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Calculo Estrutural de Uma Laje 2C Uma Vi
Calculo Estrutural de Uma Laje 2C Uma Vi
RESUMO
Este trabalho apresenta o pré-dimensionamento estrutural de uma residência de dois
pavimentos, isso é um fator primordial para que possa ser calculado todas as etapas
do projeto, através deste é possível saber o peso próprio da estrutura. Este cálculo é
dividido em três etapas: lajes, vigas e pilares, o conhecimento das dimensões permite
determinar os vãos equivalentes e as rigidezes, necessários no cálculo das ligações
entre os elementos. Será utilizada a norma NBR 6118/3 (NORMA BRASILEIRA 6118
PROJETOS DE ESTRUTURAS DE CONCRETO) que regulamenta todo tipo de
construção feitas com concreto.
Palavras-chave: Pré-dimensionamento, estrutura, construção.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................
2 OBJETIVOS....................................................................................................
2.1 Objetivos Gerais..........................................................................................
2.1 Objetivos Específicos.................................................................................
3 JUSTIFICATIVA..............................................................................................
4 METODOLOGIA..............................................................................................
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..........................................................................
CONSIDERAÇÕESFINAIS................................................................................
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................
APÊNDICES........................................................................................................
APÊNDICE A – APÊNDICE B – APÊNDICE C –
ANEXOS.............................................................................................................
INTRODUÇÃO
Nas construções de Concreto Armado, sejam elas de pequeno ou de grande porte,
três elementos estruturais são os mais comuns: as lajes, as vigas e os pilares. Há
diversos outros elementos, que podem não ocorrer em todas as construções, são:
blocos e sapatas de fundação, estacas, tubulões, consolos, vigas-parede, tirantes, etc.
Este trabalho visa pré-dimensionar as estruturas de uma residência com dois
pavimentos, através de fórmulas analíticas e/ou empíricas. No cálculo, devem-se
considerar alguns aspectos, como material, vão, dimensionamento, carregamento,
entre outros fatores.
Serão estudadas as principais estruturas da construção: lajes, vigas e pilares, todos os
cálculos realizados antes da construção das mesmas, quais os procedimentos
necessários, normas, testes e por fim como a construção é realizada.
Será utilizado o projeto da arquiteta Aline Padovin, que se trata de um sobrado
residencial, localizado em Paulínia - SP, e a partir deste projeto será mostrado como
todos os projetos, cálculos, comparações a normas e testes são realizadosantes da
construção da residência.
A norma utilizada é a NBR 6118/3 (NORMA BRASILEIRA 6118 PROJETO DE
ESTRUTURAS DE CONCRETO) que regulamenta todo tipo de construção feitas com
concreto.
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivos Gerais
Saber analisar uma planta de estruturas, considerando todas as partes da construção,
analisando parte por parte e por fim todas em conjunto, como de fato serão
construídas.
Compreender como o memorial de cálculo é realizado, quais as normas necessárias
para a execução correta de uma construção dentro dos parâmetros legais do país
onde a mesma se localiza e qual sua importância para a formação de Engenheiros
Civis.
h=3,5040 portanto h=0,0875 m ou 8,75 cmDe acordo com a norma a laje 10 teria que
ter uma espessura mínima de 7,0 cm, porem levando em consideração a acústica do
ambiente decidimos adotar laje 10 de 11 cm.
h=1,60 40 portanto h=0,04 m ou 4,00 cm De acordo com a norma a laje 11 teria que
ter uma espessura mínima de 7,0 cm, porem levando em consideração a acústica do
ambiente decidimos adotar laje 11 de 11 cm.
h=2,6040 portanto h=0,065 m ou 6,50 cmDe acordo com a norma a laje 17 teria que
ter uma espessura mínima de 7,0 cm, porem levando em consideração a acústica do
ambiente decidimos adotar laje 17 de 11 cm.
Onde:
Laje 2= 1,25*1,40=1,75m²Laje 3= 1,575*1,40=2,205m²Laje 6=
1,25*1,525=1,90625m²Laje 7=
1,575*1,075=1,693125m²Ai=1,75+2,205+1,90625+1,693125=7,554375 m²Portanto
nossa área de influencia ao pilar P.20 é 7,554375 m².
PESO FINAL DO PILAR:
O pilar final do pilar é incluído a área de influencia referente as lajes que descarregam
ao pilar. A partir de a equação a seguir vamos obtemos o Ppilar:
Ppilar = Pmédio . Ai
Onde:
Ppilar= peso do pilar (KN);Pmédio = peso médio (KN/m²);Ai= área de influencia (m²).
Aplicando a equação:
Ppilar=12*7,554375=90,6525 KNPortando nosso peso final do pilar é 90,6525 kN.
É estabelecido pela norma que a seção transversal dos pilares que os mesmos não
devem apresentar dimensão menor que 19 cm. Em alguns casos, permitem-se
dimensões entre 19 cm e 12 cm, desde que no dimensionamento se multipliquem as
ações por um coeficiente adicionalγf, indicado na Tabela 6.O γf é utilizado para
definição da dimensão mínima doslados dos pilares, de acordo com a norma NBR
6118/03 (item 13.2.3):
Tabela 6: Valores do coeficiente adicional γf em função de b
B ≥ 19 18 17 16 15 14 13 12
γf 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25 1,30 1,35
Fonte: Adaptado da ANBT NBR 6118/03
Onde:
γf = 1,95 – 0,05b
Sendo:
b = menor distância da seção transversal do pilar (cm).
O coeficiente γfdeve majorar os esforços solicitantes finais de cálculos nos pilares
quanto ao seu dimensionamento.
Com o valor de γf e do peso do pilar é possível encontrar a carga final do pilar
(PdTotal), utilizando a fórmula abaixo:
PdTotal = γf . (n .Ppilar)
Onde:
PdTotal= carga final do pilar (KN/m²);
γf=coeficiente adicional (gama de ponderação);
n = número de pavimentos.
Aplicando a equação:
Pd=1,4*2*90,6525=253,827 KNA tensão admissível é calculada de acordo com o fck
utilizado, sendo necessário transformar a unidade de MPa para KN/m², ou seja, divide-
se o valor obtido por 10.No presente pré-dimensionamento, utiliza-se o fck comercial
de 25 MPa.
σadm = 0,5 . fckAplicando a equação:
σadm=0,5*25=1,25 KN/cm²Após todos os cálculos realizados anteriormente,
determina-se qual é a área do pilar (Ap), dada em cm².
Ap = Pd totalσadmAp = área do Pilar (cm²);
σ = tensão admissível.
Aplicando a equação:
Apilar=253,8271,25=203,0616 cm²Em qualquer caso, não se permite que essa área,
ou seja, que a seção transversal do pilar seja inferior a 360 cm².
203,0616 < 360 cm²Portanto adotaremos a base do pilar de 15 cm, sendo assim:
360=15*hh=36015=24 cmDe acordo com opré-dimensionamento o P.20 seria de
12x24, em projeto, a arquiteta projetou um pilar de (12x22), sendo necessário realizar
um o dimensionamento do P.20 para comprovar nossos resultados.
6. LAJE
6.1 Introdução
Segundo a NBR 6118/03 as lajes são as estruturas planas e horizontais de concreto
armado, apoiada em vigas e pilares, que divide os pavimentos da construção, também
chamadas de elementos de superfície ou placas. Destinam-se a receber a maior parte
das ações aplicadas numa construção, normalmente de pessoas, móveis, pisos,
paredes, e os mais variados tipos de carga que podem existir em função das
finalidades arquitetônica do espaço que a laje faz parte.
As lajes maciças são superfícies de estrutura plana, em geral composta de concreto e
armaduras, que normalmente se apoiam ou engastam em vigas. Quando elas apoiam-
se diretamente sobre pilares, denominam-se lajes maciças cogumelo, porém, não é
uma solução muito comum.
Normalmente as lajes maciças são moldadas “in loco”, ou seja, são construídas no
local, a partir de fôrmas de madeira ou metálicas, onde são colocadas as armaduras,
os espaçadores, as tubulações necessárias, se houver, e depois é colocado o
concreto. Elas são dispostas para resistir aos esforços de tração que as solicitam por
ação dos momentos fletores.
Os cálculos do presente trabalho serão realizados de acordo com as normas ABNT
NBR 6118/03, que fixa as condições básicas exigíveis para projeto de estruturas de
concreto simples, armado e protendido, excluídas aquelas em que se empregam
concretoleve, pesado ou outros especiais, a ABNT NBR 6120/80, que fixa as
condições exigíveis para determinação dos valores das cargas que devem ser
consideradas no projeto de estrutura de edificações, qualquer que seja sua classe e
destino, salvo os casos previstos em normas especiais e a ABNT NBR 8681/03, que
fixa os requisitos exigíveis na verificação da segurança das estruturas usuais da
construção civil e estabelece as definições e os critérios de quantificação das ações e
das resistências a serem consideradas no projeto das estruturas de edificações,
quaisquer que sejam sua classe e destino, salvo os casos previstos em Normas
Brasileiras específicas.
6.1.1 Vãos efetivos de lajes
Os vãos efetivos, vãos teóricos ou vãos de cálculo de lajes, são os valores da
distância entre os apoios que serão utilizados na análise da estrutura, obtidos através
dos vãos livres.
A NBR 6118/03 (item 14.6.2.4) afirma que, quando os apoios forem suficientemente
rígidos na direção vertical, o vão deve ser calculado pela seguinte equação:
lef = lo+a1 +a2Onde:
lef= vão efetivo da laje;
lo=vão livre da laje;
a1≤t123h e a2≤t223h77216020637500
No caso de edifícios residenciais onde bw<30cm, é usual adotar o vão efetivo como
sendo a distancia entre os centros dos apoios respectivos, mostrado pela equação
prática:
lef=lo+t12+t226.1.2 Classificação quanto às direções de armação
As armaduras principais das lajes podem ocorrer em apenas uma direção ou nas duas
direções. Em todo caso deve se formar uma malha com as armaduraspara melhor
distribuição das tensões. Considera-se o menor vão efetivo como sendo lx e o maior
vão como ly.
6.1.3 Classificação quanto às vinculações de suas bordas (para lajes que serão
envolvidas no cálculo)
Há três condições de apoio simplificadas para os cálculos manuais, representados
pela convenção a seguir:
A borda engastada não deve permitir deslocamentos verticais e as rotações, isto pode
acontecer quando se tem uma laje adjacente.
A borda apoiada não deve permitir deslocamentos verticais. Esse tipo de borda
podeocorrer quando não existe uma continuidade da laje com a laje adjacente, neste
caso o apoio ocorrerá sobre a viga de concreto ou parede de concreto.
Na borda livre os deslocamentos verticais e as rotações de apoio são permitidos pela
falta de apoio.
6.2 Carregamentos
A determinação do carregamento pode ser obtida pelas normas ABNT NBR 6120:1980
e 6118:2003, cargas para cálculos de estruturas e edificações ABNT NBR 6120:1980
e Ações e segurança nas estruturas.
O carregamento total da laje pode ser dado pela equação:
p=g+q+PalvOnde:
p – Carregamento total da laje (Kn/m²);
g – Ações permanentes;
q – Carga acidental (Sobrecarga);
Palv – Carga da alvenaria se houver.
d=h-∅-cOnde:
d – Altura útil;
h – Espessura da laje (altura da laje);
∅ - Diâmetro das barras;
c – cobrimento nominal.
O cobrimento nominal é obtido de acordo com a tabela abaixo:
Classe de Agressividade Ambiental Agressividade Classificação geral do tipo de
ambiente Risco de deteorização da estrutura
I Fraca Rural Insignificante
Submersa II Moderada Urbana1), 2) Pequeno
III Forte Marinha1) Grande
Industrial1), 2) IV Muito Forte Industrial1), 3) Elevado
Respingos de Maré NOTAS: 1) Pode-se admitir um microclima com classe de
agressividade um nível mais brando para ambientes internos secos (salas, dormitórios,
banheiros, cozinhas e áreas de serviço de apartamentos residenciais e conjuntos
comerciais ou ambientes com concreto revestido com argamassa e pintura).
2) Pode-se admitir uma classe de agressividade um nível mais branda em: obras em
regiões de clima seco, com umidade relativa do ar menor ou igual a 65%, partes da
estrutura protegidas de chuva em ambientespredominantemente secos, ou regiões
onde chove raramente.
3) Ambientes quimicamente agressivos, tanques industriais, galvanoplastia,
branqueamento em indústrias de celulose e papel, armazéns de fertilizantes, indústrias
químicas.
Segundo a NBR 6118/03 (item 7.4.1), a “durabilidade das estruturas é altamente
dependente das características do concreto e da espessura e qualidade do concreto
do cobrimento da armadura.” Para as lajes, a norma determina os valores do
cobrimento em função da classe de agressividade ambiental, de acordo com a Tabela
2:
Tabela 2 - Cobrimento
Classe de Agrassividade I II III IV
Cobrimento Nominal 2,0 2,5 3,5 4,5
Fonte: Adaptado da ABNT NBR 6118/03, p. 19
Adotaremos como cobrimento o valor da Classe I, pois a Classe em que estamos é a
II, mas como a obra está em uma região de clima seco é permitido usar um nível mais
brando.
6.3.2 Esforços solicitantes para lajes armadas em duas direções
Os esforços solicitantes podem ser obtidos pela Teoria clássica de placas delgadas
considerando o material isótropo, homogêneo, elástico e linear.
Os esforços apresentam-se na forma de equações diferenciais que, na maioria das
vezes, não é possível uma solução de forma exata. Recorre-se então a processos
numéricos para a resolução dessas equações como: Método dos elementos finito,
Métodos dos elementos de contorno, Método das diferenças finitas ou Analogia de
grelhas (PINHEIRO et al., 2010).
Existem tabelas confeccionadas a partir dos processos numéricos como a de
Kalmanok, Czerny, Marcus e Bares. Demodo geral abrangem os casos de lajes
retangulares, triangulares, circulares, apoiadas em pilares, com bordas livres, sob
carregamento uniforme e triangular.
Neste trabalho serão utilizadas as tabelas desenvolvidas por Kalmanok e adaptadas
por MUÑOZ (1961). A figura a seguir mostra alguns casos de condições de apoio para
carga uniformemente distribuída.
A compatibilização dos momentos negativos deve ser realizada nas duas direções da
laje. O método mais utilizado é a equação aseguir:
X≥0,8*XmaiorXmaior + Xmenor2Onde:
Xmaior - Maior momento fletor;
Xmenor – Menor momento fletor.
Utiliza-se o maior valor encontrado a partir da fórmula.
6.3.5 Dimensionamento das lajes - Cálculos
As lajes envolvidas nos cálculos são as lajes L16 e L18 de acordo com a figura abaixo:
bx≅0,04ks=0,023 Domínio 2Com o valor de Ks, obtém-se a área de aço para faixa de
um metro através da equação (?):
AS=Ks*1,4*MddOnde:
As – Área de aço que deve ser distribuída na faixa de largura igual a um metro
(cm²/m);
Ks – Parâmetro calculado referente ao aço;
Md – Momento de cálculo (kN.cm);
D – Altura útil (cm).
AS x=0,0231,4* 280,14761258,5=1,06126507324CM2M de lajeAnteriormente foi
calcula a armadura mínima em relação à armadura positiva, comparando ambas,
percebe-se que a Asmín> As, neste caso, adota-se Asmín para os cálculos.
ASmin=1,11>As=1,06126507324Para os cálculos é adotado o maior valor, portanto
Asmin=1,11 cm²/ m de laje.
Após obter o valor das armaduras necessárias, deve-se saber qual o diâmetro das
barras de aço que serão utilizadas. Isso é possível através da equação abaixo:
∅≤h8Onde:
∅ - Diâmetro máximo;
H – Altura da laje.
∅≤118=1,375 cm=13,75 mmApós isso é importante saber qual o espaçamento
permitido entre as barras para que a armadura seja perfeitamentedimensionada. “As
barras da armadura principal de flexão devem apresentar espaçamento no máximo
igual a 2h ou 20cm, prevalecendo o menor desses valores na região dos maiores
momentos fletores” (ABNT NBR 6118:2003 item 20.1). Através da equação abaixo
obtêm-se o espaçamento permitido:
10cm≤e≤2*11=22 cm20 cmAdotamos 10cm como medida de segurança, então têm-se
que o espaçamento permitido é :
10 ≤e≤ 20 cmA armadura secundária deve apresentar espaçamento de no máximo 33
cm, o que corresponde a aproximadamente 3 barras por cada metro da laje na direção
secundária.
Para se calcular o espaçamento das barras para uma área de aço adotada no cálculo,
As, em um metro de laje, pode se fazer:
As=100 cmAs1∅=eDesta forma a equação (?) mostra o máximo valor permitido para o
espaçamento entre barras “e”:
e=100*As1∅AsOnde:
e – Espaçamento das barras (cm);
As1∅ - Área de uma barra da armadura (cm²);
As – Área da armadura calculada (cm²/m).
Será utilizado:
∅5,00mm – área1∅ = 0,2cm² , ao substituir na fórmula acima têm-se que:
e=100*0,21,11=18,018Para saber a quantidade de barras de aço é necessário saber o
vão livre “lo” e o espaçamento “e”. A quantidade de barras no vão “lo” pode ser obtida
pela equação (?):
loe=n+aOnde:
lo = Vão livre (vão de uma extremidade a outra, descontando os cobrimentos);
e = Espaçamento das barras;
n = Número inteiro
a = Fração.
Para 0 ≤ a ≤0,5 ⟶ 0,5 ≤ a ≤ 1,0 ⟶nº de barras= n
Para 0,5 < a < 1,0 ⟶ 0 < a < 0,5 ⟶nº de barras= n+1
Ao substituir os valores na equação (?),têm-se que:
43318=24+0,05Após aplicar a fórmula, é possível chegar ao número de barras: 24.
É necessário saber também qual o comprimento das barras de aço, que deve
respeitar:
O comprimento de ancoragem das barras (lb);
O comprimento de ancoragem mínimo lbmin=10*∅(diâmetro da barra);
O comprimento das barras é descoberto através da equação (?):
C=lo+t1+t2-c-cOnde:
C – Comprimento das barras (cm);
lo – Vão livre (vão de uma extremidade a outra, descontando os cobrimentos e vigas);
t1 e t2 – Vigas;
c – Cobrimentos.
Substituindo os valores, têm-se que:
C=413+22+22-2-2=453 cmCada barra terá comprimento de 453 cm.
7. VIGA
7.1 Introdução
Pela definição da NBR 6118/03 (item 14.4.1.1), vigas “são elementos lineares em que
a flexão é preponderante”. As vigas são classificadas como barras e são normalmente
retas e horizontais, destinadas a receber ações das lajes, de outras vigas, de paredes
de alvenaria, e eventualmente de pilares, etc.
A função das vigas é basicamente vencer vãos e transmitir as ações nelas atuantes
para os apoios, geralmente os pilares. (BASTOS, 2011, p.23)
As ações geralmente são perpendiculares ao seu eixo, podendo ser distribuídas ou
concentradas, podendo ainda receber forças normais de compressão ou tração,
também na direção do eixo. Assim como as lajes e os pilares, as vigas também fazem
parte da estrutura de contraventamento que é responsável pela estabilidade dos
edifícios às ações verticais ou horizontais.
As armaduras das vigas são geralmente compostas por estribos, chamados “armadura
transversal”, e por barras longitudinais, chamadas “armadura longitudinal”.
7.1.1 Vão efetivo da viga
De acordo com a NBR 6118/03 (item 14.6.2.4), o vão efetivo pode ser calculado pela
seguinte expressão:
lef = lo + a1 + a2
Onde:
lef= vão efetivo da viga;
lo= distância entre faces de dois apoios consecutivos;
a1≤t123h e a2≤t223hOnde:
t = comprimento do apoio paralelo ao vão da vigaanalisada;
h = altura da viga.
735330-1905
ppv = bw . h .γconc
Onde:
ppv = peso próprio da viga (kN/m);
bw= largura da seção (m);
h = altura da seção (m).
γconc = 25 kN/m³;
7.2.2 Peso de alvenaria sobre a viga
Normalmente as paredes têm espessuras e alturas constantes, podendo então,
considerar a carga da alvenaria uniforme ao longo do seu comprimento.
ppalv = e . h .γalv
Onde:
ppalv = peso próprio da alvenaria (KN/m)
γalv = peso especifico da parede (KN/m³);
e = espessura final da parede (m);
h = altura da parede (m).
De acordo com a NBR 6120/80, o peso específico é de 18 KN/m³ para o tijolo maciço
e 13 kN/m³ para o bloco cerâmico furado.
No caso de aberturas de portas, janelas e outras esquadrias serão consideradas
normalmente como trecho de carga, pois durante a construção sua localização pode
ser alterada.
7.2.3 Reação da laje sobre a viga
No cálculo das reações das lajes e de outras vigas, recomenda-se discriminar as
ações permanentes e as ações variáveis, para que se possam estabelecer as
combinações das ações. Desse modo, as reações da laje sobre as vigas de apoio
devem ser conhecidas. É importante verificar se uma ou duas lajes descarregam sua
carga sobre a viga.
7.2.4 Carregamento total da viga
Normalmente, as cargas atuantes nas vigas são provenientes de paredes, de lajes, de
seu peso próprio, e eventualmente, de outras vigas e de pilares. As cargas nas vigas
devem ser analisadas e calculadas em todos os vão da viga, trecho por trecho do vão,
se este conter trechos de cargas diferentes.
7.3 Dimensionamento
7.3.1 Altura útil
A altura útil é encontrada pela seguinte equação:
d'=C+∅t+∅t2Onde:
d’ = altura útil da laje (cm);
∅t = diâmetro das barras;
C = cobrimento nominal.
d=h-4Obs: falar sobre as classes de agressividade para escolha do cobrimento
7.3.2 Dimensionamento da viga
CALCULO DA ALVENARIA SOBRE A VIGA
PESO DA PAREDE SOBRE A VIGA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
De acordo com os cálculos realizados e a utilização do software Ftool 2002 para
modelagem da viga. Um Correto pré-dimensionamento dos elementos estruturais é
imprescindível para facilitar o posterior cálculo do dimensionamento.
Conclui-se este projeto de forma satisfatória e com um grande aprendizado no que diz
respeito a dimensionamento estrutural, este projeto foi muito importante também ao
aperfeiçoamento das técnicas de cálculo de dimensionamento de lajes e vigas, devido
as revisões dos conceitos relevantes e úteis na vida profissional de um engenheiro
civil.