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ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA Prego deste niimero — Kz: 340,00 Toda a corespoadéncia, quer acl, quer relitiva & andneo ¢ asintunsdo Dro a Repiiblicn, deve ser deigida & Imprensa “ASSINATURAS, ‘0 prego decade nha public nox Dior da Repti 1622 sien 6 Ke: 7 4 adtie Ke: 95,0, acrescide do. repetivo Ana paca Ke 400 275400 Ke: 236 25000 Ke: 123 50000 Ke: 9570000] da impos do selo,dependendy a publicaeio da 2 sie do dopo prdvoa efetuar na Tescuraria a Nacional — EP Al Nacional — £.Pem Luanda Cana Psa 106] © ee Te impens> Aare SUMARIO Assembleia Nacional sins: De Bases do Regime Geraldo Sistema Revoga toda lepisiSo que cota Uispsto na presen le mal de Planeamento, — eins 2 Sobre as Prcesias Pico Pivadas Do Sistema Eston Nacional Revoga a Lei n# 15196, 27 de Letns i Sobre os Tatas Intrmcionsls, — Revogs a Lai n° 690, de 22 de Maio etodaa legislagto que conrai presen Revolucion. WIL ‘Aprovi a desienssio do Deputtdo Virgo Fete de Fontes Peri para exer fguo de Presidente do Grupo Naciomal da Assen Dela Prlmentar Paris Aia, pea, em absauigio do Depatads Boro de Sousa Balt rar Diogo esolugdo m2 2 ‘Recomonda a0 Exccuivo waloplar un procoulmeno fomal de dieu ‘so pv claborajodo Owzaments Geral do Estado que ve po orconir um efeio ul dos sskios gies levanten em tome do ‘ASSEMBLEIA NACIONAL 1M {e M de saneiro dda Repiblica de Angola imprimiu uma ‘nova realidade juridica, politica, econémica ¢ social no Pats Ese rcunstancialismo abonow © imperativo de se pro- ceder a reforma do sistema nacional de planeamento, tor onde © planeamento seja um verdadeiro instrumento de gestao nando este ¢ a administragGo financeira mais eficiem crientado para os resultados, com a consequente criagao das ccondisies de melhoria do funcionamento do Estado, Sistema Nacional de Planeamento deve promover 0 desenvolvimento sustentado e harmonioso do Pais, assegu- rando a justa repartigfo do rendimento nacional, a preser- vagiio do ambiente ea qualidade de vida dos cidadios. ‘A Assembleia Nacional aprova, por mandato do povo, 10s termos das disposigdes combinads da alineab) do artigo 161." daalinea f) don? 1 do attigo 165. e da alinea c) don? 2do artigo 166.°,ambos da Constituiso da Repablica de Angola, a seguinte: LEI DE BASES DO REGIME GERAL DO SISTEMA NACIONAL DE PLANEAMENTO, CAPITULO 1 Configuragio do Sistema Nacional de Planeamento, ambito de apiengioy A presente lei estubelece as bases gerais do Sistema N preenilendo 0 mbito de apl \os, 0s principios, os instrumentos, os drgios integrantes, as nal de Planeamento e do planeamento nacional, com- 1a definig0, os objecti- nhormas ¢ os provedimentos neces: mnismos da gestio publica, ios A configuragao cficsicia desses mei DIARIO DA REPUBLICA ARTIGO 39: egulamentag © Titular do Poder Executive regutamenta a presente lei 10 prazo de 60 dias a contar da data dasua publicago no que se lorne nevessrio & sua execuedo, designadamente quanto: 4) a realizado de inguéritos estatisticos por entidades 1iblicas pertencentes ¢ rio pertencentes #0 Sis- tema Estatstico Nacional (SEN); +b) arecolha directa coerciva de informagies estatis- ticas 6) as tramsgressies es sticas, ARTIGO 40 | (Revoagto) Erevogada a Lei n® 15/96, de 27 de Setembro — Lei do, Sistema Estatistico Nacional, ARTIGO a1 (entrada em vigor) ‘A presente lei entra em vigor & data da sua publicagio, ARTIC «2 (Dévidas ¢ Omissdes) As diividas e omissdes resultantes da aplicagdo e inter pretago da presente lei sio resolvidas pela Assembleia Nacional. Vista e aprovada pela Assemb| ‘0s 18 de Novembro de 2010. a Nacional, em Luanda, © Presidente da Assembleia Nacional, Anténio Paulo Kassoma, Promulgada aos 20 de Dezembro de 2010. Publique-se. O Presidente da Repablica, Jose Euaaoo nos Saxtos. Laine 4/1 de Wide Jane Os tratados intemacionais desempenham um papel fun- ‘damental na realizagio da politica externa e no desenvolv mento do Pats. A Repiblica de Angola respeita e aplica os prine ‘Carta da Organizagao das Nagdes Unidas e do Acto Consti- tutivo da Unido Africana, estabelecendo relagoes de amizade «e cooperagdo com todas os Estados e povos na base dos demais prineipios do Dircito Internacional Pablico. ALi n? 6/90, de S de Maio — Sobre os Tratados Inter- nacionais, nio se coaduna com @ nova realidade jursdico- -constitucional Urge. pois, regular a actividade do provesso de conelu- so dos tratados, celebrados pelo Estado angolano ¢ estabe- lecer mecanismos internos adequados para implementagio dos tratados intemnacionais de que Angola pretenda ser parte. ‘A Assembleia Nacional aprova, por mandlato do pov, nos {ermos das disposigdes combinadas da alineab) do artigo 161° edaalinea d) do.n2 2 do artigo 166.°, ambas da Constituicao «da Repailica de Angola, a seguinte’ LEI SOBRE Os ‘TRATADOS INTERNACIONAL CAPITULO 1 Disposigies Gerais ARTIGO 1 (Orjectoe natureza) 1A presente lei regula 0 proceso de conclusto dos ta tados internacionais de que o Estado angolano seja parte. 2. Considera-se tratado internacional qualquer acordo de ‘vontatles concluido por escrito entre o Estado angolano ‘outros Estados ou outros sujeitos do Diteito Internacional, destinado a produzir efeitos juridicos ¢ regido pelo Direito Internacional, quer seja consignaco num instrumento tni quer em dois ou em mais instrumentos conexos, e qualquer ue seja a sua denominagio particular. 3.A designagio particular aque se relete o nimero ante- ior compreende, nomeadamente trataos, acordos, conven Ges, estates, curtas, protocolos, concordatas, acts, tr0ca de notas, notas verbais, compromissos ¢ outras designagdes que sejam acordadas entre o Estado angolano e outros sujei- {08 de Direito Internacional. “ARTIGO 2 etinigies) Para efeitos da presente lei, consideram-se 4) Tratados solenes, os que, pela natureza do seu objecto «pela importancia que revestem, sio da compe- in politica e legislativa da Assembleia Nacio- nal, ou seja, so celebrados segundo a forms tuadicional, necessitando sempre de ratificagio ou adesaio; SERIE — N° 9 — DE 14 DE JANEIRO DE 2011 261 +b) Acordos executives, os tratados que, pela nstureza do seu objectoe pela importancia, pertencem a0 Ambito da competéncia do Presidente da Repit- blica, no dominio das relagdes internacionais, cenquanto Titular do Poder Executivo;, ¢)Acordas em forma simplificuda, os tratados que nao cestabelecem nenhuma formalidade legal poste- rior & assinatura, para a sua entrada em vigor ¢ ‘fo da competéncia do Ministro das Relagdes Exteriores: 4d) Plenos poderes, 1 competénei idade para negociar e concluir tratados inter- ©) Ratificagdo, Adesio, Aprovagio, Aceitagio ou Aces- io, acto juridico unilateral mediante 0 qual 0 Estado angolano declara que pretende vincular- -se tum tratado ou acordo internacional ¢ © mesmo prevé este acto; D Reserva, declaragio feita por um Estado no momento dda sua vinculagio a uma convengio. da sua von: tade de se eximir de certas obrigagbes delas resultantes ou modificar 0s efeitos juridicos de determinadas disposighes do tratado da qual faz pare: ) Causas de invatidade dos tratados internacionais, 6s vicios que violam os prineipios € normas do Direito Internacional verificados no processo de cconclustio dos referidos tratados ¢ as trinsgres- atribuida a uma sbes das normas do direito interno referentes regras de conclusio de tratados intenacionais; 1) Depositiio, o Estado ou Estados, a Organizagio Intemacional ou o principal funcionério adm nistrativo desta escolhida pelos Estados partes no tratado para receber ou examinar as assinaturas, notificagses, comunicagies ou os instrumentos de ratticagZ0, aceitagd0, aprovagio ou adesio, ‘bem como chamar a atengio ou informa as par- tes no tratado sobre quaisquer circunstincias relativas ao tratado, CAPITULO IL Classificagio e Processo de Conclusiio dos Tratados aKTIGO 3° (ClssteagBo dos trates) s tratados internacionais, em Angola, clasificam-se da seguinte forma 4) tratados soleness 'b) acordos executivos: .) ncordos em forma simpli jcada. ARTIGO 4 (Tratados solencs) (Os tratados solenes requerem a assinatura do Presidente da Repaiblica, do Ministro das RelagSes Exteriores ou de ‘outro membro do Executivo devidamente mandatado, pars representar o Estado angolano na negociagio,estando a sua entrada em vigor na ordem juridica interna sujeita 8 apreciagio prévia do Conselho de Ministros, 2 aprovagio pela Assem- bleia Nacional e & ratificago ou adeslo pelo Presidente da Republica e versam sobre matérias da competéncia legisla- ‘ivaabsoluta da Assembleia Nacional, bem como as seguintes: 4) tratados de participagto de Angola em organizagbes internacionais; +) ttatados constitutivos de organizagies intern 6) tratados sobre questdes de ectificacio de Frontera; 4) tratados de amizade € coopersea0, <6) tratados reltivos & paz LD tratados de defesa © respeitantes a assuntos 1 tres: 4) tratados que impliquem alteragies em matéria leg lativa intema e, nomeadamente, estatuto de pes- soais bens, acordos Sobre navionalidade, acordos aRriGo 5° (cordosexecutvon) s acontos executivos sto todos 08 outros niio mencio- nados no artigo anterior, cuja entrada em vigor na ordem juridica interna esté sujeita 2 aprovagio do Presidente da Repiiblica, depois de apreciados pelo Conselho de Ministros ce versam sobre as seguintes matérias: 4@) acordos comerciais: +) acondos sobre cooperagdo econsmica, cient ‘técnica e cultural ©) aordos aduancitos; 4) acotdos relaivos a empréstimos © pagamentos: ©) acordos sobre a geminagio de ci lades, provincias, municipios ou regives, ARTIGO 6° {cords em forma simplitienda) 1. Acordos em forma simplificada so os que versam sobre troca de notas, notas verbais, aeordos de nave memorandos, 2. Sem prejuizo da sua entrada em vigore da produio de efeitos juridicos aps a sua assinatura, os acordos em forma simplificada esto sujeitos ao conhecimento do Conselho de Ministros. 262 DIARIO DA REPUBLICA ARTIGO 7° ‘Neoctgioy |. A iniciativa para a negociagdo de qualquer tratado éda ‘competéncia do 6n30 ou oxpanismo interessado do Estado e sempre em colaboragio com o Ministério das Relagdes Exteriores, 2, Cabe ao Ministério das RelagGes Exteriores acompa- thar a conclusio de todos os tratados a celebrar pela Rept- blica de Angola, ARTIGO 8° (tens poderes) 1. 0s plenos poderes estabelecem-se por um documento cmitido pela autoridade competente angolana que designa ‘uma ou vérias pessoas para representar 0 Estado na negocia- fo, adopgdo ou autenticagdo do texto dum tratado e para _manifestar 0 consentimento do Estado a fiear vinculade por ‘um watado ou para praticar outro acto que se refi ao tralado, 2. emissio da carta de plenos poderes para a negocia- glo de qualquer tratado deve ser solicitada pelo érglo inte- ressado do Estado com pelo menos quinze (15) dias de o das negociagdes, ds seguintes, 4) tratados solenes, ao Presidente da Repiblica; +b) acordos executivos, ao Presidente da Repiblica; ©) acordos em forma simplificada, a Ministro das Relagdes Exteriores. 3.A solicitagio para a emissdo da carta de plenos pode res deve ser acompanhada de uma nota explicativa sobre 0 objecto do tratado e a sua utilidade para o Estado angolano, assinada pelo titular do Gree ou organism interessado do Estado na negociagao do tratado, 4. Ficam isentas da apresentago dos instumentos de ple- ‘nos poderes, em virtude das suas fungdes, as seguintes enti- dades: 4) 0 Presidente da Repttica; +b) 0 Vice-Presidente da Reptblica, quando represen- tar 0 Presidente da Replica; 1) © Ministro das Relages Exteriores, 5. Para a assinatura dos tratados ou acordos a que se referem as alineas a) eb) do n.°2 do presente artigo, o Presi- dente da Repiiblica pode delegar poderes ao Ministro das Relagdes Exteriores, para emitiras cartas de plenos poderes 6. Independentemente da responsabilizagiio interna, 0 Executive pode considerar como nao produzindo efeitos Juridieos 0$ actos relacionados com a conclustio de tratados praticados sem a observiine presente artigo. do disposto nos n.* 2.¢ 3 do ARTIGO 9° (ssinaturn deri) A assinatura diferida consiste na faculdade atribufda a0 representanie do Estado angolano que participa da negociago de um tratado de no assinar naquele momento, por indeci slo a respeito de qualquer cléusula ou por inconvenigncia politica, fazendo uma rubriea somente, para confirmar a pre- sengado representante do Estado e, posteriormente, ser ass: nado por uma entidade superior. ARTIGO 105 Reservas) 1A reserva s6 pode ser efeetuada em tratados multila- terais e deve ser comunicada a todos os Estados partes do tratado, através do depositirio, até a0 momento da sua apro- agdo, 2s reservas tm de ser escritas ¢ ndo podem contra ‘er 08 objectives ¢ os prinespios do tratado ou mudar o seu “objecto principal. 3.,As reservas podem apresentar os seguintes tipos: 4a) reservas de exclusdo — aquelas que tém coms efeito aio aplicagio de cert disposigo ao Estado que a suscitou; ) reservas de modificagao ou de interpretagao — aquelas que tém por efeito a alterago ou aimter pretayio do sentido do texto a aplicar ao Estado que a suscitou ARTICO 11° (rocco de concusio do tratado slenes) 1. 0 Ministerio das Relagdes Exteriores deve orientar a preparacio do processo de aprovacio do tratado, em estreita colaborao com o dro do Estado que 0 negociou & 0 ass nou ¢ o submete 8 apreciagio do Conselhio de Ministros, no prazo de quinze dias. 2. Apis a aprecingdo do tratado pelo Conselho de Minis- ‘ros, 0 Titular do Poder Executivo remete-o i: Assembleia Nacional, para aprovagiio. 3. Assembleia Nacional aprova o tratado através de uma resolugdo, & qual so anexos sempre os respectivos textos, cem lingua portuguesa e numa qualquer lingua original do tratado, LSERIE_— N° 9 — DE 14 DE JANEIRO DE 2011 263 4.ApOs 3 aprovagao do tratado pels Assembleia Nacional, esta remete-o a0 Presidente da Repiiblica, para ratificago ou adesdo, consoante 0 ¢aso. ARTIGO 12 (Raticago © procedimento para a preparagio do processo de rai: cago € 0 que consta do proc solenes, previsto nos n 2,34 4 do artigo 1° da presente lei so de conclusio dos tratados ARTIGO 15" (Aaesao © procedimento para a preparagiio do processo de alessio de um tratado 60 que consta des n"2,3 € 4 do artigo 11.°da presente lei ARTICO 14 (Proceso de conclsin dos Acordos Fxecutivs) 1.0 Ministério das Relagoes Exteriores deve orientar a preparacdo do processo de aprovagio do tratado em estreita colaboracdio com o Grx’o do Estado que negociou, assinou e © submete a apreciaglo do Conselho de Ministros, no prazo de quinze dias 2.0 Conselho de Ministros deve apreciar ¢ pronunciar sobre o trtado, através de um Decreto Presidencial 0 qual io anexos sempre 0s respectivos textos, em lingua portu- ‘guesa e numa qualquer lingua original do tratado, 3. Ap6s 0 pronunciamento do Conselho de Ministios, 0s Servigos da Presidéneia da Repiiblica elabora a carta de apro- ‘vagdo e submete-a ao Presidente da Repablica, juntamente com 6 Decreto Presidencial, para assinatura, CAPITULO TIT Formalidades Complementares ARTIGO 155 (Puntiagso) LAS resolugées de ratificagiio ¢ de adesto dos tratados solenes, assim como o diploma de aprovagio, acompanha- dos dos respectivos textos ds tratados em portugugs ¢ numa {qualquer lingua original so publicados no Didirio da Repi- bilica, 2. Oenvio, para a publicaedo, das cartas de ratifieagao & de adesto dos tratacos, é da competéncia dos Servigas da Presidencia da Re} 3.0 envio das cartase dos diplomas de aprov: ‘ago ou acessdo dos acordos executives, para publicacao, & da competéncin do Seeretariado do Consetho de Ministros 4.0 6reiio do Estado que assina os acordos em forma plificada deve enviar os mesmos ao Ministério das Rela- es Exteriores, que decide da conveniéncia de proveder ou ‘no a publicagae no Ditirio da Republica. 5.Ao Presidente da Repablica, depois de ouvide o Con- selho de Ministros, cabe decidir sobre @ conveniéncia ds publicagdo dos textos dos tratados sobre empréstimos e similares. ARFIGO 162 (Eateada er vigor) 1. 0s tatados sujeitos & ratificagio, adesio e aprovagio centram em vigor apés publicagio no Didrio da Republica 2.0 Ministério das Relagies Exteriores deve dar conhe- cimento 20s 6rgios organisms do Estado interessados, dos tratados concluidos pelo Estado amgolano, com a mengiio da sua entrada em vigor. ARTIGO 172 (Assinatura do instrumentas de raiiasio, odes ¢ aprovagi) 1.0 Presidente da Repiiblica assis fo, adesdo e aprovago dos tratados, sob a forma de carta, {que é enviada, posteriormente, ao Ministério das Relagdes Exteriores. as cartas de ratifica- 2.0 Ministério das Relagies Exteriores procede ao envio dos instrumentos referidos no n.° 1 do presente artigo, a0 depositario ou a outra parte, no caso de tratados bilaterais. ARTIGO 18° @epésitor (Os originais de todos os tratados ou acordos devem ser enviados 20 Ministério das Relagdes Exteriores, deposititio dos tratados celebrados pela Repiblica de Angola, depois da adeso ¢ aprovatio, no prizo de trinta dias ¢ fazer ‘o depésito junto da Organizagio das Nagbes Unida ARTIGO 19° (Resist) 1. Depois da ratifieago, adesio, aprovayto, aeitagdo ou acessio, 0 originais dos tratados devem ser enviados a0 Ministério das Relagdes Exteriores, na qualidade de deposi trio dos tratados celebrados pela Repiiblica de Angola, part se proceder ao devido registo junto do Secretitio Geral da Organizagiio ds Nagdes Unidas 264 DIARIO DA REPUBLICA 2. Consoante conste dos termos dos respectivos tratados bilaterais ¢ estes sejam assinados em Angola, o Ministro das, Relagdes Exteriores envia e6pias ao Secretariado das Nagbes Unidas, a Unido Africana ou a outra organizagdo internacio- nal concernente, acompanhadas dos originais das cartas le rtificagio, adesio, aprovago, aceitago ou acesslo, solici- tando o seu registo nos respectivos arquives. 3..Aos teatados multi previsto no n.° 2 do presente artigo, independentemente do Toeal da sua assinanura laterals d-se o mesmo tratamento ARTIGO 20° (Compilagio dos tratados) 1.0 Ministério das Relagdes Exteriores deve elaborar ‘uma sinopse e um anustio contend a comp {ratados internacionais de que @ Repiblica de Angola seja parte. io de todos os 2.A sinopse e © anuétio devem ser publicados no Dirio dda Republica, pertencendo 20 Ministério das Relagdes Exte- riores a titularidade dos direitos intelectuais sobre as publi- CAPITULO IV, Causas de Invalidade dos Tratados Internacionais ARTIGO 215 (Causa de avalide) As causas de invalidade dos tratados poxlem apresentar- -se sob as formas seguintes: 4) vicios subjectivos: 1) vicios objectivos: ©) vieios funciona 4) vicios formais. ARTO 22° (iio subjective) Nos termos da presente lei, 0S vicios subjectives so) aqueles que atingem os elementos que integram a estrutura do tratado internacional, relacionande-se com os aspectes das partes outorgantes, bem como a expresso da sua vontade psicol6gica, podendo consistir nos seguintes casos: 4) incapacidade internacional de contratagdo, +b) auséncia de vontade internacional de eontratago; cer; 4} dolo: ©) coagio psicol6gi ‘A coagio fisica. ARTIGO 239 (Wieiosobjectivan) Nos termos da presente Ie, 0 vicios objectivos consistem no facto de o objecto ou 0 conteddo do tratado nao ser fisvel ‘no plano da sua conformidade intemacional ¢ podem ser os ints: 4) objecto impossivel ou inexistente: +) comtetido proibido por violugio de outras normas ¢ princfpios de Direito Internacional tidos por apli- civels. ARTIGO 24° (Vieostunclonals) [Nos termos da presente lei, consideram:se vicios funcio- nais os que se referem & circunstincia de a liberdade juries cconferida pelo Direito Internacional nio ser colocada ao ser- ‘vigo dos valores que o mesmo serve e podem ser os seguintes: 4) desvio de poder; b) abuso de poder; ©) limitagao do mandato exercido pelo representante ‘para manifestar o consentimento do Estado. ARTIGO 25 (Vics formals) Nos termos da presente lei, os vicios formas esto rela- 1ados com a trumitago € 0 formalismo que devem acom- ‘panhara produto do tratado internacional sto 0s seguintes: 4) vicio de forma; 1) vieio de procedimento ou ratificagao imperfeita, ARTICO 26° (Pht ds invalid dos trata) Nos termos da presente lei, os efeitos da invalidade dos ‘ratados internacionais poxlem constituir nulidades relativas (ou absolutas: 4) nulidades rel gem todos os vicios subjectivos, objectivos, fun- ciomaise formas, excepto a coagio psicoldgicae afisica: +) nulidades absolutas, que no podem ser sanadas & ‘abeangem a coagdo psicolégica e a coagio fisiea sobre 0 representante do Estado no processo de negoriago ou de conclusdo do tratado. vas, que podem ser samadas ¢abran- SERIE — N° 9 — DE 14 DE JANEIRO DE 2011 265 CAPITULO V Causas de Cessagiio da Vigeneia dos Tratados Internacionais ARTIGO 275 (Cans de cesngia) “umprimento ou anomalia ‘num tratado pode o Estado Angolano invocar as causas de ccessago da vigncia dos tratados intemacionais que ovor- am ap6s a execuco do mesmo, depois de observadas todas as regras para a sua vigéncia, 2. Nos termos da presente lei, as causas de cessagio de Vigneia dos tratados internacionais podem ser as seguintes: 4) acordo das partes: 'b) vontade unilateral de uma das parte ©) circunstancias exteriores & vontade da partes. ARTIGO 28 (Casas dees Tgadas A vontade das partes) As causas de cessagao ligadas a vontade das partes podem ser as seguintes: 4) revogaco; +) termo do tratado; ©) acordo posterior das partes; <4) realizagio integral do watado ou execusio da obri- ¢gago convencional ARTIGO 29° (Causa de essai igadas ht vontode de uma das partes) As causas de cessagao ligadas & vontade de uma das partes podem ser as seguintes: a) demincia; cculposa de uma das partes, ARTIGO 20° (Causa de eessagolgadas as elrcunstincasexteriores ‘a womtade das partes) As causas de cessaco, nos termos da presente le, ligadas 4s circunstincias exteriores a vontace das partes, podem ser 8 seguintes: 4) desaparecimento de um dos sujeitos ou alteracio territorial +) impowsibilidade superveniente de execugio ou de ‘cumprimento do tratado: ©) alterago fundamental das circunstincias; ) superveniéneia de uma norma imperativa de Direito Internacional Geral; #) caso fortuito ou forya maior. ARTIGO 31° (Procedimento para deninia¢reeeso) 1. Um tratado bilateral pode ser denunciado sempre que um 6rgiio pretende nos termos ¢ condigbes previstas no proprio tratado, 2. Para a dentineia 0 drgBo interessado envia, a0 drgBo competente, uma proposta de dentincia, devidamente funda- ‘mentada, acompanhada de parecer obrigat6rio do Ministério das Relagies Exteriores, da seguinte forma: @) watados solenes, ao Presidente da Assembleia Nacional; ')acordos executives, ao Presidente da Repsiblica, 3. Nos tratados multilaterais ocorre o recesso como caus de cessacio da vigéncia do tratado apenas para a parte que solicitou © mesmo, 4.0 Conselho de Ministros pronuncia-se sobre as pro- postas de dentincia ou recesso dos tratados solenes ¢ o Presi: dente da Repiiblica remete uum diploma de deniincia ou recesso i Assembleia Nacional, para apreciagio ¢ aprovagio, 5.A Assembleia Nacional delibera sobre a proposta & aprova uma resolugio de deniincia ou recesso, que & publ: cada no Ditirio da Replica, 6, Para os acordos executivos aprovadas pelo Presidente da Repaiblica, o Conselho de Ministros aprecia a proposta de demtincia ou recesso ¢ o Titular do Poder Executivo sprova um diploma de dentincia ou recesso, que & publicado no Diério da Repiblica ARrIGO 32° (Proceaimentos para as outras casas de essa de vigénca dos tratados) (0s proceddimentos previstos no artigo anterior so aplics- vei as restantes causas de cessagio de vigéncia dos tratados ‘ou acordos intemacionais, constantes dos artigos 28.°,29.° ¢ 30.? da presente lei ARTIC 339 (Comunieagio das causas de cesago de vgfnela dos tatados) “Aprovada a dentinciae o recesso ou outras causas de ces sagdo da vigdneia dos tratados, o Ministério das Relagdes Exteriores comunica ao depositirio do tratado ¢ as partes envolvidas no mesmo. DIARIO DA REPUBLICA CAPITULO VI Disposigfes Finais e Transitérias ARTIGO 34 (Oservneia dos tratados) 1. 0 Estado deve tomar as medidas necessétias para que (0s tatalos sejam respeitados ¢ cumpridos, rigorosamente, de boa. 2. Ao Ministério das Relagies Exteriores compete con- {rolar a execugiio de todos os tratados de que Angola seja parte, definir quais os érgios ou organismos do Estado a (quem cabe a execs, devendo es mente, informagoes sobre o seu cumprimento. es prestar-Ihe, semestral- 3.0 Ministério das Relagdes Exteriores deve informar, anualmente, a0 Executivo & ao Presidente da Assembleia Nacional sobre as vantagens e desvantagens da execugio dos tratados ou acordos de que a Republica de Angola ¢ parte, «em colaborayiio com os Grpios afectos aos mesmos. ARTIGO 35° (Procedimento para suspender ou essa a apie do trata) 1. Quando 0 Estado angolano tiver fundamentos para ‘nvocar nulidade de um trataco em que seja parte, acessgio da sua vigéncia,a decisdo da sua retirada ou a suspensio da sua uplicagdo deve notificara sua pretensdo as outras partes, indicando a medida que Se propde tomar quanto ao tratadlo © 0 respective fundamento, 2, Se nenhuma parte formular objecges no periodo de ues meses, a contar da recepgo da notificagdo, 0 Estado ango- Jano pode fazer a notificaglo e tomar as medidas previstas no artigo 67.° da Convengio de Viena Sobre 0 Di ‘Tratados. ito dos 3. Se houver alguma objeceio e a notificagtio no for resolvida no periodo de doze meses, pose ser resolvida plas partes, pelos meios indicados no artigo 33° da Carta das [Nages Unidas ¢ nos artigos 65.° ¢ 66.° da Convengio de Viena Sobre o Direito dos Tratados. ARTIGO 365 (Revo Erevogatis aLein? 690, de 22 de Maio — Sobre ‘Tra- {ados Internacionais toxa a legislago que eontrarie a pre= sente le. ARTIGO 379 (ividaseomissdes) |As diividas e as omisses que tesultem da aplicagio e da imterpretagdo da presente lei so resolvidas pela Assembleia, Nacional. ARTIGO 38° (Entrada em vigor) ‘A presente lei entra em vigor & data da sua publicagao. Vista e aprovada pela Assembleia Nacional, em Luanda, ‘08 18 de Novembro de 2010. © Presidente da Assembleia Nacional, Ansénio Paulo Kassoma. Promulgada aos 20 de Dezembro de 2010. Publique-se. (0 Presidente da Repiiblica, Jost EousKDo pos Saxtos, Resolugion? 1/11 de Ld de Janeiro Considerando que o Grupo Parlamentar do MPLA sol tou ao Presidente da Assembleia Nacional, a substituigdo do Presidente do Grupo Nacional da Assembleia Parlamentar Paritéria Africa, Carafbas ¢ Pacifico ¢ Unitio Europeia (ACP/EU), de modo a conformar o que estabelece a Const tuigdo da Republica de Angola ea Lei? 5/10, de 6 de Abril — Lei Orgfinica do Funcionamento e do Processo Legislativo da Assembleia Nacional; Considerando que a solicitagdo preencheu os requisitos estubelecidos no artigo 83.° da Lei n? 5/10, de 6 de Abril — Lei Organica do Funcionamento ¢ do Proceso Legislative da Assembleia Nacional e do artigo 155.° da Constituigo da Repiiblica de Angola: ‘A Assembleia Nacional aprova, por mando do pov, nos termos das disposigdes combinadas do artigo 155.° e da ali- nea f) do n.° 2 do artigo 166, ambos da Constituigo da Repiiblica de Angola, a seguimte resolugio: 1.1 — E aprovada a designagio do Deputado Vino Fer- reira de Fontes Perera, n° 39, titular do Cartdo de Eleitor 1° 3478 000, do Circulo Eleitoral Nacional, para exercer a fungo de Presidente do Grupo Nacional a Assembla Par

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