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Syllabus de Filosofia do Direito Prof. Marcelo Campos Galuppo FILOSOFIA DO DIREITO 18 Syllabus - : PROF. Marcelo\Campos Galuppo ure urs exarce de ees (0 toia fle 2 per eog80 que se estabelnce com ae cue Mens, a inguagem nal atclad, 1 se mares venfo qvando 3 leurs fondo . subentendios do texto se exefldo (Ge padi) permite que o lata se wansfornc nz lets, peisintarfare nos modes habitual ca porcepelo. (Ceo Favereta) Nome do aluno: i” px We Vqguerrcle reseesooce Syllabus de Filosofia do Direito Praf, Marcelo Caras Galuppor Sumério . Aula L. Aula 2—A Filosofta e a Filosofia do Direito: conceitos.. Mafalda e 2 Fllosofia Do que trata 2 Filosofia? Algumes propostas de definigic da Filosofia Pitégoras de Samos (Crétona, ~ 550 3.C] Sécrates (Atenas, 469.2 399 a.C.) aun Plato (Atenas, 427 3347 2.C) Adstételes de Estagira (Atenas, 384 2 324a.G) Epicure (Atenas, 342 a.272.2.C. René Descartes (Paris, 1586 — 1650 bnew immanuel Kant (KEnigsbere, 1724 - 1804) 6.W. F. Hegel {Heldelberg, 1770~2831).. Ludwig Wittgenstein (Viena, 1888 ~ 1951) Macilena Chaut (sie Paulo, 1942 -} Ea Filosofia do Direito?.. Miguel Reale (Sto Paulo, 1920 2006)... = + Arthur Kaufman {Munique, 1823 ~ ~ 700i) Buas formas de se aboridar a isan 0 DIED ae Aula 4A ates “te taverna (PLATAO] come metéfora és Fiosofis {i}. Aula 5A ae de caverna (PLATAO} como metéfora da Flosofia {iti} vidal Ras 7 ‘lnfbéncias nf filme Cque Ga Mate’. Quem é quem na Matrix? Matrix: algurnas observagées finals Bibllografia basica ‘Aula 6—Matrites tabrizas do probleme da justica: comunttarismo ¢ liberslisen: CO que é uma saciedade juste? Paradigmas € mattizes nmr HPSSSFFTSSFHTBSSCHSOTESOOSOHTEGEOOEFORE Syllabus de Fitosofia do Direite Prof, Marcelo Campos Galuppo Duas matrizes da teoria da justica . a4 gratia bésica Aula 7 - Matrizes teéricas do problema da justiga: O bem comum ea vide privadasnnnu © bem comum e2 vida privads Bibllogratia bésica Aula $ ~O comunitarisma |: A filosofia antiga, das origens aos pré-socriticos Os mitos sobre @ origem dos deuses e a5 representases da [usti¢d seman Filosofia grega: o milagre grego nas coléinias Tr8s periados da flosofia grags, seus temas @ aUtOreS wen Vertente érfico-pitagérica © vertente empiriste da flosofle greza OFFS M0. Pitdgaras (Samos, $70 ~Crétona, 500 2... Heréclita (Efeso, 850 ~480 2.C.)... Pacménides (Elia, 540-2 470 a.C). “Lendio (E16ia, 490-430 2.6.) nearness e e e ° e e e e e ° ° ° e e ° e ° ° ° ° ® e Bibliografia basice Aula 9 - 0 comunitarismo Il: Dos soffstas aos helenlstas:....... Sécrates (Atenas, 459 2398 2.C.), Plato (Atenas, 427 ~347 3.0.) oe (© Helenismo: Epicuro (344-2709. Um valor @ um ideal de vidé da'flesofia grega.. Bibtiografia bstes oan Aulo 10-0 domunitarigina Il: A vertente emplriste da filosofia grega: Aristoteles @ o Zeon Polio. snd . Assos (384 2324 2.¢) costo’ ss Aimétafisica aritotélica.. wove -As-4 causas A dtlca de Aristételes “0 ser bumano (anthropos) 6 por natureza, um ser animado politico” Como ¢ homem se toma homer: fins Como © hemem se torna homem: malos A justice. Bibliogratie bastea » e e® e os »s 'e - syllabus de Filosofia do Direito Prof, Marcelo Campos Galuppo livra V da Etica a NicSmace., Aula 11 ~ Aristételes @ 0 Zoon Polttikon (2): 2 filosofia des colsas divinas e a filosofia das coisas ‘Aula 12—Aristételes # o Zoon Polttikon: 91 UMaNES se ibliogratia bésice Aula 13 - 0 comunitarisma IV: A filosofie medieval. Duas caractaristices do comunitarismo na idade mé Novidade da #8 ersts. sn O temp ‘Trés pasighes sobre a relagdo entre #6 e raz0.. Fundamentallsme. Gnosticismo... Colaboracao entre Fé e raz80 Periodtzaghe da Filosofia mécieval erst Sibtlografia basic. 109 pula 14-0 comuntterne Vs A Mlesofa mectaval (Santo a inho e Santo Tamés de Aquine) ton Sento Agostinho [254 — 430}: Metafisica sn aerdse oz 302, A nove vie~a metafisca éa interioridade Santo Agastinno iberdade e lvre-arbit ib. os Santo Agostino: as duas cidade... 308, Aescoléstica.. © problema dos univers © bern comutt Bibllografia Basice 10 Vs Agostinho ¢ 3 Cidade de Deus: 0 problema de regresso da alma un 25.26 eSruntarn . 208 * iibliografte basica ia ‘pula 16 — 12 PROVA INDIVIDUAL € SEM CONSULTA {Matera até a aule anterior) . aula 17-0 deser ‘ngln 18-0 desenvolvimento do comuniteriame na cantemporaneidade: Macintyre (2) . 12 avolvimento do comunitarismo na contemporeneidade: Macintyre (1). ‘Afaléncia da moral moderna e @ natureza das virtudes Bem interno, priticas, virtudes e instituicGes.. 0 Clube do Imperador e Macintyre . syllabus de Filosofia do Direito Prof. Marcelo Campos Galuppo. As duas trapagas. Dibliografia bésica Aule 19 -A transigge para a modernicad: eoesooncea Arevolucéo clentiica As grandes navegacées. Areforma protestante Um nove centro 0 hemem como individua: os novos valores burgueses (sua representagao na arte) Bibliografia bésica Aula 20—A filosofia moderna e seu desenvolvimento: o fberalismo. Descartes (1596~ 1650] As meditagies Coniratuelismo.. Liberatismo. SFeveseoesece O ileminisme.. Bibliografia bdsice Eibliografia basiea ..... Aula 22 - Kant (1724- 1804]... O projeto da critica. Lee liberdade. © dever, 2 moratidede €. imperativa catepéires O diréito eSeeTCoeCoocoe Bibiogratia Bésica Aula 23 Kan 2), Aula 2: apt. So Pa e e e ® e e e ® ° e e e e e e e e e * ® ® ° Letras, 1892p, 247 0220. oe cANGID0, Arties Ap do i anda nade ro Fac x NOVAS, dat, Eta conto Sto Pao: Cacia cas Lee, 1829. £798, CHAU, Martena, Poboo,privado, dipole, dre NOVAES, Adauta, ica, Ssinpresto, So Paulet Compania te as Lote, 1082 ps 9380, TINA, Poe Ponda: ada Cae: Kno, 208, ' 3 escantes, el chugs (a2), Copano Sh Pas Na Cur (05 . o Penearores), 3" 3 iv ee - i wg *e asses, Ass ie ect dlc Nadi Pid, 182.6 ¥8) ri ° cece 3. abinnki de Prob Sho Pals 9m MRA a a @ 2x2. Marote Capea A tec inex cas fandaantss rt Certs 2s zak e Faaidede Mira Sete, 2008, Teta veroociad oe GALUPFO, Merce Canoes, A vitide da stp, Bal Hotzore: Fecal Whoa da Dito de PUCIMnas 2004, ° (ote imeograiad le GALUPPO, Marl Campas. Matizes do penearertufdca um exams 3 pat a ernie, Rast de Fecilacle : Mirae ce Dro, v.10, 18, p. 105.8 117, 1% sem. 2007. es eve syllabus de Filosofia do Direito Prof, Marcela Campos Galuppo HEGEL, GW, , Flasota do Divot. © LHUISMANN, Denis, Dict de ahas Rosdicas, Seo Pave: Martine Fortes, 2005, “eKANT, fnesuel. Pundamentako de metafiea dos costumes. Usboa: Ed, 70, 1889. KAUFMANN, Athur, Aloeotie de Dito. 3" ed Lisboa: Galouste Gulbaniéan, 209. Intrado Pe Fascia do Liraio 2 8 Teoria de Dire Gontempardnees. KAUFMANN, Authug HASSEMER, Wintted, 2% od, Ustoa: Calousts Gulbenkian, 2208. PLATAO, A eptiben © 04, Lisbost Calousie Gutbenkian, 1990, p 317 a 327, REALE, Govaerts ANTISER, Oats. tied ecote So Paul: Patna, 1600.9 [RISEIROY Reneto Jone, Gemoeracta versus Rapin: # questio do desefo nasiis sociee, x BIGNOTTO, omrparhia dos Leta, 1882p. {01 9178" SCHLUGHARDT, Read Merce. © quad a mati? in’ YERTETH lem (arg). A pola mamaria: questbos de dlénda, losis @ reigido am Matre, So Patio: Pubsoina, 2083, Paulo: Love, 2002. SISTEMA DE AVALIBCAO acamoanes Aventis cerizegu’ Gala Feat até o aa 14 de aoversbro. ‘sua (sexo feminine) cbs prsnemes se inilam polus eras Aa Mi © posthiema urdco de Kelson 1 Nunae (eaxa femisins) cles pré-nores se irclam pales leras N 9 2: A antvociogia fries de Gerson Beson + Alans (sexo meesine) ous Rousseau 2a flesofa do drs + Alun (exo masculine) cos pr-romas Resta : ‘Orientaging para arroga de rabalto: prinemes so tibia pols [atas A a Mi A tele de sertrate social oe 50 incr poles latras W a 2: A teeta widimensional de Miguel $0009 GT30FHSCO896SHSHETGTO0EHECAHBOHOOSE 5@Oeeooooeeo eevee SCTTOTECAeccevesicce @ eve Syllabus de Filosofia do Direito Prof. Marcalo Campos Galuppo + Asregaocarudd excustvamerte por melo do sistima Maha UFMG (MOCOLE) 26 as 280 do dis 12 de ovembro, Rocamants.se que 0 trabalho sea posiad artes desta deta, po sobrecarge do sistema poder Lipllcar seu travarnenta, Se kao costes, otabalho no seni seat par extra mle (email ou impresso} eau ‘am ura dats +O texto ndo doverd cantar ert 18,000 @ 20.000 toques fal incuidas notas de rodepé e bibfogrefa) e deverd st apresertade 800 a frra de atlga (sem cape, fone de costo ot Ince), mas deverd center biboorals (etuida nas 16.000 toques) oa "ATWIBADE WATER de saab "P Prove ses nda 6] 1a A22 sem consulta 2 nevenira TTbatho entegas pol Verkade aca some 16 ce novenbo| BD prove eseria Irdvidol 6] 480521 sem eonsita . oN 30 de novembro Provas ‘sutstiivas | Correspondents & &siavéo | Coreepordente 8 evallay8o (epenas para alunos que| acta, vhs persia * . ardor alguna prove) | de denenio AVRLIAGRO GLOBAL | TAti'a mata do sees | 30 Incvtdust sam const, *=)” : OF ta dasento REAVALIAGKO — [pedal | Toda a matbia do comet | 106 oun consuta” Nos dias, 68 eva, o professee poderd rediabu a localzagho des alunos em sala de aula, Noases i, nda & pamiiadd singresso do akin ar sala do aula decomfdos 19 (ez) minutas de Inido ca prove, As provas e tababos ight retaes 4 cant © 4 ratura impede a radto dos matrce. Mio & pai £0 alino, dante peas, ixtzar Bonds, folefonas Celufaras ou esiojas = caluas Gu'se ausert da sala de aula sam eniregar a prove [A Resvalagfo ser reatzate por prova dssatatva 8 qual serdo aibuldes 100 ponlos, Os ponlas cbidas ness prone ser somacas acs ponies shes pelo suno durare dase outs aves de somesire¢ orestitado final send 2 nda serples desses vaio, Pontoe-entas: Syllabus de Filosofia do Direito Prof, Marcelo Campos Galuppo gerd eoncedide um porto extra cor cada aasiténca & apresertagso da Orquesira Farndon de Minas Garels 195 rtdco das Ales) entre cs Gaa 16 de agasio 23 de noverbro de 2030, Pera comprovar programas Viveco o Allegra (P ‘seu inter 6 receege, 0 alune daverd spresantar, no dia da prova fine, erwelape oom se name eantendo ars ingress de cata apresentagta a que comparecet Haverd aulas extras no dia 07/08 e 25/09, as 08:00, Responda a seguinte questo: ‘Veja 0 seguinte texto, retirada da revista Astronomy rast! (vol 2, n. 22, p. 3 & 6, miarga.de 2007) ce Tycho Brahe (1545-1602), astrdnome dinamarqués, que transferiu, suas medidas poro Kepler (2572 ~ 1630), contnibula pore @ ‘detrocada do _arstotetismo (..) Os astrofisiees cerihiecem ‘relativemente bem as entronhas infernuis de uma supernové, @ que, evldentemente, ndo sigaifica que tenbam decifrodo “tatios os seus segredos. Mas nem sempre fol ossim. Houve uin igomenta ~ como daconteceu em 1054, qunda a superneve do, Céranguafo expledia ~ ‘em que wiss simolesment’ no se enauidrjvdim po ordem edsmice, ensade pelos f :. oristotsligmo’ eultiveds nets teoloaia medigval na Ocidante ado admitia nuiddinces olf da v0, Idurante o dia, na tem registro na 2 por Isso aquela estrela, visi astronomia européta PBSHSASVSFHVSSSSSSSSSHADAGSOPGASGASHESGOGBASGHAGOTCGAHHABAHAA8EBSe Syllabus de Filosofia do Direito Prof, Marcelo Campos Galeppo Aula 2 ~ A Filosofia e a Filosofia do Direito: conceitos Objetivos da aula: Discuttr a dificuldade Inerente & definigdo da Filosofie ¢ epresentar algumas propostas de definicaa de seu objeto « método - Ementa: Filosofia. Filosofia do Direlto, Metodologia: Auls expositiva Syllabus de Filosofia do Direito Prof. Marcelo Campos Galuppo Mafalda ea Filosofia Do qué trata a Filosofia? + Logos (caz’o demonstrativa): © coisas mesmas (aiethels: desvelar) > exemplo: Tales «Em filesofta ndo existe refutagao (por isso uma cronake uma histdrio Algumas propostas de definic&o da Filosofia pitagoras de Samos (Crétona, ~ 550 aC) i Sidon spitsgoras, quando Léon, trang de, Hits, the perguatou quem era ele, respondeu: ‘un fldséio’. Comparava @ vida aos Grandes jogos, a0s {unis slauns comparecient para lutar, outros para faketnegéclos, 2, outros ainde ~ 0s melhores — como" espectaderes; com efeito, alguns crescam escravog 268" fara, outros ambicloses de ganhes, e 0s filézofas évidos da verdade” (Didgenes Laérelo, Vidai'é doutrinas dos fildsofos fustres, VI, 48) eesece Coedtoecsosves Setesevesoa¢cve Syllabus de Filosofia do Direito Prof. Marcelo Campos Galuppo Socrates (Atenas, 469 2 399 2.0.) Plato, Apologia) “Meu costume de nie me render a cutras ra26: que me parega mais justa depois de examinar todas as apresentadas, & antigo® (Socrates, apt Platéo, Crtton). Plato (Atenas, 427 a 347 a.CJ “Quem & caper dever o todo & ésofo, quem no, nia &° (Platdo, Republica, Vil, 537)": Syllabus de Filosofia do Direito a Prof, Marcelo Campos Galuppe f Or Aristételes de Estagira (Aténas, 384 a 324 24 + Lum penis clleed oO pods eval “Tados og homehs, por naturezé, tendem ao saber Os homens comegam # filosofar, agora come nO principio, por causa dz admiragdo: enquanto no principio ficavam maravilhados diante das dificuldades mais simples, em seguide, pragredindo pouce a poucs, chegaram a pér problemas sempre maiores, come os problemas relativos 20s fenémenos da luae os do sol e dos astros, @ os problemas relatives @ origem de todo © universa. Ora, quer experimenta urna sensagio de diivida 2 de odmiracéo. reconhece que no sabe {...) De modo que, se os homens filaseferam para libertar-se da Ignor8ncia, éevidente que ‘buscavam o conhecimente unicamente em vista do saber 2 nfo por alguma utilidade pratica tal” (arisiételes, Metofisica, A 2, 982b 32} Que ninguém haste am se dedicer & filasafia enquanto jovem, nam se canse de fazé-lo depois de velho, porque ninguém jamais é demasiado Jovem ou demasiado vetho para alcangar a satide do espitito. Quem afiera que a hora dese dedicar 8 filosofia aind= So chegou, ou que ela jd passou, é como se dissesse ‘que alnda nc chegou a hore de ser feliz” (Epicure, Corte o Menecat) e e e ® ° e e ° e e e e e e e @ e . s e e ° @ . , e 8 hnelovmealal CER pata peiliisipeles iter ¢ CLInele carag Syllabus de Filosofia do Direito bin tit. Prof. Marcelo Campos a luppo . René Descartes (Paris, 1596-1650) °° he chlo co Lualo On f | Ne bint "ara comegar & filosofar (..) devernos iniciar pela busca das primeiras causas @ principios. Tats principios tem que satisfazer duas condigbes. Em primero lugar, devem ser t8o claro ¢ evidentes que a mente humana néo posse duvider de sua verdede (..J, 2, em segundo tugar, 0 conhecimento de outres coisas deve dele depender, no sentide de que os principios devam pader ser conhecilos =, « sem. coahecimenta de outros assuntos, mas no 9 contréro” (Pinips de Fiesofi, Prefécio) een aetzee Thewe Immanuel Kant (KOnigsberg, 1724 - 1804) wee guano reauta_s vow pate en aaa romans 3 deem gle a Seen Ca rections ows genjer soto bn Sess pom ut we vagbp niches hunneendenineinen oie ene Samira noone bun ton QeeeIN ie eee = a ai Ee yopatw trans . ahi ent ge amet See a Soe eS Sol mi Sarees comet pets cea be ; i i t Eeear ie ace igeoeor mange i i Syllabus de Filosofia do Direita Prof, Marcelo Campos Galuppo A filosofia € 2 cigneta da relagio de todo 0 conhecimento 20s firs esseaciais da-reziio humana e o filésofo nfo é um artista da razdo, mas um legistador da razio humana, Neste sentido, seri= Gemasiada orgulhoso chamar-se a si proprio um fildsofo pretender ter Igualado 0 arquétip, que no existe 2 n¥o ser em idéia” (Critica de ra2tlo pura) “"n conuje de Minerva sé levante Veo 20 romper do cregdsculoqHegel, Filosofie do Direito, prefécto) “0 fim da Filosofia & esclarecimento légico dos pensamentos. [A Filosofia ndo é uma teoria, mas uma atividade, Uma obra filosétice consiste essencialmente em elucidacSes, O resultado da Filosofia nao é ‘propasigbes flloséficas’, mas tornar proposicées claras. Cumpre # Filosofia tornar clares e delimiter precisamente os pensementos, antes como que turvos @ distintos” (Wittgensteln, Tractetus lovico-philosophics, 4.112) 0 sensa comum de nossa sociedad considera “itil 0 que dé prestzio, poder, fame riquere. Julga 0 dtl pafasresulcados visiybis das colsas e das aces, identificandg tt expresso lavar vantageri Eft tudo’. Desse ponto de vista, 2 Filosofia éinteirameate indtile i defende o direite de sor inti (..) Qual serta, 4 : $ e ° Sylisbus de Filosofia do Direito e Prof, Marcelo Campos Galuppo e e ° e ® Bu abl. . Pfikaole e : s * Martens Chau (Sie Pando, 1842 -) eopetle Leonpmvin oe e ae e ° e eéoe ento, 2 utiidade da Hldsofta? Se abandonara de @ Os precanceitos da senso comum 1nd6 se debxar guiar pela submissSo 3s x zs idéias dominantes e acs poderes estabelecidas . 2 i 2 fort ae : e¢e Saath conhecer o sentido das criacdes huriinas nas artes; nas clénclas ena politica for titi: sedar a cada-umrde nés-e 8 nossa sociedade os meias para serem conscientes de tl eae: vas ages numa prtica que desejaa Rbardade ¢a felicidade para todos fg wésoos ees oe ® i 2 ° ® © oe syllabus de Filosofia do Direito Prof. Marcelo Campos Galuppo Ea Filosofia do Direito? Miguel Reale (S40 Paulo, 1940 2008) 1a Juridica, mas 4 2 propria filosofia enqurante voltada para uma ordem de realidade, que €a ‘realidade Juridica! (Reale, Filosofia de Direite, p. 9} a ‘ _ Acthur Kaufman (Muntque, 1923 Zoflé, no um ramo da 4A fllosofia do Direito é uma ramo da Fil ~Giencia do Birsite. Contud, nfo se pode considergr 2 Flosofle do Direito como uma classe espegial dentro do génera Filosofia. Afillosofla tem sempre, @ em todas'as suas formas, relagso com as problamas fundanentajs’dc'¥er do hemem, daqutto que Kar Jaspers chara de engiobepie; em ovtras palavras, a filasofia trata sempre do essericia? (Kaufmann, Intradusée & flescfie so diretto ed teord dare contemporaneo, 1.1) Duas formas de se abordar a Filosofia do Direite + Sena (re)eonstruco + Critics > desconstruso 1998009080 00000000660000606800000000906098090008308 SCHSHHSSCCSCHHSVSHHFCSCTTTCPSCSCSCTOVSTTTTVTFETFEFUTTEVITVTS Syllabus de Filosofia do Direito * Prof. Marcelo Campos Galuppo Bibliografia Bésica S1:f8R, Eauards CB; ALMEIDA, Gubame Accle de, Caco de Ataf do Ds So Palos ASS 2001.p, 19.4 4. KAUFMANN, Aur. Rosas oo Dito 3 ad, Cishea: Calouste Gulbaritan, 2008,<95 1 82 KALMAN, Arthur, HASSEMER, Winkie. laboulupio Pe Ficcafe do Dito 2.8 Teor do Drwto Contemmporsinaas. 2 od. Usboat Colouste Gubentlan, 2009, , cap. 1. MORRISON, Wayne, Fibsole ob dirsiur das gregos ao uésmademisteo. S40 Paula: tarts Fones, 2008, caf syllabus de Filosofia do Diceito Prof, Marcelo Campos Galupoo Aula 3 - A alegoria da caverna (PLATAO) como metdfora da Filosofia Qbiétivos dla aula: Conhecer as bases de filsofia de Plato @ 0, mode como este concebla flésofe ementar Alegorie da caverna. Ideia. Noes's, Dianoia. Pastis, Elkesia. Episteme, Doxs, Metodologia: Tratuatha em grupo pelos alunos e aula expasitiva . BS Syllabus de Filosofia do Direito Prof. Marcela Campos Galuppo Leta (previemente) o seguinte texte de Platéc: Sécrates - Agora imagina a maneira como segue 0 estado da nossa nalureza relativamente & instrupdo ea ignorgncia, —Imagina homens numa morada subterranea, = am forma de cavema, com uma entrada aberta & luz; esses homens esto af desde a inféncia, de pemas e pescogos acorrentados, de modo que no podem 2 Imovarae nom ver sono © que eats dante dle, pio eo cartes ce ipodom de ver abi i ing tn ura eek rina hoe wpe Sal dle entre 0 fogo @ os prisioneiros passa uma estrada asbéadent . Imagina que ao longo dessa estrada esta construldo um pequeno muro, semelhante &s divisérias que os apresentadores de titeres armam diante de si e por cima des quais exibem as suas maravilhas. Glauco — Estou vendo, ‘Séerates - Imagina agore, ao longe'désse pequeno.muro, homens que transporte objetos de toda espécie, que os transpdem:"estatuetas de homens e animais, de pedra, madeira © tode uns falam ¢ outros seguem em eopécie de matéria; naturalmente, entre esses transportadores, Glauco - Um quadre estranho e estranhos prisioneiras. Sécrates - Assemelham-se a nés. E, para comegar, achas que, numa tal condigo, eles tenham algtirha ver visto, de si mesmes e de seus companheiros, mais do que as sombras projetadas pelo fogo na parede da cavema que thes fica defronte? a Glauco - Como, se so obrigados a ficar de cabeca imével durante toda @ vide? ‘Sécrates - E com as coisas que desfilam? Nao se passa 0 mesmo? Glauco - Sem divida, Syllabus de Filosofia do Direito Prof. Marcelo Campos Galuppo ‘sécrates - Portanto, se pudessem se comunicar uns com os outres, no achas que tornariam por objetos reais as sombras que veriam? Glauco - E bem possivel, Sécrates - E se a parede do funde da pristio provocasse eco sempre que um dos transponadores falosse, née julgariam ouvir a'sombra que passasse diante deles? Glauce - Sim, por Zeus! ‘Sécrates - Dessa forma; tsis homens nao atribuirdo realidade senso 8s sombras, deg cbletos oma Ase splits UN wy Glauco - Assim tera de ser. wrrsTlag cans a Gee AE eat RY ‘Sécrates - Considera agora o que thes aconteceré, naturaimente, se fore libertados das suas adeias e curados de sua ignorancia. Que se liberte um dase’ pprsioneiros, que sela ele aS 3 caminhar, a erguer es olhos para “cbrigado a endireitar-se imediatamente, a voltar pescagd) 4 de distinguir 2 lux: ao fazer todos estes mavimentos sofrerd, © o daslumbramento impedHto~ que antes ‘ia as sombras. Que achas ‘que respondera se alguém he e voted para es objetos de vier dizer que no viu até entfio sende fantasmes, mas que agora, mais perto de realidade ‘enfim, mostrando-Ihe cada uma das coisas que 62 Néo achas que ficaré embaragado € 15 do que os objelos que the objetos mais reais, vé com mais justeza? $8, passam, 0 obrigar, & forca de perguntas, a dizer 0 que que 2s sombras que via cutrora thé pereserdo mais verdadelre: mostram agora? . Giauce - Muito mais v Sécrates -E se 6 fergarem a fixer a luz, os seus othos nfo ficardo magoades? Nao desviara ele a vista para yoltar as coisas que pode fitar © no acredtaré que estas Go realmente mals distintas dé cue as que se Ihe mostram? Glauce = Com toda a certeza. ‘Sécrates - E se o arrancarem a forga da sua cavema, 0 obrigarem a subir @ encosta rude © ‘escarpada e néo o largarem antes de o terem arrastado até a luz de Sol, ndo sofrerd vivamonte fe n&o se queixard de tais violéncias? £, quando fiver chegaco & luz, poderd, com os olhos ofuscados pelo seu brilho, cistinguir uma 96 das cofsas que ora denominemas verdaceiras? Glauco - Nao 0 conseguird, pelo menos de inicio. achencns byt ‘Sberates - Terd, ecio cu, necessidade do se habituar a ver os objetos da regido superior. Gomegaré por distinguir mals facimente as sombras: em seguida, as imagens dos homens ¢ tt cules objetes que se refletem nas dguas; por Ultimo, os priprios objetes. Depois disso, Poderd, enirentendo a cleridade dos astros e da Lua, contemplar mais facimente, durante a Syllabus de Filosofia do Direito AML Prof. Marcelo Campos Galuppo noite, os compos celestes ¢ o préprio céu do que, durante o dia, o Sol e sua luz. Glauco - Sem duivida, ‘Sécrates - Por fim, suponho eu, seré o Sol, e no as suas imagens refletidas nas aguas ou em qualquer outra coisa, mas o préprio Sol, no seu verdadelro lugar, que pocerd ver e contemplar tal qual 6. ‘ Glauco - Necessariamente. ‘Sécrates - Depois disso, podera concluir, a respetto do Sol, que é ele, Gu faz as estagies e os anos, que gover tudo no mundo visivel e que, de certa mansira § a causa de tudo o que ele vvia com os seus companhelros, na caverna, Glauco - # evidente que chegard 2 essa conclusio. ‘Sécrates - Ora, lembrando-se de sua primeira mmorada, da sabedoria que al se professa aqueles que foram seus companheiros Ue cativeiro, no achas que se alegraré com a mudanga e lamentard os que |é fearam? # GfaliG0': Sim, com cortez’, Sécrateg! Sécrates - E se enti distibuissem honras e loworss, se tivessem recompensas para aquele que se apercebesse, com o olhar mais vivo, da passagem das sombras, que melhor se recordasse das jue costumavam chagar om primeiro ou em Gime lugar, ou virem juntas, © ‘que por isso era’0 mais habil em adivinhar a sua aparigao, e que provocasse a inveja daquales ‘que, entre’ os iprisioneiros, sfio venerados e poderosos? Ou ento, como o herdi de Homero, no préferfé mil vezes ser um simples lavrador, @ softer tudo no mundo, a voltar as antiges ihisb€s e viver como vivia? ‘Séerates - Imagina sinda que esse homem volta & caverna e vai sentar-se no seu antigo lugar: Nao ficard com os clhas cegos pelas trevas ao se afastar bruscamente da luz do Sol? Glauco - Por certe que sim. Syllabus de Filosofia do Direito Prof, Marcelo Campos Galuppo Sécrates - E se tiver de entrar de nove em campeticao com os ‘prisionairos que no se linecaram de suas corentes, para Julger essas sombras, astando sinda sua vista confuse & tennam recomposio, pols hablivar-se @ escuridae exigird um tempo jem qua, tendo ido 18 ecime, aié 14 se alguém tentar antes que seus olhos 5¢ bastante longo, ndo fard que os oubos se rlam a sue custa € dig ‘vollou com a vista estragada, polo que nao vale @ pena tentar suble libertar e conduzir para o alto, esse elgudin ndo o matavia, se pucesse fazé-o? Glauco - Sem nenhuma divide, Sécrates - Agora, meu caro Glauco, & preciso eplicar, paws por ponlo, esta imagemn‘ag ae nes cerca corn a vida da prio na cavomd,¢'@ hin do diserfes atrés camparar © mando que uanlo & subida & rogido superior es cSFtempiaciio foge que a Ttumina com @ forga do Sol dos seus objatos, se « considerares como a ascens4o da alma para 2 mansie Intelisivel, ro te enganeris quanto 8 minha idéia, visto que taminém tu desejas: conhedés SS Dus sabe se nteligivel, 2 idéia do bam & cia é verdadelra. Quanta a min, a minha opiniéo & estat Ao mundo i @ titima a ser apreendida, & com difculdade, mas nao se pode, ‘apreendé4a sem coneluir que fe de roto @ bale existe. em {dtid8 85 coisas; no mundo visivel, ela ela 6 a causa de tudo 0 au érou a fuz; no mundo inteigivel, € ela que & dcberen © dspensa a verdade ¢ 2 engent Fe na vida inteligéncia: & & precisa vé-la pera se compartar tofn sabedoria na vida particula publica, . Glauco - Concerto eam a tua opinio, até 3b3e posse compreendé-la, eee acorn iphone oo > PLATAO. A repuibiica de Plaidc. S80 Paulo: Nova Cullural, 1998, P. 225 a 228 (Os Pensadores) ‘Agora, ceslize em grupos*de até 5 integrartes uma transposicgo samidtica do texto, representando como'd grupo pode a alegor’a da cavema pare compreender a mundo de hele. “2 Cfrculo perfelte (idela) + Acanete perfeita << Syllabus de Filosofia do Direito Prof. Marcala Campos Galuppo » Ven” WR eon pce? Gi fapibltu wi av bitosoje, ap Jala tolara® fctanyie syllabus de Filosofia do Direito Prof. Marcelo Campas Galuppo Poa reage ie. Te 08 eetor exer. as ue = Copyright 7002 hieuside de Sola Syllabus de Filosofia do Direito Prof. Marcelo Campos Gafuupge : syllabus de Filosofia do Direita Prof. Marcelo Campos Galupeo Foal =uss AcZEOTAM MESMO. GUE © MUNDO TODO RST NAGUELA PAREDE! > RRR LET > » Syllabus da Filosofia do Direito » Prof. Marcelo Campos Galuppo » > » » » ’ » » » » » » » . » » > » » : » : ® 5 . i 6 ‘ D ni i! » i » fi » Syllabus de Filosofia do Direito Prof, Marcelo Campos Galuppo , Le RUA Coppi © 2012 Maucco de Sousa Prosugtesltee, Tasos.os dives reservados. SPOS STTTVETTH VET TEV ETVOVETTVE PTOVEVTVVEVF CVE EVES Syllabus de Filosofia do Direito Prof. Marcelo Campos Geluppa Bibliografia basica PLATAG, 4 patio. ed, shea: Catuete Gutbentlan, 1900 REALE, Giovanni. Heise da Aasaite Anlize, So Paulo: Loyola, 1994 Vo. dlp. 64 @ 82. : ete i Syllabus de Filosofia do Direito Prof. Marcelo Campos Galuppo ‘Aula 4 - A alegoria da caverna (PLATAO) como metéfora da Filosofia (11) Objetives da aula: Preparar os alunos para discutir como a alegeria da caverna permeia varios aspectos da culture Ementa: Alegoria da Ceverna. etodologia: Presto do filme Matrie{dependando da duresse de aula, serd proletags @ versie Integral ou condensade pelo professer) Syllabus de Filosofia do Direito Prof, Marcelo Campos Galuppo VERBETE “MATRIX” NA WIKIPEDIA (consulta em 29 de juiho de 2010) Matrix (no original em inglés: The Motrix) 6 uma produgio cinematogréfice norte americana @ australiana de 1999, dos géneros' aco € ficgo cientifica, ditigido pelos immios Wachowski ¢ protagonizado por Keanu Reeves ¢ Laurence Fishbusne, ‘Laagado em marge de 1999, Matrix custou 65 milhdes de délares e rendeu mais de 456 mithdes. Matrix Reloaded, lancado er maio de 2003, eustou 127 milhes, mas jd faturou mais 730 milhGes e tormou-se o 13° filme mais visto da histéria, A continvagéo foi também o primeiro filme e arrecadar mais de 100 milhées em um tnico final de semana, S6 no Brasil, mais de 3 milhGes de pessoas forum ao cinema prestigity, a seganda parte da tilogia. i Matrix foi escrito como uma tilogis (VMamrtx, Matrte Reloaded, Mamtx Revolutions), ambos os filmes viraram sucesso de bilheteria. Os fis do estilo cyberpraies eonsideram a ‘silogia inteira uma obra prima. Matrix 6 uma obra de arte multim(dia, histécia inteira do universo Matrix esti. presente nos 3 filmes, em 9 desenhos. Ehirjados, cheamados Anlmatriz (0 primeirs desenho conta uma histéria que se pabs®,Entvo o primeiro ¢ © segundo filme da trlogia), em histérias con quadriahos (langédas apenas nos Estados ‘Unicos) ¢ no jogo Enter the Marrtx(que completa a bistérid 0 filme Marrix Reloaded). © filme apresentz diversos efeitos, pois Matrix tei como tema a Iuta do ser humeno, por volta do ano de 2200, para so livrar de dominig.das maquinas que evoluiram apés © - advento da Inteligénela Artificial. Em um recutso extremo para derrotar es maguines, a hummanidade cobriu a Inz do Sol para cortar 'Suprimento de energia das mesmas, mas + elas adotam um solugio radical: como gadg.ser humano produz, em média, 129 volts de energia elétrica, comegam e cultivé-I0§ em massa como fonte de energia. Para que oultivo Zosse eficiente, os sores hymanos passaram a receber programas de realicade ~ virtual, enguento seus corpos' his -permanesiam mergulhedos em -habitéeulos nos campos de cultivo. Essa realidad? virtual, que é um programe de computador eo qual todos sto coneciados, chamdsé Matrix ¢ sinzula a bumanidade do fina! do século XX. Hi, porém, pero déglor do centco da ters, ume titima cidade de seres humanas livres, que mandémsmissSes em naves para combater as méquinas, O lider de uma dessas misses & Morpheus, wm visionécio que vislumbra em um dos tssbitantes da matrix o escollide, que vem a sex Neo, interpretade por Keanu Reeves. New & ‘Tskatado de seu casulo, sacado da ilustio da realidade virtual © passa a ser treiaidé por Morpheus. A questéo filoséfica principal que o filme traz € justamente 28880 que € 0 real? Em sua sega, Neo atinge 0 siatis de Escolhido, no sentido massifinico da palavza, 20 ressuscitar e conseguir, deatro de prépria Matrix, vontroler 0 programa e desrotar os mecanismos antivirus, personalizados por agentes vestidos de terno ¢ dculos escuros. De ponte de visia do programa, os humanos livres e/ou pensantes sfc os virus do planeta Terra, O filme é aciécio por suas inovagées em efeitos especisis ¢ na ago terem ecabede por criac diversos clichés no cinema, como as imagens de projéteis se deslocando dentre POC TSSVT FSV ETT TOF ECT T ETT TVUT TET UV TVT TV VV ET EV VUE Ee Syllabus de Filosofia do Direito Prof, Marcelo Campos Galupeo ondas em cfmera Ienta. Mes seu verdsdeiro valor € filosGfico, ao explorer 0 tema da sealidade confrontada 4 ilusto do cotidians. © filme é zepicto de mensagens sutis, dentre as queis # de que a méquina jamais controlaré o homem, pois seu "comportamento" é baseado em programas © prograutes podem ser entendidos pela complexa mente humana que transcend’ a simples Peeionalidads da légica 20 constituir o ser integralmente. Por isso as mensagens Go Osienio, ume senhora que cozinha biscoites, so apareatemente equivocadas ¢ ilégicas, mas ag final condizem com a realidade. Un produto da estética pés-modera, Matrix faz urna espécie de bricolager de vétios clementns: filmes de ficelo vientifica (The Terminator, Mefrépolis}, animes (4hira, Ghost in the Shell), H.Q.s(Os invisiveis), filosofia (Pletio, Descartes, ete,), seligit G@undismo Tibetano, Messienisimo Judafoo-Cristio), informética (Realiéat Tnteligencia evtificil), literature eyerpunk (Newromancer, de William Giosba) ¢ ete. : a Para otiar a mitologia da série, og irmélos Wachowski se inspfraranf eri obras Titerésias, filoséficas, historices e religiosas. Algumas referéncias sto box diréias: o coelho branco que serve de sinal para Neo descobrir o mundo da Matrix, por’exemplo, foi extsaido co iéssico, infantil Alice no Pais cas Meravilhes, do ingle? Lewis Cerrotl, Tambéra aparece 0 ensafo Simulacros ¢ Simulacéo, de francés Bef Bandcleed, Elenco + Keanu Reeves... Thomas A. Anderson’ / Neo + Laurence Fishburne.....Morpheus, <3 Belinds (McCiory—-Switch Ray Anthony Parker .DOzet Syllabus de Filosofia do Direito Prof. Marcelo Campes Galuppo Aula 5 + A alegoria da caverna (PLATAG) como metdfora da Filosofia (111) Objetives da aula: Discutir como 2 alegoria da caverna permeia vérios aspectas da cuitura @ revelar aspectos ocuttos da filme Matelx Ementa: Alegoria ds Caverna. Metadalegia; Projecto do filme Matrix (Gependenco da durezso da aula, ser€ ficjetade = versio integral ou condensada pelo professor) Syllabus de Filosofia do Direito Prof, Marcelo Campos Galuppa Digital - analégico + Populerizasdo do dud & Novos recursos tecnolégicos (Tempa da bala) Influéncias no filme + Messiaaisme + Alice no pats das maravilnas + Budismo Paudeillard: Simulacro {cépia sern original) e simulegde > Plat3e + séerates, que duvida sero mais . siblo dos homens + Distopia O que é a Matrix? Ta Llegiante daverdade—" vw ot . _ Morfeu: Matric é“o mundo qué fol calocado 8 frente dos seus olhtos para cegé-lo Cala sue definigde de real? Se voc8 esté falando do que + Morfau: “0 que € 0 ral? cheirar ov ver, entia real séc simplesmente sinais ¢létricos consegue sentir, 55reer, interpretados’pélg seu cérebro" , 2S “Cypher: Léetfer, z0°0, Judas, Reagen 0 prisioneiro da Metrix: incapacidade de reconhecer trotar-se de umia fluso (nascea acorrentado} + Neo: Ore, nove e pilha a libertador + Thomas -> Anderson PSHSCKROSCSHSHSHHOSSHHSEHHCHTHSSSSHRETHeOSCEOeBeLFesCosZeseReee Syllabus de Filosofia do Direito Prof. Marcela Campos Galuapo + Marcos, 3, L1 + Neo descabre que no pode confiar nos sentidos + ZeroxXum + "Comego avers lca" {Duke Ellington} + Qoricula fe Sécrates) “Conheceste Querofonte, decerto. fra meu amigo de infineise tambéin amigo do partida do povo compantelro naquele exfio de que voltou canasca. Sabeis © temperamente de Querofonte , quo tanez nos seus empreendimentos. Cra, certa vez, indo a Delfos, artiscou esta consutta ao oréculo — repite, senhores; nfo ves, amotineis~ ele parguntou se havia algwérm mais s&bio que eu; respondeu a Pits que nao haviz ninguém mals sébio, a Para testernunhar isso, tendes af a irméo dele, porque ele H ajotieu, Examinai par que vos conto esse fato; & para explicer @ procedéncia da calinia, Quafed soube daquele oréculo, pus- me 2 refietrassin “Que quererd deer 0 dus? Que sentido coute hé na respasta? ued 020 tenho consciéncia da ser nem muito sabi nem pouco;,"aue quererd cle, entiio, significar declaranda-me 0 mais sébio? Naturalmente, néo_eStf iientinds, porque isso Ihe’$ impossivel’. Por longo tempo figuei nessa incerters sobre o'Pentido; por fin, multo contra @ meu gosto, decidi-me por uma Investigacso, que 93802 &xpor. Ful ter com um dos que pessam por sabios, porquanto, se havia lugar, ers afi que, para rebater 0 ordculo, mostraria 20 deus: ‘Eis aqui um mais sdbio que eu, quando ty digseste que eu o eral! Submeti a exame essa pessoe ~é escusado dizer o sett nome; era ui das politicos. Eis, Atenienses, a impressie que me ficou do exanie © da conversa que tive’thm ele; achel que ele passava por sdbia aos alhas de mults gente, principaimente acs Jus prdcrios, mas néo o era, Mati-me, entio, a exolicarhe que supunha ser sdbio, mag“iGo 9 ere. A consequéncia fol tornar-me odiado dale e de muitos dos cireunstantes. Ao retigr-me, l@ concliindo de mim pars comigo: ‘Mais sébio do que esse homem eu sou;'é bin provével que nenhucr de nis saiba nada de bor, mas ele supée saber uma coisa ¢,riio babe, enquanto eu, s¢ no sei, tampouco suponto saber. Parece que sou umn nadiaha niaigSdbio que ele exatamente em no supor que saiba o que no set’. Daf fui ter com coutrgy uit des que passa por ainda mais sébio, e tive a masmissinta impresséo” (SOCRATES, 208 BUATAO, Defera de Sécrates, i: Séerates, 4 ed, S30 Paulo: Nova Cultural, 1987. QsFensadoses. 9.829). _ syllabus de Filosofia do Direito Prof. Marcelo Campos Galuppo Matrix: algunas observacdes finais 0 real: “No existe cother aiguma” > 0 real sé esconde aos nassas alhas + Omestre @ 08 dols discfpules (zen budismo) = Nascemos ofuscades pelos sentidas, a ponte de crermos que 56 equilo que eles revetam, ou que aguilo que eles revelam, 80 real + culos esnethedos € os expectadores os + Nés estamos {no cinema) no funda da caverna xohek eee + Compromise politico e flosofia meee eee eee eee eoneeneneoee ~ Annan eeneaonn enennnaeenanea Syllabus de Filosofia do Direito Prof. Marcela Campos Galupoo BibHografia hasica IRWIN, lam fol}. Ate Ser-vindo ao desea do rel. So Pau: Mars, 2008, ‘YEFFETH, Glenn (ory) 4 pila vemnsiharquasises de clénsa, flosota ® rele om Mi. $a Paul Publier, 2008, SPCoOeKCFEOKCoeeHHeeeeseseeee SHSESCKCOSETCH HCE OS tt ie ® xy Ls - Syllabus de Filosofia do Direito Prof, Marcelo Campos Galuppe ‘Aula 6 ~ Matrizes te6ricas do problema da justica: comunitarismo eliberalismo Objetivos da aula: Discutir @ influéncia das matrize# teéricas no mado como concebemos = justia Ementa: Paradigrnas ¢ matrizes. Teoria de Justica, Comunitarisme, Liberalisrno, Metodolagia: Discussfo em grupo ¢ aula expositiva ana a 4 q é a « q a 4 q q a 4 q @ a a a 4 a a aq 8 4 a a 4 a a a a a 6 a e q a a a a 8 a a a peSsCeveseessceosecesedcsesseoeceogseeseoseaosaeageseeeeeve Paradigmas ¢ matrizes : Syllabus de Filosofia do Direito Prof. Marcelo Campos Galuppe ‘O que éuma soctedade justa? Em grupo de até 5 integrantes, responda as seguintes questies (15 minutos}: = Oqueéuma sociedade justa? + Quende hé um confiito entre © bem comum 2 um direto individual, quel deve provatecer? Por que? + Paradigmas (Kuhn): - “ic sew uno estabelecio, om parscgms & um ada ov padrfa ace Bete scpact de sx sgncade pernfire, ca fata de terra mar, serine Hae aqui Mas dentro er ‘olce fcard claro que 0 sentido de modato ox padi clo 8 asm que o habitielmente toregade ra defntpis de caradgma, Por exerpo: na Gian, ‘amo, mc, ama’ € paredigra porque apreerta un pcs a sr usndo na coups de uc garde imers de oxtees verbs tatoos ~ pare produ, entre: YS, “suo, Lauds, laudat. Neste dotazia costumer, oparaa funciona ao pena reproduse de examglos, cad en des sis pov, em prac, attr aguele, Por stro do, no crcl, ura parades tacamente 6 succethe! de reprodusia. Tel fhe uma deco judi no dreto costumer, 4 peri & um objets a str malng Bcd 'preceade em cogs nevas cu mei seoreses” (KUHN, Thomas, A esis obs relytes denies, 2 el Sob Feu: Porspectiva, 1994. 9. 44). = Thomas Kuhn ado estd certo da postibilidade de se aplicar o termo paradigmas fora das cléacas saturate. + Paracligina pressup6e efbtagio + Como os saracignrins 52 formam politicamente, corre-se 0 risco do relativisme acy * Par issoyfalatiés ern matt, e, ao, em paradigma ” + Mateiz’E nde tat quilo que gera, fonte, 0 que & primordial, bdsico, essencial Syllabus de Filosofia do Direito Prof. Marcelo Campos Galuppe Duas matrizes da teoria da justisa Comunitartsme Uberatieme Comunidade individu . Prioridade de todo sobrea parte Prioridade da parte sobre o todo Brioridade do justo [ctreito indivieusl) sobre @ Pricridede do bem (Felicidade da comunidacte} sell ee bbem (feicidade da socledade) 28% sobre o juste (direita individual) Natureze $ saxo Contrato > vontade me Continuldade entre matureza e culture > Roptura entre noturezs gbultora > fundamentagb cbetive fundamentackg sia “erp pesado Tera fro Comunidade natural (TONNES) Sociedidelartfieal exmectnica iversalidade hipotitica Universalidade nomotética (IIMA VAZ] Modelo de cooperagio (HOFF) Modata de conflto . Histérico (RICOEUR) Universal fepubica (ENATO JAMIE RIBBAO) 2 Demecracis Bem comm (IGNOTTO) Se | Vida Privade Talesloge, Procedimentsitsn ae aS nt ea tenn hn ae

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