Texto em Busca de Uma Aprendizagem Significativa

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Mirian Celeste Martins Gisa Picosque M. Terezinha Telles Guerra ae eS {A forma como canstruimos este texto @ ¢ contetido abordado tém a intenao &e ‘marcar um encoitta consivel entre ves8 @ a linguegum da arte © sou nsino. Nosso otati fo) tornar 0 texto acothador, menos téoniee, do.medo que o8 concsitee, procedimentos e atitudes tossem sendo percebidos ¢ trahalhades por voce, abrindo ‘espago para o seu pensar e pora pontuar as idéias centrsis sobre o ensino da arte, ‘Da modo intorativo, postico, com jeito de convarsa, dosojamnos lovar vae® a poncar conosco, aferacendo a oporturdade do viver — pele manos ne que é possivel através de um texto tairbém didético ~ uma aprendizagem signitieativa ers arte, onto Rodrigo, falando de sua experiencia com pintura a dedo, experamos que vocd também possa compresnder os moandros dossa aprendlaagom. AREAS DE INTERESSE MlFormacao de profrssores — magistério € psicopedagogia Hl Metodologia e pratica de ensino de pré-escola e séries inicials MUcenciatura em educacdo 2 psicologia OUTRAS AREAS DESTA COLECAO Pré-escola Ml Alfebetizagio Ml Portugués ll Matematica . WCeosrafie M Historia Ml Educagfo Fisica Mi Ciéncias Ml Ensino Religioso 1) Poetizar, fruir e | conhecer arte | | aaa —_ 128 _ ENGNG or AATE EM BUSCA DE UMA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA Alguéi 56 96 torna mareencine tomandose sensive! ous stgnes te madera médica tornardo-se sensi aos sigrion da donc Giles Delave Supondo que nossa quesiae fosse: como lnvar ae evian: gas. conhecer 0 sentido do tata? Nossa resposta innediala seria socando, ouseja, colocandeasem conlalodiretocom osentido querse quer que elas conlievan ‘Oque se pretende nas aulas de arte, nessa perspective @a inleragio da erionca com 0 campo da-atle, o seu conta~ todircto com ela. Essa interagao, de acorde com os Pargine- tos Curriculares Nactonais — Arte (1997. 25), envolve: +s experiéncia de fazer formas artisicas ¢ tida.a que entra em joqanessa acic erladora: recursos pessoas, habilidades, pesquisa de materiais ¢ écnicas, a rela ie entre perceber, imaginar e reallaar um trabalho de artes ‘+ @vexporidncia de frulr formas artsticas,wtiliznmdo in formagdes equalidadesperceptivase imaginativas para cestabelecer um contato, una conversa em que us for mas signifiguem coisas diferentes para cada pessoa, +e experiancla de ralletir sobre arte como alot de conhecimento, onde imporiam dados sobre a cullu- a ein que 0 Lrabalho artistice fol vealizeda, a historia, da arte eos clemenlose principios formats que cons fituem s produgao artlstica, tanta de artistas quanto des préprios alunos: nsinando a construir sentido Aprendemos a pensar sobre as coisas, Como intérpre- tes do mundo, construimns interpretantes sobre ele © que “decoramos” ou simplesmente copiamos meca: icamente nao fica em 16s. E um contedda momentanee, por isso conhecimento vazla que no decorrer da tempo & esquecido, Nao lez parte de nossa experiéneia, Para Gille Dorfles (1987: 25), “toda a nossa capaciea fe significaliva, comunicativa frultiva é baseada em expe rifncias vividas — por ns ou por oulros antes de nos — ‘mas, dequalquermoro, feitas nossas".5aprendemosaqul loque, na nossa experiéncia, se tornasignilicalivo para nds Nessa perspectiva, ensiner~-queetimologicamentesig. nifica apontar signos —¢ possiblitar que-o outro constr _ 129 sentides, isto @, construa signos internos, assimilande @ ‘acomodande o nove em novas possibilidades de compreen s80 de conceltos, processes ¢ valores. Mas quem 980 a8 pessoas que ensinamn? Oeducador, podemas pensar, @aquele que prepara uma refeigae, que propde a vida em grupo, que comparlilha o alimerte, que celebra a saber. F do entusiasme do educa. dorquenasce o brilho dos olhos dos aprendizes. Britho que reflete também o olhiar do mestre Cazia aula, como um jogo de aprender e ensinar, é ura Instante magica. Requer preparagio ® coordenagao espe ais, de mos habilidosas que tocam, que aponlain, que ‘escolhem contextos significalivos para 0 aprenidiz lever sua rede de significagoes. Esta, conlorme explica Nilson Ma: chado, é Metifora que propiciatcompreenssoe da construgao do cignifieados como ieises de relacéas. A ndo-tinea- Fede, amtiplisidacse de pore soe passives, adWvorst (fade de rlagoes constitulvas de cada fexe, ante ot lWosaspoctes, fazeincom que essaideialenha reparcus- 68 importants no ealudo des procossoe cogiivas @ nas agoes pedngogieas. (MACHADO, Nilson J. Epistame logia © diditica. Sa0 Paule, Cortez, 1995.) A magia, gerada na alqulimia da intuigio, do olhar cuids: doso para cada aprendl, no sabar fazer, se revel na eriagso de: situncces de aprendizagem significativa. Para constrair ‘esses momenlos a edicadar terd de ser guloso-em seudesejo ‘de entinat. pecienie i oferta e na eapera de quem aeredlta fe-contla no oulro & amores0 no comparlilhar de sabres. ‘Como um pasquisador, ele ensina porque quer saber maisde sua arte, E aprende « ensinar ensinando, pensando sabre ‘esse ensinat. E assim ensiniando, também aprende Na rade de significagoes do mundo da arte, de seus pro: otores @ fruidares, o educaclor se encontra “com uma v4 dea no crlativo, uma rédea na técnica, uma rédea no esté tiea, uma réfea no proceso de vida, Uma rédea no futuro @ uma no pasado, lous elas puxadas ao mesmo tempo. Coin a habilidade de umn auriga romano, ele manobra essa Impressionanie enargia em diregav a umne mete, As Musas, sedelm paraobservar. Ouira irjeloria [ei percorrida; outa fla foi dade”. Fssa sensivel fala de Murray Louis (1992: 101), bailarino, coresarafo ¢ professor, cerlamente traz a resscinancia de quem vive Instantes magicos do aprender ‘A magia cértamente pode ser lavililada pelo censrio convidativo da sala de aula e por aprendizes vorazes pelo aprender, Mas 0 magico edhicador, muilas vezes limitado pelas amatras que le sao impostas no espetaculo da vida, i & 1300 lera de encontrar safdas na busca Ineessante do que & pos sivel, para ald do apenas aceitével Omisterio pode ser desvelado noentedamento dos cou tetidos do que @ precise ensinar/aprender e dos contendos do aprendia— o que inlui ¢ sale —, artleulades em situs goes de aprencizagem espocialments projetadas, Muitas vezes © aprenuiz ainda no viveu siluagdes pos! tivas de aprendizagem em arte, ¢ talvee [enka dificldades emexplorare comunicar idgias de penisamentas/senlimen- los, pode ter aprendido anenas a seguir a ligdo de outros llenciado de seu proprio pensar/senir, repetidor do pen. samenlo de outro, esse aprendiz tera de ser envolvido na rede daliinguagem da arte por ou: tes caminbos. E preciso abrir es Pago para que possa desvelar 0 que pensa, senteesabe, amplian do sia percepgao para uma com- preensao de mundo mais rien © significativa, Desveler/ampliar & propor desabios estéticos sic co- mo pogo magica, po de pirlin plmpim, na possivel experimen lagao Ididiea e eagnitiva, sensivel ealeliva do poetizar, do fruire de cnhecer arte, licerces da aprendizagem significativa em arte E coma gramétiea da lingua- gem da arte que se trobalha no fazer arlistico para abstrair dela uma forma expressiva que serd percebida como imagem sonora, estual ou visual, fornando pre sentes niossas préprias dias, Cada som, cada gesto, cada linha, massa e cor de uina pro ducao artistica nus apresentam uma qualidade sensorial que laz-vsiveis idéias de sentimen tos/pensamentos que paetizam o mundo. Ou, coma diz Merleau Ponty (1975: 360-1), sobre o que & indispensé~ vel na obra de arle: Que contents, methor que iddlas, matrizas do ‘dias, aue nos fornagam emblemas cujo sentiaa ‘go cesar’ jamais de se desenvolver, quo, pro- cisamente por nos instaiae em urn munca do qual fo tems achave, nos ensine vor enos propicis muse —__13] fenrim o pensamanto como nenhuma bra anaift- £8 0 pote fazer, pola qua a anally sé rovela no fbjalo o que nee ja esta. [..] Nada vorlamos se fa tivéczemos, om nossoe olhos, um mera de Ssurpreandir interrogate formar coniiguactes do ‘space ecor em nlmare Indefinido. Nada ariamas ‘do dicpusessumes, junto ao corpo, de algo {que, saliandie por sobre todas as vias misculares, fe rervosas, nos lava a um porto. Noss perspeotiva, uma aprendizagem em arte sé & sig nifleativa quandae objeto deconhecimentoea propriaarie, levandoo aprendiz a saber mangjar e conhecer 2 gramati- ca especies de cade linguegern que adquire corporalidade por meio de diferentes recursos, Ideniicas ¢ instrumentos que the sav peculiates eandros da linguagem musical A génese do pensamente musical se da quando a crian- (a ainda nem mesmo aprendeu a falar. ‘Avo da mo, com suas molodiase gous toques, € pura misica, 01 6 equilo aus dopois contieuare- ‘noe para sempre ouvir pa meses: uma lingungem ‘hide ee pereabe 0 horizonte de um sentido que ro tntanta nao 90 eer mina em signos ilndos, mas {que 30 iat como uma globalidade em pempetus re (uo, no-verbal,inradusivel, naa, 8 sue manele Transparonta, (Whew, 1989: 27>) © modo de ser da linguayem musical tem como maté- rias-primassons e silenciosarticuladosem pensamentosmu sleais, Assim, compor implica Imaginar, rlacionar e organi 132. = SIN REANLTE zat sons, cuvinde 6s internamente, Beethoven, por éxem: plo, contimiou compondo, mesmo apes a perda da audi 30, pols oparava com seu pensamento musics}, transcen dlendo a realidade fisia tla sera, Para experiencia e desenvalver se na linquagem mis! cal é necessario que 0 aprendiz envolva-se com: * A pratiea do pensamenta rnusical, imaginando, rela- clonande @ organizando — Intencional e expressiva mente —sonse-siléncios, no continue espsavo-lemp0. Para Issa, vai ulilizar malertais @ yecursos, fais camo: (05 pardmelzos do som (altura, duracao, intensida dee timbre) como ponte de partida para a trans formaga dos sons em Iinguager musical; 2 composicio, a improwisacao ea interpratacio co ‘mo motos para 9 desenvolvimento de tal prética, a voz, 6 corpo, 06 variatlos istruinentos umusicals ou abjetos sonoras. A estrutura da uguagem musical ¢ seus elementos constitutivos (sinais @ signes sonoros, modes, melo tins, ritmos, tonalldades, series), lando e preduzindo formas sonoras. + Osmodos de natacae e registro musical, integrando a eriacao de notacoes ao sistema We leilure e escrita tradicional, bem como aos codigos de notacaa musi- cal contemporanens + A pratica daescuta musical, entrandoem contatocom asdilerentas formas. éneros.e esbilos musieais, an lisondo e recunhecendo seus meds de estruitaragen organtzagso. A vivencia da experiéncia estetica na lingquagem must- cal pode se dar por melo da audicéo de gravacses, sendo bastante enriquecida quando hd possibildade de assistir a apresenlacdes musienis: grupos com formacoes diversas, que inlerpreiam diferentes wstilos, concerton de grandes lorquestras, corals, éperas ‘Conhecor e compreender a misiea come uma produ. «Bo cullural supie também a criagao de contextos signili- cativos para a conversa sobre os conceltas €a historia da Hnguagein musical — nas diferentes culluras, no deeorrer slo lempo — e sobre seus produtores — compositor, intér- rete (instrummentista ou canter), maeslt0, dise-jéquel, ete ‘muitos deles habitantes do universo da erlanga, Peln seu inode da sor, a linguagem teatral [az brotar nas. crlangas maiores aquela antija vensagao das brincadeiras de quando eram pequenas, 0 far-de-conta ' ALINGUA UE MuMoD, 133 — Mas vamos brincar de que? A, no se De qualquer coisa. Qualquer eoisa nao quer cizarnada. Quom tem ‘alums idgia? = Euttonho ~ disso um menino gordo, de ver tine Vamos fazer de conta que esta ruina & um navio dé vordiado, quenesantamos naveqande por mares des conhecidos, vivendo aventuras... Eu gou @ capita, vocéé 0 pilots @ voed um naturniste, un professor, ‘porque val ser uma expedions de nesquisas, enter deramn? E 05 aulfos #20 o8 marinhelros, os, meninas? © que vamos sar? — Marinhelras, Val ser urn navi do futur ‘Aidéia ora oxvolonte. Gomagaram a brinear ‘Ouvia-t0 0 barultio da Agua vatondo na proa. 0 navio de pesquisas. Argo balancava suavemente a vanigando polas ondas, «todo vaporyam ciraeaa no ma do Goral.(€vae, 1995:20) 7 © encantiamento do faz-de-conla vira teatio edeisa-se conduzir com um nove significado, isto é, representar com parceiros uma historia fieticia para outvos Desse modo, as eriangas maiores realizar um jogo que @ teatral, ot seja, hilum certo mada de jogay, de propor ou de organizar o jogo que passa a ser coletive cont inkentaa de represeniacas leatral snuinia-0€ aus Aino na. uma —___135 rand capo sag eo © ee a a Oe, ramos nessa linguagum, esse tem. momonto, como Gepetto, também fui tagado, no aac eeiaie Necrneee Tornar a erlanga parceira de jogo ‘eandros da linquagem visual sari proporcionar-lhe um contexto oF Pea Como expectador # eriangs poderd porcebur a lingua gem exceutand se» através da merlogte do educadar 3 Aaksar, Insindo, « constrigGo de seus sianos “Tomnr sensivel 9 cringe nos sign en lngusyem fear tral €tamberncriar contextos signfleativos para n carver si sobre caneaitos «fats ahinsria diftenta, bem como sobre aquieles que exercem 0 oficio teatral, etna ator 6 dramaterga, 0 distor, o eneenador, © cendgrafo, o fist rinistae fartos outras que mantém viva a enagla teatral Quando o pintor Cézanne dir"a polsagem se pensa em sm @ seu pensamerio © seu pensamenta cinielee ele he ae fara se pattagem — pensamento visual ical Fe Unscona ‘ Cézanne sonha com os olhos da mente, Visdes que se + Prattear pensanientocomose transmautam em formas, cores, lexluras, pela corporeldnde oxtseja, sereapazde agi de modo da inguagem visual arlistico-estético, numa siluacio de joao teatro, re presentando algo oualguém, diferentede si pciprio ‘movide pola imaginagay em ago, oaprendiz (ew ales) forma realidnde cénicao irreal, o munda imagindto, + Apreender a astvutura da linquagem teatral nos seus elementos constitutivos, lendo e produsinda a aga dramalica, 0 espaco eBniea, o personagem, @ rele de pale /platéia + Aluar na agao tmmprovisada utlizando se de diferen les recursos c@nicas— mésearas, figurinos, maquia: gem, ilurninagao, sons, objetos, elt, — ¢ textos de diferentes generas — dramaticos, narratives, post cos, jornalisticos, ate + Ressignificar o mundo ¢ as eoisas do munda poet zando-os através do imaginatlo dramatico. Perlence também a um contexto significative de ensi- nar/aprendet na linguagem do teatro a experiencia estét ca do crianga anle espelaculas teatrais. New sempre nos damos conta do quanto uma experiencia estétiea fica itr pregnada ein nds. Murray Louis nos preseniteia com sua mematia, a0 dizer (1992: 107): Desttiod te, Signe dre 136. © aprendiz também brinca com as linhas, lormias ¥ co res da linguagem visual, em produgses sonliadas tambam por artisias que nelas buscaram a liberdade e a ousadia. Ousadia de quer nem sabe que ousa tanto, Para que © aprandiz possa poetizat, ruir © conhecer © campo da lingayem visual, € necessiria que o professor possibile + Apréticado pensamento visual tornado visival, mate Nalizado, alravés da form e da materia, + A pesquisa ea letlura da estratura da lnquagem a sual eda arliculagio de seus elementos constitutivos: Ponto, linha, forma, cor, textura, dimenséo, mou mento, volume, luz, planes, expagas, equiltbrin, it mo, profundidade. + A experimentagao nios diferentes modes da lingua gem visual: pintura, desenho, gravura, escultura, mo elagem, caricatura, historias em quadrinhos, cola. gein, fologralia, cinema, instalacaa, video, 1eve, in formatica, + Omanuseio ¢ a selegao de materials, instrumentos, supories ¢ técnicas @ suas especilicidades como re- cursos expressivos, A linguagem visual tambéim pade ser revelada a crianiga através de umm sensfvel olhar pensante, Q olla ja vem car~ regado de referdncias pessoais ¢ cullurais; canhudo, ¢ pre iso instigar o aprendiz tambem para um olhae cal vez inais curiuso © mais sensivel as sutilezas, Asimples visto supde e expae um campo de aig: nificagb0a, ela, 9 elhar ~ necossitado, inquieto, in- uinidor ~, as daseja e procura, eequindo atrilha do Sentida. liar pana, € @ visio fea Intorrogaga (Gancoso, 1986: 349) Nuttiresteticamente o olhar @ aliments Io com muitas © diferentes imagens, provacando uma percepgau mais am pla da linguagem visual; alhar diferentes modos de resolver as questéies wstéticas, entyande em contato com os concer tos ea historia da producao nessa linquaaesn, A volocidade e superficialidade & qual o nosso alhar & exposto no colidiano pede, de certa forma, 0 aprendizedls de um alhiar em outro ritmo e profundiade. E ele conta mente ganhara muito se 0 contalo direto com a obra for possibililado. A dimensdo, o tamanha, a materialidade tra duzern oulra porcepyao que fears inareadn, vividamente nas memérias significativas Foi assiin que 0 jovein Basquial viu a Guerntea, de Pi ‘c2880, levado pelos olhos emocionados de sua mie. Assim Magus __137 tambem Picasso viu Veléz ‘quez 208 13 anos, em com: panhia de seu pal, também professor de desenho Comatambsm fotassin que Kandinsky (1991: 69), ao olhiar sobre © pasado, nos brinda com suas memarins cromaticas: As primsiras cores que me eausaram grande in rast foramo verde: cla Foeenaio deseiva, obran 0, 0 varmelhio-carmimn, © pretecoamarele-ocro. Ee fas lamarangas remontam meus Sanes. Viessasco- ‘as on diforanies abjatoe ‘que Moje nao viausliza tao laramente quanta as pro- pra cores, Conhecer os oficios do pintor, escultor, gravador, desenhista, projetists, caneas la, designer, videomakere tantos outros podera fazer par te das pracerosas conversas sobre arte com as erlancas. eandros da linguagem da danca Quando ainda era crlanca, a bailaring norte-amerivane Isadora Duncan (1878-1927) eomegou a dancar sozinha apresentando-se em casa para sua familia, Aos 6 anas, en sinava as criangas dos vizinhos a movimentarem os bragos {graclusamente, Dizia & sua mae que aquela era.a sua escola de danga, A pequens Isadore trans formou-se na grande profe- lisa da danga moderna. Pes- quisando. vaso e esculturas {gregas em livros e museus, @ presiando atengao as ima- gens des dangarinos, ela Lonstruiu @ sea ideal pessoal de danca: daugar descala de pernas nuas, Isadora fot ainda alem, quando afirmou ue “se a danga nao vier de lima emocae interior @ no cexprimiy urna idéio, nao tera sentido” Satta oe A linguagem da danca # um pensamento cinestésico, ou seja, um pensar um termos de movimento, que se exetuta come emogae fisica, Impulsionada pelas sensages musct lares ¢ articulagties do corpo. A aprendizagem da arte do movimento — a danga — exige que a crianga posse: + Proticar 0 pensamento cinestésice tornado presere por meio da agio corporal, poetizado pela criacio de movimentos expressives + Apcender a estrutura eo lunctonemente corporeal por eto de diferentes formas de lacamocto, deslocn mento e erientagae no espaco + Crlar, improvisando, movimentos expressivos a par- tirde diferentes formas corporais, enmo cutvar, esti car, torcer, balangar, sacuulit, respondende » pulse: 0es internas rilmicas, mudangas de tempo, ete + Registrara seqiiénciademovinientos dos em coreogralias simples, expressivos cria + Perceber © ler as solugdes expressivas encontradas pelo gripo para comunicar pelo movimento 2 sua Iéio de sentimento/pensamento, © acesso a espetaculos cle danga clissiea, moderna ou folclorica permitird a criancauma experiéncia eslétiea, além de proporcionar-Ihe a apreciagéo significativa da arte de movimento. A conversa sobre os conceites e a historia da danga na vida humana, sous intérpretes, seus g@iieros presentes nas varias culluras, ser um aspecto importante na ampliacso de releréncias sobre essa linguagem. entremear das linguagens da arte Embora as gramdtieas das diferentes languagens da arte tenham sido aqui abordadas separadamente, muitas veres elas si imbricadas em inventivas formas postieas que dao novas feigées a cada una delas. : Terra 1297 0 ‘comitatus (Cutis A instalagao, o videoclipe ea performance sao algunas das produgdes artisticas que combinam elementos do tea ro, danga, misica ¢ artes visuals, ‘A linguagem das artes eénicas ¢ tacida pela compasigad de diferentes linguagens enirelagadas em fungio de uma inteneao artisticu-estética, como a cenogralia, por exer: Io ® Os recurses tecnoldgicos 1m sido amplamente utiliza: dos no pesmisisa da linguagem da arte, propondo a erlacao {de novas forttas de espeléeulo ou rompendo com os supor tes tvadicionais, do mesmo mado que provoca novas for- mus esleticas de recepcio. cetizar, fruir e conhecer arte Pensendo sob lu? tedica de César Coll, o processo de ‘ensino-aprendizagem em arte Lamibém envolve agoes lin ERR a A.LINGUA.UD MUNOD. — om 141 5 do aprender/ensinar, como Seu foco principal esta na percepgaa/anslise no co- cbjetivesa serem aleancacos quanio & aprendizagem de fa nhecimenio da producao artistico-estética, no entanto 9 tos, conceltos, procedimentos, valores, atitudes & normas centro ndeesta na informacio dada, mas na capacidade de Deise dustin, vena Gh alribuir senlida, consiruir conceilos, amplislos pelas déias compartifhadas entre as pareeiros, com « professor e, s¢ foro cases, com ostedrleos que também se debrugaram sobre plicitas nas varias categoria + Aaprendizagein de fatos econceltos envalve: anal ser, inferprclar, conhecer, expliear deserever, com parar, zelacionar, identificar, situar (no tempo a0 eos ants, aftsta bu mitment espago}, reconhecer, classifica, recerdar,inferir, ge Oeducador é um madiador enlreartoe oaprendiz, pro necalieas tte movendio entre eles um encontra rien, insligante @ sensivel * Aaaprendizagem de pracedimentos envalve: cons Pats les nnnetan tur, stinbollzar, representar, ohservar, experiinen tar, elaborar, manojar, compar, confeceionar, ati zar, siuiulst, veeonstruir, planejar, ete + Aaprendizagem de otitudes, volores. aarmes envol ve: aprecias, valorar (positiva e negativamente), ser consciente de, estar sensihilizado a, senlir, aperce ber-sc, presiar atencao a, delettarse com, brincat com, prelertr, etc Essasagéesno ocorremde formavslatica quandoestainos + Escolher culdadosamente as obras, levandoem con sideraeao © contetido dos aprendizes © 0 contetido curricular, tendo elareza do Loco que sera abordad, E preciso culdar da apresentagao das obras, com boas reprodugses. Em relagio as artes visuats, eo: brir fexto’e Hhustragbes que desvier o olhar é uma baa estralégia + Desalter luituras com a mesma profundidade para os trabalhos de artisias e dos aprendizes + Promover o acasso a arlislas vivos, vontempora- eas, brasileitos, n3o s6 pintores, como também escullores, gravadores, masicos, compositores, bair vivenda o processo de ensinar-aprender em atte, pols 0 poe firar, 0 fruiro conlieeer entrar em jogo, vomadan as espe: Gifcidades dos conceltos, falos, procedimentos, atitudes, var lores e nomias propria das Inquajens arises Jarinos, atores. + Estar conscionte de que ner sempre‘altturada obra nutrigao estética precisa gerarrabalhios ue 3 foealizar, Fla pode am pliar relerdacias para outros rabalhios nu, seitide ianicinen ls, + Promover visitasaos muiseuse galerias, tea tas, salas de concerto, Sho atlvidades es peclalmente provocantes, quando 9 caré- ter de passelo ou visita 6 transformada em expediga0 — artistica, exploratéria, clen tifica — planejada anteriormente com os alunos Um livro, urna histéria, um conta hem eon: nda, um vile, uma montagem de expasicho com boa curadoria, urn ealalogo ou programa tle espetdeulo podem ser também mediadores Instigantes, Endo se pode esquecer das oscul- lurasnas pragass, os murals nos baitos, os aru pos de teatro amadot ‘4 modiagao como objeto ortistico tarnbémn 6 possivel para porladores de deficiéncias sen sonia, 14oloras ov com distitbios emocionals, como @ reslizatla no MAC/USP. E desofiante porque exige uma outra forma decentato, mas ‘A arte alimenta a prépria arte”, disse Picasso, que aos 419 unos viu pela primetia ver Velazquez. Imagens e eto Goes que 0 levaram a/uma série de frabalhos inuiios anos tals tarde, na sua série As Meninas, Velazquez [azia parte do contexte cultural de Picasso © se converteu em refer2ncia para sun compreensao, tanto da obra em si quanto da propria linquagern visal Hoje, madeles — sempre no plural — sao vistes come ampllagao de referCacias, pols permitem outras perspect vas, oulros medos de pensar e fazer. Quando sto multos diferentes e ate opostos ou coniraditérios, esses releven clas podein prowocar um rearranjo no pensar, nse s6 artis licamente Coma preocupagas de ampliar referencias, 0 eiueador precisa ler elareza sobre algunas questoes hasiens. Quais, Jnnagens ou obras visuais, sonoras, yestuals —(razer para 08 aprendizes? Quando mostra-las? Como? Por que? Os aprendizes também nso podem selecionar imagens auiobras que gostariam de corpartilhar? 0 objetivo maior de uma nutricéo wstélica é provocar leiluras que possam cesencadear um aprendizado de are ampliando a5 redes de siqnifiewgae do fruider nao pode ser negada eta ae © asiunio avalacdo ¢ extremamente polio « con lomporéneo, Pelavrascomnavalnedo, ule alin, pro cesse, prod, vlortotn, jlaamento, et. envolsemfes $085, sonhos, projelorde vila, anda, stds ees Cites de avaliogao nto surgem de nada. S30 fuios de ua socirade, de uma kleologn, de determinada visto dle mundo, de uma epoca ou pat: cada um tlletindo pr cas, Worlas ¢ cancepoes podagdglens diferente ‘Se principal objetivo das alas de are 69 produgao & leitura de feos visuals, sonorore gests, es bv que 2 avliacde dove prtirda, de como os aprendies se mph pram destos linjunyens + Sordqieesses alunos consegue consoguer, porexemplo, deco + Serf que conseyuem prods os seus propris si 108 para que oulro os intexprate? + Sento consoguem, por? Se conseyuem, qualzers 0 préxime desalio? one A avaliogdo tom de ser transparent, tanlo para eda art, tos patina, dlautndy egras eran, tela «larera ds pontos de partin© ponten de chee, ‘A avallngin acontece durante todo 6 desenvolvimento de experiia gristica lane no fine mesa ules niente no tna da, deatro ie ead ingungein especie, @ parte dos cart bos conceltvalsquesubsidiam orabalhe omarte Tals pom 162 4de chegada abo spenos alguns exemplendemita de dade de objeivorecontetdos ue podem ser selec: dos pelo professor, valiando a cria¢io/producao Oaprendiz produz rabalhosartisticos uliizande sua poe- tica pessoal para expressar @ coununicar imagens, idéias Pensamentos, sentisentos por moto da forma singular ds epresentacko estélica. O que ¢ coine produz? Tearno Exercita 0 pensamento “eames” sian eagin do como algutm algo alm de i prep? Como ule omparttha 6 tempo eo espage Cénie? Martins ato ramaticade personage? Planch eexeculacanatias liza ae aanIen cada uma das partes do corpo? Im. pensamento/sentimento?... ° , “ wuNn) —______143 Exercita o pensamento musical, simbolizando através desonse siléncios oseu sentir/pensar? Elabora e reproduz estruturas sitmieas, linhas melédieas? Canta? Compoe? Improvise? Constr} instrumentos @ 0s ulliza em suns cria- hes? Cria efelios sonoros voeais, inskrumentais e corpo rais? E capaz de etlar seu préprio sistema nolacional?. Danca Exercita 0 pensamento einestésiea, simbolizando seu sentir/pensar através do movimento corporal? Opera com 0 e6iligos dessa linguagem? Elabora movimentos expres sivos? Movimenta-se com naturalidade? Salta, gira, anda corre expressivamente? Uliliza os planes allo, médio, bat x0? Curva, estica, torce, balanca o corpo respondende a ? mprovisa meovimentos? Planoja cores pulsacdes rine grafias? Anres visuals Utiliza 9 pensamento visual, simbolizando seu sentir/ pensar através das diversas modalidades expressivas das artes visuais? Como expertmenta os codigos da linquagemn visual? Como organiza o espaco? Uliliza'se tanto do bidi mensional como da tridimensional? De que forma traba. Thaascores? Cria cores novas? Elabara novas lormas? Tex turas? Como ntiliza © material? Como representa 0 movi mento, a profundidade, a nerspectiva, a propargto, ade formagaa”, O aptendiz ul arte? E sensivel a ela? Como compreen de, interpret, rellele,eiten,analisa, recta, reinterpreta osu frabatha oo dos outros? Teatro Como éalleitura que faz da linguagem lealral? Esl4 eons- lente da agso no paleo, espayo-Lempo cénico, persona~ gens, conflilo dramatico? Apercebe-se de solugses expres sivas enconlradas pelo grupo para resolver problemnas de ressignilicagdo tematica através do imaginarie dramalico? Mentifica releituras, recriagoes? Distingue a expressao tea tral da cinematogralica ¢ televisive?, Mosica Como ouve @ analisa uma producéo musical? Percebe Fontes sonoras? 0 som, o silencio, 0 ruide? A diregio do som? E sensivel as qualidades do som (altura, intensidade, timbre e duracso)? Fao ritmo, & harmonia, a melodia? Iden 144 lifiea vowes, instrumentos? Esté conselenle das semelhan: gas dlferengas nas Internretacdes de uma mesma obra, de tam mesmo toma?. Dawea Faz a leitura das estruturas do movimento éorporal ex presslvo? Percebe a tensia, o relaxamenta, o lave, o pesa Wo, © forte, © frace? Esta consciente do movimento come algo significative? Apeicebe-se das solucoes expressivas ncontradas pelo grupo? Distingue diferentes formas de danya? E sensivel a diferentes inlerpretagoes? Auras visuans ‘Como faz a leilura e andlise da obra de arte visual? Esta consciente de seus elementos constitutivas (linia, ponto luz, forma, volume, espago, formas de composicaa}, ex suas varias modalidades (pintura, escultura, colagem, dese pho, gravuza, cinema, fotografia)? F.sensivel a questoes como profundidade, composiyao, ale. ? Ea analise internve tative? Percobe a multiplicidade do leituras que cada obra proporciona? Compreende as infinitas maneiras ee se sim bolizar uma mesma ideia?. 0 aprendiz.constrdi conceitos sobre arte? Relaciona & compara intengoes e valores nas nianifesiagaes aristicas 2 astaliees do pnissada eda atvnlidade, na sun prema cultura # na de outros povas? Em que nivel de profundidade? No teatro, na musica, ma danca, nas aries visuals, iden fifica aulores @ artistas de diferentes épocas, paises, 1novl ments, géneros nas diversas linguagens da arte? Situa as preocupagbes estéticas dos perfodos da lslérla da huma. nidade que foram trabalhados? Compreende e expliva camo asmanifestagies ariisticas, a historia ea cultura se Inlluen- ‘Gam mutuamente na produgao e devodilieagao de seus pro ulus? Conlivee as protissies artistas (0 masiea, maws- tro, compositor, ator, bailarin, artista plastica, escultor coreagrafo, estilista, dramaturgo, cinuasta, direlos. arava dor, arquilelo, caramista, etc)? ontos cardeais Na verdad, uma avaliagao ¢ uma buissola de excelente qualidade para o professor se orientar. Ela @ urn dhagndsti codos alunos, do professor edn assunto tratado, larnecen do um mapa clartssimo dos interesses e necessidades da turma. € ponto de chegada e de partida; ¢ meie, comeco, lime reintcio, AtiNoUA BU MUNDO 145 Por meio da avaliagso, também o professor saberd se pasisionar frente as siluagbes de aprendeagem que pla heja, revendo caminhosde sau projetos, alterando mete ttos, buscando novas alternatives, relorgando contetdes, seguindo em frente, relrocedendo ou mudando totalmen- leadire Mais que umn espaca fisico, a sala deauila @o lugar onde » professor ¢ seu grupo de eprendizes habitamm, pois im- primem nela as marcas do convivia da vida pedaqégiea, [Em verdade, toda salo de aulla¢ retrata de uma histéria pedagogica construida nun concepgae de educacao. A tada dia de aula, no encontro do professor ¢ alunos, o retrato da sala vat se esbocando, ‘A cenografia da sala de aula precisa se lornar acolhe dora, Assim como o artista prepara seu espaco, é preci so preparar o cendrio da sala para a aula de arte, Para isa, uma rolina de frabalho pode ajudar. Rotina cons truida com os aprendizes, coma melo de agilizar também 9 tempo. Mesas sem os cadernos das outras disciplinas, envosladas ou agrupadas, maleriais preparades anterior mente, podem estabelecer a marcada mudanca para outta ividade. ‘Mais Uo que quantidade de materisis, @ preciso olere- car ricas oporlunidades de aprendizagem. Para isso, @ pre cise selacionny meios acessivels 8 vealldade, Inventar pos sibililades para os materiais axistentes, inovar, ousar Havendo pussibilidadede usar uma sala espectfica para ‘ensino de arte — sala ambiente — iorna-se importante adequd-la para © trabalho com as diferentes linquagens artistiens Einteressante equa la, por exemplo, com han ceadas, mesas, eavaleies, praleluiras, araras (suporle para teabides), aparelho de som, gravador, radio, video, leve projetor, spats. Papéis, pinests, trinchas, lapis, canetas hidrograticas, tintas, gizde cera, goivas, lecidos, argila, cola, lesoura, oupas, acess6ri0s, maquiagem s30 alguns dos alementus {que podem compor a conjurito de materials que sero se ecignados para uso, E imprescindivel formar um acervo que possa alimen lar a produgao e leitura con: reprodugées de obras de ar tes visuais, rusivais (discos ou CDs, videos, instrumentos musieais, livros), para que 6 poetizar, frulre conhecer are possaia ser trabalhades. * 0 que poderiames ter nas parades de nossas salas de aula? __ENSINO DE ANTE + Porque nao anims-las com a marca da grupo, como que 03 aprendizes andam pesquisanido e pensanda? Com noticias de que ocorre no mundo da arte? Pensar 0 espago da aula & também ousar trazer vida, detxando visivel a maree do grupo que ali convive. Marcas ‘que nao podem se transformar em “arquivo fixo” que nin ‘quem mats percebe. Mas marcas que vio se lornando sig- nos do que vamos concretizando, Escurecer a sala, iluminar com pequenas lanternas ou velas pode ser um jogo de luz que se torna conleiide signi ficativo, na exploraggo das linquagens artisticas. Qu trazer lum grande pano, para vitar painel ou vento, ou grande ‘manto... Qu chegar com miisiea, muito suave ou agitada, Ea personagem do mestre que pode trazer para o espa 0 2 magia que acolhe a eriagio, mesmo que seja numa feia sala acinzentada, © censrio da aula do arte ne @ apenas a sala de aula, seie ela especifica para seu uso ou nfia, pois arte também um convite para sair de suas quatro paredes. Fxpedicoes exploratsrias pela escola e seus jardins, mesmo que sejam diminutos, ou pelos arredores, certamente abririo oportu nidades de olhar ¢ escular pelos olhos do pensamento, do senlimento, da pereepcse, da lmaginagso, Nao podemos tambem esquecer das possibilidados de expedicdes, especialmente organizadas para higares onde aarle esld mals vivamente presente, ou seja, museuls, gle- as, pragas, casas de espeldculo, instituigdes cullurais ‘Mesmo fas pequenas cidades ¢ possivel fazer uma ex- edigao a uma olaria, marcenaria, canhecer 0 trabalhio de algum grupo de leatro amador ou de misieas LEITURA complementar 1. [Sobre pensar, aprender, conhecer] Para pensar eispreriderlei-so 9 acnilire seeftar, om éartos mhomentos, que se wsld “perdido”, Ver-se nuina avalanche de dlividas, hipoteses ¢ ignerdincias, Penser envolve constiuir hipoteses insdlaquadaa “erradas* e ter que refazer, Ou Inverter outro percurso em busca da adoqueids "certo" PPare pensar 2 aprender ten-se qua porquntar. E pira perguntar & necessari atic espage de liberdade @ abertura para o priver @ sotrimento inerentes a todo proceso de construgae de conhacimento, ALMA oo KEN OY 147 A porgunia é um dos sintoras do saber, 86 porgunta quem sabe e quar apren der. Ninguém porgunta no vazio. Pergunla porque constata que, de que sabe, algo nao sabe @ sé 3 pargunta desvelaré o caminho possival a aor seguido, ‘© que nao cabo, quem sabo 6 e outro, © outro Gua, de.um outro lugar, aponta, rotrata ¢ aluentiso que nos falla. Toda pergunla se diriga a0 aulro, a0 grupo. A pperguna revels onvel da hipotese om que ge encontra vpensamentd ea consty, ‘580 do nove conhacimento, Revela lanbain aintansidade da chama do dove, de Curiosidads de vida, Para perguntar, pesquisay, conhecer, é necesséiio aprender a conviver cam & curiosidada, o deparar-se com 9 inusitado, a capacidaile de ascombrar-s, 060. Itentar-se com 0 caos criacoy, a ansiedace © 0 mecia do encontro cain nove. Para tanto, temos que educer ® linsioiicace © a imaginagaa, para traballar & Corgunizag80 #0 planelamenta, que sao ingrectientes basicos da dlscipiina, sein a qual nao 80 consiél conhaoimenta [.] Ansiecades, confundss a inaeguranga aio cnstitulivas da proceso de pensar aprender. Assimcome também o imaginar, ofantasiar #0 sonhar. Nao existe pen- ssamania exladr sam eases ingrediantes Educador enna # pensar Mas someate pensar no basa. Educador ensina a pensar9 a agir, segundo © quo a9 penea, onquant 6 faz. [1 Masndooxisteprocessodeaulonomia —liboriagio — som eriagie ¢ aprapda 20 do pensamanto, dos dasajos eos sontios da vida. € ulravos da refloxtia (no desenvalvimento de suas hipstoses) que o educador se apropria do sou pons, mento, no contale cam o pansarmento dog outros — iguais e toéricae, Para pensar, conhecer um objeto & necessérie recri-lo, reinventé-lo, Nesse processo acowem mudangas nao somente no objeto, mas também ne sujcite quo atua. (O proceso de aprencizagm & constitide por eases rnovimentos de mudlan- (62. Aprenciersigniica muda, transformar. Ensinar signa acompantar #instrumentalizarcom intervoncoss, davoluches @ encaminhementos esse processo de murlanga da aprepriagii do pensamento, dos dessjos e sorhas ce vida, Eclucador ensina, enquanto ensina aprende a pen ar frelhor) 8 conse 2aus sonhoa te vide irene; Madde e ali fhatreraentas mater ‘valagoe pane nl praia duty cm questao. ‘Shoal Padgatco, 1397 0 1-8) 2, [Avaliagdo: além do certo e do errado) Nap ha quem se} midis dagmatien do que uma erlanga de 8-01 7 anos que a resposta, Ela jé ast rofletindo @ acoltanco os padiGes do mundo qua 2 ‘orzo. Ela gatd pola. oles esto exrados! Paraco, a principio, impocatval orradicar 1s palavras dajulgamertio da seu vocabuléio. “Ele wstderrado!” dig urna, O que voce quer atzer por airado? "Elo nde foz coro." O que voo$ acha “certo”? *Agsiml” E a crianga poo-se a aemonstrar 0 eto certo de pular corda ou comer. Mas ese 0 Jaso quer fazerdio sou joo? “Ele ess aired." —_—— ciuaun-os ans ocd vivo Jomo comende a sua comida? "Vi." Eo (que esiava srvaco? “Ele comet muito daprosas.” Yeo’ quer dizer quo ela nae come como woos? “A onto tom de comer davagar "| ‘Quem ths alse Faso? *Minha mae." Fos bem, s0. sua mee quo que voce coma dv (ar, 860 6uma rograna sua casa. Tawar sejaciferente facesa do Joao, Voce vid quanta ele comeu? "Vi" Se @ protossor ins s-diferengas Individuats podem ser tinsimento facaitas 8-06 lermos “errado! e *carto" eubbstiluidos: por “Eunndo consequi vero que ole estava fazendo." “Ela ficou parada coma uma boneca, 6 temps todo. nao compartilheu a voz conosco.” sib0 tinham ‘Ere uma ver!" Ele 6a tornau plata,” Depois que o trabina no palen fol executado por um time de alunos, a avalia, ‘Gao 6 fata como se se tratasse de atores mals velhas: Pergunla-se a platéla de alunos: a concentragao fol ou nao completa? Eles soluclonaram 6 problamna? Eles estabelecoram o "bra uma vez"? ‘Quando os alunos-tores 80 cuidadosamente inquiridas, depoisde alqumtem- ppo.comegain 4 dlzer; “Eu atravoseoi um muro"; “Eu me tornel parte da piatela"; “Eu hao campartiied niaha voz". Eos aspécle de pergunlas & reaps tem male ‘maig valor para desenvolvimento da roalldade, coninecimenta pessoal epercencac {das erinigay cia quoas expressées subjalivas: “Flas astavam bone*, los oatavam aus’ © erro de sepensar que fa nos de oomportamantos prescritas aparaceu fr

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