Download as pdf
Download as pdf
You are on page 1of 46
247. 15.0 - Montagen Um vaso de pressdo normalmente sai da fabrica onde foi cons- trufdo totalmente pronto, sendo entéo transportado Para o local on de serd montado. Para todos os vasos de Pressdo deve ser feito un estudo sobre o modo como sera transportado e montado na sua base de finitiva. Limitacdes no tipo dé transporte utilizado ou nas vias de acesso, como por exemplo carga méxima em estradas e pontes, muitas vezes fazem com que o equipamento seja transportado em segdes, com montagem final no local da instalagio definitiva. Caso o equipamento ndo seja entregue inteiro, as secdes fa- bricadas na oficina de caldeiraria devem ser tio grandes quanto pos sivel, planejadas de forma a minimizar os trabalhos de campo. To- das as partes a serem soldadas no campo devem ser fornecidas prepa- radas, cortadas nas dimensdes corretas e com os chanfros devidanen- te usinados. 15.1 - Acondicionamento, enbalagen e embarque Todos os equipamentos e partes independentes que fo- rem entregues desmontadas devem ter uma marcacio feita com tinta na propria peca ou embalagem; entre outras, essa marca so deve conter a indicagfo do lado superior da Pega ou da diresdo Norte de projeto, todas as vezes em que for possfvel, Por engano, a montagem da peca na posicdo invertida. Em to- dos os equipamentos que tenham sofrido tratanento térmico de alfvio de tensdes e nos quais ndo deva ser feita nenhuna sol, da de campo, devera ser feito em local bem visfvel um letrei YO com o aviso "Nao soldar", Os equipamentos ou partes construfdas de chapas finas, que possam sofrer deformagdes no transporte ou manuseio de- vem ser contravetados ou devidamente escorados. Todas as pecas pequenas, tais como parafusos, porcas, estojos, juntas, flanges, borbulhadores, etc. devidamente encaixotadas. Deve ser colocada uma lista do Conteiido dentro da embalagem e outra enviada em separado. devem ser 218. As arestas de chapas com chanfro para solda, faces de flanges, outras superficies usinadas devem ser recobertas com compostos especiais contra corrosio e protegidas por bar ras, chapas de aco ou pegas de madeira, contra danos mecani cos. Os equipamentos ou segdes devem ser adequadamente cal gados e fixados no vefculo transportados. As pecas calan- dradas ou conformadas devem ser calgadas de forma a nao se deformarem no transporte. 15.2 - Inspecdo de recebimento No caso de vasos montados totalmente na obra, os se guintes servicos, dentre outros deverio ser executados: - Verificar se o fabricante forneceu o desenho com desenvolvimento do equipamento e identificacéo de todas as pecas e respectivos certificados de mate- rial. ~ Verificar se os certificados de material estao de acordo com a especificacio. - Verificar se a identificagdo dos materiais esta de acordo com o desenhe de desenvolvimento do equipa- mento e com a especificacaa do material. - Verificar a espessura das segdes, principalmente na regio de maior grau de conformagio. - Observar se os chanfros das partes a serem solda- das estdo em bom estado. - Verificar se as dimensdes, do equipamento e acaba- mentos das soldas esto de acordo com 0 projeto e normas aplicaveis. No caso de vasos recebidos prontos, os seguintes ser- vigos, dentre outros, deverio ser executados: 22 VO! 219. + Verificar para a saia ou apoios se a disposicao dos furos coincide com a dos chumbadores e se esto com dimensao compativel com os mesmos. - Verificar a posicéo das conexdes. - Verificar visualmente c estado do equipamento quan- to a corrosio e avarias mecinicas. - Fazer inspegdo visual das soldas. - Verificar a posicio e detalhes de fixagao dos inter- nos. - Verificar a locagio dos suportes de plataformas, es- cadas e anéis de reforco e isolamento. Seja para o equipamento montado totalmente na obra ou para o equipamento recebido pronto € muito importante a verificacgao do acondicionamento e 0 adequado armazenamen- to de equipamento ou de secdes e partes do mesmo, até a época da montagem. Observaca 15.3 - Fundagdes E de primordial importancia a verificacao do certifi- cado de conformidade da base de concreto, emitido pela execu tante da base; também deve ser cuidadosamente verificado se as referéncias de nivel e de coordenadas da area onde o equi. pamento sera montado esto corretas. Com relagio aos chumbadores, os seguintes pontos de- vem ser verificados: = Os filetes das roscas dos chumbadores devem estar em boas condigdes de uso e protegidos contra possi- veis danos na rosca. ~ 0 comprimento da parte roscada de cada chumbador de ve ser sempre igual ou maior que o comprimento nomi nal. 220. 7 0 diametro eo tipo da rosca de cada chumbador devem estar de acordo com o discriminado no Projeto. ~ Locacdo, projegdes e perpendicularidade dos chumbado Tes. © nivelamento da superficie da base deve ser executado através da colocacdo de calcos, de chapa ou-barra de ago, as- Sentados sobre a argamassa. Os calcos devem ser dimensionados © espacados de modo a suportar o equipanento, levando-se em conta os seguintes requisitos: ~ 0S Calgos devem ser cclocados de ambos os lados dos chumbadores, de modo que o intervalo entre eles nao exceda 800 mm. Caso isto aconteca devem ser acrescen tados calgos entre os anteriores. ~ 0 centro dos calgos deve coincidir com a circunferén cia média da regio de apoio do equipamento. ~ ApGs a colocacde do equipanento ou coluna (para esfe ras), deve haver espaco suficiente para a execucdo do grauteamento. CS r—~—“——SCs—s—CSCSOSC=C=—COCN ceber grauteamento, devem apresentar acabanento rugoso, obti- do através de epicoamento, efetuado apos o endurecimento do concreto. A operacao de grauteamento sé deve ser iniciada a- POs todas as superficies que irfo receber a argamassa estaren limpas, isentas de Sleo e graxa. 15.4 - Montagem Fn relacdo a equipamentos montados totalmente no campo, € necessario a verificacio e correcio do nivel da base de pré “montagem, antes da colocagao de cada seco. Admite-se normal- mente uma variacao de nivel entre apoios de 1mm. Essa base deve ter no minimo 8 pontos de apoio, sendo uma base provisé- ria utilizada para permitir a montagem de secdes ou partes do equipamento fora do seu local definitivo. 221. A montagem do equipamento envolverd a partir daf uma Série de operacées e cuidados idénticos aos que se teria numa oficina, tal como citado no capitulo anterior, como ajustagem, soldagem, inspecdo, reparos, tratamentos térmicos, teste hi- drostatico e revestimentos. Para o equipamento que € recebido pronto, os seguintes cuidados sao necessarios: ~ 0 desalinhamento maximo Permitido no eixo de equipa- mentos horizontais € de 1 mm por metro, e no maximo 12 mn, ~ O nivelamento de um equipamento horizontal deve ser tal que a tolerancia em relacdo a horizontal seja de * 1/4% e, no maximo, uma diferenca de 10 mm entre pon tos de apoio. ~ No caso de equipanento revestido internanente, devem Ser tomados os devidos cuidados para evitar danos ao Tevestimento durante a montagem de andaimes, internos, ou qualquer outro trabalho interno. 15.5 - Plano de elevacio de cargas ate ce etevacao de cargas Um dos aspectos fundamentais na montagem de um vaso de Pressao € o aspecto da operacao de levantamento do equipamento. © plano de elevagio de cargas, preparado pela montadora, deve conter, no minimo as seguintes infornacdes: ~ Planta geral indicando todas as movimentacdes e posi- cionamento das miquinas em relacio a base do equipamen to, bem como do acesso 3 base. ~ Desenho de interferéncia indicando a ndo interferéncia com © equipanento a ser montado e estruturas e/ou equi pamentos préximos. ~ Caracterfsticas das maquinas que serdo utilizadas: ca- talogos, tabelas de carga, raios, comprimento de langa, 222. tipo de maquina. (Esteira; pneus, estacionaria); etc... = Caracterfsticas do piso, através da pressao especifica do local onde seréo feitas as operacées. - Acessdrios de levantamento: cabos, tipos de amarracao posicao de olhais, etc... Antes da operagao de levantamento & necessario a ané- lise criteriosa do estado geral da maquina; o acompanhamento do seu teste de carga, na posicao mais desfavordvel do plano; a verificagdo geral dos acessdrios de levantamento. E neces- sdrio ainda o isolamento de toda a drea onde sera executada a operaco de levantamento. yeas 223 16.0 - Inspecao 16.1 - Introdugo A inspegio nos vasos de pressio estd presente no pro jeto, materiais, fabricagdo, montagem, testes de pressio na operagao do equipamento. £ muito importante que a inspe- slo ndo.seja encarada de modo estanque, ela deve atuar de ma neira integrada. Se analisarmos a evolugdo do controle de qualidade na indistria, podemos considerar as seguintes fases: Inicialmen te era utilizada a inspecio final do produto; numa 28 etapa foi adotada a inspeco durante a fabricacéo (Controle Esta- tistico da Quatidade); numa 32 fase passou-se a realizar tan bém a execug%o do controle de qualidade no projeto (Controle de Qualidade Total - Abordagem Sist@mica); atualmente é ne- cessario que a busca da qualidade se dé em todas as fases éa vida de um produto, integrando-se nesse esforgo a pesqui sa e desenvolvimento, projeto, fabricacio, montagem e opera- sao. £ também fundamental que todos, inclusive as mais al- tas geréncias de uma organizagao, participen desse esforco. A necessidade da implantagdo de Sistemas de Garantia da Qualidade & vital no desenvolvimento, projeto e constru Go de produtos (equipamentos; instalagdes) de grandé res- ponsabilidade. Na Garantia da Qualidade temos uma uniao en- tre o controle de qualidade e a administrac&o da qualidade. 6Q = AQ (2 + CQ) Com relagZo aos vasos de pressdo, 0 cddigo ASME apre- senta, na seco VIII, Diviséo 1 e 2 respectivamente, os Apén dices 10 e 18, Obrigatdrios, que descrevem as caracteristi- cas de um Sistema de Controle de Qualidade, que deve ser in- plantado por todos os fabricantes de vasos de pressZo que u- tilizam as regras do cédigo. 224. Dada a grande-diversidade do assunto, apresentaremos nesse item, alguns aspectos importantes na organizagdo da inspegao, incluindo as recomendagdes do cddigo ASME quanto ao assunto (Parte UG e Apéndice 10); abordaremos ainda os principais métodos de inspecdo empregados vendo com mais de talhe os requisitos referentes ao exame radiografico, de a- cordo com o ASME VIII, Divisio 1. Estaremos, portanto nos ljmitando a apresentacao de cuidados relativos a inspecdo de sbricagao, lembrando que varios aSpectos relativos a inspe- gio dimensional e de montagem j4 foram apresentados no item anterior. 10.2 ~ Organizacdo 0 conhecimento dos problemas associados a inspecdo é@ ge grande importancia desde o estagio inicial de projeto de um vaso de pressZo, isto é: @ importante conhecer quais serao os requisitos necessdrios 4 inspegio e levé-los em considera gio no projeto, que deverd prever os acessos adequados para realizacao da inspecao de fabricac’o e durante a operacao do cquipamento. £ fundamental que todos os procedimentos utilizados na inspegdo, bem como os inspetores sejam devidamente quali- ficados. £ também muito importante o estabelecimento de uma se quéncia adequada para os diversos estagios da inspegdo de um vaso de pressio. A sequéncia a seguir descrita é a apresen- tada na norma B.S.5500. Principais fases na inspecao: a) Inspecfo de materiais, selegdo de amostras e acom- panhamento de testes para verificacao propriedades mecanicas. b) Verificacao da correspondéncia entre materiais for necidos, certificados de testes mecfnicos e anali- aa 225. ses quimicas e especificacées. c) Identificac&o de materiais e acompanhamento transfe réncia marcas de identificacio. 4) Exame visual para detecco de trincas, duplas lami- nagdes, etc... Verificagio de espessuras. e) Verificacio de chanfros e zonas afetadas pelo ca- lor. £) Aprovacdo dos procedimentos de soldagem. 8) Aprovacdo de soldadores e operadores de solda. h) Acompanhamento testes de soldas. i) Exame de juntas soldadas apds conformacées a frio. j) Exame de chapas antes da conformacio. 1) Exame da preparacdo das juntas para soldagem (ins- pegio dimensional, soldas provisérias, etc...). nm) Acompanhamento e inspecio da soldagem. n) Analise dos relatérios de exames nao destrutivos, antes ou apés o tratamento térmico; verificacdo dos defeitos aceitaveis. 0) Inspecio dimensional de fabricagio. p) Andlise e acompanhamento do tratamento térmico. q) Inspegao dimensional final. 1) Acompanhamento do teste de pressao. 8) Inspegdo e verificacio marcagdes do equipamento an_ tes do embarque. Em relag&o ao Sistema de Controle de Qualidade, sao as seguintes as recomendagdes do Apéndice 10 do Cédigo ASME, VIII, Divisao 1. a) Autoridade e responsabilidade. A autoridade e responsabilidade das pessoas encar- regadas do sistema de controle de qualidade devem b) ©) 4) e) £) 8) 226. ser claramente definidas, essas pessoas deven ter autoridade e liberdade suficientes para identifi- car problemas e iniciar ou recomendar solucdes. Organizacio Deve haver um organograma definindo as relacées en tre a geréncia e os departamentos de engenhar- compras, fabricacdo, inspeco. Desenhos, memérias de c@lculo e especificacoes. Devem ser estabelecidos procedimentos que assegu- Tem que estdo sendo utilizados as Gltimas revisées de quaisquer desenhos, cdlculos, especificagdes ou instrugdes. Controle de Material O controle de recebimento de material deve assegu Tar que o material recebido seja prontamente iden- tificado, que sua documentacgao esteja correta e que somente materiais qualificados sejam utiliza- dos na construgao do equipamento. Programagao da inspecao. As operacées de fabricacdo devem ser descritas de- talhadamente a fim de que o inspetor possa saber em que etapa deverfo ser feitas as inspegdes neces sarias. Correcao de Nao Conformidades. Deve haver um procedimento definido, entre fabri- cante e o inspetor para a correcao de nao conformi dades (Qualquer condigao que nfo atenda aos requi- sitos da norma utilizada). Soldagem © sistema deve assegurar que as operacdes de solda 29a) 227 gem satisfacam as exigéncias da Secao IX do Cédig ASME, com’ todos os procedimentos de soldagen, oper dores e soldadores devidamente qualificados. h) Exames Nao Destrutivos © sistema deve assegurar que todos os procedimento de exames nao destrutivos sejam realizados de acor- do com as normas utilizadas e devidamente qualificc dos e identificados. i) Tratamentos Térmicos © sistema deve assegurar que os tratamentos térni- Gos sejam realizados de acordo com os requisitos de projeto e que os registros desses tratamentos Possam ser analisados quando solicitado pelo inspe tor. J) Calibracdo de Instrumentos de Medico e Testes. © fabricante deve ter um sistema apropriado Para a calibracdo dos instrumentos de medicdo e testes. 1) Arquivos © fabricante deve ter um adequado sistema de arqui vo de radiografias ou quaisquer outros docunentos, quando especificado em norma. m) Formularios Os formularios utilizados pelo sistema de controle de qualidade ¢ os procedimentos para sua utiliza- s8o devem estar sempre disponiveis para verifica- ¢G0 e andlise. n) Inspetor © fabricante deve fornecer ao inspetor uma descri- $40 escrita de seu sistema de controle de qualida- dei o inspetor deverd ter. total acesso a todos e 228. quaisquer desenhos, cdlculos, especificacgées, proce dimentos necessdrios a execugio de sua tarefa. 16.3 - Principais Métodos de Inspecao Ha tres tipos gerais de testes, aplicdveis em estagios distintos da fabricacZo dos vasos de pressio. Na fase inicial, correspondente a inspecio de material @ andlise das propriedades das juntas soldadas os principais testes sao os que denominamos de ensaios destrutivos. Na fase intermed{aria, durante a fabricaco do equipa- mento so realizados os exames ndo destrutivos, através dos quais visamos detectar possiveis irregularidade em chanfros ou soldas. Finalmente, apés 0 vaso pronto, sero realizados os testes de pressio. 16.3.1 --Ensaios Destrutivos Além da andlise quimica, que em alguns casos & executada para comprovacao das caracterfsticas dos materiais fornecidos, os principais ensaios destrut vos realizados para verificagao das propriedades meci. nicas dos materiais e das soldas realizadas sfo os tes tes de traco, dureza, dobramento e impacto. Também importantes, para a determinagio das Propriedades dos materiais, mas estes realizados com a finalidade de selecionar um material adequado, séo os testes de fadiga e fluéncia. 16.3.2 - Exames Destrutivos Os principais exames no destrutivos, realiza dos na verificagdo de qualidade de execugio de chan- fros e especialmente nas soldas sio: Inspecio Visual;

You might also like