Download as pdf
Download as pdf
You are on page 1of 29
si TENA Apartado 2481 M112 LISBOA CODEX Titulo Original SEPT MANIFESTES DADA DIT ORS Autor TRISTAN TZARA Traduglo © Pastiche anexo de JOSE MIRANDA JUSTO. Capa de AUGUSTO T. DIAS Compasigio de ESTER DE ALMEIDA SANTOS EDICOMP, Fotocompesigi. Le © JEANJACQUES PAUVERT. 1963 Tiragem de 100 exer Lisboa, Abril de 1987 Os Sete Manifestos DADA foram publicados pela primeira vee em conjunto e sob a forma de volume em 1924, nas Edicées Jean Buéry, ‘com os desenhos de Francis Picabia que a presente edigéo também re. produz. Manifesto do Senhor Antipyrina foi lido no 14 de Julho de 1916 uma sesséo organizada em Zurique. O Manifesto DADA 1918 foi lido no dia 23 de Marco de 1918, igualmente em Zurique. A Proclams: io sem Pretensio foi lida a 8 de Abril do ano seguinte na mesma c- dade, Jé em Paris, numa auto-denominada Universidade Popular, a 18 de Fevereiro de 1920, Tzara leu parte do Manifesto do Senhor AA 0 Anlifilésofo e 0 resio na Sala Gaveau, no dia 22 de Maio desse ano. O Manifesto sobre 0 Amor Débil e 0 Amor Amargo foi tornado pitbleo na Galeria Povolotzky de Paris no dia 12 de Dezembro de 1920 ¢ 0 Anexo no mesmo local, uma semana depois. 6 Sete Manifestos Dada MANIFESTO DO SENHOR ANTIPYRINA lade: que ergue as baionetas sem conse- | {quéncia a cabega sumatral do bébé alemao: Dada é a vida sem pantue ue € contra ¢ a favor da unidade e decididamente contra 0 futuro; sabemos sabiamente que os nossos eérebros se hiio- de tornar almofadas macias. que 0 nosso antidogmatismo é to exch funciondrio e que no somos livres e gritamos liberda- de; necessidade severa sem disciplina nem moral e cuspimos na huma- nidade. DADA permanece dentro do quadro europeu das fraquezas, con- nua a ser merda, mas doravante queremos cagar em cores variadas para ornar 0 jardim 2ooldgico da arte com todas as bandeiras dos consulados. Somos directores de circo ¢ apitamos por entre os ventos das fei- feutros, realidades, sentimentos, restaurantes, ohi oho, bang, bang. Dectaramos que 0 automével € um sentimento que nos dew mimo bastante nas lentiddes das suas abstracgdes como os transatlinticos, os bbarulhos ¢ as ideias, No entanto exteriorizamos a facilidade, procura- ‘mos a esséncia central e ficamos contentes se conseguimos escondi no queremos c janelas da elite maravithosa porque DAD: no existe para ninguém queremos que toda a gente entenda ‘Aqui est a varanda de Dada, garanto-vos, Donde se podem ouvir rarchas militares descer cortando 0 ar como um serafm tro dum banho popular para mijar € compreender a part ey DADA no € loucura, nem sabedoria, nem ironia, neo pico burgués. ; +, i, ‘A arte era. um jogo avela, as criancas jumtavam as pal, ‘um repenicar no final, depois choravam e as fam a ex 8 Citar es bts das bonees e a eatole fee AO e tmorrer um bocadinho e a rainha fez-se baleia, as riangas Fea rim ag [Nés nao somos ingénuos 1Nés somos sucessivos Nés somos exclusivos Nés no somos simples deles, porque a arte nio para doutamente dizer + AM0-VOS 1 garanto-vos, € se apontamos 0 crit ventilador, € para vos dar prazer, bons ou ranto-vos € adoro-vos 50 ba 4 s” 190006 yee, oped aye 92149 co l4St2 3 T2410 10 MANIFESTO DADA 1918 cenervar-se € agugur as asus para conquistar e espalhar pequenos € grandes a b. ¢, assinar, gritar. jurar, arranjar a prosa segundo uma forma de evidéncia absoluta, irrefutdvel, provar o seu non-plus-ultra € novidade se assemelha @ vida do mesmo modo que a prova o essencial de Deus. Essa rdedio. pela pi © seu A.B.C. € uma coisa natural, — portanto lamentavel. Toda a gente o faz sob a forma de uffmadona, sistema mone- produto farmacéutico. perna nua convidando primavera ar- te pura crucificar 0 tédio, No eruza- @ espreita dos anos, na floresta, «" © valor moral de qualquer frase — dem 10 foi inventada pelos impressions Escrevo este manifesto para mostrar que as acgdes opostas pod I). lem ser 11 uma $6 respiragéo fresca; sou g, onta 0 nig, pela contradigio continua, também sou eee cepa pootra € 980 explicn, porter eee: DADA — eis uma palavra que leva as ideiag 4 oe Ses, = & um dramaturgosinho. inventa tiadas diferentes oS 3 by as pemonagens convenientes ao nivel da sua inteligeneg © Se we seadeiras,procura ts causes ou 0s fis (segundo ans ig, " todo pra’ jar) para cimentar a intr ‘Cada espectador é u eas Nitra que fla ¢ ge uma palavra (conhecer!). Do refigio estofado ane 8 erp pentinas, dd 0s seus instintos & manipular. Daf os infortnaa 0s da conjugal. Explicar: divertimento dos. barrigasvermelhas ni 1S NOS moinhos ey ccrinios vazi {IME"” DADA NAO SIGNIFICA NADA oe acha fitil ¢ se ndo se perde tempo com uma palavra que a ignifica nada... O primeiro pensamento que gira dentro dests cite, gas € de ordem bactercoldgica: encontrar-lhe a origem - Fistérica ou psicoldgica, pelo menos. Fica-se a saber pelos jorais que aera ki chamam cauda duma vaca santa: DADA. O eabes mae numa certa regido da Itélia: DADA. Um cavalo de pau, a ana afirmagéo em russo ¢ em romeno: DADA. Hi sapien cs jornalstas que vem nela uma arte para 05 bébés € ha outro st tos que jesuschamandoascriancinhas do dia véem nela o retoro un mo seco ¢ estrondoso, estrondoso ¢ mondtono. Néo se con idade; qualquer construgio converse ideia estagnada dum pintano dourado, No. A obra de arte ndo deve ser a beleza em s Tmorreu; nem alegre mem triste, nem far as individualidades servindo-l duma corrida em circulo ela, por decreto, object produto humano. mesma, porque bscura, alegrar ow mi os dus aurGokis santas ou os suores das atmosferas. Uma obra de arte nunca é b vamente. para toda a gente. A critica é portan! 5 existe sib- jectivamente, para cada um, e sem 0 minimo carécter de generalide de, Sera que se acredita que se encontrou a base psiquica comum & toda a humanidade? A tentativa de Jesus ¢ a biblia cobrem com # ass largas e benevolentes: a merda, as bestas. 05 das. Como é que se preende ordenar o cacs que constitu eta ining informe variagio: 0 homem? O prince -amards 0 teu proxime é isin: "Conhece-te” & uma utopia mas mais aceitivel Por ber ergs obits ¢ futurists ee ar arte para ganar fra pcos mares? As Himes Sou ets 0 esiza 0 longo da nhs do ‘graparenos ct i a comets ives ros o5 AEST pel Car anc ora poses de co emotadss € na comic. ee inca na terra gordon Fm 1916, no Cabaret Voluire em Zurique. 13 Aqui. temos o direito d Je proclamar mecimentos ¢ 0 despertar. NOs. os reseuset gy omhecemos cravamos 0 tridente na carne despreocupads oy "98 de oy Obra de eriado- fteratura que nso chega & mas voraz. : i si pro- goes em abundancia trépica de recuse Somos jorros g¢™" tu er era BA mt eg ator cree chuva sio 0 Ses vertiginosas pee ™ Pi oauida dr cee 3 chuva so 0 nso sor sangrmos © queimamos ie bons | Chesmento fume sng ose aes < * °° 0 Pea nC ‘erno, pela blague de- a em tiger, 0 novo. 0 e1eTT0. Pe ee. cubismo nasceu simplesmente da maneira de olh * Jo turbid, 3 vr principios, ou pela maneira COMO for ceanee pintava uma chavena 20 centimetros abaixo doo yj, Pit sme ee em ge, pres endo uma sc perpen ela tape Temos assim “remos, do outro lado: homens novos Rudes. zendo uma secgio perpencidular que colocam ao lado cor ae & ems, ct toe me (Nao me esquego dos criadores nem das grandes ae ‘sabedorig Ss ite os em ee " ieee es tnbaram defnitvas) 7 0 farce oy es 8 magi | 5% os princi © no Temenos, or somos sinew em movimento, uma sucesso de objectos maliciosaments 8 da com algumas linhas de forca. Isto nao impede que a t Pmamenta pintura boa ou mé destinada colocagao dos capita imeem fhovo pintor cria um mundo cujos elementos sao também os wie a obra sobria e definida, sem argumento. O novo artista pret J ndo pinta (Feproducdo simbolica e ilusionista) mas cra drecam te em pedra, madeira, ferro, estanho, verdadeiros rochedos, oni mos locomotivas capazes de ser virados em todas as direqées pelo vento Iimpido da sensacéo momentane: te ‘Toda a obra pictérica ou plistica é intl; ainda que seja um mons tro capaz de meter medo aos espiritos servis ¢ suficientemente adocicada para ornamentar os refeitérios dos animais vestidos de gen te, ilustracées desta triste fabula que é a humanidade. — Um quado € a arte de fazer com que duas linhas geometricamente verificadas pe ralelas se encontrem, sobre uma tela, perante os nossos olhos, dento da realidade dum mundo transposto ¢ segundo condigdes ¢ poss! tiades novas, Esse mundo ndo esté especificado nem definido na ob pertence nas suas inimeras variades ao espectador. Pava 0 1 Gor, um mundo sem causa e sem teoria. Ordem = desordem: & = ndo-eu; afirmaco = negagao: supremas cintilagées duma arte ab- soiuia, Absolut ‘em pureza de caos eésmico e ordenads. eI Sceundo globular sem duragao, sem respiragio, sem lu. sem Jo. «'» Gosto duma obra antiga pela sua novidade. A nos liga ao passado € 0 contraste. *"+ Os autores que ensinit ¢ que discutem ou pretendem melhorar a base psicolesica além do desejo escondido de ganhar, um conhecimento f vida, que classficaram, repartiram, canalizaram; obstina™- ¢ dangar as categorias ao som do compasso que marcam- Os respe' ores sorriem ¢ continuam: para qué? ah ioe mono das nuvens € das rezas € Prepa tas. Reverand aa “jo desastre, 0 incéndio, a decomposica, ra toa supressio do fut € substitu 96 Tgrimas pela sie- Prepare tomtnnte a coninente Paes deinen Sek nes digi Gacza do veneno. + DADA € 0 letteiro da siras = wietig cos negocios também sG0 elementos poetcns munca vetas do cérebro € as da orgaizacio social: dese razr por toda a parte €langar a mao do céu até a rat Pos inferno até a0 céu, restabelecer a roda fecunda dum cio os aos aobre os reais poderes ¢ sobre a fantasia de cada individuo. se icoha é a questfo: por que lado comecar a olhar para a vida. pare deus, para a idea ov Seja para o que foi. Tudo o que se otha é rae Nay julgo que o resultado relativo seja mais importante que @ tSeatha entre 0 bolo e as cerejas & sobremesa. Ao modo de olhar ra- Fidamente para 0 outro lado duma coisa, para impor indirectamente @ Fossa opinigo, chama-se dialéctica, ou seja. regatear 0 espitito das ba- Tatas fritas dangando 0 método em redor. Se grito: Ideal, ideal, ideal Conhecimento, conhecimento, conhecimento Bumbum, bumbum, bumbum, registei com bastante exactiddo o progresso, a lei, a moral ¢ todas us demais qualidades betas que pessoas diferentes muito inteligentes dis- cutiram em tantos livros, para chegarem, afinal, a dizer que se temp di | c2mo for cada um dangou segundo o seu bumbum pessoal € que te razio quanto ao seu bumbum, satisfagio da curiosidade do painha privada para necessidades inexplicéveis; banho: dificuldades pecunidrias; estOmago com repereussio sobre a vida; autotidade da sees purguesia. Nio existe Verdade é {que nos conduz / dum modo banal opt rma, Haverdalguém que aceae suns {el & produto ‘uma obra si propos wma OPT rece mista 0 MONS este momento ‘que m so de papel a imitar o metal que © oo exkacia wani. yehete eno 8 mate prov cs Detesto a objectvidde pr re encontra tudo certo. Conti «a manidade... A ciénia diz que somos os seniors a ne do certo, fac amor epartam a cabs, Cony satus, humanidade, burgueses amves jomalitas StS a Ae temas, 0 mais aceitvel dos ssemas © ¢ semi nao ter nenbum. Completa, apereinat® Pequenet propria até encher 0 vaso do ell corse de combat rear ccnire 0 pensamento, mistério do pio explosio St dom helice infernal em lirios econdmicos: ‘A ESPONTANEIDADE DADAISTA Ja dos mic rficos. po es as hem: QMS gem dessa naureza & diarreiaem Tebucado. Encorajar esta arte aun igri. Precisamos de. obras "ores, direitas, rigorosas € vpreendidas para sempre. A Wpica € ume ‘complicagao. A Tégica ‘Hana pelos fos das nogbes, palavras, mo seu extent asdo a extemidades e centrosius6rios. As cadeias da ‘mariépode enorme asfixiando a independ te viveria em incesto, abocanhando, engolindo sua parte do seu corpo, formicando consigo mesma € © temn- via um pesadelo envolvido no alcatrao do protes- eel ‘um monumento, um monte de intestinos grisalhos ¢ pesa- es see catvemenastintsmo ao eto de vids em que ce] Nia . a optdade, 0 entusia mo a alegria da inj smantém as suas proprias condigdes, sabendo cont pequena verd: coma 6 aS ee sem deixar de se defender, to Jefone ser ee ramos acer © mos finos € os nossos dedos sio mal Se accaon dessa planta insinuante © quase ivi ¢ deiam como 0% ramos a ida: define-nos a alma, dizs dics. Também ¢ um powto de wea: mas nem todas a8 flores sto sans. felment. eo que hi em nds de divino ¢ o despertar du a rata-se aqui duma flor de papel para a botocira 7 fugas de Bach, reclamos lumi 0 a difundir cravos para Deus, tudo a0 mes te, substituindo a fotos stecismo Ut A simplicidade activa. Cae 16 ‘dos senhores que frequentam o bs raga. braneas primas dgeis OU gordas. Senho {gue ngs seleceionamos, Contradigdo unida fem ser verdade. Pelo menos, idade, apéndice duma moralidade trolo da moral ¢ da légica infligiram-nos a impassibilidade perante os ia — causa da escravatura — ratazanas pitids de iém a barriga cheia e que infectaram os tious cr pos, que restavam abertos 20s ari ite: ha uma grande tarefa destrutiva, negara, agentes da que 0s burgu redores de vidro, claros e Que cada home! a cumprir. Varrer, limpar. A limpeza do i ‘estado de loucura, de loucura agressiva, completa, dum mundo do entre as mos dos bandidos que rasgam e destroem os ofa com qualquer praga produto da ns a er tne Sem finalidade nem plano, sem organizacdo: @ loucura indom ich tio, ‘mentos Ihes nos flancos facetados. vel, a decomposigio. Os fortes pela palavra ou pela forga sobrevie is sio vivos na defesa, a agilidade dos membros € 60s se ‘A moral determinou a caridade e a piedade, duas bolas de 7 4que cresceram como elefantes, como planetas, e a que chamam, Nada tém de bondade. A bondade € licida, clara € 18 decidida, impie mas sim pelo tS, entalisme: s gtarios. Sentiment inventa~ Se enfastiam juetas, de fades cosmicas a essa ble~ as faculd igo de todas as fac ansamento filos6fico, jo saido das fabricas Mom todos os meios da REPUGNANCIA DADAISTA ADADA: conhecimento de todos 08 MEIC’ até seas DADA els rargans «eqns soc DADA is Nor ree DADA: cu objet 000 oF sade, pages © OR asin. sein coe men psa © co DADA; aboligio da ‘meméria DADA; aboliggo da arquec slogi DADA; 0 dos profetas: DADA; JADA; DADA, stl to gel em too 0 deus qe tj produo ime- Se der DADA, slo elgane 22m rmonia para a outra esfera; trajectoria duma palavra langada como um disco sonoro ydas as individualidades na sua lou- sus do woven entusiasta; descascar a igreja pessoal de todos acess6ri sados; cuspir como uma cascata luminosa o pensamento desagradavel ‘ou apaixonado ou afagi-lo — com a grande satisfago de que tanto faz — com a mesma intensidade no matagal da alma, puro de insectos para o sangue bem nascido e dourado de corpos de arcanjos, da alma. Lierdade: DADA DADA DADA, rugido das dores crispadas, abrago 8 ios de todas as contradigies, dos grotesco: i . ena igdes er s, das inconse: 19 SAO octaMAGAO ‘SEM PRETENS! Ri ‘A arte adormece para 0 nascimento do mundo novo “ARTE” — palavra papagaio — substituida por DADA, PLESIOSAURIO, 0U lengo O talento QUE SE PODE APRENDER faz do poeta um droguista HOJE a critica balanca jé nao lanca semelhancas Hipertréficos pintores hiperestesiados e hipnotizados pelos hiacintos dos almuadens de aparéncia hipécrita CONSOLIDEM A RECOLHA EXACTA DOS CALCULOS 21 - é PROMO DAS GARANTIAS Ih ee o contRARte \ i IMonray importancia nenhuma nao ha Neo \ nem aparéncia transpargc™ sangue \ cig 0 nosso ae \ orm ' ee transe! MUSICOS PARTAM Os vo: viogdos no Salto MENTOS CEGOS em cena 80S !NStry, A SERINGA serve apenas emendimento. Escrevo porque 6 na, Para 0 mey mijo como fico doente tural coma ntrolo s, do respective © aan ‘ma operagio Sab . abortos que . ao € para OS : A arte € uma PRETENSAO squeciea| 5°35 ea “dorar o umbigo nna TMDE do bacio, a histeria nascida no COM atelier Procuramos a forca direita pura sObria Yanica nio procuramoss NADA afirmamos a VITALIDADE de instante a anti-filosofia das acrobacias espontaneas Neste momento odeio o homem que cochicha antes do intervalo — agua de colénia — teatro acre. 0 VENTO ALACRE 2 a sem a invesigato 2 1 adoro eur frances a depres: ‘fo de Dada n0 s deslizo por entre & aque arranham um dadaistas izmente porque ‘our ina as fas ea vida cara levaram-me a decidir abando- 1 0s D @ verdade que 0s falsos dadas mos tenham rancado visto que reembolso comesaré a partir de feos assim de que chorar 0 nak varri a doenga na alfindega eu carapaga e guarda-chuva do cérebr dduas da assinatura supersticiosa soltando as engrenagens do ballet espermatozdide que se encontra em .da que se chama nada ro entre o meio-dia € as 25 ‘ensaio geral nos coragées de todos os vviduos suspeitos como-vos um bocadinho dos dedos ago-vos a renovagdo da assinatura para @ amor em celuldide que range como as portas de metal s € a chave do selfcleptémano 6 tunciona com azeite crepuscular 27 TRISTAN TZARA ‘Othem bem para mi Sou idiot, sou um them bem para mi Sou feio, 0 meu rosto no tem expressio, sou baixo, Sou igual a todos voces! * Mas interroguemse, antes de olhar para mim, se a fis por onde me qnandam flechas de’ sentimento liquido no caca de mosea, se 08 clhos da vossa barriga ndo sio seoqdes de tumores cujos olhares hio- Ge sair um dia por uma parte qualquer do vosso corpo sob a forma de corrimento blenorrigico. Vocés véem com 0 umbigo — porque € que Ihe escondem o espe culo ridiculo que the oferecemos? E, mais abaixo, sexos de mulheres, fem tudo —- a poesia da eternidade, 0 amor, © amor puro, naturalmente — os bifes em sangue ¢ 2 pintura a deo. Todos os que olham e compreendem arrumamse failmente entre 2 poets © aor, entre 0 ife e pintura. Hao-de ser digridos, hio-ds =f Resid, Acucaamme recentemente dum roubo de pees. Posse mente porgue julgaram que eu ainda fazia parte dos Doct, Parte anes oct que satisfaem a suns lima necesiades de onan ante, sou um aldrabio, Te unt fxr om bozo de propane mim mee. 29 ————— mo frio dentro de peles quentes: H a h res, tio plat6nicos como esse, Chamem a no buraco reservado is parvoices musicais govt ris servirs de cavalgada & serpente frios Serer my dear, rigida a orelha sairé por {tos marinhos e os produtos da es tém othos im por todo 0 lado a a dentefica Aa, cael Aa. esfeguemse com a past ee ska urs aon, 0desToron ams no Aaa orracha ~~ sem ruido,ndo precisa de manifests mente Piro de moradas. dé 25% de desconto vistam-se no Aa que sre ro de morads. ai ‘0s olhos azuis. DADA propée 2 solugdes: ACABAR COM OS OLHARES! ACABAR COM AS PALAVRAS! * Parem de olhar! Parem de falar! Porque eu, camaledo transformacéo infiltracio de atitudes cémods| = opinides multicores para todas as ocasiées dimensbes © presos | ago contrério do que proponho aos outros * esqueci-me duma coi j ‘onde? porqué? como? ou seja: 31 HOR AA O ANTIFILOSOFO 0 SEMIANOS ESTE MANIFESTO ‘Vivam os gatos-pingados da combinaga Maser acto € um tio de revelver cerebral —o gest isigificate Quekfovimento. decisivo s60 ataques (abro o leque, dos Knockouts ar dear o a GUE nos separa) — e, com as palvas depos sobre © papel, entro, com solenidade, para dentro de mim mesmo. erro meus 60 dedos na cabeleira das nogdes € sacudo com bruta- 0s ferrolhos das articulagdes. bro, cuspo. Ch ‘Chegou o momento de vos dizer que Se existe um sistema na falta de sistema — 0 das minhas pro- rgdes — nunca o aplico, ‘Ou seja, minto. Minto ao aplicéo, minto quando nao o aplico, min‘ escrever que minto, porque no minto — porque vii 0 espelho do meu pai —- eselhi de entre as vantagens do bacarat — de cidade) lade — porque 0 eu préprio munca foi o eu proprio — porave © Saxofene vea como rosa 0 assasinato do motorista visceral — ¢ feito de cobre serual e de boletins das coridas. E assim tamborlava o mir , 0 alarme ea pelagra af onde crescem os fésforos, Exterminagéo. Sim, claro Mas no existe, Eu: mistura cozinha teatro, ‘Vivam os maqueiros das convocagdes dos extases! ‘A mentira € éxtase — 0 4 we ultrapassa a dimensio dum segundo — 33 ‘nao hé nada que néo ult dos alguns séculos recom« ano — eu (idiota) fico s6 cinco A pretensio do sangue de fazer acontecimento 0 acaso da cor da ira mulher quenoe Pe? olhos nesses tempos tentaculares, O ets es de acabar a frase pensada. Banditismo de pad isms ¢ anti-humana de que gosto em mim — porque a acho igh att nesta. Mas os bangueiros da linguagem hao-de reccter seus percentagenzita sobre a discuss4o. A pt Pre a sul nos) & indispensével para o match — os fil sinos dadaistas assinaram um contrato dk ges deste género. Eram em nimero muito red dum cantor (pelo menos) para o duo, dum si para o recibo, dum olho (pelo menos) para absolutamente indispensdvel. ey ae com Metam a placa fotogréfica do rosto no banho écido. ‘As comogées que o sensibilizaram tornar-se~io visives € hio-de su} preender-vos. Enfiem um murro na vossa prépria cara ¢ caiam mortos. 34 cannes emia 35 — DA MANIFESTO SOBRE 0 AMOR oe EO AMOR AMARGO be preimbulo = sardandpalo um = mala mulher = mulheres N\ wm junto numa ordenacio qualquer saboross, sabonasa iva — tirada & sorte — estd vivo. ante do clergyman construido pel — porque se trata duma ‘como se fosse uma borboleta rent 0 Senhor Oportuno ¢ 0 Senhor Co- 37 mpre precisaram de ao as de Deus: co- so so, Como pos 5 Bescreas @ ‘os reis andam em viagem ¢ aS se em ou se da pol aa pedal dg se ef “ on 1a que re- (num dado momento) estava completa na “ jer amor & ome ee agarelice conta. A forma q “Seem | ule ens ¢ DAD me rm eee rentos, visitas, guer- 1 His pessoas Gorm tras formas: negécios, casament fs dios, Stan Tear | ram que mesmo aS CU. ciedades andnimas, politica, fas, congesos dives ‘de nerves, so variagoes de dada. crises ses econdmi C rt indo — prefiro Como néo sou impel ‘nao partitho dessa opinido — pr no nak aioe seca ae Sade Pe fa In suas Fora JO 0¥0 rms u ‘Um manifesto € uma comunicaséo feita a0 mun: nio ha outra pretensio que nao se curar instantaneamente a si . astronémica, mentar, agronémica ¢ literéria. Pode ser doce, pachorten pre razio, € forte, vigoroso ¢ l6gico. ‘A propésito de légico, acho-me muito simpético. ‘Tristan Tzara Vv 4 necesséria? Sei que os que mais a ttavsabe, the dstnam e Ihe preparam uma perfeigio confor orgulho é a estrela que boceja e entra pelos olhos e peta boca, cr rega, afunda-se no peito traz escrito: has-de morrer. Nao tem out remédio. Quem € que ainda acredita nos médicos? Prefiro 0 poet que € um peido dentro duma maquina a vapor — é brando mas chora — educado e semi-pederasta, vai nadando. Estou-me com} ‘mente nas tintas para 0s dois. E um acaso (que mio € necessério) qu © primeiro seja alemao € 0 segundo espanhol. Longe de nés, realmes te, a ideia de descobrir a teoria da probabilidade das ragas e o epi tolirio aperfeigoado da amargura, 2 , 5 Hé quem encare um aniquilamento (sempre iminente) da arte. Aqui, ‘0 que querem é uma arte mais arte. A higiene torna-se pureza meu- meudeus.. lavras? Desde quando é que ‘que 0 drgio que as emite © grande segredo € este: iT © pensamento faz-se na boca 10 a achar-me muito simpético. Erros cometeramse sempre, mas os maiores erros sio os poemas qi oa ™ se escreveram. A tagarelice tem uma s6 razdo de ser: 0 rejuveness mento ¢ a manutencéo das tradigdes da biblia. A tagarclice €incen vada pela direcgao geal dos corrios que, a dda pela tabaqueira, pelas companhize de hi pelas empresas funeraras, pela f relice € incentivada pela eultura das familias. & 4a pela esmola papal. Cada gota de saliva que g 38 ‘Tristan Teara tum grande fildsofo canadiano: A pensamento ¢ a passado sio ambém muito simpaticos. Pensa, quer © deja pens a My vi Um amigo meu, que € demasiado bo u 7 1m amigo me te, diame um dia deste YP Mh seri, NAO E MAIS QUE A mi = MANEIRADESEDZER SS. Eqyp ne DEPEIE DA FORUA Qu ED Respond 10. muito I6gico, demasiado légico. ii es Wgico. 0 mimero que eu digo-vos a I TENS RAZAO ct, PORQUE ESTOU PERSUADIDO DO ss" pesiner’ NAO TEMOS cee coos. OUTRO vil ‘ow seja, de olhos fechados, Dada coloca antes da aegio & tudor A Dilvida, DADA duvida de tudo, Dada ¢ tatu. Tudo jada, Desconfiem de Dada “certa” profundidade. Mantenho todas as convengées — supti seria riar outras, coisa que nos complicaria a vida duma maneit dadeiramente repugnante Deixariamos de saber 0 que € chic: gostar dos filhos do pri do segundo casamento. O “ 1 selfeleptomania, o estado normal anti-dadaismo € uma doenga: do homem € DADA. Mas os verdadeiros dadas sio contra DADA. selfcteptémano. trovoada e de reconhecida utilidade piblica. Hé um facto conl proprio, na sua vontade jaad sy interesse ji nao se encontram dadaistas senio na Academia francesa. Contudo: sat aidade é um clepismano. Roube-se # acho-me muito simpatico, tos pareoer os caraceres que o aastam ‘comunidade jo: Par 41 Tristan Tzat} 40 Os burgueses parecem-se ut INS COM 0S outros — sig "dos igus Ix — 0 mais facil ¢ me bar — o rout Tuo. ee mens perio € ours vw pt rut pobres Os pobres slo contra DADA. Tes Proprio, Sig yl? yue explicarm® PO & ees s cérebros. Nunca hdo-de chegar ‘m C ito qe ne soas 4 rabalham-se — enganam-se a si mesmos — reaps bl pote, Pobre. O5 pobre tao Os ee uem & contra cd comigo, disses ga om iO dadaista, Anne pte em pessoa. homens alee ‘outros. depois de ter wa tinta, cheio yuido negro com mat ique esti a chocar Gomini Dada. Desconfiem! E lembremsse deste srenca: me 2 guhado a cane! Para f pRETENSOES ‘ara fazer um poema dadaista. manfestam so formas to diversas como iMpeysas aplcé- aque $e amis formas de actividade, do estado ide espirito ¢ do estado Pegue num jornal. Pegue numa tesoura. * eheio de- cha moa am rio eek tama pn di 1 poema. Recorte 0 artigo. AMBIGOES Recorte seguidamente com cuidado as palavras que formam 0 an no mostrador da vida, no lugar aque chegou neste Pe: mmeta-as num saco es ae de progredir em ascengio usériae dca em SPE 2 ise oe gu apenas cnt na sin neurastena: eo chlo de Agite com cuidado. Seguidamente, retire os recortes um por um. Copie conscienciosamente ORGULHO segundo a ordem pela qual foram saindo do saco. maior, mais forte, mais profundo que todos, mist efades: um grande homem, um pequeno, fort, Facoy Po” poems parecer sed consign vyocé tornou-se um escritor infinitamente ori ini ignal € duma sensii dade encantadora, ainda que incompreendida pelo vulgo * fundo, superficial. € por isso que vocés hio-de morrer todos Hi quem tenha antedatado os seus manifesios Po, fazer erer que te via sua propria grandeza. Meus yuco mais cedo ideia S depois, passado futuro, 98078 j-de morrer ‘ dada € mau, ama poesia, dada é um espiito, dada € tem, Exemplo: quando os cies atravessm os ares dentro dum diamante como aie spi mein n+ hor opr dep meu) | nha tido um pot nveniene sequdomente quadros /apreciar 0 sonho époss & | caros confrades: antes géero obscure / grup. € por isso que voces hi Py Hé quem tenha dito: dad 160 ies sobre um mons dada é uma religiao, dada é eee a Fis 0 adeptos em néo nos colocado no me tico, dada é uma magia, cones? a eee erguniar reunidos qua ;; bom mau, religido poesia. espirito cepticismo, Sg et cL ae cc Se, ioe more 42 © grande mistério € um segredo, ms nhcem. Nune dio 0 gue € dada, Pas yo PN Se CC aC ee dada é a ditadura do ° se, dada 6a ou entdo dada € 2 morte do es (© que hé-de agradar a muitos dos meus amigos. Ami ios itadura da linguagem, x Nao hi divida de que, depois de Gambetta, da guerr “ o caso Steinheil, a inteligencia se encontra na rouse um tipo completo, normal. O que nos interesse, 0 que é raro porque tem as anomalias dum ser preci frescura e a liberdade dos grandes antihomens, € ro cramtre no saloon de massachussetso DOME 0 IDIOTA Dada trabalha com todas as suas forgas no sentido da insta ‘iota por toda a parte. Mas conscientemente. E le déncia a tornar-se cada vez m rece com as derrotas da inteligéncia. Dada é, an mas cobarde como um cio raivoso, no conhece método nem exes) persuasivo. MW falta de jarreteiras que faz.com que se agache sistematice™ ‘corda-nos a famosa falta de sistema que no fundo nunca eX ora ele foi posta a circular por uma lavadeira ao fondo dF pectiva pésina, a pagina foi levada a0 pais bérbaro em que cS cobs fazem de sandwichmen da natureza cordial Quem me contou isto foi um relojociro seringa a que chamava, numa caracte quentes, fleugmatica e insinuante. ago do tem te efemiaino © 2 mad i denna MEE pe nos Se moa natn seam 30 de we do Romemoreda acc aces xt DADA é um micro Dada ¢ contra a vida € Date jo das ideias sociedade andnima para 2 €xploragie ane) © Dada tem 391 atitudes € cores diferent i A oe ama — di SN ‘Transforma-se — afrms = nha importéncia — Dada € 0 camaleso d2 roan 0 Pace contra 0 futuro. Dads Dada néo € uma eso! sprtan Tzara 45 tinha na mao uma svat fea recordagio dos xL Dada um cdo — um compasso — a argila abdominal — nem nove rem japonesa nua — gazmetro dos sentimentos as bolas — Dada ¢ brutal ¢ nao faz propaganda — Dada transformagio transparente sem esforgo © girat 44 ee xIv Maguithar a vida no bindeulo — ma borboletas, — € esta a vida das eriadas ge atits — A rade de guano ta fa Deitar-se sobre @ navatha da barba e em cima d, viajar de barémetro — mijar como um cartucho. UBe® M0 cg _ se tomar duches de minutos santos — ebay timo — gitar o conto dagil qu 6 ums ae Sean Sio € a casa de banho de Deus que todos os dias tons ttt, ‘nds acompanhado pel vretretes — € esta a vida don ra ba) dada, tar toda a gente — morrer no ea 2 tin ea € pela pintura — berrar nas manifeeage ida dos homens nao Ser inteligente — res ra — subscrever respeito pela ni dada, — é esta a xv DADA nao é uma doutrina para ser posta em priti tum negécio que corre bem, — Dada contrdi rio vive agarrado a0 colehdo. Deus-nosso-senhor i universal, €€ por isso que ninguém o leva a sério. Umi utopia, Deus pode dar-se a0 luxo de nao ser bem sucedido: Date também. E por isso que os criticos dizem: Dada é um luxo ou Daia io: Deus, Dada ou o critico? = "Voce desvia-se™, diz-me um sim 7 —Olhe que ndo, de modo algum! $6 queria chegar & conclusi: subserevam Dada, 0 nico empréstimo que nao dé lucro nenhum, ico leitor. 46 xvi viva viva uiva uiva uiva uiva viva viva uiva va uiva ui uiva uiva viva viva viva eh viva tiva viva viva viva uiva viva viva viva uiva viva ‘a uiva viva uiva uiva uiva viva uiva viva uiva iva uiva uiva uiva uiva uiva uiva uiva viva uiva iva uiva uiva tiva uiva uiva uiva uiva viva viva wiv uiva uiva uiva fa uiva uiva uiva uiva uiva uiva uiva uiva uiva viva viva fa viva uiva uiva uiva uiva uiva viva uiva viva uiva uiva uiva uiva uiva uiva uiva uiva uiva viva uiva uiva uiva uiva fa uiva uiva uiva uiva uiva uiva uiva uiva uiva uiva viva ‘iva uiva uiva uiva uiva uiva uiva uiva uiva uiva viva uiva viva uiva viva uiva uiva viva uiva uiva viva uiva uiva uiva viva uiva viva viva uiva uiva uiva viva uiva uiva uiva uiva uiva uiva uiva viva uiva tiva iva uiva uiva uiva uiva uiva uiva viva uiva uiva wiva uiva viva ‘Quem se continua a achar muito simpaitico Tristan Tzara 47 ANEXO COMO ME TORNEI ENCANTADOR 'SIMPATICO E DELICIOSO Durmo muito tarde, Suicido-me a 65%. A vida fica-me muito barat para mim nfo & mais que uns 30% da vida. A minha vida ter 30% parvida, Faltam-lhe 0s bragos, umas guitas ¢ alguns botdes. 5% sio Consagrados a um estado de estupor semi-ticido acompanhado, por ‘repitagdes anémicas, Estes 5% chamam-se DADA. Portato a vids ¢ burata, A morte é um bocadinho mais cara. Mas a vida é encantadora te também € encantadora. ‘Aqui ha dias, estava numa reunido de imbecis, Havia muita gente, Toda a gente era encantadora, Tristan Tza ., dava uma conf "encantador. Toda a gente é s ndo €? Als, toda a gente € E encantador, néo €? Nao, nio é fa, Nem sequer ver na Lista. Mas deliciosa. 9 graus abaixo de ze encantador. Deus nao esté a al 1s condes, 08 principes, 08 misicos, 0s es ecritoes, 08 diplomatas, os directores, os ‘c princesas ¢ as baronesas, ¢ tudo encantar todos vos, so ecantadores, mito fee, esis ¢ tr diz: gostava bastante de fazer outra coisa, 49 Taara quem vos 5% ba ze. 1Jobo a”? pee _ opts a7 Tag 279 Too oe a T2916 prefere continuar a sei idiota, um farsante € um aldrabio. 1 que dada é apenas uma divindade de segunda ordem. que ser simplesmente colocada ao lado das outras formas do nov -s de interregno. simples ou é dada? simpatic. Tristan Teara 50 ‘SLOGISMO COLONIAL, $6 DADA vos pode fazer escapar Basta de bébados! Basta de aeroplanos! Basta de vigor! Basta de vias urinarias! Basta de enigmas! —— YV. deve-me: FR. 943.50 ” PASTICHE = SANDWICHE DE PASTA DE PATO PASTICHE CHE MANIFESTO DADA SI DADA I Nenhuma sandwiche & completa! Nenhum pato no martirio dos hospitais! Hide desculpar-me — justifieacdo, claro esd, auto tenho ouvido dizer frequéncia crescente que @ au tts — mas tenho pouco tempo para isto, Lerlvoliar-a-escreverita mudearlescrever manifestos — além disso jé se ndo usa — a segunc ‘guerra mundial acabou com um tas de choses. E 0 que néo acabou devia ter acabado. Tal como acontece que apareca sempre mais um, 86, sO, capaz de dizer em jeito de auto-citacéo (também retrato, justifi- cagdo) que chegou a de voltar a escrevé-los. Tartamudear é que no porque ¢ palavra caida em desuso. Tendo pouco tempo ¢ porque lids me acho pouco/muito/bastante/desbastante simpético/ndo patico sempre vos digo que ando pardalantemente as vezes outras ndo ouiras Com saboraso lan, ah sim, ene o fe € a pin. Como clulam tenko muito que repararme para ser digerido. ‘Quanta ao ma gosto, fagem favor, por min simpsticon reno um no saco o\metojuntamente com 0 bom. E 0 gat. E a plinha do pate. Pato ero ants, 0 ant pric das capa er = palavras, pala nem em as vezes 00 dia a eae ete ambim aluns ese. A casual ince pepo. tomase um pao, dois, 08 pales todos, se 35 f linex bem ao centro, se possive I €obtemese um ensaio Hi ven rete to para a perspicicia que € uma esptce de imunoacfn cn quirida e dird: este ensaio tem um fundo Quégud. ‘sencia ad E porque Trista Whdsofo, era pato vogava cl ess or vedo sans obs ne ico rapavam todos da 1as de filmar enquanto 0 pato-pato se ia afastando e7 dg te — de comboio. un 'm directo ao ny No final devas sesSes€ costume virarem-se uns para ot ours gremente Quéqua. Grater ant-ardologisa sabe que concordar& uma donga do fo. Como desempenho menos mal ~ e muito simpatcanene vez com imenso charmelcacadeira — 0 papel de banqueiro da ling ‘gem pagina tal ¢ tal, ndo concordo nada/tudolrapa com 0 pato, Na ‘concordar € outra doenca do cora¢do mas mais perigosa porque tan bem é uma doenga do gosto. Concordo que sou bandide (channel ‘gadeira) as vezes quando acabo a frase pensada, pagina tal ¢ no ‘Mas com 0 banditismo do pato-pato ou do pato-pato-pato podem el bem — os médicos, os filhdsofos, os pintores, os jornalistas, outra vez, 6s jomlises, 08 psiedlogos, oda a gente, sobreudo ese, cs simp tor burgess indo hd. Chegou, pos, 0 momento de neocon tna. Vivam as Brizadas Pink da neoconsruto! Vian as empresas de segurangae at Pop Fores do btimen a Professors patsbravos de todos of pases, univa Fea asim! (esa palavra de ordem dos nosso, 0 patos posal Mas hé mas, apear da faa de tempo, porque comnuo a acarme iso que vots fi sabem. ul Sobre a estrutura do pato ha que dizer transformacio. lar de mini-fest dego), em que nao hi outra pretensao que ndo seja a da descobert bom lembrar estas coisas) do meio para curar inst sibilina Invertda Dadaistico ~ Atética (doenga mortal do esprito das ‘modistas ¢ depiladoras), poltica, artista, lierdria e anti-filhosdfic. Pode ser doce, pachorreni, sobretudo patusco, tem quase sempre wm ‘quase total fala de pretensdo e uma travessa de ervilhas; & forte, 36 tm tum olko e fica assim, quase (voz off: quéqud). 56 * a oo, et fe eA atm cot des, 04 cm ae para 05 er ane Potato nao reno tempo. Tim mio ome €0 Je. pockors 1) . IMI. pato-paio-pato 37 INDICE 1. Manifesto do Senhor antipyrina 11. Manifesto Dada 1918 21, Proclamagéo sem pretensio 25. Manifesto do Senhor AA o antifilésofo 29, Tristan Tzara 33. O Senhor AA o antifildsofo envia-nos este manifesto 37, Dada manifesto sobre 0 amor débil ¢ o amor amargo 49, Anexo. Como me tornei encantador simpético € delicioso 51. Silogismo colonial 55. Pastiche

You might also like