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~ INDICE APOSTILA DIDATICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAGAO, CIENCIA E TECNOLOGIA DO PIAUI - IFPI CARGO: TECNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS LINGUA PORTUGUESA 1, Leitura, compreensao e interpretagao de textos: 1.1. Texto verbal @ nao verbal; 1.2. Texto em prosa e texto em verso 1.3. Modo de organizacio do discurso; 1.4. Mecanismos de coesdo textual, 1.5.Fatores de coeréncia textual 1.6 Pontuaco; 1.7. Discurso direto e indireto. 2. Morfologia: 2.1. Classe gramatical das palavras; 2.2. Flexo nominal e flexdo verbal; 2.3, Estrutura das palavras; 2.4, Processos de formacdo das palavras. 3. Sintaxe: 3.1. Frase, oracao, periodo; 3.2. Tipos de frases; 3.3. Fungées sintaticas; 3.4. Vozes verbais; 3.5. O valor sintatico-semantico das conjungbes; 3.6. Coordenagao e subordinacdo; 37. A ordem dos termos na oragdo; 3.8. Concordancia (verbal e nominal); 3.9. Regéncia (verbal e nominal). 4. Semantica: 4.1. Denotao&o e conotagao; 4.2. Significago das palavras. sindnimos, ant6nimos, homénimos, hipGnimos e hiperénimos; 4.3. Figuras de linguagem; 4.4. Ambiguidade e polissemia, 4.5. Inferéncia; 4.6. Fungdes da linguagem: 4.7. Variagao e adequacao linguistic, Administrador Ree 1. Lei n® 8.112, de 11 de dezembro de 1990 - Dispde sobre o regime juridico dos servidores piblicos civis da Unido, das aularquias e das fundages pablicas federais. 2. Lei n® 11.892, de 29 de dezembro de 2008. - Institui a Rede Federal de Educacéo Profissional. Cientifica e Tecnolégica, cria os Institutos Federais de Educacdo, Ciéncia e Tecnologia, e da outras providéncias. eee ad 1. Lei de Diretrizes e Bases da Educacdo LDB n.° 9.394/96 e atualizagdes. 2. Pressupostos tedricos, histéricos e legais da Educagdo Profissional, 3. Organizacdo e planejamento do trabalho pedagdgico: planejamento, planos e projetos educativos, disciplinaridade, interdisciplinaridade © multidisciplinaridade. 4. A organizagao do trabalho pedagogico na la de aula em interface com a escola e a sociedade. 5. Didatica e tecnologias da informago. 6. Uso das tecnologias, da informagéo e da comunicacae no trabalho pedagégico. 7. Politicas pdblicas inclusivas de educagao: relacdo de género © educagao, portadores de necessidades especiais, etnias. 8. Trabalho e educagao: formago profissional e tecnoldgica. 9. Tendéncias pedagdgicas em educacdo; abordagens do proceso de ensino e aprendizagem: concepsbes de curricula, organizago curricular no ensino médio e na educacdo profissional. 10. Estudos culturais. 11. Projeto Politico-pedagégico (metodologia de elaboracdo, implementagao, acompanhamento e avaliagdo do projeto politico: pedagégico). 12. Formacdo docente. 13, Plano de desenvolvimento institucional, 14. AvaliagZo institucional e avaliacao da aprendizagem. 15. Critérios de avaliag&o. 16. Instrumentos de avaliacdo. 17. Desenvolvimento interpessoal, comportamento grupal e intergrupal, lideranca. 18. Leitura e interpretag4o de indicadores sdcio educacionais & econdmicos. 19. Gestao de conflitos. 20. Inteligéncia emacional. LINGUA PORTUGUESA 4, LEITURA, COMPREENSAO E INTERPRETAGAO DE TEXTOS: 1.1. TEXTO VERBAL E NAO VERBAL; 1.2. TEXTO EM PROSA E TEXTO EM VERSO; 1.3. MODO DE ORGANIZAGAO DO DISCURSO; Dicas para analisar, compreender e interpretar textos E comum encontrarmos alunos se quelxando de que no sabem interpretar textos. Muitos tm aversao 2 exercicios sa categoria. Acham monétono, sem graca, e outras vezes dizem: cada um tem o seu proprio entendimento do texto ou ‘cada um interpreta a sua maneira. No texto iterdrio, esse idela tem algum fundamerto, tendo em vista a linguagem conotatva, (os simbolos crlados, mas em texto ndouiterario isso € um equivace, Diante desse problema, seguem algumas dicas para voc® analisar, compreender e interpretar com mais proficiéncia. 1 - Grie 0 habito da feitura e © gosto por ela Quando nos passamos @ gostar de algo, compreendemos melnor seu funcionamento, Nesse caso, as palavras tomam-se familiares a nos mesmes. No se deixe levar pela falsa impressao de que ler do faz diferenca, Também ndo se intimide caso alguém diga que voce Ié porcaria, Lela tude que tenha vontade, pois com 0 tempo vocd se tomara mais seleto © perceberd que algumas leituras foram superfcials ©, as vezes, até ridiculas, Porém elas foram 0 ponto de partida @ 0 estimulo para se chegar a uma feitura mais refinada. Existe tempo para cada tempo de nossas vidas. N&o fique chateado com comentarios desagradéveis, 2° - Seja curioso, investigue as palavras que circulam em seu 3° - Aumente seu vocabulério e sua culture, Além da leitura, um ‘bom exercicio para ampliar o léxico 6 fazer palavras cruzadas. 4° - Faga exercicios de sinénimos e ant6nimos. 5° - Leia verdadeiramente. Somos um Pals de poucas leituras Veja 0 que diz a teportagem, a seguir, sobre os estudantes brasileiros. Dados do Programa Intemacional de Avaliacao de Alunos (Pisa) revelam que, entre os 32 paises submetidos ao exame para medir a capacidade de leitura dos alunos, o Brasil € © plor da turma_ A julgar pelos resuitados do Pisa, divulgados no dia 5 de dazembro, em Brasilia, os estudantes brasileiros pouco| tentendem do que Iéem. O Brasil ficou em uftmo lugar, numa pesquisa que envolveu 32 paises @ avaliou, sobretudo, 2 compreensio de textos. No Brasil, as provas foram aplicadas ‘em 4.8 mil alunos, da 7a série ao 2° ano do Ensino Médio. 6°- Leia algumas vezes 0 texto, pois a primeira mpressio pode ser false, E preciso paciéncia para ler outras vezes. Antes de responder as questbes, retorne ao texto para sanar as dividas 7° Atengao ao que se pede. As vezes a interpretacdo esta voltada a uma linha do texto e por isso voc8 deve voltar ao paragrafo para localizar o que se afima, Outras vezes, 2 questi esta voltada a idéia geral do texto, 8° - Fique atento a leturas de texto de todas as areas do conhecimento, porque algumas perguntas extrepolam a0 que festa escrito. Veja um exemplo disso: Texto: Pode dizer-se que a presenca do negro representou sempre fator obrigatério no desenvolvimento dos latilindios coloniais, Os antigos moradores da terra foram, eventuaimente prestimosos colaboradores da indistria extrativa, na caca, na pesca, em determinados offcios mecénicos ¢ na criagto do {gado. Dificirmente se acomodavam, porém, ao trabalho acurado @ metédico que exige a exploracao dos canaviais. Sua tendéncia esponténea era para as atividades menos sedentérias | © que pudessein exercer-se sem reguiaridade forgada © sem vigléncia e fscalizagao de estranhos (Sergio Buarque de Holanda, in Reizes) ~infere-se do texto que 0s artigos moradores da tera eram a) 0s portugueses ) 0s negros. ¢) 0s indios €) tanto os indios quanto aos negres. ¢) 2 miscigenacdo de portugueses e indios. (Aquino, Renato. interpetacdo de textos, 2° edieéo. Rio de saneiro: Impetus, 2003 ) Resposta. Letra C. Apesar do autor ndo ter ctado o nome dos indios, ¢ possivel concur pelas caracteristicas apresentadas no texto. Essa resposta exige conhecimento que extrapola o texto 8 - Tome cuidado com as virgulas. Veja por exempio 2 diterenca de sentido nas frases @ segut 2) So, 0 Diego da M110 fez c trabalto de antes 5) S6'6 Diego da M10 fez ctrabalno de artes €)Os alunos desicados passaram no vestibule 4) 0s alunos, decicatos, passaram no vestibular @) Marco, canta Gargom, ce Reginaldo Rossi f) Marco canta Garcom, de Reginaldo Rossi Expiicagbes 2) Diogo fez sozinho o trabalho de artes b) Apenas o Diego fez o trabalho de artes «) Havia, nese caso, alunos dedicados © ndo-dedicatos passaram no vestibular, somerte, os que se dedicaram Festringindo o grupo de alunos 4) Nesse outro caso, todos os alunos eram dedicados ©) MareBo & chamado para cantar {) Marcao pratica a acto de cantar 10°- Leia techo e analisea afirmagéo que fo fetta sobre ele Sempre. fez parte do desatio do mayistério administar adolescente com horénios em ebuligéo © com 0 desejo natural da idade de desatiar as regres. A diferenca & que, hoje, em muitos casos, a relagdo comercial entre 2 escola © 08 pais se sobrepbe @ autoridade do professor" (VEVA, p. 63, 11 mao 2005.) Texto UM! PLANO PERFEITO = Seu desgracado! O que vecé foi fazer? A Isa teve zero! “Teve zero! Nao diga! = Como € que vocé foi me aprontar esse” Ful falar com a Isa € level uma bofetada, na frente de toda a turma. Foi a maior vergonha Agora eu vou ser de mudar de escola! A minhe Fepvtacdo esta arrasada! Us vem voo8 com essa tal de reputaco! = Eu tive oto. Como é que alsa teve 2210? | = Vai ver ela nao entendeu a cota Cachorro! Voce passou cola errada pra ela! Sb pra acabar | comige! Sabe, Vinicius? Eu estava mesmo a fim de fazer 0 que vooé me pedi. S6 que eu ndo conhecia a fsa dirito. Foi chegar i ver aquela gatiha.. Depois. sentar tras dela. Aqucle perfume, aquele cabelo soto, ela passando os dedinhos pelos abelos, pensando... ai eu ro resist = Gachorrdo! Irmo desnaturado! Voce entrou na da is =E acho que entrei mesmo... De cabera | = Mas se vocé entrou na dela, por que foi passar cola errada? Esta fora de logica literdnia de novo. Se yooe entrou nesse “amor de perdi¢do', devia 6torajudado! = Pensei nisso, Vinicius. Pensel bastante. Mas, se eu tivesse ajudado a isa, al sim 6 que eu ndo tera Jato de ganhar a garota Voce se esquece que, nacuele momento, eu era vocé? Se eu tvesse feito ela tira oto, do jete que eu fz voce thar, ela ficaria agradecida a vocé, ndo a rim = Cachorrbo! Cachorréo e buro. E 0 que vocé ganhou fazendo | ela tirar zero e arrasando @ minha reputagdo na frente de todo mundo? LINGUA PORTUGUESA = © meu plano foi perfeto, Vinicius. A Isa ficou definitivamente furiosa com voc8. Depois da bofetada, eu fui encontré-ia e ela estava chorando de raiva, Dai bastou consolé ~ la, enxugar as, lagrminhas dela no meu ombro e prometer ajudé-le @ estudar rmatematica, Com um professor como eu, ela ndo vai ficar de recuperacao. Pode crer. = Canalhal irmao ou no, vou quebrar a sua cara! Nao vai ndo. Nao vou? Por qué? = Porque 0 conto jé acabou INTERPRETACAO 1. Por que Vinicius ficou furioso com seu irmso? 2 Alem de perder 2 namorada, Vinicius acha que a sua reputacdo esta arrasada. Por que? 3. Por que 0 plano do irmao de Vinicius foi perfeto? 4. Por que, mesma tirando zero na prove, !sa no vai ficar de recuperagao em Matematica? 5 Observe trecho Voce se esquece que, naquele momento, eu era voce"? A que momento 0 autor se refere? Como vocé consideraria a atitude do irméo de Vinicius? a) Inteligente b) Astuta ©) Desleal 4) Romantica Justifque seu ponto de vista RESPOSTAS + Porque ele passou cola errada a sua namorada Isa, que tirou zero na prova de Matematica 2. Porque Isa the deu uma bofetada na frente da turma. 3. Porque Isa ficou furiosa com Vinicius e seu imo aproveitou ‘2 oportunidade para consolé —la 4. Porque 0 lmao de Vinicius prometeu ajuda ~ le a estudar Matematica 5. Ahora da prova de matematica 6. resposta pessoal Elementos que comprometem a clareza textual Aeescrita requer certas habilidades - conquistadas gradativamente “Torna-se relevante salientar que a escrita, consoante & concepgao de muitos, € aigo repudiavel em virude de sua ‘complexidade. Tal estigma relaciona-se a fatores distintos, desde a relagdo arraigada nas bases familiares até a conduta ‘efetivada na educacao formal ‘Atendendo ao propasto de sermos mais precisos no que se refete @ afirmativa em evidéncia, a desenvoltura quanto & aptidéo para 2 escrita ocorre de forma gradativa, Para isto, influéneias externas, tais como, incentivo, convivéncia pautada pelo emprego de um bom vocabulario, dentre outros, so fatores ue incidem diretamente no perfl de um bom escrtor. Neste interim, a figura do professor de RedagSo também ocupa lugar de destaque mediante a eficdcia de procedimentos ‘metodologicos que visem ao despertar do interesse pelo ato de Fedigit. Dentre os subsidios dos quais ele devera usufrur € texatamente o estimulo no que tange a leitura, mola-mestra diante da aquisigdo do conhecimento lingufstico, bem como do ‘conhecimente de mundo frente @ realidade social circundante. Enfatizados todos os fatores que corroboram para 2 aquisicso da referida competéncia, € chegado o momento de elencarmos ossos argumentos, organizando-os por meio de nossas ideias ®, inaimente, transpé-las para o papel, uma vez que esas precisam estar claras, coerentes e coesas. Mas nao sem antes Zanalisarmos alguns aspectos que, de forma negativa, podem ‘comprometer 0 nosso discutso, aos quais devemos nos atentar constantemente. Dentre esses, destacamos. * Coesio e coeréncia ~ ambas de extrema importancia na “arquitetura textual’, Ao nos referitmos a coeséo, relacionamo-ia & harmoniosa distribuigdo das ideias contidas nos paragrafos, as, {quais se apresentam interligadas de forma precisa, de modo 2 evitar repeticdes de termos, ato que inferioriza a estética textual, Mas de que forma podemos evitar tal ocorréncia? Neste caso, recorremo-nos 20 uso dos pronomes, advérbios Conjungbes. Como nos demonstra o exemplo a seguir “Na época, nao conseguimos desvendar os mistérios que ‘compunham o caso dos jovens condenados.Entretanto, a Justiga se mostrou falha a9 n3o realizar uma investigagao, ‘mais efetiva acerca da conduta destes jovens.” Percebemos que os termas em evidéncia se referem a outros, citedos anteriormente, instaurando dessa forma, uma perfeita ligagao entre os elementos discursivos, Accoeréncia diz respeito a logica interna do texto, na qual as, ideias dever de forma inegavel, fazer sentido para que o leitor as assimile de forma plausivel, * Redundéncia - Trata-se da repetigo desnecessaria de termos, que de certa forma interferem na clareza da mensagem Observers: “Um dos candidates apresentou seus projetos parao futuro, e um deles era a c'iacao de novosempregos ‘enquanto estivesse a frente da Prefeitura Municipal,” Notamos que as expressdes om grifo retomam a ideia anterior de modo desnecessario, ura vez que, por inferéncias, a mesma | fol detectada pelo letor. * Ambiguidade ~ Confere um duplo sentido ao discurso presentado, Podemos corfer-fa por meio do seguinte excerto’ arlos pegou © énibus correndo”. Mediante tal enunciado 1o identiicamos se quem estava correndo era Carlos ou era 0 6nibus. Reformulando-a, teriamos: ‘Carlos pegou o Gnibus, o qual estava em alta velocidade.” * co - Consiste no emprego de termos que “sonoramente’ apresentam caracteristicas idénticas “Atualmente, as pessoas geralmente so influenciadas pelos meios de comunicecao de forma contundente”. Soaria melhor se a0 invés dos referidos termos, utilzassemos ‘Atualmente, as pessoas, de um modo geral e de forma fetiva, sio influenciadas pelos meios de comunicagio.” Diante do exposto, resta-nos ainda ressattar sobre uma caracteristica peculiar @ escrita, ov Seja, 0 padrao formal aseado nos parémetros gramaticais, isentando-se de todo e qualquer traco de coloquiaismo, como, por exemplo, 0 atributo & chavoes, e, Sobretudo, giias, Tipologia Textual 4, Narragao_ Modalidade em que se conta um fato, ficticio ou néo, que ‘ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Refere-se a objetos do mundo real Hé uma Felagdo de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante ¢ 0 passado. Estamos cercados de narragdes desde as que nos contam historias infantis até as piadas do cotidiano, E 0 tipo predominante nos géneros: conto, fabul, crénica, romance, novela, depoimento, piada, relato, otc 2. Descrigao Um texto @m que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto, A classe de palavras mais, utiizada nessa produpdo € 0 adjetivo, pela sua fungSo caracterizadora. Numa abordagem mais abstrata, pode- ‘se até descrever sensag6es ou sentimentos. Nao ha relagao de LINGUA PORTUGUESA antorioridade & posteriridade, Signifca “rir” com palavras 2 imagem do objeto descrto. E fazer ume descrigdo minuciosa do Gpjeto ou da personagem a que o texto se Pega. E um tipo textual que se agrega fecimente aos outros tpos em diversos géreras’textuais Tem predominénca em géneros como Gardapo, foie turistiea, ninco cassificado, etc 3: Dissertacio Dissertar €'9 mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele Dependendo do objetivo co autor, pode ter caréter expostve ou argumentatvo 3.1 Dissertagao-Exposica0 presenta um saber j4 construido @ legtimago, ou um saber teoreo Apresenta informacées sobre assuntos, oxpte, refit texplica e avala ideias de modo objetvo, O texto expostivo apenas expbe deias sobre um determinaco assurto. A intencéo 2 infommar, esclarecer. EX aula, resumo, textos cientiicos, fenciciopedia textos expositvos de revstas e jomals, etc 311 Dissertacao-Argumentacao Um texto sisseratvo-rgumentativo faz 2 detesa de ideias ou tm ponto de vista do autor O texto, além de explcar. também persuade 0 interlocutor objetwando. convencé-o de algo Earectorze-so pola progressao logica de ideias Geralmente tiitzalinguagem denotativa E tipo predeminante em. sermé, snsalo,monograta, dissertagdo,tese, ensaio, manfesto, rica esitorat de jorhais ° revistas 4, Dialogal / Conversacional Caracteriza-se pelo dialogo entre os interiocutores. E 0 tipo predominante nos generos: entrevista, conversa telefonica, chat, ete, 5. Injungaoinstrucional Indica como realizar uma ago. Utilize Iinguagem objetiva & simples. Os verbos so, na sua maioria, empregados no modo imperative, porém nota-se também o uso do infnitvo ¢ 0 uso do futuro do presente do modo indicative. Ex: ordens; pedidos, stipica; desejo, manuais e instrugSes para montagem ou uso de ‘aparelhos e instrumentos; textos com regras de comportamento, textos de orientagao (ex recomendagées de trénsito), recetas, cartées com votes e desejas (de natal, aniversario, etc) 6. Predicao. Caracterizado por predizer algo ou levar 0 interlocutor a crer em alguma caise, 2 qual ainda estar por ocorter. € 0 tipo predorinante nos génetos: previsdes astrolégicas, previsbes mateorolégicas, previsbes escatolégicas/apocaliptcas. Géneros textuais, (Os Generos textuais sto as estruturas com que se compdem os textos, sejam eles orais ou escritos Essas estruturas sao socialmente reconhecias, pois se mantém sempre muito parecidas, com caracteristicas comuns, procuram atingir Inteng6es comunicativas semelhantes e ocorrem em situagées, ‘especifieas. Pode-se dizer que se tratam das variadas formas de linguagem que crculam em nossa sociedade, sejam eles formals ou informais. Cada género textual tem seu estilo préprio, podendo entéo, ser identificado ¢ diferenciado dos demais através de suas caracteristicas. Exemplos: Carta: quando se trata de "carta aberta’ ou "carta ao leitor’ tende a ser do. tipodissertativo-argumentativo com uma linguagem formal, er que se escreve a sociedade ou a leitores Quando se tata de ‘carta pessoal’, a presenca de aspectosnerrativos ou descritivos e uma linguagem pessoal € ‘mais comum. Propaganda ¢ um género textual dissertativo-expositivo onde hha 2 0 intuto de propagar informagdes sobre algo, buscando sempre atingir e influenciar o leitor apresentando, na maioria das vezes, mensagens que despertam as emocdes e a sensibilidade do mesmo Bula de remédio: é um género textual descritivo, dissertativo- ‘expositive e injuntive que tem por obrigacSo fornecer as informagbes necessarias para o correto uso do medicamento, Receita: & um género textual descritivo e injuntivo que tem por ‘objetivo informar a formula para preparar tal comida descrevendo os Ingredientes @ 0 preparo destes, além disso, ‘com verbos no imperativo, dado o sentido de ordem, para que o letor —siga_—=—scovretamente = aas_——_instrugdes. Tutorial ¢ um género injuntivo que consiste num guia que tem por finalidade explicar ao leitor, passo 2 passo e de manera simplificada, como fazer algo. Editorial. ¢ um género textual dissertativo-argumentativo que fexpressa 0 posicionamente da empresa sobre determinado ‘assunto, sem a obrigacao de presenca da objetividade. Noticia: podemos perfettamente identifcer caracteristicas narrativas, 0 fato ocorrido que se deu em um determinado momento e err um determinado lugar, envolvendo determinadas personagens, Caracteristicas do lugar, bern como dos personagens — envolvidos so, rmuitas—vezes, minuciosamente descrtos. em: é um género_ textual jomalistico de Caréter dissertativo-expositiso. A reportagem tem, por objetivo informar e levar os fatos a9 leitor de uma maneira clara, com linguagem direta Entrevista é um género textual fundamentalmente dialogal, representado pela conversacao de duas ou mais pessoas, o entrevistador e o{s) entrevistado(s), ppara obter informagbes sotre ou do entrevistado, ou de algum outro. assunto. Geraimente envolve | também ‘aspectos dissertativo-expostivos, especialmente quando se trata de entrevista a imprensa ou entrevista jomalistica. Mas ode também envolver aspectosnarrativos, como na entrevista de emprego, ou aspects descritivos, como na entrevista médica Histéria em quadrinhos: é um género narrative que consiste em enredos contados em pequenos quadros através de didlogos diretos entre seus personagens, gerando uma especie de conversagao Charge: é um género textual narrativo onde se faz uma espécie de ilustragéo cémica, através de caricaturas, com 0 objetivo de realizar uma séti, critca ou comentario sobre algum acontecimento atual, em sua grande _—_maioria. Poema trabalho elaborado e estruturado em versos. Além dos versos, pode ser estruturado em estrofes. Rimas e meétrica também podem fazer parte de sua composigao. Pode ou nao ser poético, Dependendo de sua estrutura, pode receber classificagdes especificas, como haicai, soneto, epopeia, poema figurado, dramatico, ete. Em geral, @ presenca de aspectos narratives e descitivos S80 mais frequentes neste género. Poesia é 0 contedo capaz de transmtir emogdes por meio de uma Inguagem,, ou seja, tudo © que toca e comove pode ser considerads como poético (alé mesmo uma pega ou um filme podem ser assim considerados). Um subgénero é a prose poética, marcada pela tipolagia dialogal Géneros literdrios: ‘Género Narrat Na Antiguidade Classica, os padrBes titerarios reconhecidos ‘eram apenas 0 épico, 0 ico @ 0 dramético. Com 0 passar dos: ‘anos, 0 género épico passou a ser considerado apenas uma Variante do género literério narrativo, devido ao surgimento de concepedes de prosa com caracteristicas diferentes: 0 romance, a novela, 0 conto, @ crBrica, a fabula. Porém, praticamente todas as obras narrativas possuem elementos estruturais e esiillsticos em comum e cevem responder a questionamentos, ‘come: quem? 0 que? qvando? onde? por qué? Vejamos 2 seguir Epico (ou Epopeia): os textos épicos so geralmente longos © rarram histérias de um povo ou de uma nagdo, envolvem aventuras, querras, viagers, gestos heroicos, etc. Normalmente apresentam um tom de exaltagdo, isto 6, de valorzagdo de seus LINGUA PORTUGUESA herdis e seus feitos, Dois exernplos so Os Lusiadas, de Luis de Camées, e Odisseia, de Homero Romance: é um texto completo, com tempo, espago @ ersonagens bem definidos ede carter mais verossimi Também conta as faganhas de um her6i, mas principaimente uma histova de amor vivide por ele ¢ uma mulher, mutas vezes, “probida’ para ele. Apeser dos abstéculos que 0 separam, 0 casal vive sua paixéo proitida fisica, adiltera, pecaminosa e, por isso, costuma ser punido no final. E 0 tipo de narrativa mais comum na Idade Média. Exc Tristdo ¢ Isolda Novela: € um tedo caracterizado por ser intermediario entre @ iongevidade do romance e a Drevidade do conto. Como ‘exempios de novelas, podem ser ctadas as obras O Allenista, de Machado de Assis, eA Metamorfose, de Katka Conto: ¢ um texto narrative breve, e de ficgao, geralmente em prosa, que conta situagdes rotneiras, anedotas © até folclores iniciaimente, fazta parte da literatura oral. Boccacio foo primelro 2 reproduziio de forma eserta com a publcagao de Decameréo Diversos tipos do géneto textual conto surgiram na tipologia textual narfativa. conto de fadas, que envoive personagens do mundo da fantasia, contos de aventura, que envolvem personagens em um contexto mais proximo da realidade; contos foleiricos (conto popular), contos de terror ou assombracao, que se desenrolam em um contexto sombrio e objetam causar miedo. no expectador, contos de mistéro, que envolvem 0 suspense e a solugio de um mistéro. Fabula: é um texto de caréter fantastico que busca ser lnverossimi As personagens principais so nao humanos e @ finaldade ¢ transmit alguma lio de mora Cronica: é uma narcativa informal, breve, ligada vida fcotidiana, com inguagem cologuial Pode ter um tom hhumoristico ou um toque de critica indreta, especialmente, quando aparece em secdo ou atigo de joral, revistas programas da Vv Cronica narrativo-descritiva, Apresenta alternéncia entre os momentos nerraivos e manifestos descrtivos. Ensaio: é um texto iterério breve, situado entre 0 poétco ¢ 0 aidalico, expondo idelas, citicas e refiexBes moras ¢ flosoficas a respeito de certo tema. E menos formal e mais flexivel que ttatado. Consiste também na defesa de um ponto de vista pessoal € subjetivo sobre um tema (humanistico, flosético, Politico, social, cultural, moral, comportamental, ete), sem que se paute em formalidades como documentos ou provas fempiricas ou dedutivas de cardter cienifico, Exemplo: Ensaio sobre a cegueira, de José Saramago e Ensaio sobre 2 tolerancia, de John Locke Genero Dramatico: Trata-se do texto escrito para ser encenado no teatro. Nesse tipo de texto, no ha um nerrador contando a historia. Ela “acontece’ no palco, ou seja, € representada por atores, que assumem os papéis das personagens nas cenas Tragédia: é a representacdo de um fato tragico, suscetivel de provocar compaixao e terror. Avstoteles afimava que a tragédia fra "uma representacéo duma ago grave, de alguma extens&o @ completa, em linguagem figurada, com alores agindo, n&o narrando, inspirando 6 e terror’. Ex Romeu e vuleta, de Shakespeare Farsa:é uma pequena peca teatral, de carater ridiculo Gaticatural, que criica a sociedade e seus costumes: baseia-se ‘no lema latino ridendo castigat mores (rindo, castigam-se os costumes) A farsa consiste no exagero do cémico, gracas 30 femprego de processos grosseiros, como 0 absurdo, as incongruencias, 0s equivoces, os enganos, @ caricature, 0 humor primario, as stuacdes rdiculas ‘Gomédia: ¢ a fepresentacéo de um fato inspirado na vida e no Sentimento comum, de riso faci. Sua oxigem groga estétgada 2s festas populares. ‘Tragicomédia: modalidade em que se misturam elementos ‘régicos e cémicos. Originaimente, significava a mistura do real com 0 imaginario. Poesia de corde: texto tpicamente brasileiro. em que se retrata, com forte apelo linguistico © cultural nordestinos, fatos diversos da sociedade e da realidade vivida por este povo. Género Litico: E certo tipo de texto no qual um eu irico (a voz que fala no oema e que nem sempre corresponde & do autor) exprime suas emogoes, ideias e impressées em face do mundo exterior Normaimente os pronomes ¢ os verbos estéo em 1 pessoa & 1 0 predominio da fun¢&o emetiva da linauagem. Elegia: é um texto de exaltagdo @ morte de alguém, sendo que 22 marie ¢ elevada como o ponto maximo do texto. O emissor expressa tristeza, saudade, cidme, decepgao, desejo de morte, E um poema meiancélico. Um bom exemplo & 2 peca Roan € yufa, de william shakespeare Epitalamia: ¢ um texto relativo @s noites nupciaisfiricas, ov seja, noites roménticas com poemas ¢ cantigas. Um bom exemplo de epitaldmia é a pecaRomeu e Julieta nas noites upeiais ‘Ode (ou hino): & 0 poems lirica em que o emissor faz ume homenagem 4 patria (e 203 seus simbolos), as divindades, mulher emada, cu @ alguém ou algo importante para ele, © hino 6 uma ode com acompanhamento musical {dilio (ou écloga): é o poema Iico em que o emissor expressa uma homenagem & natureza, s_belezas e as riquezas que ela da 20 homem. E 0 poema bucélico, ou seja, que express o desejo de destrutar de tals belezas e riquezas ao lado da amada (pastora), que enriquece alada mais 2 paisagem, espaco ideal ara a paxdo. A écloga é um idlio com didiogos (rmuito raral ‘Sétira:€ © poema lirico em que o emissor faz uma critica a alguém ou a algo, em tom sério au irénico. ‘Aealanto: ou cangao de ninar, ‘Acréstico: (akros = extremidade; stikos = linha), composi¢a0 Tiriea na qual as letras iniciais de cada verso formam uma palavra ou frase Balada: uma das mais primitivas manifestagbes potticas, so cantigas de amigo (elegias) com ritmo caracteristico © refrao vocal que se destinam a danca, Cangdo (ou _Cantigs, Trova): poeme oral com acompanhiamento musical, Gazal (ou Gazel). poesia amorosa dos persas e rabes, odes do oriente medio Haleal: expressao japonesa que significa “versos cbmicos (=sétira). E 0 poema japonés formado de trés versos que somam 17 silabas assim distriuldas: 1° verso= § sllabas, 2° verso = 7 silabas, 3° verso § silabas, Soneto. é um texto em poesia com 14 versos, dvidido em dois quartetos e dois tercetos, com rima geraimente em a-ba-b a-b-b. acdeded llancete: so 2s cantiges de autoria dos poetas vildes (Cantigas de escamio e de maldizer), satiricas, portanto Linguagem Verbal e Linguagem Nao-Verbal (© que é linguagem? £ 0 uso da lingua come forma de expresso © comunicagdo entre as pessoas. Agora, a linguagem no € somente um conjunte de palavras faladas ou esertas, ‘mas também de gestos e imagens. Afinal, no nos comunicamos apenas pela fala ou escrita, ndo é verdade? Ento, a linguagem pode ser verbalizada, ¢ daf vem a analogia 420 verbo. Vocé jé tentou se pronunciar sem utilizar 0 verbo? Se do, tente, e vera que é impossivel se ter algo fundamentado ¢ ‘coerente! Assim, a inguagem verbal 6 que se utiliza de palavras, quando se fala ou quando se escreve, A linguagem pode ser nao verbal, 20 contrarlo da verbal, nao LINGUA PORTUGUESA ‘se utliza do vocabulo, das palavras para se comunicar. O objetivo, neste caso, ndo 6 de expor verbalmente o que se quer dizer ou 0 que se esté pensando, mas se utlizar de outros ‘meies comunicativos, como: placas, figuras, gestos, objetos, cores, ou seja, dos signos visuals. Vejamos: um texto narrativo, uma carta, 0 dialogo, uma entrevista, uma reportagem no jomal escrito ou televisionado, um bilhete? Linguagem verbal! Agora: 0 semaforo, 0 apito do juiz numa partida de futebol, o ‘eartdo vermeino, o cartéo amarelo, uma danga, 0 aviso de "no fume’ ou de *si#éncio’, o bocejo, a identificagao de “feminino” e masculine” através de figuras na porta do banhelro, as placas de transite? Linguagem néo verbel! A linguagem pode ser ainda verbal e nao verbal ao mesmo tempo, como nos casos das charges, cartoons e andncios publicitarios Observe alguns exemplos: Dr 4 Cartdo vermetho - denincia de falta grave no futebol. A Gg Ue Z 7 we ap AS ¥ ao Charge do autor Tacho ~ exemplo de linguager verbal (Oxente, polo norte 2100) e nao verbal (imagem. so, cactus pinguim) Placas de transito ~ 8 frente proibido andar de bicicleta’, atrés “quebra-molas “554 simoolo que se coloca na porta para indicar ‘sanitario masculino” é Imagem indicatva de “silencio ‘Sematoro com sinal amarelo advertindo “atencao 1.4, MECANISMOS DE COESAO TEXTUAL; 1.5.FATORES DE COERENCIA TEXTUAL; Para que um texto tenha o seu sentido completo, ou seja tranemita a mensagem pretendida, é necessario que esteja ‘coerente © coeso. Para compreender um pouco meihor 0s conceitos de Coeréncia textual também para distingutlos, vejamos: O que é coesio textual? Quando falamos de COESAO textual, falamos a respeito dos mecanismos linguisticos que permitem uma sequéncia logico- semantica entre as partes de um texto, sejam elas palavras, frases, pardgrafos, etc, Entre os elementos que garantem 2 ‘oesdo de um texto, temos ‘A as referéncias e¢ as reiteragdes Este tipo de coesso acontece quando um termo faz referéncia a outro dentro do texto, quando reitera algo que j4 foi dito ‘antes ou quando uma palavra é substituida por outra que possul com ela alguma relago semantica. Alguns destes termos s6 podem ser compreendidos mediante estas relagées com outros termos do texto, como é 0 caso da andfora e da catafora Bas substituigoes lexicais (elementos que fazem a coesio lexical) este tipo de coesao acontece quande um termoé substtuido por outro dentro do texto, estabelecando com ele uma relacdo de sinonima, antonimia, hiponimia ou hiperonimia, ov mesmo quando hada repstico da mesma unidade lexical (mesma patavra. ©. os conectores (elementos que fazem a ‘coesio interfrasica), Estes elementos coesivos, estabelecem as relagbes de dependéncia e ligac3o entre os termos, au seja, $80 conjungdes, preposicdes @ advérbios conectivos D. a correlagio dos verbos (coesao temporal aspectual): consiste na correta utlizacao dos tempos verbais, ordenando assim os acontecimentos de uma forma légica e linear, que irdpermitir 3 compreensao da sequéncia dos mesmos. Ho os elementos coesives de um texto que permitem as afticulagées ¢ ligagdes entre suas diferentes partes, bem como 2 sequenciacdo das idelas. (O que ¢ coeréncia textual? © de Coosao textual, © LES) LINGUA PORTUGUESA ‘Quando falamos em COERENCIA textual, falamos acerca da significagde do texto, € ndo mais dos elementos estruturais que © compéem, Um, texto pode estar perfeitamente coeso, porém incoerente, E 0 caso do exemplo abaixo: "As ruas esto moihadas porque nao choveu" Ha elementos coesivos no texto acima, como. a conjunego, sequencia logica dos verbos, enfim, do ponto de vista da COESAO, 0 texto nao tem nenhum problema. Contudo, a0 ler 0 que diz 0 texto, percebemos faciimente que ha uma incoeréncia, pois se as ruas esto molhadas, é porque alguém molhou, ou a chuva, ou algum outro evento. Nao ter chovido nao € 0 motwo de as ruas estarem molhadas, O texto estd incoerente Podemos entender melhor a coeréncia compreendendo os seus 118s principios basicos: 1. Principio da Nao Contradigao: em um texto néo se pode ter situagbes ou ideias que se contradizem entre Si, ou seja, que quebram a logica. Principio da Nao Tautologia Tautologia é um vicio de linguagem que consiste n a repetic3o de alguma ideia, utlizando palavras diferentes. Um texto coerente precisa transmit alguma informacio, mas quando harepstiggo excessiva de palavras ou termos, 0 texto corre 0 fisco de néo conseguir transmitir a informacao Caso ele nao construa uma informagao ou mensagem ‘completa, entéo ele sera incoerente 3. Principio da Relevancla: Fragmentos de textos que {alam de assuntos diferentes, e que nao se relacionam entre si, acabam tornando o texto incoerente, mesmo que suas partes contenham certa coeréncia individual Sendo assim, a representacdo de ideias ou fatos nao relacionados entre si, fere principio da relevancia, ¢trazem incoeréncia ao texto, Outros dois conceitos importantes para a construcdo da coeréncia. textual soa CONTINUIDADE TEMATICA © 2 PROGRESSAO SEMANTICA Ha quebra de continuidade tematica quando néose faz a correlagdo entre uma e outras partes do texto (quebrando também @ cossdo), A sensagdoé que se mudou o assunto (tema) sem avisar 20 leitor Jaa. quebra da progressSo semantica acontece quando ‘nd hé 2 introdugdo de riovas informacbes para dar sequéncia a um todo significative (que é o texto). A sensacéo do leitor é que © texto € demasiadamente prolixo, e que nao chega ao ponto que interessa, 20 objeto final da mensagem. Em resume, podemos dizer que a COESAOtrata da conexao harmoniosa entre as partes do texto, do paragrafo, da frase. Ele permite a ligago entre as palavras e frases, fazendo com que um dé sequencia lagica ao outro, A COERENCIA, por sua vez, € 8 relagao logica entre as ideias, fazendo com que mas complementem as autras, ndo se contradigam e formem um todo significative que & o texto Vale salientar também que ha muito para se estudar sobre coeréncia @ coesto textuais, @ que cada um dos conceitos apresentados acima podem e devem ser melhor investigados para serem melhor compreendidos. (Os sinais de pontuagao sao marcagtes graficas que servem ara compor @ cogs e a coeréncia textual além de ressaltar especificidades semanticas e pragmaticas. Veremos aqui as principais fungSes dos sinais de pontuago conhecidos pelo uso dda lingua portuguesa Ponto ‘Indica 0 término do discurso ou de parte dele. = Facamos 0 que for preciso para tré-la da situagao em que se encontra Gostaria de comprar po, quello, manteiga ¢ lete corde), Olhei em volta. Nao reconheci onde estava 2: Usa-se nas abreviegbes Vee Classificagao das principais Conjungées e Locugées Conjuntivas: ‘A) Coordenadas: aditivas: e, nem (=8 no), mas também, mas ainda, como também, bem como, adversativas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, sendo. altetnativas: ou. ou, ofa. ofa, .j8 ‘conclusivas: logo, portanto, por conseguinte, por isso, pois, (depois do verbs explicativas: que, porque, porquanto, pois (antes do verbo) Subordinativas: ‘causais: porque, porquante, visto que, como (= porque), desde ‘que, pois, dado que, 8 que, uma vez que, que (= porque), visto concessivas: embora, ainca que, se bem que, mesmo que, posto que, por mais que, per menos que, por muito que, por ouco que, apesar de que, sonquanto, sem que (= embora néo) eondicionais: se, caso, contanto que, salvo se, a néo ser que, ‘3 menos que, desde que, sem que (= sendo) conformativas: como, con‘otme, segundo, consoante, ‘comparativas: como, do que, quanto, qual, que nem, tal € qual gue. consecutivas: que, sem que, de forma que, de jeito que. final para que), porque que) temporais: quando, enquanto, antes que, depois que, iogo que, assim que, agora que, mal, apenas, até que, desde que, sempre que. LINGUA PORTUGUESA proporcionais: 4 medida que, & proporcéo que, quanto mais, quanto menos. 10-VERBO E a classe de palavras variaveis em pessoa, nimero, tempo, mode'e voz; que indicam aco (correr), estado (fcar), fendmeno (chover, fato (nascer) Flexées Verbal Pessoa: varia a forma verbal para indicar a pessoa gramatical a que se retere! 7° pessoa’ orador (que fala) 2" pessoa: interlocutor (com quem se fala) 38 pessoa: assunto (de que se fala) Namero: varia a forma verbal para indicar 0 numero de sujeitos a que se refere: Singular: refere-se @ um Gnico sujet. Plural refere-se a mais de um sujetto. Tempo: Presente: indica a ago que acontece durante o momento em que se fala Preténto’ indica a ag80 que acontece antes de se falar Futuro: indica a ago que vai acontecer depois de se falar 4. Modo: Indicativo: indica uma realidade Subjuntivo: indica uma divida, uma possibilidade Imperative: indica uma ordem, um pedido, um conseiho, um desejo, uma siplica, ‘Aigém dos trés modos verbais, existem as trés formas nominais: infinivo. passa 0 substantive. Ex. andar = o andar. gerlndio: passa a substantivo. Ex: formando = 0 formando. partcipio. passa a substantivo ou adjetivo. Ex: realizad trabalho realizado. 5- Voz: indica se 0 sujeto pratica ou RECEBE ago, Hé tres vozes verbais: vvoz ativa: 0 sujeito pratica a ago ( agente ) voz passiva’ 0 sujelto sofre a aco | paciente ) voz reflexiva: 0 sujeito pratica e recebe 2 acdo. 2.3. ESTRUTURA DAS PALAVRAS; 2.4. PROCESSOS DE FORMAGAO DAS PALAVRAS. ESTRUTURA DAS PALAVRAS A analise da estrutura das palavras revela-nos a existéncia de varios elementos mérficos chamados de morfemas. Os elementas que contém 0 significado basico da palavia chamam-se morfemas lexicais, @ 08 que indicam a flexo das palavras, ou seja, as variagdes para indicar género, numero, pessoa, modo, tempo recebem o nome de morfemas {gramaticais. Emmmeninas, por exemplo, menin- & morfema lexical, a é morfema gramatical de genero es € morfema gramatical de numero. Os elementos mérficos so os seguintes: RADICAL E 0 elemento comum de palavras cognatas taribém chamadas de palavras da mesma familia, £ responsdvel pelo significado bbésioo da palavra, Exemplos © terra terreno terreiro terrinna enterrar terrestre, 12 Nas palavras acima, o elemento terr @ 0 radical, j4 que ndo pode ser decomposto em unidade menores e nele se concentra 0 significado basico da palavra Observacao {As palavras que apresentam o mesmo morfema lexical, isto 6, 0 mesme radical, so chamades de cognatas. ‘Assim, so cognatas as palavras: ferro © ferreiro © ferragem © ferrugem * ferrado © ferrador © ferradura Afixos ‘So particulas que se anexam ao radical para formar outras palavras. Existem dois tipos de afixes: PREFIXOS Colocados antes do radical Exemplos © desieal = legal SUFIXOS. Colocados depois do radical Exemplos ‘© folhagem © legalimente Infixos ‘Séo vogais ou consoantes de ligago que entram na formagso das palavras para faciltar a pronuncia. Existem em algumas. palavras por necessidade fonética (Os infixos no séo significatvos, nao sendo considerados morfemas. Exempios © café-cafeteira capim-capinzal © gas-gasometro VOGAL TEMATICA Vogal Tematica (VT) se junta 20 radical para receber outros, elementos, Fica entre dois morfemas. Existe vagal tematica em verbos e nomes, Exemplos * beber sala Nos verbos, a VT indica a canjugagao 2 que pertencem ( Exempios © partir. verbo de 2*conjugacao Ha formas verbais e nomes sem VT Exemplos © repaz ‘mato(verbo) re TEMA . TEMA = RADICAL + VOGAL TEMATICA Exemplos © cantar=cant+ a © mala=mal* a © rosa=ros+ a DESINENCIAS. ‘So morfemas colocados no final das palavras para indicar flexdes verbais ou nominais, Podem ser: NOMINAIS LINGUA PORTUGUESA Indicam género e nimero de nomes( substantivos,adjtivos, pronomes, numerais ) Exempios + casa casas + gato - gata VeRBAIS Indica namero, pessoa, tempo e modo dos verbos. Existem dois tipos de desinéncias verbais: desinéncias modo-temporel (OMT) + desinéncias nimero-pessoal (ONP) Exemplos ‘Nos corremos, se ele corressem (ONP) + _senés corssemos, tu correras (OMT {A divisdo verbal em morternas ser8 melhar explicada na materia ‘verve AAigumas formas verbais nao tém desinéncias como © trouxe © bebe \VERBO-NOMINAIS Indicam as formas nominais dos verbos (infnitivo, geriindio participio), Exemplos © beber © correndo © partido Principais desinéncias NOMINAIS ‘Género masculina (-0) feminino (-a) Namero singular (no ha) plural (-s) VERBAIS DE TEMPO E MODO ‘© -va.-ve: imperfette do indicative, 1* conjugagae + -1a, ie: imperfeito do indicative, 2* e 3* conjugagses © -ta, Te: mais-que-perfetto do indicative (4tono) © 880" imperfeito do subjuntivo ‘© 19, -fe: futuro do presente do indicative (ténico) + -fia, rie: futuro do pretérito do indicative +f futuro do subjuntivo © -@: presente do subjuntive, 1° conjugagao «a: presente do subjuntivo, 2° e 3° conjugagbes DE PESSOA E NUMERO + -0: 1" pessoa do singular, presente do indicative © -s 2 pessoa do singular = -mos: 1 pessoa do plural © is. -des’ 2 pessoa do plural © -m 3 pessoa do plural VERBO-NOMINAIS. © -rinfinitive *-ndo: gerindio + do: participio regular 3. SINTAXE: 3.1. FRASE, ORAGAO, PERIODO; 3, SINTAXE: 3.1. FRASE, ORAGAO, PERIODO; 3.2. TIPOS DE FRASES; 3.3. FUNGOES SINTATICAS; 3.4, VOZES VERBAIS; 3.5. 0 VALOR SINTATICO-SEMANTICO DAS CONJUNGOES; 3.6. COORDENACAO E SUBORDINAGAO; 3.7. A ORDEM DOS TERMOS NA ORAGAO; Frase, Oragio e Periodo Aestrutura do periodo. Objetivos: 13 Diferenciar frase, oragdo e periodo Reconhecer a importancia dos processos de coordenagao de subordinagao no processamento textual Praticar a estruturagao do periodo, observando-se a relagdo 6gico-semadntica estabelecida entre os diferentes ‘segmentos que 0 compdem, Relacdo com 2 aula anterir: os segmentos que compéem 0 perlodo estabelecem entie si relacbes légico-seménticas, ‘ujo reconhecimento e cuje compreensao contribuem para 2 construgo do sentido global do texto. Relagao com a aula seguinte: A formagao e a articuiacdo dos periodos S80 responsaveis pela constituigao do paragrafo FRASE: qualquer enunciado com sentido completo. "Oscar 2004! Marta leva mathor maquiagem” ioe sis fon “Oscar 2004": frase nominal ‘Marta leva melhor maquiagem”. frase verbal ORAGAO: frase ou parte de uma frase que se estrutura em torno de um verbo ou de una locugao verbal. Geraimente, € composta de dois elementos basicos: 0 sujeito © 0 predicado, "PT cobra mudangas na economia.” rae Sic Pave - sens “Marte teve agua e fol habtavel, iz Nasa” rahecessoPaue PERIODO: ¢ a frase que se estrutura em tomo de uma ou ‘mais oragdes. Pode ser simples ou composto. “Cresee a demanda por seguros que cobrem processos, contra executives” fxene 1150 ‘Avidio de Lula consome 75% dos investimentos da Unido. No ano da ‘virada’, governo gasta RS 46,9 mihées com parcela de Airbus” (rata io Pauo— 1400) A oragdo precisa de verbo ou de locugdo verbal, mas, mesmo assim, nem sempre tem sentido completo, Por isso, nem toda oracdo ¢ uma frase. [A frase néo precisa ter verbo, mas precisa ter sentido completo, Por isso, nem toda frase & uma oragéo. Ha frases com duas ou mais oragées, visto que, separadas, ‘no possuem sentido completo, Um periodo é composto de uma ou mais oracbes Perlodo simples ¢ aquele que contem apenas uma oragéo, isto 6, contem apenas um nécleo verbal Periodo composte ¢ aquele que contem mais de uma ‘raga, isto 6, contem mais de um ndcieo verbal ‘O niimero de nicleos verbais ¢ igual a0 nimero de oragées. Um periodo pode ser composto por coordenagao efou por subordinagao. periodo compasto por coordenacao contem oragdes independentes, que poden, com frequéncia, ser separai em periodos simples. CO perioge composto por subordinagao contém oragées interdependentes, que ditclmente podem ser separadas ‘em periodos simples. PERIODO COMPOSTO (Q processo de coordenarao se dé por paraielismo ou felativa independéncia entre as oragbes. Relativa porque, se ha a independéncia sirttica, muitas vezes nao ha Independencia seméntice © processo de subordinagdo caracteriza-se por néo haver paralclismo entre as oragbes, mas desigualdade de fungdes, € variedades sintéticas, PERIODO COMPOSTO POR COORDENAGAO *Atieta obtém prata inédiia no salto, ganha por 0,025 ponto no solo e coroa melhor participago do Brasil na Copa.” ran an Sto Paso 130300 Aleta obtém prata inédita no salto, {Atleta) ganha por 0,025 ponto no solo f (atleta) coroa melhor participago do Brasil na Copa LINGUA PORTUGUESA PERIODO COMPOSTO POR SUBORDINAGAO “Em depoimento, empresario do jogo afima que ex assessor de Dirceu usou telefone do Palacio pare convocar ‘euniso com GTech." (nae Si Pauo—1s000) Em depoimento, empresario do jogo afirma ‘que ex-assessor de Dirceu usou telefone do Palécio para convocar reuniéo com GTech. _ PERIODO COMPOSTO POR COORDENACAO E POR SUBORDINAGAO “Lula afirma que vai mexer e fazer ajustes no govern.” ra Lula’ arma {ue (Lula) vai mexer (no governo) © (Lula) (vai) fazer ajustes no governo. (O EMPREGO DAS CONJUNGOES A conjungo é uma classe de palavras invariavel, cuja funedo ¢ interligar elementos de uma frase, estabelecendo tentve eles relagées de sentido As conjungées podem interigar desde palavras até petiodos, ‘Quando interigam duas ou mais oragbes, classificam-se fem conjungées coordenativas (ex’ e, mas, porém, logo) © ‘conjungdes subordinativas (ex. jé que, embora, desde que, conforma, a medida que, a im de que). Conjungio Coordenativa Elo coesivo por melo do qual se estabelace a organizagso da informagao e a estrutura da argumentacao. ‘mecanismo usado para assinalar as relagdes de sentido entre dois segmentos coordenados, que podem ser sintagmas: segmentos ligados pela conjungdo e, oragdes: segmentos ligados pelas conjungdes mas, pols € ou, tenunciados: segmentos ligados pela conjungo portanto. Conjungdes Coordenativas e Valores Semanticos LINGUA PORTUGUESA ‘S40 aquelas que desempenham 2 mesma fungée sintatica do ‘substantivo. (Os meninos observaram | que vocé chegou. (a sua chegada) = Subjetiva: exerce a fungdo de sujeito do verbo da oragéo. principal E necessario que vocé volte. = Objetiva direta: exerce a fungdo de objeto direto da oracao principal Eu desejava que voce voltasse = Objetiva indireta: exerce a funcdo de objeto indireto do verbo principal Nao gostaram de que vocé viesse = Predicativa, exerce a fungdo de predicativo Avverdade é que ninguém se omitiu = Completiva nominal: desempenha a fungo de complemento nominal Nao tinhamos divida de que o resultado serie bom ‘Apositiva, desempenha a fungo de aposto em relagso a um 'S6 nas disseram uma coisa’ que nos afastassemos, 2, Oragées subordinadas adjetivas ‘Séo aquelas que desempenham fungdo sintética prépria do adjetivo Na cidade ha industrias que poluem. (poluidoras) ~ Restitiva: @ aquela que restringe ou particulariza o nome a que se refere, Vem iniciada por pronome relative e néo ver entre virgulas. ‘Serdo recebidos os alunos que passarem na prove = Explicativa. € aquela que nao restringe nem particulanza © ome a que se refere, Indica uma propriedade pressuposta come pertinente a todos os elementos do conjunto a que se refere. Inicia-se por pronome relativo e ver entre virgulas. (Os homens, que so racionais, no agem s6 por instinto 3. Orag6es Subordinadas adverbiais S80 aquelas que desempenham fungao sintatica propria do adverbio, (© aluno fo! ber na prova porque estava camo. (devide @ sua caima) = Causal: indica a causa que provocou a ocorréncia relatada na ‘oragao principal ‘A moga atral a atencdo de todos porque é muito bonita = Consecutiva: indica a consequéncia que provelo da ocorréncia relatada na ora¢ao principal ‘A moga é t8o bonita, que atral a atencdo de todos. = Condicional, indica um evento ou fato do qual depende a ‘ecorréncia indicada na oragdo principal. Se vocé correr demais, ficara cansado. Comparativa: estabelece uma comparagao com o fato expresso na ofagéo principal LLutou como luta um bravo. = Concessiva: concede um argumento contrario ao evento relatado na oracdo principal CO tme venceu embora tenha jogado mal = Conformativa: indica que o fato expresso na oracio subordinada esta de acordo com o da orag8o principal Tudo ocorreu conforme os jomalistas previram. - Final indica o fim, 0 objetivo com que acorre @ ago do verbe principal Estudou para que fosse aprovado = Temporal indica o tempo em que se realiza o evento relatado 1a oracdo principal. Chagou ao local, quando davam dez horas. = Proporcional. estabelece uma relago de proporcionalidade com 0 verbo principal ‘Aprendemos & medida que o tempo passa. 4. Oragbes coordenadas do todas as oragées que ndo se ligam sintaticamente nenhum temo de outra oragao. Chegou ae local Ie vistoriou as obras. ‘As coordenadas podem ou nao vir iniciadas por conjuncdo 16 3.8. CONCORDANCIA (VERBAL E NOMINAL) ‘coordenativa. Chamam-se coordenadas sindéticas as que se iniciam por conjungao @ assindéticas as que nao se iniciam. Presenciei ofato, mas ainda no acredito, or. ¢ assindstica or. ¢. sindética As coordenadas assindéticas ndo se subclassificam. ‘As coordenadas sindéticas subdivider-se em cinco tipos = Aditiva: estabelece uma relacao de soma Entrou e saiu logo. = Adversativa: estabelece uma relacao de contradigao, Trouxe muitas sugestées, mes nenhuma foi aceita - Alternativa; estabelece uma relagdo de alternancia, Aceite 2 proposta ou procure outra solugéo. = Conclusiva: estabelece relaydo de conclusdo Penso, portanto existo. = Explicativa: estabelece ume relagéo de explicagao ou Justficagao. Contém sempre um argumento favoravel ao que fo! dito na oragdo anterior. Ele deve ser estrangeiro, pois fala mal o portugues Questao de anilise sintitica tipica dos vestibulares tradicionais: (U, F, PERNAMBUCO) — No periodo "nunca pensei que ela, lacabasse’, @ oragao sublinhada ciassiica-se como. 2) subordinada adjetiva restrtiva ») subordinada adjetiva explicatva, ©) subordinada adverbial fal, 4d) subordinada substantive objetiva direta; 2) subordinada substantive objetiva indireta, (RD) ‘Questéo de andlise sintéticattipica dos vestibulares inovadores. Esta questo coloca em jogo a combinagao sintatica entre duas races € 0 significado resutante dela, sem exigir analise formal nem o conhesimento de nomenciatura. (U.F. PELOTAS) — A questio da incoeréncia em um texto uase sempre se liga @ aspectos que ferem 0 raciocinio logico, 2 contradigges entre uma passagem e outra do texto ou entre o texto e 0 conhecimento estabelecido das coisas. (© fragmento da entrevista concedida pela atriz e empresaria ins Briizzi, descartade a hipotese de utlizagao da \ronia, apresenta esse problema R — Qual € 0 Segredo para sonservar sua beleza através dos, tempos? ins ~ Acredito muito na beleza interior, @ de fora acaba, A natureza tem sido generosa comigo. Desculpe a madéstia, mas ‘continue bonita (Diario Popular, 1996) 2) Transcreva a frase que aoresenta a incoeréncia, R-“Desculpe a modéstia, mas continuo bonita” »b) Reescreva essa frase, elminando a incoeréncia R: Desculpe a falta de modéstia, mas continue bonita, ou Desculpe a imodéstia, mas continuo bonita Toncordancla verbal * sujeito simples - verbo concorda com o sujeto simples em pessoa e numero 22) Uma boa Constituigao é desejada por todos os brasileiros, ) De paz necessitam as pessoas, * sujeito coletivo (singular na forma com idéia de plural) - verbo fica no singular, concordando com a palavra escvita nao com 2 idea O pessoal jé salu {Quando 0 verbo se distanciar do sujet coletivo, o verbo poder’ ir para 0 plural concordande com a idéia de quantidade (silepse {de numero) - a turma concardava nos pontos essenciais, discordavam apenas nos pormenores. * sujeito & um pronome de tratamento - verbo fica na S* pessoa a) Vossa Senhoria nao € justo ) Vossas Senhorias estdo de acordo comigo. LINGUA PORTUGUESA + expressio mais de + numeral verbo concorda com © numeral 2) Mais de um candidato prometeu melhoraro pals b) Mais de duas pessoas vieram a festa * mais de um + se (idéia de reciprocidade) - verbo no plural (Mais de um socio se insutaram.) * mais de um + mais de um verbo no plural (Mais de um candidato, mats de Um representante fataram a reunido.) “‘expressdes perto de, cerca de, mais de, menos de + sueito no plural - verbo no plural 2) Perto de quinhentos presos fuga ») Cerca de trezentas pesscas ganharam o prémio. 6) Mais de mil vozes pediam justica. 4) Manos de duas pessoas fzeram isto * nomes 86 usados no plural -@ concordancia depende da presenca ou nao de artigo. + sem artigo - verbo no singular (Minas Gerais produz muito tee /ferias faz ber). precedidos de artigo plural - verbo no plural "Os Lsladas" exaltam a grandeza do povo portugues / as Minas Gerais produzem mut let) Para nomes de obras iterérias, adrite-se também a concordancia ideol6gica (silepse) com a palavra obra implicit na frase ("Os Lusiadas" exaita a grandeza do povo portugués). oxpressdes a maior parte, grande parte, a maioria de (= sujeito coletivo part} + adjunte adnominal no plural - verbo concorda ‘com 0 nucleo do sujeto ou com o especiicador (AA). 22) Amaior parte dos constituintes se retrou (retrarar). ) Grande parte dos torcedores aplaudiu (aplaudiam) a jogada ¢) Amaioria dos consttuintes votou (vetaram, ‘Quando a ago s6 pode ser atribulda &totaidade e n80 separadamente aos individuos, usa-se o singular (um bando de soldados enchia o pavimento inferior) quem (pronome relativo sujeto) - verbo na 3* pessoa do ‘singular concordando com o pronome quem ou concorda com 0 antecedente 8) Ful eu quem fatou (falei) ») Fomas nos quem falou (falamos) * que ( pronome relative sujeito) - verbo concorda sempre com 0 antecedents Fomos nos que falamos. + sujeto € pronome interrogativo ou indefnido(ndcleo) + de nds ou de vos - depende do pronome niicieo + proneme-ntcleo no singular - verbo no singular 4) Qual de nés votou conscientemente? 'b) Nenhum de vos ira ao cinema + pronome-nécleo no plural - verbo na 3* pessoa do pural ou concordando com o pronome pessoal a) Quais de nés votaram (voters) conscientemerte? ») Muttos de vos foram (fstes) insultados * sujeito composto anteposto a0 verbo - verbo no plural © anele 0s brincos sumiram da gaveta ‘+ com iicleos sindnimos - verbos no singular ou plural (O rancor @ 0 6dio cegou © amante /O desalento ea tristeza abaiaram-me ) com niicleos em gradacdo - verbo singular ou plural (um minuto, uma hora, um dia passalpassam rapido) dois infrtivos como nécleos - verbo no singular {estudare trabalhar € importante). dois infinives exprimindo idéias opostas - verbo no plural (ir ¢ chorar se aternam.) + sujetto composio posposto - concordéncia normal ou atrativs (com o ndcleo mais préximo) Discutiam / discut mutto 0 chete e funciona, ‘Se houver idéia de reciprocidade, verbo vai para o plural (Esimam-se o chefe e o funcionéro.). ‘Quando 0 verbo ser esté acompanhado de substartivo plural, o verbo também se pluraliza (Foram vencadores Pedro e Paulo ) 17 * sujeito composto de diferentes pessoas gramaticais - depende da pessoa prevalente. ‘© eu + outros pronomes - verbo na 1* pessoa plural (eu, tue ele sairemos). tu + eles - verbo na 2* pessoa do plural (preferéncia) ou 3* pessoa do plural (tu e teu colega ‘estudastes/estudaram?), Se 0 sujeito estiver posposto, também vale a concordancia atrativa (saimos/sai eu & tu) * sujeito composto resumido por um pronome-sintese (aposto) - concordancia com o pronome, Risos, gracejos, pladas, nada a alegrava, * expresso um @ outro - verbo no singular ou no plural (Um & ‘outro falaval falavarn a verdade.) ‘Com idéia de reciprocidade - verbo no plural (Um e outro se agrediram), * expresso um ou outro - verbo no singular (Um ou outa rapaz virava a cabeca para nos olhar) * sujeito composto ligado por nem - verbo no plural (Nem © cconforto, nem a giéria Ihe trouxeram a felicidade ) ‘Aparecendo pronomes pessoais misturados, leva-se em conta 2 prioridade gramatical (nem eu, nem ela fomos ao cinema) * expresséo mem um nem outta - verbo no singular (Nem um nem outro comentou o fato.) * sujeito composto ligado por ou -faz-se em fungo da idéia, transmitida pelo ov. "+ idéia de exclusdo - verbo no singular (José ou Pedro serd eleito para 0 cargo / um ou outro conhece seus diretos) Iidéia de incluso ou antinomia - verbo no plural (matemética ou fisiea exiger raciocinio légico J riso ou lagrimas fazem pare da vida) © ideia explicativa ou altemnativa - concordancia com sujeto mais préxiro (ou eu ou ele iré / ou ele ou eu ire) * expresso um dos que - verbo no singular (um) ou plural (dos que) Ele foi um dos que mais falou/falaram ‘Se a expressdo significar apenas um, verbo no singular (@ uma ‘das pegas de Nelson Rodrigues que sera apresentaca). * sujeito € numero percentual - observar a posicao do numero percentual em relago ao verbo ‘© verbo concorda com termo posposto ao ntimero (80% dda populacdo tinha mais de 18 anos / dez por cento dos s6cios sairam da empresa) #0 verbo concorda com o ndmero quando estiver anteposto a ele (perderam-se 40% da lavoura} verbo no plural, $e o ndmero vier determinado por artigo ou pronome no plural (os 87% da produgo perderam-se/ aqueles 30% do lucro obtido desapareceram) * sujeito € numero fracionario - verbo concorda com o numerador. “V4 da turma fatou ontem. 13/5 dos candidatos foram reprovados, * sujeito composto antecedio de cada ou nenhum - verbo na 3* pessoa do singular Cada crianga, cada adolescente, cada adulto sjudava como Podia, / nenhum poltico, nenhuma cidade, nenhum ser humane {aria isso, * sujeito composto ligado por como, assim como, bem como (formas correlativas) - devese preferir o plural, sendo mas raro o singular. Rio de Janeiro como Florianépolis s8o belas cidades. / tanto ‘uma, como a outra, suplicave-ihe o perdéo, * gujeito composto ligado por com - observar presenca ou nao de virguias.

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