Lei N - 15 2011 PDF

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Quarta-felra, 10 de Agosto de 2011 I SERIE — Numero 32 BOLETIM DA REPUBLICA PUBLICAGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE MOGAMBIQUE IMPRENSA NACIONAL DE MOGAMBIQUE, E.P. AVIS ‘A matéria a publiear no «Bolatim da Ropdblicar deve ‘ser remetida om cépia devidamente eutenticade, uma or cede assunto, donde consto, além das indicagéos. necessérlas para esse efelto, 0 averbamento seguinto, essinado © autenticado: Para publlcagto no «Boletim da Repiiblican, SUMARIO Assombieia da Ropdblica: bein taz01t: Regula formagio ds vontade da Adminisaslo Piblica, estabelece as normas de defesa dos dcios¢interesses dos paniculares, erevoga a refoma Adminisiatva Ulramarina (RAU) € 0 Decreto-Lel n* 23228, de 15 de Novemixo de 1983, tein 16720111 Estabelece as norma orentedors do processo de contratagio, implements oe monitoria de empreendimentos de parceras pablo evades, de projects de grande dimers ede con- ‘esses empresaras, e evogaalgumas dspstsbes da Ll de lectickdde (Ll n* 2197, de I de Ouub). Laine senor: stabeleeeabasejuricaparaaprossecuto,defes prtecsSo dos diets e devers do veteran da Luna de Libertagio No- clonal e do Combsenie de Defesada Soberania eda Demo- crocs erevoga aLei n? 3/2002 de 17 de Janeen, Lelne sz ott: Regcos cass lermos da eectivagi da exrdigo. ‘Banco de Mogambique: ‘Aviso n2 AIGBINV2O11: ‘Ainente 25 fontes de allmentgo des contas em moeda ASSEMBLEIA DA REPUBLICA Lelns 14/2011 do 10 doAgosto Havendo necessidade de consolidar 0 quadro juridico 4o procedimento: administrativo, através ds adequagto dos insteumentos legeis vigentes as exigéneias actuais de racionatizagdo, de maior participag2o'dos administrades 20 processo detomada dedecisto, de aprofndamento das garanias dos particulares face &actuasSo de Administragto Pabica e de transpartnclad aegfo administrative, nos termos dane r) do 1n?2do artigo 179 da Consituigdo, a Assemblcia da Repibiica carfruLor Disposigdee gerale ‘Antico 1 (Cottntgo0s) Os termos usados na presente Lei constam do Glossésio, em sanexo, que dela faz porte integronte. ‘Annigo2 (Objecto) presente Later pprabecto epuler formagio de onde {8 Adminisuagio Pblien cesibelecer 8 nara e deer dos Alceitos nesses dgs particulars Armin, ‘mbto de epticsgto) 1,.A presente Lel aplica-se aos Grgfos ¢ instituigdes ‘da Administragio Pablica que, no exereiclo da actividade adminisirativa de gestio pibica, estabelesam relagbes com os sdministrados, bem como aos actos em matéria administat praticados pelos drgios do Estado que, embora nie i na Administragto Pablica, exergam fungGes materialmente ade . 2. Batali 6 ainda oplicivel aos actos pratieados por entidades ceoncessionsties, no exerciclo de poderes de autoridade. 3.0s preceitos desta Lei podem ser mandados apicar por fet € actuagto dos Grgfos das instituigdes particulares de interesse piblico. 4.0 prinefpios goris da actividade administativa defnidos na presente Lei aplicam-se a foda a actuagio de Administragto, ‘mesmo que seja de naturezatéenicn ou de gestdo privada. 5. As notmas desta Lel relatives organizagao e& actividade adinlnisifativa aplleam-ses todas as actuagoes da Administagto ‘no Ambito da gestdo pabica 6. Os proceltos da presente Lel aplicam-se subsidariamente ‘a procedimentos especisis, sempre que nfo impliquem redugto ‘das garantias dos administados. 310 Recurso contencloso- impugnagio juisdicional de um acto administrtivo arguido de vcio determinante da sux nulidae, anvlabilidade ou inexisigncia jucaica, Reeurso de revsio- impugnasio de um acto administrative ‘quando se verham a verificar factos supervenientes ou surjam meios de prove susceptfveis de demonstar a inexisténcia ou ‘inexact de factos que influtam na decisto, Reeutso hlerérqulco ou gractaso - meio de impugnag fo de ‘um acto administrativo preticado por um suballerno, perante 0 respectivo superior hierérquico,a fim de obtersrevogaglo ou a substtuigGo do acto recorrido, |. Recurso blerrquleo Impréprie - meio de impugnagio de ‘um aeto administrativo praticado por um érgto de cena pessoa colectivapiblica perante outro 6rgio da mesma pessoa colectiva «que, nfo sendo superior do prmeiro, exerg sobre cle poderes de supervisio. Recurso tutelar-impugnagdo de um acto adminstraivo ou decisto de um drgho de Administragio Péblica de uma entidade autGnoma, nomeadsmente de uma autargua loeal perante 0 Gigi responsivel pela tutela administrative dessa entidade sutdnoma Reforma - gto admnisrativo pelo qual se conserva de om ‘cto anterior a parte nko afectada de ilegalidade, Regime uric -conjuntodeprinefpos,regras formalidades cssenciais que. devem ser observados na prossecugto de um Aetermlnado Interessepblico ou dirt ReptistInagao - renascimento de uma lei ou wma norma Juridica reyogadas como efeito directo enecessério da revogasHio ‘ou da eadueldade da lel ou norma que a revoga T ‘Termo ow prazo - clfusula acesséria tipica em que a Tei {determina o perfodo de tempo em que © acto ou contrato podem produzir os seus efeitos, ‘Titulares - todos aquctes que, nos, termos da lei, podem dispor ou exercer as suas fungBes, por serem detentores de um delerminado cargo. i Usurpagio de poderes- traduz-seno facto de uma utoridade adinistiative praticar um acto que cabe nas atribuigSes (fins) «dos gos juticisis ou de um Grgio legislative. Lotn. 15/2011 do 10.de Agosto Havendo necessidade de estabelocer um quadro legal que propicie, por um lado, um maior envolvimento de parceiros ¢ investidores privados na prossecusto de parcerias pblico- -privadas, proectosde grande dimensioe concessbes empresariais ‘2, por outro lado, uma maior eficiéneia, efiedcia ¢ qualidade na exploragfo de recursos ¢ outros bens patrimoniais nacionas, ‘bem como a provisto eficlente de bons ¢ servigos A sociedade & 1 parti, com equidade, dos respectivos beneficigs, a0 abrigo dodispostonons I doartigo 179 da Consttuigdo, a Assembleia da Repablice determir caPituLor Dispostpoes era ARTIGO 1 (etinigdes) [As definigdes dos termos usados constam do glossério em anexo, que € pare ntegrante da presente Lei. LSERIE — NOMERO 32 ‘Anrico2 (Oblecto) 1. A presente Lei tem por objectoastabelecer as normas corientadoras do processo de contratasfo, implomenteszo monioria de cmpresndimentos de parcerias piblico-privadas, 4e projectos de grande diménsto de concessdes empresas 2. Para efeitos da presente Li, const 1) pareeriapiblica- privad,abreviadamenidesignad por ‘PPP, empreendimento em éree de dominio piblico, ‘xcluindoo de recursos mineraise petrolifres.cuem fea de prestagio de servigo pico, no qui, mediante contratoe sob financiamento 0 todo ou em parte, do parcel prvado, este se obrige,perante o pareiro ppblio, a eallzao nvestimentonevessrioe explrar 2 respectva aetividade, para a provsio ficiente de serviosou bens que compete ao Estado givanirasua seeesbetia por aval, fianga ou garnet pr émtidade de reconhecia idoneldade eeapacidade fnanceira ou pela empresa-mbe, mediante acordo entre as patescontratntes oconsentimenioexpressoeacitagiopelaentdaderesponstvel peta tla fnaecira 3.0 dsposto no nimero anterior nose apie acasos em que a egishgdo sectoral espeticapreveja a exigéacn de gaa similar para 05 mesmios efeitos dos preconizados no presente antigo. ‘AxriG020 (Gorantas tinencoies concodivels « empraendimentos) 1. Tratando-se de empreendimento de PPP estratégico ou de interesse s6cio-econdmico especial para o Pals, e que nto sefa Financeiramente viivel po si proprio e devao Estado contribuir para a sua viabilizaglo econémico-financeira, a entidade ‘esponstvel pela tutta financeira pode, mediante autoricagio cexpressa do Governo: ‘@) comparticipar no seu financiamento ou prestar 0 emproendimento para 6 efeito lar o acess0 a garantias para financlamentos solieltados junto de insttuigdes mutiaterais ov governments; on ¢) conceder subsidio ou compensagiio pela prestaglo dos: seu sevigos on venda de produits a preg arias acminstatvamentefxados abaxo.u 8 tangete do seu custo reel 2.0 Governodeven claboragio do Cenio Fiscal de Mao Prazo cer cade propose anal do Orgamento do Estado: clinsereveraverbadetinadaa garni sta comparticipagto 1s investimentos de empreendimentos de PPP fem que a intervengdo directa do Estado se moste inprescindtvel, relevante ou estrategleamente comenient; ‘by prverorgamenia, em eros de valores desagre gos globais, af rexponsabilidades assumdas para compensaglo ou subsidio pelo Estado ov conoessfo ow afelidades finaneciras para Jevando-as em conia na anélise da sustentabilidade, dadfvide pablica, ‘Antigo21 (Conieno) 1. A outorga do emprezndimento de PPP reveste uma des sequins modalidades conratuss: esirutiras e bens patrimoniais do Estado ov oulra entidade piblica objéeto de eessto para exploragto. ‘Cessiodagestdo- modalidade de PPP on CE que consiste no regime jurdico- legal de cedéncia (por contrato de gest) dos direitos de pesto e manutengdo corente de infra - estruturas e tons patrimoniais do Estadooou ours enidade public objecto de cessto para gesido. ‘Contratado - a pessoa singular ou coestiva, com a qual 0 parcero pico celebra ocontrato relative ao empreendimento de PPP ou CE, aavés do qual aquela adgulte do parelro pblico a mio ou longo razoe notodoou em perteeonsoane 8 modslidade contratualadoplads, 0s direltos de concepsto, criagdo, reabilitago, desenvolvimento, uso, explrag, gestio € manwtengo, numa base empresa, de inf - estrtures 0x ‘outros bens patrimonisis ou recursos pertencentes. ao Estado ou ‘alguma enidade pica. ‘Contratante Bstado ou aentidade pablice que celebra com © paecio privado 0 contro relatvo a0 empreendimento do PEP ou de CE, através do qual ele cede ao pureiro privado, 1 médio ou longo prazo, total ou parealmente, consoante & tmodalidade contratual adoptada, 05 direitos de concepgl0, ting, reabiliagto, desenvolvimento, uso, explorgto, gestio {© manutengZo, ma tase empresa de infra - esirtuas ou ‘outros bons pairimoniais ou recurso pertencenies a0 Esiado 0x 2 algumaenlidade pica. ‘Contato -instrunientojudico através do qual ocontatante ‘20 contralado formalizam a cedéncia contrat, no todo ox em parte consoanto a modalidade contatua adoptada, dos direitos 4e concepsto, eregdo,reabilitagto, desenv6lvimento, us, exploregio, gestdo ¢ manutengZo, numa base erpresaral, d€ inf estrturse bens patrimonisis prtencentes to Estado ou ‘outraenldade pbica, DUAT titulo de concessio de Direito de Usoe Aproveitamento «da Terra cedida para o cmpreendimento de PPP a titulo de activo undiério de propriedade exclusiva do Estado, emitido pela ‘entidade competente nos termos da Lel da Terra e respect rogulamentagio. E _Empreendimento- glatalidde de tod o proceso ou ciclo de uma PPP, PCD ou CB o rexpectiva slividads do nature ‘econdmica ou social, orientada para a produgto ou provisiio de ‘bens ou servigos para a satlsfagio de necessidades colectivas, objecto de coniratagao entre 0 contratante ¢ 0 contratado, numa ds modaleesconattaisprovistas na presente Le. ‘ndade Implementadora do emprecndimento -elidade §jileo legs, existent on especialmente criada, responstvel ‘pela implementacdo e prossecuio do empreendiments de PPP, POD ou ce. Estado - Estado de Repiblica de Mosamblque. 1 SERIE —NOMERO 32 F Finanelador - entidade que, na qualidade de mutuante, sisponibitiza parte ou a totalidade dos recursos financeiros ou as ‘arantins que possbiltem 0 atzsso a obtengao de tas recursos, necessérios reallagio dos investimentos e desenvolvimento de actividades do empreerdimento de PPP, PGD ou CE. 6 Governo - Governo da Repiblica de Mogambique ou 0 ‘Consethode Ministrs, nos termos do artigo 200 da Constitigdo daRepiblica, 1 Investidor - pessoa colectiva ou singular es6cia ou accionsta nasociedade concessionrin queaplica osseus crits ououtos seus activos para realizagio do enipreendimentode PPP, POD ou CE, observando as disposes relevantes da presente Lei, da fegislagto sectoral espectica © demais legislagao vigente aplicével. J Tosto valor dos activos ces - valor de custo de mercado ‘dos bens patrimoniais,estudos, mapas « demais documentago ‘ou materiale resultados de levanlamentos, de pesquisa © de prospees2o cedidas a0 empreendimento ou ao contrlado, nos termos econdigdes acordados no respectivo contrat, ineluindo, nos easos aplicsveis, o DUAT representativo da tera cedids para o empreendimeno de PPP a titulo de activo fundirio de ‘ropriedade exclusiva do Este. Pp Pareciro privado - pessoa colectiva ou singular que seja agente econsmico do sector privado e contratado pelo Estado ‘ou ulro parceio piblico, responsablizando-se pela garanta da realizagto, explorago, esto manitengodo empreendimento ‘de PPP ou CE, nos termos ¢ condigaes do respecivo contrat, Parceiro paiblico - Estado ou outra entidade pibica ou ‘Autarquia que seja a parte contratante, ne contratagdo Jo ‘empreendimento de PPP. Partes contratantes—o contratane ¢ocontatado. Prajufzas extraordindrlas - perdas ou prejuzos decardcier econrente verificfveis 0 longo de um minimo de rs exerctcios ceondimicas sucessivos ¢ decorrentes de factores de mercado ‘excigenos empresa e A capactdade da sua gesido ¢euja mécia nal em cada tignioredza, em percentagern contratualmente estipulada, 0s niveis igualmente aeordados de retorno do investimento realizado. R Risco - possbilidade de ocorténeia de um ou mais eventos. ccujo impacto seja adverso ou nogativo nas previsbes econémico- -financeiras programadas. de queresultem prejutzs fnanceiros ‘efoueconémicos para oempreendimento ou para alguna ou mais partes conizatantes © contralads, envolvidas ou intervenientes ‘esseempreendimento, Saber fazer -capacidade téico- profissinal ouempresaril

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