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crs20,00 RONICA No 3 — ABI *|CONTADOR DE UM DIGITO, AMPLIAVEL FONTE ESTABILIZADA. ALARME ULYg@&SSGNICO *\ccD 4 < “CURSO DE PROGRAMAGAO DE MICROCOMPUTADORES 2 i COM SUPLEMENTO Aiavisis BUTE *INTERCOMUNICADOR COM DOIS POSTOS PROLOGICA, 0 NOVO MICROCOMPUTADOR QUE VOCE PODE POSSUIR ee 806 PHASER! 3 4 0 MODULO DO SINTETIZADOR *? @, 33 DESCANSE } ENQUANTO ELE VIGIA POR - ae * CURSO DE AUDIO Filcres liquida com os precos altos el. Cel, v es Provaterernonca NOWA ELETRONIGA SUMARIO ALARME ULTRA-SO- NOVO “DISPLAY” pet aaa 340 paraotacomeTRO 278 bos PARA RE 282 Sbisrray= com cHa. VE ROTATIVA E MA- 344 5aNTE, ESTABILIZA- TRIZ DE DIODOS NAO ESTA NOS LI- cop — uMA Nova 348 vros! — sugesties da 342 cHoaue ELETRICO 284 ERA PARA MEMO- NOVA ELETRONICA RIAS E SENSORES DE IMAGEM CURSO DE PROGRA- «Superintendent LEONARDO BELLONZI 350 Macdo DE micro- Diretor Geral Administrative 288 “pHaseR’ COMPUTADORES — ¢ de Producto ——_—_————_ Li¢Ao 3 CLAUDIO CESAR DIAS BAPTISTA ‘Assessor Técnico e Redator 302 CURSO DE Aubio — ‘JULIAN BARSALI LiGAo 2 PROLOGICA 1 — 0 ‘Ante e Fotogratia ‘SERGIO OLIVELLA Desenhos 366 Novo microcompu- 310 inteRcomunicapor TADOR CARLOS W. MALAGOLI Past Joho BATISTA RIBEIRO F* FONTE DE CORREN- Consultoria Téenlea TE CONSTANTE COM Saree ey ale 324 TRANSISTORES DE JOSEPH E. BLUMENFELD EFEITO DE CAMPO “JULIANO BARSALI 374 componentes LEONARDO BELLONZ cen unig cron, CONVERSANDO_SO- R. CADETE, 209 | 328 de ereiro ve can. DISTRIBUIGAO NACIONAL: PO — Parte 2 ABRIL S.A. Cultural © Indusrial Emilio. Goel, "375 NOVA ELETRONICA € UMA CONTADOR AMPLIA. PUBLICAGAO DE PROPRIE- 334 Vet be umorairo DADE DA EDITELE — EDITORA TECNICA ELETRONICA LTDA. Redacéo, Administragdo_e Publicidade, LEIA NO PROXIMO 327 numero Todos os diveltos reservados: prolbe-se 8 reproduc total dos textos «ilustrocSer dest publi ob pena et sangSee setabsecidet am lei, Os artigos publicador Rua Aurora, 171 - 2° and. - cj. responsabilidade dos seus autores. & vecado © emprego dos ciecuttos 5 — sales 203. industrial ou comercial salvo com exoresin autorizaeso excrita dos Editores; apende ASSINATURAS — Para ser aten- 4 permitiga @ realizeeto pera eplicpso silentaistica ou didética, No assumimos renmma responsabilidede palo uso dot eicultor descritos © 92 os mesmos fazem dido com maior rapidez, ende- . Mites (CA, pare de patente. Em virtude de variegées de qualidade « condicS0 do Ream UA ELE TRO rentes, os Editores nfo te responsablizam pelo nfo funclonamento ou desempenn ACARGO DE URSULA’A. MA: ae, GALHAES, Veja péginas inter- ‘nanhum tipo de amintincia téenica nem comercial: os protdtipos so nas, rminuncicsomente provedos em laboratério prdprio antes de suas publicgSes. NU: TODA A CORRESOPNDENCIA MEROS ATRASADOS: proco o ultima wdigs0 & Venda, por intermédio Je $00 DEVE SER EXCLUSIVAMENTE Jornal, no Distribuidor ABRIL de sus cidade ou ne Ecltore, no remetemos ENDEREGADA A. Belo reerbolo, sendo que os pedidos devero ser acompanhodos de cheae vis000 NOVA ELETRONICA Basivel mS. Pas, mas 0 fete reistrado de tuperteie ou oro, em nome de ©. POSTAL 30141 01000 =. Polo ~ SP NOVA ELETRONICA257 258 NOVA ELETRONICA CLAUDIO CESAR DIAS BAPTISTA EXISTEM EM USO, PRINCIPALMENTE NOS PAISES DESENVOLVIDOS DIVERSOS TIPOS DE ALARMES CONTRA FURTOS OU INTRUSOES. UM DOS SISTEMAS MAIS BEM SUCEDIDOS PARA ESTA FINALIDADE E O QUE SE BASEIA NO USO DO ULTRA-SOM. OUTROS SISTEMAS, EM GERAL, DETECTAM APENAS A PASSAGEM DE UM CORPO QUANDO ESTE INTERCEPTA UMA LINHA ENTRE DOIS PONTOS. ISTO OBRIGA AO USO DE DOIS APARELHOS DISTANTES ENTRE SI E MUITO BEM CALIBRADOS UM —EM RELAGAO AO OUTRO, O QUE E UMA DESVANTAGEM. CONFORME A APLICACAO, TORNA-SE NECESSARIA A COBERTURA DE TODA UMA AREA, SENDO ISTO MAIS DIFICIL DE CONSEGUIR COM OS APARELHOS DO TIPO “LINEAR” REFERIDOS. EXISTEM, TAMBEM, SISTEMAS SENSIVEIS AO TOQUE E OUTROS AINDA, CADA QUAL MAIS ADAPTADO A UM TIPO DE FUNCAO ESPECIFICA. NOVA ELETRONICA 259 Entre todos os sistemas de alarmes, distingue-se © ultra-sénico como um dos que mais retine as caracteristicas que na maior parte das vezes so desejéveis, ou sejam: 1. cobre toda uma regiéo, em trés dimensées e no apenas em linha reta ou pequena regio; 2. 6 de reduzidas dimensées e facilmente disfar- cavel; 3. é uma unidade completa, isto é, todo o sistema esté montado em um s6 aparelho, néo sendo ecessério 0 uso de emissor e captador sepa- rados; 4. 0 custo é dos mais baixos — chega a poder ser excelente compra para presentes de festas ou aniversérios, por seu baixo preco; 5, néo produz interferéncias em outros equipa- mentos eletrénicos, a nao ser, possivelmente, em equipamentos jé um tanto fora de uso, de controle remoto ultra-sénico de televisores (os televisores atuais ndo usam, em geral, este sistema); 6. consome muito pouca energia, podendo ficar definitivamente ligado; 7. permite ajuste de sensibilidade; 8. faz uso de circuitos transistorizados, que néo se desgastam por anos seguidos de uso; 9. nao produz ruido, luz ou qualquer efeito per- ceptivel aos sentidos basicos; 10. adapta-se a maior ntimero de casos que deman- dam controle através de alarme que os outros sistemas; 11.6 fécil de montar e ndo requer ajustes — 0 que © torna ideal para a montagem em forma de “kit”; mesmo quem quase nada conhega de eletrénica e néo possua equipamento de medi- 0 poderé monté-lo com pleno sucesso; 12.serve para uso em sistemas, no de alarme, mas onde se torne necessiria a deteccéo de movi- mento ou passagem de pessoas e, a seguir, 0 controle de um aparetho qualquer; por exemplo: pode controlar a abertura automética de luzes de garagens ao entrar 0 carro; pode controlar um bebé, crianga ou mesmo adulto, que esteja dormindo em outro aposento, avisando quando descer da cama ou sair do lugar a ele destinado; controlaré gravadores; sistemas de som e luzes ambiente; enfim, mil outros aparelhos podero ser operados pelo sistema de “alarme” ultra- sonico, até em linhas de controle de producéo na industria, onde é facil imaginar cada possi- bilidade’’; 18.com engenhosidade, pode ser adaptado por técnico em eletrénica, a0 uso no interior de automéveis (ligado a bateria e a buzina) para evitar furtos, etc., bastando algumas modifi- cages no aparelho; 14, para os “ligados” em efeitos especiais sonoros, posso afirmar que o alarme produz um sinal de audio em seu interior, ao ser penetrado seu campo ultrassdnico, que ¢ aproveitdvel para essa finalidade, em shows ao vivo. © uso mais comum do sistema de deteccdo ultra-sénico é como alarme, seja ligando lampada ou campainha, seja outro qualquer dispositive de aviso, no local ou a distancia. Daqui em diante, portanto, chamarei o sistema simplesmente de “alarme”, para simplificagao. Como existem indmeros alarmes ultra-s6nicos no exterior, bastante desenvolvidos e, até, sofis- ticadissimos, no trato aqui de inovar. Na posse de diversos circuitos ja existentes, cheguei aquele que permitiu um funcionamento muito seguro, utilizando agora componentes nacionais da mais alta qualidade, aliados a uma dosagem que julguei ideal de cada uma das caracteristicas desejéveis jé relacionadas em fungéo das possibilidades do mercado nacional e do montador individual. Estou. certo de haver chegado a um resultado étimo para © monfento, principalmente do ponto de vista de quem vier a comprar o material, em forma de “kit” @ montar 0 aparelho, seja em confiabilidade, facilidade de montagem e adaptacdo, seja em custo do material. Onde foi necessério 0 uso de componentes importados, mesmo tendo conseguido resultados “quase” to bons com similares nacionais, como no caso dos transdutores ultra-sénicos, optei pelo melhor. Quanto a sofisticagao, reduzi-a ao minimo. Se for necesséria a ampliagdo do sistema, o uso de “delay” ou atrazo, de “reset” automético, de au mento de poténcia de controle, tudo isto ficard ‘a cargo do montador modificar. O principal objeti- vo, que atingi plenamente, foi o de um funciona: mento seguro, sem falhas, absolutamente nio cri- tico; 0 maximo de qualidade e seguranga, com 0 maximo de simplicidade e 0 minimo custo. FUNCIONAMENTO Funcionamento geral © “transmissor’” gera um sinal de aproximada- mente 40 kHz, que é transmitido em forma de ondas ultra-sénicas por TR2 ao ar (fig. 1). Essas ondas so recebidas pelo “receptor”, via TRI e amplificadas eletricamente. Quando existir qual- 260 NOVA ELETRONICA, (eum no epxdunt) s0}90U09 OY puny 0 5 96 meen ses Tossiusuel] ‘sexieg essed yduy rovdexey FIGURA 1 NOVA ELETRONICA 261 quer variagao na recepgio, apenas esta variacio é detectada e faz disparar o alarme, que ficaré ligado até que seja desligado o interruptor $1. Ligando-se novamente $1, hé um tempo de 6 a 10 segundos de espera até que vocé se retire do recinto quando, ento, o alarme estaré novamente pronto para disparar ao ser perturbado seu campo de ondas Ultra-s6nicas, variando-se a recepcdo das mesmas. Transmissor Um oscilador (QS e componentes) tipo Colpitts, produz uma tensdo alternada de aproximadamente 40 kHz, com forma de onda praticamente senoidal. Essa tensdo, presente no coletor de Q5 é aumenta- da em valor pela bobina, que age como auto-trans; formador. A reaténcia do transdutor, que varia muito, proxima a sua freqiiéncia de ressonancia, é isolada em parte por R20. O transdutor influi na freqiiéncia de ressonancia de todo o oscitador em direcdo @ sua propria freqiiéncia de ressondncia. C14, a bobina e o transdutor TR2 so calibrados entre si ao ser separado cada "kit" de Alarme, para maxima amplitude de sinal e poténcia de trans- miso. Vocé poderé medir a freqiiéncia do trans missor no “vivo"’ do transdutor, se existir um medidor de freqiiéncia ou usando um osciloscépio € um gerador de sinais como comparador. Receptor e detector 0 transdutor TR1 é ligado a Q1 através de um filtro passa-baixas, (C2 e R2). C1 produz o atraso na sensibilidade de Q1 até carregar-se, 0 que per mite a vocé retirar-se do aposento onde instalou © alarme, R3 evita que o sinal recebido se perca a terra. Q1 amplifica o sinal de 40 kHz recebido por TR1, que 6 novamente amplificado por Q2. Q2 alimenta o dobrador de tenséo e detector formado por D1 e D2, que so polarizados por R9, para maior sensibilidade. Amplificador de baixa freqiiéncia e detector Quando se perturba o campo de ultra-som, a amplitude do sinal recebido é amplificado e varia. Esta variatio, que é uma modulagdo em amplitude da “portadora” de 40 kHz é detectada por D1 e D2. A portadora é eliminada por um filtro passa-baixas, formado por R12, R13, R14, C9, C10 e C11. A. baixa freqiiéncia, a modulago, é amplificada por Q3 e 4, sendo Q3 um casador de impedancias tipo seguidor de emissor e Q4 um amplificador de tensio. A freqiiéncia de corte do filtro passa baixas permite que as freqiiéncias de modulagao mais produzidas normalmente pelo movimento de pessoas no campo ultra-s6nico, ou seja, aproxima damente 50 a 150 Hz, sejam amplificadas por 4, e, via C16, aplicadas a 06, dosadas por R24. Q6 esté normaimente saturado por uma pole rizagdo fixa, Quando qualquer sinal é ligado a base, hé modificacdo nessa polarizacdo, que é apenas ima suficiente para a saturagéo e aparecem, fortes pulsos de tensio positiva no coletor Variando-se 0 controle R24, dosa-se a sensibi- lidade de Q6 para um sinal de igual intensidade vindo de Q4 e, portanto, de todo o sistema de alarme. Q6 6 um casador de impedancias tipo seguidor de emissor, Circuito de Controle, “Schmitt Trigger” e relé © “Schmitt trigger” 6 um circuito formado por Q8, Q9 e componentes associados até D5. Normalmente, na auséncia de pulsos recebidos de Q7, 0 "Schmitt trigger” mantém baixa a tenséo sobre D5. Quando esses pulsos, criados pelo movi mento no campo ultra-s6nico, atingem um certo nivel, “Schmitt trigger” “sobe”’ para uma tensZo de saida (sobre D5) maxima. O “Schmitt trigger” ficard, assim, “alto” até que haja um pulso inverso 86 existiré quando for desligado todo 0 circuito, ‘ou seja, S1, ficando outra vez entéo o disparador na posi¢éo de baixa tensdo sobre DS. D5 s6 permite que a tensio de polarizagao atin: ja a base de Q10 quando o “Schmitt trigger” esti ver fornecendo sua maxima tensio de safda, ou seja, houver disparado, Q10, polarizado agora, atua como chave eletré: nica que liga o relé a terra, via R39 e R40. Ligado © relé, este levard a tensio da rede ao conector e, dai, ao sistema que vocé tiver escolhido para alarme (lampadas, sirenes, etc.). Fonte de alimentagao transformador, conforme a ligacéo da ponte e do fio C (fig, 2) serve para operacdio em 110 ou 220 V. © secundério do transformador produz aproximadamente 12 V CA, que sdo retificados por D7, D8, D9 e D10. Daqui, uma tenséo mais alta € aplicada diretamente ao relé. Essa tensio ¢ também regulada ¢ reduzida por Q11, D6 e seus componentes associados e alimenta todo o circuito do alarme, 262 NOVA ELETRONICA, A energia para funcionamento dos aparelhos que vocé conectar ao circuito é controlada pelo relé e apenas passa por este relé, cuja maxima capacidade limita a corrente e poténcia que poder utilizar MONTAGEM Atencio: APENAS em ambientes onde exis- tir FORTE campo eletromagnético que possa in- duzir “ronco” no circuito do alarme, ou seja, préximo a transformadores de forca, etc., é reco- mendével forrar todo o interior da caixa de ma- deira que conteré o alarme com papel de aluminio (encontrével em qualquer supermercado) e colado NOVA ELETRONICA 263 com cola branca. Este papel deve recobrir a chapa de Duratex, suporte dos transdutores e fazer contacto com os trés parafusos de suporte da placa de fia¢o impressa, bem como com todo o papel de aluminio que colocar. Poderé também ser sol- dado um fio da terra da placa de fiacdo impressa & capa metdlica do potencidmetro. A tampa tra- seira deverd ser também revestida internamente com papel de aluminio e fazer contacto com o das paredes internas da caixa de madeira. Apesar de néo ser necessério este revestimento na grande maioria dos casos (0 préprio protétipo construido por mim no a possui), 0 montador cuidadoso poderd realizé-la facilmente, usando movimentos leves e cortando o papel de aluminio na medida, antes da colagem. A cola deve ser passada APENAS na madeira, jamais no papel. Todo © papel tem que fazer contacto elétrico entre si © excesso de “ronco’’, quando existisse no circuito, obrigaria a redu¢do demasiada da sensibi- lidade no potenciémetro destinado a esse fim, ou © alarme dispararia, devido ao “ronco”. Normalmente, com a sensibilidade no méximo, © alarme poder disparar sozinho, o que é normal endo é devido a “ronco”, mas a excessiva sensibi- lidade para aquele determinado ambiente, Ao contrério do que acontece entre os proje tistas de algumas afamadas empresas que produzem “kits”, sou de opinido que uma excessiva minucio- sidade nas explicagées leva o montador a um estado de desatencéo devido a excessiva confianca na previséo das ordens de montagem. Isto acaba por produzir erros, tanto quanto a falta de informaco. E, também, uma forma de limitagao da liberdade do montador, que nao desejo. Aqui vocé encontraré toda a informago neces- séria para concluir a montagem répida e segura- mente. Procure, no entanto, pensar; manter-se consciente do “por que” esté fazendo determinada operacdo e de que esta é exatamente o que deve ser feito e esté sendo feita da melhor forma possivel Nao ha necessidade absoluta de comecar a montagem por qualquer determinado componente. Apenas sugiro que o relé, 0 transformador e a bobina sejam montados por Ultimo, para que no atrapalhem 0 manuseio da placa de fiagdo impressa durante a montagem dos demais componentes, que so menores e mais leves. Tome a placa, um soldador bem aquecido, de no maximo 30 Watts de dissipacdo e constan: temente limpo, solda de dtima qualidade, alicate de pontas e alicate de corte lateral, um canivete, uma chave de fendas eo material do kit. Teré o necessério para iniciar a montagem. Confira duas vezes, conscientemente, cada com- ponente, se esté em “lugar” correto, Limpe seus lides usando 0 canivete, antes de colocé-los na placa de fiago impressa, evitando a gordura e o metal oxidado, sempre presentes. A solda deveré fluir facil e completamente sobre o terminal do componente e sobre o cobre da placa de fiacéo impressa. A maior causa de defeitos, as vezes dificeis de localizar, 6 a MA SOLDAGEM, que parece, 8 primeira vista, bem feita, mas que logo de inicio ou, pior ainda, futu- ramente, causa problemas. © aquecimento excessivo ou prolongado, por outro lado, pode danificar o componente, princi- palmente diodos e transistores. Muito cuidado para que a solda ndo forme uma “ponte” entre dois filetes de cobre na placa de fiagéo impressa, 0 que produziria curto-circuito: ‘© menor “‘fiapo” de solda pode fazé-lo e de forma as vezes quase invisivel. Os terminais podem ser cortados antes ou depois da soldagem, como preferir, desde que 0 resultado permita boa soldagem e estética. Y] FIGURA 3 U TPANEL 19 anel — representa o 19 algarismo signi- ficativo (mais préximo a um dos terminais) 29 anel — representa 0 2° algarismo sig- nificativo 39 anel — representa o multiplicador (na pratica, a quantidade de zeros) 49 anel — zepresenta a tolerdncia (prata }0%; ouro = 5%) 264 NOVA ELETRONICA 2° ANI CODIGO DE CORES DOS RESISTORES Os valores sdo sempre expressos em Ohms Veja a fig. 3 A fig. 2 mostra a placa de fiacdo impressa vista pela face onde devem ser montadas os compo- nentes. Monte e solde, agora, todos os resistores, capa- citores e transistores, acompanhando a fig. 2. E importante colocar os capacitores de poliester em seus devidos lugares, sem trocé-los por outros que no sejam de poliester, mesmo que de igual valor. O mesmo cuidado vale para o C25, que tem de ser o de alta tensdo de isolacdo. Apés todos os componentes estarem bem soldados em seus lugares e com as sobras dos terminais cor- tadas, verifique se no esto encostando uns nos outros e, para uma boa aparéncia, ajuste todos para a mais exata posic&o paralela ou perpendicular que seja possivel sem danificd-los. Vocé deve decidir, agora, se seu alarme seré usado em 110 ou 220 V. Na placa de fiacdo im- pressa, existem trés furos, préximos, onde est escrito “ponte-110-220". O furo central deve ser conectado a um dos dois outros, conforme a tensdo da rede (110 ou 220V) por meio de um dos terminais cortados e que sobrarem dos resistores, ‘ou por meio de fio para ligacées. 4°ANEL RES DOS TRES ANEIS QUE RE SSENTAM ALGARISMOS io - 0 Verde rom — 1 Azul — 6 melho — 2 Violeta — 7 anja — 3 Cinza — 8 arelo — 4 Branco — 9 Resistor aes Coloque, agora, a bobina — muitissima atencao para que as cores das pintas, que esto na parte inferior da bobina, junto aos terminais, coincidam com as cores anotadas proximo aos furos, na placa de fiago impressa. Dobre ligeiramente os termi- nais apés enfid-los nos furos da placa de fiagdo impressa e solde-os, sem que os deixe encostar, também, em outra parte do circuit que no a que Ihes é destinada, ao redor dos furos. Se for neces- sério, corte 0 excesso, com cuidado ATENGAO: no dispondo de osciloscépio ou voltimetro CA, NAO mexa na posi¢ao do nucleo da bobina, que jé estd ajustada para os outros com- ponentes de seu “kit”. Como o alarme poderd funcionar ainda, mesmo com a bobina descalibrada, cil para vocé obter novamente o ponto Coloque, agora, 0 relé na placa de fiacdo impres- 82 € solde com muito cuidado os terminais. Esta seré a soldagem mais dificil da montage to, execute-a com calma e vagar, seguindo estas instrugdes. Remova, antes de colocar o relé no circuito, qualquer sujeira existente nos contactos, ou oxi- Exemplo de leitura de um resistor 4° anel dorado ‘Banel vermelho Lé-se"2200 OHMS, tolerancia 5%" NOVA ELETRONICA 265 FIGURA 2 266 NOVA ELETRONICA =e) uence CONECTE ATRI “rowan | vivo" NO CENTRO PLACA DE FIACAO IMPRESSA VISTA ‘0 Lao0 Dos COMPONENTES vivo" mabree OVO" 0 COMECTE Se ama2 RA 2 LISTA DE COMPONENTES CoM RRC CCM Me Mu en CCC Re mn MT a ane DE Me ses ea Le Ce ie ee ie cc ee Cee er eet eC Ron MOR cae) nn OMe eee a ate igual valor que ndo sejam de poliester, para usé-los Cee Ca cat TT eee aCe aR} DU tes Cees poe eat Re Ree ee een CC cet mene oar CMC cea Seat et e eRe eee eee eet | CCM CM hc eM ete cd Cy Cuter Men CRC ae) obstruir a tela e os rasgées, além de produzirem Fema ee rT eat ca) eum a me cece at local, a caixa se manteré com étima aparéncia, Tee MC CT Ty Eee CONECTOR R 22 VISTO DE TRAS © WAD CONECTADO NY SoM oY COM SU TODSASICrC DPN > Ren Ce CeO tec oan De ce cet ced Se a1 — BC208 (oY ee 1or 03 — BC208 04 — BC208 Q5 — BC208 Cor em 1or20) Coy e070) Color Color Q10 — 8C337 Col em Ter.) Deen ee OLN iol Seer) NN eT A Dra) Dyan) Dx deee a RCL) YALL pe Deniers PN) NOVA ELETRONICA 267 PSST Celle Ce ORCL Cee ier Rt — 1MQ ey emcee Cyan Cn eee Cree Bact Cre Cea) fee ral mean s Came cs) R12 — 30k2 © 5% Cae ORD Cee OCD eee enone ee Cram) Ga emt) eae) ieee ase) amen ORS ‘ (yee Coe) Laem SnD R24 — 4,7k2 @ 6% eens Coed ans Gye OCS Green Okt eee Tee Cress ike rats) cme Ont Ck eC OCT Geen ona ik eee ORCe eee RCL ie ce Cane CT oe rr ee ate) ieee Ce Cn Ree tc 268 NOVA ELETRONICA loser g €3 — 0,047 uF — poliester [orem Tem atc erg ome LL ey eT eee ar Cen yy see oe Ce Kye eee sacs Cea aC a C11 — 0,01uF — poliester (oo eee RV CT} (oleate st aye eee aCe Ce eat kit, "casado” a bobina (el eet Va ee Cy clea ree Lag ot eee tC RVR ec) (ol eee Cae NV Ca) (en aR em ICT} (Teer aC AVI) (ee aa Cn rc} (ork ee Cee tad (oe ae eer} C25 — 0.01nF — 630V Dene eer et em TS ree Ome ce ts eat aes Pee ieee se tea cae Caixa de madeira — (opcional) imitando cai poner Mesa eh) ST CCR CCU Cle ae a Me aC Met) te eld Retr ee eC are) BO eter Mur ie eae ete Cd Cee eta CnC elt) Eritrea aed ace Se Para Mae ae ee tue ee eae) DC oe ara erie met ae TU} Goa Courts ares Nee Pe ee eect ae mC I? OTe ene cha ae ae eae Denese Ce eae mea ery 1 Transformador de alimentagao 110/220 V — 12 COED Co nO rN reek M Ree Pa at er uo MSC Cem at Corr Ue ca Pa a ee Brey ee ESPECIFICACOES FREQUENCIA DE OPERACAO CMe rd Retry Oe ae eR CR a) CeCe Ce cae Os Rear da¢do. O tempo gasto com esta operacdo evitaré dificuldades muito maiores depois, caso os termi- nais no estejam bem limpos, Se a limpeza for bem feita, a solda cobrird facilmente os terminais. Se néo o fizer, logo a primeira tentativa, retire o relé e limpe melhor, ao invés de insistir com 0 aquecimento e a solda. Estando limpo e colocado © relé, solde, um por um, 0s terminais, encostando © soldador com a ponta bem limpa e estanhada aos mesmos, ao cobre da placa de fiacdo impressa e fazendo a solda “correr” bem Iiquida sobre estes, Pode usar de tempo um pouco maior para obter esta fluéncia da solda, pois o relé resistiré mais que os transistores, por exemplo, a0 super: aquecimento. Nao ultrapasse, porém, os limites ditados pelo bom senso. Qualquer “‘casca’’ preta que se vd formando ao soldar, ao redor da solda, deve ser removida com canivete afiado antes de prosseguir, deixando sempre o cobre da placa de fiagdo impressa muito brilhante, antes de receber a solda, EM NENHUM CASO USE PASTA PARA SOLDAR, ou solda com resinas corrosivas! Cuida- do para nfo fazer “pontes”’ (curto-circuitos) entre 08 terminais do relé. Colocado o relé, passe a0 transformador. Antes, porém, ¢ de boa prética, apesar de no necessdrio, soldar por baixo da placa de fiagéo impressa, na chapa de cobre, fio nu, acompanhando toda a fia¢do onde existiré alta CAMPO ULTRA-SONICO ee ECC ee ee) POC Red REM uM ee aii) Oe ture CRT ass Oe Cee Mec eee emt POTENCIA MAXIMA DE CONTROLE em COn CA REQUERIDA aU Mtoe aOR neti ar ae UWL Aen CCC aa ane) de primeira linha e previamente provados em nosso eee Mir tae cu ch ee TM cee en eC Ree cat oe Oma Ce Re ie a tes sete Ee Ee ae Re Cs ee esc ees tenso e corrente, ou seja, 110 ou 220 V, para maior seguranca, principalmente se vocé for usar © alarme para controlar aparelhos que consumam mais que 1A. Corte todos os fios do transformador com um comprimento igual a soma da disténcia entre a placa de fiagdo impressa e o carretel pléstico do transformador, por onde saem os fios e mais dez milimetros de sobra. Retire cinco milimetros da Ponta da capa isolante dos fios do transformador, torcendo-os em seguida. Enfie cada fio em seu furo na placa de fiacdo impressa, baseado na COR dos fios e nao na posicéo dos mesmos; esta poderé variar, Os fios verdes podem ser invertidos entre si. O fio preto (comum) vai ao furo onde se 18 “preto”. O fio marrom (110 V) vai ao furo onde se 1 “marrom”. O fio vermelho (220 V) vai ao furo onde se é “vermelho”. Prenda o transfor- mador @ placa de fiacdo impressa com os para- fusos 1/8” por 1/4" e porcas 1/8”. Passe cola branca sobre as sobras (pontas) dos parafusos e as orcas, sem exagero, para que estas no se soltem com 0 tempo. As fendas dos parafusos poderdo ser deixadas ambas na mesma direcdo, para melhor estética. Solde os fios do transformador a placa de fiago, cortando as sobras. Se estiver usando a caixa que imita caixa actstica, corte, agora, quatro pedagos de fio de ligacdes encapado, com 6 cen- NOVA ELETRONICA 269 timetros de comprimento, retire das pontas (as duas) de cada um, cinco milimetros da capa isolante. Solde-os pelos furos da placa de fiacdo, onde encontrar as letras A, B, C e D. Estes furos esto no lado maior da placa mais préximo ao transformador. Se 0 aparelho for trabalhar com 110 V, ligue 0 fio “B” ao furo "110 B"; se for trabalhar com 220 V, ligue 0 fio “B” ao furo "220 B" Corte dois pedacos do mesmo fio com cinco centimetros de comprimento e “descasque” cinco milimetros de cada ponta, soldando-os pelos furos “E" e “F". Corte mais um fio com onze cent: metros de comprimento, “‘descasque” cinco mili- metros das duas pontas e guarde para depois. Separe dois plugs “RCA” que serdo encaixados nos transdutores e retire sua capa plastica, se houver. Esta nao seré utilizada. Corte agora quatro pedacos de fio encapado, com dez centimetros. Tome dois deles e “descasque” cinco milimetros da capa de todas as pontas. Pegue os outros dois, descasque uma ponta de cada em cinco milfmetros € as outras com 0 comprimento suficiente para, enfiando-as por trés dos plugs “RCA”, sairem pela ponta 6ca, para fora, Solde em ambos os plugs essas pontas com os fios dentro, com cuidado para no fazer curto: Circuito com a sua capa metalica. Solde em ambos 05 plugs 0s outros dois fios, 8 capa metalica. O fio que soldou ao terminal dco, central, seré chamado “V1VO". O da capa metdlica é 0 “BLINDAGEM”, IMPORTANTE: nao use fio blindado (shield) em substituic&o a estes dois fios comuns de cada transdutor, pois as altas freqiiéncias que neles cor ero sero muito absorvidas. Nao use, também, fios mais longos que 0 recomendado. Solde as pontas livres dos fios com plugs “RCA” pelos furos "VIVO" e “BLIND” da placa de fiag3o impressa, Estes furos esto no lado maior da placa, mais préximo a bobina e distante do trans formador. Esté concluida a montagem da placa de fia¢o impressa. Confira uma ou duas vezes cada com- ponente com a figura 2, ndo esquecendo de asse- ‘CAPTADOR EMISSOR ° FIGURA 4 FIGURA S| 270 NOVA ELETRONICA, DETALHE gurar-se da correta leitura dos valores em cédigo dos resistores, que séo causa de boa parte dos enganos mais freqilentes. Um resistor de 1k (marrom-preto-vermetho), meio desbotado, confun de-se facilmente com um resistor de 10 k® (mar- rom-preto-laranja) com a cor laranja mais aver- melhada, Os resistores de 4,7k2 @ 47k2 sio também muito féceis de se confundir, Existem Varios destes resistores no circuito. Depois que se etra e 0 aparelho ndo funciona, a possibilidade de se haverem danificado componentes devido ao erro, a desconfianca, o nervosismo e a frustracdo podem levar 2 um estado de desespero que inibe © raciocfnio e a possibilidade de encontrar o erro, facilmente identificavel se este for procurado antes de se provar 0 dispositive. Um “check-up” feito Por outra pessoa é utilissimo, pois esta facilmente descobrird erros que nos acostumamos a tomar Por acertos, Passe agora a montagem final. Separe os dois transdutores ultra-sonicos (as duas pecas cilindricas e negras) e verifique qual deles foi escolhido, em seu “kit”, como o EMIS- SOR. Apesar de serem “iguais”’ e servirem para ambas as fungdes de emissor e captador, um deles foi aquele utilizado na calibragem da bobina como emissor e é assim que vocé deveré usé-lo, para obter o maximo rendimento, Supondo que esteja usando a “caixa actistica’’ (imitagéo) para acondicionar 0 alarme, pegue a chapa de Duratex que possui dois furos com o mesmo didmetro dos transdutores ultrassénicos. Coloque a chapa na posigdo em que a vé na fig. 4, muita atencdo para ndo a inverter pois os furos menores ficariam fora de lugar, Verifique na figura a posigéo destes furos para assegurar-se de ter colocado a chapa na posi¢éo correta. Entie 0 transdutores nos seus respectivos furos; o emis- sor e 0 captador. Use cola branca para fixd-los af (serd possivel destacé-los se necessdrio, pois esta cola apenas os fixard). Vista a placa na posigdo da fig. 4, a frente dos transdutores (lado com tela) deverd ficar enfiada para baixo e serdo visiveis as suas partes posteriores (fig. 5) Deixe secar a cola (estard seca quando se tornar completamente transparente). Separe os trés parafusos 1/8” x 1 1/2” e enfie estes parafusos nos trés furos internos da chapa de Duratex, fazendo as pontas dos mesmos sairem para o lado da chapa onde esté a parte de trés dos transdutores (fig. 6). Coloque uma porca de 1/8” em cada parafuso e firme estes ultimos 8 chapa. Use cola branca sobre as porcas para evitar que se soltem no futuro. Ponha mais uma porca de 1/8" em cada parafuso e desga-as de sete a oito milimetros, fixando-as ai com a cola. Nao € neces- sirio esperar secar. Encaixe os dois plugs “RCA” nos transdutores, aproximando a placa de fiacdo impressa da chapa com os transdutores e os para- fusos, Verifique: a blindagem deve chegar a envol. ver a carcassa dos transdutores com firme con- tacto! Apés encaixar os plugs aos transdutores, enfie a placa de fiagdo impressa nos trés parafusos da chapa de Duratex com os transdutores. A face cobreada da placa de fiagdo impressa, deve ficar para o lado da chapa de Duratex, isto é, para FIGURA 6 NOVA ELETRONICA 271 FIGURA 7 dentro do conjunto entéo formado, enquanto os componentes ficam para fora, 8 mostra (fig. 7). Atengdo para que haja distancia entre a placa de fiago impressa e os plugs enfiados nos trans- dutores, para evitar “curtos”. Coloque porcas de 1/8” nos trés parafusos e @ a placa de fiacdo impressa, Prenda as porcas com cola. © conjunto formado pela placa de fiagdo im- pressa e a chapa-suporte, de Duratex, pode ser colocado agora dentro da caixa de madeiracom tela, que imita caixa acustica. O lado do conjunto em que esto os transdutores fica oposto ao lado da caixa de madeira onde esto os furos para os controles. O transformador, fica para 0 mesmo lado que os furos (veja a fig. 8). Tome quatro dos parafusos para madeira e fixe © conjunto que contém a placa de fiagdo impressa, dentro da caixa de madeira, aparafusando-o pelos quatro furos restantes da chapa de Duratex, nos quatro cantos, ao apoio interno préximo a tela da caixa de madeira. Use 0 alicate de pontas, ou um guia qualquer para levar os parafusos até seus furos, 14 dentro da caixa: 6 importante que os quatro fiquem bem presos. NAO COLE! Serre o eixo do potenciémetro deixando 10 mi- limetros. Lime e dé acabamento ao corte. Dobre as duas abas pequenas, de metal, da capa do po- tenciémetro para que ndo atrapalhem a fixagao. Nao dé a sobra do eixo do potencidmetro para criangas brincarem pois poderao engolir. Colo- que, de dentro para fora, o potenciémetro no furo nimero um da caixa (fig. 8). Prenda-o com a porca, deixando os terminais de geito facil para soldar, para o lado de quem olha a caixa aberta, Prenda, agora, no furo nimero dois (Fig. 8), © interruptor. Retire antes todas as porcas e ar- ruelas. Use apenas uma porca, do lado de fora da caixa, para a fixagéo do interruptor. Coloque o conector, pelo lado de fora da caixa de madeira, usando dois parafusos e duas porcas de 1/8”. Se o conector vier no “kit” com oito sec¢6es (16 parafu- 308), corte-o pelo meio, pois usard somente quatro (8 parafusos). O conector vai preso pelos dois furos pequenos ao lado de um furo grande, na caixa de madeira, Pelo furo grande, faca passar os, fios ligados aos furos B, C e D. Conformea fig. 2, ligue esses fios a0 conector. Tome 0 fio com onze centimetros que deixou separado e ligue a0 conector, passando pelo furo e soldando-o ao polo central do interruptor, de acordo com a fig. 2. Solde o fio que vem do furo “A” da placa de fiagdo impressa a um dos polos restantes do interruptor, solde, agora, ao poten- cidmetro, os fios que vém dos furos E e F da placa de fiagéo impressa (fig. 2). Coloque um knob no potencidmetro, Coloque a tampa de trds na caixa de madeira e esté pronto o aparelho Para provas. FIGURA 8 272 NOVA ELETRONICA, cuIDADO Antes e durante as provas do dispositivo, lem: bre-se que existird alta tensdo (110 ou 220 V) no circuito. O aparelho foi desenhado para dar-Ihe a maior seguranca possivel, mas vocé deve proteger-se quanto a choques perigosos ou mortais. PROVA E AJUSTE ANTES DE LIGAR Conforme tiver escolhido para a operacio do aparelho, este deverd ser ligado a 110 ou 220V, bem como, a sirene, a limpada, a campainha, ou © que desejar que o aparelho “ligue’” ao ser dis- parado; deverdo ser para a mesma tenséo de 110 ou 220 V para qual o aparelho tiver sido preparado, Ligue, provisoriamente, uma lampada aos ter- minais do conector que vem dos fios C e D, por meio de um soquete com dois fios. Ligue os outros, do conector 4 rede (110 ou 220 V CA conforme estiver preparado internamente o aparelho). Gire © potencidmetro até metade de curso. Ligue o interruptor. Espere de seis a dez segundos, imével e sem qualquer pessoa ou movimento na sala, Se tudo estiver funcionando, nao deveré ainda acen- der-se a lmpada; se tiver se acendido pouco apés ligar 0 aparelho é porque o interruptor estaria liga- do no momento em que fez a conexéo a rede. Desligue, entdo e repita a operacéo. NOVA ELETRONICA 273 Espere imével mais uns dez segundos para certificar-se que 0 alarme ndo dispara sozinho. Mova agora a m&o em diregdo a frente da caixa — a limpada deveré acender-se, Desligue a chave interruptora — a lampada se apagard. Ligue nova mente apés cerca de seis segundos: a impada nao deverd acender-se enquanto vocé estiver imével Este interruptor serve, portanto, para recolocar o aparelho na condigéo de espera, pronto para disparar. PERIGO: Existiré sempre dos dois lados da placa de fiagdo impress, mesmo com o interruptor desligado, a perigosa tensdo da rede. Use ferra- ‘mentas isoladas caso venha a trabalhar na placa de fiagdo impressa com os fios ligados a rede. Jamais desligue 0s fios do conector sem ANTES desligd- los da rede (tomada) Repetindo-se 0 teste, estando o aparelho fun- cionando ao haver movimento, vocé pode testar agora o alarme em diferentes posicdes, no recinto destinado a seu uso, bem como ajustar no poten- ciémetro 4 sensibilidade ideal. Empregue sempre a MENOR sensibilidade que seja suficiente para disparar o alarme nas condigées desejadas. Sensi- bilidade demasiada, entdo, serviré apenas para diminuir a margem de seguranga quanto a um possivel falso disparo. A posi¢do ideal é mostrada na fig. 9. © alarme possui um retardo proposital no disparo, de seis a dez segundos, para permitir que vocé se retire do aposento apds ligado e posto 0 aparelho em condigao de espera. IMPORTANTE © ALARME FO! PROJETADO ESPECIFICA- MENTE PARA USO NO INTERIOR DE APO- SENTOS E NAO AO AR LIVRE. CASO TENTE ADAPTA-LO A ESTE USO EXTERNO, A RES- PONSABILIDADE SERA APENAS SUA. A poténcia maxima fornecida pelo aparelho para controlar lampadas, sirenes, etc., ndo poderd ultrapassar 3 A. Caso poténcia maior for necesséria use um relé que controle essa poténcia e opere o relé com o alarme. Jamais tente operar um Unico relé com dois ou mais aparethos ultra-sénicos, Posi¢Go correta para maior cobertura d Posi¢do incorreta FIGURA 9 274 NOVA ELETRONICA, Pois correrd risco de incéndio! Evite apontar o aparelho para superficies que vibrem ou se movimentem. Cortinas movidas pelo vento, etc., poderdo disparar 0 alarme. Faca testes cuidadosos a este respeito. O vento forte direta- mente sobre 0 aparelho pode causar também o disparo. Com algum treino poderd encontrar a posi¢o ideal para colocar o aparetho, protegendo valores, pecas de arte, portas, janelas, etc. A posigdo do aparelho pode ser vertical ou horizontal. © maximo alcance do alarme dependeré da conformacao do recinto, da reflexdo ou absorcao das ondas ultra-sdnicas pelas superficies, bem como da temperatura, umidade e presséo atmosfé- rica Se possuir televisores com controle remoto ultra-sénico no mesmo recinto onde instalar 0 alarme, desligue o televisor usando seu interruptor GERAL e NAO o controle remoto, ao ligar o alarme, ou 0 circuito de controle, no televisor, poderé ser danificado. SE O ALARME NAO FUNCIONAR Procure as seguintes possiveis causas de néo funcionamento e proceda conforme segue: Ligue a ponta de prova do voltimetro para leitura posi- tiva de CC a0 ponto Possiveis leituras de tensdo 1. Soldas mal feitas ou outras ligagées com mau contacto. 2. Componentes invertidos na montagem, princi palmente diodos, transistores, capacitores ele- troliticos ou bobina fora de posi¢go e, por Ultimo, 0 transformador. Resistores no tém polarizacdo: qualquer posi¢ao servirs. 3. Mau contacto ou interrup¢ao no fornecimento de tensio pela rede: verifique se a tomada fun- ciona, bem como os fios, conector, soquetes, ete, 4. Vooé se esqueceu de girar 0 controle de sensi bilidade 0 suficiente ou, inadvertidamente, o fez ir parar na posicao de minima sensibilidade 5. “Pontes’” de solda ou terminais mal cortados, pondo em curto-circuito filetes de cobre da placa de fiacdo impressa em algum ponto Percorra cada parte da mesma para observar. 6. Capacitores ou resistores danificados ao serem enfiados na placa de fiagdo impressa. 7. Se possui multimetro, meca as tensdes nos di: ferentes pontos do circuito conforme a tabela anexa. 8. Releia a descri¢do do circuito e seu funciona- mento. Observacdes Jungao C24, D7, D9, ete. 1-15 V CC ou mais Transformador e 07 a D10 funcionando. 2_—Menos de 15 V CC Verifique 0s diodos se estéo invertidos. Verifique 0 transformador se estd com os enrolamentos in: terrompidos. Verifique as ligacdes do trans- formador a placa de fiacdo impressa NOVA ELETRONICA 275 Jungao C22, emissor de Q11, etc. 1 —Entre 10 15 VCC Verifique se esto correta- mente conectados 0s compo- nentes R41, R42, D6, C23, C24, Q11 e sua fiacdo impres- sa, Menos de 10 V CC Desligue 0 alarme da tomada da rede e meca a resisténcia do ponto de jungdo de C22 com 0 emissor de Q11, etc., 4 terra. Se for menor que 1kQ verifique todo 0 circuito de alimentacgao 4 procura de curto-circuito ou componen- te mal colocado. Se for maior que 1k, C22 esta perfeito. Verifique 0 circuito da base de Q11, 8 procura de D6 ou C23 invertidos ou resistor in- correto e 0 préprio Q11 ins talado com os lides trocados, TESTE DO RECEPTOR terminal positivo de C18 Tenso varia com movi- | Transmissor e receptor fun- mento daméo na frentedo | cionando. alarme, 2. Tensfo varia quando se | Receptor funciona mas hé bate no transdutor TRI | problema com o transmissor. (se a sensibilidade estiver no maximo). 3. Nao varia a tenséo com | Faca o proximo teste nas movimento ou batida, mesmas condigées deste Ulti- mo. Ponto de conexdéo de R25 | 1. Tenséo varia quando vocé | O receptor funciona. Verifi- com C17 e coletor de Q6. bater em TRI. que os componentes ligados a Q7. 2. A tensao é maior que 1V | D3 ou D4 invertidos. CCe nao varia com batidas em TR1 ou movimento. 3. Tens&o menor que 1 VCC | Faca o proximo teste nas e nGo varia com batidas | mesmas condigdes deste ul- em TR1 ou movimento. | timo. 276 NOVA ELETRONICA dungdo entre R17, R16 e co- letor de 04, Mega a tensio no “vivo” do TR. 1. Tensio varia quando bater em TRI. O receptor funciona. Verifi que 0s componentes conec- tados 2 06, 2. Nao hé variagdo de tensiio quando se bate em TR1. 3. Troque os transutores en- tre si e repita o teste desde co coletor de Q6. a 1, Tenso ao redor de 11 V cc 2. Leitura deve aumentar 0,1 ou 0,2 VCC Leitura deve diminuir 0,2 a0,3V CC. Verifique todos 0s componen- tes e fiagdo entre 4 e TRI. Um osciloscépio deveria mos- trar, desde C7 até TR1, 0 sinal de recepgao dos 40 kHz ou de batidas em TRI. Ambos os transdutores esto funcionando se a tensao variar No teste ao coletor de OG quando qualquer transdutor estiver em lugar de TR1. Mantenha as pontas de prova na posigdo e faca os préximos testes Quando vocé curto-circuitar 3 terra a base de 05. Quando 0 emissor de Q5 for Posto em curto com a terra NOVA ELETRONICA 277 PROVA DO “SCHMITT TRIGGER” E RELE Sendo 0 circuito* muito reduzido em numero de componentes, havendo variacao e leitura corre- tas nas tensdes dos testes anteriores, verifique, um por um, os componentes e fiagdo do Schmitt Trigger, ou seja, desde R30 até o relé. O diodo DS, por exemplo, poderd ter sido soldado invertido, bem como os lides de Q8, 9 ou Q10 trocados. Verifique, atentamente, a soldagem do relé, Desli- gue por cinco segundos o alarme e ligue novamente, ficando imével por quinze segundos. Verifique se hé variagdo na tensdo positiva no coletor de Q10 quando se mover ou mover a mao proximo aos transdutores. Se o alarme, mesmo com o potenciémetro a 1/2 curso ou minima sensibilidade, dispara imedi- atamente ao ser ligado $1, ou a tensio alimen- taco, é muito provavel que Q10 esteja instalado incorretamente (coletor trocado com emissor), Verifique, finalmente, todos os elementos do alarme, conector, fiagéo da placa, fiagZo entre placa e controles e entre placa e conector, fiagdo externa, Se todos esto instalados corretamente, Procure por defeitos nos componentes (o que é extremamente improvavel, a ndo ser que vocé os tenha aquecido demais ou tido pouco cuidado na montagem mecénica. 278 NOVA ELETRONICA, CONHECA 05 DIODOS PARA Ri Com 0 continuo avanco da eletrénica em seus indmeros ramos, existe sempre um determinado componente ou dispositive que escapa 3 nossa atualizago. Este ¢ 0 caso de certos diodos para RE, muito usados hoje em dia, principalmente em circuitos de sintonia. Vamos apresentar tals diodos neste artigo, ‘expondo rapidamente seus funcionamento e suas aplicagSes. Como cada um deles tem varios nomes, julgamos oportuno inclui-los também. NOVA ELETRONICA 279 1. O diodo de sintonia Este diodo foi projetado para tirar 0 maximo proveito de uma caracteristica comum a todos eles: a variagdo da capaciténcia de acordo com a tensio reversa nos terminais. O nome “diodo de sintonia” refere-se ao mesmo componente que chamamos “varactor” ou “varicap”, ou ainda, VVC ou capacitor varidvel com a tensdo (voltage variable capacitor) Estes diodos podem ser aplicados em VHF , UHF ou nas frequéncias mais baixas de faixa de AM. Como veremos adiante, podem ser do tipo abrupto ou hiper—abrupto e séo usados em con- troles autométicos de freqiléncia. principal pardmetro de um diodo ‘varicap’" 6 a sua razdo de sintonia, que nada mais ¢ que a variagSo da sua capacitdncia dentro da faixa Util da tensdo reversa nos seus terminais (fig. 1). FIGURA 1 Observamos que a capacitancia decresce com aumento de Vp (tensdo reversa). Temos, por- tanto; razo de sintonia (Tuning Ratio — TR) = CiVAy)/CIVR2) Outros pardmetros importantes no “varicap”, séo a tensio de ruptura, Q (figura de mérito) e linearidade capacitancia — tensio, Tudo © que precisamos saber sobre tensio de ruptura é que deve ser, pelo menos, igual 2 Vjj9, que 6 a tensio maior da faixa util do diodo. A figura de mérito, Q, 6 definida como a razao entre a energia armazenada e a energia dissipada, Isto contribui para 0 Q do circuito, que, por sua vez, esté relacionado com a banda de passagem (fig. 2). Finalmente, hd a linearidade capaciténcia-tensio, que ndo é muito critica, mas a consisténcia de linearidade (ou néo-linearidade) entre diodos é (muito importante 280 NOVA ELETRONICA Aplicando o varactor Neste ponto, é facil perceber que uma das aplicagdes mais difundidas do diodo “varicap" 6 em circuitos de sintonia de radio e TV. A grande maioria dos aparelhos de radio e TV tem como circuito basico de sintonia um circuito LC (fig. 3). A freqiiéncia de ressonincia desse Circuito é dada por: an /c Conelui-se que, se L ou C for diminuido a freqiiéncia de ressondncia sofreré um aumento, Antes da introdugdo do “varactor" nos circuitos de sintonia, 0 valor de L ou C era variado mecani- camente para se conseguir a frequéncia desejada, Substituindo-se parte de C por um “varactor’”, temos meios de variar a freqiiéncia sintonizada com uma tenséo CC (fig. 4). F Muitos sintonizadores contém varios circuitos sintonizados onde & necessério 0 acoplamento mecinico de capacitores ou indutores. Usando-se “varicaps”, porém, todos 0s circuitos podem ser sintonizados pela aplicago de uma Unica tenstio CC a todos eles. Para obtermos uma boa compatibilidade de fregiiéncia entre os circuitos sintonizados, é neces- sério que as caracteristica V-C dos “varactores"” estejam “casadas”. Desa maneira, quando prova- wa BAIXO FIGURA 2 FIGURA 3 =a FIGURA 4 dos na fabrica, os “varicaps” so separados em con juntos de 1 a 2% de variagao nos parametros. 2.0 diodo “bandswitch’’ (comutador de banda) Devido a limitagdo da faixa de capacitancia de um “‘varicap”” que, por sua vez, limita a faixa de freqiiéncia do circuito sintonizado, no é possivel mudar de faixa de sintonia usando esse elemento (de 60 para 200 MHz, em VHF, por exemplo). Para se conseguir variacdes to grandes em fre- qiiéncia, (de uma faixa a outra) usase outro tipo de diodo: 0 comutador de banda ( bandswitch diode) que trabalha_utilizando a principal ca- racteristica de todos os diodos, que é a de con- duzir corrente em um sentido e ndo conduzir no ‘outro, Explicando melhor: ele age como um inter- ruptor, inserindo ou retirando indutancias do cir- cuito sintonizado e, assim, mudando as faixas de recepcao (fig. 5). FIGURA 5 Seus principais pardmetros sto baixa tensdo em polarizagdo direta e boa resposta em freqiiénci pois ele deve se comportar como um curto para o sinal de alta freqiiéncia, quando polarizado di retamente, 3. 0 diodo “Hot Carrier’” E também conhecido como diodo “Hot Elec- tron”, “Schottky” ou barreira “Schottky” A juno desses tipos de diodos & formada pela deposicéo de um metal em silicio altamente "dopado” Este processo da origem a um diodo de baixa capaciténcia e baixa carga armazenada, refletindo em alta velocidade de comuta¢ao. Apesar de poder ser usado para comutagdes ultra-répidas, € mais utilizado como um diodo misturador em sintonizadores UHF. Para entendermos as vantagens do “hot car rier” como misturador é preciso um pouco de conhecimento deste tipo de fungao. A funcao do misturador é variar a freqiiéncia do sinal sintonizado de RF (que pode ser variado Por toda a faixa de sintonia do radio ou TV) para uma freqiiéncia fixa que pode entao ser processada Por circuitos fixos (ndo-sintonizéveis). Esta fre- qiéncia fixa é chamada freqiiéncia intermedidria (Fl) @ 6 gerada ao se misturar a freqiiéncia sintoni- zada de RF e uma outra gerada no proprio apare- tho, que sempre igual a diferenca entre RF e FI (RF-Fl). Esta freqiiéncia gerada no préprio local varia (por sintonia) 20 mesmo tempo em que RF & sintonizada. Portanto, FI seré sempre constante. Quando misturamos duas freqiiéncias, A e B (fig. 6), usando um diodo, obtemas 4 componen- tes, de acordo com a mesma figura, Podemos, portanto, filtrar os componentes indesejéveis, deixando apenas A-B ou RF — — (RF-FI) ou Fl, a freqiiéncia fixa desejada, A caracteristica ndo-linear do diodo “hot-car- rier” torna-o particularmente adequado como mis- turador, porque realca os sinais soma e diferenga © suprime os componentes bsicos A e B. Outros pardmetros desejdveis so a sua baixa capacitancia e seu baixo ruido FIGURA 6 NOVA ELETRONICA 281 COMANDANDO UM ROTATIVA E Deixando de lado, por um momento, as mon- tagens complexas, vamo-nos deter um pouco em um circuito simples, que deverd ser util a muitos dos nossos leitores. A idéia & “acender” os algarismos de 0 a 9 em um “display” de LEDs através de uma chave rotativa simples e comum, de um polo e dez po- sig6es. Para tanto, precisamos do “display”, da chave, de alguns resistores para limitacéo de cor- { rente — um para cada segmento do “display”, de | uma matriz decodificadora, de uma fonte de | e alimentacao e, evidentemente, algum tempo dispo- | nivel para sua montagem. A originalidade de nosso circuito esté exata- | ‘mente na matriz decodificadora, que, ao invés de | ser constituida por um circuito integrado, foi “desdobrada” em 47 diodos, como podemos | observar na fig. 1 © circuito pode ser alimentado com qualquer tenséo retificada de 2a 9 V; 0 consumo de corren- te é da ordem de 150 mA. Os resistores devem ser calculados de acordo com a tensdo escolhida, pela seguinte expresséo: onde V = tensdo de alimentagao em Volts. R resistor a ser determinado em Ohms (dissipacdo de 1/4 W) As aplicagdes séo imediatas: provador de seg: mentos em “displays”, placar de acionamento ma: nual para diversos tipos de competic&es esportivas, jogos e até mesmo para fins didéticos, em aulas de elettdnica, etc, Mais aplicagdes ficam a cargo da imaginago e engenhosidade do leitor. 282 NOVA ELETRONICA, COM CHAVE MATRIZ DE DIODOS RELACAO DE COMPONENTES (ose 0) R1 a R7 — ver texto Dye em CLC Rene olen On om amt eC} ee en) vec FIGURA 1 NOVA ELETRONICA 283 UMA NOVA ERA PARA MEMORIAS E SENSORES Em 1970 surgia, anunciada por cientistas dos laboratérios Bell, uma nova tecnologia destinada a revolucionar determinadas dreas da eletrénica. Foi batizada como CCD, forma reduzida de "Charge Coupled Devices”, tornando-se Dispos tivos de Cargas Acopladas, em portugués. As éreas invadidas pela tecnologia CCD foram, principalmente, as de sensores de imagem (como, por exemplo, as cémeras de TV) e as de memérias 284 NOVA ELETRONICA digitais de grande capacidade de armazenagem. Devido a sua estrutura basica, pode ser utilizada também em linhas de atraso controladas, nos equipamentos de telecomunicagées. Veremos, desta vez, em linhas gerais, o funcio namento, caracteristicas e aplicages da técnica CCD. Em artigos futuros daremos explicagdes mais detalhadas sobre cada um de seus campos de aplicagao. NOVA ELETRONICA 285 ALGUNS PARTICULARES ESSENCIAIS Os componentes CCD sao circuitos integrados monoliticos, quer dizer, os circuitos so fabricados em um 36 “bloco”’ e seu principio de funciona- mento se baseia na transferéncia de “pacotes” de cargas elétricas. Em CCD, portanto, os sinais sio manipulados sob a forma de agrupamento de cargas (chamados “pacotes”). Percebe-se que o principio de operagio da técnica CCD difere bastante das outras, que lidam com os sinais mo- dulando-os como correntes elétricas. Os termos “‘acoplamento de cargas” ou "“trans- feréncia de cargas” expressam o deslocamento de toda a carga elétrica mével (que representa o sinal), armazenada em um elemento semicondutor, para um elemento similar, adjacente, na estrutura CCD. Tais elementos armazenadores so chamados pogos de potencial e aparecem nesse elemento semicon- dutor sob eletrodos submetidos a niveis de tensio determinados. Os niveis de tenséo, criados por uma freqiiéncia externs aplicada ao elemento CCD, séo os responsdveis pela transferéncia da carga elétrica de um poco de potencial a outro. Podemos entender melhor toda essa teoria com a ajuda de um exemplo ilustrativo. Na fig. 1 est esquematizado um segmento de um elemento CCD em escala ampliada, onde se vé suas trés partes principais:0 substrato, de silicio tipo P ouN, a camada MOS isolante e os eletrodos metalizados. Tomando como exemplo um elemento com substrato tipo Ne aplicando ao mesmo uma certa tensiio. minima negativa, obteremos, em conseqiiéncia, uma camada de deplexéo uniforme sob os eletrodos (fig. 1A). Para fazer com que o dispositivo CCD esteja apto a armazenar cargas deve-se aplicar, a um dos eletrodos, uma tensgo mais negativa (V2) que aquela aplicada ao subs- trato, dando origem a uma camada de deplexéo mais profunda abaixo do eletrodo, que é o que se denomina pogo de potencial. O elemento pode, agora, receber e armazen: cargas que, no silicio tipo N, séo “buracos”. Como o eletrodo esté negativo em relacdo ao substrato, os “buracos" séo atraidos ao poco de potencial Para deslocar @ carga de um eletrodo a outro, uma tensio ainda mais negativa (V3) deve estar presente no eletrodo adjacente, a qual vai causar © aparecimento de um poco de maior potencial, para onde serdo atraidos os “buracos” (fig. 1C). 286 NOVA ELETRONICA. FIGURA | warivo Vv MEMORIZACAO WO, mop0 DE TRANSFERENCIA vi Semicondutor Tipo N WE, TRANSFERENCIA COMPLETADA 1c 1D Transferida a carga, as tensées voltam 8 condigao. da fig. 1B, exceto pelo fato de que se moveram de um eletrodo (fig. 1D). Conclue-se, apés tal explanago, que a capaci- dade de armazenar informagdes sob a forma de carga dos dispositivos CCD torna-os perfeitos para so como memérias digitais; e que o deslocamento de cargas em seu interior, controlado por uma freqiiéncia externa, faz com que sejam comparé- veis a registros de deslocamento (shift registers). MAIS CARACTERISTICAS Recuando um pouco em nossas explicagdes, observa-se que os elementos CCD nao necessitam de jungées PN para deslocar dados de um ponto @ outro; tais jungdes so requeridas apenas para injetar e recolher sinais nesses elementos. As informacdes enviadas aos elementos CCD so provenientes de uma ou duas fontes, depen- dendo da aplicaggo a que os mesmos se destinam. Uma meméria ou um “shift register” recebern os dados por uma injecéo de carga no substrato. Nos sensores de imagem a fonte de informacées, é, naturalmente, a energia luminosa varidvel que, incidindo no substrato, gera as cargas sob a forma de “elétrons-buracos”. Um detalhe importante a observar é que o “pacote’” de cargas, a0 ser deslocado ao longo de um elemento CCD, nao deve perder, nem rece- ber, uma quantidade significativa de carga, ou a informaggo iré mudar e ndo seré mais igual a0 sinal de entrada. A porcentagem de retencdo de carga que corre na movimentacdo dos “pacotes”” de uma célula armazenadora para outra é chamada de eficiéncia de transferéncia. ALGUMAS APLICAGGES Como sensores de imagem, os elementos CCD se estabeleceram praticamente invictos, isto é, quase sem competigao por parte de outras tecno- logias de semicondutores. Seu grande desenvolvi mento foi devido ao fato de poder substituir, ‘com vantagens, as velhas técnicas de captacdo de imagens, pois n&o necessitam dos circuitos de varredura e de alta tensio das cémeras conven- cionais. Nos sensores CCD, uma imagem incidente na superficie do conjunto de células é transformada em uma distribuigo de “pacotes” de carga, que corresponde exatamente aos detalhes da imagem, isto é, a quantidade de cargas é proporcional 4 intensidade da luz que atinge cada célula Para que se possam “ler” os sinais armazenados, enviam-se os mesmos & saida do elemento, seqiién- cialmente, através da freqiiéncia externa de que jd falamos. Teremos reproduzido na saida, entéo, um sinal de video. Jé existe uma infinidade de aplicagdes para aparelhos empregando tais elementos, como em leitura de documentos, em cémeras de TV preto € branco e a cores e também em videofones, os telefones nos quais pode-se ouvir e ver quem est’ “do outro lado da linha” No campo das memérias, 0s dispositivos CCD safram-se igualmente bem, porém nao com. o mesmo impacto, pelo fato de jé existirem outras técnicas altamente desenvolvidas na confeceao de memérias. Eles prometem, no entanto, grande desenvolvimento por possibilitarem a execucio relativamente simples de memérias com maior capacidade de armazenamento, em espacos bem mais reduzidos e velocidades de operagdo mais al- tas. Os registros de deslocamento CCD (shift regis- ters) encontraram também o seu lugar, principal- mente como linhas controladas de atraso, Como jé foi explicado, os sinais injetados em um dispo- sitivo CCD sio deslocados ao longo do mesmo, sob 0 comando de uma certa freqliéncia externa. O valor desta freqiiéncia é que vai determinar o ‘tempo que o sinal levaré para percorrer 0 elemen- to, da entrada até a safda. Variando a freqiiéncia, portanto, pode-se variar esse tempo e, em conse- qiléncia, 0 atraso do sinal num determinado circuito. Tal caracter(stica faz dos “shift registers” CCD substitutos ideais para os tipos convencionais de linhas de atraso que sio mais complexas e de tempos fixos. EM CONCLUSAO .. . Este artigo pretende apenas apresentar aos leitores uma nova tecnologia de semicondutores, praticamente desconhecida. Para aqueles que sen- tiram a falta de explicagdes mais detalhadas, publi- caremos, oportunamente, matéria com abordagens mais profundas sobre o assunto. NOVA ELETRONICA 287 BAPTISTA LETRONICA Em meados da década de 60, surgiu um dos s baseados em interessante texto ai “Flanger — Eventide Clo it 54th Street, New York .chamado “Phasing’* ou “Elanging’”, fo) “Itchykoo Park! diante praticamel em suas gravactes "Os Mutantes'’ os primein em “‘rock-music’’. E um sot formas, todas elas validas. As es mostram-no como um ‘av pela misica”, ou como “algo au musica estar girando ao redor’* e até das melhores maneiras de apagar erros nas: 20 piblico na musica all Faces’. Dai em tistas o tem usado edito terem sido Fr este sistema 0 efeito “phasing” tem uma versatili grande pelos seguintes motivos: jade to 1, afeta trés das mais importantes caracteristicas de um sinal musical — a freqiiéncia funda- mental, a amplitude e a distribuicdo harménica; 2. afeta sinais sobre uma faixa muito grande de freqiiéncia e, portanto, se aplica a qualquer fonte de sinal, desde um contrabaixo até uma caixa de bateria; 3. produz modificagées na freqiiéncia fundamental, © que é interessante como efeito e serve também para corrigir defeitos; 4, pode ser usado para gerar um sinal “pseudo- estereofénico” (também pseudo-quadrafonico) com facilidade e com resultados muito interes santes; 5. quando usado com bom gosto, pode acrescen- tar uma enorme quantidade de interesse a uma gravaco ou apresentaco ao vivo; quando usado sem bom gosto, ainda pode acrescentar bastante interesse! “PHASING” ‘A base do sistema “phaser” é um circuito eletrénico conhecido como “all-pass network” Nele todas as freqiiéncias passam com a amplitu: de original (a resposta é plana) mas a fase na saida varia, em relagdo a fase na entrada, conforme 2 freqiiéncia. O circuito da fig. 1 mostra um destes “phasers”. Como hi apenas um capacitor (C) e um resistor FIGURA 1 (R), a maxima variago de fase (teoricamente} seria 180°. Na pratica, s6 se aproxima este valor. © som na saida é 0 mesmo que o da entra- da, mas a fase varia de acordo com as constantes do filtro RC. Somando-se, agora, o sinal da saida com 0 da entrada em uma relagéo 1:1, os sinais, se reforcaro onde a fase variar préximo a 0° e se cancelardo onde a fase variar ao redor de 180°, Como usei apenas um aparelho, o cancelamento nao chegaré a ser completo. Para produzir o efeito desejado, varios destes dispositivos séo conectados em série € seu desvio de fase é somado. Um outro requisito do “phaser” é um método de variar-se amplamente a constante de tempo dos aparelhos. No exemplo mostrado, variando-se R. numa proporeao de 400-1, varia-se a freqiiéncia de cancelamento na mesma proporcdo, desde além das freqiiéncias audiveis até os “médios-graves”. Enquanto R esté variando ¢ criada uma varia: cao de freqiiéncia semelhante a variago “doppler” Isto acontece na saida do aparelho, esteja seu sinal ou nfo somado ao de entrada. Pode-se, assim, gerar um profundo vibrato sem circuito extra A resposta a freqiiéncias de oito “all-pass net- works" é mostrada graficamente, para diversos valores de R, na fig. 2. Como 0 eixo horizontal & logaritmico, o es Pago relativo entre os pontos de cancelamento mantém-se constante, enquanto 0 valor absoluto em Hertz varia conforme R varia. Observando os gréficos, note as seguintes carac- teristicas: 1, abaixo e acima das faixas atuantes dos apare. Ihos, a saida do sistema se aproxima a duas vezes a entrada; 2. a relacdo de freqiiéncia dos pontos nulos nao 6 constante nem relacionada harmonicamente; 3. a forma dos pontos nulos é aguda; a dos picos 6 arredondada; 4, 0 ndmero total é fixo e dependente do numero de “all-pass networks" (6 metade do numero eles); 5, 0s pontos nulos esto sempre reunidos prdxi- mos @ uma faixa mais ou menos restrita de espectro de freqiiéncias, PRE-AMPLIFICADOR © nivel de sinal para uso do “phaser” em conjunto com o Sintetizador de Instrumentos 290 NOVA ELETRONICA, 20 FIGURA 2 Musicais e Vozes é diferente (mais forte) do nivel para uso do “phaser” apenas como aparelho isolado e ligado diretamente a guitarra como os pedais costumeiros. Para resolver isto montei um pré-amplificador com ganho ajustdvel por reali- mentacao, extremamente simples, constituido por um integrado, um resistor € um potencidmetro. Este pré-amplificador & também inversor de fase que "desinverte” a fase geral do sinal que é invertida pelo “phaser” sem pré. Isto, se néo tem outro mérito ou desvantagem no caso de um "phaser", pelo menos implica em conseguir um pré com menor niimero de componentes, impe- dancia constante e ajuste preciso de ganho, Outra vantagem é a versatilidade do pré — que vocé Poderd usar em outras aplicacées, independen- temente. Se estiver montando o Sintetizador, usard, além deste pré, um potencidmetro de sensibilidade & entrada do “phaser, para que este possa tra- balhar livre de distorcao. Os detalhes estéo na parte relativa 4 sua montagem. CONCLUSAO Com um pequeno custo, vocé poderé ter um “phaser” com dois pontos “nulos", mais que suficientes para conseguir 0 famoso efeito. Se jé era bom 0 original estrangeiro, um dos preferidos, este nosso estd bastante aperfeicoado; é melhor Jue aquele, sem qualquer restricéo. Se desejar ‘brincar” um pouco, pondo a prova seus conheci mentos em eletrénica, poderé dobrar a parte de defasamento, obtendo, entdo, quatro nulos — gastaré pouco menos que o dobro no “phaser mas continuard quase to longe de um “flanger” em resultado sonoro quanto estava com dois nuulos originais. Creio ser a methor solugéo mesmo ficar com os dois nulos e um méximo de quatro. Dai para a frente, é melhor pensar em “flangers”, pois 0 custo comecaré a alcancar o destes, en- quanto 0 som nunca o faré. Como parte do Sin- tetizador ou de pedaleira, vocé teré um excelente “phaser”, talvez 0 melhor que encontraré, inclu- sive entre unidades importadas mais complexas e caras, porém menos verséteis, como por exemplo 08 “Maestro” ou 0 “Countryman”. Farei, futuramente, detalhada descricdo das vantagens e aplicagdes do “flanger’’ e sua relacdo com os “phasers” MONTANDO O “PHASER” Seguindo cuidadosamente as instrucées sobre @ montagem, provas e ajustes, ndo precisaré qual quer equipamento eletronico de teste, bastando um soldador, alicates de corte lateral e de pontas, um amplificador e uma guitarra onde experimentar © aparelho. APLICAGAO © “Phaser” poderd ser montado como apare- Iho auténomo ou como parte do Sintetizador para Instrumentos Musicais e Vozes, do qual NOVA ELETRONICA 291 estou apresentando uma parte em cada artigo desta série — 0 “Phaser'’ é seu segundo médulo. Caso vocé esteja montando o Sintetizador, poderé usar o “Phaser” provisoriamente com uma bateria de 9 Volts ou seis pilhas de 1,5 Volts ligadas em série, sendo o primeiro caso preferido, para 0 uso profissional, por evitar maus contactos, sempre possiveis, quando temos uma quantidade de pilhas. No Sintetizador o “Phaset’’ seré alimentado pela tensio de +10 Volts e seu pré (opcional, apenas para uso com o Sintetizador) pelas tensdes de +10 e -10 Volts. © “Phaser” pode ser usado com qualquer ins- trumento musical eletrdnico ou eletrificado, es- tando sua sensibilidade j4 ajustada para a guitarra ‘ou contrabaixo eletrificados convencionais, no caso de vocé ndo vir a monté-lo como parte do Sintetizador, Quanto ao efeito obtido, jé € de seu conheci- mento. Posso repetir aqui que se trata de efeito dos mais interessantes e usados pela maioria dos misicos desde meados da década de 60 e que este pedal ¢ aparelho de alta qualidade, com re- cursos ampliados no setor de controle, superando 0s “phasers” importados mais comumente encon- trados. PRE-AMPLIFICADOR Projetei_um pré-amplificador para permitir 0 uso do “Phaser” como parte do Sintetizador, pois seu nivel de saida normal ndo é suficiente para o nivel de linha usado no Sintetizador, A maxima saida sem distoredo elevada é de 250 mV, enquanto que o Sintetizador precisa de uns 400 mV no seu estagio de sinal jé pré-amplificado, onde se situaria 0 “Phaser’’. O pré-amplificador pode chegar a 4V, portanto mais que suficiente para © Sintetizador. A interligagao final dos diversos médulos do Sintetizador serd dada apés a publicagdo dos mes- mos, Atualmente 0 “Phaser’’ deverd ser colocado apés 0 Sustainer (veja NOVA ELETRONICA N° 1), isto é, na seqiiéncia: guitarra > sustainer > “pha ser” > amplificador. © pré-amplificador ¢ extremamente simples e barato, 0 que nao quer dizer que nao seja muito bom. £ constituide por um circuito inte- grado 741TC e apenas um resistor de 10 k2, na parte que fica na sua placa de fiago impressa, que ¢ separada do “Phaser”. Fora dessa placa vai, apenas, um potencidmetro linear de 47 k9, que controla 0 ganho do pré desde zero até apro’ madamente cinco vezes. pré-emplificador inverte a fase do sinal, com- pensando a inverséo criada pelo “Phaser”. De qualquer forma, mesmo que nGo invertesse, isto go “pertubaria”” 0 funcionamento de um apare- tho que justamente trabalha com variagdo de fase. Este pré-amplificador possui a vantagem de ter seu ganho controlado com precisio por meio do elo de realimentagéo e néo por um controle de volume convencional. Isto resulta em impedén- cia constante, menor distor¢do e ruido, neste nosso caso. © pré-amplificador & extremamente versatil, econdmico e pode ser usado por vocé em outra 292 NOVA ELETRONICA. qualquer aplicacao onde seja necesséria pré-ampli- ficagdo, n&o de altissima fidelidade. Se desejar ganho maior, este é dado exatamente pela relacdo, entre 0 valor do dinico resistor (10 k®2 no caso) e © potencidmetro (47 kQ). Quanto maior o valor do potenciémetro, ou menor o do resistor, maior © ganho. O limite sera a retirada por completo do potencidmetro, ficando entéo o ganho dado pela curva “open loop gain” do integrado — que vocé pode conhecer no manual do fabricante do TAITC, se desejar. Neste caso, porém, a resposta go seré mais plana, havendo um limite prético, da resposta-versus-ganho, verificével pela mesma curva. Nao convém reduzir muito o valor do re- sistor; para efeitos prdticos, o melhor é deixar mesmo em 10 k® © diagrama elétrico do pré-amplificador esté na fig. 3. de ganho (visto de tras) 741 TC VISTO DE CIMA Nao Lig Ni +1N ve -IN out v-. Na FIGURA 3 A placa de fiacéo cobreada esta na fig. 4, em tamanho natural. impressa vista pela face A disposi¢o dos componentes vista pela face no cobreada aparece na fig. 5 e a ligago do pré- amplificador no circuito do “Phaser” est na fig. 6, MONTAGEM © diagrama do “Phaser” na fig. 7. (“sem pré") esta A placa de fiacdo impressa vista pela face co- breada estd na fig, 8, tamanho natural. A dispo- sigo dos componentes é representada na fig. 9 € a fiagdo externa é esquematizada na fig. 10, para © caso do “Phaser” sem pré. Para 0 caso “com pré", Temos as ligagdes representadas na fig. 11 As dimensées de um painel sugerido para o “Phaser estd na fig. 12. Primeiramente, como € ldgico, faca a monta gem da(s) placa(s) de fiaco impressa. As figuras so auto-explicativas. Atengdo para a posicZo dos lides dos FETs e do transistor! —O' © sama \ o enn we 0| etwas | y sal B): | fm }s" | oe oo) Figura § Ft Le. -— FIGURA 6 NOVA ELETRONICA 293 NOTAY AO CIRCUITO ‘A BATERIA E DESLIGADA AO RETIRAR O PLUG DE ENTRADA ‘A CHAVE BYPASS: ENTRADA DO SINAL FIGURA 7 ons. ‘Todos os resistores 1/4 Watt ‘Todos os integraces tem os pi= ‘conaciados 00 +B #08 nos ra ao Ferra~ 9 ndo sar 0.C1 do Pre, (0s pines 1.5e 8 no 330 conee: tos. PHASER SEM PRE R33, VOLUME 47K LIN CHAVE "BYPASS" PHASER DIRETO : GANHO 47K LIN| PHASER COM PRE 3 PRE CHAVE 471 UN “Bypass CIRCUITO | SENSI PHASER Do PRE oIRETO 294 NOVA ELETRONICA © W Do < r | a NOVA ELETRONICA 295 eg} FRB do 2 ee S wie ‘eat FIGURA 10 296 NOVA ELETRONICA 6088) rina ah jag ast ae 4K ae ak . (23 Cea ata =o @ = G- 2 _| FIGURA II NOVA ELETRONICA 297 FIGURA 12 a a TPS SS TE SST SUGESTAO Faca o painel de Duraplac conforme as medidas @ furacdo recomendadas na fig. 12. Apés a furacdo estar completa e as rebarbas bem retiradas, passe cola branca na face interna do Duraplac e cole uma folha de papel de aluminio para blindagem, Depois de seca, recorte os furos e as sobras. O papel de aluminio se encontra em qualquer super: mercado, Uma vez colado e recortado 0 papel de aluminio, escreva os dizeres no painel com letras auto-transferiveis (Letraset, Alfac, etc.) ou nankim; use cola répida epoxi incolor para pro- tecdo das identificagdes. Pronto 0 painel, comece colocando os poten: cidmetros, chaves e, em seguida, coloque os para fusos de fixaco do circuito impresso do “Phaser” (e do pré, caso venha a usé-lo). Antes de aparafusar o circuito impresso, faca @ fiagio conforme a fig. 11. Nao esqueca que pensar bastante e ter atengdo consciente do que estd fazendo em certa parte da montagem e do porque vale mais que a minha mais detalhada explicacao. O “Phaser’' no é circuito de alto ganho e ndo € sujeito a oscilacdes; portanto, no hé cuidados especiais com blindagem — que deve ser, de qual- quer maneira, feita o melhor possivel, como indi: ca a figura Terminada a fiagdo, ligue o terra e a (ou as) bateria(s) com +9 Volts no +B, Uma fonte de alimentagdo especial para o Sintetizador seré publicada nos préximos artigos. Use, por enquanto, as baterias. FUNCIONAMENTO. Apés passar pelo primeiro Cl, o sinal segue dois “caminhos"': um direto a base de Q1 na saida, outro, via integrados defasadores, ou “all- pass networks”, A fase do sinal é desviada pelos integrados e deles vai juntar-se ao sinal direto na base de Q1. Nesse ponto, as freqiiéncias em fase se somam e as fora de fase se cancelam. A quantidade de desvio de fase ¢ controlada por meio dos FETs, variandose a polarizacdo de Portas (gates). Essa polarizacéo é variada pelo controle “Manual”, pelo sinal de um gerador ex- terno ou pela saida de um oscilador interno, for mado por CI6. A velocidade desta oscilagio é ajustada pelo potencidmetro “velocidade” (R30) que é conectado “invertido” para permitir m- 298 NOVA ELETRONICA, potenciémetros inversos logaritmicos normalmente no mercado, A intensidade do controle externo pode ser variada por R32 que “nada mais € que” um po: tencidmetro de volume. O gerador externo pode ter alta impedincia de sada, até 47k2, desde que cheque a produzir um sinal de pelo menos 3 V RMS e, idealmente, 10 V RMS. A faixa Util deste oscilador & de alguns segundos por ciclo, cerca de 150 Hz para os efeitos desejéveis. Com baixas freqiiéncias de oscilagao teremos os efeitos conhecidos de “phasing”, enriquecidos pela possibilidade de usarmos formas de onda de controle diferentes das usuais, que so aproxima- damente senoidais. Em freqiiéncias mais altas que 20 Hz, teremos efeitos semelhantes aos de um “Ring-modulator”, como os que so usados pelo Mahavishnu, até aproximadamente 150 Hz, onde, pelo menos com ondas senoidais, vai-se diluindo 0 efeito, A possibilidade de ajuste manual do “phasing” permite que, para uma mesma freqiiéncia de controle, 0 efeito obtido varie bastante. Vocé perceberd, mesmo “de ouvido”, que esse ajuste regularé a posigGo dos dois pontos de cancela mentos na faixa de freqiiéncias mais para o lado dos graves ou dos agudos — a experiéncia na prética seré melhor que mil explicacdes, PROVAS DE AJUSTE Ligue uma guitarra a entrada do. "Phaser'’ (com 0 volume no maximo, captador grave, sem abafador). A saida ligue um amplificador. Ligue a chave “interno”, ponha potencidmetro “Ma: nual’ a metade do curso e a velocidade do oscila- dor interno em um ponto médio, suficientemente lento para que voc8 ouca a passagem pelas fre- qiiéncias médias de dois “‘fluxos” de “phasing” — que so os “nulos” variando de freaiiéncia. Ajuste, com muita paciéncia o trimpot (R29) uns 10 minutos de audi¢go e reconhecimento do efeito conseguido nao serdo tempo de mais. A posicdo ideal estard proxima (mas ndo obrigatoria~ mente) do meio do curso, Vocé notard que, para um lado, bem como para o lado oposto, 0 efeito diminui de intensidade e somente cruza a regio dos sons médios um fluxo de “phasing” Apenas em uma posi¢ao do trimpot, vocé ouvir dois fluxos de “phasing” juntos — um na parte grave, outro na aguda e cruzando ambos a regio dos tons médios, ora no sentido grave-agudo, ora inversamente. Existe uma posicéo encontravel de ouvido, onde hé equilibrio na passagem destes fluxos de “phasing”. E bastante exata a regulagem, sendo suficiente a movimentacao do trimpot por um milimetro para que haja variacdo, mas depois, de ajustada esta se mantém constante e sem qual quer alteracao. Apés ajustado 0 trimpot, vocé verd que o controle manual faz a mesma coisa, mas com muito maior suavidade e controlabilidade. Se quiser, poderé agora desligar 0 oscilador interno, fazendo variar apenas 0 controle manual para reconhecer muito melhor a atuagdo do efeito. Se a qualidade do efeito, bem ajustado o trimpot e montado corretamente o “Phase no o satisfazer, vocé precisa de um “flanger” — que deve ser o que terd ouvido em algum disco e pensava ser “‘phaser”’ muito mais por vocé. Os "phasers’” nao fardo NOVA ELETRONICA 299 PEDAL © potenciémetro "Manual", se instalado em. um pedal qualquer que vocé possua, poderé dar um controle ao pé do efeito “phasing”, muito interessante. SINTETIZADOR Acoplado ao Oscilador de Controle do Sinte- tizador, que ser publicado, o “Phaser” produ- Zird efeitos muito mais interessantes que com o seu oscilador interno, tanto comandado por ape- nas aquele mais completo oscilador, como pela sua combina¢do com o oscilador interno e com © controle Manual (ou pedal) “MEXENDO” NO CIRCUITO Vocé, que gosta de modificar, ou deseja fazé-lo Por motivos especiais, anote os seguintes dados eis: 1. diminuindo 0 valor do capacitor C9 do osci- lador, “sobe’’ a freqiiéncia de oscilacao; 2. aumentando 0 valor do resistor R25 em série com 0 potencidmetro de velocidade, “cai” a freqiiéncia de oscilacdo; 3. diminuindo 0 valor de C8 “sobe" a freqiiéncia de oscilagdo; a eS 4. diminuindo 0 valor de C6 diminui a “quanti- dade” de sons graves em relacdo aos agudos, ficando mais pronunciado o efeito nos agudos; 5. aumentando 0 valor de R24 entre o oscilador e os “gates” dos FETs, “cai” a intensidade do controle do oscilader. CURVAS DE RESPOSTA A fig. 13 mostra duas curvas de resposta obti - das com o “Phaser’’. Note que em ambas existem dois pontos onde hé anulagdo de freqiéncias: dois vales ou “nulos”. Numa das curvas os dois pontos esto mais para o lado das “baixas” freqiiéncias, na outra, mais para o lado das altas. Estas duas curvas mostram justamente os ex- tremos para onde vocé deslocard os nulos, por meio do controle interno, ou do Manual, ou do Externo. Esse deslocamento cria o efeito “pha- sing”, Poderd ser obtida qualquer posi¢ao interme- didria, com 0 auxilio desses controles, para Novas curvas de resposta, CONCLUSAO Espero ter esgotado 0 assunto na medida do espago disponivel para este artigo e eliminado as duvidas, Ty 7 v/ 7 i " k 1 i *| i a v -2@0 a son ve ———— CONTROLE “MANUAL COM CURSOR No +8¥. FIGURA 13 — CONTROLE"MANUAL” COM CURSOR A TERRA 300 NOVA ELETRONICA. Se vocé seguir cuidadosamente as indicagées & as figuras, estaré na razdo direta da paciéncia aplicada 0 resultado obtido; livre de erros, com ajuste perfeito e com — 0 mais importante — maior compreensio do funcionamento da “coisa”, para “‘véos mais altos” no futuro. © aparelho funciona, produz timbre, efeitos excelentes e utilizdveis a nivel profissional e livre de falhas de projeto — existe protétipo fun: cionando perfeitamente para eliminar qualquer di- vida. Procure, portanto, excluir qualquer possibi: lidade de erros de sua parte antes de procurar mais informacées na Revista. Se ndo conseguir fazer © seu funcionar, esteja absolutamente certo de que cometeu algum engano, danificou algum com ponente ou ndo soldou adequadamente os mesmos, Nao hé variagdes possiveis nas tolerancias dos componentes que sejam tdo grandes a ponto de no funcionar o aparelho, pois este nao € critico, Sendo dispositivo de ntimero mais ou menos ele: vado de componentes “complexos” (integrados FETs), é muito facil aplicar tempo em uma boa montagem que consertar e descobrir “ga- Ihos"” depois Deixando a “bad” das preocupagées e dos avisos de lado, desejo a maior satisfacgo com © uso deste “Phaser”, aparetho que, pela sofist cago do nome, usado até como tema de ficcdo cientifica nos filmes da “Enterprise” (Star Trek) e pelo uso de seis circuitos integrados, quatro FETs, etc., tem sido cercado de mistério, que favorece 0 alto preco no mercado, mas que nada tem de dificil e caro para quem tiver um pouco de boa vontade e um minimo de conheci mento de Eletrénica. NOVA ELETRONICA 301 Claudio Cesar Dias Baptista NOVA ELETRONICA 303 Curso de Audio 2 SUPERFICIES IRRADIANTES x FREQUENCIA E muito facil perceber que a mao vibran do de um lado para outro no ar nao é umaj fonte sonora ideal. Mesmo que vocé sej to obtido no ar é cancelado por esta sempre a pressSo criada no ar contornando’ a mao, compensando a depressio e vice- versa, A medida, porém, que a freqiiéncia da vibragdo da mao aumenta, isto é, que a vibre mais répido, o ar ndo teré mais tempo de contornar sua mao, saindo entdo as pressbes e depresses a viajar cada vez mais reforcadas, pelo ar, mais potentes. Veja que, portanto, quanto maior a fre- qiiéncia, mais eficiente seré uma pequena superficie irradiante de som, como sua mao. Para freqléncias mais baixas, super- ficies cada vez maiores serdo necessérias. Enquanto a “cuca se funde” apés varias paginas de redacdo, paro a escrita para deliciar-me com o som do “Kraftwerk”, em seu LP “Radio Activity”. Realmente 0s alemées esto avancados em técnica de gravacio! Que ‘Headroom’! Que baixo nivel de ruido! Falarei a vocés sobre tudo isto! Que bom poder, assim que se chega a um dos raros resultados sonoros verda- deiramente satisfatorios, transmitir a mais alguém 0 nosso sucesso e fornecer-the as "dicas” do bom caminho! (— Que graves!. . . Hé, Hé, Hé!. . .) Lembro-me da época em que montei, em minha “casa velha” um sistema de 54 altofalantes para ouvir musica e ja estava comprando mais altofalantes para dobrar tudo! Coitado!... Hoje, com dez vezes menos, consigo muito mais... Valeu a pena, porém, a pesquisa! Valeram também as cornetas de concreto, que iam do sub- solo até o teto e que destrui por nao satisfazerem. .. Valeram dezenas de caixas que fiz para Os Mutantes e os furos nas paredes de minha casa. Bem ... Continuemos. “hdbil na munheca”, muito do movimen SOM PURO O movimento registrado no grafico da fig. 4 corresponde ao aspecto de uma curva “‘senoidal’’. Curva senoidal é aquela mesma que aprendemos, no me lembro se no gindsio ou cientifico, hoje com nova denominacdo, em Matematica. O nome “senoidal” vem de “sen”, coisa que se estuda em qualquer livro de trigonometria. A “sendide” ou curva senoidal 6, para quem desconhece, formada mais ou menos assim: imagine um relégio (nao digital. . .) com um ponteiro de minutos apenas. Gi- rando esse ponteiro, em velocidade cons- tante, e olhando o relégio de lado, veria- mos 0 ponteiro formar um ponto ao apon- tar para nossos olhos e crescer, ao subir para as 12 horas ou descer para as 6 hores. Esse movimento seré exatamente igual ao do seno, que formard a curva senoidal ao set projetado num grafico, em funcdo do tempo. Mais detalhes s6 mesmo na escola ou nos livros. Tome uma pequena porgdo de ar, mais ‘ou menos do tamanho de nosso timpano (no pequena como uma molécula nem grande como um barril de ar) ou de uma lentilha. Medindo seu movimento verd que, quando existir som no ambiente, este apresentaré diversos padrées de “vai e vem’. Postos em um grdéfico, em fungao do tempo, esses padrées seréo a “forma de onda’ do som. Para “por num grafico em fungdo do tempo”, pega a particula de ar o favor de segurar um lapis enquanto vibra, movida pelo som vindo do ar que a circunda. Enquanto isso, coloque e va puxando um papel comprido, como um rolo de toalhas, por exemplo, sob o lédpis, 304 NOVA ELETRONICA, + sem deixar furar. Se o desenho sair um “S'"' perfeito, vocé estara ouvindo no mes- mo ambiente um “som puro’. E mais ou menos o som do assobio ou da flauta. (Ah, se Monteiro Lobato me visse ago- ral...) Um aparelho talvez mais simples e obje- tivo para fazer o mesmo servico de colo- cago do movimento da particula de ar “num grafico em fungdo do tempo”, seria um microfone calibrado e um osciloscé- pio. Um bom livro a respeito de osciloscé- pios, caso leia (ou nao) castelhano, serd “El Oscilégrafo en Servicio” — F. HAAS Ediciones Tecnicas Marcombo, SA — Bar- celona. Os especialistas dizem que, para identi- ficar um SOM PURO, basta conhecermos sua freqiiéncia e sua intensidade. Frequén- cia, j4 vimos 0 que é. Particularmente, creio ser interessante acrescentar 0 conceito de “comprimento de onda’ ao de “freqiién- cia”, antes de passarmos a “‘intensidade sonora”. COMPRIMENTO DE ONDA Quando as pressdes, alternadas com as depressdes, que formam o “som” saem, a velocidade constante, como se fossem bolhas de sabao concéntricas ao redor da fonte sonora (ponto de origem, ou sua “mio" no exemplo anterior), conforme a freqiiéncia maior ou menor, seré respecti- vamente maior ou menor a distancia entre as bolhas (ou as pressdes) sonoras. A essa distancia entre duas bolhas ou duas pres- sdes chamamos “‘comprimento de onda”. Nao confunda a forma de ‘S’ desenhada no grafico com a forma da propria onda de som em si, Esta confusao é facil de ocorrer pois a forma do grdfico se assemelha a de uma “onda” na 4gua e a palavra “onda” 6 usada para descrever tanto o fendmeno sonoro quanto o ondulatério da superfi- da agua. Néo se esqueca que o som esta dentro do espaco aéreo e ndo tem uma super- ficie aérea como ocorre com as ondas aquéticas. O som 6, pois, essencialmente tridimensional e a palavra “bolha” des- creveria talvez mais aproximadamente, mas néo ainda corretamente, a propagacao sonora. EXPERIMENTO Faga agora uma pausa, relaxe 0 corpo, olhos fechados e procure imaginar, néo uma analogia, mas 0 préprio som saindo de uma fonte sonora, Baseado no que foi explicado, esta seré a melhor forma de conhecé-lo — principalmente se vocé for surdo! Cuidado com os gréficos, pois! Veja a fig. 5 para ter uma idéia grafica, bidimensional da relacdo entre frequéncia e comprimento de onda. Repita depois o FIGoRA S t 22 rs rot ii: y 1 ' | 1 f #/2 f= frequéncia 4=comprimento de onda an 44 ______., £/4 NOVA ELETRONICA 305 processo imaginativo para relacioné-los tri- dimensionalmente Ah! Se pudessemos espargir no ar um p6 (ou vapor) refletor de luz, sensivel a variago de pressdo e ilumind-lo com apa- relho estroboscépico sincronizado com uma fonte sonora; teriamos a propria visio das ondas tridimensionais de pressio sonora, distribuidas e refletidas pelo am- biente! Isto seria Util aos técnicos e até como efeito luminoso! Cuidado, no entan- to, a0 inventar algo semelhante, com a sujeira feita com o tal pd... O dono do ambiente (ou a dona) poderd tocar o inventor para fora com seu maldito pol... Como vocé jd sabe, 0 som “viaja” a uma velocidade de 330 metros por se- gundo, £ facil concluir, entéo, que um som cuja freqiiéncia seja de 330 Hz ou ciclos em um segundo, teré um compri- mento de onda de 1 metro, pois haverd 330 ciclos completos (ou 330 bolhas de sab&o concéntricas) a cada 330 metros. Para a maior parte dos efeitos praticos, a variagdo da velocidade do som, que existe, com a pressio atmosférica nao nos interes- sar4 em cdlculos de relagao entre freqiiéncia e comprimento de onda. INTENSIDADE SONORA Se os aficionados de dudio e até os musi- cos, principalmente os “eletrificados”, sou- bessem QUAO mais importante é saber o nivel de intensidade sonora (NIS ou SPL) produzido por um equipamento de som do que a quantidade de Watts elétricos de saida que esse equipamento produz, © mundo seria téo melhor! .. . Como sempre, o grande culpado 6 o ALTOFALANTE! Que adianta escrever "80 Watts” na especificagdo de um alto- falante? Que adianta escrever “300 Watts” na especificago de um amplificador? Pense um pouco! Vocé, jd que compra e |é revistas sobre eletrénica, ndo 6 um qualquer que vai atrés de conversas! Nem eu! Meu ferro de passar roupas “é de mais de 1000 Watts”, as lampadas de minha casa séo ‘de 100 Watts’ e o chuveiro é mais potente que todos juntos! Que tal ligarmos tudo 4 saida de meus amplifica- dores e ouvirmos? ! As lémpadas, nas pas- sagens mais fortes, se acendem lindamente! O ferro elétrico e 0 chuveiro esquentam e bastante! Mas... SOM, mesmo, que 6 bom, no digo que no exista. .. Todos eles em conjunto, lampadas, ferro e chu- veiro, produzem um “sonzinho” que ndo supera em NIVEL DE INTENSIDADE SONORA 0 de um “radinho” portatil que nem “1 Watt” possui © mesmo caso, dramético, ocorre com 0s altofalantes de maior ou menor efici- éncia. Seria interessante que os fabricantes de altofalantes publicassem sempre o nivel de intensidade sonora que seus altofalantes podem produzir em condiges especificadas. Essas especificagdes sto absolutamente essenciais a qualquer projeto de sistema de dudio! A maneira correta de se publicar tal informagao seria: “SENSIBILIDADE (EIA) — EM dB ACUSTICOS, (SPL) MEDIDA A_9,1 METROS (30 pés) COM 1 mW APLICADO, A DADA FREQUENCIA UTIL DA FAIXA DO RESPECTIVO AL- TOFALANTE E EM CONDIGOES ACUS- TICAS AMBIENTAIS CONTROLADAS” — ou qualquer outra maneira convencional de medicao que seja t80 completa quanto esta e talvez mais de acordo com qual- quer padrao brasileiro existente para tal fim. E como a maioria dos fabricantes respeitdveis, no mundo todo, faz. Os mais respeitdveis publicam ainda as curvas de intensidade sonora para toda a faixa de freqiiéncias Uteis do altofalante. Pouquis- 306 NOVA ELETRONICA simos publicam a historia toda, isto é, acrescentam, ainda, a distorgdo que seus altofalantes produzem a determinados ni- veis de intensidade sonora e a resposta a transientes. Enquanto qualquer pequeno fabrican- te de amplificadores publica, normalmen- te, todos os dados essenciais e equiva- lentes a estes a respeito de seus pro- dutos, os fabricantes de altofalantes guardam segredo ou usam unidades di- ferentes; téo diferentes uns dos outros so os catélogos de altofalantes, que até os profissionais pouco podem saber a res- peito dos mesmos ao comparé-los. Dados como densidade de fluxo e outros mais complexos ainda, que sem duvida interessam como complementares mas que, TODOS, se resumirao nos resultados ACUS- TICOS apresentados, sdo publicados. Todos so, no entanto, medigdes baseadas na parte elétrica do altofalante. Quanto ao som mesmo, depois que é reproduzido, nada ou quase nada se sabe... Voltando ao NIS ou SPL, (SOUND PRESSURE LEVEL), também dito SIL (Sound Intensity Level), sua definicao tedrica 6 a seguinte: ‘numa determinada 4rea do ambiente aéreo onde se propaga um som, uma determinada poténcia sonora atinge perpendicularmente essa drea. Essa poténcia 6 medida, por exemplo, em Watts 1 Onda de pressio 2 Onda de desiocamento de particulas 3 Grodiente de pressoo 44> Velocitode das particulos FIGURA 6 por centimetro quadrado, através de um medidor de NIS ou “SPL METER” Esse medidor é um aparelho que consta de um microfone calibrado que entrega sinal elétrico a um amplificador acoplado a um instrumento qualquer que permita a lei- tura em escala, via ponteiro, LEDs, tela de osciloscépio, etc. A “graduagdo” da escala do aparelho ¢ feita em “decibéis”. Antes de passar ao “decibel”, hd ainda umas consideragées a respeito de “som puro”, que desejo fazer. FASE Continue a tratar apenas a respeito dos sons puros, senoidais. Nao € apenas a pressdo que se pode medir através de gréficos em um determinado ponto do ambiente onde se propaga um som puro. Podemos medir, também, a velocidade das particulas do ar. Podemos, ainda, medir © gradiente de pressdo, ou seja, a propor- co com que varia a presso ao longo da onda, Outra medicdo ainda, podemos fazer, a respeito do deslocamento das particulas, este sim, mais parecido, no som, com o deslocamento das particulas de dgua em uma onda — mas, ndo se esqueca — sempre tridimensional. Sobrepondo-se os gréficos obtidos, te- mos algo semelhante a fig. 6. O interesse de tal sobreposi¢ao é verificarmos que as diferentes varidveis mensurdveis em um som puro ndo coincidem todas em FASE. Diz-se que esto “em fase” quando coincidem os “picos” e os “vales” das ondas vistas no grafico e, “fora de fase” em certo numero de graus, quando nao coincidem os picos e os vales, Para um defasamento de 180 graus, um pico coin- cide com um vale; para um defasamento de 360 graus, novamente temos uma con- digo “em fase”, pois os picos voltam a coincidir e, também, € claro, os vales. O motivo desta explicagdo é que dife- rentes microfones respondem a diferentes varidveis destas descritas acima e é neces- sério considerar a questéo de fase entre microfones de tipos diferentes ao gravar-se, NOVA ELETRONICA 307 mesmo que seja um som puro. A questéo dos microfones seré tratada posteriormente. Para uma primeira licdo, 6 o suficiente. No préximo numero, continuarei a tratar a respeito da natureza do som, do Decibel, etc., tudo em direcdo a melhor com: preensdo do elo mais fraco da cadeia de reprodugdo sonora. Até 14, sugiro a vocé que faca os exercicios de visualizacdo do som no espaco em suas diferentes varidveis. Sugiro, também, a memorizagdo do resu mo dos pontos mais importantes desta introdugao, que publicarei na PROXIMA icdio para evitar que vocé seja tentado a decord-la sem reler o texto. (como eu mesmo faco em casos semelhantes). Importante: releia 0 artigo até o fim da parte “o som”. i Bem, para ndo deixd-lo triste no final e as fabricas de altofalantes nacionais, que tanto tém se esforcado em outros sentidos e que merecem plenamente nossa confianga de que, em breve, corrigiréo estes defeitos em seus catdlogos, lembro que ainda hé muitos artigos meus a publicar; seguramente, estes trarao novamente um clima tranquilo, descontraido e aquele “happy end” que interiormente todos pressentimos em tudo. Até 0 préximo, entao e sorrial Até eu, com todas estas reclamacées, jé estou usando em casa altofalantes bra sileiros! A fig. 7 mostra, em corte, um altofa- lante “GAUSS”, fabricado nos Estados Unidos, que considero o melhor ou um entre os melhores em todo o mundo, para uso profissional As especificagdes fornecidas pelo fabri- cante so completas. Estes sao os altofalantes utilizados pelos MUTANTES para a reprodugao das fre- qléncias mais baixas de audio. FIGURA 7 308 NOVA ELETRONICA COLHA OS FRUTOS DE SEU TRABALHO Ce a 310 NOVA ELETRONICA “Intercomunicador" é amplo em seu significado. Desde o simples tele fone com barbante até um sofisticado radio-comu- nicador entre a Terra e a Lua poderiam ser assim _denominados. E de conhecimento comum, no entanto, ser a palavra “Intercomunicador” mais utilizada para designar pequenos aparelhos, as vezes portateis, que permitem a duas ou mais pessoas, a curta distancia (geralmente entre aposentos de um mes- mo edificio) trocar breves mensagens @ avisos, evi: tando as suas repetidas locomogées, gritos, asso- bios, palmas, etc. Entre os diversos sistemas de intercomunica- dores mais comuns hé aqueles que se utilizam de rédio-freqiiéncia, com e sem o uso de fios entre as unidades ou postos de comunicacao. Aos que ndo se utilizam de fios denominamos, mais pro- priamente, rédio-comunicadores ou rédio-trans- missores-receptores, ou, ainda, tranceptores, sejam em FM, AM ou SSB. Qs radio-comunicadores trazem problemas de complexidade e custo elevado; as vezes, princi- palmente se os tentarmos fazer mais baratos & simples, interferem em outros sistemas e captam interferéncias destes. Outro problema em seu uso generalizado é a legislacéo a respeito, que faz necessdrio registro e autorizagdo para o uso de certos aparelhos — 0 que néo € barato nem facil de se conseguir. Existem aparelhos que no utilizam rédio- transmissio pelo espaco, mas sim pela rede, isto é, pelos préprios fios ou cabos que ligam esses apa relhos as tomadas de 110 ou 220 V. Estes dltimos — jd tive oportunidade de reparar alguns — séo problemdticos e caros; precisam de calibragens dificeis de serem realizadas por quem nao possua © equipamento necessério e os conhecimentos téc- nicos devidos. Tanto é verdade, que varias tenta- tivas de fabricagSo destes sistemas ‘via rede” por pequenas empresas nacionais foram levadas a0 insucesso. NOVA ELETRONICA 311 CLAUDIO CESAR DIAS BAPTISTA DESCRIGAO © Intercomunicador consiste no conjunto de dois pequenos aparelhos, interligados por um condutor duplo, paralelo, bastante fino, alimentado por uma bateria de 9 V, esta encontrdvel na maio: ria das casas especializadas em componentes ele. trénicos. A duracéo da bateria em uso normal, se comprada em boas condigdes, € de aproximada mente seis meses. O comprimento do cabo (fio) que liga os dois aparethos é de 18 metros, mais que suficiente para a maioria das aplicagdes. Com- primentos diferentes poderdo ser tentados desde que vocé mantenha a polaridade em relagio aos “plugs”; 0 maximo extra dependeré das condicdes locais, seré obtido experimentalmente e sob sua inteira responsabilidade caso ndo consiga aumentar © comprimento original Nada hd de sofisticado ou “‘criativo" no circuito deste intercomunicador, a ndo ser a diretriz basica que segui de conseguir um aparelho simples, de confiabilidade elevada e de custo reduzido, bastan- te fécil de ser montado por quem siga fielmente as instruges anexas, projetado com componentes de boa qualidade e de facil aquisigao, Os dois aparelhos que formam o intercomuni- cador dividem-se em “MESTRE e REMOTO". No Mestre vocé encontraré dois controles e apenas um Remoto. Além do controle de volume com o interrup- tor que liga e desliga o aparelho, existe no Mestre © “botéo" “Falar’, que vocé deverd pressionar para falar do Mestre ao Remoto, mas s6 com o interruptor ligado. Na posi¢éo de desligado, o mesmo “‘botdo" serve para produzir um som ou sinal de chamada no Remoto. Ligado 0 interruptor, 0 Mestre sempre estaré ‘ouvindo o Remoto, a nao ser que aperte 0 “botéo” “Falar”, quando passaré o Mestre a ser ouvido pelo Remoto. Para ser ouvido pelo Mestre, 0 Remoto néo precisa apertar qualquer “‘botéo”; basta falar — ‘© que deve realizar a aproximadamente a distén- cia de um brago estendido e nao junto ao apare- Iho, para evitar distorcdes. Quando 0 Remoto desejar chamar o Mestre, estando o aparelho desligado, basta apertar o “botdo" Unico, “Chamar’’, no aparelho Remoto. NOTA: A confusio do aparelho com a pessoa que © utiliza tem sido proposital neste texto, por simplificar extremamente a explicacdo. APLICAGOES © Intercomunicador 6 ideal para escritérios ou secedes de empresas, servindo para avisos de chamadas do telefone, pedidos de material e mil @ uma comunicagées normalmente ai efetuadas, onde pouparé tempo de servico muitas e muitas vezes mais valioso que o custo do aparelho. Deixando 0 Remoto em quarto onde esteja um bebé dormindo e ficando o Mestre onde a mae este- ja trabalhando, estudando, lendo ou assistindo TV., pode esta perceber quando a crianga chorar, devido a alta sensibilidade do aparelho. Para ordens as empregadas também é util em casa, ndo sendo recomendado como “microfone oculto” e finali- dades semelhantes. ‘Como brinquedo, devido ao prego muito redu- zido e inexisténcia de perigo de choques, tanto para @ diversdo e aprendizado durante a montage do aparelho, para criancas de mais idade, quanto para a conversa de criangas menores, 0 Interco: municador é um sucesso provado! A toda hora minha filhinha de quase quatro anos vem pergun- tar se “agora jé pode falar naquele” (e aponta um dos protétipos em minha bancada). As criancas tm sido de extrema ajuda na tortura dos testes de resisténcia e durabilidade deste Intercomuni cador!. . . Os protétipos jé quase aprenderam a falar sozinhos “Papai, eu gosto de vocél’’; “Al6, Kely: vocé esté boa?"; “Agora é minha vez!"’; etc. . Outros usos vocé mesmo poderé imaginar; como por exemplo, comunicacao entre técnicos — 312 NOVA ELETRONICA, de som de conjuntos musicais ou em qualquer outra aplicagéo onde a comunicacéo EM AMBI- ENTES INTERIORES, seja necesséria. NOTA: O aparetho nio foi projetado para uso em exterior, ao ar livre, nem é a prova d’égua, poeira, etc. Portanto, no pode ser empregado como porteiro eletronico, MONTAGEM — OBSERVAGOES GERAIS Como 0 mesmo texto deste artigo serve de manual para o Intercomunicador, peco perdao aos leitores da NOVA ELETRONICA jé familiariza- mos com as boas normas de montagem, pela apresentagdo das mesmas. Ao possuidor do “kit” (consulte os antincios), ai v8o algumas recomendagdes. Verifique se os componentes esto de acordo com a relacdo. Va- riagdes nas “‘voltagens" dos eletroliticos para cima de 10V, s8o aceitdvei: FIGURA 1 ‘As duas placas de fiagdo impressa servem para suportar 0s componentes, bem como eliminar a maior parte da fiacdo, sendo esta “fiagio” os proprios filetes da fina chapa de cobre. Na outra face das placas esto simbolos que representam a posigio das partes componentes ao serem inseri- das nos furos das placas. As pontas, lides, terminais dos componentes podem ser dobrados e cortados de forma a néo tocarem outros filetes de cobre da placa de fiago impressa. Podem, também, ser apenas levemente dobrados, soldados e, depois, ter os excessos aparados. Um dos mais importantes fatores na montagem 6a SOLDAGEM. Esta deve ser feita com soldador de 20 a 30 W, de forma a fazer correr livremente, liquido e no pastoso, o fluxo de solda pelo cobre € pelos lides dos componentes. O soldador deve estar “estanhado” (coberto por fina camada de solda brithante) e sem “‘cascas”, sujeiras e depo- sitos que se formam a medida que se faz a mon- tagem. JAMAIS USE PASTA PARA SOLDAR. Muito cuidado em ndo deixar filetes de solda escorrida contactarem regides diferentes do cobre na placa de fiago, causando “‘curtos”. A montagem feita com atengo, calma e revisada passo a passo, conscientemente, é mais agradadvel, segura e acaba custando menos em tempo. Por Ultimo, a limpeza com canivete ou faquinha mais ou menos afiados, dos lides (as “‘pernas” para ligago dos componentes), raspando-se a camada de sujeira, é recomendavel para os capacitores @ 0 resistores. SEQUENCIA DA MONTAGEM — PLACAS DE FIAGAO IMPRESSA Monte, em primeiro tugar, as duas placas de fiagéo impressa (3018A e 3018B). As figs. 1 e 2 mostram essas placas vistas pelo lado dos compo- nentes e, como as préprias placas, séo suficientes © auto-explicativas quanto posi¢éo dos compo- nentes, Os transistores devergo ser montados e solda dos por Ultimo, bem como os diodos. Tal proced mento evitard super-aquecimento dos mesmos com repetidas soldagens, 0 que deve ser evitado, pois estes componentes so sensiveis a temperaturas excessivas € a0 aquecimento prolongado. A placa maior (3018A) pertence ao Mestre; 2 menor (30188) ao Remoto. Os furos de diémetro um pouco maior e com: niameros devem ser deixados para depois — neles sero soldados fios que interligardo as placas aos NOVA ELETRONICA 313 altofalantes, “jacks” ¢ “rabicho” ou bateria de 9 V. plug’ da Cuidado especial deve ser tomado com a posi- go dos eletroliticos, que tém polaridade certa, devendo 0 lado, nesses componentes, que possui a indicagéo “+”, coincidir com o furo na placa que também tiver este sinal, o mesmo acontecendo com o sinal "—"" Muita atenco ao posicionamento dos transi tores! As trés.“pernas’’ destes sé possuem uma posic¢do correta na placa de fiagdo impressa. Estude a fig. 3 e as placas de fiacdo, antes de colocé-los; revise duas vezes a instalacdo de cada transistor! MUITO CUIDADO: os interruptores séo muito sensiveis a0 excesso de calor e a0 aquecimento prolongado. Ao soldé-los, faga-o cada terminal por vez, esperando esfriar completamente um antes de soldar outro. Problemas como no conse- guir produzir 0 sinal de chamada do Remoto para © Mestre ou no conseguir ouvir um aparelho pelo outro, por exemplo, poderio ser muito provavel- mente devidos a danos causados nestes componen- i nn FIGURA 3 i ac727 wc 208 M505 tes, que deverdo ser, entdo, substituidos, com cuidado para nao danificar os filetes de cobre da placa de fiagao impressa. Posicione os interrupto- res, ao soldar, de forma que fiquem perpendicula- res as placas. Os terminais ou contactos sobressai- ro cerca de 1 mm, vistos pela face cobreada; isso 6 previsto para auxiliar a evitar o super-aqueci mento. Uma “pitadinha’ de saliva na ponta do dedo, tocada levemente sobre a solda ainda quente, logo apés retirar 0 soldador, néo é muito acadi mica, mas funciona realmente na protecao contra © excesso de calor. 314 NOVA ELETRONICA O potencidmetro deveré ter seu eixo cortado para 33 milimetros de comprimento, a partir da superficie da placa de fiagdo impressa vista pelo lado dos componentes. O eixo deve ficar para o lado dos componentes e a parte com os trés ter- minais para 0 lado do cobre. Estes precisaréo ser levemente dobrados para encostarem e serem soldados diretamente nas regides da fiacdo de cobre que esto dimensionadas para esse fim, Muito cuidado para que a solda néo ponha em curto-circuito filetes adjacentes, Revise varias ve- zes: atengio ao filete de cobre que passa por baixo dos terminais (fig. 4). Potenciémetros minia- tura ou de tamanho comum poderdo servir para a finalidade, j4 que a placa esté prevista para acomodar qualquer dos tipos. Na figura vé-se o potenciémetro miniatura colocado; para um poten- ciémetro maior, caso compre este tipo, basta conectar os terminais nas mesmas dreas da placa, um pouco mais longe do centro do potenciémetro, uma vez que o diémetro é maior Alem da cha- ve, 0 capacitor eletrolitico é nico outro compo- nente da placa do “Remoto”; deve ter também a polaridade (+ e —) coincidente com a da fig. 2 ea do simbolo existente na prépria placa. FIAGAO EXTERNA AS PLACAS Veja a fig. 5 para realizar a fiagdio do Mestre e a . 6 para realizar a fiagéo do Remoto. Corte os fios nas medidas indicadas ao lado de cada uma dessas figuras. A numeragao serve para informar @ posi¢o dos fios em relacdo aos furos nas placas. FIGURA 4 ‘Rabicho' ou'plug’ do bateria de 9V Attofatante visto de trds FIGURA 5 NOVA ELETRONICA 315 Placa de fiagdo impressa do ’REMOTO’'vista pelo lado dos component Jack Altofalante FIGURA 6 visto de trds As dimensées permitiréo a fécil passagem e aco: A parte elétrica dos dois médulos do interco- modacao dos mesmos ao ser efetuada a montagem municador esté pronta para funcionar, com exce- final nas caixas metélicas. Hd que soldar 2 fios 0 do cabo de 18 metros (de interconexéo entre desde o interruptor do potenciémetro até os ambos) onde deverdo ser soldados os dois “plugs”, furos 12 € 13 de fiago do MESTRE. um em cada ponta. 316 NOVA ELETRONICA FIGURA 7 CAPA DO ‘PLUG’ ATARRACHE APOS SOLDAR OS FIOS Esta, tanto quanto a soldagem das chaves. ¢ @ operagdo mais delicada da montagem e deverd ser feita com muito cuidado, paciéncia e atencao, CABOS DE CONEXAO Tome 0 cabo de 18 metros e os dois “plugs”. Separe por dois cent/metros as pontas dos dois condutores de fios de cobre encapados, em cada extremidade do cabo de 18 metros. ""Descasque”, de cada ponta, a cobertura pléstica isolante por trés mil/metros. Retire a capa atarrachada em um dos “plugs” € enfie no cabo, para cobrir novamente o "plug" na extremidade em que vier a soldé-lo. Solde as duas pontas de uma das extremidades do cabo de 18 metros conforme a fig. 7 — qual- quer posigdo das pontas serve nesta soldagem. Faca tudo com preciso, pouca solda e evite curtos. Se necessério, corte a parte extra da chapa exis: tente em um dos terminais do plug. COLOCACAO EM FASE — METODO “LINGUIS- Tico” ATENCAO: LEIA COMPLETAMENTE ESTA PARTE PARA DEPOIS DECIDIR SE DEVERA SEGUIR A SUGESTAO OU NAO. NAO ME RES- PONSABILIZO POR QUALQUER RISCO OU ACIDENTE QUE VENHA A CORRER DEVIDO A EXECUGAO DO TESTE SUGERIDO A SE- GUIR. Pegue a bateria de 9V, retire 0 envoltério de celofane, Identifique o borne positive que, se ndo estiver indicado na sua parte externa, é sem- ESTAS PARTES ESTAO EM CONTACTO ESTAS PARTES ESTAO EM CONTACTO pre 0 “macho”, sendo 0 negativo o “fémea”. Se- gure-a com a mao esquerda, como se fosse um isqueiro, deixando livre o polegar para umedecé-lo com saliva @ colocé-lo firmemente sobreoborne negativo (fémea) Libere os dedos indicador e médio que seguram a bateria, da mo esquerda, ficando esta presa pelos dedos minimo e anular ao seu redor e 0 polegar sobre o borne negativo. Ponha com a mao direita a ponta do “plug” (j6 soldado ao cabo e com sua capa rosqueada) dentro da cavidade existente no centro do borne positivo da bateria (macho) e segure-o ai com os dois dedos livres da mao esquerda, liberando a mao direita, Note que apenas o contacto da ponta do “plug” deverd encostar no borne positivo da bateria. Pegue a extremidade restante do cabo de 18 metros com a mo direita e, uma de cada vez, encoste rapidamente as pontas descascadas na Iingua. Uma delas nada produziré ou produziré uma pequenissima vibragdo na ponta da lingua. A outra, daré. um pequeno “‘choque”, sempre mais intenso que a primeira, O “‘choque” é perfeita mente suportavel, j que mesmo a propria colo cago dos dois bornes da bateria de 9 V direta- mente na lingua o é também. As pessoas que, por qualquer motivo, temam métodos no convencionais de percep¢ao ou acre ditem que esto correndo qualquer perigo de en venenamento por eletrdlise ou eletrocugao pelo choque da bateria de 9V, nao deverdo fazer este teste. Repito que toda responsabilidade seré do montador quanto a quaisquer danos que ve- nham a sofrer. A minha opiniao pessoal é de que © choque em minha |ingua foi muito fraco e per- NOVA ELETRONICA 317 feitamente suportével por alguns segundos, todas as vezes em que experimentei este sistema. Deixo claro, também, que nao sou daqueles eletricistas que colocam dedos nas “‘chaves de forca”’ para exibir sua resisténcia a0 choque e que deles tenho muito receio, precavendo-me cuidadosamente, CONTINUANDO ‘A ponta do cabo que “der choque”, ou “der mais choque” deveré ser soldada, como ilustra a fig. 8, a0 contacto menor, central, do “plug” restante, no esquecendo vocé de enfiar, antes, a sua capa no cabo. A outra ponta do cabo ser soldada no outro contacto ¢ entéo, com o mesmo cuidado quanto a curto-circuitos, atarrache a capa em seu lugar Estaré pronto e “colocando em fase” 0 cabo com os dois “plugs”. Toda a operacdo do teste “lingiaistico” (lingual) descrita, leva apenas alguns segundos, apesar da longa exposicgo e permi- te a montagem do intercomunicador por quem ndo possua qualquer aparelho de medicéo. Para aqueles que no desejam arriscar-se com o "teste lingii‘stico” ou que no julguem o teste @ altura da seriedade de um bom montador, seré necessério © uso de um mult/metro para encontrar as pontas que sejam do mesmo condutor, nas extremidades do cabo e soldé-las aos contactos correspondentes nos “plugs”, fazendo com que o pino central de um esteja conectado ao pino central do outro. Seja como for, esteja certo de ter colocado o cabo “em fase. No caso de divida, pega a qual- quer técnico em eletrdnica que o fa¢a para voce. TESTE DO INTERCOMUNICADOR Mesmo antes de colocado nas caixas, o Inter- comunicador poderé ser testado, jé que toda a parte elétrica, a esta altura, estd completa. Ligue © cabo aos “‘jacks"” dos dois aparelhos, colocando © Mestre eo Remoto a uma boa distancia entre sf ou produzirdo assobios (realimentagdo ackstica, microfonia) Ponha o controle de yolume no minimo (todo a0 sentido anti-hordrio) até desligar’seu interrup- tor. Instale, agora, a bateria de 9 V no seu conec- tor, com cuidado para néo inverter esta ligagao. Apertando um dos “‘botdes”, no Mestre ou no Remoto, seré ouvido 0 silvo de chamada no outro aparelho. Ligando o interruptor no potenciémetro (acio. nando seu eixo no sentido hordrio), 0 Mestre es- cutard 0 Remoto. Apertando 0 “botéo”, o Mestre poderd falar para ser ouvido pelo Remoto. Experimente o volume e a distancia ideais. Fale claramente para dar nitidez 4 comunicagio. Se nao estiver satisfeito com a distor¢do em qual- quer distancia que fale ou a qualquer posicdo do controle de volume, s6 conseguiré melhores resul- tados usando altofalantes de custo mais elevado, podendo, se desejar, procurar unidades mais caras que funcionaréo desde que sejam exatamentede 82 e de 0,2W para cima Para a maioria dos casos, os altofalantes forne- cidos com o “kit” so satisfat6rios, mas os resul- tados podem ser melhorados sensivelmente com altofalantes de melhor qualidade, jé que @ maioria da distorgdo é causada por eles e nao pelo circuito eletrdnico. NOTA: No decida mudar os altofalantes antes da colocacao nas caixas das partes do Intercomuni- cador, pois estas, com sua aciistica, suavizario o som do aparelho. Se apés montados os aparelhos nas caixas, mes- mo com a espuma, achar que o som é ressoante demais (microfonia), poderé “curar’” perfurando a tampa de trés de APENAS uma das caixas; quan- to mais furos, menos microfonia, pois as resso- nancia das caixas ficardo diferentes. 318 NOVA ELETRONICA MONTAGEM MECANICA Provado 0 aparelho, passe a montar suas partes nas caixas metélicas. Pegue a caixa do Mestre, que é formada por uma peca metdlica em forma de U largo, com abas e com furagdo variada na superficie maior; esta peca é 0 corpo da caixa; uma peca maior, metdlica, em forma de U estreito, com apenas quatro furos pequenos, é a tampa da caixa. Separe, também, uma espuma de 3,5 x 7 x 14 cm. Monte as pecas do Mestre no corpo da caixa conforme a fig. 8. O altofalante deve ser fixado em primeiro lugar, usando as “orelhas” soldadas na caixa, Em segundo lugar, coloque a placa de fiagdo impressa sobre os ““pedestais” com as pecas para o lado escondido, usando dois parafusos de 1/8” curtos, de cabeca redonda e duas porcas de 1/8". Coloque, agora, 0 transformador, fixando-o também pelas “orelhas”” correspondentes. Final- mente, coloque o “jack”, no furo, conforme ilus- tra a figura. Coloque a bateria (fig. 9). A espuma de 3,5 x 7 x 14 cm., que segura a bateria, tam- bém evita, em parte, a microfonia. Ela fica sot presso, cobrindo todas as partes no interior da caixa. jack» — By OP0 SOO O60 at ite ate Mestre” visto por cima FIGURA 8 «Mestre? visto por dentro (sem tampa) vista lateral da montagem do «Mestre» (corte) NOVA ELETRONICA 319 Feche a caixa com a peca maior e usando qua- ‘tro parafusos 1/8” x 1/4”, cabega redonda, Monte, entéa, o médulo Remoto como escla- rece a fig. 9 usando as “orelhas” para o altofalante © os “‘pedestais”” c/ parafusos e porcas para a placa de fiag3o impressa, tudo como no médulo Mestre e agora de forma bastante mais simples, devido ao menor nimero de partes. Feche a caixa como fez no médulo Mestre, colocando a espuma restante de 3,5 x 7 x 14 cm. Esté completo o Intercomunicador, que deveré apresentar-se como na foto de vista externa e que funcionaré como no teste jé feito. Um lembrete final: hé dois erros féceis de serem cometidos pelo montador menos experimentado ou afoito. Se, com o potencidmetro desligado, no funcionar o sinal de chamada, hd inversio nos dois fios do transformador. “Desinverta” os 1n9S 1 e 2 que o defeito seré corrigido. Por ditimo, atengao ao “jack” ao soldar — o terra é um termi- nal préximo a parte metélica do mesmo e nao © outro préximo ao “vivo’’, no suporte plastico. nl ink a OSE OOe OG U ll . “ Vesior), temos que Goss > zero. Para uma melhor regulacao, Ip deve ser consideravelmente menor que loss. E possivel conseguir uma goss muito mais baixa por unidade de Ip tigando dois FET em cascata, como estd representando na figura 2. FIGURA 2 oVsso— Neste caso, Ip € regulada por Q1 e Vos1 =-Ves2. O valor CC de Ip & ‘controlado por Rs e Q1. Porém, Q1 e Q2 afetam a estabilidade da corrente. A fig. 2 foi redesenhada para a condigao Vas: = 0. ig = ig + Vgs29r82 = Sts2 = Vas2Goss2 — io X = Sat ap (7) joss ig, me pce Maneater erisdeerete (8) Sosst + Grea NOVA ELETRONICA 325 Vo = Vast + Vds2 = Van +2... .. (9) Gosst Vo = Vay. S081 + oss + gu. (10) Gosst + Gfs2 ig Gosst Joss2 ie (11) & Vo. Goss1 + Goss2 + Sts2 Se Gomt = Gon2 +++ esses eee (12) = Soss «and eats) $ * TF gr/Gon Quando Rs # Ocomona fig. 2....... (14) 2 te Gers Rs (9132 + GossGte + Goss?) (15) ies cc Fe (16) Qs (1 + Regis) Nos dois casos (Rs = 0 ou Rs #0), acon duténcia de safda do circuito é bem menor Que 0 goss de um FET unico (fig. 3). FIGURA 3 No projeto de fontes de corrente com FETs em cascata, ambos os transistores devem trabalhar com uma adequada ten- so dreno-porta Vpg, isto 6: Voc > Vesiort), ou melhor, Vos >2Vesiem 326 NOVA ELETRONICA Se Vog < 2Ves (ott), @ Goss ser signi- ficativamente aumentada e a condutancia do circuito seré deteriorada. Por exemplo: © FET 2N4340 tem uma gos, = 4 umho. tipica, a uma Vos = —20V e Ves = 0. Quando Vos * —Vasior) = 2V, Sos ~ ® 100 umho. Os melhores FETs para fontes de cor- rente sdo aqueles com portas longas e, conseqiientemente, uma goss muito baixa. O transistor 2N4869 tem goss = 1 umho a uma Vos = 20V. Um Gnico FET deste tipo, representado na fig. 4, pode forne- cer, num circuito de fonte de corrente, de 5A até 1mA, com uma impedancia interna maior que 2MQ. 1 e001 FIGURA 4 FIGURA $ O circuito em cascata da fig. 5 fornec uma corrente ajustavel de 2 4A até 1mA com uma resisténcia interna maior que 10 MQ. Para cada circuito discutido, a condu- tancia é representada pelas equacdes da (i ~ Boss” ~ Boss? 80 ets fo as (1 + Rgen) FIGURA 6 * BRIDGE, AMPLIFICADOR DE ALTA POTENCIA PARA AUTOMOVEIS. FONTE DE ALIMENTACAO AJUSTAVEL — 1 A — COM PROTEGAO CONTRA CURTOS E LIMITACAO DE CORRENTE. DISTORCEDOR “R ViII'’ — 39 MODULO DO SINTETIZADOR PARA GUITARRAS E VOZES (o distorcedor dos MUTANTES) VERSATIL TERMINAL DE VIDEO EM “KIT” MODULAR. CHEGOU A HORA DE FALAR — SIMULAGAO ELETRONICA DA VOZ HUMANA. * O MICROPROCESSADOR 1600 Gi. CONTROLE DE CONSUMO DE COMBUSTIVEL USANDO COMPONENTES OPTO-ELETRONICOS. * FREQUENCIMETRO DIGITAL ATE 30 MHz, OU MAIS. CONVERSAND cc SOBRED Na Revista anterior (N° 2) tratamosda construgao fisica e do funcionamento ba- sico do JFET (FET de jungao) e do MOS- FET (fabricado sob tecnologia MOS). Veja- mos agora, caracteristicas especificas e pa- rametros dos dois dispositivos, para que o leitor possa conhecé-los mais profundamen- te e tomar contacto com as fun¢gdes que Os mesmos exercem em varios circuitos, inclusive naqueles descritos no final deste artigo. CARACTERISTICAS DOS FETs Os transistores de efeito de campo apre- sentam vantagens em relacdo aos seus “‘pri- mos” bipolares, devido a sua constru¢do e operacao. Vejamos porque. Em primeiro lugar, o FET é um compo- nente de baixo ruido e de baixa distor¢30 Por intermodulagao. Sua impedéncia de entrada ¢ a mesma de uma jungo PN inversamente polarizada, que 6 da ordem de 10'° a 10!? ©. Na pré- tica esta impedancia é limitada pelo resis- tor ligado a porta, na configurag3o de auto- polarizagdo, em um circuito ‘“supridou- ro-comum”. Em RF, porém, a queda no valor deste pardmetro é proporcional ao quadrado da frequéncia. Os FETs tém uma faixa dinamica bem larga, acima de 100 dB, o que significa que eles podem amplificar tanto sinais de niveis bem baixos (pois produzem pouco ruido) como também sinais de grande intensidade, pelo fato de apresentarem uma desprezivel distor¢go por intermodulacao. Outra caracteristica a destacar é 0 que se chama de ponto de polarizacao com coe- ficiente de temperatura zero (zero TC point), onde variagdes na temperatura nao afetam o ponto de operagdo do transistor. As capacitancias dos FETs de jungao sio mais constantes, ao longo de uma grande variagéo de corrente, comparadas as dos transistores bipolares, o que permite o pro- jeto de osciladores de alta freqiiéncia bem mais estéveis que os convencionais, com cristais de baixa freqiiéncia e estégios mul- tiplicadores. PARAMETROS E TERMINOLOGIA Achamos que um certo conhecimento desta parte seria Util para o leitor se “loca- lizar’’ com os pardmetros principais dos FETs e com a terminologia que se conven- cionou dar a eles, sempre um tanto compli- cada e com termos abreviados em inglés. loss — (drain current with the gate shorted to the source) — corrente de dreno com a porta ligada ao supridouro. —_—-. 328 NOVA ELETRONICA TRANSISTORES DE EFEITO DE - CAMPO Ipss_refere-se simplesmente a corrente de dreno que flui para qualquer Vpg (ten- so dreno-supridouro) aplicada, estando a porta ligada ao supridouro. Para um deter- minado valor de Vpg, porém, igual ou maior que a tensdo de “joelho” V,, (fig. 10), Ipss_ indica a corrente de saturacdo do dreno com a tensa de porta igual a zero (Ves = 0). Alguns catdlogos citam loss, nessas condigées, como Ip (on)+ Vesiore) — (gate-source cut-off voltage ) = tensio de corte porta-supri- douro. A resisténcia elétrica de um canal semi- condutor esté relacionada com suas dimen- sdes fisicas e é dada por R = p . L/A onde: Pp = resistividade do semicondutor; L = comprimento do canal; A =P x E = drea transversal do canal. Le P so determinados pela geometria do dispositivo, enquanto a espessura E é a distancia entre as camadas de deplexdo (veja fig. 3, na primeira parte, Revista n° 2). A posicdo dessas camadas pode ser variada tanto pela tensio de polarizagao porta-su- Regio de Saturago — 1O-Corrente do Dreno VoS- Tensdo Oren Supridouro Fig.10 pridouro (Vgg) como pela tensdo dreno- supridouro (Vpg) Quando E € reduzido a zero por qualquer combinagao das duas tensdes, as camadas de deplexdo opostas entram em contacto (fig. 3) e a resisténcia incremental do canal (rg,) tende ao infinito, como j4 foi visto; tal condic&o é chamada “pinch-off”, por- que a drea condutora do canal é reduzida a uma fina pelicula e ndo hd mais fluxo de corrente. Elevando-se ainda mais o valor de Vps (até a ruptura da jun¢do por pola- rizago inversa) quase nao haverd alteracdo em Ip, a0 que se deve esta regido da curva ser chamada, além de “pinch-off”, como regido “pentodo” ou de corrente constante. Na fig. 10, temos representada apenas uma curva, onde o “pinch-off” ocorre com NOVA ELETRONICA 329 Con ‘nor 10/ss- VDS~Tensao Dreno- Supridouro Fig Ves = 0. Ja na fig. 11 aparece toda uma familia de curvas, cada uma delas levantada para um determinado valor de Vgs. Obser- vamos que os acréscimos em Vag resultam em menores valores de |, (que é pratica- mente constante na regido de “pinch-off”, em cada curva) e em valores mais baixos de Vyg necessdrios para alcancar o “joe- tho” das curvas. O “joelho” das curvas é importante para © projetista, pois através deles pode saber qual 6 0 minimo Vpg requerido para se alcangar a regido de “pinch-off”, com Ves = 0. Com uma determinada tenséo de polarizago aplicada a porta, o canal serd “‘cortado” e nao haverd fluxo de cor- rente; Vpg nao terd efeito até a ruptura da jungdo (figs. 10 e 11). O valor espect- fico de Vgg que causa o corte é conhe- cido como tensao de corte porta-supridou- 10 (Vesiain)- Iggg — (gate-source cutoff current) — cor- rente de corte porta-supridouro. A porta de um FET canal P é uma sim- ples jung3o PN, do que se deduz ser sua curva caracteristica para CC igual & curva tenséo x corrente de um diodo comum (fig. 12). Se tivermos este tipo de FET operando normalmente (Vgg positiva), sua porta estaré inversamente polarizada para tensdes entre zero e@ Vegiort), _refletindo em uma resisténcia porta-supridouro de mais de 100 MQ. VGS-Tensio da porta 12 Ao contrdrio, se a jun¢ao porta-supri- douro tornar-se diretamente polarizada, a resisténcia de entrada serd bem baixa. Igss_ Pode servir para avaliar outras cor- rentes em um FET, que seriam Igno € Igso. ambas representadas na fig. 13, juntamente com Iggg. Normalmente teremos Iggot Igp0 > Igss- Porque o dreno e o supri- douro n&o esto completamente isolados; de fato, est&o ligados através da resisténcia do canal. Para muitos FETs, se Vgg > > Vesiorr) @ diferenca entre (Iggo + + Igoo) @ Igss € pequena, pois o canal esté cortado. Nesse caso, Iggg 6 um meio efetivo de controle das outras duas_corren- tes. ve BVggs — (gate-source breakdown voltage) — tenso de ruptura porta-supri- douro. Ja descrevemos os terminais dos FETs como sendo jungdes PN ou NP; conseqien- temente, BVggg nada mais 6 que a medida da tensio de ruptura da junodo porta su- pridouro, com o terminal dreno ligado ao supridouro. 9), — transcondutancia A transcondutancia é a medida do efeito da tensio de porta sobre a corrente de dreno. 330 NOVA ELETRONICA gf, = AID , sendo Vpg constante. AVes As equagées a seguir demonstram a in- ter-relacdo entre gr, © 0S pardmetros Ipss e Vesiort)! 9, 2 loss oa GS (off) V 'b = Ipss (1 — at Vesiort) Vos %. = Bo (1 -— ——=—) Vesiort) onde a4 & Ipsg sO os valores respectivos de gy, @ Ip para Veg = 0. Através dessas equagées o valor de gj, pode ser calculado com uma razodvel apro- ximagdo se Ipss @ Vgg (os) forem co- nhecidos. Capacitancias de jungao Existe, nos transistores de efeito de cam- po, associado a jung&o porta-canal, uma certa capacitancia, cujo valor e distribuigaéo geométrica variam em fungéo das tensdes Vos & Vos. Devido a grande dificuldade de se lidar com esse género de capacitan- cias distribuidas, admite-se uma simplifi- cagéio formada por duas capacitdncias loca- lizadas, Cgs e Cgd, existentes entre porta e supridouro e entre porta e dreno, respec- tivamente. Os manuais incluem Cgs e Cgd em suas tabelas, para condigdes de operagdo espe- cificadas; ocasionalmente, gréficos séo tam- bém incluidos, representando a variagdo das capacitancias de acordo com as con- digdes varidveis de Veg, Vos € a tempe- ratura. Se, por acaso, esses dados nao forem especificados, pode-se fazer uma estima- tiva dos mesmos, assumindo ser sua variago inversamente proporcional 4 raiz quadrada da tenstio de polarizagdo (Vg). Com rela- cdo a temperatura, as capaciténcias irdo variar muito pouco, pois dependem da taxa de variagdo de —2,2 mV/9C na diferenga de potencial da jungao. APLICAGOES GERAIS DOS FETs Esgotar 0 assunto das aplicacées para os FETs seria querer demais de um artigo expositivo como o nosso. Fornecer uma idéia geral das possibilidades desses tran- sistores, porém, é perfeitamente possivel e 6 0 que faremos, com alguns circuitos basicos, apenas com finalidades explicativas, nfo se destinando a aplicacdes praticas. FETs como interruptores analégicos © transistor de efeito de campo 6, na realidade, um condutor cuja érea transver- sal pode ser variada pela aplicagdo de ten- ses apropriadas. Quando a drea condutora (canal) 6 maxima, a condutncia também ser maxima (minima resisténcia). Quando, por outro lado, a 4rea condutora estiver em seu minimo, assim estaré a condutancia e seré maxima, entdo, a resisténcia. Tais fendmenos tornam vidvel a aplicagdo dos FETs como interruptores analégicos. Percebe-se que na condutancia maxima o FET estaré na condigéo “ligado” e na condutancia minima, “desligado”. Aproximadamente 50% das utilizagdes de FETs sio para comutagdo digital ou analégica. As razées de sua preferéncia, comparados aos interruptores mecdnicos, so Obvias: tamanho bem mais reduzido (possibilitando maior densidade de encap- sulamento), operacdio & distancia (sem os incémodos acoplamentos mecanicos) e a inerente seguranca dos sistemas em estado sblido Todas essas vantagens aplicam-se também aos transistores bipolares, mas os FETs possuem vantagens adicionais, como maior velocidade de comutacao, operagao bilate- ral para grandes variacdes de sinais analé- gicos, inexisténcia de corrente em “offset” (pode comutar tenses da ordem de micro- volts sem erro) e baixo consumo. Os dois tipos de FET, o de jungio (JFET) 0 MOSFET, so usados em operagées de comutago. O primeiro oferece uma menor NOVA ELETRONICA 331 Cha mer resisténcia quando “ligado”’ e manipulagao mais acurada do sinal, quase sem distorgao. O JFET funciona como um dispositivo normalmente “‘desligado” (ver Revista n® 2). O MOSFET, por sua vez, é do tipo nor- malmente “ligado”. Algumas das aplicagées mais comuns em comutagao esto representadas na fig. 14. ae Amostragom Retengao Fig. 14 “Grampoar™ Q1, Q2 e Q3 trabalham como interruptores analégicos e 04 é um interruptor tipo amos- tragem e retencdo (sample-and-hold), Q5 6 um “grampeador” de sinal com referéncia zero e Q6, Q7 fazem parte de um circuito comutador de controle de ganho. Devido a grande aceitagao do FET como interruptor, 0 mesmo foi incorporado em varios tipos de circuitos integrados hfbridos e monoliticos. Estéo disponiveis nao s6 em séries de componentes isolados no mes- mo encapsulamento, como também em cir- cuitos completos com “drivers” e interrup- tores FET. Estes Cls vém em uma infini- dade de configuracdes, desde simples subs- titutos para interruptores mecdnicos de um polo e uma posi¢ao, até comutadores multi- canal para multiplex, usados em sistemas de processamentos de dados e comuni- cagdes. FETs como resistores controlados por tensdo Um resistor controlado por tenséo (VCR — voltage-controlled resistor) pode ser definido como um resistor varidvel de trés terminais, onde o valor de resisténcia entre dois deles é controlado por um po- tencial aplicado ao terceiro. O JFET, por seu lado, pode ser considerado como um dispositivo cuja condutancia entre o supri- douro e 0 dreno é modulada por um campo elétrico transversal. Este campo 6 controlado por uma combinagao da tensao porta-supridouro (Vgg) e da tensdo dreno- porta (Vpg). Sob certas condigdes de operago, o canal de um JFET vai se comportar quase como um resistor ohmico, cujo valor seré fungao da tensfo de porta Veg. A maxima corrente porta-supridouro (Ings) existird quando Vgg = 0. Se tornarmos esta tensio mais e mais negativa, até o ponto em que © FET nao mais conduza, atingiremos o nivel de corte (Vggior))- VE-Se, portanto, que os FETs se prestam muito bem a tal tipo de aplicacdo. A fig. 15 detalha as condigées tipicas de operacdo de um FET. Como foi observa- wo Vos = Weston) vos (v) Figs do, o FET atua como amplificador ou interruptor, principalmente na regio de corrente constante (ou saturada), indicada como regidio II. Observe-se que a regiao | {area ndo saturada ou pré-“pinch-off”) vai revelar que a inclinacao das curvas, indica- tivas da condutdncia entre dreno e supri: douro, é diferente para cada valor da tens3o de porta. Essa mesma inclinacéo, porém, € relativamente constante ao longo de uma série de tensdes de dreno de baixo valor, desde que a tensdo de porta seja constante. Tal caracteristica torna o FET adequado as aplicagdes como VCR e pode SO 332 NOVA ELETRONICA FET CANAL N ser observada na fig. 16, onde ha um de- talhe em maior escala do inicio das curvas desenhadas ao lado. Nota-se que as mesmas so praticamente linhas retas, podendo ser comparadas as respostas tensdo x corrente de resistores ohmicos fixos. Nessas condi- goes, o valor da resisténcia incremental do canal (rg,) 6 © mesmo da resisténcia CC, OU Ips @ € funcdo de Ves. Nas figs. 17 a 20 temos alguns exemplos de circuitos onde os FETs sao utilizados como resistores controlados por tensdo. or teste FiltroT RC passa im “Dual FETs” como estdgios de entrada para amplificadores operacionais Podemos obter um amplificador opera- cional de alta qualidade usando um “dual FET” como preamplificador de um opera- cional bipolar comum, como o 741 (fig. 21). Uma grande vantagem deste tipo de circuito 6 a sua grande estabilidade em relacSo a variaggo de temperatura, quando os FETs so polarizados perto do seu ponto nulo de coeficiente de temperatura. (Conciui no préx. némero} Fig.21 NOVA ELETRONICA 333 UM POUCO DE TEORIA... © que 6 que um relégio, um freqliencimetro, ou um contador, digitais, tem em comum? Pode- rfamos pensar, primeiramente, nos “‘mostradores”, ou seja, nos “displays” de LEDs, pois precisamos, deles para “ler” 0s instrumentos. Contudo, a fim de que possam nos apresentar a leitura das medidas de tempo, freqiiéncia ou ciclos, os “displays” precisam de “auxiliares” que interpretem os sinais € 0s fornecam jé em forma de némeros. 334 NOVA ELETRONICA CONTADOR DE Beuege J oF AMPLIAVEL VOEO Estamos nos referindo ao “trio” contador-devo- dificador-“display’’. Vamos falar rapidamente so- bre 2 funcao de cada um deles (fig. 1). © contador recebe pulsos em sua entrada e apresenta nas safdas a contagem desses pulsos. Cada pulso corresponde a um passo na contagem. © decodificador transforma os niveis de ten- so da contagem em uma série de niveis que vo “acender” os segmentos do “display”, formando, © algarismo correspondente ao némero de pulsos que entraram no contador. Podemos entender melhor, pelo exemplo da fig. 1. © contador recebe 5 pulsos e faz aparecer na saida, niveis de tensio (“0” nivel baixo; “1, nivel alto) representando o nimero 5, sob a forma BCD (decimal codificado em binério) Para os leitores que tiverem dividas sobre o sistema binério, recomendamos a consulta da Re- vista n? 1, pags., 20, 21 ¢ 22 Esses niveis so enviados ao decodificador que faz “acender” no “display” 0 nimero correto (no caso, 5). Cada linha de sa(da do decodificador 6 responsavel por um segmento do “display”, indi- cados com as letras de “a” até “g". Vése, na figura, que os segmentos “‘acesos” so aqueles que recebem o nivel “0” ou “baixo”. Este decodifi- cador 6 do tipo BCD/7 segmentos. CONTADOR DECODIFICADOR SURA 1 "DISPLAY" NOVA ELETRONICA 335 . ». E UM POUCO DE PRATICA Vista e entendida a teoria, vamos usé-la para montar 0 nosso préprio contador. O diagrama esquematico completo esté na fig. 2. Cl1 6 0 contador, CI2, 0 decodificador e DS1, 0 “display”. Os resistores Ry a R7 limitam a corrente dos segmentos. Ja vimos um exemplo do funcionamento do conjunto, mas como achamos que repetir esse ponto nunca 6 demais, apresentamos, na fig. 3, uma tabela completa do “comportamento” do nosso contador. Na primeira coluna estéo os pulsos injetados no contador. Na segunda aparecem os niveis de tenséo correspondentes aos numeros da primeira, em codificagao BCD. A terceira coluna apresenta os niveis de tensio que o decodificador envia ao “display”, que se “acende” conforme a coluna 4, O desenho menor dé a identificagio dos segmentos do “display”. \Vejamos alguns exemplos de como se “‘acendem” 0s segmentos pelo decodificador. Com 0 ndmero 4 os segmentos b, ¢, f e g rece- bem niveis baixos. O circuito é completado por FIGURA 2 our a ‘Niveis de tensio na Reieure FIGURA 3 saida do decodificador display | sof al ble[dle| fa Oo} o | o/| o fololojofofoj1/ oO rare o}|o}] oo] 1 fifololi{ififif ft EL 0 o{o/] 1] 0 fololilolofifofe2 oO} 0} 1 {| 71 Jolojojoli}i fof | Oo} 1] 0} oO fifolfolif{ijojofYy ed Fac ae of 1 | of 1 fofifolof{1/olofS Segmentos do Display o |] 1 | 1 {0 folifololololol& =e, o {1 {1 f 4 fofofoliliii [ata Fy o | 0] o fololofojolofolg ql f: o | o| 1 folojoli}ijofofQ a 336 NOVA ELETRONICA. + Vee, no “display”. Para obtermos o 1, s6 devemos ativar os segmentos b e c. O nimero 8, finalmente, & formado por todos os segmentos, razo pela qual todos eles recebem niveis baixos. MONTAGEM As placas de fiago impressa, vistas pela face cobreada e pela dos componentes, esto nas figs. 4 e 5, respectivamente. Decidimos fazer a montagem em duas placas, separando o “display” do contador FIGURA 4 LADO SUPERIOR ce 3 § Q oO RELACAO DE COMPONENTES Te) Peer) Cea ae OORT) Pea Dd eee Cie Mt) mR} eas ag e do decodificader, por uma razio muito simples: © nosso contador é amplidvel, ou melhor, é possi- vel “‘juntar” varios deles para aumentar @ contagem @ aquela é a posigo em que os “displays” ficam mais proximos entre si. A ampliacdo seré vista mais adiante. Vamos Preocupar-nos, agora, em montar os componentes e soldar as placas. Os componentes esto represen- tados na face néo-cobreada, o que facilita bastante © servigo. Observe bem a posicao correta dos inte- grados. Os seus terminais podem ser identificados pelo chanfro em um dos lados do encapsulamento (fig. 2). Muita atencdo mesmo 6 0 que devemos ter ao soldar as placas. Como se vé na fig. 4, as duas tém terminais com letras de ““a’’ até “g’, como os segmentos do “display”. A soldagem preciga ser feita por esses terminais. Se tudo estiver certo, a montagem ficaré igual 4 da fig. 6. Ndo demais lembrar que os componentes devem ser montados antes de se “juntar” as. placas. (LLLLLLLLLYN FIGURA 6 UTILIZAGAO Quando 0 conjunto estiver pronto podemos testé-lo. No circuito da fig. 2 aparecem quatro ligages abertas. Onde esté marcado “IMP” séo injetados os pulsos que acionam o contador; as duas ligagdes “RESET” servem para fazer o “‘apa- relhinho” comegar a contar em um instante de- terminado, se for utilizado com dispositivos auto- méticos. Como so pouco utilizadas, em nosso NOVA ELETRONICA 337 PINGO DE SOLDA Ficura 7 FACE COBREADA caso, vamos falar delas adiante; por ora s6 precisa- mos saber que devem ser todas ligadas & terra, para que o contador funcione (fig. 7). A Altima das ligagdes, chamada “SAIDA", é a que permite a ampliagdo do sistema e é sempre igada a entrada “IMP” do contador seguinte. Se 0 conjunto for ampliado, o primeiro contador seré © das unidades, o segundo, das dezenas, 0 terceiro das centenas e assim por diante. Explicando melhor, um contador conta de 0 a 9, dois contadores vo contar até 99, trés, até 999, etc. © circuito mais simples, que pode ser usado para provar o contador, é formado apenas por ele mesmo e um interruptor do tipo de pressio Na fig. 8 podemos ver esse circuito. O filtro formado por Re C ajuda a evitar que o inter- Terra da fonte cHI a ov’ FIGURA 8 "JUMPS" FACE DOS COMPONENTES ruptor envie pulsos espirios a CI1, que fariam o contador “‘avangar” dois ndimeros na contagem, a0 invés de um. A fonte deve fornecer 5 V CC, estabilizados, com a capacidade em corrente de 150 mA por contador que for montado, isto é: 150 mA para um contador; 300mA para dois contadores; 450 mA para trés contadores; etc. Quando houver dois ou mais contadores, os condutores provenientes da fonte séo ligados aos terminais VCC e GND da primeira placa; depois interliga-se esta placa com as demais, por meio dos outros terminais VCC e GND (fig. 9) Tente, agora, pressionar lentamente o inter- ruptor; .o contador deve “avancar” um nimero por vez e quando chegar a 9, deve “voltar”’ a zero. ‘A entrada “IMP 338 NOVA ELETRONICA VEM DA FONTE +Vce FIGURA 9 APLICAGOES Além do contador manual que construfmos, podemos encontrar varias utilidades para o circuito, se ligarmos a entrada “IMP” qualquer dispositive que forneca os pulsos, como fazemos manualmen- te com o interruptor presséo. Sé recomendamos que 0s pulsos no ultrapassem 5 V de pico, para no danificarem Cl1. As entradas “RESET” podem ser muito uteis em circuitos complexos. As entradas “RESET 0” fazem com que o “display” fique estaciondrio em zero, enquanto estiverem com um nivel alto. Es- tando uma delas com um nével baixo, a contagem pode seguir normalmente. O mesmo vale para “RESET 9”, com a diferenga de que o “display” é paralisado no numero 9. Podemos, assim, iniciar contagem de 1 ou do zero, no momento em que quisermos. Um detalhe & parte 6 0 ponto decimal, que isplay"". Se o montador desejar “acendé-lo”, deve ligar um resistor (cujo valor da resisténcia deve ser igual a0 de Ry ¢ R7) entre 05 pontos 1 e 2 na placa e conectar o ponto 2 8 terra (2 com 3). Nesse caso, 0 ponto decimal ficaré. permanentemente "aceso”. Quem jé tiver uma boa prética no assunto e for utilizar varios contadores com sistemas complexos, poderé usar um circuito légico para deslocar 0 ponto decimal. As aplicagSes do nosso contador so ilimitadas. Podemos sugerir algumas, tais como contador de segundos ou minutos se ligados a divisores de fre qiiéncia que aproveitem a freqiiéncia da rede, ou como contador de objetos, se ligado a um ci cuito adequado com dispositivo dptico. Prefer mos, na verdade, que cada leitor adapte o circuito & sua inventiva. Para os principiantes, ele é ideal do jeito que foi apresentado, como inicio de contacto com a légica digital. NOVA ELETRONICA 339 O Tacémetro Digital de Precisdo, publi. cado nos nimeros 1 e 2 de NOVA ELE- TRONICA, que tanto éxito alcangou, a par- tir de agora pode receber uma notdvel me- thoria. Trata-se da substituigSo de seu “display”, originalmente formado pelos FND500, por dois FND560. Absolutamente nada hd que ser alterado no circuito ou nas placas de fiago impressa, sendo mantido assim seu desempenho e sua grande preciso. © FNDS60 apresenta uma luminosidade trés vezes superior em relac3o ao FND500. Ressalta imediatamente a grande vantagem da substituiggo: a visibilidade aumenta tre- mendamente, sobretudo nos dias em que a intensidade da luz solar é elevada; isto resul- ta em conforto para o usudrio que assim NOVO PARA 0 TACOMETRO pode avaliar o desempenho do motor de seu veiculo com muito mais rapidez. Este aumento de luminosidade, por outro lado, n&o representa incomodo para quem dirigir & noite, devido ao controle de inten- sidade de luz do “display” j4 prevista em nosso tacdmetro. Isto significa, portanto, uma dupla satisfacio, com uma grande visibilidade durante o dia e luminosidade controlada a noite. A diferenga no custo compensa plena- mente a troca. A seguir transcrevemos, de forma comparativa as caracter(sticas diferenciadoras do FND500 e do FNDS60, as quais poder’o ser anexadas as ié publicadas em NOVA ELETRONICA NO 1 (pags. 77 a 79); dessa forma o leitor ficaré com todos os elementos necessérios para a escolha do “display” que convem ao seu projeto. 340 NOVA ELETRONICA, “DISPLAY” DIGITAL Notas: FNDS00/560 — catodo comum FND507/567 — anodo comum NOVA ELETRONICA 341 LETRICO 0 organismo humano DESPOLARIZAGAO DO VENTRICULO DESPOLARIZAGAO DA AURICULA REPOLARIZAGAO FIGURA 1 DO VENTRICULO NOVA ELETRONICA 343 FONTE D 344 NOVA ELETRONICA TENSAO fOTABILIZADA oV-1A Devido & quantidade de projetos com circuitos digitais que publicamos e ainda publicaremos em NOVA ELETRONICA, sabemos que, provavel- mente, o leitor ird sentir a falta de uma fonte de alimentag3o que forneca os & Volts requeridos por tais circuitos, com uma boa capacidade de corrente. Por este motivo resolvemos apresentar, o quanto antes, uma fonte que se presta muito bem a essas e outras aplicagSes e que pode ser adquirida em forma de “kit”. © diagrama esquemético pode ser visto na fig. 1. Sua extrema simplicidade pode enganar, & FIGURA 1 1 cHI —* NOVA ELETRONICA 345 primeira vista, pois Cl1 é um integrado estabili- zador de tensdo, que possui limitagdo interna de corrente e compensago, também interna, de tem: peratura. A nossa fonte pode fornecer até 1A sem se danificar se for submetida a cargas maiores, eer yi pois ¢ auto-protegida, E gracas 4 compensacao de Cli, nao apresenta variagdes de tenséo com a (Co temperatura, COO aCe co D5 é um LED usado apenas como piloto de Py eee} tensio de sa/da. earn A montagem & muito simples, seguindo-se a eee fig. 2, onde est’ representada a placa de fia¢do impressa com os componentes e todas as conexdes; por isso, no pode haver dificuldades. O Gnico detalhe importante que queremos frisar € 0 da colocacao do transformador, que deve ser feita no lado oposto ao dos componentes, ou seja, na face cobreada da placa de fiacdo impressa (fig. 3). RELAGAO DE COMPONENTES Sehr Rani’ Cen aa eeu a 1 posi¢ao, placa de fiagdo impressa (Ref. 3020) Cree eee ee ECR ac CN FIGURA 2 REDE PRIMARIO DO TRANSFORMADOR CHI . ov —i BORNE . wy VERMELHO SECUNDARIO DO_¢ \ TRANSFORMADOR\_ \, ° + 346 NOVA ELETRONICA, Note, também, que Cli deve ficar deitado, depois FIGURA 3 de soldado @ placa. E necessério o emprego de um parafuso com porca para fixé-lo, juntamente com seu dissipador, pelo furo j4 previsto na placa. LADO COBREADO TRANSFOR MADOR Para acondicionar 0 circuito da fonte esco- Ihemos uma caixa modular de alum{nio, com guias internas que sustentam 0 conjunto. Estando a caixa PLACA DE FIAGAO fechada, a placa fica firmemente presa pelas guias ‘ IMPRESSA e pelas tampas, evitando-se assim, a utilizagdo de COMPONENTES paratsos, LeD DIODOS (D10 D4) bornes de conexdo, a chave liga-desliga e 0 LED p | piloto, Na tampa traseira,hé apenas 0 furo pa ra passagem do “cordao" de alimentacio. FIGURA 6 _As figs, 4 @ 5 dio as “dicas™ para a montagem. Chant ._t}— Vé%e que na tampa dianteira séo colocados os -|+ EEE = FIGURA 4 FIGURA 5 NOVA ELETRONICA 347 NAO ESTA NOS LIVROS! Sugestoes da Nova Eletrin 348 NOVA ELETRONICA, —— Usando apenas metade de um “‘hex in- verter” @ trés componentes passivos (dois resistores e um capacitor), temos um 6timo oscilador com diversas aplicagées em cir- cuitos TTL. Na tabela estdo os valores de C para as freqiiéncias correspondentes do Circuito, NOVA ELETRONICA 349 350 NOVA ELETRONICA GROCOMRUTAD ORES LIGAD 3 Estudaremos, em detalhe as instrugGes, do nosso microprocessador, 0 8080. Esta ligio pode parecer, de inicio, um pouco dificil. No entanto, 0 programa exemplo dado no fim tornaré os conceitos mais claros. AS INSTRUGOES Rene a gece pa To mosque tem 8 registradores basicos (fig. 1). ee ee eee TS mL a Cr oe mum) Coser Names) dem trabalhar isolados ou em pares: (B, C), (D, E) e (H, L). Quando trabalham em Pe reine iene Ts CRC Gtcco Mitr titon CTs gam eee eer a ee eT ener iC mee Rut aati) CE CMR OMCs Ur oe a 16 o BT eee eS <1) oO Meat oto} ADD E, em octal 203. Esta instrugao faz Cece met iriae mcr ant cies ac laa eee oo A Ue Le Re) resultado for zero, o bit Z do registrador ee ele Met eH Me ROC acl lar Ro er aes Le Melo Te Le) valor zero. Onde vao as instrugdes? Na meméria do Megdiglsssesimseen eee ere Pete SCR eae Om ier Cela ane ec eer eee eee Mec eu ae Sorc) Cee Mercere errr Mern auciem iat oke mele} Pct c eur cide RNC eo minute Cees eee eee ee eer) B e rs DULG} nN [3 ESTADO FIGURA 1 NOVA ELETROD Instrugso. ‘CODIGO DE OPERAGAO Exemplo: ADD & ‘Somar ao acumulador o conteid [axe CODIGO DE OPERAGAO Exemplo: SUI 5 valor 5 de 1 byte 203 Jo do registrador E Instrugdo de 2 bytes 326 Subtrair do acumulador © conteGdo do segundo byte da instrucie: no caso, © CODIGO DE OPERAGAO ms Instrugdo de 3 bytes Exemplo: LOA 38 072 000 Les Carregar no acumulador 0 byte que esta no endereco 38 da meméria, em octal 046; observar que 0 endereco oct supa dois bytes (000 046) e que ests invertido; rimeiro o byte de mais baixe ordem, depois o byte de mais alte ordem FIGURA 2 E assim por diante. Nos pontos de progra- ma em que ndo queremos que a execugdo prossiga seqiiencialmente, colocamos instru- Bes especiais que modificam 0 contetido do PC, de forma que ele volte ao inicio ou pule um trecho do programa. Isto acontece, por exemplo, quando queremos repetir continuamente um programa. Veja a Gltima instrucdo do programa dado na Ligo 2. Usamos também esta possibilidade quando queremos que o programa efetue uma deciséo légica. Em um caso executa uma instruco, no caso oposto pula para outra parte do programa. Esta execuciio seqliencial automatica de instruges e mais a possibilidade de decisdes logicas € que fazem do computador uma “ferramenta” poderosissima, a ponto de ser chamado, impropriamente, “cérebro eletrdnico”. FORMATO DAS INSTRUCOES Conhecer um microprucessador é conhe- cer seu conjunto de instrugdes. O 8080 tem um conjunto de instrugdes particular- mente completo e versatil. As instrugdes do 8080 tém trés formatos (fig. 2). Temos instrugdes de 1, de 2 e de 3 bytes. O pri- meiro byte é sempre 0 cédigo de operaciio. Indica ao processador o que deve fazer. Decorar 0 cédigo octal de cada uma das 78 instrugdes do 8080 é tarefa impossivel e inutil. Por isso usamos mneménicos, que sdo abreviagdes da descric&io da instrucdo, em inglés. Por exemplo, em vez de escrever 203, escrevemos ADD E somar o contetido do registrador E ao acumulador. Escrever programas usando mneménicos é mais facil e mais rapido do que escrever na linguagem 352 NOVA ELETRONICA, Registrador exemplo, ADD E 203 A ins Somar 0 conteddo do registrador E ao acumulador trugdo especitica 0 registrador (ou par de registradores) onde estd 0 operando, Imediato exemplo sul 5 326 Subtrair © segundo byte da instrucdo do acumulador. A prépria instrucio contém o operando, no segundo byte. “| Carregar © conteédo da posigdo de meméria 38 no acu~ mulador. Os bytes 2 © 3 da instrugio contém o endereco do operando. A parte de mais baixa ordem esta no byte 2, a parte de mais alta ordem no byte 3. No nosso exemplo, se a posi¢éo de meméria 38 contém o valor 241 oxemplo: LOA 38 072 teste valor seré colocado no acumulador. Indireto exemple STAX 6 002 Guardar © conteddo do acumulador no endereco dado pelo par (B, C) A instrugdo especifica um par de registradores que contém o endereco da posicdo de memoria onde esta ‘ou para onde vai o dado, No exemplo, se 0 par (B, C) contiver o valor 000 100 (em decimal 64), a po: sigho 64 receberd 0 contedido do acumulador FIGURA 3 da maquina. Chamamos a esta forma de escrever programas de linguagem Assembler. Em outra ligéo veremos como o proprio computador traduz programas escritos em Assembler para programas em linguagem de maquina. ENDERECAMENTO Além da funcdo, especifica no cédigo de operagao, cada instrugdo deve especifi- car 0s operandos. Usualmente, um deles é © acumulador (registrador A). O outro ope- rando pode ser especificado de varias for- mas. No 8080, h4 4 formas bdsicas, que esto detalhadas na fig. 3. Nio se esquega que o acesso a memoria é feito através do endereco das posicdes de meméria. Estude cuidadosamente, na figura 3, as varias formas de especificar estes en: deregos. INSTRUGOES As 78 instrugdes do 8080 esto descritas em detalhe na Tabela |. Guarde cuidadosa- mente esta Tabela; é com ela que iré desen- volver programas. Nao se preocupe em en tender © significado de todas as instrucées; este significado apareceré progressivamente através de programas que serio dados du- rante 0 curso. NOVA ELETRONICA 353 Observe que existem instrugdes aritmé- ticas (somar, subtrair, deslocar,...), ins- trugdes de movimentacéo de dados (do acumulador para a memoria, da memoria para o acumulador, de um registrador para outro,. . .), instrugdes de desvio, que mudam ‘© PC e conseqiientemente fazem o progra- ma tomar um rumo diferente, instrugdes de 1/O para comunicacgao com o exterior e varias instrugSes especiais. PROGRAMA 1 Vamos desenvolver, agora, um programa real, um pouco mais complexo que o exemplo dado na Li¢3o 2. Lembre-se, as instrugSes seréo compreendidas através de programas. Voltando, acompanhe cuidado- samente os programas que seréo dados em cada licio e faca os exercicios propostos. Se possivel, experimente estes programas em computador. O custo dos microproces- sadores baixou tanto que hoje é possivel adquirir um computador para um labora- torio caseiro de eletrénica, até mesmo em forma de “kit”. Para desenvolver este programa, seguire- mos 0 roteiro dado na Ligdo 2. DEFINIR O PROBLEMA Nosso computador esté acoplado a um dispositivo de saida, impressora ou video. Queremos imprimir a palavra “EXCESSO”. Lembre-se da Ligiio 1. Este programa é uma parte do controlador de balanca que foi descrito. Sabendo que uma instrucao de “output” transmite o contetido do acumulador A para © dispositivo ligado, devemos colocar em Ao equivalente binario da letra “E”, trans- miti-lo, colocar em A o equivalente da letra “X"', transmitir e assim por diante, até termos completado as 8 letras. Lembre-se da Tabela de equivaléncia bindrio-codigo ASCII (Licdo 2, fig. 9). Asconteido o(HL) Output A Avanear( H, L) (HA—(H, 141 Contador FIGURA4 354 NOVA ELETRONICA, ESBOCAR A SOLUCAO A palavra “EXCESSO” deve estar na meméria, um byte para cada caracter. O programa devera emitir 8 caracteres. Para isso, registrador B seré usado como con- tador. Comegaré com o valor 8 e sera de- crementado a cada letra que sair. Quando B chegar a zero, o programa deve parar. Para colocar em A cada uma das letras usaremos o par de registradores (H, L), com 0 enderego da primeira letra e progre- dindo a cada ciclo para a letra seguinte. O diagrama em blocos esté na fig. 4. Acompanhe este diagrama. Procure anotar os valores de (H, L), de B e de A. Acom- panhe os varios ciclos (“loops”) e verifique que © programa realmente termina depois de emitir as 8 letras. O PROGRAMA, Agora veja o programa (figs. 5 e 6). Este programa passou em nosso computa- dor. A fig. 5 6 0 programa, escrito em lin- guagem Assembler, fornecido:ao computa- dor. A fig. 6 6 0 programa em linguagem de maquina, traduzido pelo proprio com- putador a partir da linguagem Assembler, por um programa especial que sera estudado em outra ligdo. Observe que os cédigos de operacao esto alinhados e os operandos especificados a direita deles. Em cada instrucao, apés o colocamos comentérios. Estes nio sig- nificam nada para 0 computador, mas aju- dam muito quem for analisar ou modificar © programa. Na coluna da esquerda colocamos nomes (labels) que identificam a instrugao onde apareceu. Estes nomes facilitam muito a programagao. Em vez de colocar na pri- meira instrug3o LXIH, 14 colocamos AREA, que é 0 endereco do lugar onde foi colocada a palavra "EXCESSO". Em vez de UNZ 5, colocamos 0 label OUTRO. O préprio computador fara as conversdes necessérias. Faré também as conversées de decimal a bindrio. Veja a instrucgo MVIB, 8 (8 em octal é 10). 041 016 ooo 006 010 176 323 Gos 043 00s 302 oos 000 166 105 130 103 105 123 123 uz FIGURA 6 FIGURA $ LXI Hs AREA 3(H4L) = ENDERECO DE EXC=SSO MVI BSS = 8 OUTRO: MOV A.M 3A = CONTEUDO DA AREA (H+L) ouT 5 SOUTPUT NO PORT 5 IN H 3SOMAR 1 EM (HsL) DCR B 3SUBTRAIR 1 EM B JNZ OUTRO 3 JAD CHEGOU A ZERO. VOLTAR HLT 3SE CHEGOU A 2ERQ, PARAR DB EXCESSO END NOVA ELETRONICA 355 As duas ultimas instrugSes nao so ins- trugdes do 8080. Sd0 cédigos especiais proprios da linguagem Assembler. O codigo DB indica que a partir daquele ponto de memoria, endereco 14, deve ser colocado © cédigo ASCII equivalente as letras da palavra "EXCESSO”. cédigo END simplesmente indica que terminou o programa. Depois do cédigo END, o préprio com- putador indica, em octal, os enderegos dos “labels’’ usados e o endereco final do programa, no simbolo $. Neste caso, 0 programa come¢a no endere¢o zero. A partir da proxima Lig&o desenvolvere- mos um programa em cada li¢do, de forma a cobrir, progressivamente, todo 0 conjunto de instrugdes do 8080. A complexidade dos programas iré aumentando de forma gradual EXERCICIOS PROPOSTOS (solugdes na préxima lic¢do) 1) escreva um programa que imprime a palavra “COMPUTADOR” 2) escreva um programa que |é para a meméria 5 letras dadas num teclado 3) 0 programa dado nesta licdo contém um erro, Do jeito que est, nao funcio- nara. Tente descobrir este erro. Suges- to: lembre-se da velocidade do pro- cessador. Exercicio 1: 100000111; Exercicio 2: 234 + 125 359 Exercicio 3: LDA 80 MOV BA LDA 90 ADD B STA 100 JMP Exercicio 4 LDA 128 MOV BA LDA 129 ADD B STA 130 HALT ES Raa Ree 101100000 11101010 01111101 101100111 072 050 000 107 072 05A 000 200 062 144 000 303 000 000 072 200 000 107 072 201 000 200 062 202 000 166 356 NOVA ELETRONICA, TABELA | Mov the fa Tds mover 0 contetido do registrador r ao registrador r, mov 1M 146 mover 0 contetido da posigéo de meméria cujo enderego esté em (H, L) para o registrador r mov Mr 16s mover 0 contetido do registrador r para a posigdo de meméria cujo endereco esté em (H, L) mvi r, dados 0d6 dados mover o byte 2 da instrugéo para o registrador mvi M, dados 066 dados_| mover 0 byte 2 da instrugao para a posigéo de meméria cujo enderego esté em (H, L) LXxt p, endereco oPy lerego mover © byte 3 da instrucdo para o primeiro registrador do par pe 0 byte 2 da instrucdo para © segundo registrador do par p. LOA enderego 072 nflere¢o © contetido da posi¢do de meméria cujo endereco foi especificado é carregado no acumulador A STA endereco 062 erflereco © contedo do acumulador ¢ movido a posigdo de meméria cujo endereco foi especificado LHLD —enderego [052 Herego © contetido da posi¢éo de meméria cujo endereco foi especificado ¢ movido ao registrador L e 0 contetido da posigao seguinte ¢ movido ao registrador H. NOVA ELETRONICA 357 SHLD endereco 042] orfiereco —] © contetido do registrador L € movido a posigéo de meméria cujo endereco foi especificado e © contetido do registrador H é movido a posi¢do seguinte STAX pp OP2 © contetido do acumulador A é movide para a posi¢o de memoria cujo endereco esté no par P. Nota: s6 podem ser especificados os pares (B, C) e (D, E) XCHG 353 © contedido dos registradores (H, L) e (D, E) séo trocados ADD r 208 7 © contetido do registrador r ¢ somado ao acumulador A. ADD M 206 . © contetido da posi¢do de memoria cujo endereco esta no par (H, L) ¢ somado ao acumula- dor A. ADI dado 306 dado 7 © byte 2 da instrugdo 6 somado ao acumulador A Apc r 218 . © contetido do registrador e 0 conteido do bit CY so somados ao acumulador A ADC M 216 “ © contetido da posicéo de memoria cujo enderego esté no par (H, L) e 0 contetido do bit CY so somados ao acumulador A 358 NOVA ELETRONIA = ACI dado 316 dado - © conteiido do byte 2 da instrugéo e o contetido do bit CY sdéo somados ao acumulador A suB r 228 * © contetido do registrador r 6 subtraido do acumulador A suB M 226 . © contetdo da posi¢io de meméria cujo enderego esté no par (H, L) é subtraido do acumu- lador A sul dado 326 dado_] . © contetido do byte 2 da instrugdo é subtraido do acumulador SBB r 238 . © contetido do registrador r e © contetido do bit CY sdo ambos subtraidos do acumulador A SBB M 236 : © conteuido da posigdo de meméria cujo endereco esté no par (H, L) eo conteido do bit CY séo ambos subtraidos do acumulador A SBI dados 336 dado * © contetido do byte 2 da instrucéo e 0 contedido do bit CY séo ambos subtraidos do acumu- lador A INR r od4 ne © contetido do registrador r é aumentado de 1 NOVA ELETRONICA 359 INR M 064 oe © contetido da posicéo de meméria cujo endereco esta no par (H, L) é aumentado de 1 DcR r ods “s © contetido do registrador r é subtraido de 1 pcr M 065 a © contetido da posi¢do de meméria cujo endereco esté no par (H, L) & subtraido de 1 INX Pp Op3 © contetido do par de registradores p é aumentado de 1 Dex Pp 0q3 © contetido do par de registradores p é subtraido de 1 DAD op dat] «+e © conteddo do par de registradores p é somado ao par (H, L) DAA converter © contetido do acumulador A para dois digitos decimais ANA r 248 . é feita a operagao ldgica E entre o contetido do registrador r e 0 acumulador A ANA M 246 = 6 feita a operago légica “E’’ entre o contetido da posig#o de meméria cujo endereco esté no par (H, L) e 0 acumulador A 360NOVA ELETRONICA. ANI dado 346 dado} * 6 feita a operagéo légica “E" entre o contetido do byte 2 da instrucdo e 0 acumulador A XRA r 258 : 6 feita a operacdo légica “OU exclusivo"’ entre o contetdo do registrador r e 0 acumulador A XRA M 256 ~ 6 feita a operago légica “OU exclusivo"’ entre o contetido da posi¢éo de meméria cujo ende- reco esté no par (H, L) e o acumulador A XR! dado 356 dado] * 6 feita a operagéo légica “OU exclusivo’’ entre o byte 2 da instrugo e 0 acumulador A ORA r 268 7 é feita a operagéo légica “OU" entre o contetido do registrador r ¢ 0 acumulador A ORA mM 266 * é feita a operacéo légica "OU" entre o contetido da posigéo de meméria cujo endereco esté no par (H, L) e 0 acumulador A ORI dado 366 dado = 6 feita a operagdo légica "OU" entre o byte 2 da instrugdo e 0 acumulador A cmp r 278 . © conteddo do registrador r é subtraido do contetido do acumulador, sem alterar 0 contetido do acumulador. Os bits de estado so posicionados de acordo coma subtracao, que serve co- mo comparagdo, neste caso. Bit Z = 1 se A =r. BitCY=1 se A ITIL im i t + > 8 lout“ +t f 3, 2 3 v 5 3 f g & COON TT 5 uu ett RESPOSTA A TRANSIENTES DA LINHA corrente de safda — A CORRENTE QUIESCENTE EM FUNCAO DA TENSAO DE ENTRADA ee tempo ~ us cortente de carga—A desvio na tenséo de said — V tempo — [ls entrada—V tensai corrente quiescente — mA SS 378 NOVA ELETRONICA, Entrada Notas: 1, Para especificar uma tensdo de safda, su- bstitua "XX" pelo valor da tensio. 2, Embora nfo soja ne- cossirio nenhurn ca pacitor de saida pa- ra estabilizacZo, ele Entrada , APLICACOES TIPICAS ESTABILIZADOR PARA SAIDA FIXA melhora a resposta @ transientes, 3. Necessirio se 0 esta: bilizador for locali- zado a apreciavel dis tancia do filtro da fonte de alimenta- do. “| corrente de safda ESTABILIZADOR DE CORRENTE Saida CIRCUITO PARA ELEVAGAO DA TENSAO DE SAIDA. 2 = Vix (1 + £2) + gh? Vout = Va (1+ 59) * Ha ESTABILIZADOR DE SAIDA AJUSTAVEL, 7 230 VOLTS i is Saida Entrada ESTABILIZADOR DE 0,5 a 10V ESTABILIZADOR DE TENSAO DE ALTA CAPACIDADE DE CORRENTE Entrada NOVA ELETRONICA 379 SERIE aA 7800 CORRENTE DE SAIDA ELEVADA PROTEGAO CONTRA CURTO-CIRCUITOS ESTABILIZADOR DE TENSAO DE SEGUIMENTO Entrada + i os Aso= isc in Ri= 8Vpe1a1y cone we 'REGimax)!8 += loutimaxd ESTABILIZADOR POSITIVO E NEGATIVO mee 380 NOVA ELETRONICA CIRCUITO DE TENSAO NEGATIVA DE SAIDA ESTABILIZADOR CHAVEADOR ‘Kits’ Nova MULTIMETRO DIGITAL fe. ae ee | wuzes PsicoDELicas Eletronica LY COMPLETO INCLUSIVE AS CHAPAS DOS CIRCUITOS IMPRES= pee eRs1.200,00 | TEMPORIZADOR PROGRAMAVEL S05 weWDS"Caate baka mon rasea*® OPS CTRCEATOS THPRES” SIRENE ELETRONICA KIT COMPLETO INCLUSIVE CHAPA DE CIRCUITO IMPRESS. 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