Luís Filipe Silvério Lima - Artigo PDF

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a importincis da expressio corporal e, de forma contunden eee tundente, © problema da distingso Enséncia © apazéncia, natureza e representagao, Concel paras entender opodere vida politics no Antigo i Colao anresentad so meslo ronises de ton est deco Liversos e suas respectivas imprea: vale lembrar dos conselhos @ Lourengo de Medic poll e189) ata acl 7 poe ri do até hojoa humanidadeocidental, © lrentinfalouatadone toons se século XVI, porque disserton sobre o poder, mais do ue web telaes elt peificas. Data forme, aconselhou ao soberano qua inspivasc none do leto ou da zapora. E, entre tantas Contudo, no complexo agi seomedan- destacou a| portincia do principe aprontr las em enna, com o aco te tornar-so um fax camo de govenante asa mensagem anbigune abo, que neceis os z representagaio — aos lembrada nos estudos que vieam trabelhar a p im O Gostme dh Gan is do que apenas poss cla discursiva numa ascem| esa —, preci © ecultura na Epoca Mod rent Chabry. Le pouroir dane tue ec tats, Pasa Imago, 2003, Ursa shoragem la represntasto por meio da tensto entre iniasdo « eto as de Corlo Ginzburg. Olhos de madi, ‘adisténcia. S80 Paulo: Companhia das Letras, 2001, pp. 85-103. Nevwcece © Priipe. Rio de Janciea:Ediouro, 2001 ero IB Entre o Quinto Império e a Monarquia Universal: concepgses proféticas de poder para o Reino e para o Ultramar! Lats Filipe Silverio Lima* Nas iltimas décadas, o conceito de Império para a Epoca Moderna foi diseutido a partir das chamadas “orise do Estado’ ¢ crise do “paradigma estad edas oriticas ‘as teorias explicativas da formagio dos Bstados nacionais no periodo moderna.* No Bra- «il, em como em Portugal, o debate tomou corpo em torso da polémies entre as propostas de atualizagao do Sistema Colonial ¢ da proposigio de um Antigo Regime nos Trspicos, 2 partido que o entendimento do espago calonal e ultramarino como am Impétio tem sido rediscatido®. Na produgdo sobve histori das ideas e da linguagem poiticas os hstoriadones Jou Carlos Seb, defendido em 2006 no P de sonkoe:narstice proftice, shaationiemo messianimo brigentin. Me também senltado das discusses com ox colegs do grupo “Poder e Pol wente; Ana Pauls Torces Megioni, Carlos 1201 do Depastarento do Hi Sobue ite: A.M. Hepa. “Por una tori ds ‘ Intuloor na Eure ds Antigo Regine, Liskoa: Pandacio Celouste Gulbenkian, 1984 p.31 om. ‘Ven entre outeot: P, Cord. “Religito @ ovdem social, Him torno dos fonda ‘Reistd Hietvia dos Tie nna» 22, sttucional do Antigo Regime’ In: Per “Annales ESS, 56, 1, 2001, yp-85-100. 5 Retoma-re como ponta de peta s marino prtugus, So Pane: Comy ‘ne década de 1960 por Boror:©, Boxe. O inpris das Letras, 2002. vl laa acepedes de impéria® para além de identificar no termo um resguicio de uma concepeao cristae medic |, de pax © orfanizagto entre rinos, ou projeter potions Jmperalistas de Monarguiaenacionai,ante-tala dos Fatados Nacionai, Pata o mmindo por- ‘sues, port, sio poucos os estudo que fzetam ma histta do conceit de impétio.? Como uma primeira sursdo nessa zeara, proponho relletir sobre torpretagées fanas de Quinta Monarquia ¢, sobretudo, de Quinto Império, observando os usos das Pa Eadces,em enor p ‘os tratados sobre o Quinto Império s Quinta Monal ‘Siadamento aa w fino que marearam disputas pol cidcologicas® durante a Unido Thérica o a Restaurapio, Eases ratados dialogavam com Sa0doisorsonhos do! nage @ igrejas. © prim eodosor, que ao dormi 0 de Daniela pati dos quaa se edficaram planos pare reinoy, > mais recorrents¢ conhecide ra oda visto de rei caldeu Nobu rum esttue gigantescae composta por quatro metas e barro, que se desfax por uma pedeavinda dos ofus, que depos interpretado pelo profeta Daniel ragas 2 ingpiragio e misercdediadivina (Dn 2). © segundo é tide pelo préprio Daniel no qual v hestas mulkformes que sao devoradas unas plas outras até a chegada vodentora do Filho do Hlomem que venceria © chifr faante da alkina era, sendo que a interpretagao é dada por sum anjo no proprio sonho (Dn 9). Porém desde Santo Agostnho, qu se debragou sole 0 segundo sonho na Cade de Deus, 0 taints ol m oxo no mundo cristo dizi que 0 ‘outros: A Pagden. Spanish Imporialom and the Pots! Imagination. New Haven: Yale Uni- verity Press, 1990; Idem. Lends ofall the wort: daolagia of empire in Spain, Btn, an France, 41500-1800. New Haven: Yale University Prone, 1995; ] Mulloon, Empis and Onder The omc of mpi, 800-1800. Londres Nove Torgue: Macmi Confederasio, A Queers de Independencia Ametisane como um cxse da Manatee Mal Linguagen do devo police. Sto Paulo: Bduep, 2003, yp. 289-322 ASS, Veeconotlos. Dida de mpirio" na aba do Pace Antina Vina. Roma: Consiglio Nesionale delle Ricerche [19924] (Ricurche Giusichee Paitiche, Celerazione Colombieni ~ Matai AS. Vasconcelos astm param ds tatado como furtamento do (a Lishoa: Fundagto Or soe porate no te, 1997; LE Thoma ‘A id 1). Fast do Imprisna Hit panorama mais detalhado dasa disoveso, ver meu artigos LFS. Lima “Oe nomes do Postal so aéculo XVI: reflertohictoviogrtin © apronimagies para A.CDeré; LIS, Lima; LG. Silva (org), Op. cit, pp. 244-286 8 HO. Prange. Portugal na Bpoca de Restaura. So Paulo He ‘deologi da Revel : com 0 Apocelipan? A otomano, perpetuado pela Igej,seriom destrutdos pelo AntiCeito, com o Apoca inierpretagio autorizada fransferia (rons 8 Iga Romana, mate far tabéin ae Saate-Impéri 0 papel de dtimo que daraiia até im doa tempos © ave atria um exmp-temilaea cans iattuigbon?™ po 5 fac pelo iho do Homer resdia na Etemidade divina eno inundo espirtual. Qua ‘entficasveo ultimo reino como ume monarguia ou império terreno deverin sr cesificado “A despeito dessa el mantiVeramcve vecorrenter 20 longo da Tale Mélia « perimancecram com forya nos sécaloa XVI © XVI, a ponto de Bodin, em 1566, referie-ae a ‘criticame! rn destaque para autores reformados, como Latero e Mel ores © exege xr a histéria humana por meio dos reinos que se sucediat ‘mundo prot ‘em Daniel, prtendiam fundar o quinto ‘a nobreza ¢ a monarquia. No lado «: © mesmo Hempo em ne escrevia um texto utspico, um género ni0-milenarist,"* redigiu dois trtados apostando ' Imente a Espanha e depois a Frangs, Essas propostas que » Quints Momarguia seria ini tanto com o jesuita Antonio Vieita quanto com os puritanos ingleses de Cromwell ecorrentes Heterodoxa ow nto, a exegese das visser levantou pergis crista-judaica. sriam os reinos anteriores ao tiltimo e derradeixo. seria Sesion inc? Q E poronde? Em Portugal, 20 longe do século XVII, ‘am formuladas zespostas ne tentative de dar wma interpretayo aos sonhos que con~ do vie templasse o destino suposto para a em Ourigue, Mais do que isto, 6 ra a Cristandade e para 0 oxbe, cen parlirdo seiscentos* que podem ser traduzidas, em b 122 gorais, no sebastianismo eno 9 Gilad do Dn 0 10 BH. Kantoromier. Os: mpos do rai, Sic Paulo: Companhia das +, 1998, pp. 181-2. 1 Balin Pi ae atin 909 2808 ea ual nee lcm ewe Sinan Sy 2 Sei de 08 ORL , 1 CLA Fenn Maro. ad Anti Vs tri, rr bin dees Dan Quit, 1988. Sah se X eet a A.CN. Silva ¢ A. rentesinterpretagdes do Livro de Daniel ~e do quarto de Esdras ~ pode estar nas idéias de Monarg semelhangas ediferengas dos projotos em autores que escreveram sobre como a nagio eo ¢ Império. Most ram a pod me caa do eéuctomava o lugar de tudo. Pedeaaue into Impésio, Diante da diferen- reine derradero, formulem-re pergontas havia alguma diferenca em ‘omear Quinta Monarquia ox Império? Respondiaim a cxeyeses diferentes dos sonhos de suns matérias? Representavam projetos concorrentes pare Portugal? A hipstexe é ae a idéia de Império nmarizou de mado mais eficiente a proposta de Portugal como poténcia oristé c ultramarina, sia que permeneceu, com idas e vindas, no horizonte poucoe lugares, a vam-se da ideia los letrados e intelectuais portugueses estes assumiram, como denominagio Quinto Impéria ao invés de Qui pare entender e projetar os caminhos de Portugal a Monarquia e ut Vou analisor rapidamente algumas apropriagdes dos sonhos do livre de Daniel para » formulagio das teorias da Quinta Monarguia ou Impésio no séoulo XVII. En especial trabalharei: um tratado de D. Joo de Castro, “Da quits Monarguia’, primeiro dentre ‘om Paris durante « sus 22 volumes manusoritor antagrafos, religidos no seu ex Uniso Ibsri nas primeiras décadas do XVII, e que con: bre a em Portugal; e alguns dos “escrito proféticos"™ do P. Antonio Viei- leia de Quinto Tmpério definindo o papel dos Braganga io orle> imas décadas de aa vida edo séeulo XVI. Nao 1h nesea escolha nenhuma intengao de novidade, pois rue a cannica seqiéncia entre sebastianismo e joanismo cstabelecida deade J. Licio de Azevedo acerca da Enolupao do is dos autores deade entto. © particular dest texto, ae Jha algum, ests na busca em defini esses projetos a partic dos limites entee as teorias de Quinta Monar: © Da quinta & ultima Monarchia futura, com muitas outeas cousas admiransie dle nosso tempo" era versio em portuguds do tratado em latin mais extenso, mas com wnbor redigidos em Paris entre 1597 e 1606.""Nao é possvel xber com certeza 96 0 manuscrto em portugués era uma sintese posterior ou, © que é mais provéve, am uma teori namento do mundo, compostos nes sebastianismo, eseguida pela mai a.¢ Quinto Impéso. ‘dentidede portuguese? In: A.M. Hespanha (coord) Histira de Portal. Qurto Valine: O Antigo regime (1020-1807). Lishoa: Estempa,[.d) 16 J.:S.B. Mey “Ensaio introdutio’ twstoa: Claudio Giordano. Sto Palo: Ei 16 J. Castro, “De Ou aquinta 6 ul intramsntas abr ogi. Seles de 1992, ima Monarchis Futura, ebussue admirandis nostsi temporis/Da Leye ura BNL ~ Reservader ~ Cstce 4371, Jo para o atin No tratado, D. Joao de Castro diapos- . laqueles tempos. Era 19 Mundo" que aparecoria m “ a nta Monarquia rimeiro texto depo x da derradeira nos Mouroe que a Qu inundaco de len collet noe Morar ane Quins Morse oe iam aqui na terre, do mesmo modo que, te para D. Jono de Castro 3s, dos ‘eseu Monarca se levant ton ee de quo o momento era chegado : inta 6 ultima Monarquia Futura” buseava ndo #6 comprovar isso © Jividas, mas explicitar como ocoreera, a partir des sonhos do Liveo ; 26 apontare que « cabosa era 0 O tratado “Da refular as possi @ outras profecias, candnicas ou nto. D See sian Jeixando indefinidos qusis 08 outros grandes reinoe um a ele até a vids da Pedra, valde ya ttn de ito nti eet 7 siria ¢ babilonios: 0 vitae Domaine tale komen cae pats ce on de pst 00 pee pis mistarados de bareo «ferro, suas partqoer eee ane ene eae eet ts SSRI os Uti doe ae no mab dominada sexpretagio joaguimita da visio fAferente co camagaria is I, nai ‘A pedre, por essa missto, seria temporal, a donde tea le Nabucodoosr ae ditar «sont. be se preparar para aaa ‘euidando do que seria do seu império. Deus agraciou-o com 0 ° a vr loscarsonhone, superandoo poidoe Jeasj do proprio rei na merct ee ia a derxadeive monarquia. Portanto, a matéria de ata visio 0 espritual. Isso extava anu concedida, anunciow qual fa alguns captulos do Prophets Dai treo pmsl soe an wn oan ce. Dad t INL — Reservados — Cédice 437. jones 1a de derrotar ¢ eliminar os maometanos dé toda a cristandade, levaria a frente a en ¢ oo Gentian Sui fenpo-erar com 6 orb PATE TMP, Comm forge shsoluta, esta reflatin uu oidado anterior para com poder emporal: Néo poder we confundil, afirmou Castzo, com ida de Cristo, pois como Ele mesmo dedfeTmido (e aqui o ecbastianieta aproximavan mem paradox ‘monarquia universal, — eum povo,o povo cristo, Este povo seria senor de todos ruando foi visto-au, dangando embriagado pelo vinho, pelo filho Carn, que 10 foram abengoados eva filhos" jnndos, Jafet e Sem, que cobriram 0 conto enquanto 0 irmio Cam foi condenado 2 servir os doit ‘de Castro, a bongo de Noé colocou Jafet acima de seus dois irmloe* anunciando que sna geragio de Japhet soja enhors absolata de todos 8 maeslishagens dos filhos de Noe." O senhorio absoluto dar-se-ia na Os Jafet “senhorearao seus i sna dos judeun, como povo que perder primazia de eleito pelos seus errs, raigtoe crimes Mondiquia capitaneads por um Principe. contra o Senloy transferindo o posto de nago escolhida para ox portugtueses.™* As Papa penmanccene, como wnt momarca capital, como expresso eit OTTO TTS © principe repeesentado a peda seria a0 meamo tempo ride wna nag eit espe Cait, dos pousos impresson, 0 Pa win da Trowas de Bandara? edlica atural de ui zeino particular « cabega da cistandade «“Imperador Romano News A pedra representava, por metonimia, tanto a Quinta Monarquia quanto 0 remetido a idéia de um imperador como reve referéncia ao Imporador, Castro perece ter lide de vivosseinos (como no Sacro-Inpé quanto tei scberano dos a spe, porém, seria Imperedor e Senhor do rnundos Singuanto que odo Sacro-Império, leita para protegee « Ties Hilerar os res « seahores spa batalha conta o8infigse de salvaguarda da Santa 86, ndo era necossariamente senhor “lo teinos sobre os quai exerce ese: mando iemerial. O que Castro parca apontar fi o (gue chame Je"Imperadoe Romano" (o Monarca Ultimo) teria de fato 0 finparam e nmin, transportado cota pod eeran e absolute sobre otitis enguanto monace tisk, senoe do qu wn juz ou “Defensor da Paz Esse poder ena trodurido, « desejada contra os infin jusidc dlo movasos que & ei nagtoo cabega da Cristandade. Na Paraphras, os outros ses em especial 0 imo Mo sntando-se & concepgio de monaxea en- licamenta, na 22 J, Casto. Pape enedona de lyn prophase de Bardi, ptr de Tacs, por Dom Team de Cato, Pst Lopes da Silen, 1942 (Fx 16 ™ 23. A partir dow conceitos de dom rudangae no entendien ; po smantios, sobrtad, na dinatia de Avis goe fan lamentaram x concepedo de poder aberano em Portugel. R.Faoro. Qe donos do poder Format aera yl ate Ste Peis Pelle, 2000, wl re eee en mane 24 James Muldoon identifion Dud te concptof empire. 800-1800, Op cit, (le epeosenta win lita sesumida entre am pions 14.16, dainteodugio) lor, desenvolvi do Pidue, Defensor do pe. Petropolis: Vonea, 199%, expec. ple. I, cap. XI 545 pola mprenséo da obra om Paria Emborao tatado inttule-te ‘Da Q " titule-se ‘Da Quinta Monarchis’ a viar ds folhas ace impovtinciado Pnsns do Monae, ebaa da Cristandade Su Be ts a longo da exegee do sonho de Nabucodenosor e complementadae ce ‘lo-candnicas, suninham do geral dos cada cos yea Yeinos e monarquiaa da la pare de Pedra-Monarca, O Bncoberto ~ D. Sebastito — eve oi oe se dy smento pars o plane divi- le como o significado limo era o reina espirtua 19; como Castro apantou, a fi da Quinta Monarguia, Em parte, essa preponderincia ie alate tsi K ‘istio, cujo dominio ¢ seahorio estava definido pola ‘tra o inimigo mouro e infiel. =—— —inportina em definir 7 finis a Quinte Monarquia pelo principe, « pedra do ultimo reino transfigurada em rei, pode ser jwadrada na defesa de D. Jodo de Castro na volta 10, em contraposisio aos identificar o rei desaparecido em Aleacer do como escravo a tendo depoi se refugiado na Ita onde fora preso ¢ condenado, mas em. nn demcreditar a cat ianista, o tal calabrés.™” Eases textos tinham, a s; uma intengao pc ede divulgagao da campanha levada a frente oe ‘ovtmat elesinieD Ansan Packers name social Fage tte aganom viene snes oo a = : re outros, por D. Joao de Castro, D, Antonio de Meneses finde deed" rexeira, que conseyuira 0 cargo de capelio de Henrique IV Castro ¢ “onic, igar fora executado urn 30 Um exenmplo 6 uma de plo 6 uma de esas pousas obras impres explicagto sobre os wetor do Ban Venez © Paraphrass st concordance. Apée «longa navn com um captulo dadicado eo D. Sebustiae de segundo D, Joao de Catto, se docer apée a Sohn eee ce fae der apne morte do D. Anni ds Mansa Licio de Azevedo pu es ite eacreve em sua biogrefia manure ‘ ay ae anexos” do, parece léem hs sine selon or ots Lc cme Beale de Joné Taxeira, YM. Bercé. O vi aculo ‘uae ae t anupasto filipina o,entve 1598. 1605, contra a pers to Sebastto de Venera.” Nowe exforg, parcial fio de Paige I de Espana por D. Joao de Castro impremos a da de manuscr em seus textos manuscrtos, yi da Franga para os outros reinos europe e para Portugal Tim lingua francesa e depois inglesa, nua edigdo em panflato capitencads pelo eimpreesbos de xma no Tex influente domini ; ‘oletanea contra os Filipes ea favor do Sebastido de Veneza, intitulada Adventure adbiva- hh, contendo o Juramento de Afonso Henriques, cartas coutando da Ilha Encoberts © do Preste Joao, trechos do Bandarra.e outraa profecias. © Adventure adnirable tee diversas Jmpressdes entre 1601 e 1603, além do merecer uma vontinuogao. Além desse pan- fleto contendo subsidioe para a defesa sebastianista, Texcira compte outros, reigidor de Castro, além do Paraphrase ot concordancia (160: indo eappareido rey Dom Scbastido (1602). A redagio de grande parte dos 22 volumes antografos das suas obras foi confeccionada em sex exiio pa at andangae 1 curopéias em busce, sem éxito, de apoio para a causa scbastianiste Pensada fora de Pork 0 & coroa portuguesa preto na 1,0 Scbastido de Veneza, que seria o rei ada Africa, obra de ito topogeéfico nos seus textos de exilic. Invetendo a goo- aio dos expegos, a Quinta Monarguia de Castro definin- lo pelos outros pincipes Castro reconstraiu esse grafia da producto eda distribuig Jidade do monerea natu 12da Europe, subordinados enquanto vastal Semesmos mouroe da Africn eda Asia que o dertotararn. Um Jafet portugues derrotando ‘eaubjugando Cam eSem ao dominse 0 mundo, «cristianiaé-lo, Mundo, posém,restrito |mente ao erpaco do Velho Mundo. sake, Sao Paso: Companhia dae illiografia. YN, Beret. O filipinos eae adabl pr dena tvtes euros des dard pars o ingles em du rption de Ryans de Portugal A teoria da Quinta Monarquia, base de um ‘sebast letrado"? comegon, Pars dentro, na sia portancia dada aos versor lustanos do Bondarra de Trancoto, hem como o milagre fundador de Ourique Para fora, no debate com es outras prop. pPreocupapio com a sucessdo das cahegas do reino portusués e na Pentamonarquistas © messitnica-nacio- romana que pensava ax nagdes eurapéias de Cristandade contraria as asdticas o africanas de Mafoma. B nessa chave que autores como Sebasti de Paiva*® © Fr. Joao da Cruz e outros sebast me too aes snismo, contra- ena dimensio cris defensores de um ido « partie da nova dinastia. Nessa vefutagio do messianisma beanie, fm especial dos textos vicirenses a partir da década de 1660, aos poucos ae frontei entre Monarguia ¢Impétio ear 4énues ainda, endo que em finais do século alguns sebastianistas jd esperavam 0 Quinto Impé Se Castro estabelecen as bases da Quinta Monarq décadas do XVII, Vieira fandams na segunda metade dos soiscentos. Nao porém nos Sammbes sebastianista nas primeicas as no Qh 108 brigan nto Império mas mais como figuras da ‘ico ou moral, do que nui 33 J. Hermann, Op ier Bares ao compara diferentes expecta ropa Moderns, Sebasti carat ate de encontro grande pate da historiogeaia fea ou exclusiva do sebe lon textos de Castro, YM. Bereé, Op. 358, igo, co Da Cre Reno de Portugal prophetiads a Enbve, 80 del-rei D. Joao IV Te no lvro: Antnio Vieira. Profi epolbnisa, Op. ci, pp. 22174, Kaa smundo2* © Quinto Império ficou Intente na maior pacte dos sermées. A cnn prédica ta qualisso fol evilenciado © nomoado 60 Sermao de Acgio de Gragas pelo mascimento do principe D. Joao", pregado em 16 de dezembro de 1688 na Bahia e impresso no ¢ Palaera de Deus empenaia e desempenhada ex 1690, postumamente incluilo na woh =e ologico, oration eexe- Maria Sofia de Neuburgo. 86 que este, malgrado os esforsos te féticos de Vieira na pred chogou & América somente apés Vieira te do Reino de Cristo na Terra. Ainda assim, por conter part das matériag as ‘gais havia se dedicado nas iltimas décadas, e sobre ae quai tinha certeza da vracidade, cinda que tivesse qua conceder na excolha errada woticia de sus morte ito como o imperador manteve o que disse no serm cahopa brigantine Este sermfo era tratados proféticos: a Hi « judasemo," e pela expariéneia mi a “Hsperangas de Portugal’, pesa ta’? Em tig Amazonas, a «que fundamentow a abertura dos interrogatérios do Santo Oficio contra 0 elaborada em conjunto com a reescrita dos Sormdee paraimpressio, 1 na Bshis, nas duas iltimas décadas de parte durante 0 quase-ensio do sua vida, Nesses palicios inconelasos que tentow constai inquisitorial, parte no retiro no Nove Mando, o jesuita parte oob visi 39 Para casas definicdce doe ives de leituea« interptetagto, ver: E. Auubach, Figur. Sto Paulo: | ‘Acica, 1997. Letra ape I Adma Fadul Mohana AF. Muhana. “O processo ing 1997. 12) Autor do proceso de Avionio de Visi: expect terra! Te nda nos Céus. No sonho de Nabucodonosor, Danicl revelara que. pedis cairia teoris do Quinto Império, mostrando seus fundamentos, orgenizagao, tempos, mi cobre a leva ¢ cresceria sobre ela, ocupando-a por inteito; portanto, somente podria partes, fi ‘Ao contrério de Castro, Vie :08 afirmaram. Mais do que isto, convertidos mundo, se a deveria se concluir, Forgosamente, que 0 im nao determinou nesses tratedos um rei expectfioo; significar um dominio terreno, e naa celeste, como mt seu ctescimento significava sua expansio e domfnio sobre todos os re “Bxperangas ‘Ainda que Cristo honvesse dito que seu reino no era insiguon que seria uma das caberas da casa de Braganga. Excetuando: de Portugal, no qual postulava w necesaidade da ressurieigao de D. Joao TV pare eum pedra ere ele, ¢ estando esta sobre a terra, rio seria tereeno. A solugto pare este dilems estava na qualidade do Quinto Império: oreino de Cristo néo seria como os reinas deste mundo, por primento dos designios divinos, nos seus “textos proféticos" 0 objetivo nfo era provar quem seria. Monarea, mas sim porque Portugel seria a nagio ercolhida para liderar © tlkimo Reino e Império de Cristo. Mas o fundamento bi mundanos ¢, como tal, 1 Império de Mundo imperadores habsburgos se atcibufam, mas “dominio jincipal permanecia fadados a desaparecersm, Seu ssino seria para ficar e duran'® S mesmo; 08 sonhos do Livro de Daniel. do Futuro Esperangas de Portugal Quinto Império do 1a abriu va explicagao do Quinto Império dizendo porque, desde 0 deira’ de todo o arhe-? Cristo postuiria o verdadeiro império (imporium, poder, soberanisl Seria o poder completo ¢ ‘sonsumado" sobre a terra, pois “ebsoluto, sobs ime ¢ independents” Por ser perfeito, pois advindo da divindade sujeito ou submetido a nada; antes tudo, “todas as coisas cri idades © qualificagdee do reinas 1, “nosso Império que prometemos recebe 0 niimero Quinto, © quais sejam em Iva precisava ser feita, segundo 0 tempos do Momo se tem levantado © 1 sonho de Nabucodonosor seria “a primeica podra deste eifcio uma grande profecia de Daniel”. 1A peda representava ce desfaxor dominio sobre os vasealos) esta levadas a0 seu méximo e, por que complatas, 40 seu ebsobuto." Exe de Cristo —« somente por isto poderia ser perfeito. Como tal, teria duas sontudo, adominio isto. A prova disso estaria na nomeagéo direta de Cristo como peda oa partie dessa nomeasdo, entendia-sena pelea a figura de Cristo por meio eee 1 biblicos. Se a pedra exa Cristo, 0 Q pole eee oe Ce od Império representado naquela pedra, que esmagava a estitua, +6 poderia ser o Tmpar ser go mesmo tempo Sacerdote e Rei. Ainda que pelo sacerdiicio, e temporal, pelo reinar nna terra, ou dominio seria em ‘O Império de Cristo constituir-se-ia doe dois gldios de poder, que formariam uma dupla coroa, de prata e onro. A prata endo o Império temporal e 0 ouro, o esisiteal, O valor dos metais simbolizaria a importincia das dues jurisdigdes de poderes em termos da finalidade do reino consumado de Cristo vas do AETHafo © dos Cristios, deslazendo os anteriores dos Romanos, dos Greys, dos Pers Rinetéfora de peda rem terrs, © temporal estava a servigo do ‘cava para Afonso Henriques o motive de aua aparicio: “Nao te apareci deste modo para soberania no seu dom cembora ti spiritual em termos dos ob sas para fortalecer tes coragao neste conlito, 6 fundar os pr srito, em 1641, que do resmno modo que Cristo havia fundado a igteja em Pedzofpedea, haviacrindo o reno scrocentar ta ios ¢ senhorios de Cristo, como rei & posse. Ambos exam exprossso do império, dom vecerdote. Como imperados flho e repretentante encarnedo de Deus, Causs Primneica, dominio sobre as criaturas por lei e direito; sendo herdeiro de Deus eterno, do ten Reyno sobre peda firme"*® Antonio Paes Viegas jé havi portugués em Ourique “sobre piedea firme" ‘Vendo Cristo e a consumagao de seu Imy “fmperio & Reyna da tera, ou nate 48 Ham, Hit do Pituro, Op ot exp. 5. dds Batra do Futuro. EA. ox 43 [CSB Mey. Ene lntsio", Op ot 44 O titulo, como pode ae abservet inverts 0 da carta “Espes Mundo Primra e Sapunda Vide del-Rei D. foto o Quatto Ex 45 A. Brandso. Monarchie lsitana. Parte Terceia (@rifoe mous) 46 AB. Viegas. Principio dl Ryno de Prtgol, Op. cit, .127. que jor Congaleannes Bandara’ boa: IN/CM, 1973, £129 case dominio existia desde sempre ¢ sido reafirmado na compra da raga humana pelo seu racri io esangue.** Apesar disso, ndo tinka ainda a posse de seu império; por- «que nous vastalos por dizeito, toda a humanidade, eram rebeldes ¢ desohedientes.® Por a necessidade da conversio universal de todo 0 othe e de to ressio de todas as espécios de infidelidade — ges jndaiomo, Pera tor @ posse, e, portant, ocorter a consumagio da reino de Cristo, ere preci 4s nagSes, aomada i, maometismo, 340 dos seus vass exerofcio do império (coherania) estava ligado ao dominio (posse) efetivo, realizado com #80 de todos. Sem isso, o império seria somente potencial, como era em Cristo eepiritual e no momento da histéria humana e terrena no qual Vieira ezcrevia, O fato de ser potencial,entretanto, apontava que sera eonaumao, como a profesia dos sonhos Daniel ede Nabucodonosor : sg Como se daria essa sujeigdo e conversio universal sto divina e pela pregagio e somente depois pelo uso reforgava a submissio dos fins © meios temporais aos expirituais, Se essas dimen jeitar 08 ago coerciva ¢ violents das armas ceria asada para convencer of teimozoa ou Aestruis, om sltima instincia, os irredutfvcia.®* \duzia o objetivo primeizo e sltimo do Império de converter 0 orbe & palavrs de Deus e consumar a organizagdo de um 86 rebanh sob um 186 pastor. Por isso, a descoberta e ago evangelizadora na América era salientadas, our. A cipe secular inos e dos impérios” para dar um império para mim, pelo qual meu nome seja Ievada fa nagbes est uurique, o Salvador ao aparecera ao primeizo mor ocak @ reine iano, Ele anunciara que desse reino muri converter oorbe i crstondade. No altimo capitalo da” Rapearentapio“ «Tundagio de Portugel em dois momentos: reino e império. Quando Cr ‘queria estabelecer um império, se apretentou como eriador e deatruidor de reinos e im- = © em sua descendancia, Ao ‘mesmo tempo em que predizia e ratificava a criagdo da monarquia lusitena que ocorreria 52 A. Vieira, Histiria do Futur, Op. cit, liv. 2, exp. 6, 53 Ich. Defesa, op cit, "Representagto segunda’, Questo 6%, 868 ss, vol. 1, pp. 263-6. 54 A. Visi, Df op cit "Reprnentagto Segunda", Questo 17, 8263-277, val. 2, pp. 49-60. {56 Idem. Lier antarinir, Op. its oap. 8. 562 «Ultimo, teria como cal a descendéncia futura, A instituigao da poder do m temporal cram de ordene diferentes, © previstas para tempos diversas, mas portugués e circunseritas a um mesmo espago, o reine h rentes: um préximo ¢ presente ~ a fundagio do reino} antes da hatalha, conclamave um império para Ele em descendencia. Ou teja, 0 Império de Cristo, Quinto uum rei portugués descendente de Afonso I (Ourigue era uma du io: a da monarquia existr radas no desentolar do plano Divino ao longo do tempo e agio do povo cstabelecimento do império. se si na ideia de império. s5e8 no projelo vieirense, do evangelizadora portuge- algumas vezes, explicitamente na agio da Companhia de Jess ia a sede do Quinto Império por causa de sua expanaio que peemitia, por igo das “nagées cetranhas’ A monarquia 1 mas o império precizava da monsrquia jomente na grandeza lusitena com Ao iltimo chifre da besta do saeconomia das tempor a derrota do Mouto, ainda que fo sonho de Daniel. Era sim am event impértant 10 do reino de Cristo, Fie, sobretudo, um asso para a conversio universl, aco, «posse verdade cite que permitiria ssujeigto dos de Cristo de seu Império. A mis Jemento de explicasio do Quinto Império. Ainda odo ‘Apéstolo do Oriente’, S10 Francisco Xavier -s nas Indias Orientais e Ocidentais torna-se co grande exemplo vieironse Fosse centro de Vieira é 0 Nove Mundo, ymo espago a ser descoberto, eto vicirense. Entreas: pontos de toque, que permitiram ‘odehate e mesmo # apropriagdo ¢ uso de aspectos de uma por outra. Entre outras: acleigtio porkaguesaeadclegato do poder temporal esoberano para um rei porns a permanénsia do glidio eapeitual com o paps adefnigto do inimigo comum, emblema do Anticrsto, no Maometano ¢ no Império Terco. Parlhavam das mesmes fonts, a comesar pelos sonhos dle Daniel, da mesma gramiticaerepertéxiaanalitco, dados na unidade teoldgico-retdrieo- 56 CE. LES. Lima. Pade Visi: sonhos prfitico, proces oics. ert ds Kar Dard Sto Palos Homarias, 2004 553 ‘politica, e de uma esperanga parecida em relagio ao rei 120, Para além, propanham uma sécalo de oi como chamou Franca, um séulo que hoscva ordem para sper a cris Vale destaae szagao plitcs, aque era no fim e a0 cabo, defnida pla mio completa pr prt dos ‘monarguia ou império cujo abjetiva era ordensr o mundo. Viviam em que nfo propunham una mudanga da on |e weligioas;somenteal- cangar ua perl subordinados¢ pela scberaniaabsoluta dom princes, aja secular, aja eclesistco. Adiferenga entre as dua interprelages comegava cera maiaovidente na definigdo dese eincipe. Se a Quinta Monarspia #6 poderia eer encabepala por D. Sebastiso, 0 Quinto Tim fara Grande Uivoréncia nto ae reeume a dizer se 0 Encoberto 6 D. Sebastid ou ‘um Braganga. Havia uma diversidade na proposi¢ao de dominio e soberania entre Castro ¢ Vieira, Na Quinta Monarquis, o Monarca, ainda que auxilisdo pelo Papa, Inperatar's para’o Supremo Papa, que dividizam wna soberania dada pela sy ‘Wasa que em ambos a chagada do pil sncialmente, a origem do poder do Imperador secu~ lar estava diretamente ligada a Cri ( destino e fim dos reinos da pedra ecoava esta filiagdo. Q Quinto Império seria cia da Tusitana e eram definidos pela primazia militar. No Quinta Império, « sujeipio fazincne pole obediGnciac ubmissto de toda 0 arbe ao altima FEi0 GUE PATENT a criapio do mundo e depois realirmado na erucilicapio, Se o servigo, com a correspon 87 A. Peeore 0 teatro do eacrament: a unas teligizarotirice pote do ermaes de Antonio Vit, ‘Sto Poulos Bd da Unisamp/idusp, 1994, 58 EO. Frange, Portal ma Epooa de Retourasae; Op dda que civeularia nos dois reinos, no primeiro calavaretrto 40 espago da cristandade existente e garantido no espirto das mas; no segundo, expandia-ce para s bumanidade que scria, no e para o fim, convertida & verdadeira f& AQ dente retvibuigao de mercis era a jetomaria, assim, um Smpeto cruzadiaticn que guiara cinta, expansto eevangelizagio das Indias a Ti STorras © nagBes, de poente a passente PRE Un era Fetomnar o velho dominio que Fora perdido e nto se conhecia ms ‘nesessdrio smphiar 0 novo recdm-achado gue 2 estva conlocendo, por meio da posse. Ge dois projetor posauiam wine diferenge, que se traduzia, no campo da eepago e da pessoa xégia,em uma busea do encoberto, do exzondido no passada conbecido mas a ser encontrado, ¢ em uma identificagao no descoberto © no existente, até entio desconheci- do ou contingente, que atualizava os projetos para o futuro pelo presente, A centralidade da América e das comquistas no Novo Mundo nos projetor do Quinto Tiapério imo e derradeiro reino. ao da cabega do reino, 08 Braganga, como principes do “Yalven mals do que 50 unit @ pareapeto da América como vital para o império maritimo aro discureo“realista", brigentino sobre o destino de Portugal 0, Pod. Jasitano pera com as mies conquistas, gerador, em parte da sua “Visio do Pas tenka também dado espago para um edilicio dow descoberto, mais do que no velho, mas yerdido, a ser encontrado ou recuperade. saha colaborado para como centro de orbe ir aie longe, e inclusive supor que o pragmatismo jionsrio construido no novo, porém. mente no caso em Toa Bragange Como sojeltos da profeca) foi possvel po Te operagtes teols- (e mesmo « exegeve de Vielen o de outeos briga sacontrourse, por me Sprelalivas,Tncios eficazae de adequar a matéria a uma tradigéo © wm jada no plano do Quinto Império foi giconrelbrices © autorizado, A operayao, Tone etal. (org) Sob ox naus da ncagt, Hetdbe portuguese de Litraura« Hist. $80 Pas Unesp, 1998, pp. 49-62. 61 A. Cervo, Cantata ent canes. A camquiste de Amica come secede Dus « ds Sua Mojestade (1442-1548). Sa0 Paslo: MoGrs 1975; A.M. Hegpanha, La gra df derecho. Madr: Centro de Estudios Cons ‘As onene militar « 1 Batads moderne: bona, marcé «wena “Um rei eum reino que viviam da Meroe 62 SBHolanda | Jerusalém da opressio, « acabar com o# heregos.” Ao cumptir essa misado, 0 monarca, poder | pastor’ As ‘Monarquias” de Castro, Campanella (ou de um Sebastito de Paiva) também definiam seus quintos reinos como principados tnicos e sobre todos os outros, coman- que doi Entre Bossuct ¢ Campane ingerir as Indias de maneira ireeves que transformou,atualizou esse futuro, Seguia o Juramento, no qual Cristo afirmara ser volta no otbe, fazendo com que haja “um s6 rebanho e um s6 a mins portuguesa levar a palavradivina “a gentesestranhas’ & ara o schastianista Castro, escrevendo no exilio francés ¢ combatendo pelo sei natural ¢ verdadeizo, D.Sebastito, Ourigue era lida como prova da soberania do ino, atin o mundo ao derrotar os turcos. Vieira e Castro, dentifico d nisagao dos poderes temporais edo ordenamento do mundo, dos reinos e impérios para a az universal. Nao eram embates entre guelfos egibelinos, no qual Dante se movimentara. | Fram campos menos claros¢ antagénicos,e que em Portugal foram, muitas vezes, confun- dados por um sé monar cujo destino estava no papel de ‘matamoros’, exprensio pela qual Sto Tiego, santo din da mitica hatlha, ra chamado, Pata obrigantino Vieira e eeu: Quinto Impéri undo e defendendo a importancia is, exilado ne Novo batendo as acusagdes inquisit da Companhia de Jesus no Brasil, era prova da soherania sim, mas também da missio on Ni constitu partidos opostos complataments mat, 0 cas lsitano, eoncor- © termo Impérie nfo foi usado por um acaso ou para se desvincular smo brigantine do Initio centes talver entre o sebastianiamo da Monarquia ¢ 0 me da Quinta sa contraposigdo tem sido estudada por diferentes sixos, embora nao expecifica- oflélogo Menendex 0 contrétio do mente a partir da crenga sebastianista e brigantina. No caso ibéri Pidal defenden numa conferéncia robee Idea imperial de Carlos V sua politica pelo conceito temporal e dantesco temporal. Influenci narquin, Filiave-se a uma letura mais catslica, presente também, por exemplo, em Bos: suet na teroeiva parte do Discourse aur le Histoire (1681), dedicads a histéria dos impérios 10 de Danie." © Império de Bossuetlera que se alvogava, o imperador nao gui © de Monarquia univers pelos ss conselheizos zl nna acepeio dada pela letura dos sonhos do nogdo plural euniversaista de Império, enquanto uma congregagto aberta in | discurto de comunitas christana, que teria direcionado sua politica imperial. O historia instrumento de Deus para manutengao da rel Pelayo, para mostrar qué antinomia entre Inpério e Monarguia wn lente, pois no levava em conta as pratices dos rei conguistas Para aléin, a questio de Maravall estava na idéia de Monarquia & 19 viria um grande império que reduzivia os bérharos ¢ euniria as nagdes « para ole, enquanto contraposigbes perdem sentido no séeulo XVI ta portuguésehistoriador do. ‘Da idsia de “imp6rio" na obra do Pade Ant vm lippério feologicamente naira, ecle (oniveral)distanciavain-se da visto natural da Monar também nto tinham que responder drstamente 2 um debate entre aj 7° gupoa os dois como sindnimos & jure, quando nao poderes, Monarauia, porém, ndo significava a priori a no intervengio 4 seperagio dos gldion. Nos dois tratados sobre monar Monarchia dEspagna (1898) e Monarchia di Franca (1635) ‘4 Cartzo em relagio a D. Sebastito, Campanella propés que'o rei erat a greja'e | fasta pressupostos divergentes. Ness ferente, mera ques- pelo termo Quinto Império. Segundo Vasconcelos, Jimo uma adequagao formal co Juramento de Afonso eseritos por Campanel 1 jungio dos glidios era podria ser considerado n | Henriques, no qual Cristo amunciava que iria fundar um império. © que discordo. Ne superagao do universeliemo metafisico medieval do conceito de Império cristto pela con- 40 anglo-amerisana, entende-se, por um hom tempo, que baveria uma 64 JB. Bossnct Discos sur Miecireanisersals & Monsegnour le Dauphin: pour expiuer lst dele ralpon at ha changemons des empires, Paris: 8, Mabre-Cremoiey, 1681. Para as proxtidades ent Vieira « Bostut, yer M,C. Gotan, Bossst and Visi. A Study fo Nasional, ipocel and Tn 4 ‘Siglo. Washington: The Catholic University of Ameri Press, 1985. “Monarchied Bepagne at Monarchs ds France. Texts originesuxintroduit, 67 Idem, pp. 28-32. {68 R. Menender-Pilal iba imperial de Color V. 6.0. Madbis Bopase-Calpe, 1971. 69 L.A. Mar sols’ Ine Eats de historia del penaamants espaol, 30d. Made 1983, wl. 1, pp. 65-86. (65 Tommaso Comat edits o anno 66 CE. A. Pagdon. Spanish im [mpire:Tomansso Campanella and the Us dade nacional econcreta da Monarquie,na figura do Hetado.™ Nas cltimas década essa questo tem sido recoloced, sobetudo pelos historiadores norte-americanos, suge~ xindo que houve uma redefinigio do conosito de império durante 0 periodo moderne em especial com as congutlas ¢ disputas pelos teritérios americanos entre Expanhs segundo Pagden, como final do. ereinado de Cerlos V de Espanha), houve uma aubatituigao do termo “Império" pelo “Monarguia Franga ¢ Inglaters aps manila urgo ores para protager a Santa Sé, Ao mermo tempo, contude, eras entre um desejo ou projeto de domi essa sepatagio faz com que o conceito de império deixasce de cervir exclusivamente para designar uma comunidade crists abstrata ou 0 Sacvo-império (na anteposigie com 0 Papado) e passasse a servic para compreender ox dominios ultramarinos e roqualifiar oe reinos europeus na expansio do mundo, A meu ver, o Quinto Império de Vieira teria Monanquia nfo mais respondia ao eeu projeto lusitano, jesufticn, tride Nesse sentido, é pouco producente pensar se 0 univers: to Império seria medieval ou um sinal arcai como faz Menender: que © Quinto Impésio tenha sido “medieval” p Quinta Monarquia tenha a redutor define smo eristto, © qe a ‘moderna” pois propés uma monargui “a -o cruradiaticn ea tomada da Terra Santa, Enquanto 0 que s (império universalistae importineia do nove e da descaberts, com novos povos niu-se a parte de conceitosditos modernos", como mundo.” 100s quase taxonémicas podem rer enfeaquecidas Esssas class 20 seremon= quadradas nessa critica atual sobre a centralidade do Bstado nat Monarquias nacionais TL Ch. Q, Skinnee. Fundapse db pensamento pation moderne, Sto Paslo: Companhia dan Lelzes, 2008, en enpecial “Concluase” 172 J. Muldoon, Op. et 173 A. Pagden, Op city B Fuche. Minesi and Empire. Cambie: Cambridge University Press 2001. Bacicopedin Fin: Porto: IN/CM, 1984, raigao-e riptura no Re ito moderno."* Defendendo *, muitos autores tém buscado mostrar a frouxidio dos chegando, na radicalidade, 1 negé-los como conceito anserSnic izado, No o: da compreensio dos impéri do centro colo metrépoles menos “imperialistas’, desctevendo-se, a Monarquia Catélica’ dos Fiipes como uma rede misturada eujos dis- rosariamente paszando pele iografis brasileira e porluguesy, a re- sdvogando que, menos do que ponsadas« parti de um proeto colonial, es prtes do ultramar eram regidas na mesma ogica das partes do reino.”” Independente da validade das re indicadas do que endossadas por completo, orguanto permite xever¢ superar as oti- Gquetas“medieual” e“woderno’, o modelo proposto por Vieiza ¢ por Castro fundava-se no dominio absolute das partes, ato entendilo como a argue. Ease dominio tinka, porém, nuangas de um edi sor investigadas verticalmente a fim de se definie como as mesmnas pedrs leventam cons- do Estado, agai mais ‘xapéee concorrentes ‘A diferenga entre a proposta da Quinta Monarguin scatt péco brigantina vai, portanto, para alm do Encoberto. Hla ora una diferonga deprojeto ‘partir de uma mesma qu tada ni io suposta nos sonhos de Danis de Ourique: que teino seria Portugal © qual JS JA. Marval Estado Mademo y Mentaldad Seal 2 tomoe, Masts Elicionae de a Revsts de 179 J. Fragoto, MLE Gouvéa e MF Bialho. “1 de gowrnallidade no Imperio“. Fensops {Echt vero liveo: Antigo Regime noo tpios. A dndmoa smo brigantino deve eer entendido como algo particular reeponder isto, 0 meas sto genética do schastianiemo. Traduziv um projeto identificado nessa retma dinastia de Braganca (a8 vezes, patrocinado, as vezes perseguido ou conteolado pela cata real}, que seformulou a idéia de destino portuguts ~ « também reformulou, a0 se opox préprio Scbattianiomo. Nesaas reformulagées, atribuia um significado do império como epiteto do futuro lusitano e onganizador de sua missio. Scbastianiemo Brigantiamo foram, de 1630, 1640 ats meados do XVII, dvas respostase doi projcto Aliferentes raul Franca como profetiemo. Talvez, mais concretamente, umn providen ‘identificos Portugal como cabega da Cristandade e a partir disso nifcado para 0 futuro do zeino, que, por conseguinte,definia 0 su presente e explicava des mesmo substrate comum ¢ mais genérico, denominedo por seu passado Entre exsce dois projetos,no fim, o temo Quinto Império tornou-e preponderanta pporaue, de certo modo, talver expreteesee uma identificagio de Portugal como uma po- tencia crista ulteamarine. Ausiliada pela forga da figura monstruosa do “Iimperador da ‘Lingua Portuguese’, a idéia de um Império portugués a se res deuma monarquia redentora os restauradora, Tanto que, 0s zam um Quinto Império. ar sobreviveu & proporta, 8 de hoje espe astiani 80 C.C. Mastic, “Hntee osltncioe ooure ~rondandoco milagre de Ourige na cultura portage” or Hiss, 20, 1990,

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