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CRUZANDO FRONTEIRAS: AS PESQUISAS REGIONAIS EA HISTORIA OPERARIA BRASILEIRA Silvia Regina Ferraz Petersen Este trabalho foi apresentado no SeminsioVinte Anos da Arg vo Edgard Leuentoth, da UNICAMP” (agosto de 1994). Nele procurei fazer uma coniribuigio que decorre do Angulo de onde observ & produ ‘glo académica sobre a histria dos trabalhadores brsieirose que € un Angulo fora do eixo Rio-Sio Paulo ‘Meu trabalho parte da hipStese de que histriaoperria brasileira poderia aleangar ura outro patamat anaivico se houveste a eticulagio. os resultados das pesqusas regionals (entenda-se por regional, muito simplesmente, a hstriaconstaids nos limites dos estados da federacio) "As bservag6es io sao especies para ina determinad temic, perfodo ou regio, mas para efeitos deste lexto fiz a sepaint delimilagt. Vou me refer ao tema do anarquismo na Primteira Repdbtica em algumas de suas manifestagbes mais evidentes, como greves, congessos, Imprensaeliderancas por azdes de otdem eminentemente psticas: 50” ‘reese tema ji existe uma raznavel prodigio de peequisas, representada por livros, arlgos,dsseriactes eesespublicadas ou nao. Noentanto a8 esquisas regionals que envolvem osehamados novos temas e perspect- ‘as analiticas da histGva dos trabalhadores que surgiram desde o final 4os anos 80, também podem set peasados no mesmo sentido, Seria 0 «aso da histéria socal do trabalf, da vida eotidiana das mentalidades, para citar alg - Exemplificarei com o caso repional que conhoe9 melhor, 0 do Rio Grande do Sul, observando que ese procedimento poderia ser es- fendido a cures regises do Brasil que estavam se industalizando no ccomego do séeul. “Vou me limitar ao ambito da pesquisa acadmica, embora existe ‘Sivia Regina Yerraz Petersen ¢ pols do Depart de Hist PPG cm ists Univerace Fetal do io Grade do Sl, ‘Anos 90, Porto Alegre, m3, Junko 1995 ww uma vasa produgio extr-académica gue pode cumprir um importante papel nest intengio de pensar a histria dos tabalhadores pela via da Aticulago de estudos repionas. ‘A exposicio est dividida em duas pares: na primeira procurarel recuperar a trajetGria “geogrdfiea" dos estudos a historia operiabra- sileza ena segunda excmplificar oncretamente algumas vias emsticas {que emergem de pesquists regions, - no caso sobre @ RGS ~ © que ‘ovderiam ampliar a compreensio da histria operira brasileira. A pesquisa académica sobre ahistéria operiri brasileira se ori nou om Sio Paulo eno Rio de laneizo e aioe preciso expliar as azies deste fato. Noeentanto, houve uma tendéncia dos autores estenderem ao “Bra- sit” 0 que na verdade correspondeu uo centro do pais. Em oulras pala ‘ras, oque era farabém um estudo regional (emboraindabitavelmente da rogiio politica e cconomicamente hegemnica) ganhow uma dimensio nacional ou global. Rio de Janezoe So Paul foram consttuides como centrosdefinidaves de sentido” para ahistria operria do Brasil TLedncio M, Rodrigues, o seu clissco trabalho Confito industrial ce sindicalimo io Brasil analisa este toma na indssta pauls justii- ‘ead pela inexisténcia de informaghesreferentesa outros ceatrose pela Tacilidade de acesso 4 documeniagio paulista. Observa na tevisio Iibliogriiea que ou) com excegdo do trabalho de Juarez Brandio Lopes, que pesquisou duas cidades de Minas, todos os demas referem-se quase ¢xclushumente ao prolelariade paulista, de modo que praticamente nada temas sobre o de outrasdreas ue esido se ndustrialzando (S. Paulo, DIFEL, 1966, p.16) Sheldom Leslie Maram, em Anarquistas,imigrantes e movimento ‘operdrio brasileiro 1890-1920, resume em alguroas linbas as razbes da ‘ontalidade de S30 Paulo e Rio de laniro: Baseel minha andlise nas wés eidades que eram as centros da Indseria, do comércio e do sindiealismo: Rio de Janeiro, 8. Paulo ¢ Santos. Excluimos o Nordeste por ndo ter ele viride uma experiéneia ‘signficatta de sinicalizagdo embora tenbam ali ocorrido greves no- tes, Também o Rio Grande do Sul, paleo de uma arganizaedo opera ria de caracterstcas semethantes as do sindicalimo no Rio de Jano (5, Paulo, fol excluldo, Achava-se que a compreensdo geral das dire- trizes edo desenvolvimento dos prinetros movinentos operdrios pres- cinde de informagées sobre aquele estado slino.Além disso, o destino 130 Anos 90 ‘timo do movimento fo determinado no Rio e em Sao Paulo, endo no Bio Grande do Sul. (R.deJancvo, pare terra, 1979, pl). ‘tral de Paul Serio Pnbetoe Michac! tli em tubém 0 siuoabrangented classe opera no Bresil- Documents. 1889-1930 6 apesar da resalva que fazem a 8 d latroducho ".}afinal, 0 Tevantamerto ficou mais paisa e carioea do que pretendiamos, pos tinemosaceso a poucos documents fora de. Paulo ode Janeiro", ‘a verdade€incgralmentevallad para Sio Paulo e Rio de Jancira(S. Paulo Alla Omega 1979) ‘Maria Nazareth Fereirs, ema inpronsa opedria no Brasil (1880- 1920) dea esassa tts gins par list jraispblicades fra do sixo Rio Sto Paulo, sem qualquer comentario cu respito(Pte6plis, ‘ores, 1978) Na segunda eg, no entant, ampli eta jomas de oun epoes(S.Paulo, Aca, 1988). Otabalo de Egat Catone Monimonto Operdrio no Bras (1877- 1944) em suas 578 paginas dedics 4 20 Rio Grande do Sul, 3 Pornabuco, 2 a0 Maruthio eI, especvamente, a0 Paani, Cearé © Bahia. (8. Paulo, DIFEL, 1939. stmt, para nf longa os exerplos,napioniaBibliograia sobvetrabalhadoresesndicats de Lene M. Redes Fabio Munhe publicads nos “Estidos CEBRAP" n. 7, de 1974, num unico titulo Indicava de umestao fora do eixo RioSto Paulo ("Operas esocied ‘ends na Bahia” de Inia M. Moria ce Carvalho, UFB, 1971 ‘Uma ative exeecio nesta produ académia 0 vo Misra a indisiria edo rab no Brasil Francisco Foote Viewor Leonard), de 1982, que tom um capitulo initulao “Expresses regionais da mov ttep(o operiio rae: oproletarado nat egos norte, ordest, sl { imerior do sodest”. Ainda incorpor, a9 longo de outos capil, feferecis exes casos com inponanescservagtes sob Rio Grande do Sul, Paulo, Gobel, 1982) Eimeresaneobservar que ao lado de tabalos que estendem 20 Brasil a conclusesextaldas de pesgusss sobre Rio e Sao Paulo, Bi ‘outs que abordam ests entas como estudos de caso. Dente exes, cto: Pla Beigulman Companies de S. Paulo, M. Cela B. Neves Greve dos sapaeines de 1906 no Rede Janeiro; Ings Sai Estee pottica no porte de Saas Silva Magnani O mo simento anarqustaem S, Paulo (1907-1917), M. Alico Ross Ribeco Condigoes de rabatho na industria txt pasa, Michael Hall. _ragaoe classe operdra em S. Paulo, Yara Khoury Greves de 1917 em SS. Paudo; Francis Foot-Hardmann Classes subalternas e cultura (S 08 99 a1 Paulo, 1859-1922): M. Vargas € M. Lima Teatro operdrio em S. Paulo (anarquista); Bullia M. L. Lobo Rio de Janeiro operdvio. ‘Mas esta questo de tomar a parte pelo todo paradoxalmente tem sus contrapartida nos estudas tem par objeto casos fora do eixo Rio ~ Sio Paulo. ‘Assim, as pesqusas académias sobre 0 movimento operitio no Rio Grande do Sul que aparecem nos anos 7, também tiversm por ho- rizonteo que aconteseu no cent do pats, tomado como padrio. Hi uma preceupagao correla em buscar referencias nas regides politica eecono- Inicamentehegemenicas, mas ests trabalhos iveram via de regra Oviés te fazer aproximagdes na auséncia de investigagées mais precisas, de transferirexplicagies para supritlacunas na investiga leal Por parte dos préprios autores locals, eras tentativas de incorpo- ragio das contibuigoes ou caracteristicas de fafose stuagSes fora do centro” so formas inconscienes de reafiemar a dominagio eas exch shes, Nestes casos, o regional é incorporado reafirmando seu status de periferaeinferiovidade "Tal perspectiva foi particularmente empobrecedora da hits fo- cal; 0s trbalhos repionaisficaram muilo condieionadas por modelos txternos. Encontraniostrabalhos que pretendiam escrever histia dos abalhadores ao nfvel regional, mas apds breves consideragbes e6ricas imitavam-sepraticamentea descobrir no esto local os “equivalentes’ A histria dos tabalhadores de Sao. Paulo. Assumiram assim uma visio tsteeotipada do nacional, ignoraram aidentidade locale realizaram ani- lises genérieas com escasco valor para entender matizes regions ‘Bu mesmo, quando escrevi minha disserlagio de mestrado El pro- letariado urbano en Bio Grande do Sul -1885-1919 (UNAM, México, 1977) tive como inspiradores deciidamenteassumidos os trabalhos de Boris Fausto (Trabatho urbane econflite socal) ede Paulo. Pineiro (olin e trabalho no Brasil). claro que toda esta praducio bibliogritica,-tanto ado centro do pais como de fra dele -esti“datada” pelas condigées de sua emtrgen- a, seu carte pioneiro eas diiculdades materiis de transcender seu priprio local como objeto de pesquisa devido a falta de uma produgion obte esa temstca melhor distribuidaregionalmente ov pelo menos na- |quelas regis onde o processo de industrializagiotevealgum significa- ‘dona primeira replica). Gabe lembrat que 08 cuss de pés-graduacao (a partir dos quals, ‘como castuma ocorter, a qualidade e volume da pesquisa se ampli) na Universidade Federal do Rio Grande do Su, por exemplo, datam de 1972 132 ‘Anos 90 (Qestradem Sociologia) ¢ 1986 (Hist) e 1982 na PUCRS (Hist. "Attalente no ean, desenvolvimento d pesquisa da isa dios kabthadores que possuimos regjonalmente parce desizerqual- ‘quer posibildade de entende-la através de um paradigm sng, bse ado na stuagio especiica de uma tego eexcludente da diversidace Um paradigm untirio com base restia no passa de um “feito de poder’ em fae incontestivelhetrogencdade da sociedade brasileira. ‘Se éerdide que crescimenocoondmico esoeial pode ser impal- sionado por um eixo especiic (sete indus, repo ou eateporas opeclicas, oentendimento do procesto nao se spare daandlise crclsiva deste ci. ‘A desigilconformagio do desenvolvimento industrial mas iferen- tes repioes do pal sa desgoal elagio com 0 Setoragroexportador¢ ‘ons as ligargust de base rar detentoras do poder politico, porexem- ploy aber diferentes posibilidads paras aise do movimento opeti- fone Bras Ashi éstender a Brasil os resultados de um est regional base- do nos cass Rio ou Sto Paulo tem escasso valor para deendimento die ties regina. A pitica da stra regional pode condazt mais fonge, poe servi para desir conepates gras que precem defini ‘abe gue fru inoorporadas anos livros, atigs e conferences, Foroutt ado, cmos pete, parece no set passive eanceber hiss operiia como uma “histra gon”, pishiprocesosc acon- iecmentos que, cevnscros dimension no cnsegnem er - nifeads pox pesqusadores Nei caso aitrlagia de estudose0- ‘ls pode raze ura mele comprectso do peso eat dos mesmo ‘Nao se ealenda qi estou propondo que se tifem conclusoes oneralizantes a patr de temas corelamente rests a regional. Ha Shjtos de peaqusa qe impoen, efetvamente, a opgio pelo trabalho ‘om dimenties regionals, monorétco, vertcalizado. importante obnervar que os tabalhos mas recentes (desde © final dos anos 80) via do regra ono so suseetveis desta tea sobre Confsio ate o regional eo nactonal.Talver io se deva em alguna medida seus propiosobetos de andise, que implcam dimensGes tas centradas em processos de dscpinamento, prticas eepresens ges que slo melhor apreendioscm andlises micro oentada, qu aca- fhimesinidindo com alguma forma de "egionlizagi” Jo objeto. Mas {amb seria interescnte pensar qu resultados analtios poderiam ser ‘ido de uma sbordagem que procursseapanat ests estudos de caso numa dimensio que uanscendesse prope caso. ‘Anos 90 1m De qualquer forma, quer explora as virualidades do camino que ‘rua. frotera dos estos regions, tanto para pereeber a especfict. ‘dade destes casos no semi So proprio estaelecient de diferengas, ‘amo pra fazer aparece prcessos mals lobais uj petcepcio se dil tas anisessimplesmont regions, quetGes que tomadas no Ambito regional perdem Seu possivel significado, ‘Quando me elo procsses as sobs no sgifica scar una ideoidade unr, pensar naticulacko dos estdoseponascomofor- nade persquiralgum forma debomogeneizagio, nas Je esc vin- {los mltplseperidos que poem eniqucer oper de stores pro- estou soins ja oo descaracerizaos na mem istoiogdfica, Creo que esta pespeciva erigqueceriasbstancialmcate acomprecnsio dea. fms proessos ou cteastncay, lumina de modo distin oque roduidoetalver conbuind dealgura fra paracntzade ax compli- is olagies do particular em o gral, do regional com omicion or exenplo, no print caso, o da espectciade, presen do postvismo na estutura do extadogadcbocemente touxe erates Tas espeions pars a elgo ene o estado eos tbalhadores; no Segui eas, odo process mas global sind no foram empl tment avalados 0 elementos traumdtcos de deterinadasexprizncian Soca, como por exemplo as peseguigoes © a dura repressto poll ‘esencadeada depos da grove de 1917, quando boa pate da miineia anarguisa,em vite dela, aprendeuaviver na clandestinidade. Nest tao, vou concentra tengo apenas no segundo cas, 0 ‘dos evzamentos iter ou tans-epionais. ‘Referindo-s ao sinclisto ma vita do século,Hobsbawn ai sna que el posuia una atu (conjugandohostilidade a presente ea renga futuro), uma evica (amici, peferencialmeateespont 1c, en lugar do Tuneionsto), uma esata (aves sucesvas ala seve perl revolucionéria uma eperanca (osinsicato como embrioe ‘modelo para cnganizacio do mda socal viadoar)-Hvia wn mosco associtivo onde floreseiam sles para representagao faa, eanos, conteréncia dutrinres,escols para alo ciangs so a orienta {oped da covteteracionsisa de Francisco Peter Tstiuigies ‘oltadas para aesistenciaecondmica di, jd mt, principal= nent para a denna eo combate ieologcaplaliss, cultura do- tan Trenamento pra futroe prefiguacio da sociedade alterna tia elas implica ipo human que ea, a0 meno tempo gil der, pedagopo, mals, dramaturgo, roel nimador cultura ‘Selevamo isis eonseqienens as cbnervagies de Hobsbawn rey ‘Anos 90 sobre a rquezae vitalidade conta nesta aitudesepriticas dos traba- Thadores,parees que ainda podemos aprofundar qulitativamente ain- ‘vestigagio de su histria se nos voltarmes para o conteo dos estudos repionas “Existem indmeros indcios provenientes desta pesquisas de que 0 ‘movimento opeitio, em varias de suas dimensOes,Iteralmente atraves- "va as frontftas estas. ‘Assim cangressos, movimentos de solidaredadee casas comuns, como deninciase reivindicagées, nutiam-se de estimulos locas prover hientes de diferentes pontos do pais, Quras eircunstancias, ais como as perseguigdesedeportagSes ou a propria dintmica da vida Jaqueles per- Sonagens qu era um isto de agitadores-pedagogos-animadiorescultu- ‘iso ainda as caracteristics profisionais de algumas categorias, de- {erminam uma intensa mobilidade desessujeitossociais através de di- fetentes locas do pais Finalmente, - para nfo alongar exerplos -aina 6 possivelconsta- tacque alguns aspectos ds eultra operas podem ganhar uma peso rela- tivo diferente da que decor de uma anise fragmentada: € 0 easo da propria importincia eoncadida & impreasa, que provavelmente seré fedimensionada quando pudermos recompor a rede de sua circulagao pelo pals: ‘Apésar dos exemplos, nose se existem tabalhos com o objetivo de persepuit os efeitos destes movimentos e interseccbes. Tis estudos, {quem sabe, retomariam algumas concepedes sobre histéria do movi- neato operiio brasileito, elativizanda 0 peso de alguns centros © redefinindoo significado de alguns process. ‘Alulmente é existe uma considerivel producSo bibliogitica re ‘onal alm da produzida sobre Rio de Janeiro e Sio Paulo, permitindo que se inicie est ipo de estado. ?rineipamentedevido&dfasio e desenvolvimento dos programas de pos-graduagto, criagao de “cents de pesquisa e documentacio” 20 nivel dos esados ¢ publicaciode obras de teferéncia, podemos encontrar {uma vaslaprodugao académicavollda para o estudos egionss, mio 6 sobre Sio Paulo Rio de Janeiro, mas também Minas Gerais (lembro os ltubalhos de Silvia Andrade Classe operdria em Juiz de Fora: uma his- tia de has (1912-1924), Eliana de Freitas Duta Caminkos operrios fem Minas Gerais, Regina Horta Duarte A imagem rebelde e Helos HTP. Cardoso Diseiplinae controle no espaco fabril o trabalhadort til em Minas Gerais), Patani (os tabalhos de Alcina de Lara Cardoso e Silvia Pereira de Ara, dentte os quai 2. de mais cem anos de solida- Anos 90 1s riedade eta) Sta, Catarina, RGS, Pernambueo, para citar alguns cen- Apesar dist, no tem bavido um cruzamento dos resultados destas| pesquisas. Minha exposicio objetiva exatamentesensibiliza os pesqui- adores para esa lacuna, ‘A seguir pretendo exemplifcar com algumastemsticas que penso poderiam ser rtomadas a partir de estudos regionals. Quero no entanto fnlecede-las com estas observes: 1) Nio vou considera as relagbes intemacionais,prineipalmente com ‘© Uruguaie Argentina, ue poderiam somar no mesnio sentido, mas que slongariam o que deve ser uma pequena exposicio- ‘2)Deixo de lado as possiilidaces dos estudes comparative, que ‘também se colocam a partir dstestabathos(e que poderiam contibuir puraa revisio de alguns esteredtipos construidos em referéncia a0 mode- Jado cento do pais) tatarlespocificamente de alguns temas que gt- nhariam mais densidade explicaiva pela via de uma anise extensiva, inter-regional 3)AS informagdes que apresento sio apenas exemplos de temas passives de uma abordagem inter-regional, Resultam de pesquisa em lumas powcas fonts, do tend qualquer inencio de serum “invenlitio" © tinico propssito & mostrar como estes temas, que aparecem parcial. 'mente nas pesquisasregionas, poderiam ser significadas de modo die- rene pelo histoiador desde que este se cologue num perspectivainer- regional de anise. Ainda que meu objetivo sea examinar numa perspectvainter-tegi- ‘onal alguns temas que emergem de pesquisas sobre o Rio Grande do Sul, {quero fizer o contraponto com urna fonte de outra procedénca, para mostrar que € possivel estabelecer estes aco inter-repionas Neste sentido, escolhiojornal A Voz do Trabalhador (caja consulta est facilitada pla edicio fac similar dos exemplares de 1909-1915, pro- ‘movida pelo Arquivo Leuenroh), ‘A igueza do material regional ai publicado me parecou suficiente para exemplificar estas relagoes que deseo tecuprarnahistria dos te- balhadores brasleizos, (0 jomal era o porta-vor da Confederacio Operitia Brasieita ‘conform suas propras palavras (-) €0lacode unido enre todas a organizagses sindicalistas do Brasil. Ea tribuna comum de todas 0s trabalhadores do pats, Por ela ‘88 operérias de cada localidade poe-se a par do que se passa nas loca 136 ‘Anos 90 lidades mais longingues. Do Rio Grande do Sul ao Amazonas, do Rio a Mato Grosso, a Vor do Trabalhador se espalhalevando, de rinéo em Fincdo, oseuproteso, «sua solidariedade, o eu conselho ea sua expe- riéneta,irmanando, pelo proves, pela soltdariedade, pelo conselho & pela experiénca, todos os que, delete aoeste, de nortea sul, se sentent ‘tims do capialismo voras e se esforam por da tutela deste emanel- ‘par-se.(A Vor do Trabaifador Rio de Janeiro, 1-6-1914. p. 1) "No jomnal hi insimeras referencias breves ou extremamente dtl Adassobre groves, assacagSesefederages epionais, comemoragbes do 1, de mai, comespondéncia entre os litres, partcipagio nos eongressos ‘operiris da COB, jornais recebidos,excursdes de propagands, denincias le, noticias esis provenientes do Espirito Santo, Minas Gerais, Bahia, ‘Alagoas, Seppe, Pemamibuco, Rio Grande do Nore, Ceara, Maranhio, ard, Amazonas, Acre, Parand, Sania Catarina e Rio Grande do Sl CCertamente um leitura mais ampla da produto historiogrificare- sional apontaria inimeres outras manifestacbes das elagSes inter-egic- Tas entre os vitios cents do movimento operrio no Brasil, isentioalguns exemplos de que eso procurand demonstra: A MOBILIDADE DA MAO DE OURA Deixando de ado a questio do operirio imigrante na Primera Re- publica, sobreo qual hium maior nimero de estudes, quero explorarumn Pouco a questio da migragdo da mao de obra deniro do Bras Saja ot do imigrantena sua origem, Dov alguns exemplos, extrafdos da disser- lagi de Adhemat Lourengo da Silva Jr, Povo? Trabathadores!Tumulios ‘e movimento operdrio (esto centrado em Porto Alegre, 1917), CPG ‘em Histria, UFRGS, 1994, 9.40,48,57,65,99: (Os marmorisias, inciadores da greve gerade 1906 em P. Alegre, acabaram ““embarcando para o Rio de Janeiro em busea de trabalho” Inconformados com a joenada de nove horas, quando sua reivindicagio erade ito, "Em 1-07-1907 o jornal anarguistaA Luta de P. Alegre, noticiando a areve geal de S, Paulo, advete seus letores de que estavam sendo recrutados “fura-grves” para subsituir os paulistas previs Informou-nos or. Lduarde Hasslocker, agente de cruniros nesta capita, que de Rio Grande jd seguiram 43 indvidues para substiuirem _grevistas paulistanos e que tame desta Capital ia sma mia dizi, ‘yo embargue deverd ser por estes dias. ‘Anos 90 BT Acrescentow 0 Sr Hasslocher fer recomendagio de mio aceitar crumivostalianos Em vista desta informagses econ a intencio de prevenr o opera riado de S. Paulo, passamos a redagdo da Bartagiao seguintetelegra- ‘ma: Battaglia - Sampaulo - Rio Grande 45 crumiros e dagut alguns seguir, A Lata Um oatra exemplo é 0 caso dos electro, uma categoria que se ito represeniaiva no movimento anarquist, A profissio de era comum em Porto Alegre por ocasdo do Plano Geral ‘de Methoramentos, em 1915 e 1916, a Empress de Caleamentoencarte- ‘gada da obra de pavimentacio da cidade empenhou-se em traze esses trabalhadores de ontrascidades, Pelo menos no Rio de Janeiro havia, ‘genes seus conratando trabalhadores para as obras de melhorumentos ‘urbanos de Porto Alegre, Observaa Autor que ésurpreendente verficar que « migragio dos teabalhadores em peda € um fendmeno muito comurn Eimpossivel cre itr que essa atvidade fosseexereid por trabathadores de pouca quali ficagio, visto que i umarede de obtengio de mo de obra que extapola ‘omunicipio ou as regides proximas, O mesmo trbalhador exerce ome ‘mo ofieio continvamente, ainda que para sso tenha que se transladar de uma cidade para oute, (Oscaleterosrstizaram uma série de greves em Porto Alegre. No processo contra os grevstas de 1916, consti que o portugues Delfino ‘Moreira dos Sans, que hf 11 anos trabalhava como caleeteiro em diver- ‘a5 cidades do Basil, hava vindo do Rio "como fim de empregar-se no ‘algamento desta cidade (Porto Alegreo gue logo consegui". Daiel (Quins eraum dos que, desgostosoapdsa peve,tencionava irpara Buenos Aires: Severino Gomes, ha quato aos no Bea jéhavia trabalhado em Santos, So Paulo e Rio Negro (Parani) anes de vie para P. Alegre. "No noticia da imprensaloal consta que estes trabalhadoreseram portugueses ¢ espanh6is anarguistas fugidos i acio das poticias da Espanha, Argentina, Pemambuco, Bahia, Rie S. Pauloo que, indepen ‘dente da veracidade da ufirmacio, evelaodeslocamente de tabalhado res deste oficio. ‘A partir dos diversos exemplos, se pode indagar o que poderia tr signilicidoa mobilidade de rabalnadores, especialmente de alguns ca- tegoriavoticiosexperimentavam por vérioscentrosurbanos dentro e fora do Estado. Esta eirculacio pode aponta, por exemplo para oestabelecimento| de fortes lagos comunitirios entre estes trabalhadores aqui chegados 138 Anos 90, sem rlagies, sem dinhiro ¢ com minguados saliios, Pode ajuda a entender também diferentes manifestades de sli- ariedade entre eles: assim, em relagio aos presos desta greve, slic tou-se a apoio de enidades co-irmis para as custas judiciais, O pedido foi atendido por tabelhadores de pequenas cidades do interior do RGS (Garibalde C. Buthosa) e pelo Sindicato das Cantetos do Rio de Jane- roe Santos. A MOBILIDADE DOS MILITANTES (Os fragmentos biogrificos de Ideres anarquistas que aparecem nos estudos regionals enfatizam geralmente as crcanstincias losis de Suas istériat de vida, mas revelam, - mest residualmente~ que eles viveram por longos perados em outros estades ou mesmo no exterior. [As implicacSes deste falo consliluem um oulto campo que nio foi pesquisado, Sus trajetrias de miltantes poderiam ser aprofundadas a partir dos estudos egionas,o que provavelmente ajudaria a compor um perfil mais nitido destes ideres, das prOprias contradigdes que freqientementesio consiatadas em suas Uajetrias publica, das redes de relagdes que consiruiram enite si, das influgncias que exereeram e a {gue estiveram submetides. ‘Assim, por exemplo, cito o caso do anarquista HENRIQUE MARTINS que nasceu em Lajeado (RS) em 1888, Foi signatrio do manifesto de fundagzo do Partido Operirio Rio Grandense, socialist, ‘em 1905. Em 1906 compareceu na despedia dos vinte marmorists ge ‘vistas que partiam de Porto Alegre para o Rio de Janeiro em busca de teabalho dopois de sua dereota ma greve pela jormada de Shoras Tipsigra- {oe lider do sua categoria, fi fundador do Sindicato dos Tipégratos ext Porto Alegre (1907) ¢ em 1911 presidente da Unido Tipografica. Em ung de seus desetendimentos com os socialists de Panto Alegre oi processado por calnia e condenado & prisio,fugindo emt 1912 para 0 Rio de Janeiro onde adotow o pseudnimo Cecfio Vil, com o qual ficou conhecido. Segundo Astogildo Pereira, de quem foi por dois anos com- pankeizo no jornal A Guerra Social, foi um dos miltantes mais atvas © prestigiosos quando de svaestada no Rio de Janeiro. Ali tomou parte ltiva no 4, Congresso Operitio no sentido de imped qve Mario Hermes ‘uansformasse virias associagSes proletris em intrumento politico. Destacou-se na eorganizacio da COB, a qual representou em ini eros comicios e autos alos ecomoeditoreredator do Vor do Traba- Anos 90 139 ‘Thador, ao lado de Joo Leventoth ¢ Rozendo Santos, af publicando mnui- to artigos de anise da stuagio do (rubalbador em virios pontos do a, denincias critica social, Pe Rogyessando a0 RGS depos do Congesso de 1913, continaou er ‘rovend para o jamal «coluna Cartas riograndenses send também ‘leita secretirio ger dt Pederagdo Operiria do RGS em 1914, "Fundou os grupos anarguslas“Solidariedade” em P. Alegre e “Io- vens Libertrios” no RY; em 1916, trabalhava no jomnal de P. Alegre “O. Exempla” e intogrou a Liga de Defesa Popular que liderow as greves deste ano. No ana seguint, fi professor da Escola Moderna e saltetou- Se por sua paticipagao na greve de 1917. Morreu em 1918 vitima da tripe espanol FLORENTINO DE CARVALHO, (1871-1947), pseudonimo de Primitivo Raimundo Soares, era espanhol eveio menino para 0 Brasil. Ingressou na Forca Pblica de Sz0 Paulo, mas depois de Ter Kropotkin ‘ornou-se anarquista foi para Santos trabalhae nis docas. Em seguida fornou-se tipSarafo e af comegou sua longa exteira de organizador ¢ propagandisia do anarquismo. Entre outrasatividades, fundou escolas ‘modetnas em Sio Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sule Argentina ‘cu tabalhode dvulgacio doutrindra fo extremamente dinamo em fungio das perseguicdes policiais que obrigavam sua permanente ‘obildide. Em 1911 fandou Revota, em Santoseem 1913..a Rebelion, em Sig Paulo, Ne mesmo ano aparece no Rio ditigindo A Rebelo & denunciande o congresso de Hermes da Fonseca, Relornou a Sio Paulo onde langou 9 Germinal a0 lado de Gigi Damiani, retornand no ano seguinte, 1914, Santos onde relanga A Rebefiao, No mesmo ano, Vaz do Trabalhador public seuartigo Sobre a necessdade do ensino rac ‘nal, Foi presoem 1921, Possivelmente deporad parao Rio Grande do Sul,alicditoua live Da eseravidao a liberdade:¢ derrocada burguesa 0 advento da igualdade social (P, Alegre, Renascenca, 1927 241 p). Reaparece em 1927 como seeretirio geral da FORGS no 4. Congresso Operivio do Rio Grande do Sul efi redator do O Sindicalisea ex 1928, GIOVANI ROSSI nasceu em Pisa, em 1860. Agronome c joralista anarquista infueneiado pela leitura de Fourier, arregimentou em Milso Figrants para fundar em 1890, no Parani, em érea concedida por D. Pedro, colonia anarquisa Ceci, Desogregando-se acolénis em 1894, © Dr. Rossi, como ficou conbecido,veio para P. Alegre, onde parece tet fatludo, com outro compankeito da eolona, Gigi (Luigi) Damn, na dius do anarguisme, fundando o “Grupo das Homiens Listes” eo jot= nal A Luta, Na capital guicha aria em 189 um consulttiovetrinitio, 140 Anos 90 ‘mas quando sinda na Cecilia, Ross hava reebido convites para trabs- Thos no interior do RGS. Decide-se eto por Taquati, onde foi contratado para lente da Escola Agricola, Ali continvou seu tabalho de doutrinaer, ‘endo responsivel pela formagio poliica de vérios militanes no KGS, Sta, Catrina eParané. E1905 fol nomeadodicetor da Estagio Agricola de Sania Catarina. Em 1906 o encontranos paticipando do I. Congresso Operdrio Nacional o Rio de laneir, do qual resuliou a fundacio da COB. Regressou mais tarde Hla, onde fandou uma cooperative na Liguria (GIGIDAMIANI nasceu em 1876,em Roma, Vio com Rosi para o Paranie aps a dssolugio da Colinia Cela parece te feito © mesmo roieiro do companheir, panicipando em Porto Alegre das pimeitas oF ghes anarquistas. De Porto Alegre foi para Caxias, RS, onde ensina jismo aos colonos eescreve na mprensa,lorandose um dtm jornalista Em 1903, jest no Parang, ajudando a organizar grupos & jamais anarguisas, eserevendo conta ali de expulsio de estangeirs e ‘tacando os poderosos na imprensadiria. Fm 1904 eraedator de O Des- ‘pertar de Curia, Perseguide por suss iis, por volta de 1908 chegou a ‘Sto Paulo, onde aprenden ooficio de pntor, passando entio a viver dos ‘cenirios que pinlava nos tealtos. Sempreenvolvido no jrnaismolibetirio ‘militant muito avo, participau em preves foi fendador ou colabors- ‘dor de isis jonas: nda om Curitiba, é colaborava com La Battaglia {de SioPanlo (1904); tansim aparece conto redator do La Bayricaua(1912- 1913), continuand nojoenal ue substitu, La Baricata-Cerminal onde teabalhou com Floreaina de Carvalho, Estes 6s jomals, ene 1004 © 1913, publicaram 407 nimeros e tinbam, para os padrOes de um jomal ‘operirio da época, uma grande ciculagio nacional, Fo um dos mais des- ‘reads onpanizadores ds greve de 1917 em Sia Pauloe, perseguide como ‘um animal raivosa, oj preso defendendo do enpastelamnento os arquvos {do jornal A Plebe que ajar a fundar era 1917, Een 1919 fo expulso do Basil como pergosissimo ladrao e delingiene. Na Iti, continua se correspondendo com 0s companheiros no Brasil ealém de pegas de tes- Ino, esereveu em 1920 0 folhetoO pas para onde no se deve tgrar A ‘questo social no Brasil. Calaborou com Molaesta no jornal Umanitd ‘Nuova e a partir de 1926 perambula pela Franca, Belgica, Espanta & ‘Tunisia, sempre junto aos mavimentos de rabalhadores. Morrewern 1953, 'NENO MARTINS (1893-1926) era irmio do ctado Henrique. Gri- ficoejornalista anazquista gaicho, procorava organiar greves nos gran des jotnals em que se empregava, camo 90 Didrioe a Ultima Hlora, nie ‘se atimidando com ameaeas patfonals: hi referéncias que ema ceria oc 0 tentaraagredirochefe a faa. Também hi releréncas de que usava Anos 90 ro © empastelamento como forma de sabotagem dos jomais. Foi processa- do em 1918 e deportado por Borges de Medeiros em 1919. Preso em Sto Paulo em 1925, morteu na Clevelindia em 1926 ZENON DE ALMEIDA foi o pseudénimo do gaicho Zenon Budaszernki (1892-1940), Supateito,mineiro, mineito,qumico, fabri ‘ante debalas, perfumes edocs, encontramosem 1913 no Rio de nei Duutcipando das atvidades da FederacSo Operiria ed tundagio do Grupo Drumtico Cultura Social, jas promogées so noiiadas varias wezes na ‘A Ve do Trabalhador. Neste rupo atuava Atri Pereira como "conta regra” nas epresentages dramas, Zenon de Almeida escrovia pegas de teatro social, como as coms Pacatore Amores em Cristo “Também escreveu inimeros artigos no A Vor do Trabathador © representou a COB em algumas oportunidades Em 1913 fundou em Pelolas, com Santos Barbosa, “Grupo de ‘Teatro e Cultura Social”. Em 1914 fez uma exeorsio de propaganda ¢ aparece dissertando sobre o ensino racionalista no teneu Sindealista Pelotense, RS. No mesma ano, hireferéncas de que a FORGS editou seu ttabalho O Bvangelho da Organizagdo esuss pegas de ata soci, Em 1916 leciona na Escola Modena, ao lado de Cecilio Vilar Sua ‘experidncia como defonador de dinamite quando minciroo habilitou para prepara as bombas sada a greve de 1917 em Porto Alegre conta a Br- ‘gd, desmanchando bananas de dinate vindas i regitoearbonifera do «xtado no laboratrio do médico porto alegrense Reinaldo Frederico Geyer, Em 1921 oencontramos unto com Otivio Brando, ambos desfitdos para debater os prinepiosanarguistas com 08 integranies da “Grupo Clare” “Tambeimnesse ano suas pecas eam encenads para os operros no “Gio Damien Teatro Socal do Rio de Janeiro, No im ds vida deri a0 PCD. A sesso “Bilhetese Recados" do Vz do Trabathador também wit interessante paraestbelecercruzamentos entre vtiosIideres que se ortespondiam, Seguira tsjetora destes personagens através do Basil certamente wari nz conexdes ainda nio examinadas ente diferentes nicleos do ‘movimento perio, AREDE DOS CONGRESSOS ANARQUISTAS A patticipacto de enidades operriasgaicha,principalmente da Federagéo Operiria do Rio Grande do Sul, nos Congressos di COB pode exemplifcaralgumas das eizcunstancias da influéncia dos movie 142 ‘Anos 90 menos regionas ns dretrizs geris da principal entidade opera. [Em 1906 realizou-se no Rio de Janeire 0 1. Congresso Operiio [Brasileito, quando fojcriada a COB, de orientacSoanarquist AS asso- jagbes gaichas nio compateceram, mas a Unido Operiria enviow of cia de adesio esolidariedade "A FORGS $6 foi fundada no ano seguintee se tornaria mio s6 a :mais importante entigade gach, mas referénci para os anarquistas de todo o pas, que teve duracdo ninterrupia até 1927 existindo de modo intermitente até 1935, “Assim, em 1912, quando FORGS jé consttuaa principal en- lidade dos anarquistasdo ROS, uma comissio de seus delegados, a pedi ‘dode seus compankeiros do Rio de Janeiro se fez presente para denunc- tro 4. Congresso Operizio promovido sob os auspicios de Hermes da Fonsecte love sucest. A partcipagio dos guichos est egistrada no Vor do Trabathador de 15-7-1913. Em 19134 FORGS e sus federadas participaramativamente do2. ceongresso da COB (no qual pariciparam 350 associagies brasileiras € 114 delegados e representantes do Uruguaie Argentina). AFORGS fois Ainica Federagio estadaal a eompaecer, A presenca majortiria da dele acho gatchaeaatuagio dos citados Cecio ilare Zenon de Aleka fizeram com que virias modes apresentadas pela FORGS fossem apr ‘vadas sem nenhuma modificacio, indcando que muitas diretrizes gerais {que passaram a vigoar no movimento opeiriojeram adotados numa Federacio regional (por exemplo, contra acriacio de secqves sindcas, ‘contra uma organizagio semelhante ada FORA argentina). [No periodo de 1913 a 1916, a FORGS participou ativamente do ‘movimento operirio nacional, enviando seus representantes ao congres- ‘08 promovidos pels COB e unindo-se as manifestagdes nacionals ant belicistas, conta a expulso de estrangeiras (a lei de expulsio foi apro vada om 1913) © conta caest ‘Com relagio 8 preocupacio com a pax mundial, eabe indicar a partcipagio dos delegados da FORGS nos Vitioscongressos que se rea- Fizaram no Rio de Janeiro em 1915: Congresso Anargusta Nacional ext abril na sede da COB; Congresso Internacional pela Pa, de 142 16 de ‘outubro, também convocado pola COB e Congress Anarquista Sul ‘Americano, de 18 a 20 de outubro na sede da COB. Estes congressos centara com delegaghes das mais importantes associagbes operrias acionais delegados da Argentina, Uragual, Portugal e Espanta Na década de 20a FORGS aden A. I, herdeita da Interns ional, sendo talvez ania federacio brasileira nesta condicio, pois 0 Anos 8 ‘movimento operitiosofria uma dura repressio principalmente no Rio e Sio Paulo Apesar das difculdades que enfrentavam os anarquistas em todo © Basil, em 1927 foirealizad em Pelotaso 4, Congresso Opeirio doRGS. O relatadesse congress foi feita por Domingos Passos, que hiv sa deportado de Sio Paulo para o Oiapoque, de onde fugia para patici- pr da mesino, [sua a avlingzo de que “osindicalismo.cantnuava vigo- oso naquela regio sulina, menos ataceda pela represséo do governo bemnardista.” Alem dos grap loeais, se fizeram representa 05 "Taba Thadores de S. Paulo”, "Sindicato dos Canteiros de Santos", “Liga Opeti- ria Itemacional ée Pogs de Cals" Federaco da C.T: do Pari “Gropo Libertrio de S. Paulo” ¢ "Grupa de Propaganda Social do Pars” ‘A importincia deste congresso ¢ que enquanto o PCB criava CConfederagio Geral da Trabalho, Fedcragio Operiia do RGS recebi de enidades operrias do Rio e So Paulo as bases para areorganizacio {4a C. 0. Be do jornal A Vor do Trabathador. ‘eta notivelo deelinio do ansieosindialismo no Brasil ¢ 0 Rio Grande do Sul aparece coma seu titimo e enraquecido redut: ‘Numa avatiagdoindieta de sa performance nate, os comunis- tas erediavam aos anarguista apenas algumas sobras do movimento ‘indical:"Somente resiam em suasmosa Federagao Operdria de Por- toAlegre (.) e alguns esqueletos de sindicatos da construc civil edo calgado em S, Paulo ena Rio, Nada mats. Somando tudo, encontrare- mos, apenas, wns 2.000 rabathadores(..) (TRONCA, Halo. A Revolu- (a de 30: a dominacio acuta, S, Paulo, Brasiliense, 1984. p. 33-4) ‘Un indicative de que oRGS continuava como o principal baluarte anarquista€ que o jornal de S. Paulo, Plebe,em 1928 chegoua pensar fem transferi sua eigho para P. Alegre AIMPRENSA OPERARIA, Uma andlise da cireulagio dos jornais operitios, de sua rede de colaboradores, das matérias que publicam sobre diferentes locas tam- bbém poderia ser substancialmente retomada a patir de estudos regionals cereio que seria muito esclarecedora para estabelecero peso relativo da Jmprensa opetria junto aos seus letores, pata petecber&consirucio ea propagagio de alguns discursos hegemonicos para acompanht as _uancesfegionais de processos nacional como conjuntura das groves 6 1917. 4 ‘Anos 90 CObserva-se que a rede de colaboradores ¢ corespondentes dos jor naisanarquistas parece ter sida densa e paticipante em jrnais de die rentes pontos do pais. Nao se deve esquecer, neste sentido, o peso da propria mobilidade dos propagandistas-ornalists que circalavam de tum eentro para outro. ‘Verifica-s ambi que era intense a circulagSo dos jormais operé- os mesmo considerando seu carsterefemero ede pequens agent a6 ‘dos prOprios assinants, os jomnais eram enviados as edagGes dos ” jimios”, is associagbes operas « a outrasentidades nio necessari mente operirias como biblilecas pablicas,clubesreereativos e musi sais, te. ‘Somnte para dar um exemplo, constltando uns poucos exempl res do jornal anarguista porto-alegrense A Lufa (anos 1906-1908), pude bservar que era constant oofereeimento de assnaturas dos jornais A Terra Livre el Liberrio de 8. Peuloe Novo Rumo 0 Veicul, do Rio de Janeiro. Além disso, 2 redacio do joralreeebia ecolocava para leitt- dos interessadas os seguintes: 0 Operdrio, La Veua e NovaEra(MG), La Battaglia, O Chapeleiro¢ Luta Proletiria e Aurora Social (SP); O ‘Marmorista, Brasil Revuo Esperantstac O Baluarte(R); 0 Combate (PR); Primeiro de Maio (CE) e Gazeta Operdria (AL). 'E sintomitico o oferecimento que A Luda fazem seu ndmero de 83- 1908: “As pessoas que quiserom adguitir qualquer ob, assinatura de ‘qualquer revista ou jor do movimento de qualquer pate do mundo, dem faze-lo por nosso intemédio, que encarregaremos de manda-ios Vir sentos de qualquer comissio”. Cabe epontar que antecedendo esta notiiasio divulgados os seguints jornais anarquistas do exterior: Un bai: Tribuna Liberté, La Emancipacién, En Marcha; Argentina: La Protest, ’Agitatore, El Obrero Grafico, Pensamiento Nuevo, La Au- rora del Marino; Peru: El Hambriento, El Oprimido, Los Pavias, Espana: Terra y Libertad, Salud y Fuerza, El Porvenir del Obrero, Boletn de a Escuela Moderna; iia I Pensicro; La Via Opetarias La ‘Paco; Fang: Les Temps Nouveau Anarchist, Regencration,La Voie ‘du Peuple,LeLibertaire, Sovia Revuo, Alemanha: Revolutionar, Direkto Alton; Inglaterra: Freedom, Free Regeneration; Estados Unidos: olnd e Listy (em checo). ‘estes mesmos nimeros, o jomal publcou vérias vezes a coluna “Peto Brasil” e notiiou amplamente em 1907 greve gral pea jornada, ‘de8 horas em S. Paulo. (utzoindicativo da cirulseHo da imprensa anarquisa 6 que a re- ‘mote colina ueraniana em Erebango, Erexim, RGS tos anos 20 recebia. ‘Anos 90 145 ios jrmais ibetérios russos da Argentina, Canadée Bstados Unidos ‘como os nacionaisdo Rio de Janeiro eS. Paulo Vor do Trabalhador, A Plebe, Acdo Direta, O Libertério, O Dealbor¢ 0 Protest. "A Vordo Trabalhador, publicado no Rio de Janeiro eporta-voz da ‘COB, também é abundante em seu noticirio sobre o RGS,(. Alegre, Pelotss, Rio Grande, P. Fundo, Bagé, Santana do Livramento, Santa ‘Maria, Caxias, Montenegro, D. Pednito, Jaguaric) De 1914 até hime ‘nimero ojommal mantove as nicascolunasperiddeas sobre o movimen- {ooperdrio fora do Rio de Janeiro nas mos dos sindicalistas de Pelotase de Porto Alegre. No tltime numero parece que se tentou criar também ‘uma coluna sobre Séo Paolo, denominada “Da Paulicsiaproetiia Hi referéncia de que O Sindicalist, érgio da FORGS, chegava ‘ao deportados para Clevlindia, no Oiapogue, via Belém do Pari. Espero ter podido demonstar que a histria dos trabalhadores bra sileiros tera gan expressivos come desenvolvineno de pesquisasintet- regionais, Exist, no entanlo no minimo um problema para desenvolver, ‘esta via de trabalho: grande parte do que se pesqusou regionslmente permanece inédito, como as ess, dissertagbes e monografias, com sua tivalgacio restrite a congressos ou periddicns académicos de crcalagio Jimitada E uma dficldade quase invencivel superar este primeiroobs- ‘culo para qualquer proposto de pesquisa interregional ‘Assim, gostaria de fnalizar com uma sugestio de que instituighes| coma o arquivo Edgar Leuearath, o Museu da Comunicagio Social ito José da Costa de Porto Alegre eoutras instituigies similares cia no sentido de inventaiar earquivar esta producio regional até agora dispesa, de forma que também se torne uma ‘eferéncia para os pesquisadores que desejarem desenvolver esta pers- pectiva da historia dos tabalhadoresbrasletos. [NOTAS E REFERENCIAS 1+ Esta cbservacio jf fol feta para 0 Rio de Janeiro por Angela de Casto ‘Gomes em ito de Janet, nova perspecvs de ands: a formagio da ‘ase tablhadora A quo de nduntrilizags” (Cadermoe de esiono ‘lo ATV Simpésto Nacional da ANPUH] 1987p. 107) [Expicando sua propasta do anal a produto aradémica mas recete tote indaraizagho e clase trabalnadora, salenta que "(sta loca foals outas regis do pat, eviqueceno 2 elexo coma posshi- 6 Anos 90 lide da diversidadee da compargio. A conribuiga dos estedos esta rea que envoive o Rio de Janeiro e que so objeto de nossa proposia nficaiva e importants alem de revelaora de novas sic paras tar de temas é io dscutides.Apeoas pra exemplar, no caso dos ests- dos sobre a elasse abalhadora i toda uma producio que cnvlveo {do de condigbes de vida e rabalno da populao urbana do Rio. seus Salotese wadigdes, elem de uma rediscusszo das diversas coreates en ‘contads no sindicalis carioes, No eito a ndestalizacio, a peo. fupagdos mals recentes tense voliado para aespeificdade do processo fluminense, deforma a ditngs-o do pauls com iso atbuindo unt eso menor as relagses eaft-ndrtria coma elemento exempliestiva ds peda de dnamiamo da economia do Rio de Janeiro”, Ver'imbém: GOMES, Angela de Casto e FERREIRA, Matiia de Morais, Indusrallngdoe asserabathadora no Ria de Jancis novas perspec vas de andi. Rio de Janeiro, FGY, 1988 2. RELACAO INDICIARIA DE ALGUNS TRABALHOS REGIONAIS ‘SOBRE HISTORIA DOS TRABALHADORES ATE A DECADA DE. {0 (EXCLUINDO RIO DE JANEIRO E SAO PAULO) "stg elaco no tem qualquer pretensio de um levantmenioexausvo estes tebalios ewsa apenas dertontar que, mes em um evanameat «do easistemstion, muitos ilo podem sar idenienos. * PESQUISAS EM ANDAMENTO (DOCENTES DISCENTES) Confore 0 “Levantamento de P- Grado em HistrayANPUN" (parcial), abit de 1994 [PONTES, José Raimundo, Movimento operirio na Bahi( 1930-1964). Tese ‘dwt USP. Orientador! Dr. Osvaldo nis Angst Cogails, LIMA, Josely Testes. movimento anarqusta visto por seus escritres Diss. ‘mest PUCSP, SOUSA, Lysis Bucar Lopes de. Formacdo do mercado de webaho no Piaul do stcalo XX, Tese Sout, USP. Orientaor: Wilton do Nascimento Barbosa + TRABALHOS APRESENTADOS EM SIMPOSIOS DA ANPUH (49731987 1993) PELLIZETTI, Boat, Fonts primirias pra histra de Santa Catarina. 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