SETIMO ANNO RB OUTUBRO DE 1860 fabean Eda Graz do Senhor tex nome REVISTA INSTITUTO ARCHEOLOGICO E GEOGRAPHICO PERNAMBUGANO SETINO ANNO ~. TOMO TERCEIRO CUTUBRO DE 1869.—N. 25. 177! Sesvilo Ordinaria wo dia 1 de Agosto de 1832 Presidencia do Exm. Sr. Conselheiro Monsenkor Muniz Tavares da_manha presentes os Sts. Drs. Aprigio Guimaraes, Soares Brandiio, Soares de Aze- vedo, © os Sts. Conego Lino do Monto Carmelo, ‘Tenente-Coronel Frias Villar e Majores Codiceira ¢ Salvador Henrique, abre-se a sesso. O Sr. 2+ Secretario procede a leitura da acta da antecedente. que é approvada. © Sr. Seeretario perpetuo mer expediente Um officio do Exm. Sr. Dr. Antonio Pereira Pinto, Director da Secretaria da Camara dos Srs. Deputados, azradecendo a remessa da photographi do Exm. Conselheiro Monsenhor Muniz Tavares.—~ Inteirado. Outro do mesmo Exm. Senhor, offertando 20 Instituto um exemplar do Relatorio ¢ Synopsis dos trabalhos da Camara dos Srs, Doputades, rel 8.0 seguinte2 REVISTA po INST. ARCHL. E GHOGR. PERN. a0 anno de 1871, ¢ igualmente declaranto que pessoa, que na cérte for designada pelo Instituto, « ‘regard uma colleecio dos Annaes daquella Camara constante de 54 volumes.—Inteirado, e que s decesse. Outro do Sr. Capitio do Porto, olfertando e6- pia do Relatorio que apresentou ao Ministerio dx Marinha sobre 0 pharol do porto desta provincia.— A’ commissio nomeada para proceder & sobro este assumpto. Outro do Sr. Commendador Emilio Xavier breira de Mello, aceitando e agridecento sua eleigi de socio correspondente.—Inteitado. Outro do Sr. Brigadeiro Francisco Joaquim Pereira Lobo, fazendo Inteirado. mesmo Sr. Secr seguintes offertas : Varios numeros do Diario de Pernanbueo, p consocio Dr. Figuei Alguns numeros do Assuense. Unio Liberal de Alagoas, Correio de Santo Antito ¢ Liberal ; polus respectivas redacgies. ‘Uma vista photographica do concilio do Vatica- no, offertado pelo Rvd.Conezo Manoe! da Vera-Cruz, ‘Todas estas ofertas sio recebidas com agrado e mandam-se archivar. E’lido e remettido a commiss gnmentos, 0 seguinte balango de r de fundos ¢ or- ita e despez 1 Teimestre de Abrit RECEITA Toias de socios. Sabvengi A Saldo em 81 de Marg 903000 00000 2208315 REVISTA DO INST. ARCH, E GEOOR, PERN. = 3 bESPEZA Expodiente : + agsoo Ordena ao'smanucnse +. eS 753000 Dito ao continuo . : se -60$000 Suldo em cai 4458915 6108315 E' lido, discutido o approvado um requerimen- to do St. Tenente-Coronel Frias Villar, no sentido de ser permittide ao Sr. Dr. Adolpho Lamenha tirar diploma de socio correspondente, visto nfo 0 ter feito no tempo marcado nos Rstatatos. Entra em discussio o programma adiado para a palestra litteraria : tomaram parte nella varios se- nhores, suscitando-se algumas consideragies; e entre cellas: si a dominaciio kollandeza apressaria ou demo- varia a independencia do Brasit. ‘Hm consequencia de achar-se a hora adiantada, foi de novo adinda para a seguinte sessio. E distribuido pelos socios presentes 0 n. 23 da Revista Trimensil do Instituto ‘0 Sr, Presidente dé para ordem do dia da pro- xima sessio, que devoré ter lugar no dia 22 do corrente, trabalhos e pareceres de commissies ¢ pa- lestra litteraris. Levanta-se a sossio. —- Monsenhor Francisco Muniz Tavares, Presidente. — José Soares ile Aze- neilo, Secretario perpetuo. —- Salvador Henrique de Albuquerque, 2 Seeretario1 REVISTA D9 INST, ARCH. E GEOGR. PERN, AWS! SessHo erdinaria mo dia 22 de Agosto de 1872 Presidencia do Exm. Sr. Conselheiro Monsenhor Muniz Tavares, _A’s 12 horas da manbZ presentes os Sts. Di Aprigio Guimariies, Soares de Azove-lo, Witruvio, Soares Brandio, Ayres Gama, Baptista Regucira, Affonso de Albuquerque. Paula Sales, e 0s Srs. Co- ronel Leal, Tenente-Coronel Frias Capito de Fragata Stepple da Silva, Conezos Rochael, Lino do Monte, Majores Coticeira e Salv abre-se a sessio. 0 Sr. 2: Secretatio procede a leitura da da antecedente, que & approvada 0 Sr. Secretario perpetuio dé expediente : Um officio da Companhin de Santa ‘Thereza, convidando o Instituto 4 se fazar representar no acto da inauguragio do abs Vag vel ¢ illuminagio a gaz da Cidade de Olinda. OSr. Seoretario perpetuo declara que por ha- Ver chegado tarde o officio de eonvite deixou o Ins- tutato de ser alli representudo. Outro do Sr. Capitio do Porto, offertando um mappa da sondagem das barras do porto desta pro- vineia.—Inteirado, sendo recebida 2 offerta, com agrado. Outro do Sr. M tra, nee Tateiredo. 0 inesmo Sr. seguintes offertas Varios numeros lo Diario de Pernambuco, pelo consocio Dr. Figue lor Henrique, lajor Luiz Augusto Coelho Ci ndo sua eleigto de socio correspondente. jecretnrio perpetuo di conta di AROH, E GEOGR. PERN. 5 A DO Alguns numeros do jornal Resa, pela respec va redaegio. Todas estas oflertas so recebidas com agrado 0 ‘mandam-se archivar. ‘Vem & mesa tres propostas para admissio de socios correspondentes.—A’ commissio respectiva E’ Tida e approvada a seguinte proposta : « Achando-se 0 Instituto por falta de meios im- ibilitado de mandar fazer una bomba_ sobre 0 ne separa a estrada do Caxangé, do cami ho que so dirige para o Iugar da columaa comme- morativa do Arraial-Novo ; e sendo indispensavel visto que o referido vallado empata‘o tran- sito das pessoas que so dirigom & visitar aquelle mo- umento. tanto & pé como 4 enrro ; proponho que se pega ao Exm. Sr. Presidente da Provineia, que por intermedio das Obras Publiens mando fazer aquella ‘obra, proporcionando deste modo ao. publico a facili We de ser visitada 2 referida columna. « Sala das sessies do Instituto Archeologico Geographico Pernambueano, 22 de Agosto de 1872. Salvador Henrique de Albuquerque. » ET igualmente lido ¢ approvado 0 seguinte pa- recer: A commissio incumbida de dar parecer sobre o ofliciy da Tim? Camara Municipal desta eidade, em ‘6 qual solicita ella que este Tnstituto Ihe fornega os preeisos dados para que possa_ sutisfazer a exigencia contida no aviso cireular do Ministerio da Aricultu- ra, Commercio ¢ Obras Publicas de 14 de Maio des- te anno; em vista dos termos em que esti concebi- doo mencionado aviso, julga que se deve responder quella Iilm' Camara que, o Instituto fica na intelli- gencin de enviar para 0 musGu nacional dous exem- ares das medalhas que por acaso haja de mandar inhar ‘Sala das sessies do Instituto Archeologio ©6 Revista po ist. aReH. B GEOGR. P N. Geographico Pernambueano, 22 de Agosto de 1872 —Conego Lino do Monte-Carmetto Luna Salvador Henrique de Albuquerque. — José Domingues Codie eeira. Entra om discussio a palestra adiada da sessio passada sobre o seguinte : « Si dominagto hollandeza apressaria ou demo- raria a independencia do Brasil. » ‘Tomam parte nesta discussio varios senhores, ¢ depois de animado debate, foi a maioria de parecer que a dominagio hollandeza apressaria « indepen- dencia. 0 Sr. Dr. Affonso de Albuquerque propie pars Ponta do palestra ma seguint sssio Investigar o motivo pelo qual foram expulsos cs Hollandezes por oceaaiza on depots the restawruci. __ 0 Sr. Presidente dé para ordem do dia da pro- xima sesso, que deverd ter lugar no dia 5 de bro vindouro, trabalhos e pareceres de comm palestra litteraria. Levanta-se a sesso. — Monsenhor Francisco Muniz Tavares, Presidente. — José Soares de Aze- vedo, Searetario perpetuo. — Suleador Hewrique ide Albuquerque, 2° Sceretario 119! Sexsdlo Ordinaria no dia 5 de Setembro de INT? Presidencia do Exm. Sp. Conselheiro Monsenhor Muniz Tavares A’s 12 horas da manha, presentes os. Srs. Drs. Baptista Regueira, Soares Brandio, Jacintho de Sampaio, Affonso de Albuquerque, e os Srs. Coronel Leal, Conezo Lino do Monte Carmello ¢ Majores Co- REVISTA Do INST. ARCH, B GEUGR PERN. 7 diccira, Coolho Cintra e Salvador Henrique, abre-se a sesso. 0 Sr. 2 Socrotario fus a loitura da acta da an- tecedente que & approvada. Ni se achanilo presente 0 Sr. Seoretario por- potuo, o Sr. 2 Scoretario o substitue dé conta do seguinte expedionte : Us officio do Sr. Secretario perpetuo, commu nicando nfo poder comparecor a presente sessio.— Inteirado. Outro do Sr. Dr. Joo Diniz Ribeiro da Cunha, accitandy e asradecendo sun eleigin de sucio eorres: pondente.—Inteirado. ‘Outro do Sr. Dr. Maximiano Lopes Machado, fazendo idontica eommunieagio.—Inteirado. Outro do Sr. José Antonio Seifert, offortando ‘um exemplar impresso de um fotheto set intitnlado —0s soffrimentos de um privionciro ou martyr da pax tria durante tres annos uas prisdes do Paraguay —— Inteirado, sendo recebida a offerta com agrado. © mesmo Sr. 2 Seerotario dé conta da so- sguinte offerta: Varios numeros do Diario de Pernumbueo, pelo consocio Dr. Figueirda. Esta offerte 6 rocebida com agrado @ manda-se archivar. ‘Vem & mosn uma proposta pare socios corres- pondentes.—A’ eommissio respoctiva. E’ Tide e approvada por unanimidade a seguinte indicagio: « Tndico que, em nome do Instituto, se officie a presidencia da provincia, solicitando a expedicio de suas ordens, aim do que soja oxtrahida a Toteria, concedida para aimpressio das Biographias de alguns ‘potas ¢ homens illustres de Pernambuco ; assim como exceutadas as leis provinciaes relativas publieagio dos escriptos do Vigatio Francisco Ferreira Barreto 2s REVISTA DO INST, ATC 1 GboGR, PERN, e Fr, Joaquim do AmorDivino Caneca, com suns espectivus Liogtaphias 5 trablhos estes commett dos a penna illustrada do. nosso consoi dador Antonio J wincial, que autorisou a compra e a impre thas Biagraphins de alguns. povtas @ homens wlustres de Pernanbuco. « A compra realisou-se mediante prestagirs de trezentos mil réis mensaes, » pate reeer de uma commissio no sew Fo art a lei, que mais brece possivel Tose extrah dla a loteria conendidn parn a impreza, tom. perth necido sem execugio aquelle artigo. _ , O mesmo acontece com os escriptos do View rio Barreto ¢ Fr. Caneca, que ha muito estio voll ciouados, com a noticia biographiea de cada um des ses vultos, pelo Commendador Mello, e comtudo ain- da no vierum a lume, eomo era de esperar. « Numa época, em que corre tio adulterada a nossa historia, especialmente no que respeita aos mo- vimentos politicos do paiz, nio se deve adiar a pa Dliexgio de quaesquer livros, que rest sontecimentos, de quo se occupa, erso © Commendador Mello. « Isto posto, convém que o Instituto, penho 6 acudir pelas glorias da provincia, exhuman- Jo 0 quo se referir a sun grandeza no pasado, diti- J-se quanto antes 4 prosidencia no sentido indiea- do; com o que, além de prestar um servigo ao atu. 10 historindor pot concorrer para dotal-o de um abun dante manancial, pagar o tribute devido av Com ein que esti EVISTA DO INST. ARCH. % GENOH, PERN. nendador Mello, que, pars x composigin dessos tra- se x innumoros saerificios; provand 0 do gelo de suns ies, arde ainda o fogo anto patriotismo, ‘« Sala das sessies do Instituto Archeologico Geographico Pernambucano, 5 de Setembro de 1872. —doita Baptista Regueira Costa. » ‘0 Sr. Dr. Jacintho de Sampaio obtendo a pa- lavradeclira, que o Exm. Sr. Coronel Joio do Ke- go Burros Pilea, por vorasiio de embarear para a provincia do Amazonas. 0 inoambira de scientificnr a0 Instituto que muito sentio nto poder pessoalmen- te despedirse de seus consocios, offerecento mesmo Instituto seus prestimos naquella provincit. —Inteirado. E’adiada para a sessto seguinte a votagto de um parecer da commissio de fandos e orgamentos. Ente om discussio ¢ é approvado um parec da commissio de rdmissiio de socins, e em seguida correndo 0 escrutinio sacm eleitos socios correspon- dentes os Srs. Drs. oto Paulo Monteiro de Andra- de, Abilio Cesar Borges ¢ Ignacio de Barros Bar- reto. ica adinda para a sesso soguinte a palestra Tittoraria. E distribuido pelos socios presentes on. 24 da Revista Trimensal do Tnstituto. 0 Sr. Presidente dé para ordem do dia da pro- ximn sessio, que dever ter lugar no dia 19 do cor ronte, trabalhos @ pareceres de commissdes ¢ pales- tra litteraria, Levanta-se 1 sossio. — Monsenhor Francisco Muniz Tavares, Prosidente-—Joaé Soares de Agevedo, Secretario perpetuo. — Salvador Henrique de Albu- ‘querque, 2 Becretario.10 revista po + ARCH. & GEOGR. PERS 180! Sexso Ordinarta, de 1872 sta 19 de Setembro Presidencia do Exm. Sr. Consetheiro Monsenhor Muniz Tavares. 's 12 horas da manha presentes os Sts. Drs. Aprigio Guimaries, Soares de Azevedo, Baptist Regueira, Soares Brando, e os Srs. ‘Tonente-Coro- nel Frias’ Villar, Conezo Monte Carmello alvador Henrique, abre O Sr. 2 Seétetario fiz a leitura da acta da tecedente que é approva O Sr. Secretario perpetuo menciona o seguinte expediente: Um officio do Sr. Umbelino Guedes de Mello, residente na provincia da Bahia, offertando um qua. aro em grande moldurado, eontendo o retrato x oleo Ge Domingos José Martins, martyr da revolugio de 1817.—-Inteirado, ¢ que se agradecesse a preciosa offerta, indagando-se por essa occasifo, so o retrato offertado ao Instituto 6 0 mesmo que Luiz do Rego fex presente ao Sr. D. Jofo VI ¢ que até a poucos {anes existia ‘aum quarto do palacio de 8. Chrise ovo 0 mesino Sr. Secretario perpetuo menciona as soguintes ofertas: arios numeros do Diario de Pernambuco; pelo eonsocio Dr. Figuoiron . elas, Alguns numeros dos jornaes Provincia e Jorual mmercio pelus respectivas redacgoes. ‘Todas estas offertas siio recebidas com lo mandam-se archivar. a O Sr. Major Salvador Henrique obtendo a pa- Invra, faz a Toitura ao Instituto do seguinte parecer REVISTA DO INST. AMON. £ GROGR, PERN. TL da junta medica, sobre o cranoo que se presume ser do Padre Jozo Ribeir Pessoa: « Pernambuco, 25 de Agosto de 1872. « Tilms. Srs. Membros da commissio especint do Instituto incumbida da verifieagio do eranco do Padre Joo Ribeiro Pessoa. « Bm rexposta aos oito quesitos, por Vv. Ss. propostos 4 commissio , sobre 0 craneo que se presume sor do Padre Jozo Ribeiro Pessoa, res- ponde a mesma commissio pelo modo seguinto : « 1+ Si craneo perlence a pessoa do sexo mas- enlino on femenino? « Responde, que no tem dados positives para affirmar ow nogar que 0 eranco dado a exame seja de homem ou mulher. «2+ De que idade pouco mais ou menos fallecé- ‘ra casa pessoa ? * Responde, que provavelmente de 60 para cima, visto 0 estado de unio em que esto os ossos da base do eraneo. « 3° Que tempo poderé ter este eraneo depois de sua separagito do tronco? « Responde que ignora completamente. « 4° Si ha indicio de haver sido 0 mesmo eranco decapitado? ‘« Responde que nenhum. « 5° Siem vista de suas protuberancias ou aa- liencias poder-se-ha conkecer as paixes dominantes dessa pessoa? « Responde, que dito eraneo nto tem protube- rancia ou saliencia bem desenvolvida, que possn i duzir a erer na existoneia do alguma_paixio domi- nante—apenas notase que seu diametro ante-pos- terior & mui predominanto, dando por esse modo a0 ito cranco uma férma mui alongada naquelle senti- Alo, ¢ achatado no transverso. «O diametro occipti frontal mede 17 eent.12 Revista po Iyst. aReH. 1 GrneR, PERN, « O parietal mede 11 cent © 0 vertical mede 12 cent. « Circumferencia horisontal mede 0 cent. « Peso actual 575 gram. «< 6 Sideviam restar vestigios do facto da ex- posigio da ealeca do Padre Joto Ribeiro por dows an- ‘208 no pelourinko? « Responde, que nao encontra v exposigio, tanto pelo estado de conse 8e encontram seus o3sos, mesmo os mais peyuenns © frageis (os'de dentro do nariz, ou canai nazal) come or estarem os da base do craneo empretecidas. « 7 Si 0 cranco sugeito un seu ezame conserva exses restigios? « Responde, com o que fiea dito no 6 quesito, # 8° Si esse eranco mostra hacer silo affeiroado para algum mister, ow si parece Inver sido guardudo tal qual devéra estar no pelourinko nu occasia en que foi tirade? « Responde, que dito eraneo niio se acha nas condigies de conservusio em que devia estar se vesse sido exposto por cious annos em um polom nho sugeito no sol, a chuva, ao sereno e no vento, ete., © mostra mais ter sido affeigondo para estudos anatomicos, pois quo todos os seus ossos ¢ suturas mesmo as da face tem seus proprios nomes, indicados por eseripto em longo, e de mais esta revestido de luma eamada de veruiz graxo. « Tal 6 0 nosso parecer que submettemos a me- Ihor juizo. « Somos, de Vv. Ss., attentos veneradores: @ eriados——Dr.' Prazedes Gomes de Souza Pitangac Dr. Toto Raymundo Pereira da Siloa—Dr. Aleran. ‘dre de Sousa Pereira do Carmo. ~ Dr.Coame de Sé Pereira—Joto da Silva Ramos. » Entra em diseussio e & approvade o balango de STA Dy INST. ANCHE. # GHOGR, PEAS, — 18 reeeita @ despeza, verificado no 1- trimestre de Abril lo, discutido ¢ approvado um parecer da do aut de socios, opinando no sen- tido de serem eleitos socios correspondentes os Srs. D. Abbade do Mosteiro de 8. Bento Fr. Joie de . José Paiva e Dr. Francisco Gomes Velloso de Albuquerque Lins. Corre o eserutini bores. Por nio se achar presente o Sr. Dr. Affonso de Albuquerque, autor do programma da palestra litte. rrria, fen & mesma adinda para a sessio seguinte: 0 Sr. Presidente dé para ordem do dia da pro- xima sessio, que deverd ter lugar no dia 3 de Ou- tubro vindouro, trabalhos e pareceres de commissies palestra litteraria. Levantise a sesso. — Monsentor Francisco Tost Soares de Aze- Salvador Henrique de ¢ sio eleitos os mesmos so- Muniz Tavares, Presidente. ‘redo, Secretario porpetuo Albuquerque. 2 Secrotario. INE: Sessto Orains rela do Exm. Si. Conselhciro Monsenhor Muniz Tavares. Preside; Avs 12 horas da manhi, presentes os Srs. Drs. Soares de Azevedo, Baptista Regucira, Jacintho do Sampaio, Affonso de Albuquerque, Paula Sales, ¢ os, ‘Sts. Conego Lino do Monte Carmelo, Coronel Leal, ‘Tenente-Coronel Frias Villar, Majoros Codiocira, Salvador Henrique © Cirurgizo Rerreira de Almeida, abre-so a sessio.14 uvisva Do ist, ARCH. E GEOGR, PERN. Sr. 2 Secrotario faz.a leitura da acta da ante- codente, que é approva 0 Sr. Secretario perpetuo monciona o seguinte expediente: ‘Um officio do Exm. Sr. Ministro do Imperio, offertando ao Instituto os seguintes volumes: Relatorio do Ministerio do Imperio de 1871. Dito do 1872. Direito Administrativo por Veiga Cabral. Tnstruegio Publice na Prussia, ‘Esbogo “Historico dus epidemias de 1830 a 1870. Questio Academics. Ensino Gymnastico na Prussia Conferencia da Seogio dos Negocios do Impo- rio do Conselho d'Estado.—TInteirado, @ que so ac- cusasse agradecendo. Outro do Sr. Capito de Fragata Stepple da Silva, offertando um mappa estatistico da. froguezia de 8. Froi Pedro Goncalves.—Inteirado, sendo re- cebida a offerta com agraio. Outro do Sr. Dr. Abilio Cesar Borges, aceitan- do @ agradecendo sus eleigio de socio corresponden- te.—Inteirado. O mesmo Sr. Secretario perpetuo menciona as seguintes offertas: ‘Varios numeros do Diario de Pernambuco, polo consocio Dr. Figueiroa. Alguns numeros dos jornaes Provincia e Jornal do Commercio; pelas respectivas rednogies. ‘Todas estas offertas sio recebidas com agrado 0 mandam-se archivar. ‘Vem 4 mesa uma proposta pata socio hono- rario.—-A’ commissio respectiva. Elida uma proposta do Sr. Major Salvador Henrique, indicando que em vista do proceito do art. 11 dos Estatutos, fosso considerado socio effoo- REVISTA DO INs?. Ancu. & oKOGR, Fame, — 15 tivo, 0 correspondente Capitiio de Fragata ‘Stopple da Silva, ‘Vencida a ungencia requerida peld autor da, posta, & aquelle senhor declarado socio affective, Por niio se achar presente o Sr. Dr. Aprigio, orador do Instituto, foi polo Sr. Presidente adiada a palestra littcraria, Sr. Presidente d& para ordem do dia da pro- xima sessio, que deverd tor lugar no dia 17 do,cor- rente, trabalhos ¢ pareceres de commissdes ¢ pales- ta Tittorar Levantarse x sessio. — Monsenhor Francisco Munie Tavares, Presidente. — José Soars de Ase. vedo, Secretario perpotuo. — Salvador Henrique de Albuquerque, 2 Socretario. 18% Sessdlo ordinaria, no dia 17 de Outubro de i872 Prosidencia do Bzm. 8. Conselheiro Monsenhor ‘Munie Tavares, A's 12 horas da manhi, presentes:o8 Srs. Drs. Soares de Azevedo, Aprigio Guimaties, Gervazio Campello, Ayros Gama, Baptista Regueira, Paula Sales, Soares Brandiio, Affonso de Albuquerque, 0 os Sr8. Tenente-Coronel Frias Villar, Conego Lino do Monte Oarmello, Majores Codiceira, Coelho Cin- tra, Salvador Henrique e Cirurgito Ferreita de Al- meida, abre-se a sessio. 0 Sr. 2 Seorotario faz a leitara da acta: da an- tecedente que & approvada. : 0 Sr. Seorvtario perpetuo menciona 0 seguinte expediente Um ofloio do Bm. Presidente da Pro ia,1G REVISTA DO INST. ARCH. £ GEOGR. PERN. convidando o Instituto a se fazer representar no ac- to da inauguragio da Exposigio Provincial. O Sr. Presidente pede aos socios presentes para que comparegam naquella solemnidade. O mesino Sr. Secretariv perpetuo di contx das soguintes offertas = os numeros do Diario de Pernambuco, pelo consocio Dr. Figuefréa. Alguns numeros da Provincia, Luz ¢ Assuense ; pelas respectivas redaogies. Todas estas offertas so recebidas com wgrado © mandam-so arehivar ‘Ven & mesa duns propostas para socios cortes- pondentes.—A’ commissio respectiva. ‘H' lida uma proposta do Sr. Tenente-Coronel Frias Villar, consignando a idéa de mandar o Tns- tituto proceder a uma exeavagio no sitio Cajuciro em Beberibe, pertencente ao Sr. Tenente-Coconel Silveira, afim de verificar si os alicerces_existentes no mencionndo sitio sio de alguma fortificagio que porventura alli existisse.-—E’ remettida a commis: sio de trabalhos historicos e archeologicos, depois de discutida ¢ approvada. © Sr. Major Salvador Henrique obtendo a pa- lavra, fiz diversas cousideragies sobre o parecer que nna qualidade de relator da commissio de trabalhos historicos © archeologicos, deu em 29 de Setembro de 1864, doerca da presumidn sepultura de Joio Fernandes Vieira, e, depois de lér_vinte cinco ver- bas do testamento e uma do codicitlo com que fal- leceu aquelle Governador; promette ao Instituto que a commissio de trabalhos historicos e archeolo- ¢gicos vai proceder & novas investigagées no intuito do verificar precisamente qual o ligar em que exis- tem os restos mortaes daquelle herde; continuando elle na dificil Ieitura do meneionado testamento, REVISTA DO. NST. ARCH. E GROGR. PHN: = «17 ain verins info sendo impressas na Revista do Tn 0 Sr.Dr. Aprigio Guimariies pede informagios a commissio espeial do estatuas sobre o andameato do sous trabalhos, e obtendo-as propde o seguinte «Si onnriria ‘antes, ergir um «6 monuments ‘208 quatro prineipaes her restaurngio Vieira, Negreiros, Camarto © Henrique Dias, ou um mone mento a cavum delles. » Ficou para a sessto seguinte a diseussio desta proposta. Por estar a hora adiantads, adiou-se a palestia Titteraria. O Sr. Presidente dé para orilom do. din da proxima sessio, que deverd ter Iugar no din 81 do corrente, trabilhos e pareceres de commissdes ¢ pit: Testra Titterarin. - Levanta-se a sessfio. Muniz Taoares, Presidente vedo, Secrotario perpotu Albuquerque, 2 Secretario. Monsenhor Francisco Tost Soares de Aze- Saloador Henrique de18 REVISTA. DO INST. ARCH. HISTORIA PATRIA 0 testamento de Jozo Ferna a sua propriedade dos Maranguap.s e datado em 15 de Fevereiro de 1674, foi, em Agosto desse mes- ‘mo anno, approvado pelo Tabellizo Antonio Soares ‘A Santa Casa da Miseticordia da Cidade de Olinda, em vista das disposigdes testamentarins de ‘oko Fernandes Vieira poz em juizo, no anno de 1707, uma acgio contra 0 Coronel José Cardoso Mo- reno, sonhor dos engenhos Tibiry de cima 0 Tibiry de aire, da Parabiba; exibindo aquella Irmandade em juizo uma cortidio do testamento © do codicillo do ‘mesmo Vieira. Esta certidiio acha-se em nosso archivo sob n, 281, eaixa n. 16. ‘Campre notar que algumas verbas deste testa- ‘mento j4 foram publicadas na Reviela do Instituto do Rio de Janeiro. ‘Temos certeza de que a odpin dessas verhas a que alludimos, foram confindas a alum pelo nosso fallecido consocio Salvador Coelho de Drammond ¢ Albuquerque, em cujo poder se achava o referido testamento ; © que esse mesmo alguem as depositara, como offerta sta, nas mos de Sna Magestade 0 Imperador, quando aqui esteve em 1859. Tremos publicando o mencionado testamento a proporgio que poder ser elle entendido, pois que ha Jugares quasi ilogiveis. REVISTA DOINST. ARCH. BGHOGR. PERN. — 19 Testaments de Jomo jen Vietra 1.—Dopois das palavras do invoengio a San- tissima Trindade, a outros Santos, ¢ daquellas que & costume eimpregar em. documentos desta ordem ; principia elle do seguinte modo : 2.—Considerando ou Joto Fernandes Vieira, ‘em me haver Deus de levar para si; e por_ nfo sa. ber o dia nem hora, estando em meu perfeito juizo que elle me den, tratei de fazer esta. sedula de tes- tamento, de minha expontanea vontade, para des- cango de minha eonscioncia, ¢ para dispOr dos bens que Deus me deu. a quem ditoso pogo me conceida a uz, do sua divina graga, para que acorte em sorvil- ‘tudo encaminhado 4 seu santo. servigo, pois que ‘vendo ew nesta vida em que me conservou com Jargas merots e beneficios. nio o servi como devia ‘mas confio em sua clemencia quo accitaré esta nha vontade que the sacrifico com verdadeiro conhe- cimento do creatura sua ¢ observante de sun sante £65 @ abragado della espero que mo conceda. guardar alegre disposigio com resignado fundamento, para me recolher onde recalhe o8 seus servos. © queridos, de cujo numero desejei sempre ser; e assim, que- rendo dispbr de minhas cousns, ns ordenei dr manet- ra soguinte : 3.—Declaro que sou filho da Tha da Madeira, niio tenho herdeiros forgados alguns, por os meus pais e avés serem jé mortos; de mais, easo que fos- som. vivos nfo eram meus herdeiros, porque nfo frou xe de sua orsa fazonda alguma, e vim para. esta, Cs- pitania de Pernambuco de idade de onze annos; ©20 REVISTA bo INST. ARCIE. & GHOGR, PERN. toda a fazenda que possuo adquiri com minha agen- cia e industria e com as mos; quo ficam sendo bens castrenses, que nio sio obrigados a herdeiros. 4.—Declaro que sou easado com D. Maria Ce- sar, minha amada mulher ; filha legitima de Fran- cisco Berenguer de Andrada, ¢ du primeira sua mu ther D. Joanna de Albuquerque ; ¢ da dita minha nuller no tenho fithos nem herdeires, porque Deus me 08 levon; ¢ casei com a dita minha mulher sem receber dote, nem trouxe para minha casa bens al- guns mais que sua pessoa. --~Pego ¢ rogo a todos os senhores aqui no- meados, sejam servidos de accitar o serem meus tes- tamenteiros; © pego a minha amada mulher que elas razdes de um vincalo de tantos annos, ainda Procure por todas as minbas cousas, assim’as que tocarem ao deseargo de minha cousciencia para goso de minha alma, como a boa opiniio da minha fama, conforme ella couhecer que eu deseje deixal-a para com Deus ¢ pars com » mundo, da maneira que 0 en- tendi,e melhor o disporé si melhor o entender; @ espero de sua grande bondade e probidade que em tudo me desempenhario inteframente como eu fizera elas mesmas razies de obrigagiio, no encargo de to- das as suas encommendas; o deixo por mens testa: menteiros a dita minhe mulher; 0 Sr. Provedor que sempre for da Santa Cusa da Misericordia de Olinda } ¢ 20 Sr. Govemador que sempre governar a praca de Pernambuco; ¢ ao Sr. Capitio-Mér que, sempre governar a praga da Parahiba; © ao muito Revoren- do Padre Sacramento, Ermitio ¢ Ministro da Tgreja de Santo Amaro que esté nos arrabeldes da Villa de Olinda ; © faltando o Padre Sacramento sort. sem- [pre em seu lugar o Ministro que the suocoder; en Pedro Soares Barbosa; a todos juntos e a cada um REVISTA DO INST. ARCH, B GEOGROPERS) I ‘em particular toro a pedit me fagam favor sotom meus testamenteiros, som alterear sobre a do primeiro ou ultimo lugar, por evitar dissengbes que muitas vezes succedom sobre semethantes no- Jes; @ 0 meu intento & 86 que para o bom cum. primentode minhas disposigies se uname conformom sujeitos tio benemeritos, para que se siga 0 melhor mais approvado parecer ; com que a minha alma se em Deus, © todos delle receberio o premio : no effeito deste trabalho houvesse de haver preforencia e primazia, bem claro estéique sempre se havia de dar a minha amada. mulher;’e oonfio en tanto da sua prudencia © na dos ditos senhores no- meados, que devem considerur que o recolhimento te uma senhora viuva, x impossibiliterd. a. qualquer Ailigencia pessoal, e se accommodaré a ouvit os pa: receres que The forem communicados ¢ que ella ac. commodurd tudo, © approvaré 0 que for melhor para se-confessar devedora aos bons coragdes ¢ vontades de todos 0s ditos sonkiores. ¢ meus. testamonteiros. 6.—Levando-me Deus para si, me tere vinte € quatro horas por amortalhar, com'a.o¢ta necessa- rin acesa e com responsos de musica; e pogo 2 todus ‘8 pessoas que me resem um Padre Nosso polo amor do Dens : ¢ serei amortalhado no habito da Sempre ‘Virgem Nossa Senhora do Livramento do Monte do Carmo, de quem sou Tercciro,.e sobre ello.o'da Or. dom minha de Christo, como mais propria do christo. Msserd men corpo mettido mum caixio bem for. rado de chumbo e calafotndo, 0 qual serd posto em deposito na Igreja do Convento de Nossa Senhora do Carmo da Villa de Olinda, fira da terea, para dabi ser trasladado da Santa Casa da Mise- ricordia da Ttha da Madeira, de que son Padroeiro, onde tenho mandado fazer um Carneiro por minha coutae de minha mulher, para ser 0 nosso enoerro ¢1 ANIL, E GHDGR, PERN. 22 Revista vo de noses filhos ; e emyuanto se nio fizer a obra, cada dia se pord uma Jampada acesa no lugar em que estiver 0 caixio, e pordo cera sempre ardendo; @ 56 ind uma missn quotidian por minha alma ¢ de mi nba mulher efilhos, pela esmolla de doze viatens ea- dauma. 7.—Acompanhario meu corpo todos os Reli- giosos que houver na Vill de Olinda, ¢ a cada Re- ligido se dard cincoenta mit réis de esmolla, ¢ todas me dirio missa de corpo presente, afira a cantada que se dir com toda asolemnidade, e fora o officio de corpo presente que se ha de fazer; e pego & mando por tninba consolagio que nem em meu enter ‘ramento, nem no officio que se me fizer haja sermio; © assim mais acompanhario meu corpo todos os Cle- igos que se acharem presentes, e pela missa que ea- da um disser ¢ acompanhamento, Ihes dario de es olla dous erueados ¢ uma vella de meia libra, © todos os pobres miseraveis qué xcompanharem meit corpo Ihes dato meia pataca ¢ uma vella de quarta, com obrigngio que nesse dia resem um tergo por mic - nha alma; todas as Confrarias que houver nas duas ‘Matrizes ¢ Conventos, xcompanhario meu corpo, e a cada uma se dard de esmolla doze mil réis. (*) 8.—Meu corpo seré levado na Tumba da Ine mandade da Santa Onsa da Misericordis, a quem {0) Nios est jneracta a eiyia desta vera na, Revita do Instituto do tio de Janeiro, como eta a nome Renata, Tome E ‘ig, 19, por estarem tami iran" as cpian que servis 2 teas wb isso vga! nto 26 savin Se Vin, poorest es Sut de testa ‘Dep do padi srl teal’ Si acon, saente a gan bens pang ty ee onan tal ‘que sob s ordem numetica slo hoje datas pela prituciea ves a em Spm oan too out de talent ak” EVISTA Do INST. ARCH, H GHUGH.PERN. 25 com toda a piedade pego me acompanhom todos os irmios, © me queiram resar um Padre Nosso. por mi nha alma, 6 de esmolla dario a Santa Casa meus her- deiros e testamenteiros, cem mil réis da minba fa- zenda. 9.—Ordeno e mando que meus herdoiros e tes- tamenteiros deem de minha fazenda a. propriedade de um conto de réis a Santa Casa da Misoricordia da Villa de Olinda, com obrigagio que me dirdo na dita Santa. Casa uma misca todos os dias; mais a fazonda do conto de réis, Ihe seré logo ontregue, ou a dita quanti em dinheiro, 0 que melhor parecer. a meus tostementeiros e a Santa Casa se accommodar qué diga a dita missa, seré sempre pela dita esmolla do conto de réis, quo se ha de entregar, que me reco bastante a quantin; si nio fr, mous herdeitos © testamentoiros acreseentatio o que thes parecer e declaro que alm da missa quotidian, se diré. uma eantada cada anno, © serd convenionte que a dita ‘quantia so d6 em casas na dita Villa, e assim o man- do5 e declaro que todos os sufltagios e minsas se fa zom por minha cout ¢ do minha mulher. 10.—Meus herdeiros @ testamenteiros dario de minha fazenda um conto de réis. 20a Clerigos, Hr mitdese Recoletas da Igroja de Santo Amaro, que est nos arrabaldes da Villa de Olinda;.0 se entee- gariio ao Reverendo Padre Sacramento seu Ministro, Para que fuga o assento na sua Communidade, para ficar clareza para sempre, com obrigagio do que pela dita esmola que receberio logo, mo dirdo para sempre uma missa quotidiana, o cada anno uma oantada pela minha alma;.0 om falta do Padre saré 0. que seu cargo tiver. 7 11.—Mando que meus. herdeiros e testemen- “24 REVISTA Do INST. ANCH. GBOOR. PERN, teivos por tempo de doze annos, casem cada anno tima orphia, na Casa da Santa Misericordin om dia de Santa Isabel e que seja a mais pobre ¢ honrada que houver; e havendo filha de irmio que fosse da San- ta Casa, s.rd preferida; mais primeito so fard exno- ta diligencia si ba no sujeito honra e virtnde, © se Ihe dard rendimento de minha fazenda, oilenta mil réi 8 cada uma ; 0 ser isto na Iha da Madeira. 12.—Declaro que eu tive nesta vide muitos negocios com differentes pessoas, ¢ tive muitos crea- dos ¢ homens de servigo, officines de todos os off cios; e nia me lembra quo maliciosamente thes le vasso nada ; comtudo posso me enganar ou esque- ‘cer-me, @ por no saber us pessons certs em quem pederin fazer as falias; peco a meus herde'tos e testamenteiros me tomem cincocnta mit réis de Bullas » para deseneargo de minha conscien- cia se for necessario; e nio sendo determino esta es- olla as mais desamparadas almas do purgat 15.—Meus herdeiros ¢ testamentefros manda: iio logo dizer no reino de Portugal e na Tha da Max deira, nos Conventos mais necessitados, mil missas, dando-se a esmolla que 6 de estylo; © serio offere- cidas a Deus por todas as almas dos que morreram nas guerras desta Capitania de Pernambuco, desde a era de 1045 pare of. 14.—Declaré que tive muitas contas com.mui- ta gente de toda a qualidade, » quem poderia passar alguns papeis de creditos ou ‘obr gags ¢ os poder ter pagos, ¢ tambem me consta que alzumas pessoas que me serviram ¢ outras de fora, me furtaram meu signal; poderd ser que depois de minha morte pu- chom por alguns papeis destes; o assim meus her. deiros'e testamenteiros nfo paguem dobito algum REVISTA DO INST. ARCH. EGEOGR, PERK, — 25 qué the for pedido, sem primeiro examinar com ‘cui- dado se sou devedor; © para. isso se verio meus li- ‘ros e papeis que tiver, para ver si sou ow no de- vedor. 15.—Tive contas com Joao Cordeiro de Menda- ‘nha, que corren com fazendas minlfas muitos annos ; © com Joao de Mendoaga, tive tambem largns contas ; © com Agostinko Cesar de Andrada, morador ‘na Par rahiba; e¢ oom Francisco Barbosa, que corvia com meus negocios no Recifo; © com José da Costa de Faria em Angola; si alguma pessoa: destas ou por sua vin pedirem de minha fazenda alguma couse, ‘meus herdeiros ¢ testamenteiros Ihes no pagario nada, porque Ihes nfo devo; antes em conscien me devem ellos a mim grande quantidade de dinhei ida que apresentem alguns papeis, nfo. to- rio j4 vigor ou sero fulsos por estarem pagns o des- onerados; © com Jodo Peizoto do Rego, morador na Bahia; © com Manoel de Abreu e Moura, om Lisboa, tenho contas em aberto que em se ajustando farei dellas mengéo para elareza; mas elles me soa mim devedores 16.-—Declaro que me deve grandes» quanti: dades de dinheiro por ereditos, esctipturas, senten- 4448, contas de livre, que tenho em meu poder, por ‘onde serio pedidas; descontando-se as quitagbes que apresentarem do que tiverem dndo, que serio exa- minades; © além disto me devem do féra porto, grandes quantidades de dinheiro, de resto de contas do livro de razio, e por ereditos que tenho suspeita me desapparecerim maliciosamente; ¢ nao sei nem conhego muitas pessoas que me pédem ser devedoras, ¢ tambem por esquecimento, e so quantins conside- taveis; e tambem mo furtaram de minkas fasendas ¢ de outras partes onde on as tina, quantidade de26 aRVISTA vO INST. ARCH. E GHOGR. PRAN. pegs de escravos, gudos, assucares, cobres, fertos, ferras, ¢ outras miudezas que me pertenciam; © pa: ra cobrar estas fazendas encobertas, ordeno 4 meus herdeiros e testamentciros que em todas as Froyue- aias destes Capitanins, mandem publicar escriptos nomeando todos os generos, ¢ taimbem nomeario as ‘quantidades de dinheiro que me levario em contas; e nfo havendo restituigio, tirarto Carta de Bxcom- munkio ¢ Paulina de Homa. E tambem se fard mengio nos escripios da’ quantidade de dinheiro que se me nfo prgow de di- zimos, protestando que a ininha intencio nko 6 mais que pedir o que fOr meu, e fra disto me nto. preja- ieayé nada, assire nesta vida como na outra. E cendo caso que me tiverem usurpado malicioe samento as_ditas fazendas, constando a meus her- deiros ¢ testamenteiros, por diligencias que para isso fario, que nio tem por onde paguem em todo ou em parte, Ih’o hei por perdoado; ¢ nom 6 minha inten io e vontade que nelles fique a exeommunhio. 17.—Declaro que havendo alguma pessoa ow pessons a-quem eu possa dever por algum cami alguma cousa, ¢ mostrando clarezas qualificadas que meus herdeiros e testamentciros virem que possa ser dovedor, o pagatéo de minha fazenda; e por ise 0 quero que seja bem examinado e principalmente com os homens officiaes de servigo ; ¢ neste particu: Jar desencarrego minha consciencia sobre os. ditos meus herdeiros e testamenteitos, que como néo sei com erteza a quem posso ser devedor, nto declaro. 18.—Deixo forra a uma Crioula por nome Fie+ teria, 0 a ella 36 por alguns respeitos; ¢ 08 filhos quo tiver serdo enptives ; o ella serd obrigada a man dar eda anno dizer uma missa por minha alma; REVISTA Do INST. ARCH. GROGR, TERN: 27. vivérd muito bem é-sombra dos meus herdeitos, sem obrigagio de servir. moa 19.——Doixo forra a umntescrava “Angola ‘por nome Joaniea, n qual tem um fitho muito preguigoeo do servigo meus herdeiros e testamenteiros orden Tao sempre a dita negra, e mandario dividir ‘de fr. ma o-servigo que nn‘aré sempre “em compatihin de seu filho, sem obtigagio de captiveiro. 20.—Deixo forro a um erioulo-fitho de-Amdre- 2a por nome Domingos Fernandes, por bons servigos que tive delle; com obrigngio de mandar dizer uma nison exla anno por mina’ alms; 6 sempre wiverd A sombra do'meus herdeitos, para que se lhe guarde espeito, e elles o favoregam sempre ‘que posentn, som obrigagio de captiveiro. 21.—Deixo ao Sargento ‘Antonio Beserra, ‘por bons servigos que tive delle e por outros ‘respeitos, érezentos mil réis d2 minha fazonda, que.mens her- deiros the os:dario, o-0 terdo para ‘ns fheendas ni- has, porque & homem de confianga. 22.—Declaro que, no' tempo: dos Holinndenes, por remir minha vexagto © viver mss seguro entre elles, tive aportada amisado: com Jacob Estacour, homem prineipal dw nacido Flamenga, com differericn nos costumes; e com elle fiz alguns negocios de con Tormidade por conta de ambos. Compramos as’terras do Engenho: dus. Ithetas, eas terras do Engenho de’ Santa Anna, o as terras do Eugenho do Meio, da Varzea, tudo destruide, que nito havie mais que 56 us tetras; © 8 quantias que demos por ellas ao Supremo Conselho da. Companhia: que as venderam, as pozctam os ditos. sobre: mim; Porque no quizeram nada com o dito Eviacowr, © por28 REVISTA DO INST. ARCH. & GPOGR. PERN. ‘lle se embarcar para Hollanda ¢ flear ou na terrae me nito deixar 0 Esfacour cabedal de consideragio para levantar os ditos Engenhos, ¢ 26 trinta e tantos ‘eseravos que em menos de um anno morreram 0s mais delles de peronha. (*) E deixou mais tres milerusados (*) quese Iho doviam ¢ algumas cousss que deixou para se Ihe ‘venderem, as quaes cousas nin tinham valor de due sentos mil réis; © 18 taxis dus dividas se uio cobra- Tam, eu com o meu negocio e agencin levantei e reedifiquei os ditos Engenhos, o 0 primeiro foi o da ‘Varzea e correado alguns annos Ihe remetti quanti- dade de letras e assucares, e paguei por elle debitos # Companhia, eem Ihe dever nada, por me conser~ ‘var, pelo perigo de vida, sem elle ‘nunea meter ea- bedal, nem me mandar wm 6 qucijo. E fui fabricando os mais Engonhos a misha cus- ta com dinheiros de depositns, e com perdas nota veis de os fabricar muitas vezes, pela gente da cam- paaha que vinha da B: imar e levar os es- cravos; e avisaado-o eu disto muitas vezes, nunca acudio com cousa alguma, nem respondeu a propo- sito; com que Ihe nto fiquei obrigndo a nada de de- Ditos, antes si fosse por eonts como elles costumam, me devia elle a mim muilas mil crusades, © assim que ao dito Estacour nio devo nas, nem elle tem Pertengdes nas termas ¢ outras razées, porque me é a mim dovedor; mas ponho aqui esta doclaragai para.o que poder succeder. 23.—Comprei o engenho da Varzes, da invoca- io de Sen-Toa, a Jacques Mocs, com 0s partidos que foram de Filipe Moreira, na qual venda e com- Molesin que 6 hoje conhecida geralmente pelo nome de (09) 1200300. ‘EVISTA DO INST. ARCH. 2 OHOGR. PERN, 29 pra houve engano manifesto ; posso dizer que era ‘mais do que se acho. nas quantidades de terras, © iio ser mais que um Molinote ; vendew-ee por um rego earissimo, ¢ ate hoje se nfo tirow nenkum pro« veito delle, fazendo-so duns vezes de novo; ea con. ta deste velor fiz tres. pagamentos de oito mil eruea- dos (*) cada um; © quando fizeram os moradores as) ‘guerras, me retirei de minhas fuzendas, @ foram’ os genres do dito Jacques Mocn © sou filho, e me leva~ Tam oitenta pecasde servizo (*), que cada uma Valin, naquelle tempo mais de cem’ mil réis; 0 cincoenta ‘oie, que tambem naquelle tempo valiam vinte mid réiz cada um, ¢ todo o assicar que estava na casa de Pargar ¢ encaixaso, que um e outro eram mais de em caizas todo 0 assucar; © naquelle tempo: Valin trinta.¢ seis reales a arroba do braneo, ¢ vind 6 aes reales o mascavado, ¢ outras cousas de valor que le— Yaram de casa, que tudo importava em muito di theiro. (**).. 0... largns contas com os Governadores a Capitania que foram do Supremo Conselho, aos quaes comprei qunntidades de fezendas, de roupns ede escravos @ algumas terras e eontractos de:dini- mos, neuja conta dei grande quantidade de oxizas de nssuoar, pio-brasl, livrangas de eneontros ¢ ott tras rousas de mantimentos da terra; e quando 08 ‘moradores fizeram a guerra, retirandome eu com elles, mandaram a todvs as mighas fazendas a tomar todos os assneares quo so acharam encaixades'¢'por () s00t000,. (0*) Pagas—~era 0 nome que naquelle tempo davam sot €3: (**) None lugar o resto da verb est inntaligivel30 REVISTA Do INST, ARCiL, # GEDUR, PERN, eneaixar, que foram mais de seiscentas eaizas; @ wo Recife me levaram quantidlade de eseravos, cobres e ‘outras muitas riquezas que estavam por minhas ea 8s e por minhas fazondas; © queimaram 0s Enge- hos ¢ destruiram tudo em que me deram grandiosas perdas, e de mais mesio devedores da diminuigio pelo que me deviam fazer de abatimento em doze aannos de perdas que houve na campanha, do que os soldados portaguezes fizeram de queimas e arrombar agudes ; jarretar bois; e levar escravos; 0 que im- possibilitava as moendas ; e ficou o trato leso,e elles ‘eram obrigados a toda a sogurangs, porque com esta condicio € que arromatei o eontracto e elles 0 outor- garam, ome tinhain j4 offerncido quarenta sil erue zados (*) de abatiwento exla anno, evu os no quiz aceitar porque era pouico. Tambem me sio develores de mais de ccm mil eruzadzs; (“) que ao slecurso de oito anove annos Abe dei por remmir minha vexavio e por segurar a vide de suas tyrannias; de peitas e dadivas a todos 08 Governadores e seus Mi gtandiosos bane quetes que ordinariameate thes dava pelos trazer contentes. ‘Tambem me sio devedores de nove Navios que sme tomaram nos mares com grandioss carreyagbes debaixo do: seus p ssaportes; ¢ assim mais me sie devedores de ciuco moradas de casas que tinha no Recife, de granle valor; ¢ das easas em que eu mo raya com tudo o ornato de tanta considerigio come nella havie que im,ortava muita quastidade de di- nheiros © cin todas as partes me destruio ¢ roubow esta nagio, grandiosas riquezas, e por mais que Ihe deva, de maiores quantias me sio devedores; 0 eu. pelas armas me desforrei dis violencins que pratica- (2) 16003300, (8) eacogee, REVISTA DO INST. ARCH. E GEOGR PERN. 81 im, esubremod tiuham obrigagio de me fazer todo hom e segurar-ime ; @ com estas razies e outrisque se poderiam allegar, acho em minha conscienoia que as fxzendas compradns & pagamentos umas pelas ou- tras, ainda me sio devedores ¢ no Ihes devo a elles © as clarezas ¢ quitagdes que tinha suas, em como Thes havia pago, me as mandaram tomar emt minha casa do meu escriptorio que tinha no- Re- ‘fe; e tudo quanto venderam foi por excessives pregos 25.—Declaro que » Jacob Extacour atrat-refe- lo, qundo Ine comprei todas as suns pertengbes que tina nas terras ¢ em umas casas que tinha no Recife; entrow tambem na mesma compra x propri dade de ums casas, que tinha feito um seu ereado Frances, ¢ assim mais em dezasele pecas que o dito creado tinha tambem em sou poder que Ihe deixou o dito Jacob Estacour, por respeito de ser vasado 0 dito creado vom uma’ mogt portugueza por nome Maria de Arruda, o por outros respeites Ihe deixava estar possuindo os taes bons; ¢ embarcando-te-pars Hollands 0 dito Jécod Estacour, me deixou por or- dom the retirasse os taes bens, 0 que ew nao fiz por certo respeito, antes o favoroci mais e-The''dei ‘am Partido de annos que depois vendeu, eos. fvores que eu Ihe fazin era para que a mulher os lograsse ; ¢ elle era um renagado e foi grande agoute da nagéo portugueza. “ ‘Nese mesmo tempo veig a gente da campanha, ¢ maton este herege, ¢ deixou um’ filho’ que: ew por romediar alguma falta de honra da mulher e por desfarcar 2 suspeita que os Flamengos tinham contra mim, chamei um Escrivio de Orphios e fiz fazer in- Yentario; e sem ter bens proprios the lance! os que Possuia, no inventatio, pelos respeitos referides, com ‘que o file, em conseieucia nfo passuia nada. 332 REVISTA bo INST, ARCH. K GEOG. PERNR. Fizeram-me seu tutor @ tudo fui aecitando com issimulagio. ths Depots do algum tompo tive com a dita mulher ajuntamento, de que tive um filho, e dese parto delle depois morreu ella o eu fiquei sendo 0 legitimo herdeito de todos os bons que ella podia possuir, que os que pertenciam a Jacob Estacour eran 08 que the deis downs u mais ers hen criange, com que em conseiencia niio devo dito ll, quo se chamava Curly de Olveira mais o mindei eriar ¢ doutrinar até a ora de 1654, ¢ ‘o sustontei © vesti trazendo-o sempro & cavallo, com ‘escravos, ¢ 0 cheguei ao posto de Capitzo, com que gastei com elle no decurso do tempo mais dle cinco ail cruzados (*) ; ¢ tudo quanto ficou iu defunta, das portas para dentro, de vestides, brincos ¢ limpesa de casa dei ¢ ontreguet como & notorio, « wine irmi, dadefunta por nome Luiza de Oliveira, oa casei com © Capitao Ainaro Lopes Madeira, x quem dei oito mit cruzados (°*) em dote, como é bem publico, em que entraram quasi todas as pets que a defunta tinbn, um partido de cannas melhor do que 0 que tinha a «lefuata, porque esse o tinha vendido a Graco Olince, le que se nko cobrow a quantin por respeito da guermn ‘que so fez, ¢ as casas fienram no Recife, com que ne- nhuma cousa com ser mou logtei, antes lei muita fie zenda da minha por fazer bem e por encobrie faltas e outros respeitos; mas disto eabe muita gente, quando seja nevessntio, mas fago osta declaragio pot que uinn av6 do dito Larios de Oliveira, informe contra 2 verdade do que elin sabia; © por este capi- tulo se govornario meus herdeiros 0 testamenteiros. Continiia. 8. (2) 2:0008300. (ery s2n08000, REVISTA Do INST. ARCIL. B GENGR, PERN. 35, Esbi istorico sobre a guerra do Paraguay, in ‘to eonertado a0 into’ pelo sr be, Ves Jacintho de Sampale. A gacrra, esse mal social que tinto aflligd os poves, © as vezes indispensavel part» consolidar a bu entre 08 belligerantes, 6 quasi sompre precoilida de factos que surgindo como prognostives «lesportam los da inacgia om que vivem, o previnem-os effeitos & que podem estar imininentes por sus imprevidencia. A guerra, que em honra de sow pavilhio-sus- tentou 0 imperio desde 1864 a 1870, vai fornecor- nos uma solemne prova desta vordade. Esté ainda na memoria de todos, que antes dos successos que occasionaram o altimatum ‘le 4 ie agosto de 1864— um facto inesperado, acontecide no Rio de Janeiro em 1863, ¢ conhecido pelo nome de—Questiio Christie—, foi 0 annuncindor do grande acontecimento, que pouco mais tarde tinha de envol- ver o Brasil na luta armada que se prolongou por oin- 0 nnnos ; ¢ como sio os prenuncios um bem por evi. tar muitas vezes maior mal, o conflicto suscitado pelo ministro inglez, ainda que. indignasse todos es brasileiros pelo modo insolito de proceder reprosalins em navios mercantes nas aguas territorines do im vio, estando. este nas melhores relngdos ens com o governo da Gri-Bretanha,,servio no’ me- nos deligio para erguer-nos glo letharge -a-que nos havia reduzido o governo dette, © nos preeaver-do algum ataque imminente. : ‘Um anno depois foi suffciento para. provar que niio foram innuteis as precangies do. governd, om taunie-se de alguns meios materines do defem,-¢ que esses ainda chegaram a tampo de servir na guerra, que vai sor o assumpto da seguinte narragto,oestaram reduzitos os subditos brasileiros resi- Tentes no estado evientl mo esea_se tornasse no comego de 1864 mais precaria por nio encontra- rom elles garantias nas leis daquelle paiz, o governo impérial, como Ihe cumpria, exigio de Aguirre, entio presidente da republica, uma justa satisfagio em prdl de seus subiitos. que sendo vietimas de quo- tidianos attentados, a sua situagio era eada ver mais allictiva.. an ‘Para o desompenho dessa importante missio foi cenvinlo um dos nossos primeiros estadistas, 0 con- selheiro Jos A. Saraiva, que tendo eszotado todos as reeurses que em tacs casos sabe empregar a diplo- ‘macia para obter de um modo pacifico as reclamagies, de seu governo, expedio o seu ulfimatum de 4 de agosto de 1864, para no prazo de seis dias serlhe sgarantida a satisfagio pedida. a ‘Nao dando. porém, Aguirre uma resposta satis- factorin, isto 6, por querer submetter a questo a ar- Ditragem das potencias representadas na ropublica, ‘e depois resolver se forse reconhecida a opportuni- dade das reclamagies, dé o nosso diplomata por fin- da sua missio, ¢ communieando a0 corpo diplomati- co estrangeiro, que naquella data iam ser expedidas 108 commandantes das forgas navaes ¢ das fronteiras i$ precisas ordens para procederem 4 represalins que © caso exigia, © sempre que algum brasileiro fosee violentado em sua pesson ou bens; doixa a situagio entregue ao Vieo-Almgante Tamandaré, ¢ retire-se oF hr agosto, sendo a7 de dezembro do mesmo anno substitnide polo conselheire Paranhos, que nko foi mais fel Em virtude das ordens ulteriores fica o porto de MontovidGo em estalo de bloqueio; as forgas de terra pondo-se em mobilidade pisun no din 12 de outubro o territorio da republien, dous dins depois REVISTA Do INST. ARCIL. B GEOGR. PERK. 85 chegam ao Cerro Largo, ponto destinads. para ser supado como represalia, havendo oecupado, no la de Mello, eapitaldesse departamento, 24, passando para Bagé, fronteira onde iriam fzer junogto com outras, brign- das que formavam 0 grosso do exercito operndor. Ocioso é dizer, que hove demora nas operagbes, pois devendo 0 exercito accolerar sua marcha, ‘para som perda de tempo auxiliar aesquadracm qualquer movimento, 6 9 29 de dezembro. pide-em numero de 6,000 homens achar-se em frentea Paysandé, de moto que havendo no dia 10 de novembro 0 vico- almirante tornado effectivo 0 bloqueio no Silto.¢ Paysandé, ponto mnis fortificndo do estado oriental, 8.6 de dezembro de combinagio com as forgas do genoral Venancio Flares atacndo a pragn, esta pode Tesistir por sor insufficiente a forga que investita, © 86 se rendéra no dlia 2 de janeiro de 1865, em. que © exercito e armada imperial dispondo. entio de ou- ‘ros elementos triumpharam depois de um mortifero combate de 52 horas de f-go sobre os, muros de Pay- saudd, custando-nos a victoria 400 homens féra.de ‘combate ¢ destes 150 mortos. Aguirre logo que soube da rendigio de Paysan- afi, @ vio a esquadra desde o din.2 de favoreito bloquear o porto de Montevid6o, deixa..a. presiden. cia da republiea, substituinde-o 0 senador Villalba, que, nutrindo melhores desejos de restabelecer 0 socogo naquelle paiz demitte 0 ministerio o offerece a0 representante do Brasil. qpnselheiro Paranhos ¢ ao general alliado Flores, una proposin de. paz.,por intermedio do ministro italiano Barbolani, que. foi aceita ¢ assignada no din 20 do dito mex, fieando lo- 20 reconhecido presidente provisorio du. republica.o general Flores, que tinka-so compromettido..em 28, dle janeiro dar todas as satisfngdos roclamadas, palo governo imperial ema sou wllematum de 4 de agosto.36 REVISTA Do INST. AMCH. & Gta. PERN. Si immenso foi o regosijo dos. habit Montovidéo, maxime do corpo estrang sem do testo de ps, malar foram aia ax do monstragies de jubilo, quando no dia 22 entraram hm cidade as forges bctadaress pois das janellas das casts revestidas de gala por onde nossa tropa sob o manito do coronel Antonio Sampaio, choviam flores ao som dos vivas enthusins leal e generaso povo bra: No dia seguinte 0 forte de $ José igando 0 pavilhio brasileiro e suudando-o eom 21 tiros, que foram correspondides pelt corveta Bahiana, dava ‘uma demonstragio solemne de quanto Flores estavn disposto a cumprir sua honrosa promessa We 24 do Janeiro, Convém aqui mencionar que. se primon este tratado de paz pela vantagem de evitar nova effuso de saogue, nio agradaram no governo imperial os termos em que se estipularam as condigdes, tanto que chegando & cirte em 3 de margo a noticia da ea pitulagio de Montevidéo, fora lozo exonerulo 0 con- selheito Paranhos de sua missio especial no Rio da Prata, © nomeado para substituil-o o conselheiro Francisco Octaviano, que chega no din 4 de abril & ‘capital da republiea do Uruguay, sendo recebido debaixo da mais ruidosa ovagio pops ANNO DE 1864 Agora volverei ag vistas parn o principal as- sumpto deste esbogo Iistorico A guerra ds Paras facto de haver o exercito brasileiro occupado, ‘como vimos, « villa de Mello no Estado Oriental, foi pretexto de que se servio Francisco Solano Lopes pata declarar guerra ao imper Até entio 0 governo brasileiro envolvido nos REVISTA DO INST. AKCHL. GEOR. FERN, 37 negocios da republiea do Uruguay, longe estava de suppor que o Paraguay, que tantos favores havia re- eebitto do imperio, espreitusse ssn oocusiio toda. seu favor para invadir as nossag fronteiras,. @-com- metter ahi horriveis depredagies. Com effeito, emquanto us forgas imperines.-blo- queavain Paysandd e Montevidéo, as de Lopes & sou turno assaltavam os lugares pouco guarnecidos dus fronteiras ie Matto-Grosso, onde 0 rogistraram soo- nas tio horriveis, que 96 a'penna de, um habil es criptor poderé deserever. ‘Um dos primeiros fhetos que a todos causou maior consternagéo, foi o do aprisionamento: do..va por Marques de Olinda. “ Asse paquote, que tina largaio do Rio de Ja~ neiro em outubro de 1864 com destino a Matto. Grosso, conduzindo o presidente nomeado ‘para-ossa provinein F'. Carneiro de Campos, chogéra sot “no Vidade 2 Assumpgio em 11 de novombro, -e -quam lo depois do uma pequena demora seguia-é som- bra da pox 0 sou destino, é eapturado: na manhi do dia 12 pelo. vapor paragunyo. Zuquary, «(ue atraves sando-se pola prda © com a guarnigio-d postos, ofex voltar aguas abaixo. fs Niio havendo meio. do. resistir, regressows0 Olinda 20 porto de Assumpgio, endo logo, eereada por dous wapores de guerra o varios escaleresy que © pozeram incommunicavel com a torre. Dins dopois foi entreguo o commando -do vapor 4 officiaes paraguayos, dosemparcando os passageitos © tripolagio como prisionciros de guerra ; destes rao foi o que sobroviveu & fome e aos tormentos. ‘o.mosmo dia. 12 de. novembro »ditige: Lopoz ‘10 nosso: ministeo Cesar Sauvan.. Vianna de Lime ‘uma nota declarando. guerra,--ao: governo »imperial por no tor attendide 0 seu protesto de 80 de:ngos- to--uue considerava qualquer ocoupagio do territo—ARCH, EGRUGR. PERN. imperines como um attentato 0 equilibrio dos estados do Prata, equilibrio que muito interessava xo Paraguay, como gurantia de sua paz ¢ prosperidade. ‘0 ministro Vianna de da nota de Lopes protestou logo energicamente coittra 0 acto hhostil pratieado ao paquete Olinda, ¢ fuzendo 0 go~ verno da republica responsavel por perdas © dam- nog, que tivesse 0 mesmo io podindo seus passuportes afim de, emquanto antes, retirarse ‘com & sua comitiva do territoria paraguayo. ‘Lopes onviando-lhe os passaportes. negow-the comtudo os meios de transporte, que s6 4 instancins Uo ministro dos Estados-Unidos Carlos Washburn pode 0 nosso ministro eo pessoal da legacio em~ barear-se n’um vapor parazuayo que os levou até Buenos—Ayres, onde chegaram a 6 de dezembro. ‘Desde entio comesou o governo de Lopez a cclebrisar-se na enrreira clos desatinos e barbarida~ des, como vorio 0s leitores. No dia 15 de dezembro partiram de Assump- (glo cinco vapores de guerra, Taquary, Ipordé, Pa~ raguary, Rio-Branco ¢ Igurey robocando algumas chatas ¢ conduzindo infantaria o artitherin em n= mero de 8,200 homens xo mxndo do eoronel Vicen~ te Barrios, dirigem-se a tomar o forte Coimbre etn Matto~Grosso, depois de ter recebido om Conceigio mais mil homens de cavallarin. Chegando « Coimbra Bartios envion a 27 do dito mez uma nota ao commandante do forte tenen- te-coronel Hermenegildo A. Porto-Carreiro, dizen= do que seguudo as instracgies de seu governo vinha ‘tomar posse daquella fortaleza, mas querondo “antes dar uma prova de moderagio ¢ humanidade intime= ‘yao para dentro de uma hora render-se, do contrario tomatia a viva forge, ficando a guarnigio sujeita as leis do caso. UVISTA bo INST. ARCH. B GEOGR. PERN, 39) Nio so fez esperar uma resposta digna de um listineto militar brasileiro . ,_ Porto-Carreiro nio obstante & guxmigéo eom- pér-se apenas de 120 homens, responde que x6 pela sorte das armas entrogaria « fortaleza. Em seguida atacanos. paraguayos’ com ‘forgas superiores 2 3,000 homens, torna-se: reuhido” o'com- bate do parto a parte, quo durow 40 horas, sem que pordessom 05 nossos uma 86 praga, até-que faltando earluchame, o nio havendo probabilidade de poder a guamnigio sustentarse attenta a desigualdade ex- ‘traordinaria de forgas, resolvew'o commandanto na noite de 28 abandonar sua posigéo: embarcando-se ‘com toda gente na canhoneire Anhambuly’ o nova por Jurd, que muito havinm auxilindo 0 combate; ¢ rotiram-so em diroosio a Corambé. » amanheoer do dia 20-08 a ximando-se do forto © vendo o abandons poder. se dolie, tendo-thes eustado nfo menos: de'400 ho- mens fora do combate; e 6 facil de comprehender que si a fortslera estivesse mais bem provida do gente ¢ munigées teria triumphado da forga initiga, ow pelo menos por nlgum tempo farlhe-ia’ tonaz te sistencia. Jé no dia 27 os habitantes d’Albuquerquosa- bendo da aproximagio de forgas inimigas. tinham.co Tetirado da povongio quo om -seguida foi oooupada pelos invasores, bem como etn 3 de:janeiroide 1865 « villa do Corumbé, onde commetteram todos os nc- tos de selvageria, saqueando casas, violoutando: mu. Iheres, ete., eto. Um facto veio mais contristar’ os brasileiros, a capture do Ankambaly, esto'vapor que eondusi par- to de guarnigio de Coimbra; sendo: n0°din: 6-de'je- neiro ooreado por quatro vapores inimigos no rio'8- Lourengo, vio-se forgado « oncalhar n'umn barranea Dura salvar agente; parte pde galgar a terra, mas ¢4@ REVISTA bo INST, AKCH. E GHOGR. PERN. aoutra atirando-se n'agua, fora quasi toda morta a tires ; © & horroraso dizer que os. paraguayo: Jaram ahi alguns prisioneiros, cortandolhes as ore- Thar, que enfiadas n’uma corda foram Tevadas a As~ stumpeio, como trophéos de suas fagaulas !! Kate facto foi noticiado por varios jornues do Pral nunca contestado. . ‘A noticia da tomada do forte Coimbra e da in- vasiio pamguaya no tervitorio da provincia chegando & Cutinbéa 8 de janeiro, causou, como era 1 grande impressio : a maior parte das familias pro— euraram logo retirar-se da cidade, ficando ainda mais atertndns com os boatos de que amarchavamn forges inimigas sobre n capital; a guarda nacional vendo que nenhums providencia tomava o presidente bri- gndeiro A. Albino de Carvalho em defeza da cidads toca n noite rebate, tornando assim mais alllictiva © ral a confusio. Este nio podendo por mais tempo couservar-se inactive, reunio no din 9 em palacio as pessoas. mais abastadas da localidade, © expondo quauto arrisoada © crition erm situagio, pedio-lhes que entrassem ‘com algum dinheiro para a thosourarin que se acha- ya exhnusta, sem 0 que nada poderia deliberar, no- meou 0 tononto-coronel Porto-Carreiro para com- mandante de praga, e chamou as armas todos os cida- digs em defeza da patrin. Esta resolugfo nealmou um pouco os animos aba- tides, pois com ru2io todos contiavain na intrepides do commandante do forte de Coimbra. Felizmente nio chegando os inimigos a Cuiabé, © que parece que Lopez 66 queria occupar os portos das fronteiras, embarcou-se no din 14 do mesmo mez Porte-Carreiro com uma forge superior n 1000. ho- ‘mons para operar ao sul da provinoia, por onde es ‘porava oncoutrar os invasores. REVISTA DO 1 ROM, B czoGn, PrRN. 47 ANNO DE 1865 Senhor daquella parte de Mattc~Grosso 0 die tador de Paraguay, querendo tambem alargar os seus dominios pela provincia do Rio-Grando, sol tou em 14 de janeiro de 1865 permissio dx repu— blica argentina para. transitarem suns tropas pelo ieee ae Corrientes, 0 4 isso foase impellide Ins operagies de guerra em que se achava ompo- ubado contra o Brasil. -_ m A resposta do governo argentino om O.de fe- vereiro, « que fiel 20s seus deveres de neutro niio po- dia acceder quelle pedido por se oppbr aos interes— ses da confederngio », emberngava os projectosde Lo- ez, que despeitade por se difficultarem 08 seus pla- nos de conquista, invade no mez soguinte a provi cia de Corrientes, onde fez concentrar suns forges, aprisionando ahi dous vapores argentinos. > Este acto insultuoso e formalmente. hostil uma nago que 0 conservava em neutralidade,!mui- to-concorren para no J- de maio celebrar-se ex) Buo- nos—Ayres um traiado offensive e:teffonsivo entre ‘oimperio ¢ as republics Argentinu-e do. Uri sim de dbalrom x goers provocia ple Bar guny. ay A’ esse tempo, sabendo o governo imperial: do. cesindo precatio do Matto~Grosso, © j4-quando:esla ‘vam firmadas as relagées amigaveis com Montevidéo, {eve 0 vioe-almirante ordom de fazer subir'a eéqua~ dra a bloquenr 03 portos paraguayos; \intoreeptando assim a-deseida de navios inimigos,” 1. __ , De Buenos-Ayres partio no diw6 deabril- wma dlivisio composta-da corveta Jepuitinkonh se das ca nhoneiras Ypiranga, Iquatemy e Aroguary,':80b 0 commando do eapitio de mar e guerra -Becundine te Gomensoro, ¢ a 28 do dito mez tomou 0 meso4Q°—aVISTA vo INST, amoH. E GENGR. PERN. soutra atirandese n'agua, fora quasi toda morta tiros ; e & horroroso dizer que os pareguayos muti- Taram abi alguns prisioneiros, cortaudo-thes us ore- Thas, que enfiadas n'uma corda foram Tevadas a As~ ‘0, como trophéos de suas faganhas!! iste facto foi noticindo por varios jormaes do Prata munca contestado. ‘A notiie ds tomadn do forte Coimbra, da in- ‘vaso pamiguayn no territorio da provincia chegando 1'Cniabia 8 do janeiro, causow, como erm antaral, grande impres jor parte das familias pro- euraram logo retirar-se da cidade, fieando ainda mais terradas com os boatos de que marchavam forgas inimigas sobre a capital; a guarda nacional vendo que nenhumna providencia tomava 0 presidente bri- gadeiro A. Albino de Carvalho em defeza da cidade, toca a noite rebate, toruando assim mais afllictiva e geral a confusio. Este no podendo por mais tempo couservar.so inactivo, rounfo no din em pelacio as pesseas ais abastadas da localidade, ¢ expondo quanto arviscada © erition er a situagio, pedio-Ihos que entrassent com algutm dinheiro para thosourarin que se acha- va exhausta, sem 0 que nada poderin deliberar, no- meou 0 tenente-coronel Porto-Carreiro para com- mandante da praga, e chamou as armas todos os cida- dios em dofeza da’ patria, Esta resolucio acalmou um pouco os animos aba- tidos, pois com tusio todos confiavan na intrepides do commandante do forte de Coimbra. Felizmente no chegando os inimigos a Cuiabé, © que parece que Lopez 86 queria occupar os portos das frontoiras, embatcou-se no din 14 do mesmo mez Porte-Carreiro com wma forge superior a 1000. ho- ‘mens para operar ao sul da provincia, por onde os- ‘porava encontrar os invasores. EVISTA DO INST. AROH, E GgOGR. PERN. 41 ANNO DE 1865 Sonhor daquella parte de Matte-Grosso.o die tador de Paragany; querendo. tambom lari: oo seus dominios pola provincia do Rio-Grande, solicl iro de 1865. permissiio da ‘repa- transitarem. suas ‘tropas pelo Gorriontes, so 4 isso fose impllido rages dle guerra em ene o Brasil. ‘tee achavaempe- A resposta do governo argentino em 9:de fo~ iro, « que fil aos seus deveres de neutro nfo po- {cveder dquolle podido por se oppbr aes interes 505 da confederagio a, embarageva ox prejectonde I. bez, quo despeitado por so dificllarem os sows pla; nos de Conquista, invade no mez seguinte a. provi ia de Corrientes, onde fez coneeutrar suas fargas, aprisionando ahi dous vapores angentines, =.” Esto acto insultuoso e formulmente hostil.é uma nagio-que 60 consorvava om neutralidedeyimas. to-concorreu para no 1° de maio celebrat-se oer Bac, nos-Ayres um tratado offensivo e -deflen io i das ca- nhoneiras. ¥pip ya, Ty a pon er Sram (ty ann, Arner, de Gomensoro, en 28 do dito mez tomou o mesmo42 REVISTA po Iver, ARCH. # GEOG. PERN. destino outra divisio sob o chefe Franciseo Barro- 80 que se compumha da corveta Amazonas e dus e- nhoneiras Parnukiba ¢ Ivaly, indo depois reforgal-a a Belmonte o Beberibe. ; ‘ara o ponto invadido de seu territorio o gover- no argentino fez tambem expedir uma forge sob 0 ‘eommando do general Prumero, que achando-t in- sufficiente para bater a inimige, que constava—the marchar em numero superior a 12,000 homens, re— quisitou em 14 de mato auxitio da osquadra j4 entio fandeada em Bella—Vista para transportar seus sol— dados até Corrientes. . A esquadra dando desombarque no dia 25 em frente &cidale, foram nesse mene din ahi dea alojados os paraguayos em um sanguinolento com— brie, que durou mais do doas horas, polas forqua do general Paunero, auxiliado pelo 9 batalhio de li~ nha brasileiro, havendo muito concorrido 0 fogo dos navios de guerra para o feliz exito dessa importante o Depsis do combnie seguio « eaquadra aguas ima, e nifo podendo o genoral argentino demorar— se na cidade por estar desprovida de viveres, reti— rou~se a 27 com toda sua forga para Rincon de Ceballos sote Ieguns do distancia, pondowe em mar- ch depois ‘om direogio a Concordia; © nesse mos mo dia tinha partido o general Osorio de Montevi- déo para 8. Franciseo, onde ficdra acampado o:nos- 80 exercito : rs Bento que as forgas de Lopez. que haviam in- vadido Corrientes transpiem om 10 de junho a fron- teira do Rio-Grande em 8. Borja com’ 10,000 ho- ‘mens das tres armas, sendo a maior parte infantaria, tendo deixado 8,000-cm 8. Thomé,-povoagio quar si fronteira. a 8. Borja, marcham em direegio a ‘Uraguayana. Parece que deste modo estava tudo tio bem REVISTA Do INST. ARCH. E GEOOR. PERN. 43 combinado por Lopes para assegurar sua conguista uno Rio-Grande, que pola madrugada do dia 11 de: Junho desce de Humayté.a esquadra paraguaya, com: posta do oito vapores e oito chntas bem artilhados,.6 pela manhi no lugar denominado Riaehuelo ¢ em po- sigio favoravel .ntaca com furor. 08 nosso. ¥aporos, que abi jé estavam a impeiir-Ihe_o,passo, o debaixo de um nutrido e incessante fogo de artilheria-e fuzi- loria conseguem.os paraguayos abordar a canhoneira Parnakiba,-que foi o-theatro de:horrivel carnificina, Nessa critica situagio 0 chefe Barroso, .guiado por seu habil pratico Bernardino Gustavino,-amano- bra tio acertadamente a.corveta Amazonas, queindo sobre os vasos inimigos pio tres desses 4. pique, sen- do um 0 Marques de Olinda © uma. -chata,:aprision nando-se cinco chatas, ¢ fogem os outios destrogados aguas acima, > exe Os navios.da nossa esquadra eram a:.corveia, epuitinzonka, que logo no principio. da. aogivo enca~ Ihando perdera—se, a Amazonas, Beberibe, Parnahi- ba, Belmonte; Mearin, Araguary, Ypivanga e Siem ee ey 1 SRE ete48 ‘vista vo Isr. ano. £ GEOGR. PERN, No dia seguinte aggredom alguns batalhies ini- migos as forgas alliadas, so repellidos perdendo quinhontos homens ¢ duas bocas de fogo. A’ 2 de maio no lugar denominsdo Estero Bel- Inco, & uma legua da Passo da Patria, seis mil pa- raguayos com oito bocas de fogo lograram sorpren- der na occasifo, em que se distribuiam as ragder, a ‘vanguarda do general Flores, tomando-the quttro pe- 425 no primeiro impeto ; a principio tiveram vanta- gens, mas apparecendo logo o general Osorio coin dous batalhoes foi rechagado 0 inimigo. deixando mil e duzentos mortos além de muitos feridos © pri sioneiros, duas bandeirase oitocentos fuzis; as per- das alliadas foram seiscentns cincoonta entre mor- tos ¢ feridos. Os generues Osorio e Flores tiveram seus ca- vallos mortus na wegio, ¢ a gloria desse dia coube em primeiro lugar ao 7- batalhio de linha brasileiro commandade pelo coronel Herculano Pedra. Nia se atemorisaram os paraguayos com éases re ozes a 24 de maio em numero de vinte mil ho- mons das tres urmas, sob o commando Resquin © Barrios, ¢ favorecidos lagoas vieram atacar o oxcroito alli Jegua ¢ meia do Passo da Patria, entio travouse « mais sanguinolenta batalha que tem visto a America do Sul, pois principiando a tremenda lute pelas 11 1/2 do munhi, durou com o mesmo furor até é3 5 da tarde, sendo alinal derrotado o inimigo, que per- dera oito mil ¢ com homens, destes cinco mil mor. tos © 0 resto feridos e prisioneiros, oito pogas e mui- to armamento. Dos alliados 26 perdas attingiram a tres mil quatrocentos cinco fra de combate, sendo 6 dos brasileiros mortos quatroceutos treze, e feridos dous mil. noventa. Dirigio a nego o general Osorio, que . provou REVISTA DO INST. ARCH. B GoOR. PERN 49 ,eF © bravo dos bravos, foi contuso e teve traspassado por uma balla pees ‘Fiveram:parte activa’na. batalha vero. o tenen cebe um gol ‘tivo se fortificassem tanto os paragaayos em woug postos avangados, que no dia If’ de°Jelho. vie Tevantar_junto a0 banhado—Pires- uma. trinehere em posigio de dominar o flanoo esquerdo altiarto, inPot 8eF com effeito mui prejudicial ‘essa. trine gheitao marochal Polydoro F. Quintana Jordin, assumindo o commando em chefe no dia 18 do julhg ara o quo fora nomeado, visto ter pedido wma livers $2.0 marechal Osorio, deliborou de nocondo. cour os outros generaes tomala de assalto, _ Xe dia seguinte arrojando-se os nossos sobre as fortifcagies. inimigns, travouse tm. tio. roukiie combate, que durou deseseis horas, sendo deealojado igs tomadn trincheim ist? tit 18 atucam os paraguayos.a posigio ‘con. nistad, slo sechagados a enaia 20: mute agree Tmmonsas foram as perdas nesses combates ; a dos allindos ehogou'ra:dous mil seiscontos @ viste Auatro fre de combate, en do inimigo subio a vite, Centos morios, trintae seis prisioneitos, enleulande- seem dous mil os ferid 2. , morte o general Aquino, o do exercito brasileiro saben foraees ge netal Victorino e os coroneis Bello e Machado. Depois desses combates de julho ocouparam se. «50 Teavista po INST. ARCH, E GHOGR. PERN. ‘0s paraguayos em fortifienrem-se, e outro’ tants fa ztiam os alliados. Achavarse entio a esquadra reforgada com al- guns vasos courendos tres leguas abaixo de Curu- Paity, niio podendo transpor esta fortaleza em razito de estar o canal obstruide com pedras ¢ estacadas ter de vencer os eélebres torpedos de Lopez. Para sabirem desse estado de inaegio assenta- sam 05 generaes assaltar o forte Curuzt, euja toma- a por sua posigio daria facil aceesso no ataque de Gurupaity, que era o primeiro alvo dos allindos. ‘Tado assim convencionado suspendem no din 2 de setembro os encouragados ¢ indo collocarem- se mais proximos do forte para jogar-lhes. projectis, houve logo um grande desastre’causado pela explo- sio de um torpedo, que partio xo meio e submergio © encouragado Zio de Janeiro, morrendo 0 seu com mandante 1: tenente Silvado e seseenta ¢ duas pra- 2s, salvando-se o immediato 1- tenente Custodio de ‘Mello e cincoenta e oito pragas de marinhagem. Essa eatastrophe nZo privou que os outros na- ‘ios se pozessem 2 500 metros do forte e comogas- sem a bombardeal-o. a No dia seguinte pelas 6 horas da manhi rompew © fogo do 2 corpo do exercito ao mando do intrepi- do general Porto-Alegre, depois de duns horas de porfiada luta eahe em nossa poder o forte-com toda artilheria, onze pegas, duzentas e doze espingardas tres bandoiras; foi um triumpho completo. s alliados contaram cento e trinta e quatro mortos ¢ perto de citocentos feridos, do inimigo se- pultaram-se setecentos e cincoenta ¢ cinco; muitos foram 0s feridos e trinta prisioneiros com o major Godoy. ‘Vencido Curuzé dispdem-se os alliados para 0 assalto de Curupaity.. No dia 22 de setembro de 1866, levando as nos- REVISTA DO NIST. ARCH. E GEOGR, PERN» 51 sas forgas o atuque a Curupaity que intereeptava te- nazmente as operagies, soffreram pela primeira vex um grando revez que fizera passar a guerra por ‘uma nova phase. Nio foram bem explicitas as perdas alliadas nosse dia fatal, mas o goneral Mitre em sun parte official caleulou om tres mil os mortos e ferides : o inimigo teve apenas duzentos e cincoenta fin de combate; e quanto a causa do reves correram va. ias verses, attribuindo uns falta de combinagio no taque, outros desintelligencias entre os generaes, 0 que de alguma sorte fez erer, retirando-se o goneral Flores para Montevidéo. Essa fortaleza resistio até 22 de margo de 1868 dia em que foi—tomada 4 viva forea polo general Angolo--perdendo os nossos eento © cineoonta.feri- dos, ¢ trinta e dous mortos; e o inimigo vinte © um mortos e cinco prisioneitos; conseguindo levar os suttos feridos antes da ontrada das nossas forgas no forte. Em consequencia do revez “de Curupaity fora nomeado em 10 de outubro pelo ministerio Zacarias © marquez de Caxias commandante em chefo de to- das as forgas brasileiras, aprogoado por uns oomo o unico quo em tal emergencia poderia salvar a honra do imperio—ninguom dir que dou essa prova, Partindo da ‘odrte a marquez de Caxias oi 22 de outubro, tomo conta do commando em chefe a 19 de novembro em Tuynty, onde estava o quartel- general. Seu primeiro acto foi, conservar a divisfo_do exercito em dous corpos, assumindo o marochal Po- Tidoro o commando do primeiro, ficando no seguado © general Porto Alegre, e dar outras providencias tendentes 4 organisngio do oxorcito; dias depois— substituio ao visconde de Tamandaré o vice-almiran- te Joaquim José Ignacio, pessoa de confiangs do52 enevista vo ixsr. anil. & GEOR, pen marquez, que conseguindo tudo do governo, ninguem mais do que elle habilitado pars reparar os erros Passados. ANNO DE 1867 Com a chegada do marquez de Caxias paralisa- ram as operagies, talvez pelas didiculdades que en- controu na orgunisagio e disciplina da tropa, deven- do—attender-se que nos primeiros mezes de’ 1867 epidemia do cholera fizera terriveis estragos uns. fi- Teiras do exercito. 86 em agosto desse anno sendo decidido em conselho, que nio poderia operar o exorcito sem o auxilio de esquadra, e & esforgos do general Mitre, teve aviso o vice-almirante para fazer subir uma di visio de 10 encouragudos, que realisando felizmente passagem de Curupaity na manhi de 15 de agosto =rdebaixo de um nutridissimo fogo, que Ihe causi- ra sérias avarias, foram todos fundenr acima do rin- cho do Ouro, comegando desde entio a bombardear Humayté, que Ihes ficava 4 vista, e em posigio de nifo serem hostilisados por essa fortaleza. Os encouragados eram o Brasil, Barroso, Ba*ia, Colombo, Cabral, Lima Barros, Marie e Barros, Si. vado, Tamandaré ¢ Horvat. ‘Emquanto isso se passava no Paraguay, novos louros colhis © pavilhio nacional na provincia de Matto-Grosss, infestada pelo inimigo e entregue Seus proprios recursos desde dezembro de 1864 No dia 18 de junho de 1867 uma forga brasilei- ra de 480 pracas, commandudas pelo coronel Anto nio M. Coctho, ataca com tanto denodo 0 forte Co- ambi, defendido por 850 homens ¢ dous vapares de guerra, que foi logo abandonalo, morréndo 125 parn- guayos com seu coronel Hormogenes Cabral, feando. 27 prisioneitos; no atchivo encontraram-se varios do- ‘REVISTA.Do INST. ARCH, B OEOGR, PERN.» 53, cumentos que provavam os tormentos e atrotidades dle que cram victims 05 brasileiros; o nam dlles Vio-se.a triste descripgia de torem sido em novere bro de 1864 conlemnadas 4 morte seis, brasileinee » Agoutados antes de soflterem o ultimo supplici, ¢ guftas muitas barberidades 6 proprias as horias selvagens de Lopes. Nio obstante porém o lance atriscado da nos- $e, Caaumdra nas aguas do Paraguay olhado por eons tos visionarios como em pura perda, tudo oontinuses Ma pmmesma innegio, até que fazondo Lopen don ambatear topes ne nite de 1- de novembrode 1866, ‘fo Taiby-—ponto muito importante no rio Paronie por faclitar ns communicagées com Humaytié ¢ oom Q,jnterior do paiz, forn expodida uma forge brasilans Sob o mando do brigadeiro Joo Manoel Monna Bac eg, Gomposta do 4,400 homens das tres armas pare ‘lesalojabos a todo custo daquella posigio, Stbre o inimigo, foi esto dorrotado, morrendo ame nhontos, fcando muitos prisioneiros oo restante fa Sree 20, tio onde quasi todos pereceram; o gene. ara aquelle lugar. Vendo Lopez assim intercoptadas as suas com- jumicagdes pelo rio o destruidos dous de seus a, pores, tentou um ataque desesperado contra.a nossa madrugada do dia 3 uma forga de oito mil omens commandads pelo coronel Bartiossospromie Vinconny?9, do, exercito, sob as ordens do genet qgoude de Porto-Alegte em Tayuty, apodersote ce Ue tres reductase levando nessa occaaite pretence ° major E. Cunha Mattos, com quasi todo » batalhio,5£ REVISTA DO INST. anctl. B GzOGR. PERN. ‘Travou-so nessa oocasifo uma lute enearnigada, ¢ sanguenta finalisando com a derota do inimigo que deixou no campo mais de dous mil mortos, contados 4 medida que se ia dando sepultura, além do qui- nhentos ¢ tantos prisionciros. . A nossa perda subira a 264 mortos e mais de seiscentos feridos. Porto Alegre portou-se com todo denodo; de- pois de haver perdido dons cavallos atravessados de alas, monta no tereeito, e atitando-se ao mais ar- Fado do combate obra prodigios do valor, @ mata © coronel ayo Castillo "ots derrota de 8 de noverbrorecolheram'se 08 paraguayos ao silencio, e nada mais de importan- te houve até o fim de dezembro. ANNO DE 1968 Continuava 0 exercito alliado seu acainpamento em Taya-Cué—nio podendo avangar emquanto a esqundra nio forgasse a passagem de Humayti, con- digéo indispensavel para proseguir nes hostilidades. Sendo porém dificil transpdrem os encouraca- dos fi vista de seu calado as correntes desse formida- Yel baluarto, decidio-so em conselho de gencraes, que se esporasse pela enchente do Parand, que muito cooperaria pate o feliz resultado daquella gigantesea e arriseada empreza. Em fovereiro de 1868 tondo as aguas attingi- do 4 ums altura consideravel, foi a occasiio osperada pela esquadra para levar & effeito tio arrojado pro- jecto. 7 No dia 19 do dito mes, pela madrugnda, seis encouragados ~~ 0 Rio-Grande atracado a0 Barroso, © Alagoas 20 Bahia, ¢ 0 Paré com 0 Tamandaré suspenderam, ¢ mais tarde investiram com toda a coragem 0 passo de Humayti debaixo de um tre- ‘RBVISTA Do INST, ARCH. E GEOR. PERN. 55 mondo fogo de mais do com canhdes, depois 0 do ‘Timbé, © a0 romper d'alva foram fundear om frente a0 Tayhy, onde so achava parte do exer. cito alliado. Foi um dos mais brilhantes feitos da mariuha brasileira, que a deve por eni parallelo as primeira esquadras do mundo, Houve um incidente, que muito merece ser menoionados 0 monitor Adagdas quebrando a amarra do Bakia, quando este vencia 0 maior perigo, des- governéra indo aguas abaixo, mas seu commandante © 1 tonente Joaquim Maurity revestindo-se de una coragem inaudita tora 4 investi 0 passo © conse. gue jé polas 5 horas da manhi transpOr as correntes indo incorporar se aos seus compauheiros!! Nesse mesmo dia 19 pola manhi, cinco mil ho- ‘mens, sob o commando em possoa do marquez de Caxias, tomaram de assalto o forte Estabelesimenco, ponto avancado entre Humaytéi e Hondo defendide por 1,600 homens, que depois de tres horas de resistencia 0 abandonaram, defsando 500. mortos, quantidade de munigées, atmamento 0 15,pecas.de diversos calibres; os assaltantes tivoram fora de combate perts de 400 feridos.o 148 mortos. No diaseguinto 20, t2es dos enoouragudos. quo haviam atravessado Humayti, seguiram tio acta em exploragio o sem encontrarem séria resistonaia, chogam a 24 om frente 4 capital-do Paraguay, o te do apenas langado, alguns. projectis sobre. os prin aos odificios da cidade, rogressam a0 seu ancora, douro, sendo para notar quo 6 a isso so limitassem, como foi commentado em alguns jornees. Deve-se aqui mencionar que emquanto, se t00e- diam com enthusinsmo estas gratas noticias da quer. 8, contristava-se o coragio de todos em saberse do horroroso assassidato perpetrado na. pessoa do. gene- 858 REVISTA Do INST. ARCH, OEOOR. PERN. ral Flores, no dia 19 de fevereivo, n'uma das ruas de Montevidéo. ... oe Foi certamente uma perda mui sensivel » morte do general Flores, que era um dos mais dedicados amigos da allianga e que mais servigos tinha presta- do na campanha..... Continuando a esquadra bloqueadora a bombar- dear Humayt4, tenia Lopez. um temerario arrojo, 0 que prova quanto The inguietava seriamente aquelle Bloqueio. ‘Na madragada de 2 de margo de 1868 uma forga inimiga de mil e duzentos homens om 48 cha- Janas viera abordar os encouragados quo estavam, fandeados dquem de Humayté, conseguindo quator ze abordar ¢ Lima Barros @ doze o Cabral, indo as otras pela forga da correnta aguas abaixo. ‘Nao obstante a resistencia sda guarnigio pode Tam 05 paraguayos galgar 0 convés das dows encou- ragados; mas garam coi avila tou tomorate ae rojo, ealeulando-so em quatrocentos o numero dos mortos, metralhados pelos navios que vieram em soc- corto, indo & pique varias candas, tomando-se onze © ficando treze prisioneiros; a nossa perda foi de ‘trinta¢ dous entre mortos ¢ feridos. Esta derrota ainda desta vez nio convenceu a Lopez quo sétia inutil qualquer tentativa sobre a esquadra, como se v0 mais adianto. Achando-se interrompidas as communicagées do inimigo por agua, ¢ communicando-so este te polo Chace, julgou conveniente o exercito alliado, ‘ue para se completar 0 cerco, seria preciso oxpedi¢ para ali sem perda de tempo fo Topellissem qualquer partida inimiga, si por aquelle sapparecesse, Come de facto, havendo dosembareado no Cha £9, no 1 de maio do mesmo anno, duas expedigbes, uma brazileirae outra argentina em numero de cinos ABVISTA DO INST. AROH. & GEOGR. PERN, ST il homens, foram atacadas as quatro e mein da tare de do dia 4 por quatro batalhdes e um regimento do favalleria inimiga om forga de dous mile quinhentes homens, que em uma hora de sanguinolento. color te foram rechagados, deixando quatrocentos ‘» ea. Geena mortos, muitos feridos e umas quinhentas on ‘argentina Charlono foi aniquilada, 6 insignificante a perda dos braziletros. Pesesperado Lopex oom esto roves, quiz ainda fnevificar sua gente n’uma sogunda abordagem aos encouragados além de Humaytn. No dia 9 de julho pela madrugada, vinte-cantas {tipoladas por wns quinhontos paragunyas, aprovel fando-se do silencio da noite, ditigiram-se a0 Tayhy, condo se achavam em frento fundeados 0 Barros ec {Bio-Grande, logrando abordabos ; travou-ee logo wn horrivel combate, subindo comtudo os abordeates & coberia do Rio-Grande ; & matinhagem nao podende esistit, encorra-se na torre do monitor, sondo ete aquelles varridos do convés pola metratha das bate, rias do Tayhy 5 morte o commandante Antonio Jon, quim ¢ 6 ferido o habil pratieo Femando Riche. Os quo porém abordaram © Barroso foram to. dos mortos, fuzondo-se muitos prisioneiros, toman: dose doze canbas 0 mettidas oito & pique, nds tine ‘mos oitenta pragas féra do combate! ‘Ni cessava uma ver por outrs bombardeio & Humayté © roconheoimentos no intrincheiramonte inimigo. Chegando a0 conhecimento do- marquez de Ca- xias qo na noite do 15 de julho estavam os para. guayos evacuando Humayté passando-ce em embes Bae 0, Chee, ordenira aos generaos Osorio e Gelly ¥ Obes que com doz mil homeus pela manhi Ievas. Sem ataque 4 fortaleza, aquelle pela direita 6° este ela esquerda,LA 58 REVISTA po INST. aRCIT. E GEOGR. PERN. encontrando grande resise toncia pelo seu lado, communica no marquez e tove de contramarchar sem perdas sensiveis, inus 0 gone- ral brazileiro com sous seis mil homens procedeu de outra manera. Este heroe da campauha peraguaya com todo denodo que the & proprio, atieon polo sen Indo as trincheiras inimigas, e tomon 4 viva forga o primei. ro reducto hasteando o seu estandatte na batoria pas raguaya; querendo porém sustentar stta posigio ad- querida 4 costa de tanto sangue, pede reforgos a0 general em chefe, que se achava na retaguarda com todas as reservas, este nega-se no peilido c ordena a rotirada. Confusio terrivel se apodera dos soldados de Osorio, jé fatigndos de tanto lutar. Ao retroceder a metralha comecou a dizimar 05 centos as nossas fileiras, batalhies de quinhen- tas pragas ficaram reduzidos a oitonta! ! © general perde 0 cavallo, véa sou lado ea~ hir tres de sous ajudantes, ‘oitocentos foram os mottos, quatrocentos 08 feridos, e esta differenga entre mottos ¢ feridos era devida no nuttido. fogo quo estiveram expostas as fileiras brazileiras, Foi opinio geral que houvesse sido enviado o reforgo pedido, desde aquelle tavelmente o formidavel baluarto das; © sobre este assumpto mui ecusurado foi’ 0 ge- neral em chefe por varias folhas platinas @ trans. criptas no imperio. Nesse mesmo dia registrou-se outro rover. Ten- do segundo as ordens do marquez de Caxins o gene. ral Rivas de acoordo com o brigadeito Joao M.Menna Barreto quo estavam no Chaco, avisalo a0 coronel Martines,de Hox que atacasse uma bateria que uae quelle lado havin construido o inimigo ¢ 0 fizesse desalojar, esse bravo militar devendo primeiro atra- © gonoral argent NBVISTA DO INST. ARCH. E GEOGR. PERN, 59 Yessar uma ponte para dar eumprimento & ordem, achou-so em uta tenaz com os paraguayos que 86 propozeram & desputarthe o passo, sendo afinel es tos repellides com perda do com homens © alguns prisionoiros. - ‘Tado ia bom, quando a eolumna allinda “atra- Yessando a ponte, vio-se coreada por forga.inimiga muito superior, travando-se incontinonte um desses combates quo, fxzem estromecer 03 mais aguertidos, ¢ do qua resultou o aprisionamento do eoronel e mais alguns, © a porda de quinhentos soldados, sondo du- zentos argentinos @ trezentos brizileiros.” Foi o dia 16 de julho do 1868 um dia fatal para © imperio, ao mesmo tempo que se dava esse dolore. 50 revez no thoatro da guerra, registrava-so no Rio do Fenciro um desses fictos oxtraordinarios na vida Politica da nagio brazileira com a subida do ministo. tio Ttaboraby, sem que uma razio de ordom publica Justificasse a queda de seus antecessores, que tio incansaveis haviam sido na organisagio de. exorcito o da armada, ¢ sempre encontrando o mais decidide apoio da camora—na consignagio de fandos para, as dospezas da guerra. Evacuagio pe nuways< Critica ora a posigio dos paraguayos om Hu: mayt4, o niio Ihes sendo possivel. domorarom-so ahi or mais tempo, resolveram evacual-a na noite de 24 de julho passando-se para a ponta ou. peninsula do Chaco, ondese viram ainds mais acuados. de um la do pelo exercito allindo © de outro pelos visos da ‘esquadra quo hes faziam tertivel. bombardeio.. Fazendo os nossos no din seguinte. umm reconke- cimento na fortaleza, acham-na abandonada, com muito armamento, polvora, genoros alimentioios ¢ uzentos o cincoenta eanhées encravados.60 RuvistA Do INst. ARCH, E GEOOR. PERN. Continuava a ser desesperada a posigto dos si- findos da peninsula do Chaco dizimados constante- mente pela metralha e expostos és intemperies da estagiv; © reconhecendo o marquez de Caxias quane ictiva a sorte delles aggravada pela falta de alimentos, fez cessar o fogo, intimando lhes em nomo da humanidade a rendigio, que 26 tere lager no dia 6 de agosto, entregando-se 0 coronel Marti. nez com mil trezentos e vinte sete soldndes, con tando-se nesse numero 97 offciaes. general Allen tinha padido evadir-se com uns 200 hontens para o reducto do Timbd, Depois da evacuagio de Humaylé era todo 0 empenho dos allindos estabelecer o seu acampamento na metropole do Paraguay; ¢ ainda que os vasos de esquadra eruzassem o rio anxiliando 0 movimento do exercito, a grande distancia quo separava Humayté da capital intermediada de algamas bateriasinimigas fasiam retardar 0 almejado plano dos invasores. Ua dos primeiros obstaculos era pois desalojar o inimigo de um redacto denominudo Jacaré na tar gem esquerda do Tibiquary, guarnecido por uns 400 omens; e sendo essa missio confiada ao intrepid bariodo Triumpho, () este com todo denodo pe Ficia a executa, investindo o inimigo no dia 26 "do ‘agostoque pouco resistio, deixando oitenta prisionei 10s @ uns conto o setonta mortos, havende de nosea arto dezanove soldados mortos © o major Pantalote © cento © quarentae dues pragus fra de combate, No dia 23 de setembro esse mesmo distineto Seneral, tendo a frente de uma forga de cavalla atravennudo uma ponte sobre o arroio Surubyhy- dee fendida por paraginyos, estes em namero de mail, que stavam de omboscada, vendo os nossos atravessat, (*) Joos Sonquita de Andtade Neves EVISTA DO INST. AROH, B OBOGR. Pun, — G) ahem ao encontro, ¢ cortando a retaguarda aposeam- se da ponte. Travou-se uma horrivel Iuta a bayoneta, resul~ fando ficarom féru do combate duzentos brazieiros 7 motreram cem paraguayos e ficaram quatorze prisio= neiros. © ‘proprio goneral vendo-se em um momento corcado pela forga. inimiga corren immenso, per odendo escapar devido & sua reconhecida intropion € dedicagio de seus soldados. Depois dosso brilhante feito d'armas parte do exervito ditigioso ao porto de Palmas, onde ja. este, a 8 esquadra, ponto esoolhido como base das novas operagies. No dis 10 do outubro de 1868 passaram-se para Schnee forgas brasileires do eavallria infanteran Sendo no dia 18 do dito mez reforgadas por tros mal homons és ordens do general Argollo inoumbido de abrir ume picads que désse passagem ao exereto, quancio por aquclle Indo houvesse de operar contze as baterias inimigas, Esse insano trabalho emprehendido por entre mezes, conseguindo finalmente 0 exercito atraveseas bara 8 mangem esquerda do Paraguay, posigio desig. nada para continuarem as operagses. ‘Tado assim convencionado, na manba do dia 6 do cezembro effactun-se em Santo Antonio, trea le. guns acima de Villete, o desombarque de. ama con Tumna de oito mil homens das tres armas sob as ore dens do general Argollo, © depois de meia legua de: tnarcka, quando tinkam de atravessar por uma pons {00 arroyo de Itororé foram ahi atacatos por uma forga inimiga superior a cinco mil homens travands um dos mais singuinolentos combates da campanha do Paraguay :—a ponte depois de tomada ‘pelos62 Revista po Ins. nnossos foi retomada pelo inimigo por mais de uma ‘yea, ¢ entio enda vez mais tornow-se horrivel ¢ encar- nigada a luta, até que chesndo o marquez, de Ca- sins, jf estando ferido Argollo, (*) animou tanto seus commandados, que redobrando de valor conseguiram ropellir o inimigo, que nio tardou om retirar-se em debandada; caleulando sua porda em dous mil mens entre mortos ¢ foridos ¢ alguns prisione 0s. De nossa parte houveram pordas bem sensiv ‘quatrocentos mortos e mil © quinhontos feridos morreu o coronel Fernando Machado, sahem feri- dos o brigadeiro Gurjio, eoronel Hermes e tenente- eoronel Heliodoro, o marquez de Caxias teve nn ace ‘gio o cavallo morto por duas balas Semelhante carnificina impediu nese dia a marcha do exereito; era preciso com effeito dar al- gum descango a tropa, reeolher os feridos ¢ sepultar 0s mortos. ‘No dia 11 de dezembro, nfo obstante ser chu- voso, marcharam as nossas forges sobre Villeta guar necida de boa artitharia ¢ por uns seis mil homens das tres armas, a0 chegarem ao arroio Avahy tra- you-se de parte a parto uina enenrnigaia batalha que 26 depois de quatro horas de foo ineessante deu-nos em resultado a tomala de Villeta, peritendo o inimi- go mais de dous mil homens entre mortos ¢ feridos, mil c tantos prisionciros, 16 bocas de fogo, muni- gies, ote. ‘Os assaltantes, como era natural, tiveram gran des perdas, morreram coronel Niederauer, tenen- tescoronois Francisco do Lima, 84 Brito, Candido Rosailo, Antonio Pedro, e perto de quatro mi fiea- Alesandre Gomes do Argolo Feria. sor seus clay cout 0 ttuly do viwonde de £6) 0 gn rants servign Ba depots Seopa? [RBVISTA DO INST. ARCH. K GEOOR, PERN. 68, ram fra de combate; eram tantos os fetides que foram chamados medicos da esquadra para. coadju— varem no ourativo os facultativos do exercito, O general Osorio, idolo dos. soldados que com— ndava a, vanguarda, foi nessa batalha ferido, bem ome oon Pedra, Caldas e Bueno. -A’vista dessas immonsas pordas, péde-se canker nso nie, hee bam guaya. Tomada Villeta cumpria 0 nosso exercito, som perda do tampo avangar sobro us batoiss da Loses bas Valontinas que encerravam 0 dictador com, os restos de suas forgus; mas. roconhecenda os. ge neraes alliados marquez de Caxias, Gelly y Obes ¢ Henrique Castro a superioridade de suas forgas, 0 querendo poupar sanguo j4 tanto derramudo, envia— ram no dia 24 de dezembro de 1868 uma nota. Lopes, intima que so rendesso dentro. de 12 joras, © como este respondera que trataria, mas que Haren te mpeee nin gw deio sobre o reducto inimigo causando grandes as tragos ; no dia 27, nio tendo sido possivel no antes rior por muito chuvoso, dew-se o assalto, e foi come- sar o ataque e principiar a derrota dos, paraguayos, que acossados om todas as direcgSos deixam o,campo coberto de mortos e fogem precipitadamente para a matta que communica com o portrero-Marmoré, ¢a- hhindo em poder do venoedor uns doas mil. prisioneis ros, muito armamento, quantidade de viveros do to— da 2 especie e o trem da bagagem de Lopes quo tambon procure refugio na sail, ‘Acompanhado de novent mens, i commandanta em chefo. * a® Ofieial do Foi nessa feliz occasitio que poderam livear-se das garras do tyranno fagitivo o major Cunha. Mat— tos @ alguns companheitos do infurlunio. do: do novembro de 1867 em Tuyuty. °G£ —RuVISTA po INST, AUCH, B GEOGR. PERN, E’ para admirar que até entio fossem preservae dos, quando nesse mesmo mez eram centenares de prisionoiros passados polas armas, sem exceptnar 0 proprio bispo Palacios, e Benigno Lopez irmio do diotador, eo goneral Berrios seu cunhado. Restava 0 forte de Angustura, que nto poden— do resistir ao bloqueio da esquadra tinha-de_neoes- sariamente ceder, e sendo uo dia 28 de dezembro intimado aos sous chefes para dentro de seis horas renderom-se ; estes depois de pedirem um prazo Ta- zoavel para conferenciar com 05 sitindos, 0 fizeram no dia 80, depondo na melhor ordem as armas, sen- do mil e dnzentos 0 numero dos combatentes, © 0 restate mulheres e doentes Uma salva de vinte wm tiros annuneion logo 0 pavilhiio nacional na bateria de Angustura, artilba~ da por quinze canhies de grande calibre. “‘Vencido por consequencia todo obstaculo poz- so'em marcha no dia 31 de dezembro o exercito para Assumpgio, ¢ jé no din 2 de janeiro de 1860 acam— pava uma divisio na cidade quo foi encontrada de- serta, indo dias depois alojarem-se ahi os outros ba~ talhdes. . Convém aqui meneionar que w Nation Argenti— ne publicou, segundo dados provaveis, o quadro das, perdes dos belligerantes, desde a travessn do Chaco 06 08 “ultimos combates do mez de dezombro de 1868, da maneita soguinte: Brazileitos, entre mortos ¢ feridos 10,000 Argentinos, idem idem. 250 Orientaes, idem idem. 180 ‘0,30 Paraguayos mortos. Ditos feridos Ditos prisioneiros REVISTA DO INST. ARCH, E GEOGR. FERN. 65 ANNO DE 1869 Chogando 9 marquez de Caxias no principio do mer. do janeiro de 1869 & capital do Paraguay nfo correspondeu com a expoctatita, © um facto subse~ quente fez logo offusear sua estiella adquerida com tanto sacrificio nos ultimos combates : a sua retirada inesperada do exereito dando a guerra por acabada, a transferencia do commando om chefe 20 marechal Guilherme de Soura, impossibilitado pelo seu estado de saude de desempenhar a missio confinda, o ombar- que para Montevidéo na noite de 20 de janeiro som prévia Ticenga do governo, como foi bem provado no senado, oto., tudo concorreu sobremaneira pars cor- to desanimo na tropa e prolongamento da guerra; © com efeito, a chegada do marquez 4 COrte em 25 de fevereiro & noite no transporte. José, sorpren- dew n muitos, que ainda mais impressionados fica ram com as noticias dosagradavois que logo apds ‘vieram do theatro da guerra, que jit tio prolongada, a fatalidade ainda queria que experimentasse uma nova phase. TERCEIRA PHASE DA GUEMRA ‘Sun Magestade 4 vista dese estado, dé” con sas, vendo qual seria o desfecho da. campanha, em data de 22 de margo de 1869 despensa, 0 Sr. Caxias da missio de que fora investido, © nomeia Sua Alleza o Conde 'Bu commandante em. chefe das forgas brazileiras no Paraguay, que parte no dia 80 do dito mes pao Rio dn Prat no teansparte lice, acompanhado do general Polydoro, brigadeiro Fons Gostao coronas Pinhoire Gainatance Te, Dureio de Souza. Chegando a 14 do.abril om Assumpgfo, aasumi-66 REVISTA DO INST. ARCH, E GEOG. PERNR. 1a officialmente em Luque no dia 16 0 commando do exercito ; ¢ nessa oceasio recordando aos soldados esse dia tio memoravel por ser anniversario dn pas- sagem do exereito no Passo da Patria, uma das mais ousadas operagies militares, concluio expondo-lhes quanto ainda a patria esperava de seus sacrificios para 0 feliz desenlace da luta armada 4 que tinham sido provocados, promettendo emfim que sempre es- taria prompto 4 advogar sous direitos porante os. alk tos poderes do estado; ¢ & grato aqui consignar ha~ ver cumprido ficlmente promessa. Desde entio no descangou mais o joven eabo de guerra: um de seus primeiros actos foi alterar 0 plano da campanha incumbindo 4 columna expedi- cionaria que estava na villa do Rosario, aproveitar uma grande enchente para activar a exploragio do rio Manduvird, onde ainda so achavam os vapores de Lopez ; ¢ convidar o intrepido general Osorio que estava no Rio-Grande com as feridas abertas & vir tomar conta do primeiro corpo do exercito, reconhe- ‘endo que em tal emergencia muito valerin a coope- ragio daquelle distincto e bravo militar. ‘Desprovido como estava o exercito de tudo e principalmente de cavalhadas, houve demora de al- gumas semanas para dar Ihe 2 precise mobilidade, mas nem por isso deixou Sua Alteza de no mez se— guinte--maio, mover-se de Luque ¢ ir estibelocor seu quartelgeneral em Piray, posigio importante ‘tanto por ser fronteira & montanha de Ascurra, onde se dizia occultat-se Lopez, como por esta achar-s¢ 4 margem da estrada de ferro muito facilitaria as operagées, notando-se tor sido desde 26 de maio oc- cupado oresto dessa estrada polas forgas do briga- deiro Vasco Alves que aprisiondra uns quarents ho- ‘mens apoderando-se de trinta ¢ tres wages e uma locomotiva. © segundo corpo do exere'to fs ordens do go- MBVISTA DO INST, ARCH. E GEOGR, TERN, G7. neral Polydoro fui acampar no Taquary, ponto tam- bem vantajoso por guardar as avenidas do arroyo Piraytt © proteger parte da vin ferrea até o Juque~ ry; licando o ‘general Riilio Mitre vigiando as po— sigdes e entradas entre PirayG e Taquaral. As forgas do brigadeiro Portinho, que tinham 2 24 de maio transposto o Parand. e sorprendido 2 guurnigéo de ItapGa, marchariam em direogio a VillaRica 4 operar pela retaguarda do inimigo, Tudo assim disposto indicava no estar longe © dia de mover-so 0 exercito de Piray& para inter— narse pelo Pataguay 4 cata de Lopez, que derro— tado no littoral refugiava-se nas mattas e cordilhei— "as para assim Tivrarse da toons perseguigi dos alliados. ,__Nesse intorim tendo sciencia Sua Altez da existeneia de uma forga inimiga de mil © duzentos homens na margom do vio Jejuy, nio demorouse ‘em expedir uma columna de eavallarin 4s ordons do brigadeiro Camara que tomando a direogio daquelle io polo norte, poderia com vantagem: batél, visto achar-s¢ ella distante do grosso do exercito’ parm guayo tentava atravessar 0 rio, @ carregando & beyone! Aerrotou-o completimesta,mnerrendo uns qustentos peaguayos, aprisionando trezentos ¢ tomando:dise boas de fogo, dous estandartes, armamento, eto. tiveram os nossos dezoito mortos e oitenta feridos Além desses trophéos recolhera-se muito gedo'e Varam-se algumas familias do maior estado: de’ mi seria que foram eondusidas para Assumpgao. « Neste mesmo tempo fazia o general ‘em chofo partir de Pirayf uma oatra oxpedigéo commandada pelo brigadetro Joio Manoel, que tinha do operat belo sul'até Ville-Riea, mas como estivesse muito68 REVISTA DO INST. ARCH. B GEOGR, Wy cheio o rio Tibiquary, e nfo houvesse na occa mofo algum de transporte, teve de regressar, e che~ gou no din 11 de junho & Pirnyf eonduzindo muitas familias em numero de quatro mil pessoas que pelo ‘caminho pOde libertar da oppressio do dictator. Durante 0 trajecto 36 foi hostilisalo ao passar nium desfladeiro por uma forga inimiga, que pre- tendendo cortar Ihe retaguarda foi destrogada, morrendo duzentos homens ¢ soffrendo o general de seu lado a perda de cinco mortas e vinte um feridos. Daate modo cordudoy oom felis suecesto ne das expedigées animava-se o joven principe proseguir env eans novos piv de Sanpete he poe nosticavam uma honrosa conclusio de sua alte mis~ ‘sio na republiea do Ps : No din 4 de junho opresentaram-se nas linhas de Pirayé dex pragas com bandeira parlamentaria tra~ zendo ao principe uma ota de Loper em que se queixava amargamente do uso de seu estandarte & frente da legifo paraguaya que servia 20 Indo dos alliados, coneluindo por pedir a restituigio del— le, ete. Sua Alteza, firmado no tratado da triplice al ianga art. 7, que x guerra nfo era feita & nagio p= raguaya.e sim an seu despotico governo, responde que nio sendo tolhido aos pariguayos 0 direito de pugnarem pela liberdade e tranquilidade de seu paiz, nao devia pela mesma razio ser restituido o estan— darte sob cuja egide elles sustentavam a sua sobe - rania. Essa note eseripta em termos polidos ¢ energi- e08 foi 0 golpe fatal para Lopez, quo desde entiio eomegou a contar os dias de seu moribundo governo. ‘No dia 6 toméra conta do 1- corpo do exercito © tenente-general Osorio, que havia regressado do Brazil ainda doente; foi um dia do verdadeiro en— REVISTA DO INST. ARCH. 8 GROGR, PERN. 69) thusiasmo para o exereito- que tormava a ver o herée que tanto idolatrava. A’ 11 passou Sun Alteza revista om Piray6ino 1 corpo do exervito, e no dia seguinte o mesino fi zera em Taquaral no 2+ eorpo sob o mando do gone. ral Polydoro. Anpacicntissimo se mostrava o general em cho- fo pola mobilidnde do oxercito, mas a falta de vive res @ & pouca vontade dos furnecedores no cumpri— mento_dos contractos, ete., fizeram-no demorar ax operagies por todo mex de junho e julho, limi o-se os allindos durante esse tempo i alguns ti roteios @ reoonhiecimentos, como 0 de 18 de junho feito por duss divisies argentinas 4s linhas inimigas pelo lado de Angustura e Pedrosa, de que resultou perda de vinte dous pnraguayos entre mortos ¢ fe- Tidos, sondo os mais perseguidos até um reduoto. ‘Tudoemfim preparado ou pelo menos in Pensavel, mover-se sa manhi de 2 de agosto de Pi Tayil o exercito sob o commando do Conde d’Ku em direogio a Peribebuby, nova capital de Lopex. No dia soguinte,’ depois do haver vencido.o exercito duas e meia leguas de marcha de Paraguay, avistou n'um passo estreito denominade Sapueahy, forga inimiga, que fazia frente em posigio fortifi— cada com duus bocas de fogo ; niio quereado Sua Al. toza tomar de frente a trincheira para nio sactificar rmuilas vides, mandou abrir picada para assim flan quear o inimigo, que sentindo-se acossado polo lan- €0 abandonow a posiglo © as bocas de foge, custan— do-nos esta jornada sémente doze feridos. Continuando a sua marcha celerada tomow:sem resistencia no dia 7 de agosto a povougio do. Valen- suela, onde se achavam vatios prisioneiros braailei_ ros tomiados em Matto~Crosso ; sondo nesse.‘mesmo dia destraida pelo brigedeito Vasco Alves uma fi brica de enxofte & duas loguas de distancia.70 REVISTA po INST. ACH. E GEOGR. Pa A’ 10 chegou o exercito a Peribobuby defen ida por mil ¢ oitocentos a dous mil homens @ de- zenove bocas de fogo; o principe percorreu logo to das as posigdes dispondo tudo para 0 ataque que te- ‘ve lugar na inanbi de 12. Procedido de um bombardeie de dues. horus soguio-so 0 assallo em que os nossos soldados depois de admiraveis nctos de bravara obtive- yam uma expleadida victoria, perdendo o inimigo amiais de mil homens, setocentos mortos e o resto fe~ rides ¢ prisionoiros : doram xlguas boletins duzentos feridos, seiscentos prisionviros sos e dezeseis posts. ‘A nossa perda, comquanto insignificante, istn 6 cineoenta ¢ dous mortos e trezentos feridos, v dos ar- gentinos conto e quatro pragus forade eombato, mai- to sensivel se toruou pela morte do brigadeiro Joio ‘Manoel Menna Barreto, que eahio atravessado por duns bales. Em Peribebuby encontraram-se quantidn munigies, muita prata, depositos de vinhos, ar. do estado, 0 201:0008 em notas do Brazil, que fo~ ram apprehendides no vapor Marquez de Olinda. feneido pois 0 passo de Peribebuhy quo dava ingresso s cordilheiras 0 ao interior do pai prose— guitam no dia seguinte os allindos sua g1 cha para Caucupé, onde segundo as noticias havin ‘Lopez concentrado suas forgis; chegando no dia 1 Cancupé encoatrarain om tuna iaaodiagies roulas familias paraguayas & morrer de fome, hospitaes cheios de doentes, cincventa e scis subditos inglezes, sendo dentre esses dezouove engenheiros que 4 tom: pos serviam como engajados no Paraguay, ahi sou bese ter Lopez dous dias antes deixado Asourra 0 ‘tomado caminho de Caraguatahy.. Aponas teve Sua Altoza noticia da fuga do Lopes fez marchar de Peribebuby ao romper dalva do din 16 0 2 corpo do exercito xo mando do ma~ REVISTA Do INST. ARGH. E GEOGR. PERN. - 71 rechal Victorino em diteegio a Campo~Grande, @ dle Caacupé soguindo a mtesima diroogio 0 1- corpo 4s ordens do brigadeiro José Luiz, visto na vespera torem-se aggravade os encommodos do tenente-ge- neral Osorio, com 0 intuito de cortarem a forga ini ign na sua maior parte. Depois de uma hora de marcha foramse avis— tando carretas e moveis quebrados, gente abmdona- ‘la, ete., signal evidente deir adiante om dobandada © exercito de Lopex Das 7 para § horas da manhi dava.signal a Yanguarda do inimigo pela fronte, © pouco depois ti- roteava com uma columna de uns seis mil- homens eapitaneada pelo general Cabalero que se por logo em linha de batalha n'um estenso campo, apoiando— so na barranea do arroyo Juquery, tres loguas dis tante de Oaraguatahy : ao mesmo’ tempo ouviam-se tros de furl, jet o 2 corpo do excreta que cortava a fuga de uma forga inimiga que en nm estrada de Barreto Grande. 1" “noontrata Al's Se mein travouse uma batalha compal, onde 08 paraguayos bateram-se com tanto denodo, que ao meio dia ainda sustontavam 0 passo com ‘mesma tonacidade, o 36 poderam ser voncidos, quan. do as 2 horas da tarde chegou a columna de caval Iaria do coronel Hyppolito, que atravessando: mais acima 0 arroyo cortara-lhes o flanco direite, "vindo logy om protecgio © contingente: do: brigudeiro-n tara pela retaguarda, que destrogou os batalhies; eando 0 campo coberto de mortos, oujas perdas su. biram & mil mortos, grande numero de ferides © se— teoentos. prisioneiros entre estes 0. tenonte-coronel Oviedo, despersundo-se 0 restante. polas matins ; dex carretas, viute duas pogas, muito armamento, bom como a bagagem do viee-prosidente Sanches fo. ram 05 tropheos dessa viotoria, A nossa perda em rigor podin attingir & tro 1072 REVISTA DO INST. AlicH. B GEOGR. PERN. zentas pragas fra de combate, sendo sessenta e dous mortos, d'entre estes 0 major Placido Fialho e © ca pitiio Horta, e nem admire que tivessemos tio dimi- ruta perda, si attendormos que o inimigo estava mal armado, © que os nossos dispunham de armas que & grande distuncia podiam alcangel-0 sem serem hos~ tifisados principe que na acgio so portéra com todo sangue frio ¢ bizarria, alfrontanido 0s maiores peri gos quando atravessou o arroyo Juquery, animando com sen exeinplo os soldados, teve um ajudante fo- Tido e nove pragas de seu piquete fra de combate. Depois da acgio abragon o general José Luiz A quem conceden as honras do dia, e em sognida re- cobeu Sua Alteza congratulacées da officialidude, © foi ealorosamente vietorindo por todo 0 exercito. 0 din 17 de agosto destinouse para o repouso da tropa que 2 48 horas no vomia, ja fatigada de tanto andar ¢ lutar. A’18 pono se em marcha o exercito part Ca- reguatahy, pare onde fugia o inimigo depois de der— otado no Campo-Grande, enoontrira ds 7 horas e meia da manhi no lugar denominado Cagaidjuré ‘uma forga de mil e quinhentos & mil ¢ seiscentos pa- raguayos ¢ doze boeas de fogo, que a noite ahi se ti- ha intrincheirado e feito abatizes de derrubada de matto; atacada por todos os lados resistio com te~ nacidade por duas horas, sondo por fim derrotadn ¢ entregando-se 128 como prisioneiros. ‘Succumbiram no combate o commaniante da forga coronel Hermoza, os tenentes-coroneis Velnal Rscobar, alguns officiaes, e mais de mil soldados. A. nossa perda niio excodeu & 200 entre mortos © feridos. Dopois dese brilhante feito d'armas proseguio ‘ brigadeiro Camara em sux marcha, encontrando 4 duns loguns ¢ meia de distancia uns quatrocentos REVISTA DO INST. ARCH, E GEOOR, PmRN, 73 a quinhontos paraguayos dispersos conseguio ba~ t@l-oe tomando uma pega. AY tarde chegou ao io Jejuhy defronte dos va pores de Lopez, que a divisio de esquadra em sua exploragio nao tinha podido uproximar-se delles por estarei em secco. A. guarnigio, logo que avistou as nossas for abandonou os navies pondo-Thes fogo que em potas horas os consumio, ¢ atirou bombas que mataram a um soldado e feriram a dous. Nese mesmo dia 18 havin chegado & Assump- ‘gio 0 general Osorio, quo descrevendo o seu itinern- vio desde Caacupé até Luque roferira ter encontrado mortas pelos caminhos noventa e daas mulheres + ~~ eis os hortores da guerra. No dia 19 & tarde, por caminhos in:ransitaveis obertos de alagndigos e atoloiros, chegou Sua-Alto- zaa Caraguatahy, indo apoinr-se na casa onde no din 16 estivera Lopez, sabendo dahi de sua fuga para 8. Botanisléo, que dlemanda vinte leguas de Cura guntahy. 0 exercito argentino chogéra tambem ahi no din 28 do mesmo mex de agosto de volta de sua ox ‘cursiio. Cabe aqui declarar que & esforgos do represen— tante do Brasil o de accordo. com os das republins lindas, orgunisou-se em Assurapgio no din 6 de agosto um governo provisorio composto de tres ment. bros Carlos Loizags, Cyrillo Rivarola e José Dias Bo doyn, cidadios conceituados entre seus compatriots para assumirem a direogio dos negocios administrati- os de sou paiz ¢ soceotrorem com urgencia 0 grande numero de familias que na maior miserin ‘vinham do interior Hbertadas da opprossio © burbaridades de Lopez. 0 governo provisorio tomando posse no dia 15 do dito mez baixou logo um decreto considerando74 NBVISTS DO INST. AweH B OEOGR. PERN. Lopes fiira da lei, trabidores os que o seguissem, & excitando todos os paraguayos a concorrerem para a defeza de sux nacionalidade. (0 art. 1- du decroto é concebido nestes termos : « O desnaturado paraguayo Francisco ‘Solano ‘Lopez fica fora da lei e para sempre banido do solo paraguayo como assassino de sua pattia e inimigo do enero humimo. » Sabendo Lopez da aproximagio das nossas for- gas, retira-se a 16 de agosto de Caraguatahy com seu diestrogado exercito para S. Estanisido, onde demo- rowse até 12 de setembro. ‘Nio se julgando alli seguro, pois nonhuma se~ ‘guranga podia haver para um bandido que andava rrante expiando seus crimes, piese em marcha com diroogio 4 Tguatemy : foi nessa marcha que perdew Loper grande parte de seu exercito que ainda cou- tava uns einer mil homens. general Camara indo em perseguigio delle destrogou no dia 19 de outubro uma forga de sete centos. paragnayos nos arroyos Naranjax e Tapiten— gud, deixando estes sessenta mortos, trezentos pri sioneiros com quasi todo oarmamento e libertou mut tas familias d'entre essas algumas brazileiras. Outro triumpho aleangtram os nossos a 28 do dito mez; a vanguarda do coronel Fidelis da Silva chegando 4 villa de Curaguaty defendida por qua~ ‘trocentos © cincoenta hoinens 4s ordens do major Adorno, atack0s, estes como sempre pozeram resis- ‘teneia, mas tiveram de ceder, perdendo duzentos ¢ sessenta, dostes noventa mortos o resto prisioneiros ; eonseguinido-se nessa exeursio sulvar mais de tres mil pessoas. mesino coronel Fidelis no dia 28 de novem— bro chegando a uma ponte do rio Jejuymi porto da villa de Iguatemy, unico povoado onde ainda Lopes lominava, apodera-se de duas pogas que defendiam REVISTA DO INST. ARCH, EGE.GR, PERN. 75 essa pussagem e aniquila a rotaguarda inimiga forte em mais de quinhentas pragas; cntrando na villa resgata mitas familias, sendo algumas dessas dis tinetas, come ado coronel Martinez prisioneiro na peninsulz do Chaco. Lopes que so tinhs demorado quasi um mez em Tguatemy. onde sua tropa comecou a soffrer penuria, retira~se para Panadeiro, d'onde s6 se moveu a 2 de Janeiro para Serro-Cord pela noticia de aproximar-se ‘forge do general Camara, que era a sua sombra im- placavel. ‘Em todas essas penosas marchas por invios en— tminhos muitos morreram & fome que enda vez. aug— ‘mentava, outres exam lanceados por ordem de Lopez, que s6 de uma vez, como confesson Resquin, foram fuziladas oitenta e seis pragas ¢ dezescis pfficines, e de outra sessenta e o alferes Aquino por suspeita de conspiragio !! ANNO DE 1870 © plano de Sua Alteza para a perseguigio de Lopez era sempre oxeentado com tanta destreza, que {ii nio escapavam as forgas inimigas do encoutro dos nossos - No dia 2 do janciro é tomada de sorpreza pelo coronel Silva Tavares das forcas expedicionarias de Camara junto xo Rio-Vorde uma trincheira, eahin— do derenove prisioneiros com o capitio da forga, cons- tando ahi da estada de Lopez.em Panadeiro mas que fratava de fugir para o norte, proseguio em sua mar— cha 0 general benzileiro dando logo aviso para provi- a fuga de Lopez. A" do dito mez 0 gencral Camara, alosngou 1perto da villa de 8. Podro e butew uma forga de seis- contas pragas da vanguarln de Lopez commandada76 REVISTA Do INST. ARCH, 8 GEOGR, PERN. polo eoronel Gomes, sabendo yuo o ex-tictalur ufo andava muito distante dal. Chega afinal Lopez.a 21 de Fevereiro em Serro Cord com pouca forge em estado Inmentavel, pois de cinco mil que tinham partido de Panadeiro apenas chegaram uns trezentose tantos ‘Para esse lugur marchow Camara, ¢ to feliz foi que no 1° de margo pée sorprender Lopez na mar~ gem esquerda do tio Aquidaban no lugar denomina~ ‘lo Serro Cori, 0 qual niio querendo render-se, foi morto bem como seu filho coronel Lopez e o vice-pre~ sidente Sanches antes de ser reconhecido. Os soldados, officiaes eo goneral Resquin entre- garam-se sein resistencin. Assim finlou-se a prolongada guorra do Bara~ gay, ¢ Sua Alteza victorioso havenio cumprido © seu dever, pede exoneragio do cominando em chefe, que eoncedida a 2 de abril, retirou-se para o Rio de ‘Faneiro, onde chegou no transporte Galgo n 29 do mesmo inez, sendo recobido dehaixo das mais es- trondosas ovagies populares © demonstragies de jue Dilo de que igases ainda outro no yosou nn capital do imperios prova plena de que era Sua Alteza 0 general que merecia 0 verdadeiro titulo de salvador dda hones do paiz. Gloria portanto uo joven marechal Conile d’Eu, que com dignid we soube salvar a honta na seriaments compromettida, ¢ pelo que to rendedhe a devida homenagem. Glotia no brigadeiro Camara, (#) que com pericia (0) torso lio erp rt a ge, Bi eta nr rte, Heueiaiaos Una pedstode et a 4 [item cotttmendt dere igo seameretal de yp Seeliae asrin arden aiieas aces ny eee, ode bardode Sant’Anna do Livramento, = a |RVISTA DO INST. ARCH. # GEOG, PERN. 77 tino militar soube desompenhar »s instruegies do zenerul em chefe, itmortalisundoo seu nome ¢ de sua provincia natal. Homenagem a0 horde marquez do Herval, cujo nome 6 olhado com estima © vonoragio por ter sido o general quo mais serviges prostou na eampanha. Honrosas mengies 4 todos os denodados gene— aos e soldudos que se sacrificaram por amor da pa~ tria que muito reconhoce sous servigos, finalmente rendamos ao Omnipotente infinitas gragas pelo trium- pho de nossa causa, @ fagamos sempre votos pela nossa paz e tranquilidade. Este esbogo 6 um ansiliar para quem entre nés quizor escrever a historia da guerra do Paraguay, ceujo trabalho offorego ao Instituto Archeologico © Geographico Pernambucano, declarando mais nos leitores que asdatas dos combates, circumstancias, ete., @ 0 mumero dos mortos © ‘ferides, foi tudo extrabido com attengfo das partes officines e corres- ponilencias do exereito. Recife, Janeiro de 1871. Gf, de pasREVISTA }INSTITUTO ARCHEOLOGICO E GEOGRAPHICD, PERNAMBUCANG (PRIMENSAL) SETIMO ANNO -- TOMO TERCEIRO JANEIRO DE 1870 RECIFE ‘TYPOGRAPHIA DO JORNAL DO RECIFE Raa do Imperador n. 47 ‘MDCCOLXXVI” REVISTA g?. INSTITUTO ARCHEOLOGICO £ GEOGRAPHICO PERNAMBUCAND SETIMO ANNO—TOMO TERCEIRO Gora de tanto bom terra bemdite, E quale mer one ae JANEIRO DE 1870 -- N. 26. ‘Tato mais abundante co 8. Mira Denko Caran. © 183! Seno ordtanrs Presidencia do Exm. Sr. Conselheivo Monsenhor Muniz Tavares A's 12 horas da manha, presentes os Sts. Drs. : Witravio Pinto Bandeira, Soares Brando, Affonso 5 de Albuquerque, Baptista Reguoira, Aurctiano de Carvalho, Paula Sales ¢.es Sis. Cotonel Leal, To- nente-Coronel Frias Villar, Conogo Lino do Monte Carmello © Major Codoceita, abre-se a sesso. ‘Nio so achando prosontes 03 Srs. Socretatios perpetuo e 2- Secretario © Sr. Presidente convidao Sr. Dr, Paula Sales para na quatidade de supplente do 2 Secretario substitul-os; o que effectunndo-se,. | ~ 44 leitura aquelle sonhor da ‘acta da. antecodente, que 6 approvada. O mesmo Sr. 2 Secretario supplente menciona © seguinte expediente : ‘ ‘Um officio do Sr. Seoretario porpetuo comma » dia Bt de Outubro 7$0 — mavis7a vo iss. ancu, & o7don, Pans, nicando nio poder comparecer a presente sesso, <= Tateirado. ° Outro, do Exm.e Rvm. Sr. D. Abbade do 8. Bento, Fr. Joio de S José Paiva, xcceitamdo © decenslo sua eleigio de socio correspondente. —— Tn. teinedo. ‘0 mesmo Sr. das seguintes offerta numeros do Diario de Pernambuco, pelo consocio Dr. Figueiréa. Alguns numeros da Provincta, Liberal e Jornal do Commercio ; pelas respectivas reduegdes. Um exemplir des Evlatutes da Compankta de Eidificasio na cidade do Roetfe, offertado pelo Sr. F. ‘M. Dropat. ‘Um dito opusculo — Ligetros tracos sobre os capa chinkos, offertado por seu autor Dr. Joaquim Guen- nes da Silva e Mello. Estas offertas sio recebidus com agrado e man- dam-se archivar. ‘Vem s mesa duas propostas para admissio de so- ios correspondentes. — A’ commissio respectiva. E adiada a votasio de um parecer da eommis- sio de admissio de socios. E igualmente lido © remettido a commissio de fandos e orgamentos o seguinte balango de roceita e despeza: Seeretario supplente dé conta 0 @ Setembro de 1872, Receira ‘ESTA Yo ter 4n05. w eXbon ae.” ogy DESPEZA Expediénto. Ordenado do ‘amanuease Dito do continuo... Inapressio das Revi Saldo em caixa.. 818180 ‘Vem a mesa é lida e approvada a soguinte in- dicagio: « Sendo provavel que tivesse cumprimento a verba sexta do testamento de Joio Fernandes Viei- em que determinou o testador que depois de sua worte fosse 0 sou corpo dopositado na Igreja do Convento do Carmo de Olinda, e d'ahitrasladado para a capelia-mér da Santa Casa da Misericordia da iha du Madeira, onde havia mandado construir um exreiro ; indico que em nome do Instituto ¢ ne interesse da historia ge officie ao provedor da San- tn Casa da Wisericordia duquellailha, pedindo infor. mages no sentido de verificar se alli existe carneiro, quo pelas armas ou inseripsdes que sobre esto ostejum gravadas. parega pertoncor equelle he- res eu se dos respectivos livros consta 0 acto da trasladagio ou qualquer assento, que posta trazer luz a semelhante respeito. Estas informagies hnbilitario o Instituto a fire ‘mar 9 verdadoiro lugar da. sepuliura de Vieira, que aé hoje se suppunba ser na Igreja. da Misericordia de Olinda. Sala das sessies do Instituto, 81 de Outubro de 1872. — Joie Baptista Regeira Costa. » Submettide a discussio a proposta do Sr. Dr, Apri- gio, sobre o projecto das ostatuas os quatro heres ‘dn restauragiio, o Sr. Dr. Baptista Reguoira, requer32 [REVISTA Do INST, ARCH, 2 GZOGR. Pew. © adiamento da mesma prado a pl aquelle senhor. E’ approvado o requerimento. Sr. Dr. Witruvio procede a leitura, de segain. te trabalho.——A’ proposito de uma annotagio de gene. ral Abreu e Lima, biographia do Visconde de Asm dra, pelo commentador A. J. de M. * s Sr. Presidente, agradece em nome do Insti= tuto no Sr. Dr. Witruvio o nobre proposito de ser util ao mesmo Instituto, do que ainda uma vex dew uma prova, © mesmo Sr. Dr. Witravio é cumprimentado pelos socios presentes. 3 Encetada a palestra litteraria sobre o programa: me do Sr. Dr. Affonso de Albuquerque, tomaram parte varios senhores, opinando presumptivamenta a maioria que circumstancias politicas, socines ¢ relia giosas influiram para a retirada completa dos hollat dezes. O Sr. Presidente dé para ordem do dia da pro~ xima sessio que deverd ter Ingar no dia 14 de No ‘vembro, trabalhos ¢ pareceres de commissies. Lovanta-se x sessio. -- Monsenhor Francisco Muniz Tavares, Presidente. — José Soares de Age vedo, Seeretario porpotuo. -— Salvador Henrique de Albuquerque, 2 Seerotario, ‘Serio ordinarta mo din 14 de Ne dent mbee Presidencia do Exm. Sr. Conselheiro Monsenhor Muniz Tavares A's 12 horas da manbi, presentes os Srs, Drs Soares de Azevedo, Baptista Regucira, Ayres Ga: * East trabalho nfo fo dovolvido por gu ator, REVISTA DO INST. ARGH. 8 oEnG: many $B ma, Paula Sales, Soares Brando, e os Sts. Tenente Coronel Frias Villar, e Majores Codecoira © Salva: dor Henrique, abre-se a sess © Sr. 2: Seoretario procede a leitura da nota da antecedente, © pedindo em soguida a palavra faz al- gumas consideragdes, concluindo por propbr a seguin. te emenda, que & approvada com a nota + « Na parte em que so trata do que resolven 0 Instituto, sobre 0 programma do Sr. Dr. Affonso de Albuquerque, supprima-se a palavra completa. » © Sr. Secretario perpetuo menciona o soguinte ex- podiente : Um officio do Sr. Dr. Aprigid Guimaries, com- tmunicando que por doente deixa de comparecer a Presente sessiio, e que, pelo mesmo motivo nko péde assistir a antecedente, — Inteirado. a Outro do Sr. Capitio do Porto, offertando 0 Instituto tres_mappas. das sondagens das barras do porto. — Inteirado, sendo recebida a offerta com agrado, mesmo Sr. Secretario perpotuo dé conta das soguintes offertas : Varios nameros do Diarwo de Pernambuco, pelo consocio Dr. Figueinéa, Alguns numeros do Jornal do Commereio, Li beral_ Provincia ; pelas respoctivas rednegies. ‘Todas estas offertas, sto recebidas oom agrado ¢ mandam-—se archivar, ‘Vem a mesa a seguinte proposta : « Proponho que em consequeneia do passamen- todos Antonis Rane de foses fae los socios fundadores do Instituto, so levante a Sos ‘Se, mencionando-so nn acta expresso daimmen= ‘2 d0r, que opprime esta. associngio pela: perda que fotba ella de soffier, de uma: das mais. solides oo umnas deste edificio de amor da patria, »Q 4 Revista vo wer, ant. & GEooR. PERN. Sala dus sessies do Institute Archeologice @ Geographico Pernambucano, 14 de Novembro de 1872 — Baptivta Regueira. Submettida a diseussio, 6 unanimemente ap= provada, Sr. Presidente di para ordem do dia da pro= -xima sesso, que deverd ter lugar no dia 28 do cor= rente, a mesma da antecedente. ‘Levanta-se a sessi Muniz Tavares, Presidente do, Secretario ‘perpetuo. Alouquerque, 2 Secretario. fonsenhor Franciveo José Soares de Aze= woador Henrique de S8t Sessaio ordinaria no dia 2% de Nes ‘de "Ist Presidencia do Exm. Sr. Conselheiro Monsenhor Muniz Tavares Avs 12 horas du mnnbi, presentes os Srs. Drs. Sonres de Azevedo, Baptista’ Regueira, Affonso de Albuquerque, Jaciotho de Sampaio, e 08 Srs. Co- nego Lino do Monta Carmell, Majoren Codsosiea Salvador Henrique e Cirurgiio Ferreira de Almeida, abre-se a sesso. O Sr. 2 Seoretario dé a Jeitura da acta da an— tecedente, que é approvada. O Sr, Seoretatio perpetuo menciona o seguinte ‘expediente : Um officio do Sr. Major Luiz Augusto Coelho Cintra, datado de 14 do corrente, cominunieando nfo poder comparecer a sessio daquelle dia. -- Inteitado. Outro, da Sociedade dos Artistas Mechanioos ¢ Liberaes, convidando 0 Tnstituto & se fazer repro- 85 io do 81° anniver— REVISTA DO INST. AMOH: E GEOGR. PERN, sentar no acto da. solemnisn 0 Sr. Seoretario perpetuo declara que, compa— recou a aquella solemnidade uma commissio do Tas tituto. Outro, do Rvm. Conego Regedor do Gymnasio Provincial, eonvidando o Instituto 4 assistir ab mo mento @ sessiio funebre, que em commemoragio do passamento do Dr. Antonio Rangel de Torres Ban— deira, se deviam eelebrar no dia 27 do corrente. 0 mesmo Sr. Secretario perpetuo scientifica ao Instituto, de que comparecet dquelle acto uma com— isso, da qual foi orador o St. Dr. Baptista Re— gucira, no impedimento do Dr. Aprigio Guimaries. Tateirado. © mesmo Sr. Secretario perpetuo @4 conta das seguintes offortas : Varios numeros do Diarto de Pernambuco, pelo consocio Dr. Figueirda. Alxuns numeros da Provincia, Liberal © Revis- ta Pilloresea ; elas respectivas redacgées. Estas offorins so recebidas com agrado e man— damase archivar. ‘Una carta de dongto assignada em 29 de Mar= $0 do 1618, pelo terceito Donatario de Pernambuco, Duarte de Albuquerque Coelho, em favor de Pero de Cunha de Andrada, senhor do Engenho ‘Trapi— che, na varzea de Capibatibe ; de uma Iegua de ter Ta em quadro no lugar de lagon-comprida. Oferta do Sr. Manoel Pereira Camello Pessoa. Esta offerta 6 recebida com especial agrado © manda-so archivar. ‘Vom a mesa uma proposta para admissio de um socio correspondente. — A’ commissio respectiva. Entra em discussio o 6 approvado balan de reccita @ despeza relative ao 2° Trimestre de Julho 8 Setombro. 236 — RRVIsTA Do INST. ARCH, E GEOGR. PERN. 0 Sr. Dr. Baptista Regueira, obtendo a vra, declara que, o Sr. Dr. Aprigio o incumbira scientificar a0 Instituto, que por haver recahido dos seus incommodos de satde, nao podia comparecer & preseate sesso. ~~ Inteirado, 0 Sr. Presidente tambem declara que o Sr. ‘Te= nente-Coronel Frias Villar, lhe pedira para fager constar ao Instituto, que porse achar occupado em EVISTA Do Iver, anc. 9 GRogR, Pam, |B Muniz Tavares, Presidente. vedo, Secretario perpetuo. — ABbuguergue, 2 Secretatio. 386! Sessho ordinaria mo dia 12 de Dezembro servigo publico, deixava de assistir 4 sessio de hoje. ‘de i802 — Inteirado. a 0 is Presidenciado Exm. Sr. Conselheiro Monsenkor 0 Sr. Dr. Affonso de Albuquerque, depais de mea algumss consideragées, prope para programma da palestra literaria nz s-sin sezuint « Que se investiguem us razies porque 8 porte _gueces, em vee de se relirarem por oceustan da Tnde= pendencia do Brazil, como fizeram os hollandezes pela restauragao, agui ficaram, quando tinkarm mats motte 108 para temer-nos do que os hollandezes ? » Fica para a sessio seguinte, © Sr. Dr. Jacintho de Sampaio, insoreve-se pera lér na proxima sesso a biographia do Padre Francisco José Correi Entram em diseussio e so approvados dous pa= recares da commisséo de admissio de socios, opi= nando no sentido de serem eleitos socios corr dontes os Sts. Drs. Benjamim Soares do Azevedo, Toio Francisco da Silva Braga o os Rvds. Vigation Gentino Gomes Pereira © Lourengo de Albuquot= que Loyolla. Corre 0 escrutinio ¢ sio cleitos aquelles se= nhores. 0 Sr. Presidente, dé para ordem do is dap xima sesso, que devers ter lugar no dia 12 di tombro; trbalhese paraceros lo comnaces tele ra da biographia do Padre Francisco José Coxrein ® palestra litteraria, Levanta-se a sessio.—— Monsenhor Francisco A’s 12 horas ‘da manhi, presentes 08 Sts. Drs. Soares de Azevedo, Baptista Regueira, Soates Brat dio, Paula Sales, Witruvio ¢ os Srs. Tenente Caro, nel Frias Villar, Capitio de Fragata, Stopple da Silva, Conero Lino do Monto Carmello, Majares Co deceira, Salvador Henrique e Cirurgido Ferreira do Almeida, abre-se a sessio, O St. 2: Secretario di leitura da acta da antece- dente que é approvada. O Sr. Secretario perpetuo mencioua o soguinte expediente : Um officio do Exm. Presidente da Provincia, communicando haver expedido ordem a Repsstigdg das Obras Publicas, para mandar constrair uma bem ba sobre o vallado da estrada do Caxangé que con duz ao lugarda columns commemorativa do Atrafal Novo, conforms soliciton o Instituto em 80 de Se— tembro ultimo. — Inteirado e que so agradecessé 4S. Exo. o havor attondido a0 pedido do. Insti tuto. Outro do Club Popular do Recife, eonvidiite 0 nstituto 4 assist a sesso funebre, que em hohra & memoria do seu 2- Vioo~Presidente 0 Dr. Antotilé Rangel de Torres. Bandera, devia celebrar-ée no dia 11 do corrente, 80+ dix do seu passamento,PERN, 99 aevsrs v0 wer. anon, or 0 Sr. Secretario perpeiuo declarn que, 0 tituto fora representado naquella solemnidade meio de uma commiesio, da qual foi orador 0 SF Dr. Witravio. - Outro do Sr. Umbelino Guedes de Mello, aceei. tando e agradecendo sua eleigdo de socio correspon= dente; ¢ igualmente declarando ao Instituto que, 9 retrato de Domingos José Martins, que por seu ine termedio the fora offerecido, nio é o que o Exm, Presidente do Instituto, vira em uma das ealus do Palacio de Sio Christovio; porém uma cpin da re produegio que em 1845, mandéra fazer um filho mee ‘tural daquelle martyr (de igual nome), pelo pintor ‘Moreau. ~- Inteirado. 5 Outro, do Sr. Dr. Benjamim Soares de Azeve= do, aceeitando e agraderendo sua eleigio de socio correspondente.-~ Inteirado. utro, do Club Republicano do Recife, convi~ dando o Tnstituto 4 assistir a entrega do diploma de Presidente Honorario do mesmo, ao cidadao José Balthazar Ferreira Facd. 0 Sr, Secretatio perpetuo declara que, por ter chegado tarde o convite deixou o Instituto de ser alli representado, © mesmo Sr. Secretario perpetuo menciona at seguintes offortas : : ‘Varios numeros do Diario de Pernambuco, pelo. consocio Dr. Figueira. Alguns numeros da Provincia, Liberal, Jornal « do Commercio, Revista Pittoresca o Assuense ; pelas respectivas redaogées. z OF numero da Revista do Instituto Archeologi= ¢0 € Geographico de Alagoas. ‘Todas estas offertas so recobidas com ageado € mandam-so archivar, Vem amesae 6 lida a seguinte proposta, ouja” disoussio é adiada para a sessio vindoura. RaMsiiciag EVITA no nen. ANoH, x noon. Pann, BY « Proponho, que o Instituto mande, com a li conga competente, fazer na eapella-mér do Convento do Carmo de Olinda, um jazigo proprio para recober os restos mortaes do Exm. © Revm. Bispo de Pernam- buco, D. Fr. Francisco de Lima, que foram exhuma~ dos pela Commissio de Trabalhos Historicos @ Ar— cheologicos, e se acham ainda provisoriamente depo- sitados no convento da mesma ordem desta cidade. Sa as sates do Tnsttato, 12 do Dezembro de 1872, — Salvador Henrique de Albuquerque. > © Sr. Dr. Baptiste Regus, blonde e pala vr, 18 0 desenvolvimento do seguinte programma que Ihe foi distribuido : & Vieira tomou parle na dafeea do Furl de 8. Jorge por occasiée da rnvasio hollandeca em Per- nambuco? * © autor na primeira parte de seu trabalho con clue pola affirmativa e na segunda refuta a opiniio do Sr. Dr. Joaquim Manoel de Macedo. 0 Sr. Presidente, om nome do Instituto agrade- ce no Sr. Dr, Baptista Regueita o cou bem elabo- rado trabalho. 0 mesmo Sr. Dr. Baptista Regueira, 6 compri— mentado pelos socios presentes. 0 Sr. Dr. Witruvio obtendo a palavra, 16 0 dis curso pronunciado na sessio funebro que 0 Club Popular, celebren em memoria de seu fnado socio o Dr. Antonio Rangel de Torres Bendeira: © Sr. Presidente agradece ao Sr. Dr. Witravio, © haver prestado o devido tributo & memoria do um dos mais conspiouos socios do Instituto, © mesmo senhor é cumprimentado pelos socios esnntes da ido ¢ adiada a votagio de um parecer da le socios. EP commissio de admissio de * Ete trabalho nto fi devolvido por nenga RBVISTA Do INST. ARCH. £ GEOGR, PERN, O Sr. Presidente 44 para ordem do dia ae xima sessio, que deverd ter lugar no dia 9 de Js neiro vindouro, trabalhos ¢ pareceres de commissbes, Levanta-se a sesso. —- Momsenhor Franciaes Munie Tavares, Presidente. -- José Soares de Aze< vedo, Sccretario perpetuo. — Salvador Henrigue de Albuquerque, 2 Secreta: Dhcurso a que se refere @ acta supra Nio podia o Instituto Archeologico © Geo= graphico Pernambucano faltar 4 commemoracéo, qua fazcis na presente sessio, Srs. do Club Popular; @ a0 vosso convite, de parte delle, vimes commungar 4 mesma mesa comvosco a hostia de dr ¢ aprego, que elevaes 4s virtudes do que foi nosso commum associade, © Instituto, associxndo-se por nossa repre= sentagio 4 esta solemnidade, faz seus os sentimene tos elevados, que estin implicitos no acto, a que as sistimos todos sob o peso dn saudade e no recolhi= mento, que the & proprio. E este que ora vos ditt ge 8 palavra, como ongio do mesmo Instituto, #60 fard em respeito 4 obrigagbes sucines ; porque assimt aviva em sua slna um doer, que th'a confrange, ¢ quizera ‘sempre esquecer, ¢ jémais aventar peli ememoragiio do que se perdeu na causa do mesmo doer. 1H forga, portanto, existe, para snimarmes esquecer que o presente: abrir o livro do passado em ume pagina brilhante, que se prende & esse proven te, 0 falln da realidade em todos os seus caracteres. E" forca abrir essa pagina, e nio vé-In contor= nada de cyprestes pela mio de morte; », como ja ‘vo-lo manifestei, 6 essa pagina para mim a Isis de uma religifo oryptien, que, ao orér.se 96 entreabre ‘REVIT DO INET. ARGH. HanOGR. pmax. Gf as dobras do seu véo pudico, cujos mysteries sendo assim sorprendidos, desvairam, flminam m #0 imprudente, que. profane com vistas. indisoretas, segredos, quo Ihe eram defesos. Ardua 6 minha tarefa—-amenisai-s ao menas com « vossa complacencia. ts As ses:des funebres de commemoragio da morte de hemens de lottras so mais que uta pom- a; so mais quo uma ceremonia publica de appara to 5 sio mais que uma expansio de pezar, ainda que a dir, como lingua universal, na expressio de Leon ‘Gozlan, tenba min Ingo commum entre todos os sores. Essas_ sossdes perdem tal caracter, para reves- tirem 0 de verdadeira manifestagio de aprego ao que entio resurge a vox de suas produegées ; porque es tas realizam a respeito desses eleitos a lenda da ter— ra, restaurando as forgas dos filhos do trabalho —— esses novos Antheos, — mal sobre ella se reclinam, fecham os olhos 4 vida. ‘Nossas.solemnidades 0 espirito nfo evoca so niioas obras desses homens. A intelligencia repro~ ‘luz Thes os vorsos.¢ os. pensamentes, no que tem elles de-elevado. 0 coragio como centro sympathi- ¢0 dos sentmentos, quo sio.a nossa melhor proprio dade, no dizer de Disraeli, echOa om, consonancia @ desfere sons na mesma clave. De sorte que, versos © pensamentos, a estrophe melodiosa, que Iho sobre. ive, so uma flde de mais. espargida ‘em glorifieagdo desses homens, que apés se deixam um rastro, uma senda de Iuz, que encaminha. a.civilisugio ¢ neon quists das aspiragdes da. humanidade. E’ este 0 typo desta sessiio, onde ostenta-so 4 grande confraternidade. do talento, ds clarase por ‘ruses tio opulentas de significagio.4 navista vo ier. anu. & axoae. Pay, As posigies sociaes, tio diversas entre 03 ho= mens do lettras, os seprram muitas vezes durante. x vida ;-falha-me a momorin a quem tomo 0 penst= mento. ~~ Mas todos que so honram do mover aa pena, dizem-se iguses pelo parentesco intellectual, * So prssados 30 dias, © a realidade parece ainda um sonho! Ha 30 dias precisamento foi roubado 4 vidae Sr. Dr. Antonio Ranzel de Torres Bandeira, cajo passamento ora commomora—se neste recinto, em hoe menagem qualidades recommendaveis, que’ em swt pessoa concorriam, e The deram a existencia em cunho particular, feigdes mui accentuadas, que nila escapam d observacio, por mais superficial queseja, quer na ordem social, quer na ordem politica, quer finalmente na orem jatellectual desta provincia, que tendo-lhe dado o bergo, carpe hoje sobre seu tumule aquelle que pelo trabalho erescou e nobilitou-se. So, no dizer do Voltaire, devem-se attenghes 03 vivos, 86. verdade exigem os martos, quando de si tenha-se de tratar; o Torres Bandeira outra cou= sa no quer neste terreno, quando para elle abrem= se as vins da posteridade. ‘Torres Bandeira creou-so a si proprio pelo trabatho, © nobiliton-se pelos fructos da intelligen cin, que codo Ihe amanhecera no horisonte da vids, ¢ irradiara-se precoce na espontancidade do talento, E exes ftuctos produziram-se em distinetas ‘espheras da actividade do espirito hamano — ditum-se sob differentes zonas do saber,——manil taram-se debaixo de diversas relagdes da vida do homem intellectual, E assim, senhores, vimo-lo simultaneaments Jurisconsulto, politico, litterato professando huma- evita bo Umer. anon, nanoas. rang. QB. nidades nesta cidade; se proficiencia om tortos esses ramos, por dispir de um talento in disputavel © amadurecido pelo estado; a coron que Tho einge a fronte é sem duvida entrotacida das flo Fes da poosia oda Intteratuia ;-—flres eujas fragran= cixs Ihe firmam o conceito © estabelecem-Ihe © nox me na vida po-thuma, que se Ihe abro peranto a apr cingio critica dos presentes, e juizo calino da Pesteridade, que jd ahi se manifesta pela vox dos contemporanens, ‘Nessa rogito serena e agitada a0 mesmo tem— Pe sobresahe o homem formado pelo estudo ‘agio de principios superiores & osterels riveli- dades. Sobresahe ainda ohomem que, pela ligdo da f6, fecunda a alma. Sobresahe, finalmente, 0 hé mem, que safidn uma aurora, que tem por arrebées a humanidade, a patria, a familia, Com effeito, senhores, para Torres Bandoita a Poesin nio era uma. simples encantadora, feticetta, ou fade, — no chamava-se nem Melpomene, nom Urgele, nem Mub, —— mas era ume virgem choi de gragas, que. como em Roma doutr'ora, tinhn os tres nome: symbolicos de raziio, verdade © justign, ,, Desta mansira & que firmou n reputagio.litte- titi que the sobrevive. Creou a luz diarna, 081s sagrst no delubro da imprensa és provas solemnes de jornal edo livro, € verdade; mas nunca soube ticar, repognou-ihe sempre & modestiao desenvol_ Vimento do pensar de: Charles Jobey — quanto mais estrepito se fux, mais elleite se produz —-; porque restringilo por habito ao seu gabinete,ou no cirou= lo de alguns eonfiades em lottras, no dava impor tancia n classe ifteraria, nom proourava filiar-so & dos elogios mutaos, quo come 0 consoan- 4s pretis braneas formigas, do pygmeo te, da modisctidade eogondra a eubli— 896; evista no INST. ARCH B OBOGR. PERK. Torres Bandeira, senhores, tem uma justa re~ putagio nas lettras. Perante esse lidar, porante essa vida afnnoeg do homem de lettras, acercou-se-Iheo anjo da mor te, ¢ delle houve 0 devido tributo, fazendo-o recli= nar no, seio do principio d’onde emantia. # 0 que vimos ent, senhores? Vimos a sym— pathia dos affeigoados e a considerugio publien le- vantarem-se de impulso_ proprio, e prestarem. The 0 foudo de geral admiragio e de reconheciment de sas qualidades ; ¢ vemos ainda agora 0 mesmo effei- to na presente sessiio, cuja celebracio é sem duvida mais uma medida do’ merito real do nosso fiuado e eommum associado. Honra-se assim ao que écredor de homena— gens, fazendo-se a apothéose do talento ¢ do traba— Iho, personificados em Torres Bundeira, mais consi derado nesta conjunctura solemne, que Maciel Mon— teiro, a respeito do qual ainda ante-hontem li no Diario de Pernambuco 0 soguinte trécho final de wma noticia sobre a trasladagio do seu corpo para o Co— miterio Publica : « Chegados, emfim, ao cemiterio os veneraveis restos de Antonio Peregrino Maciel Mone teiro, 0 poeta admirado, o orador celebrado, o diplo— mata distincto, 0 medico, o conselheiro, o grio—crus, o bario de Ttamaracd, uma das ultimas reliquias dos peroambueanos illustres da geragio que vai quasi da... desceram silenciosamente & morada derra~ Nao se proferio uma palavra. A mesma il- Justrissima camara municipal, que teve mios para erguer 0 monumento, nko teve voz para dizer 0 que elle significava ! » Sonhores, como o grande romano wa sitnagao Suprema de sua vida, voltemos o rosto, para mio [REVISTA Do INST. Ano. x GHoGR. pens. QS" mostrarmos a dOr da saudade junta ao pozar de vergonha ! . . Etado, ponna delicads, ponsamento profundo, palavra espirituosa, coragio de escolha, sth paraly” Sado 5 jax inerte t'um recinto do pedra, preso so gtilhio da morte, que aniquilou em rapido instante um eyelo longe de esperangas virontes da familia da patria. E60 crepe de uma dupla viuves. se ostent, ‘agora em troca de tantos sonhos dourados, de tantoe calealos longamente construides, do tantos estudes cuidadosamente meditados. jim face dessa realidade, amesquinha-se 0 6s- Pirito; a philosophia do homem emmudoco; @ 0 oo. Tago sangra na contemplagio do nada da materia | O Instituto Archeologico © Geographico Por- nambueano, compartilha com o Club Popular dea sentimentos, quo dimanam du presente sessio ; 0 communicar-vo-lo & 0 nosso fim, senhores do Club, Popular, agradecendo-vos o convite para a respo- ctiva assistencia pelo duplicado fundamento da hone rosa lembranga ¢ das relagies do finado com o Tass fitato, doqual foi ello um dos cinco inicindores da do que ao Instituto, pois, punge a perda de tio prestanto collaborador ; ¢ 20, me a mim o pezar de ser agora o seu intorprete em vox rude, sem autoridado, quando a occasiao © 4s circumstancias quetiam voz autorisada que emit. tis © pal-vras de unecdo e elevagio, harmonicas com © objectoe fim da representagdo do Instituto neste recinto, Mas o que dir-vos-hia eu, queniio soja senti- do aqui no Club, como o é alli no. Instituto, com ro lagiin ao facto, que nos congrega, com relagio a0 com- Panheiro, que nos precedeu na jornada da morte?GS xsvista vo mst. anc. £ GzoGR. Pema. Dir-vorhii, que e-faéum ren-scimento som tra vida, de que o sepulero nio & senio 0 bene @ caja entrada 0 raciocinio fica immovel, ¢ nb e aii suas azas lum'nosas, a fé na phrase de C stellar, © Dir-vos-hia, que personaliade tio trabalho samente conquistada, nio pide perder-se, @ de feito se nao perde; porque, no dizer de Pinheiro Chagas, no e€o € quo floresce a rosa, que teu ua terra os ee inhos. eee Dir-vos-hia, finalmente, que sendo maltipla # vida dohomem de lettras, com a cessayo da phy= siologiea, subsiste-Ihe a intellectual, que é impereet Velem suas proiluccdes. uma vez que o genio de taes homens, segundo Mirerourt, no ths pertence, — pertence a Deus, — pertence 10 mundo,-— pertenes 0 fate 4 Hei coneluido a miso, que nos foi ineumbe depdr uma saudade no tumulo de Torres Bum Presidencia do Exm. Sr. Conselhewo Monseakor Muniz Tavares A's 12 horns da manhi, presentes os Sre. Dra. Gervazio Cumpello, Paula Siles, Aprigio Guima= Ties, Jacintho de Sampaio, Innovencio Seraphica; €.95 Sts. Brignleiro Lobo, Coronel Leal, Tewente- Coronel Frias Villar, Capitio de Fragata Stepple da Silva, Conego Lino do Monto Carmelio, M.jores Oo- deceira, Salvador Henrique ¢ Cirurgido Ferreira de Almeida, abre-ce a sesso, © Sr. 2 Secretario, procede a leitura da nets da antecedente, que é approwuda, com a doclaragio do Sr. Prosidente, de que elle nfo vira, mise write AETiETA vo NST. ANGH. ¥ apooR, rem, gi dizer que o retrato de Domingos José Martins, ca tava atirado ao canto de uma das salas do Palacio de 8. Christovio; e tambem com a declaragio do Sr. Major Codeceira, de que ease retrato, que pos sue hoje o Instituto, foi a edpia tireda por Lobo, da que havia, Moureau feito do original, que se disse estar em 8, Christoviio, como refere 0 Sr. Umbelino Guedes de Mello em sua carta, Nib se achanio presente 0 Sr. Secretario per potuo, o Sr. 2 Secretario o substitue e di conta do seguinte expediento: Um officio do Sr. Secretario perpetvo, commu nicando nao poder comparecer, por doento, n presen te sessio. — Inteimdo. Outro, do tz. Dr. Gaspar Drummond, offertan do 20 Instituto, um muppa estatistieo da frezuezia de Serinbaem. —~ Inteiraclo, sendo recebida a offeria com ayrado, Outro, do Sr. Dr. Pedro Guudiano de Ratis © Silva, offeriando um mappa do recenceamonto de Populagio da froguezis de Gamelleira. — Intuiiado, © que se respondesse agradecendo, Outro, do Capitio de Mar e Guerra Ignacio Joaquim da Fonsoca, offertande ao Institute, um mappa da sondagem das barrus do prt» destin Pro Vinci, e 20 mesmo tempo offerecendo seu prestimo uo Rio de Janeiro, para onde se retira, — Tnteirado. Outro da sociedade —~ Ensaios Litterarios — de Porto Alegre, communicanie haver se instulludo no dia 17 de “Novembro ultimo, com o intuito de contribuir para a regeneragio das letirus no Brasil, ~~ Inteirado, e que se respondesse. Outro, do Sr. Dr: Francisco Gomes Velloso de Albaxjuerque Lins, aoceitando ¢ agraiecendo a sua Cleigin do socio corespondente..~Inteirado. atro, do, Vizario Lourengo de Albuquerque fazende identica communiexgio,) (enone Gee cane 4 BVISTA Do INST. ARCH, BRUCK. mHRN, gy ° Armas, os Srs. Drs, Aprigio, Witruvio ¢ Manoel Fie gueira; @ pata ade’ arranjos da casa os Sts. Coronel Leal, Major Salvador © Conego Lino. E' lido ¢ regeitudo um parecer da commiseio de admissio de socios, O Sr. Presidente dé para ordem do dia da pro— ima sessiio, que deverd ter lugar no dia 23 do cor~ vente, trabalhos e pareceres de commissées, Levanta se_a sessiio, — Monsenkor Francisco Muniz Tavares, Presidente. — José Soares de Azo. rade, Secretario perpetuo. — Salvador Henrique de Albuquerque, 2 Secretario. Outro, dos enenrregados da devogio de Nossa Scnhora da Piedade de Guararapes, convidando 0 Instituto 4 so fazer representar no acto da bongo da imagem da mesma Senhora, que terd lugar no din 12 do corrente, na Igreja de Santa Rita. Sio nomeados pura em commissio representar 9 Instituto naquella solemnidade, os Srs. Drs. Apri~ gio, Sampaio e o Brigadeiro Lobo. . 0 mesmo Sr. 2: Secretario mencioua as seguin— tes offertas Varios numeros do Diario de Pernambuco, pelo consocio br. Figueira. Alguns numeros da Provincia, Jornal do Com~ mereio @ Assuense, pelas respectivas redacgbes: 1A Collecgdes dos Annaes da Camara dos Ste Deputados de'1853 2 1872, remettidns pelo Exm. Sr. Dr. Pereira Pinto. — Que so accuse a reeepgio agradecendo. ‘Todas estas offertas sio recebidas com agrado e mandam-se archivar. Sr. Conego Lino, offoria no Instituto, em no- me do Sr. Commendador José Candido de Barros ¢ sua senhora, um retrato a oleo do martyr da revolu- io de 1817, 0 advogado José Luiz de Mendongs. Esta offerta & recetida com especial agrado. © Sr. Dr, Jucintho Sampaio, obtendo a pala~ vra, pr cedea leitura da biographia do Padre Fran- cisco José de Albuquerque Correia, OSr. Presidente ditige-Ihe algumas palavras do agradecimento, depois do que é o orndor eumpri~ mentado pelos socios presentes. © mesmo Sr. Presidente, declara que, apy ximando-se o dia 27 de Janeiro anniversario da ins= tallagio do Instituto e da restauragio de Pernamba- co do jugo du Hollands, nomexva para a commigaia que tem de convidar aos Exms. Sts. Presidente da Provincia, Bispo Diocesano, e Commandante des Seaslo cm Ausembiéa Geral do 11- anatversario do Institute em a7 de Janeiro de 1998 Presidencia do Ezm. Sr. Conselleivo Monsenhor Munie Tavares A’ 1 horada tarde, depois de recebidn a conti- nencia da brigada, postada om frente do edificio, os Exms. Srs. Commendador Presidente da Provizcie Dr. Henrique Pereira de Lucena ¢ Comandante das Armas interino Coronel José Maria Ildefonso, ‘slo acompanhados pela respeotiva commissio aos lux, gates, que Thes estavam destinados ; e, estando pre Sentes as officialidades de differentes corpos de linha e.guarda nacional, commissio da sociedade dos Hen Tiques, varias possons gradas e um erescide numero dle cidadios de todas as classos ; verificouso igual ‘mente a presenga dos seguintes socios : Drs, Aprigio Justiniano da ‘Silva Guimares, José Soares ale Azovedo, Ignacio de Barros Barroto, Joo Baptista Regueira Costa, Manoel Jonquim Francisao de'Mone t#, Tnnocencio Seraphico de Assis Carvalho, Ger~ vazio Rodrigues Campello, Benjamim Soares de Azo.2 QxogE. Pees. 908 nuvisra bo ust, anc vedo. Francisco Jacintho de Sampaio, Jodo José Pine to Junior, Antonio Witruvio Pinto Bandeira e Aca cioli de Vaseonecllos, Joie Diniz Utibeiro da Cunha, Alexanilre de Souza’ Pereira do Carmo, Desemb t= gador Alex:ndre B-rnardiuo dos Keis ¢ Silva, Gas pitio de Fragata Francis:o Romano Stepple da Sik ¥a, Coroneis Antonia Gomos Leal e José Matin De Actonso Tacome di Veiga Pessoa e Mello, Brigudeirs Francisco Joxquim Pereira Loho, Tenente- Coronel Alexandre Augusto de Frins Villar, Majores José Domingues Codeceira, *: ‘ique de Alba querque, Conezo Lin» do Monte Curmello Luna e Girurgito André Ferreira de Almeida. 0 Sr. Presidente pronuncin algumas_palaveas igi a0 assumpto, terminando por declarar aberta a sessiio, 0 Sr. Secretario perpetuo, procede a leitura do rolatorio do anno social findo. O Sr. Dr. Aprigio, como orador leu o seu dis- ears, @ em seguidn uma Memoria em refutagio a Historia das Lutas do Sr, Varnhagem, no que se re fere » Joio Fernandes Vieira. Os Srs. Pelino Guedes © Gregorio Naziazeno Baptista Duarte, recitaram, aquelle uma poesiae este, um discurso, por parte da seciedade dos Hon- * 0 Sr. Dr. Joaquim de Aquino Fonseca, obten— ao Instituto por seu acto e8- ejos manifestados por SM. o Impe- mudor, x epi manuseripta de uma brochura rarissl= ma que existe na iotheca do Museu da Histo ris Natural om Pariz, evn este titulo ~~ Brieve re= dition de UBtut de Pernambueg de dike 6 t Avsemblée ds XIX pour ta trbs noble compagnie d Weat Ind, par Auguste Gueslen, obtida por intermedio do t30- pontaneo © * 066. Pelino Guedes nto rosttuio « sua poesia. REVISTA DO INST, ARCH. E GEOGR, PEaN, * 10]. festejado historindor do Brazil o Sr. Fernando Di- niz, conservador da bibliotheva de Santa Genoveva dia mesma cidade, ¢ a0 mesmo tempo offerece ao Ins. tituto wna collecgio do hyphes Pernambucano do fallecido Fr. Csneca 5 autorisnndo.o & solictar do go. Yerno da provincia & mencionada colleegio que pelo Gommendador Mollo, quem a tinha emprestado, foi appensada a biographia daquelle martyr, polo m mo escripta 0 entregue ao governo sem que nisso esse consentido. O mesino Sr. Dr. Aquino, promette offertar ou- {ros impressos e manuseriptos de grande merito his. forico e bem assim uma moeda de ouro do. tempo dos hollandezes. 0 St. Dr. Aprigio, offerta ao Instituto em no~ me do Sr. Francisco do Brazil Pinto Bandeira ¢ Ae sioli de Vasconeollos, um Blogio dramatico ao dia 27 de Janeiro, precedido do uma Ode, offerecida aos mare nes dos _restauradoresd a Pernambuco. O mesmo Sr. Dr. Aprigio, procede a leitura de uma memoria sobte Joao Fernandes Vieira, om ro futngio as proposigdes omittidas pelo St. Adolpho Warnhagen, om sua obra — Historia das luctas dos Hollandezes no Brazil. Terminado assim o acto, retiram-se os Exms. Sts. Prosidente da Provincia e Commandante das Armas com as mesmas formalidades, com que en= traram. © Sr. Prosidente convida 20s socios 4 se reuni~ em em 15 de Fevereiro em Assembléa Geral de eleigio, 1 Bor ongano dsizouse de contnaar & mumeragio. des pagi- ras neste 6, ald pg. 3. Daqul em dlanto supe ate ‘Ho até on.86 da Revs, que 0 wlio oom Se uu104 —uevista po INST. AnH. E GEOGR. PERN, ¢iosa Memoria sua, sobre o theor da vide de Joio ‘Fernandes com relagio aos invasores, de- monstrando quaes foram os estymulos que levaram aquelle herde a ferit a pugna de gigantes, que ter— minou com tanta gloria ha hoje 219 annos e contes- tando varias proposigdes arriseadas do Sr. FA, ‘Warnhagen, na sua historia, luta com os hollundezes, ultimamente publieada em Vienna d’Aust Muitos ¢ curiosos dons de grande aprego ar cheologico foram feitos no Insti:ute, durante @ anno que hoje termina : entre elles todos avultam por sua elevada origem : ‘Em primeiro lugar a propria penna com que S. A. I. a Senhora Princeza Isabel, assignou a famosa carta de leide 28 de Setembro de 1871, abolindo ra sempre a escravidio no Brazil, offere ida gra- mente 20 Instituto, pela mesma Senhora, por iativa do Sr. Conselheiro Theodore Machado Freire Pereira da Silva, entio ministro da A cultura ¢ Obras Publicas, que referendou aquellt lei. Em segundo lugar oito luminosas publieagdes politicas ¢ de direito administrativo, offerecidss pelo Sr. Conselheiro Joio Alfredo Correia de Oliveira, actual ministro do Imperio. Em tereciro Iugaro retrato « oleo do martyr da iberdade em 1817, Domingos José Murtins, oifere= cido pelo Sr. Umbelino Guedes de Mello, residente na Bahia, Em quarto lugar o retrato a oleo do martyr da revolugio de 1817, José Luiz de Merdonca, offere— cido pelo Sr. Commendador José Candido de Barros, ¢ sua digna consorte, ., Em quinto lugar um grande mappa estatistico @ muito minucioso di freguezia de Ganelleira, primor de execugio caligraphica, offerecido pelo Sr. Dr. Pe- 10 Gaudiano de Ratis. ‘Em sexto o ultimo lugar 24 colleogGes dos an— REVISTA DO INST. ARCH. B GEOGR, PERN. 105 naes da Camara dos Srs. Deputados, desde o anno dle 1858 a 1872, offerecidas pelo Sr. Dr. Antonio Pe- reira Pinto, director dx mesma camara, Duas preciosas vidas nos foram arrebatadas pela morte no anno neademico que hoje finda : — ado nosso socio correspondento Dr. Francisco Pires Machado Portella, ¢a do socio effective ¢ fundador Antonio Rangel de Torres Bundeira. De onda uma destas bellas existencins na terra, vos vai fillar @agui & pouteo com abundancia de eoragio,o vosso inspira- doe douto orador, eom o verbo eloquente que lhe 6 familiar, e com que costuma ter-nos suspensos em oceasiiies semelhantes. Celebrou esto anno o Instituto 17 sessdes ordi- natins © economicas. Q quadro jerarchico de seus membros é actualmente o seguinte Socios effectivos........... 48 Socios honorarios. 92 Socios correspondents. - 86 AAs despezas feitas com a columna commemo= rativa do Arraia-Novo e sua inauguragios as das impressdes dos ultimos numoros da nossa Recista e ontras, havendo absorvido o capital, que tinhamos a juros no Banco Inglez, temos apenas em caixa, em fio de vorso honrado thesoureiro, a quantia de 2398955, fechado o ultimo balancete em 31 de De~ zembro proximo passado. Seri mister reeorrer dinexgotavel munificencia da Assembiéa Legislativa Provincial, para que o lonstive com que costuma bafejar o Instituto em seus fins patrioticos, soja este anno mais largo e ani- mador que o dos passados. Ea proposito do monumento de marmore de que acabo de fallar—vos, destinndo a attestar fs ge- Tages futuras 0 valor dos permambucanos do seculo106 REVISTA DO INST. ARCH. E GHOGR. PERN, XVIL. Liesté elle desamparado no celebre Arraial do Bom Jesus, orlado apenas por umn pobre cerca de madeira tosen, ¢ exposto a toda a sorte de estra~ gos ¢ malfeitorias. Logo que elle fui levantado, so- licitou o Instituto, da administragio da provincia, a construegio de um forte graulil de ferro, qne preser- yasse omonumento de qualquer profunagio. Até hoje ainda se nfo mandou fazer esta pequena obra reclnmada pela nossa honra ! ‘Aproveito por isso a oces fem que se acha 4 frente dos destinos da Provincia, um dos mais il- Tustrados e activ's caracteres que temos tido, para em nome do Instituto requerer a realizagio da pro~ messa que ha um anno se nos fez. Nu Assombléa Geral de Fevereiro proximo, vos ser aprosentato 0 orgamento da receita e des- peza para oanno social de 1873~74, eujas verbas co- megateis a diseutir em Abril, de conformidade com oque presereve a ultima parte do art. 27 dos nossos Estatutos. 0 fim do Instituto Archoologico como todos sa bem, Golligir o verificar os monumentos ¢ docu~ mentos antigos porteneentes & historia das Provin- cias, que formavam noutro tempo as Capitanias de Pernambuco e Ttamaracd, desde a epocha do cou des- ‘obrimonto, E’ um campo fecundo que se nos propiem, on- de se acham entorrados granies thesouros, que a pa ciencia ¢ a arte do roteador pédem explorar eom im- mensa vantagem, desatando um grande numero de difficuldades até’ hoje insoluveis em nossa histo Nos grandes centros de civilisagio costuma ha- vor uma classe de homens lettrados, j4 desprendidos do suas antizas fanegies, que asi thesmos se apo- sentam, cangados de trabalhos em cousas positivas emonotonas, ¢ se dedicam d’alma e corpoao engran- decimento dis lettras, das scionoias ¢ das artes de RBVISTA DO INST. ARCH. H @HOGR. PERN. 107 seu paiz, como uma nobre e santa distracgio, que os engrandece ¢ eleva em sous ultimos dias. No Brazil porém, onde a riqueza dos particula- res & ordinariamente modesta ; onde o clima incita ao deseango ; onde o proprietario, o negociante, o mi- itar, © homem do povo, raro se pde por em’ com— mercio com as lettras; onde os honorarios do empre- gado publico sio tio mesquinhos quo as aposenta- ‘gées, quando as obtém apenas The chegam para cui— dar do ventre, e isto mesmo « numa austéra, apa- gadae vil tristeza. » No Brazil, digo, essa interessante classe de ho- mens de Iettras desoceupados & totalmente desco— nhecida; e € por isso que entro nds fallecem os tra— balhos da ordem daquelles que tanto necessitamos ver generalisudos © tanto abundam noutros paizes, por exemplo o da archeologia de nossas provincias, oa antes a sua archeographia, -~ ¢ dabi naturalmen— te, e desde logo, a nossa historia othnographica, O meio porém, de prevér quanto antes a seme- Ihante necessidade, seria estabelecer conferencias publiens destas sciencias, onde o gosto se iria desen- volvendo pouco pouco, até se achar de todo vinga~ do no espirito da nossa joventude, por uma exposi- io methodiea de suas leis que so simplissimas, uma deduegio luminosa, dos goz0s e riquezas immen- sas, que dahi nos adduziam quando desentranhasse— mos do p6 dos seculos, geragies inteiras de tribus indigenas, explicassemos a sua verdadeira origem, osseus conhecimentos primitives, a sua religiio, o8 seus costumes, e a succossio de factos ¢ revolugies por que tom passado a terra americana, até os nos- 50s dias especinlmento om relagio ao toritorio do raz Se 0 vosso Secretario perpetuo so nfo nchasso em uma idade em que o inverno da vida Ihe vat go- Jando o animo, ¢ em que o espitito desfallece no108 REVISTA DO INST, ARCIE. E GFOGR. PERN. meio das mais santas emprezis, fira elle por ventura, oque abriria o estadio queaconsolha, inoculsndo abi o gosto pela antiguidade numa série de conferencias, que, se niio tivessem o merito da Fria, teriam ao menos 0 da precisi» © elaroza, indispensaveis em materias de semethante ordem. : ‘Mas j& que elle onto pide fazer, jd que nos faltam homens desoceupados qi ram dar-se a este magnifico trabalho ; porque nio aproveitaremos nés o enthusiasino da gt chamandoem nossa auxilio os m-gos de b abrindo-lhes as portas desta modes! convidando-os a vir tomar conta de tio ofa emqusnto tem tempo; emquanto scus pais, en~ earregando~se como devem de provér'n sus subsis tencia, os deixam a elles om total acio? Porquo thes nfo acenaremos nés com um Fata 0 invejavel, pondo-lIhes diante dos othos 0 azrule~ cimento da ‘patria e o reconhecimento perpetuo do Institato ? Tantos mancebos de intelligoncin sahidos de nossas escolas superiores, ¢ outros de extrewa habi Tidade que por ahi vegetam, porque nfo hio de vir ajudar-nos com perseverangaa obter os fins a que ‘nos propdmos ? 0 Instituto, admittindo -os em seu io apre- senta-los-hia com orgulho A provincia, e depois a0 Brazil inteiro; eonduzilos-bia peln mio a uma altura aque alles teria direito, © propo-los-hin official mente o administragio do Estalo, para serem pro foridos a quaesquer outros, nos cargos publicos aque aspirassem, como intelligencias de escolha, e de tem peratura ji provada. Sirvam pois estas palavras que daqui langames hoje, como umn ap,olio animade a nos a mocidade ambiciosa de saber e de fortuna; e venhum os novos talentos que entre nés despontam realizar em bbe REVISTA DO IN wT. ARCH, B GEOGR, PERN, 109 hora 0 sonho patriotce que ha muito occupa o espi rito desta casa:-—justificar por trabalhos que se tor nem memoraveis 0 imponente titulo de que nos hon— ramos: 0 de Instituto Archeologico ¢ Geographico Pernambueano, 1o7gtlt sess8e8 magars, em 27 de Janeiro de José Soares pz AzzyEpo, DISCURSO 2M SuUSTITUIGHO AO DISCURSO DO ORADOR, AQUE-RRANS= CREVEMOS O sBRUINTE OFFTEIO. itm. Sr. — Fim resposta & solicitagio de V. 8., sou a dizer-Ihe, que em 1873, li na sesso magna do Instituto Archeologico, niio 86 0 Diseurso de com— memoragio dos consocios fallecides, sino tambem uma Memoria que eluborei por ordem do mesmo Ins- tituto, rebaten lo Historia das Lutas do Sr. Var- nhagem, nn parte em que se refere a Jogo Fernan- des Vieira. Foram trabalhos mais Iongos que os do costame em ussociagdes como a nossa: aquolle, porque tive de commemorar o meu intimoe saudo- Sisimo amigo Dr, Antonio Rangel de ‘Portes Ban rt; @ este, pola importancia do personagem his. torigo e pela autiridute do historiader, race Ne me é rever tues trabalhos sem prazo longo, pois aper- tam-me indeclinaveis occupagies ; ¢ ais por suas dimensdes excedorinm elles talvex o plano da nossa Revista, cuja impressio vai a eaminko, Desculpe- me V. 8, ¢ publique a Revista, que nada perderd om « tniuha ausencia ; fazendo-me, sim, 0 obsequio demencionar a minha eseusa, como uma prova do 6110) revista po asst. ancH. & GuoGR. ven men aprego 20 Instituto, aque por tantos annos prestel servigos de fico orador. Reserve a V. S. 0s meus protestos ie Recife, 11 do Satombro de 1876. — Im, Sr, Major Salvador Henrique de Albuquerque, Digno Seerotario perpetuo do Instituto Arelvologica © Geo. graphico Pernumbucano. do alto O Socio installade Da, Arpaia Jestiviaso os Siuva Genta DISCURSO luvo kw 27 pe saxeine ve 1873, por occastio wo 1 aN DA FUNDAGEO Do INSTITCTO, POR PART TE DA SOCIEDADE HENRIQUES DIAS Senkores do Instituto Arckeologico ¢ Grographi~ co Pernambueanc. — Coube-nos felizmente a howe 1a de vir hoje aqui representar a socied ule dos H-n- Fquos, "Como fraco ory du commissio que tenes presente, em nome dayuellt sociedade eu vos sutio. Sinto que a magnitude do eneargo seja muito superior as minhas forgas; mas estou conv que a fraqueza do orgio dade dos sentimentos patriotieos, que em nome da quella, sociedade venho munifestar-vos. Sonhores. “A socidade dos Henriques, tendo em grande aprego a grandeza do vosso Instituto, a subli- midade de seus ‘fins ¢ mais que tulo o patriotismo do seus membros, fultaria ao mais sagrado dever se vos niio enviasse neste dia solemne e de honrosas REVISTA DO INST. ARCH, B GEOGR, Pay, in recordagies para a Provincia que nos vio nascer, as suas felleitagdes, e os seus mais ardentes voto: de constante animagio. Possam contionar vigorosos os vossos traba~ hos. que j& tio uéeis vio sendo a nossa historis. Tendes feito pouco em relugio ao muito que podieis fer feito 5 “mas tendes feito muito em relagio no poueo que se vos tem ajudado. Resta mesma patriotica dedicagio que esté a sublimidade de vosso patriotismo! Fu uma epocha em que infelizmente predomina © feio egoismo, ¢ 0 monstro da indifferenga pelas glo. 2s do ‘nosso passados € mito valioso que se érga uit sociedate como a vossi para commemorar as glorias que herdamos de nossos avis e que devemos intactas transmittir a geragio quo vem. As sombras daquelles herdes que mui acertadae mente alli hoje nos apresentaes, avivam em nosaoe Pensamentos os sacrficios que fizeram, as aganhas ‘ue praticaram eo sangue que verteram por amor de «ara patria, Imitemos senhores, suas virtudes, porque s6 ‘leste modo nos mostraremos seus dignos descen- dent hoves do Instituto Archeologico e Geogra= phico Peraambucano. Acecitai benignos as nossas congratulagdes. A Sociedade dos Henriques vos acompanha, bradande com jubilo. Viva a restauragio do Pernambuco do poder dos Hollandezes ! Gnuconto Naztazeso Barnista. Duantt,——Oraders112 REVISTA vo ISNT. ARNUHL, 8 GEOR. PEDR. ASSEMBLEA GERAL 3 de Feve- lento Expectal de Eleicao no ai Sento Expectal eno no Presidencia do Exm. Sr. Conselheiro Monsenkor Muniz Tavares 's 12 horas da manbi, presentes os Srs. Drs. Witravio P. Bundeira, Gervazio Campello, Jneintho de Sampaio, Soares Brandio e os Srs. Coronel Leal, Conego Lino do Monte Carmello, M ‘ 1a, Coelho Cintra, Salvador Henrique e Cirvrgiio Forreira de Almeida, abre-se a sexsi. O Sr. 2 Seeretario procede a leitura das netas da sessio ordinaria de 9 de Jnneiro.e da s niversarin em Assembiéa Geral de 27 do referide ‘mez, as quaes sio approvadas, ‘Nao se achan to presente o Sr. Secretario perpe- tuo, 0 Sr. 2: Secretario o substitue e dé conta do se- guinte expediente: Um oflicio do Sr. Seeretario perpetuo, commu- nicando no poder comparecer a présente sessio por sse achar occupado em servigo publico. -~ Inteirudo. Outro, do Seerotario da presidencin declarando so Instituto, haver 8. Exe, dado as necessarins or dens no seutido de serem satisfeitos os desejos do Instituto relatives a0 dia 27 de Janeiro. — Inteira~ do e que se ngradecesse. Outro do mesmo, offertando a0 Instituto, de or dem do Exm. Presidente da Provincia, um exem- plat do relatorio com que o Exm, Desembargador ‘aria Lemos he passou aadministragio. -— Inteirn- do, sendo recebida a offerta com especial agrado. Outro do Sr. Dr. Aprigio Guimnries, commu nicando nfo poder compareeer por doente, a presen te sessiio e igualmente solioitando dispensn do cargo [REVISTA DO INST. ARCH. E GEOGR. PERN. 113 de orador, por The impedirom de continuar a exer= ce-lo og seus sofftimentes physicos. Sr. Presidente declara que o Instituto delibs- rari na eleigio a que so vai proceder. Outro do Gerente do Consulado Frances, com~ municando haver fallecido em Valparaizo, a'30 de Dezembro ultimo, o Sr. Osmin Laporte, ex-Consul da Franga nesta provincia ¢ socio correspondente do Instituto, Esta communieagio & recebida com pezar pelo Instituto, declarando 0 Sr. Presidente que o mesmo, 0 dia designado pelos Estatutos, prestard x memo ria do consocio fallecido as homenagens que Ihe sio devidas, Outro da commissio parochial da freguezin de Santo Antonio, convidando o Instituto & se fazer re— presentar no acto da inauguragio da Escola Normal das senhoras, © Sr. Presidente nomen para em commissio ase sistirem a aquella solemnidade os Sts. Dr. Cam pello, Conego Lino © Major Salvador. © mestno Sr. 2: Secretario meneiona as soguin- tes offertas : Varies numeros do Diarlo de Pernambuco pelo consocio Dr. Figueirda, Alguns numeros da Provincia ¢ Liberal, pelas respectivas rednocées. Um volume das Pallas do throno do 1828.0 1872, offertado pelo Exm. Sr. Dr. Pereira Pinto. Um dito do Relatorio e Synspee dos trabalios da Camara dos Srs. Deputados, offertado pelo mesmo Exm, Sr. Um exemplar do opusculo—~ A rq eo clesiastica do exereito pelo Conego Dr. Manoel da Costa Honorato e pelo mesmo offertado. © Sr. Dr. Joaquim de Aquino Fonseca, veio Pessonlmente a esta seereteria offertar ao Instituto14 revista po ist, anen. & Geo6R. PERN, um manuseripto que consta de varias notici portantes, entre as quaes fizuram: os motives que doram lugar a situagto e povoacio do arraial do Po- oda Panella. Da ereeg%o da eapella de Nossa Se hora da Satide, hoje ‘matriz daquella freguezia. Apparigio da febre amarella pela segunda vez nests cidade, © como consequencia.o costume das fumilias passarem a festa nos seus arrabaldes. Todas estas offertas si recebidas com agrado e mandam-se archivar. Procede'se a cleigiiodos membros da Mesa Ad- strativa ¢ suhem recleitos Presidente Conselheiro Monseuhor Franci niz, Tavares. 1- Vice-Presidente Dr. Jonyuim Pies Macha ao Portella. 2 Viee-Presidente Conezo Lino do Monte Car— mello Luna. Vice-Prosidente Coronel Antonio Gomes mi eo Mus Leal. Orador Dr. Aprigio J 2 Secretario Major Sul Dduquerque. Supplentes do 2: Secretario, Drs. Francisco de Paula Sales ¢ Antonio Witruvio Pinto Bandeita ¢ Accioli de Vasconcellos. Thesoureiro Dr. Gervazio Rodrigues Gampello. Or. Presidente ordona que se officie 20 Sr. Dr. Aprigio, communicando-lbe que foi reeleito por nilo poder o Instituto disponsar 0 concurso de sas luzes © servigos, Procede’se igualmente a clei commissies : Fundes e orgamentos. Drs. Witruvio, Faria Neves © Paula Sales. Trabalhos Historicos © Archoologivos Dr. Gam pello, Major Salvador ¢ Conezo Lino, Por achar-se a hora adiantada 9 Sr. Presiden Silva Guimar lor Henrique de AL 0 das seguintes REVISTA DO INST, al te adia a continuagio da eleigio das commissies, vnvoea os socios para de novo se reunirem no dia 7 do corrente, Levanta-se a sessio.—~ Monsenhor Francisco Muniz Tavares, Presidente. — José Soares de Aze~ cade, Seeretsrio perpetuo. — Salvador Henrique de Albuquerque, % Secretario. igo da Assembtén Geral de 7 de Fevereiro de its Presidencia do Exm. Sr. Conselheivo Monsenhor Muniz Tavares A's 12 horas da manhi, presentes os Srs. Drs. Aprigio Guimariies, Innocencio Seraphico, Paula Sa. les 08 Srs. ‘Tenento Coronel Frias Villar, Capito do Fragata Stepple da Silva, Conego Lino, Majores Codeceira, Salvador Heurique e Cirargito Ferreira ile Almeida, abre-se a sessiio. O Sr. 2 Secretario provede a leitura da acta da antecedente, que é approvada, © mesmo senhor, declare que o Sr. Seoretario Perpetuo o incumbira de communiear ao Instituio, ‘ue por se achar accupndo em servigo publico, dei, do comparecer a presonte sessio —~ Inteirado. O Sr. Dr. Aprigio, obtendo a palavra, diz 0 se- guinte: « Que agradecendo a honra que Ihe fez o Insti- tuto, mandando declarar pelo digno Secretario per petuo, que nas actuaes ciroumstancias niio péde dis Pensar 05 seus setvigos, obedecer guardando o seu esto de orador ; reservando-se patra em occasizo op portuna offerecer proposta de refiirma de alguns ar— igos dos Estatutos, para que o Instituto no venhn16 REVISTA D) INSF, ARCH. 1 GEOGH, PERN, f soffter pela fraqueza do sou orgio netual, que aliés protesta envidar tndo, como até hoje, para corces- ponder a conflang, eom que ha sido honrado."» O mesmo Sr. 2: Socretirio,da cont do seguin~ te expediente: ‘Um officio da Associngto dos Guarda-Livros, convidando o Iustituto se fazer tepresentar no acto do sow 1- anniversario, a 2 do Margo proximo. © Sr. Presidente nomea para representar 0 Instituto, naquella solemnidade os Sts. Dr. Aprigio, Tenente-Coronel Fri:s Villar ¢ Major Codecei Outro, do Sr. Antonio Juveneio Pires Fal offerecendo ao Institut» um mappa estatisticn da freguezin de Ipojuca. -~ Inteiralo, sendo recebida a offerta com agrado. © mesmo Sr. guintes offertas: Varios numeras do Diario de Pernambucano, pelo consocio Dr. Figuoir‘a. Alguos numeros da Provincia, ¢ Alagdas, polas respectivas redacgies. Estas offertas sifo reecbidas com agrado e man- dam se archivar, Procede-se 4 continuagio di cleigio das com- misses ¢ sahem eleitos Para a subsidiaria da do‘trabalhos historieos ¢ archeo'ogicos: Drs. Ayres Gaia, Faria Neves ¢ Coronel Le-) ; Para ade redacglo da Revista: Drs Soares Brando e Muior Salvador Henrique ioc, 8 ftubathos goographicos Dr.’ Sern phico, Tenente-Goronel Frias Villar ¢ Con Bho, © Conego Ro- Para a subsidiatia desta : Dr. Regueira Costa, Cupitiio do Fragata Stepple da Silva ¢ Dr. Sampaio Para a de revisio de manuscriptos : Drs, 8 res Brandio, Regueira Costa © Major Codeceira Secretario, meneiona as se Tornal das Aprigio, REALSTA DO INST. AROIE. E GkogR, PERS, 117 Para a de posquizas de manuseriptos : Conego Lino, Majores Codeceira ¢ Salvador Henrique ; ‘Para a de admissio de socios : Conego Lino, Dr. Paula Sales ¢ Capito de Fragata Stepple da Silva. E distribuido pelos socios presentes, on. 26 da Revista Trimensal do Instituto. Presidente d& para ordem do dia da pro- xima sesso, quo deverd ter lugar no dia 1° de Abril vindouro, posse da Mesa Administrativa e Com- misses. Monsenhor Francisco Tosé Soares de Aze~ ‘Salvador Henrique de ISS! Sessile ordinaria mo dia 1 de Abril de 1873 Presidencia do Bxm. Sr. Conselheiro Monsenkor Muniz Tavares A’s 12 horas da manhi, presentes 03 Sts. Drs. Aprigio Guimaries, Affonso de Albuquerque e os Sts. Tenonte-Coronel Frias Villar, Conego Lino do Monte Carmello, Majores Codeceita, Salvador Hen- rique e Cirurgito Ferreira de Almeida. ‘0 Sr. 2 Secretario procede a leitura da acta da antecedente, que 6 approvada. - Sio empossados os membros da Mesa Adminis. ativa e Commissées, que se achavam presentes. 0 Sr. 2 Seeretario declara que o St. Seeretario perpetuo Ihe ineumbira de dar scicnoia ao Instituto, que por achar-se oceupado em servigo publico, dei xava de comparecer a presente sesso. — Intotrado. © mesmo Sr. 2 Seerotario dé conta do seguin~ te expedionte: t 6US Revisra po Inst, anett, # eéoeR. PERN. Um officio do Exm. Presidente da Provincia, convidando o Instituto & assistir o cortejo a effigie de S. M.o Imperador, & 1 hora da tarde do dia 25 de Margo, io do Turamento a Constituigio do Imperio. Por estar 0 Instituto em ferias ¢ s6 tor-se reu- nido hoje deixou de ser nid jpresentado naquella solem- convidando o Insti tuto, para no mesmo dix 25. depois do cortejo assis- tir & distribuigiéo dos premins vonferidos acs expo- sitores. Por identico motivo deixon de ser o Ins tuto representado, Outro, do Sr. Dr. Chefe de P a recepgio’ do qualro da Mesa Administrative Instituto. —~ Inteir Outro da commissfo enenrregaia de festejara Senhora Sant’Anna na eapells dos Prazeres nos Montes Guararapes, convidando o Institute & se fn ver representar no acto da hengio da imagem da- quella Senhora no din 13 do corrente. em a Lareja de Nossa Senhora da Rosurio de Snto Antonio. Outro do mesmo E: it. aeensando do Sio nomeados em comznissio para este fim os Srs. Dr. Aprigio, Majores Covleceira e Salvador Hen- rique, O mesmo Sr, 2: Seeretario menciona as seguin - tes offertas Varios numeros do Diarin de Perwambuco, pelo consocio Dr. Figuelrén, Varios numeros da Provincia, Assuense, Libe ral, Jornal das Mlagéas, Mossoroense © Revista Pit- foresea ; pelas respectivas reilaegoes. Um exemplar do poemeto: A prosopopéa de Bento ‘Teixeir, e outro do_relatorio do Ministerio da Agricultura do anno de 1872 ; offertados ambos pelo Exm. Sr. Dr. Gusmio Loho, por intermedio do Sr. Secretario perpetuo, Revist bo INST, ARCH. EOzOGR, PERN. 119 © Sr. Tenento-Coronel Frias Villar, offerta igualmente em nome do mesmo Exm. Sr. Gusmio Lobo ous volumes da Diseussio du Reforma do Es fado Sereil na camara dos deputades ¢ no senado. O Sr. Dr. Aprigio Guinvaries, em nome do Sr. Dr. Manoel de $4 ¢ Souza, Juiz Municipal de fan— tarém no Paré, offereceu uma colleegio de mais de 150 moedas de cobre cunhadas em diversas datas, a comecar de D. Joio V em 1729. 0 Ainanack da Pernambuco pelo Dr. Collago e pelo mesmo offertado. ‘Todas estas offertas so recebidas com agrado ¢ mandam-se arehivar, Lé-soe vaia reevita e despeza Joins de sovios.......46.05 + 568000 Subvengio oa Ce 3008000 Saldo em 30 de Setembro... 149$735 5048735 espa — Hxpedicnte .........cecseeeeeeee 1298780 Ordenndo ao amanuense.. seteee 753000 Dito ao continuo. = 608000 Baldo em eaixa. 2898955 5048735 ‘Vom amesa e & approvada a seguinte proposta « Propomos que se nomée uma commissio de ‘cinco membros, preferindo'se para fazer parte della 08 socios do Instituto ora residentes na odrte ; a fimQ 120 revista po iver. arcu. & de dar os pezames aS. M.o Imperador, ¢ a S. M. a Imperatriz, pelo fallecimento de 8. M. a Impera- triz, viuva de S. M.o Sr. D. Pedro 1, de saudosa ‘memoria. Sala das sessbes do Instituto, 1+ de Abril de 3878. — Saloudor Henrique de Albuguerque. ~~ Ale aandre Augusto de Frias Villar. » 0 Sr. Presidente noméa para compor a referida commissiio os Exms. Srs. Drs. Joaquim Portella, Gusmio Lobo, Cunha Figueiredo Junior, Conselhei- x0 Theodoro ¢ Dr. Joaquim de Souza Rei O Sr. Salvador Henrique, faz a leitura de uma Memoria sua sobre a funlagio do Pogo da Panella, e erecgio da Igreja de Nossa Senhora da Satide. O Sr. Presidente dirigehe al de louvor @ agradecimento. O orador 6 cumprimentado pelos soci sentes. ___ 0 Sr. Presidente dé para ordem do dia, da pro- xima sossio que deverd ter Ingar no dia 17 do eor- tente, trabalhos e pareceres de commissdes. Levanta-se a sessio. -- Monsenhor Francisco Muniz Tavares, Presidente. -— José Soares de Sze- vedo, Sceretario perpetuo. -— Siloador Henrique de Albuquerque, % Secretario. pre- REVISTA DO INST, ARCH. B GEOGR. PERN. 121 MEMORIA soBRE A FUNDAGKO DO VOCO DA PANELLA EDA TOREIA QUE UM SERVE DE MATIZ, A QUE SB REFERE A. ACTA SUPRA. 1 Ei sesso de 15 de Fevereiro ultimo, o Sr. Dr. Joaquim de Aquino Fonseca, benignamente of- ferton ao Instituto um manuscripto, contendo varios apontamentos feitos pelo padre Angelo Custodio Ma- chado Gaio. Bem que esto documento nio esteja completo, por the faltar outras noticias de quo falla 0 mesmo padre no principio do referido manuseripto today’ O que delle consta é de »preciave! merecimento his torico, pois que se refere circumstanciadamente a fandagio daquelle povoado e tambem da capella que alli se erigio e que & hoje matriz da freguezia, Fste documento eseripto pela pesson que muito concorreu para a consecugito {do proposito que a pie- dade de varios homens coneebeu e a maior bis von~ tade executou, nifo péde deixar de merecor-nos toda a nossa attongio. ‘Nio podendo porém, ser olle fielmente transorip- to em anossa Revista, pelas muitas incorreegbes de phrases, resolvi, apreeiando sémente os factos, orga~ hizar a prosente memoria, que ir por certo aug~ nentar 6 material que prepatamos ao historiador fa- tuo. Folgo de repetir-vos : 0 Tnstituto, mens caros collegas, angmenta powteo e pouco o material da fa- ‘ura Os diversos trabalhos, sobre variados assump-122° REVISTA po 8st. AU. E tos que aqui se tem Tido e ja se cham impressos na Revista do Instituto, provain esuberantemente 0 meu asserto. A incuria pelas cousts da patria, que infe mente se nota entre um grande numero dos nosso homens illustrados, ¢ por die mais lastimavel. ‘A historia do povo: hos tem infelizmente para elles decidida preferencis ; pouco se importam com a do paiz que os vio naseer e com os fuetos mo- mentosos dus zeragies que os precederam ! Se absolutamente nos sa louvavel eu riosidade ou antes a obrigugio moral de am povo que deseja ter os {Gros de civilisudo ; os lugares tio glo- do apagados ¢ completamente ess riamos assignalar a» estrangeiro, muitas dessas loca Tidades, nem transmittir As geragbes faturas, ‘Nesse deplo seria do nosso exedito, do nosso patriotismo? E" que o Instituto veio ainda tempo, ¢ com elle a bda voatade e de- dicagio dos poucos operarios que a forge do seu tra~ dalhoe exemplo, fario com que x nossa mocidade imitando-os, prosiga nesse putriotico empenho. Quo o Instituto, apezar do pouco tempo da sua vida © dos frucos recarsos com que conta, ja tem to- davia prestado bous servigos a historia patria, 6 in= dubitavel Mas, quasi yotado ao despotismo da indifferen- gaeao desprezo do materialismo, como aqui j4 0 disse 0 nosso eloquente orador, seus membros sio tidos, na opinio dos sabios da cpocha, como ridicu- Jos sonhadores que vivem a revolver antiqualhas. Deque modo coinprchende o egoismo desses homens, uma missio tio nobre e tio civili Prosigamos, senhores, om nossa marcha cons~ tante e firme, que a geragto por vir, nos fard justi REVISTA Do INST, ARCH. # 61 Gn. PERN, 123 pusar por mais tempo da vossa gra~ ciosa attongho, von entrar no objecto desta memoria. Em fins de Ontubro de 1746, apparecen no Re- cif wma febre epidomien de mio caracter, que foi grassando para o norte até Pio Amarello, © parao sul até as Cureuranas, pereorrendo todos 08 povoa- dlos intermedios, ¢ terminando no seguinte anno, de- pois do apparecimento das primeiras chuvas que dos Ye Margo para Abril eahirem sem eessat por espago de dex dins suecossivos. A mortalidade por todos esses Iugnres foi cal~ ia em 1,308 pessoas de todas as obres © condi- 53 wotando-se que os maiores de 25 annos e 03 ais robustos e fortes, eram os que suceambinm mais Aleprossa. Atemo: ‘quella febre, 1 ¢ por diversus tear owa sua mentos. Com effeito, 05 que sahiam ji ameagados do mal, conseguiam que esto so reduzisse « wna inter- uitente, que facilmente com a applicagio de vomi~ tivos ¢ purgantes vinham a restabelecer-se. Touve familins que tiveram grande mortandade nos exeravos, porque com a gente de e6r, esta febre renitente e inexoravel, decidindo da ma em tres on quatro dias. enormes despoaas do tratamen— tomedico, inhumagio dos eadaveres que Thes per tenciam,e a morte geral de seus eseravos, fiearam completamente jos_om suas fortunas, Vicento Pires Camargo, que possuia trinta os eravos, ficou sem nenhum, ¢ tove © horvivel desgosto Jo» povo eom o estrago que fazin ns fiunilias procuraram refugiar— rrabaldes, ondo pretendiam encor Ivagio ou a melhora de sous pads