e dirimir duvidas que possam surgir na interpretac&o e na aplicacgdo das unidades legais. 4 - Esta Resolucdo entraré em vigor na data de sua publicacg&o. 255 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Brasilia, 12 de outubro de 1988 ROBERTO CARDOSO ALVES Situagao: Revisto Publicagao no Diario Oficial: Data: 21/10/88 20526 a 20531 Legislac&o Correlata: E alterado por Portaria INMETRO numero 2 de 6/1/1993 Obs.: Acrescenta tabela 1. indice Sistema Internacional de Unidades Outras Unidades Prescrigdes Gerais Tabela I - Prefixo S Tabela II - Unidades do Sistema Internacional de Unidades Tabela III - Outras Unidades Aceitas para Uso com o SI, sem Restricdo de Prazo Tabela IV - Outras Unidades fora do SI Admitidas Temporariamente Anexo Quadro Geral de Unidades de Medida Este Quadro Geral de Unidades (QGU) contém: 1. Prescrigdes sobre o Sistema Internacional de Unidades 2. Prescrigdes sobre outras unidades 3. Prescrigdes gerais Tabela I- Prefixos SI Tabela II - Unidades do Sistema Internacional de Unidades Tabela III - Outras Unidades aceitas para uso com o Sistema Internacional de Unidades Tabela IV - Outras Unidades, fora do Sistema Internacional de Unidades, admitidas temporariamente. Nota: Sdo empregadas as seguintes siglas e abreviaturas: CGPM - Conferéncia Geral de Pesos e Medidas (precedida pelo numero de ordem e seguida pelo ano de sua realizacado) QGU - Quadro Geral de Unidades 256 NEWTON C. BRAGA SI- Sistema Internacional de Unidades Unidade SI - Unidade compreendida no Sistema Internacional de Unidades 1.Sistema Internacional de Unidades O Sistema Internacional de Unidades, ratificado pela 112 CGPM/1960 e atualizado até a 184 CGPM/1987, compreende: a) Sete unidades de base: Unidade Simbolo Grandeza metro m comprimento quilograma kg massa segundo s tempo ampere A corrente elétrica kelvin K temperatura termodinamica mol mol quantidade de matéria candela cd intensidade luminosa b) duas unidades suplementares: Unidade Simbolo Grandeza radiano rad Angulo plano esterradiano sr Angulo sdlido c) unidades derivadas, deduzidas direta ou indiretamente das unidades de base suplementares; d) os multiplos e submultiplos decimais das unidades acima, cujos nomes so formados pelo emprego dos prefixos SI da Tabela I. 2.Outras Unidades 2.1 As unidades fora do SI admitidas no QGU sao de duas espécies: a) unidades aceitas para uso com o SI, isoladamente ou combinadas entre si e/ou com unidades SI, sem restrigéo de prazo (ver Tabela III); 257 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA B) unidades admitidas temporariamente (ver Tabela IV) 2.2 E abolido o emprego das unidades CGS, exceto as que estaéo compreendidas no SI e as mencionadas na Tabela IV. 3. Prescrigées Gerais 3.1 Grafia dos nomes de unidades 3.1.1 Quando escritos por extenso, os nomes de unidades comegcam por letra minuscula, mesmo quando tém o nome de um cientista (por exemplo, ampére, kelvin, newton, etc.), exceto o grau Celsius. 3.1.2 Na expressdéo do valor numérico de uma grandeza, a respectiva unidade pode ser escrita por extenso ou representada pelo seu simbolo (por exemplo, quilovolts por milimetro ou kV/mm), nao sendo admitidas combinagdes de partes escritas por extenso com partes expressas por simbolo. 3.1.3 3.2 Plural dos nomes de unidades Quando os nomes de unidades s&o escritos ou pronunciados por extenso, a formac&o do plural obedece as seguintes regras basicas: a) os prefixos SI sdo invariaveis; b) os nomes de unidades recebem a letra "s" no final de cada palavra, exceto nos casos da alinea c, - quando s&o palavras simples. Por exemplo, ampéres, candelas, curies, farads, grays, joules, kelvins, quilogramas, Parsecs, roentgens, volts, webers, etc.; - quando s&o palavras compostas em que o elemento complementar de um nome de unidade nado é ligado a este por hifen. Por exemplo, metros quadrados, milhas maritimas, unidades astronémicas, etc.; - quando s&o termos compostos por multiplicagéo, em que os componentes podem variar independentemente um do outro. Por exemplo, ampéres-horas, newtons-metros, ohms- metros, pascals-segundos, watts-horas, etc. 258 NEWTON C. BRAGA Nota: Segundo esta regra, € a menos que o nome da unidade entre no uso vulgar, o plural nado desfigura o nome que a unidade tem no singular (por exemplo, becquerels, decibels, henrys, mols, pascals, etc.), néo se aplicando aos nomes de unidades certas regras usuais de formac&o do plural de palavras. c) oS nomes ou partes dos nomes de unidades nao recebem a letra "s" no final, - quando terminam pelas letras s, x ou z. Por exemplo, siemens, lux, hertz, etc.; - quando correspondem ao denominador de unidades compostas por divisdéo. Por exemplo, quilémetros por hora, lumens por watt, watts por esterradiano, etc.; - quando, em palavras compostas, saéo elementos complementares de nomes de unidades e ligados a estes por hifen ou preposigéo. Por exemplo, anos-luz, elétron-volts, quilogramas-forga, unidades (unificadas) de massa atémica, etc 3.3 Grafia dos simbolos de unidades 3.3.1 A grafia dos simbolos de unidades obedece as seguintes regras basicas: a) os simbolos s&o invariaveis, néo sendo admitido colocar, apds o simbolo, seja ponto de abreviatura, seja "s" de plural, sejam sinais, letras ou indices. Por exemplo, o simbolo do watt é sempre W, qualquer que seja o tipo de poténcia a que se refira: mecdnica, elétrica, térmica, actstica, etc.; b) os prefixos SI nunca sao justapostos no mesmo simbolo. Por exemplo, unidades com GWh, nm, pF, etc., nao devem ser substituidas por expressdes em que se justaponham, respectivamente, os prefixos mega e quilo, mili e micro, micro e oeee ee c) os prefixos SI podem coexistir num simbolo composto por multiplicagéo ou diviséo. Por exemplo, kN.cm, Ka mA, kV/mm, Ma cm, kV/z $, ¢ W/cm’ etc.; d) os simbolos de uma mesma unidade podem coexistir num simbolo composto por diviséo. Por exemplo, a mm?/m, kWh/h, etc.; e) 0 simbolo é escrito no mesmo alinhamento do numero a que se refere, e ndo como expoente ou indice. Sao excegées, os 259 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA simbolos das unidades nao SI de Angulo plano (° ° "), os expoentes dos simbolos que tém expoente, o sinal ° do simbolo do grau Celsius e os simbolos que tém divisdo indicada por trago de fracao horizontal; f) 0 simbolo de uma unidade composta por multiplicagéo pode ser formado pela justaposigaéo dos simbolos componentes e que nao cause ambigiiidade (VA, kWh, etc.), ou mediante a colocagéo de um ponto entre os simbolos componentes na base da linha ou a meia altura (N.m ou Nm, m.s*ou ms", etc.); g) 0 simbolo de uma unidade que contém divisdo pode ser formado por uma qualquer das trés maneiras exemplificadas a seguir: W/(sr.m?), W.sr? .m?, nao devendo ser empregada esta Ultima forma quando o simbolo, escrito em duas linhas diferentes puder causar confusdo. 3.3.2 - Quando um simbolo com prefixo tem expoente, deve-se entender que esse expoente afeta o conjunto prefixo- unidade, como se esse conjunto estivesse entre parénteses. Por exemplo: dm? = 10° m? mm? = 10° m? 3.4 - Grafia dos nimeros As prescrigdes desta secdo nao se aplicam aos numeros que nao representam quantidades (por exemplo, numeracgaéo de elementos em seqiiéncia, cédigos de identificagéo, datas, numeros de telefones, etc.). 3.4.1 - Para separar a parte inteira da parte decimal de um numero, é empregada sempre uma virgula; quando o valor absoluto do numero é menor que 1, coloca-se 0 a esquerda da virgula. 3.4.2 - Os numeros que representam quantias em dinheiro, ou quantidades de mercadorias, bens ou servicos em documentos para efeitos fiscais, juridicos e/ou comerciais, devem ser escritos com os algarismos separados em grupos de trés, a contar da virgula para a esquerda e para direita, com pontos separando esses grupos entre si. 260 NEWTON C. BRAGA Nos demais casos é recomendado que os algarismos da parte inteira e os da parte decimal dos numeros sejam separados em grupos de trés, a contar da virgula para a esquerda e para a direita, com pequenos espagos entre esses grupos (por exemplo, em trabalhos de carater técnico ou cientifico), mas é também admitido que os algarismos da parte inteira e os da parte decimal sejam escritos seguidamente (isto é, sem separacao em grupos). 3.4.3 - Para exprimir numeros sem escrever ou pronunciar todos os seus algarismos: a) para os numeros que representam quantias em dinheiro, ou quantidades de mercadorias, bens ou servicos, séo empregadas de uma maneira geral as palavras: mil = 10° = 1 000 milhdo = 10° = 1 000 000 bilhdo = 10°= 1 000 000 000 trilhdo = 10” = 1 000 000 000 000 podendo ser opcionalmente empregados os prefixos SI ou os fatores decimais da Tabela I, em casos especiais (por exemplo, em cabecalhos de tabelas); b) para trabalhos de carater técnico ou cientifico, é recomendado o emprego dos prefixos SI ou fatores decimais da Tabela I. 3.5 - Espagamentos entre numero e simbolo O espacgamento entre um numero e o simbolo da unidade correspondente deve atender a conveniéncia de cada caso, assim, por exemplo: a) em frases de textos correntes, é dado normalmente o espacamento correspondente a uma ou a meia letra, mas nao se deve dar espagamento quando ha possibilidade de fraude; b) em colunas de tabelas, é facultado utilizar espacamentos diversos entre os ntimeros e os simbolos das unidades correspondentes 3.6 - Pronuncia dos multiplos e submultiplos decimais das unidades FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Na forma oral, os nomes dos multiplos e submultiplos decimais das unidades sao pronunciados por extenso, prevalecendo a silaba ténica da unidade. As palavras quilémetro, decimetro, centimetro e milimetro, consagradas pelo uso com o acento ténico deslocado para o prefixo, so as unicas excegdes a esta regra; assim sendo, os outros multiplos e submultiplos decimais do metro devem ser pronunciados com acento ténico na penultima silaba (mé), por exemplo, megametro, micrometro (distinto de micrémetro, instrumento de medicéo), nanometro, etc. 3.7 - Grandezas expressas por valores relativos E aceitavel exprimir, quando conveniente, os valores de certas grandezas em relacéo a um valor determinado da mesma grandeza tomado como referéncia, na forma de fragaéo ou percentagem, tais séo, dentre outras, a massa especifica, a massa atémica ou molecular, a condutividade, etc. Tabela I - Prefixo SI Nome _ Simbolo _Fator pelo qual a Unidade é Multiplicada exa E 10** = 1 000 000 000 000 000 000 peta Pp 10** = 1 000 000 000 000 000 tera T 10** = 1 000 000 000 000 giga G 10° = 1 000 000 000 mega M 1 000 000 qui k 10° = 1000 hecto h 107 = 100 deca da 10 deci d 107 = 0,1 ceni c 107 = 0,01 m 10° = 0,001 L 10° = 0,000 001 nano n 10° = 0,000 000 001 pico P 10°? = 0,000 000 000 001 femto f 10** = 0,000 000 000 000 001 atto a 107* = 0,000 000 000 000 000 001 Observacées: 1)Por motivos histéricos, o nome da unidade SI de massa contém um prefixo; excepcionalmente e por convengdo os 262 NEWTON C. BRAGA multiplos e submultiplos dessa unidade sao formados pela adjungao de outros prefixos SI 4 palavra grama e ao simbolo g. 2) Os prefixos desta Tabela podem ser também empregados com unidades que nao pertencem ao SI. 3) Sobre os simbolos de unidades que tém prefixo e expoente, ver 3.3.2. 4) As grafias fento e ato seréo admitidas em obras sem carater técnico. Tabela II - Unidades do Sistema Internacional de Unidades Além dos exemplos de unidades derivadas sem nomes especiais que constam desta Tabela, estéo também compreendidas no SI todas as unidades derivadas que se formarem mediante combinacgdes adequadas de unidades SI. Grandezas Unidades Nome _ Simbolo Definicéo Observacées Unidades Geométricas e Mecdnicas Comprimento metro om Metro é 0 comprimento do Unidade de Base - trajeto percorrido pela luz definigéo adotada no vacuo, durante um pela 178 intervalo de tempo de —_Conferncia Geral 1/299 792 458 de de Pesos e Medidas segundo de 1983. Area metro =m Area de um quadrado cujo quadrado lado tem 1 metro de comprimento Volume metro om? Volume de um cubo cuja ctibico aresta tem 1 metro de comprimento Angulo plano radiano rad Angulo central que subtende um arco de circulo de comprimento igual ao do respectivo raio. Angulo sélido esterra- sr Angulo sélido que, tendo diano vértice no centro de uma esfera, subtende na superficie uma érea igual ao quadrado do raio da esfera. 263 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA Tempo Freqiiéncia Velocidade Velocidade angular Aceleragéo Aceleragao angular Massa Massa especifica segundo s hertz Hz metro m/s por segundo radiano rad/s por segundo metro m/s por segundo, por segundo radiano rad/s? por segundo, por segundo quilogra_ kg ma quilogra kg/m? ma por metro Duragdo de 9192631 —_Unidade de Base - 770 periodos da radiagéo definicao ratificada correspondente & pela 134 transig&o entre os dois CGPM/1967. niveis hiperfinos do estado fundamental do dtomo de césio 133 Freqiiéncia de um fenémeno periédico cujo periodo é de 1 segundo. Velocidade de um mével que em movimento uniforme, percorre a distancia de 1 metro em 1 segundo. Velocidade angular de um mével que, em movimento de rotacao uniforme, descreve 1 radiano em 1 segundo Aceleracao de um mével em movimento retilineo uniformemente variado, cuja velocidade varia de 1 metro por segundo em 1 segundo Aceleracao angular de um mével em movimento de rotacao uniformemente variado, cuja velocidade angular varia de 1 radiano por segundo em 1 segundo Massa do protétipo 1) Unidade de Base internacional do - definigéo quilograma ratificada pela 38 CGPM/1901. 2) Esse protétipo é conservado no Bureau Internacional de Pesos e Medidas em Sevres na Franca. Massa especifica de um corpo homogéneo, em que um volume igual a 1 264 ctibico Vazéo metro = m*/s cubico por segundo Fluxo de quilograkg/s massa ma por segundo Momento de quilogra_kg.m? inércia ma- metro quadrado Momento quilogra_kg.m/s linear ma- metro por segundo Momento quilogra_kg.m?/s angular ma- metro quadrado por segundo Quantidade de mol mol matéria NEWTON C. BRAGA metro ctibico contém massa igual a 1 quilograma. Vazao de um fluido que, em regime permanente através de uma superficie determinada, escoa o volume de 1 metro ciibico do fluido em 1 segundo. Fluxo de massadeum _Esta grandeza é material que, em regime _designada pelo permanente através de nome do material uma superficie cujo escoamento determinada, escoa a esté sendo massa de 1 quilograma do considerado (por material em 1 segundo. — exemplo fluxo de vapor). Momento de inércia, em relagdo a um eixo de um ponto material de massa igual a 1 quilograma, distante 1 metro do eixo. Momento linear de um Esta grandeza é corpo de massa igual a1 também chamada quilograma que se desloca quantidade de com velocidade de 1 movimento linear. metro por segundo. Momento angular em Esta grandeza é relagdo a um eixo, de um também chamada corpo que gira em torno _quantidade de desse eixo com velocidade movimento angular, angular uniforme de 1 radiano por segundo, e cujo momento de inércia, em relag&o ao mesmo eixo, 6 de 1 quilograma- metro quadrado. Quantidade de matéria de 1) Unidade de Base um sistema que contém — - definicao tantas entidades ratificada pela 142 elementares quantos so CGPM/1971. os dtomos contidos em 2) Quando se utiliza 0,012 quilograma de © mol, as entidades carbono 12. elementares devem ser especificadas, podendo ser 265 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA dtomos, moléculas, ions, elétrons ou outras particulas, bem como agrupamentos especificados de tais particulas. Forga newton N Forga que comunica a massa de 1 quilograma & aceleracéo de 1 metro por segundo, por segundo. Momento de newton- N.m Momento de uma forca de uma forca, metro 1 newton, em relagéo a Torque um ponto distante 1 metro de sua linha de acao. Pressao pascal Pa Pressdo exercida por uma Pascal é também forca de 1 newton, unidade de tens&o uniformemente distribuida mecdnica (tracao, sobre uma superficie compressao, plana de 1 metro cisalhamento, quadrado de area, tensdo tangencial e perpendicular & diregéo da suas combinacdes). forga. Viscosidade pascal- Pa.s _Viscosidade dinamica de dinamica segundo um fluido que se escoa de forma tal que sua velocidade varia de 1 metro por segundo, por metro de afastamento na diregao perpendicular ao plano de deslizamento, quando a tensao tangencial ao longo desse plano é constante e igual a 1 pascal. Trabalho, joule J Trabalho realizado por Energia, uma forca constante de 1 Quantidade de newton que desloca seu calor ponto de aplicaco de 1 metro na sua direcao, Poténcia, watt Ww Poténcia desenvolvida Fluxo de quando se realiza, de energia maneira continua e uniforme, o trabalho de 1 joule em 1 segundo. 266 Densidade de watt por W/m? fluxo de metro energia quadrado NEWTON C. BRAGA Densidade de um fluxo de energia uniforme de 1 watt, através de uma superficie plana de 1 metro quadrado de area, perpendicular & diredo de propagacao da energia. Unidades Elétricas e Magnéticas Para as unidades elétricas e magnéticas, o SI é um sistema de unidades racionalizado, para o qual foi definido o valor da constante magnética. co = 4¢x 10° henry por metro Corrente elétrica ampere A Carga elétrica coulomb C (quantidade de eletricidade) Tenséo elétrica, diferenga de potencial, forca eletromotriz volt v Gradiente de potencial, volt por V/m metro Corrente elétrica 1) Unidade de Base invaridvel que mantida _- definig&o em dois condutores ratificagdo pela 98 retilineos, paralelos, de CGPM/1948. comprimento infinito e de rea de secao transversal desprezivel e situados no vacuo a1 metro de distancia um do outro, produz entre esses houver condutores uma forga _possibilidade de igual a 2x10” newton, por confusdo, poderd metro de comprimento ser chamado desses condutores. ampére-espira, porém sem alterar © simbolo A. 2) O ampere é também unidade de forsa magnetomotriz; nesses casos, se Carga elétrica que atravessa, em 1 segundo, uma seco transversal de um condutor percorrido por uma corrente invaridvel de 1 ampére, Tens&o elétrica entre os terminais de um elemento passivo de circuito, que dissipa a poténcia de 1 watt quando percorrido por uma corrente invariavel de 1 ampare. A intensidade de campo elétrico Gradiente de potencial uniforme que se verifica 267 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA intensidade de campo elétrico Resisténcia. ohm A“ elétrica Resistividade ohm- = a.m metro Condutancia siemens S Condutividade siemens S/m por metro Capacitancia farad F em um meio homogéneo pode ser também e isétropo, quando é de 1 expressa em volt a diferenga de newtons por potencial entre dois coulomb. planos equipotenciais situados a 1 metro de distancia um do outro. Resisténcia elétrica de um © ohm é também elemento passivo de unidade de Circuito que é percorrido impedancia e de por uma corrente reatancia em invaridvel de 1 ampére, elementos de quando uma tensao circuito percorridos elétrica constante de 1 _por corrente volt é aplicada aos seus _alternada. terminais. Resistividade de um material homogéneo e isétropo, do qual um cubo com 1 metro de aresta apresenta uma resisténcia elétrica de 1 ohm entre faces opostas. Conduténcia de um elemento passivo de Circuito cuja resisténcia elétrica 6 de 1 ohm O siemens é também unidade de admitancia e de suscepténcia em elementos de circuito percorridos Por corrente alternada. Condutividade de um material homogéneo e isétropo cuja resistividade é de 1 ohm-metro. Capacitancia de um elemento passivo de circuito entre cujos terminais a tensdo elétrica varia uniformemente & razo de 1 volt por segundo, quando percorrido por uma corrente invariavel de 1 ampere. 268 Indutancia Poténcia aparente Poténcia reativa Indugao magnética Fluxo magnético Intensidade de campo henry =H volt- VA ampere var var tesla oT weber Wb ampere A/m por NEWTON C. BRAGA Indutancia de um elemento passivo de circuito, entre cujos terminais se induz uma tens&o constante de 1 volt, quando percorrido por uma corrente que varia uniformemente & razdo de 1 ampare por segundo. Poténcia aparente de um circuito percorrido por uma corrente alternada senoidal com valor eficaz de 1 ampere, sob uma tens&o elétrica com valor eficaz de 1 volt. Poténcia reativa de um Circuito percorrido por uma corrente alternada senoidal com valor eficaz de 1 ampére, sob uma tensdo elétrica com valor eficaz de 1 volt, defasada de ,/2 radianos em relagao a corrente. Indugéo magnética uniforme que produz uma forca constante de 1 newton por metro de um condutor retilineo situado no vacuo e percorrido por uma corrente invariavel de 1 ampére, sendo perpendiculares entre si as direges da inducéo magnética, da forca e da corrente. Fluxo magnético uniforme através de uma superficie plana de rea igual a 1 metro quadrado, perpendicular & direc&io de uma indug&o magnética uniforme de 1 tesla. Intensidade de um campo magnético uniforme, 269 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA magnético Relutancia metro ampere A/Wb por weber criado por uma corrente invariavel de 1 ampére, que percorre um condutor retilineo, de comprimento infinito e de drea de secdo transversal desprezivel, em qualquer ponto de uma superficie cilindrica de diretriz circular com 1 metro de circunferéncia e que tem como eixo o referido condutor. Relutancia de um elemento de circuito magnético, no qual uma forca magnetomotriz invaridvel de 1 ampére produz um fluxo magnético uniforme de 1 weber. Unidades Térmicas Temperatura termodinamica ‘Temperatura Celsius Gradiente de temperatura Capacidade térmica kelvin K grau 8 Celsius kelvin = K/m por metro joule por J/K kelvin Fracao 1/273, 16 de 1) kelvin é unidade temperatura de base, definicao termodinamica do ponto _ratificada pela 13 triplice da agua. CGPM/1967 Intervalo de temperatura 2) kelvin e grau unitario igual a 1 kelvin, Celsius so também numa escala de unidades de temperaturas em que o _ intervalo de ponto 0 coincide com _temperaturas. 273,15 kelvins. 3) t (em grau Celsius) = T (em kelvins) -273,15 Gradiente de temperatura uniforme que se verifica ‘em um meio homogéneo e isdtropo, quando é de 1 kelvin a diferenga de temperatura entre dois planos isotérmicos situados a dist4ncia de 1 metro um do outro. Capacidade térmica de um sistema homogéneo e isotropo, cuja temperatura aumenta de 1 kelvin 270 Calor especifico quilogra ma e por kelvin NEWTON C. BRAGA quando se Ihe adiciona 1 joule de quantidade de calor. joule por J/(kg.K) Calor especifico de uma substancia cuja temperatura aumenta de 1 kelvin quando se Ihe aciona 1 joule de quantidade de calor por quilograma de sua massa. Condutividade watt por W/(m.K) Condutividade térmica de térmica metro e um material homogéneo e por kelvin isétropo, no qual se verifica um gradiente de temperatura uniforme de 1 kelvin por metro, quando existe um fluxo de calor constante com densidade de 1 watt por Tabela IV Outras Unidades fora do SI Admitidas Temporariamente Nome da Unidade Simbolo Valor em Unidades SI _ Observacdes angstrom A 10°m *atmosfera atm 101 325 Pa bar bar 10° Pa barn b 10° m? *caloria cal 4,1868 J Este valor é 0 que foi adotado pela 52 Conferéncia Internacional sobre as Propriedades do Vapor, Londres, 1956. *cavalo-vapor wv 735,5 W curie Cc 3,7 x 10" Bq gal Gal 0,01 m/s* *gauss Gs 10° T hectare ha 10° m? *quilograma-forca _kaf 9,806 65 N *milimetro de mmHg 133,322 Pa Aproximadamente mercurio 271 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA milha maritima no *quilate rad roentgen R rem rem * A evitar e a substituir pela unidade SI correspondente. 1852m (1852/3600) m/s 2x 10%kg 0,01 Gy 2,58 x 10° C/kg 1 rem=1cSv=107 Sv 272 Velocidade igual a 1 mitha maritima por hora. Nao confundir esta unidade com 0 "quilate" da escala numérica convencional do teor em ouro das ligas de ouro. Orem éuma unidade especial empregada em radioprotecao para exprimir 0 equivalente de dose. Newton C. Braga FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA VOLUME 2 Editora Newton C. Braga S&o Paulo - 2013 Instituto NCB www.newtoncbraga.com.br leitor@newtoncbraga.com.br FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA -V2 Autor: Newton C. Braga Sdo Paulo - Brasil - 2013 Palavras-chave: Eletrénica - Engenharia Eletrénica - Componentes - Reparacgdéo - Projetos - Circuitos praticos - Coletanea de circuitos - Matematica para Eletrénica - Calculos - Tabelas - Eletricidade - Fisica - Eletrotécnica - Optoeletrénica - Optica - Eletrénica Digital Copyright by INTITUTO NEWTON C BRAGA 12 edi¢ao Todos os direitos reservados. Proibida a reproducdo total ou parcial, por qualquer meio ou processo, especialmente por sistemas gréficos, microfilmicos, fotograficos, reprograficos, fonogréficos, videograficos, atualmente existentes ou que venham a ser inventados. Vedada a memorizagao e/ou a recuperacao total ou parcial em qualquer parte da obra em qualquer programa juscibernético atualmente em uso ou que venha a ser desenvolvido ou implantado no futuro. Essas proibigées aplicam-se também as caracteristicas gréficas da obra e & sua editoragéo. A violagdo dos direitos autorais é punivel como crime (art. 184 e pardgrafos, do Cédigo Penal, cf. Lei n° 6.895, de 17/12/80) com pena de prisdo e multa, conjuntamente com busca e apreenséo e indenizacdo diversas (artigos 122, 123, 124, 126 da Lei n° 5.988, de 14/12/73, Lei dos Direitos Autorais). Diretor responsavel: Newton C. Braga Diagramagao e Coordenacao: Renato Paiotti Pontes...... 128. 129. 130. 131. 132. 133. 134. Amplifi 135. 136. 137. 138. 138. 139. 140. 141. 142. 143. 144. 145. 146. 147. 148. 149. 150. 151. 152. 153. 154. 155. indice Ponte de Wheatston: Ponte de Wien.... Ponte de Ressonéncia. Ponte de Maxwell 15 Ponte de Schering. 17 Ponte de Owen 18 Ponte de Hay icadores Operacionais. Amplificador nado inversor. Amplificador Inversor. Seguidor de Tensao. Amplificador Somador. Amplificador Diferenga (Subtragao) Diferenciador Integrador.... Amplificador Logaritmico. Fonte de Tens@o........ Fonte de Corrente Constante (carga flutuante). Fonte de Corrente Constante (carga de alta corrente)...33 Amplificador de Valor Absoluto Voltimetro com Operacional. Oscilador Retangular. Oscilador por Ponte de Wien Filtro Passa Faixa com Operacional (Passa Banda). 39 Filtro Rejeitor (Bloqueador de Faixa). 41 Filtro Passa-Baixas. 42 Filtro Passa-Altas com Operacional. 43 Filtro Butterworth de Segunda Ordem Passa- Baixas. 44 Regulador de Tensdo em Série com Transistor. Regulador de TensAo Paralelo. Reguladores Integrados de Tensa 156. Reguladores de tensao.. 157. Regulador de Corrente..........ccccsseeeseeeeeeeeeeeeeeeeueeeneeseee Circuitos Digit 159. Convers&o Bindrio-para-Decima 160. Conversdo Byte para Decimal. 161. Conversdo BCD para Decimal. 162. Conversdo hexadecimal para decimal. 74 163. Conversdo de decimal para binario. Funcées Légicas... 164. Porta E (AND’ 165. Porta Nao-E (NAND) 166. Porta OU (OR)...... 167. Fung&o N&o-OU (NOR) 168. Porta OU-Exclusivo (Exclusive-OR). 84 169. Func&o Inversor (Inverter). 85 170. Soma Binaria (Adigao Binaria). 86 171. Subtrac&o Binaria. 172. Multiplicagdo Binaria 173. Divisdo Binaria Postulados da Algebra Booleana.... 174. Leis da Tautologia 175. Leis da Comutacao. 176. Leis da Associagao 177. Leis da Distribuica 178. Leis da Absorgao. 179. Leis da Classe Universo. 180. Leis da Classe Nulo.. 181. Leis da Complementacao. 182. Leis da Contraposica 183. Leis da Dupla Negacao. 184. Leis da Expansdo. 185. Leis da Dualidad Relacées Booleanas. 186. Ponto Identidade 187. Comutativa 188. Associativa 189. Distributiva 190. Absorca 191. Teoremas de Demorgan Férmulas Diversas....... aeneee 192. Valores instantaneos Para Sinais Senoidais 193. Convers&o de milimetros em polegadas 194. Conversdo de polegadas em milimetros. Conversées de Temperatura..... c 195. Graus Celsius (C), Graus Fahrenheit (F), _ Kelvin (K) e Graus Reamur (Re) 111 Formula 195.1... 111 Som... 118 197. Frequéncia e Comprimento de Onda (som). 118 199. Intervalo de um som +122 200. Pressdo Sonora Formula 200.1... 201. Nivel de pressao sonora. 202. Intensidade Sonor 203. Interferéncia (batimento). 204. Efeito Doppler. Formula 204.1... +122 +123 124 124 +126 +127 128 Redes Divisoras de Frequéncia Para Alto Falantes... 205. Simples divisor para Tweeter (6 dB/oitava) 206. Divisor para tweeter de 6 dB por oitava (2) 131 207. Divisor de dois canais com 12 dB por oitava. .132 208. Divisor em PI de dois canais com 18 dB/oitava de separacao 209. Divisor em T de dois c canais com separacdo de 18 dB por oitava +135 210. Formulas para Divisores de frequéncia de 3 canais ....137 129 129 wu 211. Divisor de 3 canais com 6 dB de separacao tipo série. .139 212. Divisor de 3 canais com 6 dB oitava tipo paralelo....... 141 213. Divisor de 3 canais com 12 dB por oitava tipo série. 215. A formula de Wheeler. Optoeletrénica 216. Comprimento de onda e frequéncia para radiacgao dptica 217. Intensidade e Fluxo Luminoso 218. Densidade luminosa. 219. Refracado. 220. LEDs... 221. Circuitos com LEDs 222 - Fotocélulas.... 223 - LDR ou foto-resisto: 224. Fotodiodo.. oo 225. FOtO-TransistOr.....scccesescseerssceessesseensssecssreseseeesees 171 Colorimetria..... 226. Lei de Stefan-Boltzmann, 227. Formulas para diferenciagao (derivadas). 228. Formulas para integracao. 229. Toleranci 230. Transformadas de Fourier. ANEXOS.... oe CALCULANDO ETAPAS CLASSE A COM TRANSISTORES. PROJETANDO UM ASTAVEL DE POTENCIA.... CALCULANDO UMA ETAPA CLASSE B (Push-Pull) NEWTON C. BRAGA .Apresentagado Este manual foi preparado para todos os que trabalham com eletricidade e eletrénica. Engenheiros, técnicos, estudantes, professores e mesmo amadores teréo neste livro um rico conteudo para seu trabalho de projeto, determinacéo de caracteristicas e dimensionamento de componentes e circuitos. Assim, durante sua vida profissional o autor, que projetou centenas de circuitos elétricos e eletrénicos, colecionou uma enorme quantidade de férmulas e informagdes técnicas que podem ser de grande utilidade para todos que fazem este tipo de trabalho. Na pratica, todos que realizam um projeto, devam fazer um trabalho para a escola ou ainda precisam determinar as caracteristicas de um componente ou um circuito para uma aplicagéo, encontram como dificuldade principal encontrar a informagc&o necessaria. Atualmente, a grande fonte de informacao para isso é a Internet. No entanto, ela apresenta um problema basico que dificulta o trabalho de todos. Além dela estar dispersa, € comum o uso de unidades diferentes, o esquecimento do valor de uma constante, um fator de multiplicagéo ou mesmo um expoente. Colocando as principais formulas, tabelas num Unico lugar, © projetista, estudante ou professor podem encontrar a informacg&o que precisa com muito mais facilidade e, mais do que isso, pode carrega-la para onde for, quer no seu tablet ou smartphone, se for a verséo E-book como na sua maleta de trabalho, se for a verséo impressa. As tabelas, por outro lado, contém uma grande quantidade de informacgées importantes, tais como valores de constantes, propriedades fisicas de circuitos e materiais, e mesmo valores ja calculados para serem usados em procedimentos de projeto, economizando tempo e também evitando a possibilidade de um erro. Finalmente, encontramos neste livro leis e teoremas descrevendo as propriedades de certos circuitos e dispositivos, além de procedimentos que devem ser adotados quando se faz um trabalho pratico. Uma boa parcela das formulas apresentadas 7 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 é acompanhada de exemplos de aplicacdo, Estes exemplos séo muito importantes para mostrar como os calculos s&o feitos usando a informac&o dada. Para se evitar problemas de obtencao de resultados incorretos, todas as formulas possuem a indicagdo das unidades usadas, e nos casos em que se julgar necessario, informagdes sobre sua convers&o sao dadas. Como os leitores que irao utilizar este manual possuem todos os niveis de formacao, as formulas que encontramos vao das mais simples, onde a operacées aritméticas elementares sao usadas, tais como a soma, subtracaéo, multiplicagdo e divisdéo sao usadas, passando pelas intermedidrias em que ja temos o uso das funcgdes trigonométricas, expoentes e raizes, e chegando as mais avancas onde o calculo integral e diferencial é encontrado. Sabemos que a matematica é uma ciéncia exata e isso é importante quando fazemos seu uso na maioria das aplicacdes. No entanto, na eletrénica “do mundo real”, componentes e circuitos trabalham com uma boa margem de toleradncia, 0 que significa que os resultados praticos que obtemos ao fazer um projeto partindo de férmulas e procedimentos de calculos podem ser bem diferentes dos esperados. Até comum que se diga nos meios técnicos que para a eletrénica “na pratica a teoria é outra”. Assim, ao utilizar as férmulas e procedimentos dados neste livro para se fazer um projeto, ou para se conferir o funcionamento de um circuito, € comum que se necessite de “ajustes", que s&o pequenas alteragdes de valores de componentes que levem aos resultados esperados. Também deve ser levado em conta que muitas formulas dadas neste livro sao empiricas. O que ocorre é que em muitos casos, as formulas exatas para uma aplicagdo sao extremamente longas, complexas e até utilizam procedimentos néo comuns para as pessoas que tenham uma formagao basica ou média em matematica. Cortando estas formulas ou adotando certas constantes, ou ainda limitando o uso da formula a uma faixa de condicées, a formula pode ser simplificada, levando a resultados proximos do desejado com um _ procedimento de cdalculo muito menos trabalhoso. Estas sdo as férmulas empiricas que encontraremos em muitos casos neste livro. NEWTON C. BRAGA Também devemos fazer algumas observacgées sobre o uso das unidades. Neste trabalho daremos preferéncia ao uso das unidades no sistema internacional de unidades ou SI, em que os valores sdo expressos em sua maioria em valores decimais. Seguiremos as recomendagées dadas pelo INMETRO e ABNT que normaliza o uso das unidades em nosso pais. Em alguns casos, visando facilitar 0 uso das formulas pelos leitores menos experientes com o trato da matematica, poderemos em utilizar notagdes “nao convencionais”. Para as multiplicagdes, por exemplo, teremos o simbolo preferencial usado o “X”, mas em alguns casos poderemos encontrar o “*” ou mesmo o ”.”, As tabelas foram obtidas de diferentes fontes, das quais destacamos os manuais de fisica, livros de engenharia, manuais de fabricantes de componentes, Internet, livros de matematica, normas da ABNT, e muito mais. Na maioria dos casos a confiabilidade dessas informacgées é grande e quando em duvida conferimos com outras fontes, pois podem ocorrer pequenas discrepancias, principalmente em relagaéo a caracteristicas de componentes e materiais. Algumas férmulas também foram elaboradas pelo prdprio autor, utilizando programas que ele criou para esta finalidade. Essa é a idéia deste livro que, na verdade, teve uma edicdo feita por nds em 1999 nos Estados Unidos, mas que nao teve uma versdo em portugués. A edicéo original esté esgotada, mas muito de seu conteudo é atual, bastante que certas modificagées em relacdo as formas de expressar certas grandezas sejam feitas. Coletamos entéo o material basico daquela edicdéo e acrescentamos outros, relacionados com _ tecnologias mais modernas e, além disso, damos exemplos praticos de sua utilizagdo. Esta é, portanto, a finalidade deste livro: ajudar todos que precisam de fdérmulas especificas para a realizagéo de projetos ou de trabalhos, colocando-as de uma forma organizada e dando exemplos praticos. O autor - 2013 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Neste volume: Pontes Operacionais Digital Reguladores de Tensao Digital Fungées Léogicas Temperatura Som Alto-Falantes Optoeletrénica Colorimetria Matematica 10 NEWTON C. BRAGA Pontes Uma ponte de medida é um circuito formado por quatro bragos conectados e arrumados de modo que, quando um sinal (AC ou DC) é aplicado a um par de jungées opostas, a resposta de um sistema de detecc&o (indicador DC ou AC) conectado ao outro par de jungdes pode ser zerada por um ajuste de um ou mais elementos dos bracos da ponte. 128. Ponte de Wheatstone A ponte de Wheatstone é formada por resistores, sendo usada para a medida de resisténcias. O circuito de uma ponte de Wheatstone é mostrado na figura. O dispositivo sensor de equilibrio pode ser um galvanémetro se a ponte for alimentada por tensdo continua. No entanto, a ponte pode ser alimentada por um sinal de audio caso em que o dispositivo sensor pode ser um fone de ouvido de alta impedancia ou ainda um transdutor piezoelétrico. R2 R3 Quando utilizada para medidas de resisténcias, uma das resist€ncias é desconhecida (R4 = Rx, por exemplo) e outra é varidvel para encontrar o ponto de equilibrio da ponte (R3, por exemplo) 11 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Formula 128.1 Quando no equilibrio: pa — B13 ~ R27 Onde: R1, R2, R3, R4 sdo as resisténcias nos bracos da ponte em ohms (Q) Exemplo de Aplicagao: Qual é o valor de R4 na ponte mostrada na figura 1 quando na condigao de equilibrio é encontrada sendo R1 = 100 ohms, R2 = 200 ohms e R3 = 300 ohms? Dados: 1 = 100 ohms R2 = 200 ohms R3 = 300 ohms R4 =? Usando a formula 128.1: 100 R4 = =—x300 = 150 ohms 200 129. Ponte de Wien Esta ponte é usada para medidas de capacitancia e indutancia. A figura mostra a configurag&o basica desta ponte. O indicador de equilibrio é escolhido de acordo com a frequéncia da fonte de sinal. Esta frequéncia, por outro lado, é escolhida de acordo com o valor da capacitancia ou indutancia que estado sendo medidas. 12 NEWTON C. BRAGA Formula 129.1 No equilibrio: @ = —_______ R4 x R3 X C4 X C3 e C4_R2_ RB C3 R11 R4 Onde: © 62x TI xf (f é a frequéncia do gerador em hertz - Hz) R1, R2, R3 e R4 sdo as resisténcias em ohms (Q) C1, C2, C3 e C4 s&o as capacitancias (F) Obs.: A ponte também pode ser usada em medidas de frequéncias. Neste caso, selecione os capacitores da seguinte maneira: R3 =2xR4eCl = C2 13 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 A férmula 2 pode entdo ser utilizada para determinar a frequéncia de uma fonte de sinal. Formula 129.2 Para medidas de frequéncia: fF FemxR2x C2 Onde: f é a frequéncia em hertz (Hz) TI éa constante 3.1416 R2 éa resisténcia em ohms (Q) C2 é a capacitancia em farads (F) Formula 129.3 Quando no equilibrio também é valido: R2 x R4— R1 x R3 cat = R1 x R42 x R3 x w? a C3 = R1 (R2 x R4.— R1 x R3)x R3 x w? Onde: @ = 2 x II x f (f 6 a frequéncia em hertz - Hz) R1, R2, R3 e R4 sdo as resisténcias em ohms (Q) C1, C2, C3 e C4 sao as capacitancias em farads (F) 130. Ponte de Ressonancia A Ponte de Ressonancia é usada para medidas de indutancia, precisando de uma fonte de sinal cuja frequéncia depende do valor da indutancia que esta sendo medida. O circuito € mostrado na figura existindo dois elementos para serem ajustados no equilibrio: C e R3. C4 e R4 sao a capacitancia e a resist€ncia associadas a indutancia que esta sendo medida. 14 NEWTON C. BRAGA Formula 130.1 Condigao para equilibrio: wt x€ e R1 R4= R2 x R3 Onde: @=2x TI xf (féa frequéncia em hertz - Hz) R1, R2, R3 e R4 sao as resisténcias em ohms (Q) C éa capacitancia em farads (F) L éa indutancia em henrys (H) 131. Ponte de Maxwell Esta ponte é destinada a medida de indutancias, mas usa como r5eferéncia ou padrao uma capacitancia. Isso a torna ideal 15 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 para aplicacgées praticas, pois as bobinas de diversos valores sao mais dificeis de obter e mais caras. O circuito basico de uma Ponte de Maxwell é mostrado na figura. A ponte usa uma fonte de sinal com uma frequéncia determinada pelo valor da indutancia que esté sendo medida. E importante notar que o ponto de equilibrio independe da frequéncia do sinal. Formula 131.1 No equilibrio: L4=R1xR2x€ e R4 ea R3 ig R2 Onde: L4 é a indutancia a ser medida em henrys (H) R1, R2, R4 e R4 sao as resisténcias nos bragos em ohms (Q) C éa capacitancia em farads (F) Exemplo de Aplicagao: Na ponte de Maxwell mostrada na figura anterior o equilibrio € obtido quando: R1 = R2 = 100 ohms, R3 = 200 ohms eC = 0.1 uF. Determine L e R4. (R4 é a resisténcia associada ao enrolamento da bobina). 16 NEWTON C. BRAGA Dados: R1 = R2 = 100 ohms R3 = 200 ohms C = 0.1 pF (usando C in uF o resultado sera encontrado em pH) Usando a formula 131.1: a) £4 = 100x200x0.1 = 2000uH = 2mH B) rq = 100 200 = 2000h = 1997200 = 2000hms 132. Ponte de Schering Esta ponte é usada para a medida de indutancias e capacitancias. A entrada é um gerador de sinais cuja frequéncia é escolhida de acordo com o valor da capacitancia ou indutancia que esta sendo medida. O circuito basico para medidas de capacitancia é mostrado na figura. 17 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Formula 132.2 No equilibrio: cae eg ~ Ri* e pen ert ~ ¢3* Onde: C2 e C3 so as capacitancias nos bragos da ponte (Uma delas é varidvel) em farads (F) C4 é a capacitancia desconhecida em farads (F) R4 é a resisténcia desconhecida em ohms (Q) Ri e R2 sdo as resist€ncias nos bracgos (uma delas variavel) em ohms (Q) Exemplo de Aplicagao: Uma ponte de Schering esta no equilibrio quando R1 = R2 = 200 ohms e quando C1 = C3 = 0.1 uF. Determine a capacitancia desconhecida e a resisténcia associada (C4 e R4): Dados: Determinando C4: 4 = yor = 01 4 = Fog HOl = Our Determinando R4: Ol R4= 17209 = 2000hms 133. Ponte de Owen Esta ponte é usada para medidas de indutancias e os resultados s&o independentes da frequéncia. Apesar isso, a frequéncia do gerador externo deve ser escolhida de acordo com 18 NEWTON C. BRAGA o valor da indutancia a ser medida. O circuito basico desta ponte é mostrado na figura. Férmula 133.1 No equilibrio: £4 = R1xR3xC2 e R4= i R3 ~ c1i* Onde: L4 é a indutancia desconhecida em henrys (H) R1 e R3 sao as resisténcias nos bracos em ohms (Q) - R1 variavel R4 é a resisténcia associada a indutancia em ohms (Q) C1, C2 e C3 s&o as capacitancias em farads (F) - uma delas varidvel (C1) 19 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 134. Ponte de Hay Esta ponte é utilizada para medidas de indutdncia e os resultados sdéo dependentes da frequéncia do sinal. Assim, a frequéncia deve ser escolhida de acordo com o valor da indutancia a ser medida. O circuito basico desta ponte é mostrado na figura. Formula 134.1 No equilibrio: L- R1 x R2x C2 1+ (R2x@x C2)? e R1 x R2 x R3(w@ x C2? R4 = ———— 1+ (R2x wx C2)? Onde: @ = 2xIIxf (f é a frequéncia em hertz - Hz) Léa indutancia desconhecida em henrys (H) R1, R2 e R3 sdo as resisténcias em ohms (Q) - duas delas variaveis para equilibrar a ponte. 20 NEWTON C. BRAGA R4 é a resisténcia associada ao enrolamento da bobina em ohms (Q) C1 e C2 so capacitancias em farads (F) Amplificadores Operacionais Apesar dos amplificadores operacionais originalmente terem sido usados para realizar operagdes em_ sistemas analégicos ou mesmo para monitorar fenédmenos fisicos, suas aplicagdes so limitadas apenas pela imaginacao do projetista. As férmulas dadas a seguir sao apropriadas para projetos utilizando amplificadores operacionais. Deve ser levado em conta que na pratica pequenas diferencas podem ocorrer devido as tolerancias dos componentes e também ao fato de que os amplificadores operacionais reais possuem caracteristicas diferentes dos ideais. 135. Amplificador nao inversor Na configuracaéo nao inversora, a fase do sinal de saida é a mesma do sinal de entrada. O ganho é determinado pela resist€ncia de realimentacdo (feedback). O circuito basico de um amplificador neste tipo de aplicagdéo é mostrado na figura. As seguintes formulas sao utilizadas para determinar o ganho: R2 21 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Formula 135.1 Ganho: R2 G=1+— R1 Onde: G é0 ganho Ri e R2 sao resisténcias em (Q) Formula 135.2 Ganho de tensao: Vout = Vi (a + *) out = Vinx — R1 Onde: Vout é a tensdo de saida volts (V) Vin é a tensdo de entrada em volts (V) R1 e R2 so as resisténcias em ohms (Q) Obs.: A tensdo de saida ndo pode ser maior que a tensdo da fonte de alimentacao. Exemplo de aplicacgao: No circuito da figura anterior, R2 tem 100 kQ e R1 tem 10 kQ . Determine o ganho. Dados: R1 = 10 kQ R2 = 100 kQ G=? Aplicando a formula 135.1 100x10° cisi0d a ye ae x. G=l+ 22 NEWTON C. BRAGA 136. Amplificador Inversor A polaridade do sinal de saida é oposta a do sinal de entrada. A configuracgéo basica de um amplificador operacional inversor € mostrada na figura. O ganho é dado pelas formulas seguintes. Formula 136.1 Ganho de um amplificador inversor: G R2 oR Onde: G é0 ganho R1 e R2 s&o as resisténcias em ohms (Q) 137. Seguidor de Tensaéo O seguidor de tensao é uma configuracao especial onde R1 e R2 sao nulos (zero). Essa configuragéo tem um ganho de tensdo unitdrio (1), conforme mostra a figura. Vin Vout e Formula 137.1 Ganho do seguidor de tens&o: Vin ~ Vout 23 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Onde: Vin é a tens&o de entrada Vout é a tensdo de saida G € 0 ganho de tensdo (unitario) 138. Amplificador Somador A configurac&o basica do amplificador operacional somador € mostrada na figura. A tensdo de saida deste circuito é a soma algébrica das tensdes aplicadas as entradas, multiplicada pelo ganho que é dado pela relacdo entre R2 e Ri. R2 Formula 138.1 Amplificador somador: R2 Vout = 55 x(V1+V2+V3 +--+Vn) Onde: Vout é a tensdo de saida em volts (V) V1, V2....Vn sdo as tensdes de entrada em volts (V) R1, R2 sao as resist€ncias em ohms (Q) Exemplo de Aplicacgao: No amplificador somador da figura abaixo, R2 tem 100 k ohms, Ri tem 10 k ohms; Determine a tensdo de saida quando 24 NEWTON C. BRAGA as tensdes de entrada forem V1 = 100 mV, V2 = - 200 mV e U3 = 250 mV. V1 = 100mvo o Vout=? Ri 10k0 V2 = 200mvo—f__}-+ L 1540 V3-= 250mvo—{—__} 4} Dados R2 = 100 kQ R1 = 10 kQ V1 = 100 mv V2 = -200 mv V3 = 250 mv Vout = ? Aplicando a formula 137;1: Vout = 100x10" @oox10" —200x10° +250x10~ 10x10 Vout = 10x(150x10*) = 1500 mv = 1.5V 138. Amplificador Diferenga (Subtra¢ao) Neste amplificador, a tensdo de saida é a diferenca entre as tensdes aplicadas a entrada, multiplicada pelo ganho do amplificador. O amplificador de subtrag&o, diferenga ou subtrator é mostrado na figura. 25 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Formula 138.1 Subtracao: Vout Re v2-V1 out = py XC )} Onde: Vout é a tensdo de saida em volts (V) V1 e V2 sao as tenses de entrada em volts (V) R1 e R2 sao as resisténcias em ohms (Q ) Obs.: a tensdo de saida deve ser menor do que a tenséo de alimentacao. Tabela 39 - CMRR x dB CMRR significa Common Mode Rejection Ratio ou relagéo de rejeigfo em modo comum. Trata-se de um pardmetro importante em projetos que utilizem amplificadores operacionais. O CMRR define a capacidade de um circuito de rejeitar sinais em modo comum. A tabela a seguir permite converter valores absolutos de CMRR em dB. CMRR dB a 0 10 20 26 NEWTON C. BRAGA 100 40 1.000 60 10 000 80 100 000 100 1.000 000 120 10 000 000 |140 139. Diferenciador A diferenciagéo ou derivada é o processo utilizado para encontrar o valor instantaneo da taxa de variagdo de um sinal tragando-se uma linha tangente ao ponto de interesse no grafico da fung&éo que representa o sinal. A figura mostra o circuito basico de diferenciacg&o utilizando um amplificador operacional. prone R vin o——| © Vout Formula 139.1 Diferenciagao: Vout = -Rxc { “) dt Onde: Vout é 0 valor instantaneo da tensdo de entrada em volts (v) Vin é a tensdo de entrada em volts (V) R €a resisténcia em ohms (Q) C éa capacitancia em farads (F) 27 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 140. Integrador Na figura temos a configuragéo de um amplificador operacional para realizagdo da fungao integragao (integral de um valor). A chave é utilizada para determinar 0 ponto de partida do processo, ja que a tensdo de saida é funcdo do tempo. Formula 140.1 Integracao: Vout = 71 Gat V2 + pn) at our co} \rit Rat at Onde: Vout é a tensdo de saida em volts (V) V1, V2, V3....Vn so as tensdes de entrada em volts (V) R1, R2, R3....Rn sao as resisténcias em ohms (Q) C éa capacitancia em farads (F) 28 NEWTON C. BRAGA 141. Amplificador Logaritmico Num amplificador logaritmico com operacional, o ganho depende da tensdo de entrada e da corrente de entrada. O circuito mostrado na figura usa um transistor como dispositivo de realimentagao (feedback) variavel para determinar o ganho de tensdo como funcdo da tensdo e da corrente de entradas. As formulas seguintes podem ser aplicadas nos cdalculos deste circuito. ai Vout Formula 141.1 Ganho de tensao: Vout = Vin x1 (=) out= Vin xlo =—— 8 Tow Onde: Vout é a tensdo de saida em volts (V) Vin é a tensdo de entrada em volts (V) lin é a corrente de entrada em ampéres (A) Tout é a corrente de saida em ampéres (A) Formula 141.2 Corrente de entrada: 29 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 li Vin = 2 R Onde: lin é a corrente de entrada em ampéres (A) Vin é a tensdo de entrada em volts (V) R éa resisténcia em ohms (Q) Obs.: A tensdo de saida n&o pode ser maior do que a tensdo de alimentacéo. Para tipos comuns como o 741 esta tensdo é da ordem de 15 V. 142. Fonte de Tensao Esta configuracéo pode ser utilizada como uma fonte de tensdo de referéncia se o amplificador for do tipo de alta poténcia, ou como um diodo zener de alta poténcia. O circuito é mostrado na figura a formula dada abaixo pode ser utilizada nas aplicagées praticas. v Formula 142.1 Fonte de tens&o: Vout = Vzx (52) out = =a ZX R1 30 NEWTON C. BRAGA Onde : Vout é a tensdo de saida em volts (V) Vz é a tensdo do zener R1 e R2 sao as resisténcias em ohms (2) Obs.: Rz & calculado de acordo com _procedimentos normais para esta aplicagdo Exemplo de Aplicacao: Determine o valor de R2 para o projeto de uma fonte de referéncia de tensdo de 7 V, empregando um diodo zener de 3 V, no circuito mostrado na figura. Dado R1 = 500 ohms. Dados: Vz=3V Vout =7V R1 = 500 ohms R2=? Usando a formula 142.1: oa 7 = 3x —— 500. _ 3xR2 ~ 500 Isolando R2: 7x500 3 3500 R2= 3 11660hms 31 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 143. Fonte de Corrente Constante (carga flutuante) O circuito mostrado na figura é indicado para a alimentacgao de cargas flutuantes. O resistor R, em série com o diodo zener, é calculado utilizando férmulas convencionais para diodos zener (nesta secao). Formula 143.1 Fonte de corrente constante - carga flutuante IL Vz R1 Onde: I, 6 a corrente da carga em ampéres (A) Vz € a tensdo do diodo zener em volts (V) R1 é a resisténcia em ohms (Q) Obs.: Rz é calculado por formulas convencionais para diodos zener - ver nesta mesma secao. 32 NEWTON C. BRAGA 144. Fonte de Corrente Constante (carga de alta corrente) Uma configuragéo de fonte de corrente constante com operacional apropriada para cargas de alta corrente é a mostrada na figura. A tens&o de referéncia é aplicada a entrada do circuito e por ser fornecida por uma fonte de tensdo de referéncia, com outro operacional, por exemplo. Rt R2 Formula 144.1 Fonte de corrente constante - alta poténcia R1 x (R1 + R2) a Rix R2x R3 Onde: I, 6a corrente na carga em ampéres (A) Vin é a tensdo de referéncia na entrada em volts (V) R1, R2 e R3 sdo as resist€ncias em ohms (Q) 145. Amplificador de Valor Absoluto Neste circuito, a tensdo de saida é o valor absoluto da tensdo de entrada multiplicado pelo ganho do circuito. O ganho depende de R2 e R1 de acordo com as formulas dadas a seguir. O Circuito é mostrado na figura. 33 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 er a Vin = © Vout R3 Formula 145.1 Amplificador de valor absoluto: R1 e Vout = |Vin| Gr) out = mM x Vi Onde: G éo0 ganho Vout é a tensdo de saida em volts (V) Vin é a tensdo de entrada em volts (V) R1 e R2 sao as resisténcias em ohms (Q) Obs.: Vout deve ser menor do que a tenséo de alimentacao. R3 é escolhido de acordo com a aplicagaéo 146. Voltimetro com Operacional Um voltimetro com alta impedancia de entrada para baixas tensdes utilizando um amplificador operacional € mostrado na figura. 34 NEWTON C. BRAGA Formula 146.1 Voltimetro de alta impedancia _Vin ~ R1 Onde: Im € a corrente que circula através do instrumento em ampéres (A) Vin é a tensdo de entrada em volts (V) R1 éa resisténcia em ohms (Q) Im Obs.: R2 € o resistor limitador de corrente, sendo escolhido de acordo com as caracteristicas do instrumento indicador. 147. Oscilador Retangular Mostramos como calcular a freqii€ncia de um oscilador de grande utilidade para a producao de sinais de baixas freqiiéncias na faixa de alguns hertz a perto de 100 kHz. Trata-se do oscilador retangular com amplificador operacional cuja configuragdéo é mostrada na figura 1. 35 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Figura 1 — Configuragao basica do oscilador. Nesse oscilador os resistores Re R2 tipicamente mantém uma relagéo de 10:1 para se obter um sinal retangular de qualidade na saida. Os valores mostrados no circuito sao tipicos para amplificadores operacionais comuns como o conhecido 741. Observe que a fonte de alimentacgdéo deve ser simétrica com valores compativeis com o amplificador operacional empregado. A forma de onda na saida é retangular, mas na rede RC que determina a freqiiéncia temos um sinal dente de serra que corresponde a carga e descarga de C.. Calculo A férmula empirica que permite calcular a freqiiéncia desse oscilador é: Formula 147.1 1 f= Gene 36 NEWTON C. BRAGA Onde: f € a freqi€ncia em hertz (Hz) C éa capacitancia em farads (F) R éa resisténcia em ohms (Q) Exemplo de aplicacao: Calcular o valor de C no circuito mostrado na figura 2, Para que ele gere um sinal de 10 kHz. 10 ke a7 El | f= t0KHe a - bade EEL o i fe L. 100 kQ + 10 kQQ 10K Usando poténcias de 10 para expressar os valores a serem utilizados temos: f = 10* Hz R = 10*ohms C=? FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Aplicando esses valores na férmula temos: 10* = 1/(6 x 10* x C) Isolando C: C = 1/6 x 10% C = 0,166 x 10° C = 0,00166 uF = 1,6 nF 148. Oscilador por Ponte de Wien Na figura mostramos o diagrama de um oscilador com ponte de Wien utilizando um amplificador operacional. Neste Circuito sao utilizados diodos zener para estabilizagdo da forma de onda senoidal usada. Ri R2 —— 1 Y [F ‘(| c= Vz Formula 148.1 Oscilador com Ponte de Wien: f ~ 2xnxRx€ 38 NEWTON C. BRAGA Onde: f é a frequéncia em hertz (Hz) R éa resisténcia em ohms (Q) C éa capacitancia em farads (F) II éa constante 3,1416 149. Filtro Passa Faixa com Operacional (Passa Banda) Um filtro passa-faixa ou passa-banda é mostrado na figura. Este circuito no feedback pode também usar uma rede ressonante LC. As caracteristicas (faixa passante, fator Q e outros) séo determinados pelas caracteristicas dos componentes usados. As férmulas dadas a seguir servem para determinar as caracteristicas do circuito. Para mais informagdes sugerimos ver as formulas do oscilador duplo T com transistor. RI2 RC feedback Formula 149.1 Para realimentacao LC: 1 f= 2xmxvVbx€ 39 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Onde: f é a frequéncia em hertz (Hz) Léa indutancia henrys (H) C é a capacitancia em farads (F) TI é a constante 3,1416 Formula 149.2 Para realimentacgdo RC a v3 f= 2xmxRx€ Onde: f & a frequéncia em hertz (Hz) R éa resisténcia em ohms (Q) C éa capacitancia em farads (F) TI éa constante 3,1416 V3 =1.7320 Exemplo de Aplicacao: Determine R para um filtro passa-faixa usando a configuragdo mostrada na figura, sintonizado para 10 kHz onde os capacitores usados sdo de 0,005 uF (5 nF). Dados: f = 10 kHz C = 0.005 x 10° R=? Usando a formula 149.2: 1ox10° = ———-3__ MY ~ 2x314xRx0,005x10-° 1.73 Renee nnseiOni0ci0?! 6.28x0.005x10 °x10x10 R J 2.754x10° = = Ae 0.628x10°° R=2.754 kQ 40 NEWTON C. BRAGA 150. Filtro Rejeitor (Bloqueador de Faixa) O filtro rejeitor ou “notch” mostrado na figura usa uma rede RC de realimentacaéo. Os sinais para os quais é feita a sintonia sao rejeitados. Vin Formula 150.1 Frequéncia de rejeig&o do filtro: _ v3 i Z2xnaxRx€ Onde: f € a frequéncia em hertz (Hz) R éa resisténcia em ohms (Q) C éa capacitancia em farads (F) TI éa constante 3,1416 V3 = 1.7320 41 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 151. Filtro Passa-Baixas O filtro passa-baixas mostrado na figura usa redes RC. As frequéncias até os valores calculados passam sem atenuacdo enquanto que os valores acima sao bloqueados. Formula 151.1 Filtro Passa Baixas: 1 ~ 2enxRx€ f Onde: f é a frequéncia em hertz (Hz) R éa resisténcia em ohms (Q) C éa capacitancia em farads (F) TI 6a constante = 3,1416 R3=2xR 42 NEWTON C. BRAGA 152. Filtro Passa-Altas com Operacional O circuito da figura usa apenas resistores e capacitores na rede de realimentac&o. As frequéncias acima dom valor calculado passam sem atenuac@o. As frequéncias abaixo do valor calculado sao bloqueadas. Ri R2 © Vout Formula 152.1 Filtro Passa-Altas: 1 ~ 2xnxRx€ f Onde: f & a frequéncia em hertz (Hz) R €a resisténcia em ohms (Q) C éa capacitancia em farads (F) TI éa constante = 3,1416 43 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 153. Filtro Butterworth de Segunda Ordem Passa- Baixas O circuito mostrado na figura é um filtro Butterworth de segunda ordem utilizando um amplificador operacional. As formulas seguintes sao utilizadas para fazer os cdalculos dos componentes deste filtro e também sua performance. RA R2 Formula 153.1 Frequéncia: 1 f ~ 2xnxRx€ Onde: f é a frequéncia em hertz (Hz) R é a resisténcia em ohms (Q) C éa capacitancia em farads (F) TI éa constante = 3,1416 Formula 153.2 Seletividade: 3 3-6 44 NEWTON C. BRAGA Onde: Qéo fatorQ G € 0 ganho de tensdo (veja a formula seguinte) Formula 153.3 Ganho: R2 G=1+— R1 Onde: G é0 ganho R1 e R2 sao as resisténcias em ohms (Q) 154. Regulador de Tensaéo em Série com Transistor A configuragéo mostrada na figura é basica para um regulador de tensao tipo série usando um diodo zener como referéncia e um transistor para controlar a corrente de carga. As seguintes formulas sao utilizadas para calcular os elementos deste circuito: 45 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Ponto de Partida Num projeto pratico é importante partir de alguns parametros fixos e calcular os componentes a serem utilizados a partir deles. Os pardmetros fixos a serem usados nas formulas seguintes sao: Fixos: Vi = tens&o na saida (carga) em volts (V) Vin(min) = tensdo minima de entrada em volts (V) Vin(max) = tensdo maxima de entrada em volts (V) Vin = tensdo de entrada(valor entre Vin(max) e Vin(min) - normalmente a variagéo da tenséo de entrada adotada nos projetos é de 10% em volts (V) Iz(min) = corrente minima através do zener (indicada pelo fabricante) em ampéres (A) Is(max) = Valor maximo da corrente de base (indicado pelo fabricante ou escolhido de acordo com o ganho do transistor como fungao da corrente de carga) em amperes (A) Importante: Vin > Vz Formula 154.1 Tensdo na carga: VL=Vz+Vbe Onde: VL é a tensdo na carga em volts (V) Vz é a tens&o do zener em volts (V) Vee € a queda de tensdéo na jungéo base-emissor do transistor (tipicamente 0,6 V para transistores de silicio) em volts (Vv) Formula 154.2 Tensdo sobre R: VR =Vin—Vz 46 NEWTON C. BRAGA Onde: Ve € a tensdo sobre R em volts (V) Vin é a tensdo de entrada em volts (V) Vz é a tensdo do zener em volts (V) Obs.: a tens&o de entrada deve ser sempre maior do que a tens&o do zener para operacao correta. Uma diferenga de pelo menos 3 V é recomendada nos projetos comuns. (A) Formula 154.3 Iz(max): Iz(max) = Fam | x [Iz(min) — IB(max)] Onde: Iz(max) é a corrente maxima no diodo zener em ampéres Vin(max) é a tensdo maxima de entrada em volts (V) Vin(min) é a tensdo minima de entrada em volts (V) Vz é a tensdo do zener em volts (V) Iz(min) é a corrente minima no zener em ampéres (A) IB(max) é a corrente maxima na base do transistor em amperes (A) (A) Formula 154.4 IB(max): Ic(max) L = —— 'z(max) BGmin) Onde: Iz(max) é a corrente maxima no diodo zener em ampéres Ic(max) € a corrente maxima no coletor do transistor (corrente de carga) em ampéres (A) B(min) é 0 ganho minimo do transistor usado 47 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Formula 154.5 Dissipag&o do Zener: Pz = Iz(max) x Vz Onde: Pz é a poténcia minima de dissipagéo do zener usado em watts (W) (A) (A) Iz(max) é a corrente maxima no diodo zener em ampéres Vz é a tens&o do zener em volts (V) Formula 154.6 Calculando R: _ Vin(max) — Vz Rmin = ieee Iz(Qmax) e Vin(min) — Vz Rmax = IB(max) + Iz(min) Rin < R < Rmax Onde: R €0 resistor escolhido em ohms (Q) Rmin é 0 valor minimo de R em ohms (Q) Rmax é o valor maximo de R em ohms (2) Vin(max)é a tensdo maxima de entrada em volts (V) Vin(min) é a tensdo minima de entrada em volts (V) Vz é a tens&o do zener em volts (V) Iz(max) é a corrente maxima no diodo zener em ampéres 48 NEWTON C. BRAGA Iz (min) é a corrente minima no diodo zener em ampéres (A) IB(max) € a corrente maxima de base no transistor em ampéres (A) Formula 154.7 Dissipacgao de R: Va R Onde: P éa poténcia dissipada em R em watts (W) Ve & a tens&o sobre R em volts (V) R éa resisténcia em ohms (Q) Formula 154.8 Tens&o minima de entrada: Vin(min) = Vz + R x(IzG@min) + IbGnax )) Onde: Vin(min) é a tensdo minima de entrada em volts (V) Vz &a tens&o do zener em volts (V) R €a resisténcia em ohms (Q) Iz(min) é a corrente minima no zener em ampéres (A) Ib(max) é a corrente maxima na base do transistor em amperes (A) Formula 154.9 Determinando o # do transistor: Ic(max) BGnin) = 1B(max) 49 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Onde: B (min) é 0 ganho minimo do transistor usado Ic(max) @ a corrente maxima no coletor do transistor (corrente de carga) em ampéres (A) Is(max) is the maximum base current in the transistor in amperes (A) Exemplo de Aplicagao: Calcule os elementos praticos do circuito regulador de tensdo da figura abaixo, partindo das informacgées dadas a seguir: Vin BD135 = 50mA Dados: Vin = 10 V (10% de variagao) Vin(max) = 11 V Vin(min) = 9 V VL=6V IL = 500 mA Os parametros do zener serao fixados depois que a tensdo for determinada. a) Calculando Vz usando a formula 154.1: Vz = Vin + 0.6 (vamos usar um transistor de silicio) Vz = 10-3.4 Vz =6.6V (adotamos a tensdo média de entrada) b) Calculando Vz 50 NEWTON C. BRAGA c) Determinando Iz(max) usando a formula 154.4: Iz(max) = ool x [1z(min) — 1B(max)] I -[=S| 0.01 + 002 Iz(max) = 9-66 x(0.01+ 002) 44 Je(max) = 57 x0103 = 0.0544 d) Calculando R: (formula 154.6) 11-66 Rmin = 0.054 nm = —— = 8140. 9-66 Rmax = 0.02 + 0.01 81.4 Vs + Vbe Vce(max) > 12 - 0,6 Vce(max) > 12,6 Volts Ic(max) = 12 - Ib1 = 30 mA Supondo um ganho maior que 50 temos: hfe = 50 Ic2 = 30 mA Ib2 Ib2 = Ic2/hfe Ib2 = 0,03/50 Ib2 ,0006 Ib2 = 0,6 mA e) Calculo de R1 e R2 Uma condigéo importante para o funcionamento estavel deste circuito é que Io seja bem maior que a corrente Ib2. Isto é necessdrio para se evitar que o circuito divisor de tensao seja carregado. Um procedimento normal é fazer a corrente Io pelo menos 20 vezes maior que Ib2. Para 0,6 mA podemos adotar 10 mA para Io com seguranga. 67 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 O valor do resistor R2 sera dada por: R2 = V2/Io R2 = 9,7/0,01 R2 = 970 ohms Pode-se adotar 1k como valor comercial mais préximo. O valor de R1 sera dado por: R1 = (Vs - V2)/Io Ri = (12 - 9,7)/0,01 R1 = 2,3/0,01 R1 = 230 ohms O valor comercial mais préximo é 220 ohms. 68 NEWTON C. BRAGA Circuitos Digitais Um circuito digital segue as regras da aritmética bindria. Nesse sistema de numeracao, onde a base 2 é usada, diferente da base 10 que nos é familiar, somente dois digitos sao necessarios para representar qualquer quantidade. Esses digitos sao designados 1 e 0, mas desde que um circuito de dois estados também segue as leis da ldgica, tais circuitos sao também chamados “digitais” ou circuitos “Idgicos”. As formulas que damos a seguir sdéo usadas quando trabalhamos com estes circuitos, permitindo ao projetista prever o que aconteceraé com uma determinada configuragéo ou para projetar uma com o comportamento desejado. 159. Conversao Binario-para-Decimal Os circuitos digitais operam na base 2. Isso significa que dois digitos séo usados para representar uma quantidade. Para converter um numero digital puro num equivalente decimal (base 10), use a formula dada a seguir. bs by bs b2 JoT ops [9] “Yo “NX MSB | | LSB | \ 2a 2? a? gt Formula 159.1: Dn=b1x29+ b2x2'+ 3x27 + ....bnx2™1 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Onde: Dn é 0 numero decimal b1 é 0 bit menos significativo (LSB) do numero binario b2, b3...sa0 os bits seguintes do numero bindrio bn €0 bit mais significativo (MSB) do numero binario Exemplo de Aplicagao: Converter o numero binario puro 1010100 para decimal: Aplicado a formula 157.1: (LSB= 1 e MSB =1) Dnx0x2°+ Ox2'+ 1x2? +0x 23+ 1x24+ 0x25 + 1x 2° Dn=Ox1+Ox2+1x44+0x84+1x 1640x3241 64 Dn=4+16 +64 Dn = 80 70 NEWTON C. BRAGA Tabela 42 - Poténcias de 2 Damos a seguir uma tabela com as poténcias de 2, até o expoente 22. Os_ valores encontrados nessa tabela sao comumente usados em muitos calculos envolvendo eletrénica digital. Poténcia de 2 | Valor 2° 1 2° 2 2 4 2° 8 24 16 Pid 32 2° 64 27 128 26 256 27 512 2 1024 Dae 2048 22 4096 22 8192 2 16 384 2 32 768 2'6 65 536 2” 131072 au 262 144 2” 524 288 2% 1.048 576 2+ 2.097 152 oer 4 194 304 71 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 160. Conversdo Byte para Decimal O byte é um numero binario de 8 bits. A formula dada a seguir possibilita a converséo de um byte no numero decimal equivalente. Formula 160.1 Da = bi x2? + b2x2'4 63x24 b4x284 BS x24 4 b6x 254 b7 x 264 bBx2? Onde: Dn é 0 numero decimal convertida b1 a b8 sdo os bits do byte b1 é o LSB - bit menos significativo b8 é o MSB - bit mais significativo Tabela 43 - Poténcias negativas de 2 Na tabela dada a seguir temos algumas_ poténcias negativas de 2, usadas para representar numeros menores que 1. Poténcia Decimal Negativa de 2 2° 1, Pa 0,5 2% 0,25 2a 0,125 2? 0,062 5 2° 0,031 25 20 0,015 625 27 0,007 812 5 2 0,003 906 25 27 0,001 953 125 an 0,000 976 5625 aa 0,000 488 281 25 2u 0,000 244 140 625 22a 0,000 122 070 3125 2a 0,000 061 035 156 25 Daa 0,000 030 517 578 125 72 NEWTON C. BRAGA 161. Converséo BCD para Decimal BCD ou Decimal Codificado em Binario consiste numa representacao para os algarismos de 0 a 9 usando 4 bits. A figura mostra a converséo e as formulas a seguir possibilitam seu calculo.. ne etal Seel Dezenas Unidades DECIMAL => 6 5 Formula 161.1 Dd = b1x2°+ b2x2'+ 63x27 + b4x23 Onde: Dd é 0 digito decimal de 0 a9 b1, b2, b3, b4 s&o os valores dos digitos binarios b1éo0LSB b2 60 MSB Exemplo de aplicacgao: Converter para decimal o BCD 1001 0100 Resolvendo: 1* Calculando o digito decimal das unidades: Ddu = 0x 29+ Ox2'*+ 1x27+ 0x23 Ddu=0+0+6+0 Ddu=8 73 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 2* Calculando o digito decimal das dezenas: Ddt =1x2°+ Ox2?+ Ox 27+ 1x2? Ddt=1+8 Ddt=9 O numero decimal é 98 ou 98:0. 162. Conversdo hexadecimal para decimal Neste sistema de numerac&o, sao usados os digitos de 0 a 9 e mais as letras de A até F. A base é 16 e para converter valores do hexadecimal para o decimal, deve ser usada a seguinte formula: Formula 162.1: Dn =h1x 169 + h2x16'+ 43x16? + ......hnx16"+ Onde: Dn é 0 valor decimal da converséo hi, h2, h3, .... hn so os digitos hexadecimais hi éoLSB h2 60 MSB Exemplo de aplicacgao: Converter para decimal o valor hexadecimal F5A2 Dados: h1 =2 h2 = A (10) h3 =5 h4 = F (15) Aplicando a férmula 162.1: Dn =2x 169+ 10x 167+ 5x 167+ 15x 16% Dn =2x1+10x 16+5 x 256 +15 x 4096 Dn =2 +160 + 1280 + 61 440 Dn = 62 882 74 NEWTON C. BRAGA Tabela 44 - Digitos hexadecimais e decimais correspondentes Decimal Bindrio/Hexadecimal 0 00000 J 00011 2 00102 3 00113 4 01004 5 01015 6 01106 7 01117 8 10008 9 10019 10 1010A 11 1011B 12 1100C a3) 1101D 14 1110E 15 1111F Tabela 45 — Poténcias de 10 Poténcia de 16_| Decimal 16° i 16" 16 167 256 16° 4096 16* 65 536 16° 1048 576 16° 16 777 216 163. Conversdo de decimal para binario N&o existe propriamente uma formula para a conversdo, mas sim um algoritmo. Esse algoritmo consiste em divisées sucessivas, considerando-se o resto no final de cada etapa, conforme explicamos a seguir: 75 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Algoritmo: dn) — b1.....bn= IF xR “O numero bindrio é encontrado escrevendo-se na ordem inversa os restos da diviséo sucessiva do numero decimal por dois, comecando pela ultima divisdo” Onde: b1 a bn 6 o numero binadrio dn 6 o numero decimal R € 0 resultado das divisées na ordem inversa. O exemplo de aplicagéo mostra como funciona: Converter o numero 26 decimal em bindrio. 26 | 2 06 13 | 2 0 1 6 0 2 3} 2 th 1. Escrevendo na ordem inversa temos: 11010 NEWTON C. BRAGA -Fungdes Légicas As fung6es légicas sAo blocos usados nos circuitos digitais para realizar séries de decisédes “sim ou nao” baseadas na presenca ou auséncia de sinais nas diversas entradas. Os sinais de entradas sdo sinais “sim ou nao”, e dependendo do modo como os blocos s&o interligados é possivel elaborar desde os mais simples circuitos até computadores. 164, Porta E (AND) Para a funcgéo AND ou Fung@o E (Porta AND ou Porta E), 0 nivel de saida sera alta somente se as entradas Ae B estiverem no nivel alto. A figura mostra o simbolo de uma fungaéo E. a representacdo de Venn e 0 circuito equivalente, além da tabela verdade para o caso de uma funcao de duas entradas. f(A-B)=AB =s00/> ~00 pp Q DIAGRAHA DE VENN CIRCUITO SIMBOLICO Equacdo 163.1 Fungo Booleana - Porta AND de duas entradas: X=AB FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Onde: X é 0 nivel ldgico de saida AeB sao os niveis ldgicos de entrada Tabela 46 - Tabela verdade para a funcao ldgica E de duas entradas A B x 0 0 0 0 1 0 1 0 0 A 1 i! Equacao 163.2 Fung&o Booleana - Porta AND de trés entradas: X = A.B.C Onde: X €0 nivel ldgico de saida A, B e C sao os niveis ldgicos de entrada Tabela 47 - Tabela verdade para a porta E de trés entradas: A: x PG 0 o 60 1 0 o 1 0 0 0 1 1 0 1 o 0 0 1 0 1 0 1 1 0 0 1 1 1 1 78 NEWTON C. BRAGA 165. Porta Nao-E (NAND) Nesta funcgéo, a saida sera alta somente quando as entradas A e B simultaneamente nao estiverem no nivel alto. O simbolo, circuito equivalente, tabela verdade e diagrama de Venn sao dados a seguir. Observe que a negacdo (Nao OU) é obtida com a ajuda de um relé no circuito equivalente. t(A.8)= 58 5s GiGi | a Oi os w a DIAGRAMA DE VENN ABELA VERDAVE CIRCUITO SIMBOLICO “De 25S] - firzl simBoLo Equacdo 165.1 Equac&o Booleana - Funcéo NAND de duas entradas: X=AB=A+B Onde: X €0 nivel ldgico da saida Ae B sao os niveis ldgicos das entradas. 79 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Tabela 48 - Tabela verdade para a fungaéo N&o-OU (NAND) de duas entradas. Equacao 165.2 Equacdo Booleana - Fungéo NAND de trés entradas: X=ABC=A+B+E Onde: A, B, C so os niveis logicos das entradas X € 0 nivel ldgico da saida: Tabela 49 - Tabela verdade para a fungaéo N&o-OU (NAND) de trés entradas ror oF oR O16 80 NEWTON C. BRAGA 166. Porta OU (OR) A saida de uma porta OU ou Fungaéo OU (OR) estar[a no nivel alto quando uma ou ambas as entradas estiverem no nivel alto. Na figura temos o simbolo, circuito equivalente, e diagrama de Venn para esta funcdo. 10,8) 2448 DIAGRAMA DE VENN TABELA VEROADE a | a are 8 - 7 cance simaoLo CIRCUITO SIMBOLICO Equacdo 166.1 Equacdo Booleana - Funcao de duas entradas X=A+B Onde: X ou A+B € 0 nivel ldgico da saida Ae B s&o os niveis ldgicos das entradas Equacdo 166.2 Equacao Booleana - Fungao de trés entradas: X=At+BtC 81 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Onde: X ou A+B € 0 nivel ldgico da saida A, Be C s&o os niveis logicos das entradas. Tabela 50 - Tabela verdade para a fungéo de 3 entradas: ‘ KH oorHools” Hor oR oH OS 0 0 0 0 Z 1 f 1 167. Fungao Nao-OU (NOR) A saida de uma fungdo NOR ou N&o OU estara no nivel alto somente se ambas entradas A e B, estiverem no nivel baixo. A figura abaixo mostra o simbolo, circuito equivalente, diagrama de Venn e tabela-verdade para esta funcdo. Observe que no circuito equivalente é usado um relé para fazer a negacado. 82 NEWTON C. BRAGA TABELA VERDADE OIAgRAMA ‘DE VERN CIRCUITO SIMBOLICO Equacao 167.1 Equacdo Booleana - Funcdo de duas entradas: X=A+B Onde: X é 0 nivel ldgico da saida (A+B) AeB so os niveis ldgicos das entradas Equac&o 167.2 Equacdo Booleana - Fungdo de trés entradas: X=A+Bt+CE Onde: X €0 nivel ldgico da saida A, B e C sao os niveis légicos das entradas. 83 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Tabela 51 - Tabela verdade para a funcgéo de 3 entradas: Pd 0 0 0 0 1 1 1 Hee ooHH cole -orororols ceccccenln| 168. Porta OU-Exclusivo (Exclusive-OR) Na saida de uma fungao ou porta Exclusive-OR ou OU- Exclusivo, o nivel légico seraé alto se A ou B estiverem no nivel alto. Se ambas as entradas estiverem no nivel alto, a saida ira para o nivel baixo. Na figura o simbolo e o circuito equivalente desta funcgao. D> TR | oe | 15 Configuragao equivalent 84 NEWTON C. BRAGA Equac&o 168.1 Equac&o Booleana: X=A.B+ AB Onde: X €0 nivel ldgico da saida AeB so os niveis ldgicos da entrada Tabela 52 - Tabela Verdade para a func&o Eclusive- Or ou Ou-exclusivo: 169. Fungao Inversor (Inverter) O nivel ldgico da saida de um inversor sera 0 oposto ao da entrada. Na figura o diagrama de Venn, tabela verdade, simbolo e um Circuito equivalente usando um relé. 85 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 2 DIAGRAMA UE VENN a CIRCUITO SIMBOLICO TABELA VERDADE Equac&o 169.1 Equac&o booleana: X=A Onde: X € 0 nivel ldgico da saida A é0 nivel légico da entrada 170. Soma Binaria (Adigao Binaria) Sao validas as seguintes regras para a realizagdo de uma soma binaria: Regras 170.1 0+0=0 O+1=1 1+0=1 1+1=1 (e vai um) 86 NEWTON C. BRAGA 171. Subtragao Binaria Para a subtracao bindria so validas as seguintes regras: Regras 171.1 0-0=0 0-1 = 1 (e empresta um) 720.7 1-1=0 172. Multiplicagao Binaria Para a multiplicagdo bindria sao validas as seguintes regras: Regras 172.2 Ox0= Ox1=0 1x0=0 x1l=1 173. Divisao Binaria Para a divisdo bindria sao validas as seguintes regras: Regras 173.1 0/0 = ? (nao permitida) 0/1 =0 1/0 = ? (nado permitida) vial 87 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Postulados da Algebra Booleana 174. Leis da Tautologia Repetigaéo por soma ou multiplicagéo nao alteram o valor real de um elemento. O circuito mostrado no diagrama corresponde a esta lei. Tautologia: at+a=a axa=a Notac&o matemiatica (teoria dos conjuntos) ana=a aUa=a Notagao légica: aNa=a aVa=a 175. Leis da Comutagao A conjuncao e a disjungao nao so afetadas pela mudanca seqiiencial. A figura 1 mostra os diagramas correspondentes a esta funcdo. 88 NEWTON C. BRAGA a a__ atb (arb) b oT OR AND b ae bta (ba) a a ce OR AND Comutagao: atb=b+a axb=bxa Notacdo matematica: aub=bua anb=bna Notac&o légica: avb=bva aAb=baAa 176. Leis da Associa¢gao O agrupamento nao afeta a disjungdo ou a conjungado. A figura mostra os circuitos equivalentes. 89 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 OR a a+b oR b (arb+o) e a b (atbec) © bre oR OR AND AND 4 asb . (asbec) © tee — bee (asbeo) : AND aN Leis da associagao: a+(b+c)=(a+b)t+c ax(bxc) =(axb)xc Notac&o matematica: au(buc)=(aub)uc an(bnc) = (anb) ac Notaco légica: av(bvc)=(avb)vc aA(bAc)=(aAb)Ac NEWTON C. BRAGA 177. Leis da Distribuigao Um elemento é adicionado a um produto pela adicaéo do elemento a cada membro do produto e uma soma é multiplicada por um elemento pela multiplicagéo de cada elemento da soma por este elemento. O diagrama do circuito equivalente é mostrado abaixo. a b (at bpe(atc) bec 6 OR AND ‘8 (ab) + (asc) b pe ( e AND OR Leis 177.1 Leis da di: a+(bxc) =(a+b)x(a+c) ax (b +c) =(axb)+axc) Notac&o Matematica: au(bnc) = (aub) n(auc) an(buc) = (anb) u (anc) Notac&o Légica: av(bAc) = (avb)A(avc) aA (bvc) =(aAb)v(aAc) 91 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 178. Leis da Absorcao A disjungéo de um produto por um de seus membros é equivalente a este membro. A conjungao de uma soma por um de seus membros é equivalente a este membro. O circuito ldgico equivalente é mostrado abaixo. AND OR Leis 178.1 Leis da absorgao: at+(axb)=a ax(at+b)=a Notac&o matemiatica: au(anb)=a an(aub)=a Notac&o légica: av(aAb)=a aA(avb)=a 92 NEWTON C. BRAGA 179. Leis da Classe Universo A soma consistindo de um elemento e o a classe universo é€ equivalente a classe universo. O produto consistindo de um elemento e a classe universo é equivalente ao elemento. Os circuitos equivalentes sao dados na figura abaixo. AND Leis 179.1 Classe Universo: ati=1 axl=a Notac&o matematica: aul=1 ani=a Notac&o légica: avi=il aAl=a 180. Leis da Classe Nulo A soma consistindo de um elemento e a classe nulo é equivalente ao elemento. O produto consistindo de um elemento 93 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 e a classe nulo é equivalente a classe nulo. As funcgdes equivalentes sdo mostradas na figura abaixo. a a 0 OR a Qo 0 AND Leis 180.1 Leis da Classe Nulo at+O=a ax0=0 Notac&o matemiatica: aud=a ano=0 Notac&o légica: avO=a aAQ=0 181. Leis da Complementagao A soma consistindo de um elemento e o seu complemento é equivalente a classe universo. O produto consistindo de um elemento e seu complemento é equivalente a classe nulo. Na figura abaixo temos a representacdo dessas leis. 94 NEWTON C. BRAGA pI OR ot Leis 181.1 Complementagao: a+a=1 axa=0 182. Leis da Contraposi¢ao Se um elemento a é equivalente ao complemento de um elemento b isso implica que o elemento b é equivalente ao complemento do elemento a. A figura abaixo representa o diagrama légico equivalente. 95 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 . a o a Leis 182.1 Contraposigao: a=b>b=4 Notacdo matematica: a=b' >b=a' 183. Leis da Dupla Nega¢ao O complemento da negacdo de um elemento é equivalente ao elemento. A figura abaixo mostra 0 circuito Iogico equivalente. a Leis 183.1 Dupla negacao: a=a@ 96 NEWTON C. BRAGA Notac&o matemiatica: a=a'c Notacao légica: a=-a’ 184. Leis da Expansao A disjungéo de um produto composto dos elementos a e b e um produto composto do elemento a e o complemento do elemento do elemento b é equivalente ao elemento a. A conjungdéo de uma soma composta dos elementos a e b e a soma composta do elemento a e o complemento do elemento b é equivalente ao elemento a. A figura abaixo mostra os circuitos légicos equivalentes. AND a asb OR b a a ~ aeb i: —_—o b 6 AND NOT OR a atb AND b a a : a+b i 5 "Sy OR NOT 97 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Lei 184.1 Expansao: . (axb)+ (axb)=a (a+b)x (a+ b)= 0 Notac&o matematica: (anb)u(anb’)=a (aub)n(aub’)=a Notac&o légica: (aA b)v(aA-~b)=a (av b) A (av ~b) =a 185. Leis da Dualidade O complemento de uma soma composta dos elementos a e b é equivalente a conjuncgao do complemento do elemento aeo complemento do elemento b. O complemento de um produto composto pelos elementos a e b é equivalente a disjungdo do complemento do elemento a e 0 complemento do elemento a. Na figura abaixo temos os circuitos logicos equivalentes. a asd ; . (aso) (esby » > i ae Nor 98 NEWTON C. BRAGA Lei 185.1 Lei da dualidade: (a+b)'= axb (axb)'= a+b Notacgdo matematica (aUby=a'nd' (a b)'= a'ub' Notac&o légica: ~(avb)=~an~b ~(anb)=~av ~b 99 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Relagées Booleanas 186. Ponto Identidade Relag&o 186.1 Ponto Idem: Adic&o: a+0=0 ati=l at+a=a Onde: a=0 Relagdo 186.2 Multiplicagao: Oxa 1x axa Ondea=a 187. Comutativa Relacao 187.1 Adic&o: (a+b) = (b +a) Relag&o 187.1 Multiplicagao: axb=bxa 188. Associativa Relacg&o 188.1 Adic&o: (a+b)+c=a+(b+c) 100 NEWTON C. BRAGA Relagado 188.2 Multiplicagao: (ax b)xc=ax (bxc) 189. Distributiva Relag&o 189.1 at (bxc) =ax(b+c) a+bxc=(a+tb)x(a+c) 190. Absor¢ao Relacgdo 190.1 ax(a+b)=a+axb=a 191. Teoremas de Demorgan Teorema 1 . Aplicando a operagéo NAO a uma operacao E, o resultado obtido é igual ao da operacgdo OU aplicada aos complementos das variaveis de entrada. Para: a=a (axb)=a@+b axb=a+b Teorema 2 Aplicando a operacéo Nao a uma operacao OU o resultado é igual ao da operacgdo E aplicada aos complementos das varidveis de entrada. axb axb a+b a+ el " FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Augustus De Morgan — natural de Madras (India) — 1806-1871 Tabela 53 - Sub Familias TTL - Frequéncias maximas Na tabela seguinte temos as caracteristicas de frequéncia maxima das subfamilias TTL. Tipo Designacao Freqiiéncia Maxima 7400 Normal (standard) 35 MHz 74HOO, High Power. 50 MHz 74100 Low Power 3 MHz 74S00 Schottky 125 MHz 74LS00 Low-Power Schottky |45 MHz 102 NEWTON C. BRAGA -Férmulas Diversas 192. Valores instantaneos Para Sinais Senoidais As formulas seguintes séo usadas para calcular os valores instantaneos de uma tensdo ou corrente senoidal a partir do valor de pico e do Angulo de fase. A tabela 54 é também usada nos calculos para fornecer os valores instantaneos relativos de um sinal senoidal como fung&o do valor de pico e do angulo de fase. Formula 192.1 Valor instantaneo: Onde: V € 0 valor instantaneo da tensdo ou corrente (volts ou ampéres, conforme o caso) Vp é 0 valor de pico da corrente ou tensdo Tv é 0 valor encontrado na tabela para o dngulo de fase desejado Tabela 54 — Valores instantaneos de sinais senoidais (tensées e correntes) Angulo de Fase Porcento (tv) 0 180 | 180 | 360 _ | 0,000000 al 179 _| 181 _| 359. 1,745241 2 178 | 182 | 358 | 3,489950 3 177 _| 183 | 357 | 5,233596 4 176 | 184 | 356 6,975647 5 175 | 185 | 355 8,715574 6 174 | 186 | 354 10,45285 ie: 173_| 187 _| 353 12,18693 8 172 | 188 | 352 14,92731 103 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 9 171 | 189 | 351 | 15,64345 10 | 170 | 190 | 350 | 17,36482 11_| 169 | 191 | 349 | 19,08090 12_| 168 | 192 | 348 20,79117 13 | 167 | 193 | 347 | 22,49511 14 | 166 | 194 | 346 | 24,19219 15 | 165 | 195 | 345 | 25,88190 16 | 164 | 196 | 344 | 27,56374 17_| 163 | 197 | 343 29,23717 18 | 162 | 198 | 342 | 30,90170 19 | 161 | 199 | 341 | 32,55682 20 | 160 | 200 [340 | 34,20201 21 | 159 | 201 | 339 | 35,83680 22 | 158 | 202 | 338 | 37,46066 23 | 157 | 203 [337 | 39,07311 24 | 156 | 204 | 336 | 40,67366 25 | 155 | 205 [335 | 42,26183 26 | 154 | 206 [334 | 43,83711 27 | 153 | 207 | 333_ | 45,39905 28 | 152 | 208 | 332 | 46,94715 29 | 151 | 209 | 331 48,48096 30_| 150 | 210 | 330 | 50,00000 31 _|149 | 211 [329 | 51,50381 32_| 148 | 212 | 328 | 52,99192 33_ | 147 _| 213 [327 | 54,46391 34 | 146 | 214 | 326 55,91929 35 | 145 | 215 | 325 | 57,35764 36 _| 144 | 216 | 324 | 58,77853 37_| 143 | 217 | 323 | 60,18150 38_| 142 | 218 | 322 | 61,56615 39 | 141 | 219 [321 | 62,93204 40 | 140 | 220 | 320 | 64,27876 41 | 139 | 221 | 319 | 65,60590 42 | 138 | 222 | 318 | 66,91306 43 | 137 | 223 |317_ | 68,19984 44 | 136 | 224 | 316 | 69,46584 45 [135 | 225 | 315 | 70,71068 46 | 134 | 226 | 314 71,93398 104 47_|133_| 227 | 313 | 73,13537 48 | 132 | 228 | 312 | 74,31448 49 | 131 | 229 | 311 | 75,47095 50_| 130 | 230 | 310 76,31448 51 | 129 | 231 [309 | 77,71460 52 | 128 | 232 [308 | 78,80107 53_ | 127 | 233 | 307 | 79,86355 54 | 126 | 234 | 306 | 80,90170 55 [125 | 235 | 305 81,91521 56_| 124 | 236 | 304 | 82,90376 57_| 123 | 237 | 303 | 83,86706 58 | 122 | 238 [302 | 84,80481 59 | 121 | 239 [301 | 85,71673 60 | 120 | 240 | 300 | 86,60254 61 | 119 | 241 [299 | 87,46198 62 | 118 | 242 | 298 | 88,29475 63 | 117 | 243 | 297 | 89,10065 64 | 116 | 244 [296 | 89,87940 65 | 115 | 245 [295 | 90,63078 66 | 114 | 246 | 294 | 91,35455 67_| 113 | 247 | 293 92,05048 68 | 112 | 248 | 292 | 92,71838 69 | 111 | 249 [291 | 93,35804 70 | 110 | 250 | 290 | 93,96926 71_| 109 | 251 [289 | 94,55186 72_| 108 | 252 | 288 95,10565 73_| 107 | 253 | 287 | 95,63048 74 | 106 | 254 | 286 | 96,12617 75 | 105 | 255 | 285 | 96,59258 76 | 104 | 256 | 284 | 97,02957 77_| 103 | 257 | 283 | 97,43700 78 | 102 | 258 | 282 | 97,81476 79 | 101 | 259 | 281 | 98,16272 80_| 100 | 260 | 280 | 98,48077 81 [99 | 261 | 279 | 98,76884 82 [98 | 262 |278 | 99,02681 83. |97_ | 263 [277 | 99,25462 84 | 96 264 | 276 99,45219 105 NEWTON C. BRAGA FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 85 [95 | 265 [275 | 99,61497 86 194 | 266 | 274 | 99,75640 87 | 93 | 267 | 273 | 99,86295 88 [92 | 268 | 272 | 99,93908 89 [91 | 269 | 271 | 99,98477 90 [90 | 270 | 270 | 100,0000 Obs.: Na parte referente a transformada de Fourier temos outra tabela de valores instantaneos para diversas formas de onda. Exemplo de Aplicacao Determinar o valor instantaneo de uma tensdéo de 300 V de pico no Angulo de fase de 32 graus. Dados: Vpico - 300 V A = 32 graus Usando a férmula 188.1: V = Vpico x Tv/100 Onde: V €0 valor instantaneo da tensdo em volts (V) Vpico é a tensdo de pico em volts Tv é€ 0 valor encontrado na tabela para o Angulo considerado 52,99 0 = 158,97 voits V =300x 193. Conversdo de milimetros em polegadas Uma polegada vale 25,40 milimetros. As formulas seguintes sao usadas para converter milimetros em polegadas 106 NEWTON C. BRAGA Formula 193.1 P =0,38907xM Ou p-_™ ~ 24,40 Onde: P é 0 comprimento em polegadas (inches) M é 0 comprimento em milimetros 194. Conversao de polegadas em milimetros Uma polegada vale 25,40 milimetros. As formulas seguintes séo usadas para converter polegadas em milimetros Formula 194.1 M=25,40xP Ou es P ~ 0,03907 Exemplo de aplicagao Converter 3,2 polegadas em milimetros. Dados: P= 3,2 M=? Aplicando a formula 194.1. M = 25,40 x 3,2 = 81,82 mm 107 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Tabela 56 - Conversado de polegadas decimais em milimetros Polegadas Milimetros 0.001 0.0254 0.002 0.0508 0.003 0.0762 0.004 0.1016 0.005 0.1270 0.006 0.1524 0.007 0.1778 0.008 0.2032 0.009 0.2286 0.01 0.2540 0.02 0.5080 0.03 0.7620 0.04 1.016 0.05 1.270 0.06) 1.524 0.07 1.778 0.08 2.032 0.09 2.286 0.1 2.540 0.2 5.080 0.3 7.62 0.4 10.16 0.5 12.70 0.6 15.24 0.7 17.78 0.8 20.32 0.9 22.86 i 25.40 2 50.80 3 76.20 4 101.6 5 127.0 6 152.4 z 177.8 8 203.2 9 228.6 10 254.0 108 Exemplo de aplicacgao: Usando a tabela 56, converter 1,35 milimetros. Procedimento: 1,35 polegadas pode ser escrita como: 1+ 0,3 + 0,05 polegadas Pela tabela: 1 polegada = 25,4 mm 0,3 polegada 7,62 mm 0,05 polegada = 0,270 mm Assim: M = 25,40 + 7,62 + 0,270 = 33,29 mm NEWTON C. BRAGA polegadas em Tabela 57 - Conversa&o de milimetros para polegadas decimais Milimetros Polegadas Decimais 0.01 0.000394 0.02 0.000786 0.03 0.001179 0.04 0.001572 0.05 0.001965 0.06 0.002358 0.07 0.002751 0.08 0.003144 0.09 0.003537 0.1 0.003937 0.2 0.00786 0.3 0.01179 0.4 0.01572 0.5 0.01965 0.6 0.02358 0.7 0.02751 109 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 ° & 0.03144 0.03537 0.0389 0.0786 0.1179 0.1572 0.1965, io 0.2358, 0.2751 0.3144 0.3537 ]oJo]N[olulsfu[r]e]ofe oS 0.3890 Exemplo de aplicagao Converter 2,47 mm em polegadas. Procedimento 2,47 mm pode ser decomposto em: P=2+4+0,4+ 0,07 Convertendo membro a membro a soma: 110 NEWTON C. BRAGA -Convers6ées de Temperatura 195. Graus Celsius (C), Graus Fahrenheit (F), Graus Kelvin (K) e Graus Reamur (Re). As férmulas seguintes sao utilizadas na conversdéo de temperaturas. A escala Celsius também é chamada Centigrado e a escala Kelvin também é chamada absoluta. A figura mostra os pontos de referéncia de todas essas escalas (congelamento e ebuligdéo da d4gua em condicdes normais de temperatura e pressdo - CNTP). Celsius Farenheit Reavmur Kelvin (°c) (°F) CR) Ck) 400 H}-------- 22 -}}-------- 20 -|}-------- 373 -| Cee F-lyW-------- R--- 7 K- 0 W}--------- 32-|y--- == --- o-lW------7- 273 Formula 195.1 Celsius para Fahrenheit: r=[2 ¢|+ 32 = lex FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Formula 195.2 Fahrenheit para Celsius: 5 C= 5 x(F—32) Onde: F é a temperatura em graus Fahrenheit (F) C é a temperatura em graus Celsius (C) Exemplo de aplicagao Converter 75° F em Celsius. Dados: F = 75 graus C=? Aplicando a férmula 195.1 c= : 75 — 32. = (75-32) 5 C=-x43 9 C = 23,88 Formula 196.3 Celsius para Kelvin: K = C+ 273,16 Formula 196.4 Kelvin para Celsius: C= K— 273,16 112 NEWTON C. BRAGA Onde: K é a temperatura em graus Kelvin (K) C éa temperatura em graus Celsius (C) Formula 196.5 Fahrenheit para Kelvin 5 K= Fz (F- 32)| + 273,16 Exemplo de aplicacgao: A que temperatura em graus Kelvin corresponde 40 graus Fahrenheit? Dados: F = 40°F K=? Aplicando a férmula 196.5 K= z x (40— 23) + 273,16 K= i x a]+ 273,16 K = 4,44 + 273,16 = 277,60 oK Formula 196.6 Kelvin para Fahrenheit 9 F= lz (K- 273,16)| + 32 Onde: K é a temperatura em graus Kelvin (K) F é a temperatura em graus Fahrenheit (F) 113 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Formula 196.7 Celsius para Reamur C=R 5 =Rex, Formula 196.8 Reamur para Celsius Re=Cx® e=Cxa Onde: Re é a temperatura em graus Reaumur (Re) C éa temperatura em graus Celsius (C) Formula 196.9 Fahrenheit para Reamur R ‘Op 32) e= —(F— 9 Formula 196.10 Reamur para Fahrenheit F= (FxRe)+ 32 Onde: F é a temperatura em graus Fahrenheit (F) Re é a temperatura em graus Reaumur (Re) Formula 196.11 Kelvin para Reamur 4 Re = = (K — 273,16) 114 NEWTON C. BRAGA Formula 196.12 Reamur para Kelvin 5 K= G xRe) + 273,6 Onde: Re é a temperatura em graus Reamur (Re) K é a temperatura em graus Kelvin (K) Tabela 58 - Conversao Celsius para Fahrenheit Celsius Fahrenheit =50 -58 -45 ~49 =40 -40 =35 =31 -30 ~22 25 =13 =20 =4 ia 5 =10 14 “5 23 oO 32 5 41 10 50 15 59 20 68 25 77 30 86 35 93 40 104 45 113, 50 122 55 131 60 140 65 149 70 158 75 167 80 176 85 185 90 194 95 203 100 212 105 221 115 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 110 230 115 239 120 248 125 257 130 266 135 275 140 284 145 293 150 302 Tabela 59 - Conversao de Celsius para Fahrenheit Fahrenheit | Celsius =50 -46 =40 =40 -30 -34 =20 =29 =10 =23 0 =18 5 15 10 =12 15 =9 20 7 25 4 30 -1 35 1,7 40 4 45 7 50 10 55 13 60 16 65 18 70 aL 75 24 80 27 85 29 90 32 95 35 100 38 105 41 110 43 115 46 120 49 125 52 130 54 135 57, 116 NEWTON C. BRAGA 140 60 145 63 150 66 155 68 160 71 165 74 170 77 175 79 180 82 185 85 190 88 195 91 Obs. Uma escala pouco usada, mas que também deve ser lembrada é a escala Rankine (°R ou °Ra). Nesta escala temos o zero Ra no zero absoluto e o tamanho do grau é igual ao do grau Fahrenheit. Na tabela temos alguns valores comuns de conversao para esta escala. Também devemos lembrar a escala de temperatura de Newton que tem 20 pontos de referéncia. Nesta escala, 0 derretimento da neve corresponde a 0 graus e a ebuligdo da dgua a 33 graus. Conversao de para Formula Fahrenheit Rankine RE = (°F - 32) x 4/9 Rankine Fahrenheit °F = ORE x 9/4 + 32 Kelvin Rankine RE = (K - 273,15) x 4/5 Rankine Kelvin K = °Ré x 5/4 + 273,15 Celsius Rankine RE = °C x 4/5 Rankine Celsius °C = RE x 5/4 Réamur Rankine Ra = ORE x 9/4 + 491,67 Rankine Réaumur RE = (°Ra - 491,67) x 4/9 Newton Rankine °Ra = °N x 60/11 + 491,67 Rankine Newton °N = (Ra - 491,67) x 11/60 Obs.: tabela da Wikipedia 117 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Som 197. Frequéncia e Comprimento de Onda (som) A velocidade com que uma onda sonora se propaga é denominada velocidade da onda. A velocidade depende das propriedades do meio e em alguns casos, também da frequéncia. A dependéncia entre a velocidade da onda sonora com a frequéncia é denominada dispersdo da velocidade. © comprimento de uma onda sonora é definido como a distancia percorrida pela onda no tempo de duragéo de um periodo. Em consequéncia, o comprimento de onda depende da velocidade de propagac&o no meio considerado. Formula 197.1 v=Axf Onde: V é a velocidade de propagacéo em metros por segundo (m/s) € 0 comprimento de onda em metros (m) f 6 a frequéncia em hertz (Hz) Formulas decorrentes: 118 NEWTON C. BRAGA Formula 197.2 v f a Férmula 192.3 Vv "5 Exemplo de aplicacgao: Calcular o comprimento de uma onda sonora de 3 000 Hz, sendo dada velocidade de propagacao no ar de 340 m/s. Dados f = 3 000 Hz = V = 340 m/s A=? Usando a formula 192.2 temos: A = 340/3 000 nN },113 metros Veja mais sobre as velocidades do som em alguns meios nas tabelas seguintes do item 193. 198. Velocidade das ondas sonoras longitudinais A velocidade de uma onda acustica longitudinal num material sdlido depende da natureza do material, podendo ser calculada pela formula dada a seguir: Formula 198.1 Onde: Vi é a velocidade das ondas longitudinais em metros por segundo (m/s) E é 0 médulo e Young (*) P é a densidade do meio em g/m?® 119 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 (*) O méddulo de Young é numericamente igual ao esforco necessario para dobrar 0 comprimento de um corpo. Em muitos corpos, a ruptura ocorre com esforgos muito menores. Tabela 60 - Médulo de Young para alguns materiais Material Médulo de Young em kg/mm? Aluminio barra 6 900 Aluminio fio 7 000 Baquelite 200 a 300 Ferro 10 000 a 16 000 Celuldide iva Constantan 10 000 Cobre 8 500 a 10 000 Duraluminio 7 100 Vidro. 5.000 a 8 000 Granito 5.000 Gelo 5 000 Invar. 14 000 Chumbo 1700 Manganina 12 600 Marmore 4 000 a 6000 Bronze fosforoso 11 500 Plexiglass 530 Borracha 0,8 Liga de aco 21.000 | Ago Carbono 19 000 a 21 000 Vinil 300 Madeira 300 a 1 600 Zinco 8 400 120 NEWTON C. BRAGA Tabela 60-A - velocidade do som em alguns meios Liquido Temperatura (oC) Velocidade (m/s) Acetona 0 1192 Benzeno 20 1 326 Alcool etilico 20 1180 Glicerina 20 1923 Mercurio 20 1451 Alcool metilico__|20 1123 Agua comum 25 1497 Agua do mar 17 1510 a 1550 (*) Agua pesada 25 1399 Gasolina 34 1250 Tabela 61 — Niveis de intensidade sonora Pressao Exemplos sonora Nivel dBSPL = Pa Avido a jato a 50 m 140 200 Limite do Panico 130 63.2 Limite do desconforto 120 20 Serra elétrica a 1m de distancia110 6.3 Discoteca, 1 m do alto-falante 100 2 Caminhéo diesel, 10 m de distancia po p-63 Calgada de Via Movimentada, 5 ba Aspirador de pé, distancia 1m 70 0.063 Voz em conversa normal, im 60 0.02 Casa comum 50 0.0063 Biblioteca silenciosa 40 0.002 Quarto silencioso 8 noite 30 0.00063 Estudio de TV em siléncio 20 0.0002 Farfalhar de folhas ao vento 10 0.000063 Limiar da audigéo 0 0.00002 121 Pressdo Sonora Intensidade Presséo p N/m?Sonora I watts/m? 100 10 1 0.1 0.01 0.001 0.0001 0.00001 0,000001 0.000000 0.00000001 0,000000001 0,0000000001 0.00000000001 0,000000000001 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 199. Intervalo de um som Denomina-se intervalo entre dois sons de frequéncia fi e f2 0 valor dado pela formula abaixo: Formula 199.1 Intervalo f2 fl Onde f2>f1 e: F2 e fl sdo as frequéncias dos sons considerados em hertz i= (Hz) 1€ 0 intervalo Obs. Os sons sao ditos em unissono quando i=1. Quando i=2, ou seja, f2 = 2f1 dizemos que o intervalo corresponde a uma oitava. 200. Pressao Sonora O aumento maximo da pressdo num meio devido a presenga de uma onda sonora é chamado de pressdo sonora. Pressdo é a quantidade de forga atuando numa area de 1 cm? de uma superficie. A presséo sonora normalmente é expressa em dinas/cm? ou microbar (ubar). A unidade de pressdo baria (Ba) faz parte do CGS. No SI a unidade usual é o Pascal (Pa). 1 baria vale 0,1 Pascal. As formulas dadas a seguir descrevem as relagdes entre a presséo sonora e a maxima velocidade de vibrag&o das particulas. Devemos ainda observar que impeddncia acustica e resist€ncia aclsticas sao grandezas diferentes. A Impedancia actstica indica quanto de pressdo sonora é gerada pela vibracdéo das moléculas de um determinado meio numa determina frequéncia. A impedancia acustica depende da frequéncia. A resisténcia acustica, por outro lado é provocada pela fricgéo do meio que transmite as vibracgdes sonoras. 122 NEWTON C. BRAGA Tabela 62 - Conversao de unidades de pressao : Milibar ow Kaf/e Nomenciatura [atmosfera [Pascal |earia [oar |MUPar OU. mma |mHo [Kd lUnidade latm Pa Ba lpar aber f mmHg |mi.0. |K9t/em lAtmosfera 1,01525x/4,01325 ly 01325|1013,25 |760,0 10,33. {1,033 7 : [7,501 |1,020% |1,019% Pascal s,69x10 10 = fro — Joon eee lie nee ; ; 7,501 |1,020% |i,020% Baria s,e69x107 |o,1 no —fooor Fax ozo Bar lo,9869 [100000 |1000000 nooo __|750,1 10,20 [1,020 mBar ou hPa 9,869x10"|100 —|ro00 __o,oo1 o,7503 |1:0?* 10,20 mmHg 1316x107 |133,3, [1333 [to 9* [1,333 Hoe [23.60 mH20 Is,678x107 Joso7 [2.807% [2.807% logog 73,56 Jo,100 kaf/em? lo,968 feetox 9:810% lo gsio [oe1.0 —_|735,8 |10,00 Formula 200.1 Press&o sonora x vibragdo das particulas P=vxz Ond P é a pressdo sonora em ubar V € a velocidade de vibragéo das particulas em centimetros por segundo (cm/s) Z éa impedancia acustica especifica em g/cm’s ou N.s/? Obs.: 1 u bar = 0,1 Pa = 1 g/cm?.s ou 1 bar = 10° dinas/cm? 123 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Tabela 63 - Efeito da temperatura na impedancia acistica di jo ar [Temperatura |Velocidade do som[Densidade do ar p |Impedancia acastica IT in o¢ lcem ms* lem kg-m~> IZ em N-s-m= +35, 351.88 11455, [403.2 +30 [349.02 1.1644 [406.5 +25, [346.13 1.1839 [409.4 +20 343.21, 1.2041 [413.3 +15 340.27 1.2250 [416.9 +10 337.31, 1.2466 [420.5 +5 [334.32 1.2690 la24.3 lo 331.30 1.2922, [428.0 Hs [328.25 1.3163 [432.4 10 325,18 1.3413 [436.1 Has [322.07 1.3673 [440.3 20 318.94 1.3943 [444.6 25 [315.77 1.4224 [449.1 201. Nivel de press&o sonora Uma mudanca de pressdo (nivel de presséo) pode ser expressa em decibel (dB). Qualquer pressdo sonora comparada com a refer€ncia de 0,0002 dina/cm? é expressa cm nivel de pressao sonora (SPL) e calculada pela seguinte formula: Férmula 201.1 P = 20xlg— B xlaa, Ond le: B é 0 nivel de pressao sonora em dB P é a pressdo sonora em u bar Po éa refer€ncia padrao de 2 x10“ ubar 202. Intensidade Sonora intensidades sonoras sao medidas em watts por As centimetro quadrado (W/cm?). A intensidade é a quantidade de poténcia transmitida através de uma onda numa area de 124 NEWTON C. BRAGA 1centimetro quadrado sob um 4dngulo reto de incidéncia na diregdo da propagacgao, conforme mostra a figura. A relacdo entre duas intensidades sonoras pode ser expressa como uma diferenca em decibel ou um valor absoluto se comparado a referéncia, como indicado pelas formulas seguintes. Fonte nee Sonora TT = Ondas sonoras / Formula 202.1 Intensidade sonora (comparada) I b= 10x19 (—) Onde: L éa relacao de intensidades sonoras em dB Le Io sdo as intensidades do som comparadas em w/cm? Formula 202.2 Intensidade sonora comparada com nivel de referéncia 125 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 IL = 10 x log(— a) Onde: IL é 0 nivel sonoro em w/cm? I éa intensidade do som em w/cm? 10° € o nivel sonoro de refer€ncia corresponde aos sons audiveis. 203. Interferéncia (batimento) Quando duas ondas sonoras duas ondas sonoras de frequéncias diferentes incidem num mesmo ponto. A combinacao das duas ondas resulta em frequéncias diferentes que podem ser calculadas pela formula a seguir. Formula 203.1 Batimento f=f2-f2 Onde f2 > fle: f2 e fl so as frequéncias das ondas que causam o fendmeno em, hertz (Hz) f é a frequéncia de batimento em hertz (Hz) Exemplo de aplicacgao: Sons de 2 000 Hz e 2 300 Hz se combinam de modo a produzir um batimento. Qual é a frequéncia do batimento? Dados: f2 = 2 300 Hz f1 = 2 000 Hz fe Aplicando a férmula 203.1: f = 2 300 - 2000 f = 200 Hz 126 NEWTON C. BRAGA 204. Efeito Doppler Quando emitimos um som em diregéo a um objeto que se move, 0 movimento do objeto faz com que a onda refletida tenha sua freqiiéncia alterada. De uma maneira simples de entender, podemos dizer que se o objeto se afasta da fonte emissora, conforme mostra a figura, as ondas emitidas so "esticadas" e o som que volta tem um comprimento de onda maior ou freqiiéncia mais baixa. a» SR ae 0 -—4— Sey Se o objeto se aproxima da fonte emissora, as ondas refletidas tm seu comprimento "encolhido" e com isso o som que volta é mais agudo, ou seja, tem uma freqiiéncia mais alta. Se conhecermos a freqiiéncia do som emitido, e medirmos a freqiiéncia do som que volta podemos determinar com precisdo a velocidade do objeto em que ele se reflete. Esse principio, conforme o leitor podera ver clicando em Radar é usado também com ondas de radio, onde o Efeito Doppler também é constatado, para os radares que medem a velocidade de veiculos em estradas..As férmulas seguintes possibilitam calcular as alteragdes da frequéncia de um som em fungao da velocidade do objeto em que ele se reflete. 127 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Formula 204.1 Frequéncia aparente de um objeto se aproximando = f - fx lar Onde: f’ 6 a frequéncia aparente em hertz (Hz) f € a frequéncia real em hertz (Hz) v é a velocidade do som (340 m/s) Vf é a velocidade com que o objeto onde o som se reflete se desloca em m/s Formula 204.2 Frequéncia aparente para um objeto se afastando r-5« laa Onde: f’ 6a frequéncia aparente em hertz (Hz) f é a frequéncia real em hertz (Hz) v €a velocidade do som (340 m/s) Vf é a velocidade com que o objeto onde o som se reflete se desloca em m/s 128 NEWTON C. BRAGA »Redes Divisoras de Frequéncia Para Alto Falantes 205. Simples divisor para Tweeter (6 dB/oitava) A figura mostra uma configuragéo que é considerada a mais simples para um separador de agudos para um tweeter. O capacitor usado deve ser do tipo despolarizado ou ainda dois eletroliticos em oposigdo. No caso dos dois eletroliticos a capacitancia de cada um deve ser o dobro do valor calculado (ver capacitores em série). c 2 — Entrada Full-range de igiaves ® ‘ tweeter i mid-range] ae 1g (agudos) | ‘ ‘ pe Formula 205.1 6 dB por oitava — 2 canais 2 wexfxZ Onde: C é0 valor em farads (F) f é a frequéncia de crossover em hertz (Hz) Z éa impedancia do alto-falante em ohms (Q) Nn é a constante 3,1416 129 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Exemplo de aplicacgao: Determine a capacitancia a ser usada no circuito de um divisor de dois canais quando s&o usados alto-falantes de 8 ohms e a frequéncia de crossover for de 2 kHz. Dados: Z = 8 ohms F = 2 000 Hz C=? Usando a formula 198.1: 2 C= 334x2000%6 2 ~ 50240 C = 0,0000398 F C = 39,8 uF Pode ser usado um capacitor de 40 uF ou mesmo 47 uF que é 0 valor comercial mais préximo. Formula derivada Formula 205.2 Calculo de capacitancia em microfarads 2x 10° uxfxZ Onde: C éa capacitancia em microfarads (uF) F é a frequéncia de crossover em hertz Zé a impedancia do alto-falante em ohms (Q) Nn éa constante 3,14 130 NEWTON C. BRAGA 206. Divisor para tweeter de 6 dB por oitava (2) As férmulas seguintes sao usadas no circuito divisor mostrado na figura. A diferenga em relacg&o ao circuito anterior esta no uso de um indutor. O indutor e o capacitor sao calculados pelas formulas dadas a seguir. E — agudos ee, meter e z agudos z graves! ou L nq ae | ze ee i oy Sate Formula 206.1 Capacitor _ 10° 2xnxf x€ Onde: C éa capacitancia do capacitor em microfarads (uF) F é a frequéncia de crossover em hertz (Hz) Z éa impedancia dos alto-falantes em ohms (2) n éa constante 3,1416 Formula 206.2 Indutor _ 2x10 2xnxf Onde: Léa indutancia em milihenry (mH) Zé a impedancia dos alto-falantes em ohms (Q) 131 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Fé a frequéncia de crossover em hertz (Hz) n éa constante 3,1416 207. Divisor de dois canais com 12 dB por oitava As férmulas seguintes sao usadas para determinar as indutancias e as capacitancias a serem usadas no filtro mostrado na figura. Os valores dos componentes s&o determinados a partir da impedancia dos alto-falantes e da frequéncia de crossover do tweeter indicada pelo fabricante. = ea genre | | & | Ee alk | I faa | NS moms ake |= a — ] me | vali Le is Formula 207.1 Capacitor C1 1,6 x 10° €1= -——_,]} ZunxfxZz Onde: C1 é a capacitancia do capacitor em microfarads (uF) f é a frequéncia de crossover em hertz (Hz) Z éa impedancia dos alto-falantes n éa constante 3,1416 Formula 207.2 Capacitor C2 o-— 2% __ — 2unxfxZ 132 NEWTON C. BRAGA Onde: C2 éa capacitancia do capacitor C2 em microfarads (uF) f € a frequéncia de crossover em hertz (Hz) Z éa impedancia dos alto-falantes em ohms (2) n é€a constante 3,1416 Formula 207.3 Indutor L1 ae Zx 10? 2xnxf Onde: L1 é a indutancia do indutor L1 em milihenry (mH) f &a frequéncia de crossover em hertz (Hz) Zé a impedancia dos alto-falantes em ohms (2) n éa constante 3,1416 208. Divisor em PI de dois canais com 18 dB/oitava de separacgao As formuladas dadas a seguir sao validas para o circuito da figura abaixo. 133 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 ———_j+-—_—____ =p 1 =p c2 [ u e. | | hLCC Formula 208.1 Calculo de C1 1,6 x 10° a 2ZunmxfxZ Formula 208.2 Calculo de C2 10° a ZunxfxZ Formula 208.3 Calculo de C3 10° ca AxXUXf XZ 134 tweeter 2 Ls graves! mid-range NEWTON C. BRAGA Onde: C1, C2 e C3 sao as capacitancias dos capacitores em microfarads (pF) f € a frequéncia de crossover em hertz (Hz) Z é a impedancia dos alto-falantes em ohms (2) n éa constante 3,1416 Formula 208.4 Indutor L1: Zx 10? wx f L1= Formula 208.5 Indutor L2 12 = Zx 10° - 3,2xnxf Formula 208.6 Indutor L3 13 = Zx103 2xnxf Onde: L1, L2, L3 s&o as indutancias dos indutores em mH Z 6a impedancia dos alto-falantes em ohms (Q) F é a frequéncia de crossover em hertz (Hz0 n é a constante 3,1416 209. Divisor em T de dois canais com separagao de 18 dB por oitava As formulas dadas a seguir servem para calcular os componentes de um filtro separador de frequéncias ou divisor de frequéncias em Pi, conforme mostrado na figura abaixo. 135 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 3 4. 1f u 2 ° ue pF graves! z mid-range ‘lor Formula 209.1 Calculo de C1 Formula 209.2 Calculo de C2 C2- 10° 3,2xnxfxZ Formula 209.3 Calculo de C3 10° ~ 2unxfxZ 136 NEWTON C. BRAGA Onde: C1, C2 e C3 sao as capacitancias dos capacitores em microfarads (pF) f € a frequéncia de crossover em hertz (Hz) Z éa impedancia dos alto-falantes em ohms (2) n éa constante 3,1416 Formula 209.4 Calculo de L1 un - 2218 2 rh Formula 209.5 Calculo de L2 2 - 210° - 32x wx f Formula 209.6 Calculo de L3 ae Zx 103 - Axaxf Onde: L1, L2, L3 s&o as indutancias dos indutores em mH Z éa impedancia dos alto-falantes em ohms (Q) F é a frequéncia de crossover em hertz (Hz0 n é a constante 3,1416 210. Formulas para Divisores de frequéncia de 3 canais No projeto de um divisor de frequéncias para trés alto- falantes, devem ser utilizadas quatro frequéncias como referéncias para os calculos, mostradas na figura abaixo. Estas 137 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 frequéncias serao utilizadas nos calculos pelas formulas que daremos a se seguir. Graves 0 Médios Agudos 4000 f(Hz) Sa | fae 500 fs fe fa fa ——_ 2 —_—_——_- Formula 210.1 Relacdo de banda de frequéncias e relacdo de projeto ha fs fl Formula 210.2 Calculo de f3 fix f2 f3= f2 a Formula 210.3 Calculando f4 fa fax(G-1) 138 NEWTON C. BRAGA Onde: fl é a frequéncia menor de crossover (graves para médios) em hertz (Hz) f2 é a frequéncia maior de crossover (médios para agudos) em hertz (Hz) f3 6 a frequéncia menor de projeto em hertz (Hz) f4 € a frequéncia maior de projeto em hertz (Hz) f1/f2 é a relacdo de banda de frequéncia f4/f3 6 a relacdo de projeto Num calculo tipico f1 esta em torno de 500 Hz e f2 em torno de 4 000 Hz, Estes correspondem as transicgées de faixas comuns de graves para médios e de médios para agudos. 211. Divisor de 3 canais com 6 dB de separa¢ao tipo série As formulas dadas a seguir sao usadas para calcular as indutancias e capacitancias do filtro mostrado na figura abaixo. a Graves 1a Médios 2 oz | \ Ci 139 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Formula 211.1 Capacitor C1 €1= ———__ 2Zxmxf2ZxZ Formula 211.2 Capacitor C2 1 a ZxmxfaxZ Formula 211.3 Indutor L1 L1= ——_ 2Zxuxfi1 Formula 211.4 Indutor L2 2S 2xnx f3 Onde: C1 e C2 s&o as capacitancias dos capacitores em microfarads (pF) L1 e L2 s&o as indutancias dos indutores em milihenrys (mH) f1, f2, f3 e f4 - sdo as frequéncias dadas pela formula 203 em hertz (Hz) Z éa impedancia do sistema em ohms (Q) n éa constante 3,1416 140 NEWTON C. BRAGA 212. Divisor de 3 canais com 6 dB oitava tipo paralelo As formulas dadas a seguir sao validas para o calculo dos capacitores e indutores do filtro separador ou filtro divisor da figura abaixo. o——_ FE. ie wn Médios C KC Agudos Formula 212.1 Calculo de C1 €1 = 2xmxf2xZ Formula 212.2 Calculo de C2 oe Z2xuxf3xZz Formula 212.3 Calculo de L1 ae 2xnxfl1 141 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Formula 212.4 Calculo de L2 L2 = -———— 2Zxmx f4 Onde: C1 e C2 s&o as capacitancias dos capacitores em microfarads (uF) L1 e L2 so as indutancias dos indutores em milihenrys (mH) f1, f2, f3 e f4 - sdo as frequéncias dadas pela formula 203 em hertz (Hz) Z éa impedancia do sistema em ohms (Q) n é a constante 3,1416 213. Divisor de 3 canais com 12 dB por oitava tipo série As formulas que damos a seguir possibilitam 0 calculo dos componentes do filtro separador de frequéncias ou divisor para trés alto-falantes mostrado na figura abaixo. 142 NEWTON C. BRAGA a Graves a nC | Médios cs Formula 213.1 Calculo de C1 2 ca-— <2 __ 2xmxfixZ Formula 213.2 Calculo de C2 2 Cc2= v2 2ZxmxfaxZ 143 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Formula 213.3 Calculo de C3 v2 ae Zxmxf3xZ Formula 213.4 Calculo de C4 v2 C4 = ———___ Zxaxf3xZ Formula 213.5 Calculo de L1 £1 = —————_ 2xV2xnxf1 Formula 213.6 Calculo de L2 2 = —__—_____ 2xV2x0x f3 Formula 213.7 Calculo de L3 zZ £3 = —————_ 2xV2xnxf1 Formula 213.8 Calculo de L4 L4 = —————_ 2xvV2x0Xx fA 144 NEWTON C. BRAGA Onde: C1, C2, C3 e C4 s&o as capacitancias dos capacitores em microfarads (pF) Li, L2, L3 e L4 s&o as indutancias dos indutores em milihenrys (mH) f1, f2, f3 e f4 - sdo as frequéncias dadas pela formula 203 em hertz (Hz) Z éa impedancia do sistema em ohms (Q) n éa constante 3,1416 214. Divisor de frequéncia de 3 canais de 12 dB por oitava tipo paralelo As formuladas dadas a seguir sao validas para o calculo dos elementos do filtro separador de frequéncias ou divisor para alto-falantes da figura abaixo. oe ee £ : "=i a | AL Graves] Formula 214.1 Calculo de C1 ‘ €1 = ———— 2ZxV2xnxf_xZ Formula 214.2 Calculo de C2 145 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 c2 = —=——— ZxV2x 0x f3xZ Formula 214.3 Calculo de C3 1 Z 2xvV2xuxfaxZ Formula 214.4 Calculo de C4 C4= 1 2xV2xnuxf2xZ Formula 214.5 Calculo de L1 Zxv2 L1= 2xnxfl Formula 214.6 Calculo de L2 Zxv2 L2= 2xunx fa Formula 214.7 Calculo de L3 Zuv2 L3= 2xnx f3 146 NEWTON C. BRAGA Formula 214.8 Calculo de L4 Zxv2 [4= 2xnx f2 Onde: C1, C2, C3 e C4 so as capacitancias dos capacitores em microfarads (uF) L1, L2, L3 e L4 s&o as indutancias dos indutores em milihenrys (mH) f1, f2, f3 e f4 - sdo as frequéncias dadas pela formula 203 em hertz (Hz) Z éa impedancia do sistema em ohms (Q) n é a constante 3,1416 215. A formula de Wheeler Para calcular indutancias na faixa de miliherys (mH), como os usados em filtros divisores de freqiiéncias para alto-falantes, uma férmula de grande utilidade é a criada por Wheeler. Neste artigo mostramos como usa-la. A formula de Wheeler permite calcular com boa precisdéo indutancia na faixa de microhenrys a algumas dezenas de milihenrys, funcionando bem quando as dimensdes da bobina, dadas por a, b ec na figura tem a mesma ordem. 147 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 i¢-84 > yo! A formula de Wheeler é: Formula 215.1 _ 0,315 x a? xn? 644+ 9b+ 10c Onde: L éa indutancia da bobina em microhenrys (uH) a,b e c sdo as dimensées da bobina em centimetros (cm) n é 0 numero de espiras Formulas Derivadas: Evidentemente, na maioria dos casos, 0 que se deseja é calcular o numero de espiras e dimensdes para uma determinada indutancia. Para isso podem ser usadas as seguintes formulas: Formula 215.2 Numero de espiras: 148 NEWTON C. BRAGA Lx (6a+ 9b + 10c) 0,315 x a? Onde: n é 0 numero de espiras Léa indutancia em microhenrys (uH) a,b e c sao as dimensées da bobina em centimetros (cm) Exemplo de aplicacgao: Quantas espiras devem ser enroladas para se obter uma bobina de 5 mH onde as dimensGes a,b e c sdo respectivamente 3,0 ; 2,0 e 2,0 cm? Dados: L = 5 mH = 5 000 pH Usando a formula 209.2: _ [5000x(6x3 + 9x2 + 10x2) n 0315x3" 5000x(18 + 18 +20) a 0315x9 5000x56 mS 2335 280000 ™*V 2835 n= 98765 n=314 O numero de espiras é 314. 149 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Veja que a espessura do fio a ser usado deve ser agora determinada de acordo com o espaco a ser preenchido na forma e também pela intensidade da corrente (ou poténcia) que a bobina deve manusear. 150 -Optoeletrénica NEWTON C. BRAGA As férmulas, tabelas e calculos que daremos nos préximos itens s&o destinadas a circuitos e componentes que operam com luz, tas como sensores, displays, indicadores, Tabela 64 - Espectro déptico e de _ radiacgao eletromagnética Faixa de Comprimentos de onda Tipo de Radiagao | (Angstroms) 1000 - 2800 Ultravioleta C 2800 - 3150 Ultravioleta B 3150 - 3800 Ultravioleta A 3800 - 4000 Luz violeta 4400 - 4950 Luz azul 4950 - 5580 Luz verde 5580 - 6400 Luz amarela 6400 - 7500 Luz vermelha 7500 - 14000 Infravermelho A 14 000 - 30 000 Infravermelho B 30 000 - 30 000 000 Infravermelho C FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Freqiéncia Comprimento Tipos Aplicacéo (Ha) de onda (mm) de ondas ou ocorréncia 108 Infra-som ee % Gea: transmissdo de 103 405 | elétricas, energia 104 404 ma 108 408 a i ultrasom 108 10° ini , ie Radio AM 4010 102 ion 109 ae ro fos 1 ios se Microondas 107 sai a Infravermetho 1077 109 Luz 408 40-10 Misia? 102 40-11 ‘ oa oo Uttravioteta 1021 10-3 4022 40-4 | Ralcs gene 102 18 es 10° I x Raios césmicos Raios ‘césmicos 216. Comprimento de onda e frequéncia para radiagéo 6ptica Apesar da formula geral para ondas eletromagnéticas ser valida neste caso, como demos no inicio deste livro, estas formulas podem ser repetidas para a luz, ultravioleta, infravermelho e outras radiagdes consideradas dpticas, tomando apenas como constante a velocidade de propagacdo de 300 000 km/s. Formula 216.1 Comprimento de onda nae f 152 NEWTON C. BRAGA Onde: 4 € 0 comprimento de onda em metros (m) C é a velocidade da luz no vacuo = 300 000 km/s ou 300 000 000 m/s (*) F é a frequéncia em hertz (Hz) (*) O valor exato de C é 2,99792 x 10° m/s, mas em geral ele é aproximado para 3 x 10° m/s nos calculos mais simples. Formulas alternativas Formula 216.2 Comprimento de onda _ 300 000 f Onde: 4 € 0 comprimento de onda em nanémetros (nm) f € a frequéncia em terahertz (THz) Formulas derivadas Formula 216.3 Frequéncia c faq Onde: f é a frequéncia em hertz (Hz) c é a velocidade da luz no vacuo (300 000 000 m/s) 4» € 0 comprimento de onda em metros (m) Obs.: € comum em 6ptica também ser usado como unidade de comprimento de onda 0 angstrom (A). 153 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Exemplo da aplicagéo Calcular a frequéncia de uma radiagéo cujo comprimento de onda é 600 nm? Dados: c = 300 000 km/s A = 600 nm if Usando a formula 210.3 f= 300000 f = 500 re Tabela 65 — Tabela de conversao fotométrica Unidade Equivalénci: 1 Candela por 452 lamberts-pé, 0,487 lamberts polegada quadrada 1 lambert 929 lamberts-pé, 2 054 candelas por polegada quadrada. I millambert 0,001 lambert. 0,929 lambert-pé, 0,002 candelas por polegada quadrada 1 lumen 1,496 x 10° watts, 0,07958 candela esféricas Lluz 0,0929 candelas-pé 217. Intensidade e Fluxo Luminoso A energia irradiada por um corpo em cada segundo é a intensidade da radiacdéo, ou intensidade luminosa e a energia transmitida por uma onda de luz por segundo para uma superficie é chamada fluxo de radiagaéo, ou fluxo luminoso através da superficie (@). >> Fonte de _--~ radiagéo _- 4 J 154 NEWTON C. BRAGA Formula 217.1 Fluxo luminoso e intensidade luminosa gp=ixw Onde: @ € 0 fluxo luminoso em lumens (Im) I é a intensidade luminosa em candelas (cd) @ € 0 dngulo sdélido coberto pela radiagdo em esfero- radianos (sf) Férmulas derivadas Formula 217.2 Fluxo luminoso p= [xAxmx sen? 4 Onde: @ € 0 fluxo luminoso em lumens (Im) I é a intensidade luminosa em candelas (cd) a é a abertura angular em esfero-radianos n éa constante 3,14 Formula 217.3 Intensidade luminosa a Onde: I é a intensidade luminosa em candelas (cd) @ € 0 fluxo luminoso em lumens (Im) @ € 0 Angulo sdélido coberto pela radiagéo em esfero- radianos (sf) 155 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 218. Densidade luminosa Definimos esta grandeza como a intensidade luminosa por unidade de area. Duas formulas sdéo usadas para calcular esta quantidade, dependendo do Angulo de incidéncia da radiac&o, como mostrado na figura abaixo. s a) perpendicular b) Obliquo Formula 218.1 Perpendicular 5 ou ee a@xs Onde: L é a densidade luminosa de uma superficie refletiva ou luminescente em candelas por centimetro quadrados (cd/cm?) I é a intensidade luminosa em candelas (cd) @ € 0 fluxo luminoso em lumens (Im) @ € 0 Angulo sdlido coberto pela radiagéo em esfero- radianos (sf) Sé 4drea da superficie em centimetros quadrados (cm?) 156 NEWTON C. BRAGA Formula 218.2 Obliquo - Sxcose ou a @xSxcose Onde: L é a densidade luminosa de uma superficie refletiva ou luminescente em candelas por centimetro quadrados (cd/cm?) 1 é a intensidade luminosa em candelas (cd) @ € 0 fluxo luminoso em lumens (Im) @ € 0 adngulo sdélido coberto pela radiagdo em esfero- radianos (sf) S 6 drea da superficie em centimetros quadrados (cm?) E € 0 Angulo de inclinagéo em relagéo a perpendicular em graus Tabela 66 - Unidades espectrais Parametro Formula Unidade Irradiacao espectral dHe | Wm*(nm*) He,A= —— da Radiancla espectral dle | Wm'sr(nm") Le,A= = da Poténcia espectral radiante dge | W(nm*) ge A= ae Poténcia espectral radiante dge | W(Hz") bakit Intensidade espectral dle Wsr"(nm") radiante le,A = — da Emitancia espectral radiante dMe | Wm(nm*) Me,A= —— da Trradiancia espectral F dEe | Wm*(nm'") Ee, = da FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Tabela 67 - Sensibilidade fotépica do olho humano Esta tabela mostra a sensibilidade fotépica do olho humano V(A) e a radiagdo fotométrica equivalente K(A) como fung&o do comprimento de onda. Comprimento de Radiagao onda (nm) espectral ao brilho fotométrica (Lv = 10 cd/m?) equivalente (Im/W) 380 0,00004 0,0272 400 (0,004 0,272 ‘410 (0,012 0,816 420 0,040, 2,72 430 0,016 7,89 440 0,023 15,64 450, 0,038 25,84 460 0,060 40,8 ‘470 0,091 61,88 480 0,139 94.52 490) 0,208 141,44 500 0,323 219,64 510 0,503 342,04 520 0,710 482,8 530 0,862 586,16 540 0,954 648,72 550 1 680 560 0,995 676,6 570 0,952 647,36 580 0,870 591,6 590 0,757 514,76 600 0,631 429,08 610 0,503 342,04 620 0,381 259,08 630 0,265 180,2 640 0,175 119 650 0,107 72,76 660. 0,061 41,48 670 0,032 21,76 680 0,017 11,56 690 0,0082 5,576 700) 0,041 2,788 710) 0,021 1.428 720 0,00105 0,714 730 0,00052 0,3536 740 (0,00025 0,0170 750) (0,00012 0,0816 760 (0,00006 0,0408 158 Tabela 68 comuns de luz NEWTON C. BRAGA - Caracteristicas de algumas_ fontes Fonte Valor Sol (meio dia) Tluminancia 4,7 x 10° lambert-pé 10° lumens/m? Flash de maquina fotografica Luminancia 2 x 10" lamberts-pé LAmpada incandescente de 100 W Emissao total Luminancia 1630 lumens fotométricos 30 watts radioamétricos 2,6 x 10° lamberts-pé LAmpada fluorescente de 40 W Emissao total 2.560 lumens fotométricos 16 watts radiométricos | grandeza Luminancia 2.000 lamberts-pé tual Luminancia 730 lamberts-pé Tuminancia 0,27 lumens fotométricos/m? Estrela de grandeza iluminancia 2,6 x 10° lumens zero fotométricos/m? Estrela de sexta iluminancia 10° lumens fotométricos/m* 219. Refragéo Quando uma onda luminosa passa de um meio para outro, tendo estes meios caracteristicas diferentes, a velocidade de propagacao se altera, conforme mostra a figura abaixo. A alteracao de velocidade é dada pela seguinte formula 159 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Formula 219.1 Alteracao de velocidade: v1 7 2 v2 yl Onde: V1 e v2 s&o as velocidades nos dois meios (na mesma unidade) nl e n2 s&o os indices de refragéo dos meios considerados - veja tabela mais adiante. Se a onda incidir segundo um Angulo obliquo, também sua diregado de propagagao é alterada, conforme mostra a figura. Nesta figura quando i1 é€ 0 Angulo de incidéncia, i2 é o Angulo de refrac&o, e vice-versa, pois o fendmeno é valido para a Propagagéo nos dois sentidos..A alteragéo da direcéo de propagacao é dada pela seguinte formula. Formula 219.2 Alteracao da direcdo seni1l 72 seni2 71 160 NEWTON C. BRAGA Onde: i1 e i2 sao os Angulos de incidéncia e refragéo nos meios considerados nl e n2 s&o os indices de refragdéo dos meios considerados. Tabela 69 - indices de refracao de alguns materiais Material Indice de Refragao vacuo 1 Ar 1,003 Agua 1,33 [ Quartzo Fundido 1,46 Vidro 1,5 Diamante 2,0 Silicio 3,4 Arseneto de Galio 3,6 220. LEDs Os LEDs, diodos emissores de luz ou Light Emiting Diodes sao dispositivos semicondutores capazes de produzir luz de determinada cor (frequéncia) quando percorridos por uma corrente. Funcionamento: a jungdo entre determinados materiais semicondutores com o arseneto de galio (GaAs) quando percorrida por correntes elétricas pode produzir luz em consideravel intensidade de frequéncias correspondentes tanto ao espectro visivel quanto na sua regido infravermelha. Oo comprimento de onda da luz emitida por uma jungao PN depende de diferenca de energia existente entre a banda de conduc&o do material e sua valéncia. Este comprimento de onda pode ser calculado pela seguinte formula: Férmula 220.1 Comprimento de onda: el v Para: c v= a FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Onde: 4 € 0 comprimento de onda (m) h &éaconstante de Planck (6,626 x 10°* J.s) c é a velocidade da luz (300 000 000 m/s) e € a carga do elétron de 1,6 x 10° coulombs (C) u €a frequéncia da radiagdo emitida pelo LED V éa tensdo aplicada a juncgdo para que ocorra a condugao TK : af | Wy = ee Comprimento de onda (nm) 221. Circuitos com LEDs O circuito limitador de corrente para um LED alimentado por corrente continua é mostrado na figura abaixo e calculado pelas formulas que damos a seguir. a | S| L. co a)Um LED se b) n LEDs 162 NEWTON C. BRAGA Formula 221.1 Um LED _ V-Vf — #F Onde: R € 0 valor do resistor a ser ligado em série em ohms (Q) V éa tens&o continua de alimentagao em volts (V) Vf é a queda de tens&o no LED em volts (V) - ver tabela conforme a cor I é a intensidade de corrente no LED em amperes (A) Formula 221.2 n LEDs Onde: R € 0 valor do resistor a ser ligado em série em ohms (Q) V éa tens&o continua de alimentacao em volts (V) Vf é a queda de tens&o no LED em volts (V) - ver tabela conforme a cor I é a intensidade de corrente no LED em amperes (A) n € 0 numero de LEDs ligados em série Importante: n x Vf deve ser menor do que V. Formula 221.3 Dissipac&o do resistor P=RxP Onde: R € 0 resistor que deve ser ligado em série em ohms (Q) I é a corrente em ampéres P éa poténcia dissipada em watts 163 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Tabela 69 Queda de tenséo em LEDs comuns (Vf das formulas anteriores) —- ou tensdo minima para que acendam; Cor VF (Volts) Infravermelho 16 ‘Vermelho 16 ‘Amarelo/laranja 1,8 Verde 21 ‘Azul 2,4 Violeta 2,7 Branco 2,4 a2,7 Exemplo de aplicagaéo Determinar o valor de R que deve ser ligado em série com um LED vermelho quando alimentado por um circuito de 12 Ve drenando uma corrente de 20 mA. Calcular também a poténcia dissipada. Dados: V=12V I= 20 mA = 0,02 A R=? Vf = 1,6 V (conforme tabela) Usando a formula 213.1 para determinar R: 6 7 ye _ 114 0,02 R = 570 ohms Calculando P com a formula 213.3: P =570 x 0,02? P = 0,0004 Ww Podemos usar 0 valor mais préximo comercial que é de 560 ohms e a dissipacdo pode ser 1/8 W, sem problemas. 164 NEWTON C. BRAGA 222 — Fotocélulas As fdérmulas seguintes descrevem as__principais propriedades das células solares, foto-células ou células foto- voltaicas como também sdo chamadas. As formulas séo usadas no circuito abaixo. Ri 1 as Formula 222.1 Tens&o fotoelétrica V,+R Ri+R Onde: V €a tens&o fotoelétrica sob iluminacgao em volts (V) VL é a tensdo fotoelétrica em circuito aberto (sem carga) em volts (V) R €a resisténcia de carga em ohms (Q) Ri é a resisténcia interna do foto-elemento em ohms (Q) Formula 222.2 Sensibilidade ao fluxo luminoso oi @ s 165 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 ou e S=c Ss Onde: S é a sensibilidade ao fluxo luminoso em miliampéres por lumen (mA/Im) If é a corrente fotoelétrica em miliampéres (mA) @ € 0 fluxo luminoso em lumen (Im) e é a sensibilidade luminosa em miliampéres por lumen por lux (Im/Ix) S é a area da superficie sensivel a luz do elemento fotovoltaico em centimetros quadrados (cm?) Formula 222.3 Sensibilidade iluminagéo if E ou e=sxS$ Onde: If é a corrente fotoelétrica em miliampére (mA) e é a sensibilidade em miliampéres por lux (mA/Ix) E éa sensibilidade a iluminagao em lux (lux) s € a sensibilidade ao fluxo luminoso em miliampéres por lumen em miliampére por Ilimen (m/Im) Formula 222.4 Corrente fotoelétrica If =exE ou if=sxo Onde: If é a corrente fotoelétrica em miliampéres (mA) 166 NEWTON C. BRAGA E é a sensibilidade a iluminagéo em miliampéres por luz (mA/Ix) s é a intensidade luminosa em lux (Ix) @ € 0 fluxo luminoso em lux (Ix) 223 — LDR ou foto-resistor O LDRs (Light Dependent Resistors) ou foto-resistores, também conhecidos como células de sulfeto de cadmio (CdS), sao dispositivos cuja resisténcia depende da luz que incide numa superficie sensivel. As férmulas seguintes descrevem o desempenho desses dispositivos. A figura abaixo mostra um circuito tipico de um LDR, com os parametros usados nas formulas e calculos dados a seguir. Ve Ru Formula 223.1 Resisténcia em func&o da iluminacgao R=AxL* Onde: R é a resisténcia em ohms (2) L éa iluminacao em lux (Ix) a € a constante dada pelo fabricante A éa constante dada pelo fabricante 167 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Nota: a) O valor de a depende do sulfeto de cadmio usado e do processo de fabricacg&o. Valores tipicos estao entre 0,6 e 0,9 B) O pico da sensibilidade ocorre em torno de 680 nm x) Os LDRs s&o dispositivos lentos, com uma taxa de recuperacao nao maior do que 200 kQ/s A taxa de recuperacdo é maior da diregdo reversa, ou seja, quando o dispositivo vai do escuro para o claro. Formula 223.2 Corrente fotoelétrica AXEXT if = —— 7 Onde: If é a corrente fotoelétrica como fungao da quantidade de luz, em ampéres (A) n é 0 numero de portadores de carga por segundo e é a carga elementar em coulombs (C) ou ampéres x segundos (As) T é 0 tempo de transito dos portadores de carga entre os eletrodos em segundos(s) E = 1,6 x 10° C (coulombs) ou As (ampéres x segundo) Formula 215.3 Corrente no escuro Id v Rd Onde: Id é a corrente no escuro em amperes (A) V éa tens&o aplicada ao dispositivo em volts (V) Rd é a resisténcia no escuro em ohms (Q) Formula 223.4 Poténcia dissipada v2 P= — R 168 NEWTON C. BRAGA Onde: P éa poténcia dissipada em watts (W) V éa tens&o aplicada ao dispositivo em volts (V) R é resisténcia em ohms (Q) Formula 223.5 Corrente maxima Pmax Imax= |——— R Onde: Imax €@ a corrente maxima através do dispositivo em amperes (A) Pmax é a poténcia maxima dissipada em watts (W) R é a resisténcia com determinada intensidade de luz em ohms (Q) Exemplo de aplicagéo Calcular a corrente maxima circulando por LDR quando a resist€ncia cai para 1 000 ohms. A dissipagéo maxima desse IDR é de 500 mw. Dados: R = 1 000 ohms Pmax = 500 mW= 0,5 W Aplicando a formula 215.5: 0,5 Imax = |—— 1000 Imax — 0,0003 Imax = 0,022 A A corrente maxima é de 0,022 A ou 22 mA 169 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 224. Fotodiodo Uma jungdéo semicondutora polarizada no sentido inversor apresenta uma resist€ncia que depende da quantidade de portadores de carga liberados pelo efeito térmico. Mas, os portadores de carga também podem ser liberados por radiacao externa como, por exemplo, a luz. Este efeito é usado nos foto- diodos que s&o dispositivos com uma _ resisténcia inversa dependente da quantidade de luz que recebem. A figura abaixo mostra um circuito tipico do foto-diodo operando no modo condutivo. As fdrmulas seguintes permitem calcular o desempenho deste componente nos circuitos. Observamos que, sem a polarizagao externa, o foto-diodo opera como uma foto- célula gerando uma pequena tensao ao receber luz e, neste caso, sao validas as formulas dadas para as foto-células. > Formula 224.1 Foto-corrente em fungao da poténcia radiante Ip=sxp Onde: Ip é a foto-corrente em miliampéres ou microampéres (mA ou uA) s € a foto-sensibilidade espectral em miliampéres por lmen (mA/Im) @ € a poténcia radiante do fluxo luminoso em lumens (Im) 170 NEWTON C. BRAGA 225. Foto-Transistor O foto-transistor opera como um foto-diodo. A Unica diferenga é que a foto-corrente é amplificada pelo proprio componente; As formulas seguintes sao usadas nos projetos que envolvem este componente. Formula 225.1 Corrente de coletor Ic = (1+ B)xIcbo Onde: Ic é a corrente de coletor em miliampéres (mA) B é 0 ganho do transistor na configuragéo de emissor comum Icbo é a corrente entre a base e o coletor com o emissor aberto em ampéres (A) Formula 225.2 Sensibilidade ao fluxo luminoso e Ss Onde: S é a sensibilidade ao fluxo luminoso em miliampéres por lumen (mA/Im) e é a sensibilidade a iluminagéo em miliampéres por lux (ma/Ix) S é a superficie iluminada em centimetros quadrados (cm?) Formula 217.3 Sensibilidade a iluminagao Ic = E FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Onde: Ic é a corrente de coletor em miliampéres 'e” & a sensibilidade a iluminagéo em miliampéres por lux (mA/Ix) E éa intensidade de iluminacao Formula 225.4 Sensibilidade ao fluxo luminoso Ic 2 Onde: S é a sensibilidade ao fluxo luminoso em miliampéres por lumen (mA/Im) Ic é a corrente de coletor em miliampéres (mA) ® 60 fluxo luminoso em lumens (Im) 172 NEWTON C. BRAGA Colorimetria Tabela 70 - Valéncias primdrias das cores Valéncia Comprimento de onda em Densidade relativa da |_primaria mm (A) radiagéo Vermelho (R)_| 700,0 73,0420 Verde (G) 546.1 1,3971 ‘Azul (B) 435,8 1,000 Tabela 71 - Valéncias padréo das cores X= 2,36460 R-0,51515G Y = -89653 R + 1,42640 G Z = -0,46807 R + 0,08875 G 226. Lei de Stefan-Boltzmann A quantidade de radiagéo de energia em todos os comprimentos de onda para um corpo negro é proporcional a quarta poténcia da temperatura absoluta. A figura mostra a distribuigaéo espectral de energia de um filamento incandescente de carvéo como funcao da sua temperatura. 173 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Formula 226.1 Lei de Stefan-Boltzmann e= oxT* Onde: e é a taxa de distribuigéo de energia o € 0 coeficiente de proporcionalidade ou constante de Boltzmann que vale 5,67 x 10°? w/cm? °K T é a temperatura em grais kelvin (°K) Ludwig Boltzmann (Fisico Austriaco) 174 NEWTON C. BRAGA .Matematica 227. Formulas para diferencia¢gao (derivadas) Formula 227.1 Diferenciagao basica: d —()=0 © 2 =1 ax O= fn =n.x" ae : d di de OO ae d (ut eee dx ae * dx ay pce dv dx ax dx a y= ot du dx ae Pax a ptt, 4d aw ou ey az lel = Smee parau+0 175 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 d ae Ce Formula 227.2 Derivadas de fungées trigonométricas oy #0 ax parau d ( ) ae — (senu) = cosu — dx dx d a — (cosu) = senu — dx dx d ae (tg u) = —sec?u x d (cot, 2. du cotg u) = —cosec? u — e dx dx d du ak (secu) = secutgu k cs du (cosec u) = cosecu.cotgu a Exemplo de Aplicacao i 5 font dq A corrente instantanea de um circuito é dada por I= 7, onde q é a carga em coulombs ( C) e t é o tempo em segundos (s). calcule a corrente i (em ampéres) quando a corrente dada por: q = 100t? — 20¢ parat =0,5s. 176 NEWTON C. BRAGA Calculo: Derivando q = f(t) qa = 100t? — 20 Fazendo t = 0,5: aq — = 300 x (0,57) — 20 at x (0,57) aq = = 300 x 0,25— 20 dt dq —=75-20 dt de S=554A dt 228. Formulas para integra¢ao As formulas seguintes sao usados no calculo de integrais, uteis em muitos projetos de eletrénica. Formulas 228.1 Integrais comuns: fau=ure : antl du=——_+C #-1 | kdu=k | du, (k constante) 177 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 | (du+ av) = | dus [ av [et qu e+e f teu du = n.tntu - ute du [P= ental + Cc u Formulas 228.2 Integrais trigonométricas senu.du=cosut+C€ | cosudu-senu+¢ | tg udu = tn (cos u) + Cc | cotg u.du =lin (senu)+ € | secudu = tn (secut+tgu)+ C | cosecu.du = ln (cosecu}+ € 178 NEWTON C. BRAGA Exemplo de aplicagaéo A poténcia dissipada por um resistor é dada por P = 2t?. Determine a poténcia média dissipada pelo resistor no intervalo de tempo entre t=1set=3s. 1 3 Pm= Ff 20? ae 24, 1faet? Pm= >|— 2|4 17811 Pm==2|> 5] 212 2. 1 Pm= > x40 2 Pm = 20 watts Tabela 72 - Raizes quadradas e cubicas de alguns inteiros comuns Numero Raiz Quadrada Raiz Cubica 1 1,000000) 1,000000) 2 1,414214 1,259921 3 1,732051 1,442250 4 2,000000) 1,587404 5 2,236068, 1,710976 6 2,449490 1,817121 zi 2,645751, 1,912931 8 2,828427 2,000000 9 3,000000 2,080084 10 3,162227 2,154435 11 3,316625, 2,224080 12 3,464102 2,289428 13 3,605551, 2,352335 14 3,741657, 2,410142 15 3,873983 2,466212 16 4,000000 2,519842 179 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 17 4123106 2,571282 18 4,242640 2,620741, 19 4,358899 2,668402 20 4.472136 2,714418 21 4,582576 2,758924 22, 4690416 2,802039 23 4.795832 2843867 24 4,898980 2,884499 25 5,000000) 2,944018 26 5,099020) 2,962496 27 5,196152 3,000000 28 5,291502 3,036589 29 5,385165 3,072317 30. 5,477226 3,107233 31 5,567764 3,141381 32 5,656854 3,174802 33 5,744563, 3,207534 34 5,831952 3,239612 35 5,916080 3,271066 36, 6,000000 3,301927 37 6,082763 3,332222 38 6164414 3,36975 39 6,245998 3,391212 40 6324555 3,420952 41 6403124 3448217 42 6,480741 3,476027 43 6557438 3,503398 44 6633250 3,530248 45 6,708204 3,556893 46 6,782330 3,583048 47 6855655 3,608826 48 6,928206 3,634241 49 7,000000 3,659306 50 7,071068 3,684031 51 7141428 3,708430 52 7211102 3,732511 53 7,280110 3,756286 54 7348469 3,779763 55 7,416198 3,802953 56 7,483315 3,825962 57, 7549834 3,848501 58 7,615773 3,870877 59 7,681146 3,893996 60 7,746967 3,914868 61 7810250 3,936497 62 7,874008 3,977892 63 7937254 3,979057 180 NEWTON C. BRAGA 64 8,000000 4,000000 65 8,062258 4,020726 66 8,124039 4,041240 67 8,185352 4,061548 68 8,246211 4,081655 69 8,306623 4,101566 70 8,366600 4,121285 71 8,426149 4,140818 72 8,485281 4,160168 73 8,544003 4,179339 74 8,602325 4,198337 75 8,660254 4,217164 76 8,717798 4,235824 77 8,775964 4,254321 78 8,831760 4,272659 79 8,888194 4,290841 80 8,944272 4,308869 81 9,000000 4,326749 82 9,055386 4,344481 83 9,110434 4,362071 84 9,165152 4,379519 85 9,219544 4,396830 86 9,273619 4.414005 87 9327379 4,431047 88 9,380832 4.448960 89 9,434981 4.464745 90 9,486833 4,481405 1 9,539392 4.497941 92 9,591663 4.514358 93 9,643651 4,530655 94 9,695360 4.546836 95 9,746795 4,562902 96 9,798959 4,578857 97 9,948858 4,594701 98 9,949874 4,610436 99 9,949874 4,626065 100 10,000000 4,641589 229. Tolerancia A diferenca entre o valor real e o valor especificado para um componente é chamada tolerancia podendo ser expressa em termos de porcentagem. A férmula seguinte é usada para calcular a tolerancia. FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Formula 229.1 Tolerancia T= = x100 = ox Onde: T éa tolerancia em porcentagem (%) A éo valor real (qualquer unidade) N é 0 valor especificado (qualquer unidade) Formulas derivadas: Formula 229.2 Faixa de valores _TxN 100 Onde: a € a variacao de valor do componente T éa tolerancia em porcentagem (%) N €0 valor especificado Exemplo de aplicagao Um resistor de 200 ohms x10 % é usado num projeto. Qual é variagéo de valor que pode ser esperada para este componente? Dados: N = 200 ohms T= 10% A=? Usando a formula 221.2: 200 x 10 a= —— 100 A = 20 ohms 182 NEWTON C. BRAGA Tabela 73 - Tabela de tolerancias para as séries E-6, E-12 e E-24 de componentes Valor [E24 [E12 [E6 1,0 5% 10% | 20% 41 5% 1,2. 5% 10% 1,3 5% 15 5% 10% [20% 1,6 5% 18 5% 10% 2,0 5% 22 5% 10% [20% 2,4 5% 2,7 5% 10% 3,0 5% 3,3 5% 10% | 20% 3,6 5% 3,9 5% 10% 43 5% 4,7 5% 10% [20% 5,1 5% 5,6 5% 10% 6,2 5% 6,8 5% 10% | 20% 7,5 5% 8,2 5% 10% 9,1 5% Tabela 74 — Transformada de Laplace Qualquer pessoa que esteja familiarizado com o calculo pode utilizar as transformadas de Laplace de qualquer funcao para realizar as operacdes necessdrias. No entanto, 0 processo para operagées comuns € cansativo, e desnecessério quando estdo disponibilizadas tabelas. A seguir temos uma tabela para as transformadas mais comuns nos calculos que envolvem eletrénica. 183 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Fungao do tempo _| Transformada de Laplace T | 1 (passo unitario) s 2 | T (rampa) 2 Ea 3 lem s-a@ ‘|e 1 sta 5 | te™ 1 (s-a)* cla x (s+a)? > aT a = n=12,3.. (n-1)! s' 8 | sen kt k s? pa k? 9 | e* senkt k (s—a)? + k? | 1 | coskt = e s? +k? 1 | e* coskt a2 (s-a)??+ k? tt —$——_ iif =z «| 3 a (s—a).(s—b) t/i-e® =a a s(s—a) 1 ae*™* sian be®® s(a-— b) id ee (s—a).(s—b) 184 NEWTON C. BRAGA a = | (nm-1)! 2 e*(1+at) t t.senkt ; t.coskt (2+ PF q sen kt—ktcost 2k7 (s? + k?)? . sen kt + coskt 2ks* (5? + AP z 1—coskt ks s(s*+ k?) g kt — senkt ie s? (s?+ k?) 230. Transformadas de Fourier O teorema de Fourier diz que sempre é possivel selecionar numeros de al a na ia serie mostrada a seguir e p1, 2, até pn de tal forma que qualquer fungdo periddica ou vibragéo tendo a frequéncia f (wt) pode ser representada na forma de uma soma de fungdes ou vibragdes harmonicas. Formula 230.1 Teorema de Fourier X= alcos (wt+ 1) + a2cos (2wt + 2) + a3cos(3wt+ o3)+ ...tancos(nwt + p2) Onde: x € a amplitude instantanea da forma de onda ou da fung&o (unidade conforme a grandeza) a1, a2, até na sao as amplitudes das harménica 185 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 @1, 2, 3, wn so os sobretons ou frequéncias das harménicas (1, 2g, ~3, pn s&o os angulos de fase das harménicas Nas tabelas seguintes daremos a composicgao harménica de formas de onda comuns determinadas pela transformada de Fourier. A porcentagem correspondente também é dada para cada componente (harménica) tornando os calculos mais simples. Tabela 75 - Composicaéo harménica para sinais quadrados Harmonica Amplitude relativa ‘Amplitude porcentual Fundamental 4 127 ins m 2° 0 0 30 4 42,5 —V 3a 4° 0 0 5g 4 25,5 ——V 5x 6° 0 0 7 4 18,2 —w. 7" Tabela 77 - Composicéo harménica para sinais triangulares Harménica ‘Amplitude relativa ‘Amplitude porcentual Fundamental 8 81 20 0 30 8 3 i on? 40 0 0 5° 8 3,2 25n? 6° 0 0 186 NEWTON C. BRAGA Fe 8 49n2V Tabela 78 - Co! mposicao harménica pi ara sinais dente de serra Harménica Amplitude relativa ‘Amplitude porcentual Fundamental 1 31,8 —v us 20 2 21,2 —— 3x 3° 0 0 4 2 4,2 —V 15 5° 0 0 6° 2 18 35m 78 0 0 Tabela 79 - Composicéo harménica para o retificador de onda completa Harménica ‘Amplitude relativa Amplitude porcentual Fundamental 3 63,6 = a 20 4 42,3 —v 3x 30 0 0 40 4 85 157 5° 0 0 6° 4 3,6 35m 7° 0 0 187 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Tabeia 86 - Constantes fisicas Constante Simbolo_| Valor Unidade Velocidade da luz no vacuo__|c 2.997 9250 x10" [m/s Carga elementar e 1,602 191 7x10" [C Constante de Avogadro N 6.022 169 x10" __| mol Unidade de massa atémica__[u 1.660 531x107 [kg Massa do elétron em repouso_| me 9.109 558x10™ [kg Massa do proton em repouso_| mp, 1.672614x10" [kg Constante de Faraday F 9.648 670 x 10° ‘C/mol ‘Constante de Planck h 6.626 196x10™ _|J.s Constante de estrutura fina a 7.297 759 = Constante de Rydeberg RO 1.097 373 12x10" [m= Magnetron de Bohr LB 9.274096x 10" [3/T Constante de Boltzman k 1.380 622x 10" [3/K Constante gravitacional G 6.673 2 x 10" Nom /kg* 188 NEWTON C. BRAGA ANEXOS CALCULANDO ETAPAS CLASSE A COM TRANSISTORES Neste artigo damos o procedimento basico para o calculo de resistores de polarizagéo de etapas amplificadoras com transistores bipolares em operacgao na classe A. Os leitores que projetam, estudam ou _ ainda precisam_ reciclar seus conhecimentos podem ter neste artigo informacées bastante Uteis para seus trabalhos com transistores bipolares. Para que os transistores operem como amplificadores, é preciso que seus diversos eletrodos (emissor, coletor e base) sejam devidamente polarizados, ou seja, submetidos a determinadas tensdes que provoquem as circulagdes de determinadas correntes. O modo como um transistor é polarizado vai determinar a modalidade de operac&o ou classe. No grafico da figura 1 mostramos o que ocorre com o sinal amplificado em cada uma das classes mais comuns de operacdo de um transistor (0 mesmo é vdalido para outros componentes ativos, como FETS, valvulas, etc.). 189 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Fig. 1 - A classiticagéo dos nae ampificadores segundo a polarizagdo. Observe que na operacdo em classe A, que nos interessa especificamente neste artigo, os dois semiciclos do sinal alternado sdo amplificados igualmente ndo havendo nem corte e nem distorgéo, 0 que nao ocorre, por exemplo, na classe AB em que parte do semiciclo negativo é cortada. Para levar uma etapa transistorizada a operacdo em classe A, existem procedimentos de calculos que permitem determinar os resistores de polarizacao. Estes procedimentos levam em conta as caracteristicas do transistor usado, do sinal a ser amplificado (cuja amplitude na saida n&o deve exceder a tensdo de alimentacgao) e da tensdo de alimentagdo usada. 190 NEWTON C. BRAGA OS CALCULOS Tomemos como ponto de partida a configurac&o classe A com um transistor bipolar de silicio NPN de uso geral como a mostrada na figura 2. Fra. 2 - Lembramos que os procedimentos de calculo que damos n&o s&o os unicos podendo existir variagdes e até mesmo Processos mais precisos que fazem uso dos parametros hibridos. Na verdade, este procedimento é denominado "empirico" ja que faz uso de algumas aproximacées que visam antes simplificar os calculos evitando o uso de matematica avangada ou de calculos muito trabalhosos. « Determine o Vce, Ic e o hFE minimo e maximo do transistor que se pretende usar. O Vce é a tens&o maxima entre coletor e emissor. No nosso caso vamos tomar como exemplo um transistor de uso geral como 0 BC548 onde esta tensdo é de 30 V. Para este transistor 0 ganho minimo hFE min é 110 eo maximo 800. A corrente maxima de emissor é de 100 mA. 191 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 No entanto, néo vamos usar no nosso projeto esta corrente, ja que pretendemos amplificar sinais de pequena intensidade. Vamos assumir que a corrente de repouso que desejamos Para a etapa seja de 10 mA. Temos entéo: Vce = 30 V Ic = 0,01 mA hFE(min) = 110 hFE(max) = 800 « O passo seguinte consiste em se selecionar a tensdo de alimentagéo da etapa amplificadora. No nosso caso fazemos: Vec-12V e Na terceira etapa do processo de calculo vamos fixar a tensdo entre base e terra do circuito em aproximadamente 5 vezes a queda de tensdo tipica entre base e emissor do transistor considerado. Para os transistores de silicio, a queda de tensdo entre base e emissor é€ de aproximadamente 0,7 volts, conforme mostra a figura 3. I Vo=0,7V — Fig. 3 - Queda da tensSo entre base @ emissor. 192 NEWTON C. BRAGA Isso significa que vamos fixar a tenséo Vbb em 5 x 0,7 = 3,5 V. Vbb = 3,5 V « Podemos agora calcular o resistor de emissor Re com os dados obtidos, aplicando a formula: OS Vbb-Vo 2 de 3,5-0,7 Re = ———— 0,01 re= 28 © ool Re = 2800hms e O passo seguinte consiste no calculo do resistor de coletor Rc. Para o calculo desta expressao o ideal seria usar em lugar de Ic a corrente Ie (corrente de emissor). Na prdatica, Ic e Ic costumar ter valores muito proximos o que quer dizer que a troca de uma por outra nao afeta em muito os resultados. Da mesma forma Vce é a tens&o entre coletor e emissor. Na operac&o em classe A o transistor opera no centro da reta de carga, conforme mostra a figura 4, 0 que significa que a tensdo no coletor do transistor é aproximadamente metade da tensdo de alimentacao. 193 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Tc (mA) Veo (¥) Para esta finalidade vamos utilizar a expressao: Vee —Vee =a Re 12-6 Re= ool — 280 6 Re= O01” 280 Re = 600-280 C = 3200hms * Passamos agora ao calculo da corrente maxima de base que precisamos nesta etapa. Isso é feito pela seguinte formula: 194 NEWTON C. BRAGA iG Ib(max) = ifecminy 0,01 Ib(max) = Tio Ib(max) = 0,00011A Ib(max) = 110A Adotamos para a corrente circulante por R2 algo em torno de 5 vezes a corrente maxima de base que o transistor exige e que foi calculada no passo anterior. Chamaremos esta corrente de 12. 12 = 500 uA ou 0,0005 A Com o valor adotado de 12 podemos entado determinar a resisténcia de R2 no circuito de polarizagéo de base do transistor usando a seguinte formula: po = eb ~ 12 3,5 2 = ———— 0,0005 R2 = 70000hms R7= TkQ Agora é a vez de calcular R1 lembrando que por este resistor vai passar a corrente de R2 e também a corrente maxima de base do transistor: 195 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 7 Veco —Vbb ~ 12+ Ib(max) 12-35 cts 0,0005 + 0,00011 Pee ~ 0,0061 Ri = 139340hms R1 = 14kohms « Em fung&o dos valores calculados podemos escolher os valores comerciais dos resistores a serem usados chegando entao ao circuito final da figura 5. Fig §- QO cirenitn pmotin 196 NEWTON C. BRAGA PROJETANDO UM ASTAVEL DE POTENCIA Neste artigo, mostramos como calcular todos os valores dos componentes utilizados num multivibrador astavel de poténcia capaz de acionar uma lampada de 12 V x 500 mA, fazendo-a piscar uma vez por segundo num sistema de sinalizagao. O procedimento serve de base para projetos andlogos como, por exemplo, temporizadores ciclicos, acionadores de relés ou TRIACs, motores intermitentes, etc. Os projetos pormenorizados de circuitos eletrénicos completos nao so muito freqiientes em publicacdes técnicas, se bem que sejam bastante procurados por estudantes e professores que desejam saber como cada componente é calculado. Na verdade, na maioria dos casos, os livros e as publicagées especializadas limitam-se a explicagdes superficiais sobre as etapas de um determinado aparelho ou mesmo calculos envolvendo apenas componentes principais ou criticos, julgando que a maioria dos leitores sabe como chegar aos valores ou nado tem necessidade disso. E claro que, levando em conta que nos cursos técnicos estes procedimentos sao estudados, nem todos os alunos estéo neste ponto, e muitos que ja se formaram podem precisar de uma "reciclagem". Neste artigo, visando fornecer uma base tedrica para alunos, professores e mesmo técnicos e engenheiros formados que precisam da "reciclagem", analisamos 0 projeto completo de um multivibrador com as caracteristicas indicadas na introducao. Os procedimentos sao validos para circuitos semelhantes, o que facilita a realizagdo de muitos projetos. O CIRCUITO Na figura 1 temos o circuito basico a ser calculado com as principais correntes. 197 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Ter Fia. 1 - Confisurmetin bésina Conforme podemos ver, trata-se de um multivibrador astavel convencional em que os transistores Qi: e Q. trocam constantemente de estado (corte/saturacéo), acionando o transistor Q3, que tem em seu coletor como carga uma lampada de 500 mA. As caracteristicas desejadas para este circuito sao: Tensao de alimentac&o: 12 V Corrente de carga: 500 mA Freqiéncia: 1 Hz Duragao das piscadas: 0,1 s (100 ms) Transistores usados: Qi, Q2 = BC548 e Q; = TIP32 Para os transistores, partindo dos manuais, temos as seguintes caracteristicas: Qi, Q2 = BC548 Ganho minimo (hFE): 110 Qs = TIP32 Ganho minimo (hFE): 50 A partir destas informacgées podemos passar aos calculos: a) Corrente de base de Q; O calculo da corrente de base de Q;, por onde comegamos, nos permitira obter depois o valor de Ra. Para isso, tomamos a corrente de carga e supondo que a queda de tens&o na juncg&o emissor/base de Q; seja desprezivel, dividimos pelo ganho do transistor, para chegar a In, que é a corrente de coletor de Qo. Temos entdo: 198 NEWTON C. BRAGA To = 500mA Iregcqs) = 50 iL 1, =-— Se 7 Frecox) 500 Tea = SG Tox =10mA Esta é a corrente minima na base de Q; que provoca a corrente de coletor (e descarga) de 500 mA. Para garantir uma saturacéo do transistor e até uma resposta maior quando o filamento da lampada estiver frio e precisar de mais corrente, tomamos como referéncia para os calculos 0 dobro deste valor: Tey = 20mA (1) ») Calculo de Ra Existem duas quedas de tens&o a serem consideradas no circuito de Ra. A primeira ocorre na jungdo base/emissor de Q3 quando saturado e pode ser considerada como aproximadamente 0,6 V. A segunda é no transistor Q2, entre o coletor e o emissor e pode ser considerada em aproximadamente 0,4 V. Desta forma, temos uma queda total de tens&o total de 1 V que consideramos Vq. Para calcular Rs temos entdo a seguinte formula Ice que leva em conta a tensdo de alimentacgao (Vcc) e a corrente em Rs (Ica): Vee Va (2) cz Os valores sao: 199 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 R4=—— 4-002 11 R4=—— = 5500hms 0,02 Adotamos o valor comercial mais proximo, imediatamente inferior: R4 = 470 ohms « CAalculo de Ic Nosso préximo passo no projeto consiste em calcular a corrente de coletor do transistor Qi. No nosso circuito, em que temos uma freqiiéncia de 1 Hz e no qual a durac&o da piscada é de 0,1 segundo, o transistor Q: deve conduzir 9/10 de segundo do ciclo ativo, enquanto que o transistor Q. deve conduzir 1/10 de segundo do ciclo completo, conforme mostra a figura 2. ye Fig. 2 - Sinal gerado. Como Q; nao alimenta o circuito de excitagéo da l[ampada, a reduc&o da corrente de coletor deste componente a um mit é interessante para termos um consumo menor do aparelho. Levando em conta que: Ti = 9/10 s Th= 1/10s 200 NEWTON C. BRAGA (T1 = 900 ms e T2 = 100 ms) O valor ideal de Ic: para menor consumo pode ser calculado pela formula: L (8) ” Neg Para isso, aplicamos a formula: cl> a a= VooXRpy RixLn( ocX ne) (9) Rix Colocando os valores do projeto: 0,1 ar vein 2 x10°xLn(— : 2200x0,02 0,1 adz>————— 22x10*x1n30 cl > 10° 20x34 ~ 0,1 3 Cl= x10 C1=1,33x10°° C1=1,33uF Adotamos na pratica o valor comercial préximo de 1,5 uF ou mesmo 2,2 pF. Finalmente, calculamos R2 que, além de polarizar a base de Qi, também é responsavel pela duragdo da descarga de Ci. Usaremos a seguinte formula: a R2= V, Clxing + 22) 49) ec Utilizando os valores do projeto temos: 204 NEWTON C. BRAGA 09 2= 1x10 *xLn(1,66) _ R2= x10 1x0,51 R2=1,76x10° ohms Na pratica tomamos o valor comercial de 1,5 M ohms. CONCLUSAO: Usando transistores comuns bem conhecidos podemos chegar a configuracao final de nossa etapa conforme mostrado na figura 3. 194 15V 4 12V Sugerimos aos leitores que recalculem a mesma etapa usando diodos zener de 10 Volts também alterando a tensdo de saida para outros valores. A montagem do circuito numa matriz de contacto pode ajudar bastante o leitor e verificar na pratica os resultados obtidos pelos calculos. 205 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 CALCULANDO UMA ETAPA CLASSE B (Push-Pull) Em artigo anterior demos o procedimento para o calculo dos componentes de polarizagéo de uma etapa classe A. No entanto, sabemos que este nado é o Unico tipo de circuito que encontramos nas aplicagdes praticas e que as etapas Classe B sao bastante usadas, principalmente em circuitos de transmissores. Nesta edic&o focalizamos os procedimentos basicos para calcular uma etapa deste tipo. Conforme podemos ver pela figura 1, num circuito amplificador com transistores bipolares polarizados de modo a ter uma operacaéo em Classe B, cada transistor conduz num dos semiciclos do sinal. Fig. 1 - As fases dos singis numa etana push-pull classe B, Isso significa que cada transistor néo sé opera apenas metade do tempo de cada ciclo, ficando no corte na outra metade como exige-se 0 emprego de um transformador para a inverséo de fase do sinal. Na figura 2 mostramos que o ponto de funcionamento de cada transistor polarizado na Classe B é tal que ele conduz com apenas os semiciclos positivos. 206 NEWTON C. BRAGA Polarizagéo Saida Entrada Fig. 2 - Polarizacdo na classe B. Uma caracteristica importante deste tipo de circuito esta no fato de que na auséncia do sinal de entrada a corrente de repouso é nula. Isso faz com que seu rendimento seja dos mais altos, sendo por isso uma configuragéo bastante utilizada nos amplificadores de alta poténcia (que no entanto exigem transformadores) e em transmissores. A desvantagem no uso deste tipo de circuito esta na necessidade do transformador e também na distorgéo que aparece no instante em que o transistor comeca a conduzir dada justamente a sua tensdo de inicio de condugao de 0,7 V conforme mostra a figura 3. 207 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 Inicio da condugao final Fig. 3 - Distorgao neste tipo de etapa. A seguir, damos os procedimentos basicos para o projeto de uma amplificadora de um pequeno transmissor de AM que opera em 1 MHz fornecendo uma poténcia de saida da ordem de 1w. Temos entéo: Po = 1 Watt O mesmo procedimento pode ser estendido para outros circuitos operando desde com sinais de audio até de VHF na faixa de FM. E claro que os transistores com as caracteristicas apropriadas devem ser usados. © CALCULO a) Comegamos por determinar a maxima tensdo entre coletor e emissor que os transistores usados podem suportar e também sua dissipacao. Usaremos transistores NPN do tipo BD135 cujas caracteristicas sdo: 208 NEWTON C. BRAGA Vce(max) = 45 Volts Ptot - 8 Watts b) A seguir, selecionamos uma tensdéo de alimentacaéo para a etapa que seja menor que a maxima suportada pelo transistor a ser usado. No nosso caso, para maior facilidade escolhemos 12 V. Vec = 12 V c) Calculo da impedancia do enrolamento primario do transformador de saida. Este é o transformador que vai ser ligado como carga dos coletores dos transistores desta etapa: Vee? Zpri= epri Po 12)° Zori = | ) 1 Zpri = 1440hms d) Cadlculo da impedancia de secundario do transformador excitador. Normalmente esta impeddncia é dada como 2hie nos manuais dos transistores usados, mas para um circuito como o que indicamos pode-se normalmente adotar um valor de 15 a 20 vezes maior que o da imped4ncia do primario do transformador de saida. No nosso caso um valor entre 2k e 3k ohms proporciona resultados satisfatorios para uma operacao boa. A impedancia de primario do transformador vai depender das caracteristicas da fonte de sinal, ou seja, do circuito que vai excitar esta etapa. e) Determinac&o do valor do resistor de emissor (Re) de cada transistor. Estes resistores devem ser usados para se evitar a deriva térmica da etapa e podem ficar normalmente entre 1 e 10 ohms. Uma regra simples que pode ser adotada é que esta resistor seja tanto menor quanto maior a poténcia. Para que o leitor tenha uma idéia da ordem de grandeza deste resistor vamos adotar 2 ohms no nosso circuito. Re = 2 ohms 209 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 1) Chegamos agora ao ponto mais critico que é 0 calculo dos valores dos resistores de polarizagdo de base dos transistores R1 e R2. Estes resistores devem ser calculados de modo a formar um divisor de tenséo que forneca uma tensdo levemente maior que a tensdo entre a base e o emissor, chamada aqui de Vo. Observe que R2 esta em série com a fonte de sinal, por isso deve ser 0 menor possivel ou entéo ser desacoplado por um capacitor que apresente a impedancia a mais baixa possivel na frequéncia do sinal de operacdo. Os valores tipicos de um resistor para esta funcdo estéo em torno de 50 ohms. Calculamos entdo R1: Vee Ri = Rost “Vo 12 R1 = 50x| —-1 0,7 R1 = 50x(17,14- 1) Rl = 50x16,14 R1 = 807ohms Com os valores de todos os componentes calculados, podemos partir para a elaboracdo final do circuito com base em componentes de valores comerciais. Chegamos entdo ao circuito final da figura 4. 210 NEWTON C. BRAGA Fig. 4 - Etapa caiculada com valores finais dos componentes. O capacitor de desacoplamento é calculado observando-se que ele deve ter uma reatancia bem menor que R2 na frequéncia de 1 MHz. Esta reatancia pode ser fixada em aproximadamente 1 ohms, 0 que nos leva ao seguinte calculo: 1 Xc = ¢ 2xaxfxC Ce J ~ QxmxxficXe 1 C= maaan 2x3,14x10°x1 _ 10° ~~ 6,28 1 6 = 628°1° C=0,159uF C= 159nF Um capacitor de 150 nF estaré mais do que bem dimensionado para esta aplicacgdo. 211 FORMULAS E CALCULOS PARA ELETRICIDADE E ELETRONICA - V2 CONCLUSAO Os calculos que vimos s&o empiricos com muitos dos elementos determinados mais pela sensibilidade do montador do que por calculos precisos. Este tipo de procedimento é interessante para os que desejam resultados imediatos que funcionem" devendo eventualmente ser otimizados com base em simuladores de circuitos como o Multisim. A vantagem deste tipo de procedimento é que abreviamos os procedimentos, evitando o uso da matematica mais avancgada e de calculos trabalhosos que seriam necessarios ao se trabalhar, por exemplo com pardmetros hibridos. Nesta etapa também n&o demos os procedimentos de calculo das bobinas (transformador excitador e de saida) que ficaraéo para uma outra oportunidade, ja que neste tipo normalmente se trabalha com circuitos ressonantes nas entradas e saidas. 212

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