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    y Publicagao da Escola Comunitéria de Campinas Margo de 1994 Ealigio n° 38 » Ano VE Aprender a ler a vida, escrever sua destinagéo histérica, constituir-se como sujeito e como conseiineia humana. A Peda goria de Paulo Freire pensa numa existéncia comprometida com a “prétiea da liberdade’ - 0 Homem restituido em sua dignidade ¢ infinitude, abre suas possibilidades de ser livre, exercendo-aefetivamente. 0 grande educador questiona as bases tradicionais da edu- cagdo, instigando alunos e educadores a serem ciimplices, co- Vestibular 94 Pagina 5 Pogings Ensinar, aprendendo Pagina 10 participantes da grande viagem pelas terras das palavras ge- radoras, matrizes do universo social "Trouseste @ chave" ? - Como Drummond, Paulo Freire Janga 0 desafio do exercteio pedagrigico, despertando-nas do soho da acomodacdo massificante e guiando-nos para o sonho da formagao de consciéncias erticas e responsdveis. Utopia # Nao ! Antes, projeto que deve ser assumido por todos aqueles que descobrem 0 prazer de aprender, ensinando. Conversa com Paulo Freire nas paginas 6, 7, 8 ¢ 9. Novos espacos | | Dicas de leitura Fazendo Arte | Ponto de Vista Pégina 11 | Gia pégina a FOOHSSOHSHSHSHSSSHOHSSSHOHHOHSHOHSHHOHSHHHSHHSHSHHHHSHHHOOHHOSHOSCOOOLE Sobre escolas comunitarias Fu ndo diria que haja gran- des antagonismos entre as es- colas comunitarias que conhego, mas que elas t8m di ferencas: sonhos, competén- cias © gostos diferentes, pedagogias parecidas mas no necessariamente iguais. Ha também uma certa co- notagdo em sua natureza que abarca.atodas, uma espécie de sonho e de impulso aberto ¢ democritico. As escolas co- munitirias nascem de um de- sejoe uma utopia -0 desejo de fazer e de servir. Quando cla se distancia da possibilidade de didlogo, de abertura, perde seu enderego histérico, politico, cultural, perde sua identidade e ai deve- ria apagar o atributo comuni- tiria, porque ja ndo & Existe nas escolas comuni- tirias (particulares ou piibli- cas) um impeto de prestar servigo e formar. O sentido de formagiio ea responsabilidade do proceso de formar numa escola comunitiria esta muito mais demandado. Ela exige ‘muito mais, pela sua propria natureza. Do ponto de vista das clas- ses populares, vemos que as escolas comunitérias foram ¢ vém sendo uma invengio a ‘queas classes trabalhadoras se centregaram no sentido de for- mar seus filhos, reagindo a0 descaso do governo com rela- 0 a educagio, a Na minha compreensio politica as massas nio devem substituir 0 Estado. A escola Popular comunitéria deve de dizendo isso, numa escola que nao é publica. Mas, no ! Eu tenho todo o respeito por esta escola e digo mais, acho que deveriam existir muitas esco- las assim. O govemo, numa Perspectiva democritica, nao teria jamais 0 direito, nem a insanidade de, em nome do poder piblico fechar o priva- do. Esta escola deve continuar existindo, mas deve apoiar a briga em favor da escola pii- blica. = Nii tenho dividade que se houver uma reotientagiio dos ‘gastos piiblicos ¢ se fizer uma hhierarquizagao das necessida- des esse pais resolveria no s6 o problema da educago como também o da saide, O espaco Pedagégico A questio da aprendiza- gem envolve 0 educador de tum lado, ¢ de outro o educan- do, a0 envolvé-los (educador € educando) necessariamente tera que partir da compreen- slo que ambos tém do espago pedagégico - pois nfo ha pri- tica educativa sem espago educativo. Eu nio posso ser tum bom educador se eu no

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