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DECBHOSH Esha KCL herad Lh abe K COP Solazta eater 2 LF Tan atl teal a Pont ohio” @) Equibilus che pronto youd Zeyantitaie oe OPS A eco @) (hice lomo 6) fforw polia teks am v9 (6) Droprommas Oe Epery potrctouk, earn HOD Mp plone pala fice, # NaVEM now ok pee pornwanre ON aan 1.1 - Introdugao Sendo matéria tudo 0 que ocupa lugar no espago, define-se particula como uma im ser consideradas tio pequenas quanto se quantidade de matéria cujas dimensdes poss Gueira, sendo ento referida como ponto material. B define % tome ‘como um conjunto de eeetas particulas. O estudo do comportamento de partfculas ¢ de corpos sob acio de forgas é 0 que se denomina Mecanica.' Sir Isaac Newton (1642-1727) apresentou em 1687, na obra conhecida como Principia e mostrada na Figura 1.1, quatro axiomas que fundamentam 2 Mecanica, a saber: Todo corpo permanece em estado de repouso, ou em movimento retilineo uniforme, a menos que seja forcado a modificar 0 seu estado devido a aplicagao de forca, vonhecido como primeira lei de Newton ou prinefpio da inércia. A alteragao do movimento de um corpo é sempre proporcional a forga aplicada e corre na diregio dessa forga, conhecido como segunda lei de Newton, ~ A toda agdo corresponde uma reagio igual e contrdria, conhecido como tereeira Jei de Newton ou princfpio da ago ¢ reagao. Matéria atrai matéria na razio direta de suas massas ¢ na raziio inversa do quadrado da distancia entre elas, connecido como lei da atragio universal. ‘Anteriormente a Newton, acreditavarse, sem maiores esclarecimenios, 1% os “corpos pesados” tivessem propensio para cair com aceleragso constante, assim como nao cram compreensiveis as 6rbitas planetérias. Newton expos realidade dos fatos. Nese cat do é famosa a est6ria de que Newton, ao observar a queda de ume ‘magi aos 23 anos, ser teria tido 0 lampejo para formular lei da atraglo universal, Com e858 lei nfo 56 explicou como as matérias se atraem, como também conciuiu que a forga da gravidade terrestre, atuando como forga centrfpeta, mantém a Tua “presa”” em 6rbita em tomo da Terra de maneira a impedir que ela continve em movimento de tansiagdo pelo espago. E com racioofnio semelhante explicou os movimentos dos planetas, dos cometas e das marés. Para facilitar 0 estudo da Mecinica, esta ciéncia é dividida em: - 4 festatica mecfinica dos corpos rigidos |" dinamica mecénica dos corpos deformaveis . incompressiveis mecénica dos flufdos ed [compresiveis Em um corpo rigido, supde-se que as particulas tenham posigdes relativas fixas entre si, de maneira que 0 corpo niio sofra alteragdo de dimensées e nem de forma, quando submetido a forgas. E no estudo de um corpo rfgido em que nao sejam relevantes as suas dimensdes para bem caracterizar posigio e/ou movimento, € pritico associar esse corpo a uum ponto material de massa igual a do corpo. Esse € 0 caso de um corpo sob a ago de forga aplicada em seu centro de massa. Em um corpo deformével, as posigées relatvas das partfculas alteram-se em fungig das forgas que Ihe so aplicadas e de propriedades da matéria constituinte do mesmo.” Contudo, a configurago deformada de um corpo costuma ser muito préxima da configuragio original nfo deformada, no afetando em termos priticos 0 efeito mactosc6pico das forgas aplicadas, justificando a idealizagio em corpo rigido. A primeira e a terceira leis de Newton fundamentam a Estdtica, que é a parte da MecAnica que estuda os corpos rigidos sob a agio de forcas equilibradas, isto é, corpos em repouso e em movimento uniforme, embora essa denominagio seja freqiientemente utilizada em referéncia ao estudo dos corpos em repouso. E a segunda lei de Newton, além de necesséria 2 definigio de forga quando se escolhe massa como uma das grandezas de base, fundamenta a Dindmica, que é a parte da MecAnica que trata das relagGes entre ‘as forgas e os movimentos que elas produzem. Além disso, a lei da atragdo universal & necessdria A definigdo do peso dos corpos, que ¢ uma das forgas de maior destaque. ‘A Mecanica baseada nos axiomas de Newton, ou mecéinica cldssica, € aproximada por admitir massa, tempo ¢ espago como grandezas absolutas’, além de considerar a matéria como um continuo. Verifica-se, contudo, que em velocidades muito menores do que a yelocidade da luz e com distancias pequenas em comparagio com a dimensio da Terra, como na grande maioria dos problemas de engenharia, essa ciéncia conduz a resultados ‘muito bons, comparando com resultados experimentais. Com isso, essa é a Mecdnica que rege as atividades do dia-a-dia, como, por exemplo, quando se caminha, levanta um objeto, empurra um carro ete. E embora suas leis tenham sido formuladas no final do século XVI, constituem a base da moderna engenharia de estruturas, sendo este livro parte introdut6ria. ‘As Estruturas sio sistemas fisicos constituidos de corpos ou componentes interligados, capazes de receber e transmitir esforgos.’ Esses componentes necessitam ser dimensionados de maneira a resistir, sem se romper, ao seu proprio peso ¢ As forgas que Ihe sio transmitidas, além de terem rigidez suficiente para nfo apresentarem deformagoes excessivas que venham a prejudicar 0 uso e a estética das estruturas. A laje de um edificio, por exemplo, além de resistir ao peso. proprio ¢ as forgas verticais que lhe sto aplicadas pelos elementos posicionados sobre a mesma, deve apresentar flecha maxima de valor reduzido a fim de nio afetar a sua utilidade como um componente plano horizontal. E uma escada ou uma passarela, além de resistir ao préprio peso e ao peso dos pedestres, ndo deve vir a ter vibragdes que causem desconforto aos seus usuarios. A verificagio do dimensionamento de cada componente de uma estrutura se faz a partir do conhecimento de seus esforgos internos, cuja determinagio € levada a efeito matematicamente no que se denomina Andlise de Estruturas. Essa anélise constitui grande parte da formagio do engenheiro ¢ um dos conteddos programéticos mais fascinantes ¢ desafiadores ao intelecto do estudante. Por sua grande amplitude, essa area de conhecimento compartimentada em disciplinas ao longo de praticamente todo o curso de engenharia, o que dificulta a percepgio da integragfio de suas diversas partes. Contudo, ao iniciar este estudo, é importante para ter motivagdo que se entenda a utilidade € a complementaridade de suas disciplinas, como descrito a seguir. No que se refere & Engenha que € a da formagio deste autor, essa andlise costuma ser dividida em disciplinas de acordo com 0 esquema mostrado na Figura 1.2, cujos nomes utilizados nio sio Gnicos e podem dizer respeito a mais de uma disciplina, com limites que em varios aspectos interpenetram-se. E para a compreensio do contexto em que se insere a Andlise de Estruturas, estio indicadas, dentro de retangulos em tracejado, as disciplinas mais intimamente ligadas a essa andlise. Figura 1 — Divisdo da Andlise de Estruturas em disciplinas. Em descrigfo da figura anterior, a Andlise de Estruturas fundamenta-se em princfpios da estitica dos corpos rigidos que constituem parte do contetido programitico da disciplina Mecdnica. Com esses princfpios, na Estdtica das Estruturas sio determinados esforcos reativos e esforcos solicitantes internos em estruturas compostas por barras e em cujas andlises sejam suficientes as equacdes de equilibrio da estética. Essas so as. denominadas estruturas isostdticas. Assim, enquanto a Estitica trata dos corpos rigidos em equilibrio, a Estdtica das Estruturas estuda as estruturas isostiticas. Em seqlléncia, a disciplina Resisténcia dos Materiais trata do comportamento das barras, no que se refere & determinagio de tensdes ¢ deformagées nas mesmas, além da verificagio do dimensionamento de estruturas simples. A seguir, a disciplina Hiperestatica é a parte da Andlise de Estruturas que, através de procedimentos simplificados de reduzido volume de céleulo, determina deslocamentos, esforgos reativos e esforgos internos em estruturas constitufdas de barras e em cujas anilises no sejam suficientes as equagoes de equilibrio da estatica, fazendo-se necessério levar em conta a deformagio das barras. Essas stio as chamadas estruturas hiperestdticas. Assim, a diferenga entre essa disciplina ¢ a que the precede é que a primeira esté focada nas barras, enquanto a segunda esta focada nas estruturas hiperestéticas. Continuando a descrigdo do esquema apresentado na figura anterior, na disciplina Andlise Matricial de Estruturas determinam-se, com formulagio matricial, deslocamentos, esforgos reativos e esforcos solicitantes internos de estruturas constituidas de barras. Pode parecer que essas duas ltimas disciplinas superpéem-se. Contudo, elas tém abordagens diferentes que implicam em vantagens distintas © complementares. A Hiperestdtica tem as vantagens de: (1) poder ser utilizada com uma simples calculadora de bolso, (2) propiciar ao estudante compreensio do comportamento das estruturas hiperestiticas e (3) fornecer resultados para 0 desenvolvimento de Disciplinas de Projeto de Estruturas. Esse € 0 caso das disciplinas de Conereto Armado, de Concreto Protendido, de Estruturas de Aco e de Madeira ou mais especificadamente, das disciplinas de Edificios, Pontes, Estruturas Offshore etc. Jé as vantagens da Andlise Matricial de Estruturas so: (1) ter generalidade de abordagem e (2) ser de fécil utilizagio em computador, por ser simples ¢ eficiente 0 uso de matrizes em linguagens de programagio de alto nivel. @® Alguns curriculos de graduagdo em Engenharia Civil incluem também a disciplina Dindmica das Estruturas ¢ a disciplina Método dos Elementos Finitos. Na primeira dessas disciplinas, determina-se 0 comportamento das estruturas submetidas a ages externas fungdes do tempo e que desenvolyem forcas de inércia relevantes. Na segunda, é apresentado um método numérico destinado principalmente anélise das estruturas em que nio se caracterizam as barras, estruturas, essas, ditas continuas. Nas formulagées analiticas classicas dessas estruturas, como em Teoria de Elasticidade, Teoria das Placas e Teoria das Cascas, recai-se na resolugio equagdes diferenciais parciais de solugdes conhecidas apenas em casos particulares muito restritivos, enquanto que, com o método dos elementos finitos, se pode determinar 0 comportamento de praticamente qualquer estrutura através da resolugio de sistemas de equagdes algébricas lineares facilmente resolviveis utilizando computador. E embora a maioria das estruturas seja projetada através de recursos computacionais, vale ressaltar que os conceitos trabalhados na Estdtica das Estruturas so essenciais para 0 uso desses sistemas e para a compreensio de seus resultados. Além do que, essa estatica insere-se no que se entende por Mecdnica dos Sélidos, do niicleo dos contetidos basicos das Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduagao em Engenharia, estabelecidas pelo Conselho Nacional da Educagdo em 2002, e como tal, é obrigatéria a todas as habilitagdes de engenharia —— 1.2 - Sistema Internacional de Unidades ‘As unidades de medida de grandezas fisicas so to antigas quanto o comércio, dada a necessidade de quantificagdo dos produtos comercializados. De infcio, essas unidades eram empfricas, como as baseadas no corpo humano, como por exemplo, polegada, pé e jarda, Com 0 desenvolvimento tecnol6gico, foram definidos melhores padrdes de unidades fisicas e estabelecidas escalas adequadas, o que deu origem a diversos sistemas de unidades. Na busca de um sistema internacional, apés grande empenho da comunidade cientifica, cchegou-se ao Sistema Internacional de Unidades — SI, cujo uso passou a ser obrigat6rio em todo 0 territ6rio nacional a partir de 1988, através da Resolugao n® 12 do Conselho Nacional de Metrologia, Normalizagio e Qualidade Industrial - CONMETRO. Certamente o leitor jé se iniciou no estudo do SI. Contudo, para propiciar uma nova oportunidade de esclarecimentos quanto 4 quantificago das grandezas fisicas necessérias & Estética das Estruturas, descreve-se esse sistema de unidades no que diz respeito aos fendmenos geométrico-mecinicos. Como todo sistema de unidades consistente, 0 SI distingue duas classes de unidades, as unidades de base e as unidades derivadas. As primeiras sio as unidades de medida das grandezas fisicas escolhidas como fundamentais por serem independentes entre si e por permitirem a partir delas a definigao de todas as demais grandezas. As unidades derivadas provém das unidades de base por multiplicacdes e/ou divisées destas, sendo, pois, as unidades das grandezas derivadas. Com isso, qualquer quantidade de grandeza fisica pode ser comparada, somada, dividida ou multiplicada. ‘As grandezas fundamentais do SI, em ndmero de sete, esto relacionadas na Tabela 1.1, juntamente com as correspondentes unidades e simbolos. E norma que os simbolos das unidades de base ¢ derivadas permanegam invariantes no plural e que sejam grafados com letra miniscula, exceto quando derivados de nomes de pessoas quando enti, so grafados com a primeira letra em maiscula. J4 essas unidades, quando escritas por extenso, tém inicial miniscula, mesmo no caso de nomes de pessoas, excetuado o grau Celsius. Tabela 1.1 ~ Grandezas fundamentais do SI. As grandezas fundamentais sio compreendidas com base na experiéncia e suas uunidades estabelecidas por prot6tipos ou por experimentos fisicos, denominados padraes Jisicos. Os valores dessas unidades no se alteram com o passat do tempo, embora costumem ter suas definigdes aprimoradas em fungio do desenvolvimento cientifico- tecnol6gico. Isto diferentemente das unidades monetirias que inflacionam ou deflacionam, mesmo mantendo os mesmos padrées monetérios. Entre as grandezas fundamentais do SI, 0 comprimento, a massa € 0 tempo sio as fundamentais nos fendmenos geométrico-mecinicos. E quando esses fendmenos estio acoplados a fendmenos térmicos, essas grandezas so utilizadas juntamente com a grandeza fundamental temperatura. A grandeza comprimento esté associada & distancia entre dois pontos no espago. A correspondente unidade metro (m) foi estabelecida como 1/4000000 do meridian terrestre e materializada em prototipo de platina iridiada que foi depositado, em 1889, no Bureau Internacional de Pesos ¢ Medidas ~ BIPM,’ Com mais acurécia, essa unidade é atualmente definida como Yo comprimento do trajeto percorrido pela luz no vécuo durante lum intervalo de tempo de 1/299792458 do segundo”. Dessa definigio decorre que a velocidade da luz.no vacuo é de 299792 458 m/s. A grandeza massa esté associada 8 oposigao de modificagao do estado de repouso ou da condigio de movimento de translagio uniforme de um corpo. A correspondente unidade quilograma (kg) foi materializada em protétipo de platina iridiada e também depositada, em 1889, no Bureau Internacional de Pesos e Medidas. A grandeza tempo esté associada & percepcio das seqlléncias de ev.ntos em fradmenos fisicos. A correspondente unidade segundo (s) foi definida como 1/86 400 do wa solar médio. Mas, com mais acurécia, essa unidade & atualmente definida como “a duragdo de 9192631770 perfodos da radiago correspondente 2 transigdo entre os dois niveis hiperfinos do estado fundamental do tomo de c&sio 133”. A partir dessa definig&0, sio aferidos os relégios dos principais observat6rios de metrologia do tempo. Embora essa srandeza nfo seja utilizada na Estatica das Estruturas, ela € necesséria A definigio da grandeza forga apresentada no item 1.4 ¢ essencial nesta estatica, A grandeza temperatura est ligada a sensagio de calor. A correspondente unidade Kelvin (K) 6 “a fragio 1/273,16 da temperatura termodinémica do ponto triplice da égua”. Contudo, 0 SI admite também o uso da escala de temperatura Celsius de origem em 273,15 kelvins (temperatura de solidificagio da Agua A pressio atmosférica normal) © de intervalo unitério igual a 1 kelvin (1K), quando, entio, se adota a denominagao grau Celsius, representada por °C. Como esclarecido anteriormente, as unidades derivadas so obtidas por multiplicagdes e/ou divisdes de unidades de base. Esse € 0 caso, por exemplo, das unidades de superficie (metro quadrado ~ m?), de volume (metro ctibico — m*), de velocidade (metro Por segundo — m/s), de acelerago (metro por segundo ao quadrado — m/s) etc. Em Andlise de Estruturas sto muito utilizadas as unidades das grandezas derivadas forga, ressio ¢ dngulo, que sio definidas a seguir. A nogio intuitiva de forga é a de esforgo muscular para modificar 0 estado de Tepouso ou de movimento de um corpo, ou para impor um estado de deformagio a0 corpo. Mas, de acordo com a expresso matemética da segunda lei de Newton, forca é igual & massa do corpo sobre o qual atua vezes a aceleragéio que impie a esse corpo (no sendo considerada deformagao por se tratar de corpo rigido), Assim, massa € 0 coeficiente de Proporcionalidade nessa lei e a dimensio fisica de forga no SI é kg(m/s?), de unidade denominada newton e simbolo N, Logo, IN é a forca que imprime & massa de Ike a aceleragio de Im/s*. Contudo, como na Estdtica das Estruturas estudam-se estruturas sob a aco de forgas em equilibrio, diz-se que forca é uma grandeza que tem a tendéncia de provocar deslocamento. No Sistema Técnico de Unidades adotado no pafs anteriormente ao SI, a forca é uma grandeza fundamental ¢, conseqilentemente, a massa é uma grandeza derivada. Naquele Sistema, a unidade de forga é 0 quilograma-forga de simbolo kgf, que € a forga com que a Terra atrai a massa de um quilograma em condigées normais de gravidade, Com isso, a dimensio fisica de massa € kgf (m/s*), de unidade denominada unidade técnica de massa € simbolo utm. Vale ressaltar que, na mecdnica classica, massa é uma propriedade invariante de um corpo, enquanto que o peso depende do valor da acelerago da gravidade e, portanto, da posigiio do corpo em relagio ao centro da Terra. Ao adotar essa aceleragio como 9,806 65m/s* (valor ao nivel do mar na latitude de 45°), Ikgf é aproximadamente igual a 9,81N e Lutm 6 aproximadamente igual a 9,81kg. Contudo, é usual encontrar nos livros anteriores & adogao do SI no pais, kg representando inadequadamente quilograma-forga e (simbolo de tonelada que é igual a 10°kg) simbolizando inadequadamente tonelada-forga, que € igual a 10°kgf . A nogio da grandeza pressio est associada 4 concepgio da forga exercida por um meio fluido sobre um anteparo ou, de forma mais precisa, & distribuigdo de uma forga perpendicularmente a uma superficie. No SI, a unidade dessa grandeza é 0 pascal de simbolo Pa. Assim, 1Pa é a pressio exercida por uma fora de 1N, perpendicular ¢ uniformemente distribufda em uma superficie plana de 1m?. Logo, a dimensio fisica de presi nesse Sistema é N/m? =kg/(m:s?). A nogio da grandeza dngulo esté associada “ao espago plano” delimitado entre duas semi-retas de mesmo ponto inicial. Matematicamente, dngulo é definido como igual a0 comprimento de um arco de circunferéncia dividido pelo comprimento do respectivo aio. Assim, o Angulo tem dimensio fisica igual a m/m=1, sendo, pois, uma grandeza adimensional. No SI, a unidade dessa grandeza subtende um arco de circunferéncia de comprimento igual ao do respectivo raio, unidade, essa, denominada radiano e de simbolo rad, Contudo, 0 SI admite 0 uso da unidade grau (°), que € igual a 1/360 do angulo central de um cfreulo completo. Logo, como 0 comprimento da circunferéncia é igual a 2n vezes 0 respectivo raio, 180° é igual a m radianos, Esse é o dngulo plano, diferente do angulo sdlido que € a razo entre a superficie delimitada em uma esfera e 0 quadrado do raio desta, de unidade esterradiano de simbolo st. @ Quando a magnitude de uma grandeza é muito pequena ou muito grande, & prético especificé-la com o simbolo da unidade da grandeza acompanhado de um prefixo que indica fator multiplicador. A Tabela 1.2 relaciona os prefixos multiplicadores do SI entre 10? a 10? , com os correspondentes sfmbolos, Tabela 1.2 ~ Principais submuiltiplos e miltiplos das unidades do SI. Importa observar que o simbolo do mailtiplo quilo € k (em letra mintscula) e que K (em letra maitiscula) € 0 simbolo da unidade da temperatura termodindmica que se denomina kelvin, Por outro lado, observe que os simbolos dos miltiplos mega e giga sto em letras maitisculas, respectivamente, Me G. Assim, 1 quilonewton € representado por 1kN e 1 ‘megapascal é representado por IMPa. E a nica unidade de grandeza de base que tem prefixo € 0 quilograma, que é igual a 10° gramas ou 10°g. Algumas unidades fora do SI séo reconhecidas em combinagdes com unidades deste Sistema. Para a grandeza Angulo, sdo reconhecidos o grau (°) e seus submltiplos: minuto (= 1/60 do grau) e segundo (1”“= 1/60 do minuto), E para a grandeza tempo, cuja unidade € 0 segundo (5), so reconhecidos os miiltiplos minuto (1 min = 60 s), hora (Ih = 3600s) dia (1d = 86 400 s). A escrita das unidades das grandezas fisicas e dos sinais e s{mbolos mateméticos deve atender ao estabelecido pela norma ISO 31/KI ~ Mathematical Signs and Symbols for uuse in the Physical Sciences and Technology. Assim, na escrita de uma unidade derivada em termos do produto de unidades de base, utiliza-se ponto entre os simbolos dessas unidades a meia altura desses sfmbolos ou utiliza-se um espaco entre as unidades. Isso para evitar confuso com 0 uso de prefixos, como no caso da unidade metro-segundo de abreviatura ms ou ms que no deve ser confundida com o submiltiplo da unidade de tempo milissegundo de simbolo ms. E para expressar divistio entre as unidades de base, utiliza-se a oténcia negativa ou a barra inclinada (/), desde que a barra nao seja utilizada mais de uma vez, para evitar confusto; sendo aceitével o uso de parénteses. Com isso, escreve-se kg-m-s™ ou kg-m/s? e nao kg-m/s/s, ea constante universal da gravidade escreve-se G = 66,73-10"" m? /(kg-s*). Ao final do simbolo de uma unidade de medida nunca se Coloca 0 ponto, a menos que seja no final de uma frase, Assim, escreve-se 6 m e nao 6 m. no meio de uma frase. Além disso, para facilitar a leitura de valores numéricos com muitos digitos, de acordo com a norma ISO 31/0 - General Principles Concerning Quantities, Units and Symbols, deve-se utilizar espago em lugar de ponto para separar os dfgitos em grupos de tés a partir do sinal decimal, tanto para a esquerda quanto para a direita. Assim, escreve-se 53 457m e no 53.457m, como também se escreve 1,537 43 km e niio 1,53743km, @ @ Noes ce Eofalita Latsiee GD) prqpomdsor vetounin Bergen As grandezas fisicas podem ser escalares e vetoriais. Uma grandeza escalar é caracterizada’por um valor numérico em determinado sistema de unidades, comio:quando se quantifica massa, comprimento, tempo” e~temperatura; por exemplo. Para massa, comprimento e tempo, esse valor é sempre positivo. Para temperatura na escala Celsius, esse valor pode ser positivo ou negativo, J4 a graindeza forga, que € a ago de um corpo sobre outro, além de ser caracterizada por um valor numérico positivodenominado intensidade ou médulo, tem uma direcao ¢ um sentido de atuagao. E por obedecer & regra de soma de vetores, € uma grandeza vetorial cujos fundamentos so revistos no presente item. Deslocamento, velocidade ¢ acelerag4o so outras grandezas vetoriais muito utilizadas na mecfnica. A seguir, detalha-se a grandeza forga. A forga pode ser de contato de um corpo com outro corpo} como quando se empurra tum objeto, ou devido ®atragio entre dois corpos, por efeito de campo, como nos:campos gravitacional, magnético e:eletromagnético. Assim, forga 6 0 resultado da interagio entre dois corpos ¢ de acordo com a terceira lei de Newton, sempre existe em pares de ago € reacio! E tem natureza abstrata, uma vez que ela nfo pode ser visualizada e nem armazenada, apenas ter seu efeito identificado. No caso de forga de contato, ela é sempre distribuida na superficie de contato entre corpos, como a press4o da égua sobre a parede de'um reservat6rio, por exemplo. Contudo, sendo pequena essa superficie e por simplicidade, essa forga costuma ser considerada através de sua resultante aplicada “no ponto"médio de sua distribuigao”. Tem-se assim, 0 que se denomina forca concentrada, O mesmo ocorre com a forca de campo que é distribufda no volume de um corpo e por isso chama-se forga de volume. E pratico operar com a resultante dessa forga, que em campo gravitacional denomina-se peso. E considerando esse campo constante, o ponto de atuagio dessa forga ou centro de gravidade coincide com 0 centro de massa do corpo, que em corpo de material homogéneo coincide com ocentréide ou centro geométricd do corpo. Por ser a forga uma grandeza vetorial, & usual denoté-la em negrito, como Fy por exemplo, quando entio 0 correspondente médulo ou intensidade € representado por F ou por |F|."° Ainda por ser vetorial, essa grandeza é representada graficamente por um segmento de reta orientado ou seta de origem A e extremidade B, como ilustra a Figura 1.4a, cujo comprimento em determinada escala exprime a intensidade, a inclinagdo define a dirego e a extremidade indica o sentido. . No caso de forga concentrada, tem-se um ponto de aplicagdo desta ago, quando entio se diz vetor fixo. Contudo, em anélise de corpo rigido sob forga concentrada, nada se altera ao deslocé-la segundo a correspondente linha de agdo, quando entio se diz vetor deslizante, Esse € 0 principio da transmissibilidade de forga em corpo rigido, que estabelece ser irrelevante identifiear a posigao da forga em sua linha de agio. Isso é ilustrado na Figura 1.4b em um corpo apoiado em uma superficie horizontal ¢ sob a ago da forga F também horizontal, sem indicar 0 peso do corpo e a reagao vertical dessa superficie, por simplicidade, mas com a indicagao da forga de atrito entre corpo e superficie, B E ; . ‘Exttemidade -_‘Linha de ago A / F ‘Origem — 2] FE3KN! 0,6em=1kN J I Escala (a) Representagio grifica. (b) Principio da transmissibilidade. Figura 1.4 - Grandeza vetorial forga. Quando um vetor esté associado a uma diregio, mas nao a uma linha de agdo, diz-se vetor livre. Esse 6 0 caso do vetor que caracteriza 0 deslocamento de um corpo rigido sem rotagio, quando entio um Gnico vetor define o deslocamento de todas as partfculas do corpo. Para esclarecer o \ptinefpio de ago & ago, considere um corpo suspenso por um ‘cabo como mostra a parte esquerda da proxima figura. De acordo com a lei da atragdo universal, a Terra atrai o corpo com uma forga P denominada peso e aplicada no centro de gravidade do corpo, que pela terceira lei de Newton tem reagio igual contréria aplicada no centro da Terra. Ainda devido a essa lei, esse peso traciona 0 cabo, que por sua vez exerce tuma forga igual e contréria sobre 0 corpo. Além disso, como 0 cabo esté fixo em um anteparo superior, a referida forca & transferida a esse anteparo que, com a suposigao do peso do cabo ser desprezivel, reage com forga igual e contréria, como mostra a parte intermediria da préxima figura. —— mC - Corpo suspenso por um cabo. {As representagées de’ corpos isolados com indicagdes das forgas extemas que atuam sobre os mesmos, como ilustra a parte direita da figura anterior, sto denominadas diagramas de-corporlivre. Diagramas desse tipo so muito utilizados quando se analisa o equilfbrio de {its cctrutura ou de suas partes, Contudo, vale ressaltar que quando se fala de um corpo em cequilforio, quer-se referir a0 equilfbrio das forgas que atuam sobre 0 corpo e néo as forgas de ago e reago, que agem em corpos distintos e que se interagem. A combinagio vetorial de duas forgas foi concebida por Stevinus", originando a nO) andlise vetorial. Dessa anélise, sio apresentadas, a seguir, as informagdes necessérias & Andlise de Estruturas, Multiplicar ou dividir uma forga por um escalar € simplesmente multiplicar ou dividir a sua intensidade por esse escalar. E no caso desse escalar ser negativo, o sentido da forga resultante é contrdrio ao da forga original. E usual trabalhar com grandezas vetoriais através de seus componentes em um sistema de referéncia de coordenadas triortogonais.direto ou sistema cartesiano de coordenadas, cujos eixos, perpendiculares entre si, sao identificados pela mio direita como mostra a Foto 1.1. No caso, 0 polegar define 0 eixo X, 0 indicador o eixo Y e os demais dedos, 0 eixo Z, formando um triedro direto, Foto 1.1 — Sistema cartesiano de coordenadas cartesiano. E de acordo com a Figura 1.6a, a decomposi¢ao de uma forga F em um referencial cartesiano escreve-se: none (12) sendo os vetores Fy, Fy € F, 0s componentes vetoriais retangulares da forga segundo os eixos X, Y € Z, respectivamente, (a) Com dois angulos. (b) Com angulos diretores. Figura 1.6 ~ Decomposigdo tridimensional de uma forga. ‘Tendo os angulos 6 e Oy indicados na parte esquerda da figura anterior, escrevem- se as projegdes ortogonais da forga F no sistema de coordenadas cartesiano: ee) Essas projegdes sao denominadas componentes escalares retangulares da forga em questio € podem ser positivas ou negativas, dependendo dos sentidos dos correspondentes componentes vetoriais serem coincidentes ou nfio com os sentidos dos eixos coordenados adotados. Diferem, pois, das intensidades desses componentes vetoriais que sio positivas ¢ denotadas por |F,|, |F,| ¢ |F,|, para evitar confusio. E por observagdo da Figura 1.6a e uso do teorema de Pitégoras por duas vezes, obtém-se a intensidade da forca F em fungio de seus componentes escalares: 4) Na decomposigo anterior, a diregio eo sentido da forga foram especificados pelos Angulos @ e 0, Alternativamente, faz-se essa especificagio através dos &ngulos 6,, Oy & @, denominados dngulos diretores da forga F e mostrados na parte direita da figura anterior. Com isso, tém-se os componentes escalares dessa forga sob as formas: (1s) Nessas expressdes, cos x, cos Oy © cos, sto os co-senos diretores da referida fora, iguais aos componentes escalares do vetor unitério F/F na dirego dessa forga. Esses co- senos sfio dependentes entre si, por ser possivel definir a dirego ¢ 0 sentido de um vetor através de apenas dois Angulos. Para expressar essa dependéncia, substitui-se a equagio anterior na equagdo 1.4, obtend (1.6) Além disso, a partir das duas equagdes anteriores, escreve-se: (a7) Fos 0 FE cos 0) + Fy cos 0, Principalmente quando se trabalha no espago tridimensional, € vantajoso utilizar yetores unitérios adimensionais segundo os eixos coordenados, denominados vetores cartesianos unitdrios ou vetores unitérios de base, e designados por i, j ¢ k. Com esses vetores e de acordo com a préxima figura, a decomposig&io da forga Fescreve-se sob a forma: (1.8) E substituindo a equagio 1.5 nessa iiltima equagdo, obtém-se a decomposicao da referida forga em termos da sua intensidade, dos seus co-senos diretores ¢ dos vetores unitérios de base: FF cos, i+F cos 6, j+Fcos 0, k (1.9) (a) Vetores unitérios de base. (b) Componentes vetoriais da forga. - Decomposi¢o tridimensional de uma forga com ‘8 vetores unitaérios de base. ia} No caso'da forga F pettencer a0 plano coordenado XY como mostra a Figura 18¢ referido como caso plano, tem-se 0s fngulos 0=0 e 0, = 7/2. Logo, as equagbes 1.3 € 1.8 tomam, respectivamente, as formas: (1.10) 20! F=Rith 5 (Fan 8) F aan Ea intensidade dessa forga escreve-se: ee (1.12) Y Bi i ge i Ri (a) Vetores unitétios de base. (b) Componentes vetoriais da forga. = Decomposigao bidimensional de uma forga com ‘08 vetores unitérios de base. ~Decomposigio obliqua de forga. We + Qnomdttos, enn to ‘Anteriormente, foi relatada/a'tendéiieia da grandeza orca em provocar deslocamento de translagio em um corpo rigido. Contudo, dependendo do ponto em que se aplica a forga, esse nio € o seu tinico efeito. Ao abrir uma porta empurrando ou puxando a maganeta, por exemplo, a porta gira em torno do eixo vertical que passa pelos pinos das dobradigas, com maior ou menor vigor dependendo da inclinagio da forga. Além disso, na medida em que se tempura ou puxa a porta em um ponto mais proximo desse eixo, maior é a forga necesséria “para vencer 0 atrito” nas dobradicas. Na condigdo limite desse ponto de aplicagio de forga situar-se no eixo das dobradigas, a porta nfo se move, independentemente do esforgo aplicado. Assim, a grandeza forca pode também ter a tendéncia de provocar rotagio de um corpo em torno de um eixo ou em torno de um ponto, dependendo do seu ponto de aplicagao e direcio, Para mensurar a tendéncia de uma forga F aplicada em um ponto A de um corpo rigido em provocar rotagio em torno de um ponto ou pélo O, define-se 0 momento da forga em relacdo ao pélo através do produto vetorial: Minter cus Nesse produto, ro, € 0 vetor posigdo (fixo) que localiza o ponto A em relagio ao ponto O & Mg € um vetor deslizante de linha de ago que contém 0 pélo e é perpendicular ao plano definido pela forga e por esse pélo, como mostra a Figura 1.13. Além disso, esse vetor tem a intensidade: (1.20) onde 0: € 0 Angulo entre as linhas de ago de ro, F.. Assim, esta intensidade de momento tem unidade de forca vezes unidade de comprimento ¢ escreve-se de forma mais simples como: as (1.206) onde d € a distancia da linha de ago da forga ao pélo, denominada braco de alavanca da forga’e, em consequéncia, M, é numericamente igual & 4rea do paralelogramo de lados consecutivos ro, € F, como representado na préxima figura, ‘oa Figura 1.13 - Momento de uma forga em rélagao’a um ponto. E para expressar rotago, 0 vetor momento M, é representado graficamente por uma seta retilinea envolvida por outra em formato de arco circular ou representado por uma seta dupla, sendo pritico identificar 0 sentido dessa rotagio pela regra da méo direita, como ‘mostra a primeira das Fotos 1.2. De acordo com essa regra, posicionando a palma da mio direita patalelamente ao vetor posigG0'r9, € os dedos mindinho ao indicador no sentido da forga F, 0 sentido de rotagao fica estabelecido pelo movimento desses dedos ao fechar a mio, como mostra a segunda foto, com o polegar posicionado no sentido da representagdo do vetor momento. Esse sentido é 0 de abrir tomeiras e 0 de desatarraxar parafusos. Fotos 1.2 — Regra da mio direita. Do produto vetorial expresso pela equacdo 1.19, tiram-se as seguintes conclus6: a—O momento de uma forga em relagdo a um pélo independe da posig&o desta em sua linha de a¢Zo, pois com as notagdes da Figura 1.13 escreve-se: to, Fsin = fo,: Fsina'= Fd. b—O momento é nulo no caso da linha de ago da forga passar pelo pélo. ¢— Vale o seguinte produto por escalar: c(rxF)=(cr)xF =rx(cF)=(rxF)c. 4-0 produto vetorial no € comutativo, pois Fx rg, é um vetor com a mesma intensidade linha de ago que to, xF , porém de sentido contrério. e -Vale a propriedade distributiva: Myo=r>{Sn =D rk Essa_propriedade expressa que 0 momento da resultante de um sistema de forgas concorrentes, em relagdo a um mesmo pélo, € igual & soma vetorial dos momentos de cada uma das forgas em relagio a esse pélo, 0 que € conhecido como teorema de Varignon'?. Logo, como caso particular, 0 momento de uma forga em relago a um pélo ¢ igual & soma dos momentos dos componentes vetoriais cartesianos dessa forga, em relagdo a esse pélo. — * cose: Wb ivo dow wate to. Equilibrio € uma_condigio.fundamentalem Andlise de Estruturas, cujas equagées de equilibrio da estética dos,corpos.rigidos_sio:estabelecidas neste item ¢ intensivamente utilizadas nos préximos capitulos. ‘A modificagio da posigiio de um corpo rigido € a combinagio de uma translagao com uma rotagio. A translagio € um vetor livre, mas a rotago no é um vetor por ndo atender as regras de adicio de vetores, e as coordenadas m{fnimas para caracterizar essa ® modificagdo de posigio so denominadas graus de liberdade. Assim, na modificagao de posigaio em um plano como mostra a Figura 1.27, tém-se trés graus de liberdade, a saber: os componentes escalares dx e dy do vetor deslocamento, dc a rotagio 8, em'tomo:do eixoZ. 34 no caso tridimensional, como mostra a Figura 1.28, tém-se seis graus de liberdade: os ‘componentes escalares dx , dy e dz do vetor d e as rotages 0, 0, € 8, em tomo dos eixos coordenados. dx! Figura 1.28 — Deslocamento de um corpo rigido no espaco tridimensional. Como uma forga aplicada em um corpo rigido tem a tendéncia de provocar deslocamento de translagdo e/ou rotagdo desse corpo, é natural que 0 corpo sob a ago de um. istema de forgas externas esteja em equilibrio quando a resultante desse sistema for nula e 0 ‘momento desse sistema em relago a qualquer ponto for nulo também, Diz-se, ento, que 0 sistema € equivalente a zero. E para que a resultante desse sistema seja nula, € necessério que as somas dos componentes escalares dessas forgas em cada um dos eixos de um referencial cartesiano sejam nulas: (1.35) Isoladamente, cada uma dessas equagGes expressa que é nula a tendéncia de translacio do corpo segundo o correspondente eixo coordenado. Quanto a necessidade do momento do sistema de forgas em relagio a um ponto qualquer ser nulo, a equagio 1.30 evidencia que, uma vez que a resultante seja nula, basta que 0 momento desse sistema em relago a um Gnico ponto seja nulo, E escolhido esse onto na origem de um referencial cartesiano, a condigo para que esse momento seja nulo & gue as somas dos momentos das forgas desse sistema, em relago a cada um dos eixos desse referencial, sejam nulas: Se —" Isoladamente, cada uma dessas equagdes expressa que é nula a tendéncia de rotagiio do corpo em torno do correspondente eixo coordenado. (1.36) Para maior simplicidade, é usual omitir 0 indice i nas seis equagdes anteriores © escrever: (1.37) Essas siio as equagées (escalares) de-equilibrio da estatica dos corpos rigidos no espago tridimensional, condigdes necessérias € suficientes do equilibrio. Ao utilizé-las, pode-se adotar um referencial qualquer, assim como em cada somatério nulo de componentes escalares de forga ou de momento, pode-se adotar um sentido qualquer como positivo. No caso de equilibrio no plano XY (no sentido de translagiio nesse plano e de rotagio em torno de um eixo perpendicular a ele), aplicam-se as seguintes trés equagdes: (1.38) A altima dessas equages expressa momento nulo em relagdio a um ponto A qualquer no referido plano, sem a notagdo de indicagZo da diregdio do (vetor) momento por este ser sempre perpendicular a esse plano. Além disso, considerando dois pontos A e B no plano XY, de tal modo que o segmento AB nio seja paralelo ao eixo Y, tem-se que as rotagdes em tomo desses pontos provocam deslocamentos lineares em pontos do corpo. cujos ‘componentes, segundo 0 eixo Y, nao so independentes entre si. Logo, as equagdes 1.38 equivalem as equagées: De modo semelhante, para os pontos A, B eC pertencentes ao plano XY e no colineares, as, equages de equilibrio anteriores equivalem as seguintes equagSes: Eyenci rier Perolrc dels ie Sa Ag oO \ropnothe uocHin oe Determine a tensdo nos cabos AB e AD para o equilibrio do motor de | 250 kg mostrado na Figura 3.6a. SOLUCAO Diagrama de Corpo Livre. Para resolver este problema, vamos investigar © equilfbrio do anel em A, porque esse ‘ponto material’ esta submetido tanto a forga do cabo AB quanto & do AD. Entretanto, veja que o motor tem um peso (250 kg)(9,81 mis*) = 2.452 KN que é suportado pelo cabo CA. Portanto, como mostrado na Figura 3.6b, hd trés forcas concorrentes atuando sobre 0 anel. As forgas Tp ¢ Tp tem intensidades desconhecidas mas sentidos conhe- cidos, ¢ 0 cabo AC exerce uma forga descendente em A igual a 2.452 kN. 24524 @ » Figura 3.6 Equacdes de Equilibrio. As duas intensidades desconhecidas Ty €T'p sto obtidas pelas duas equagdes escalares do equilfbrio, 3F, = 0.e 3A, = 0. Para aplicar essas equagdes, os eixos x, y s4o definidos no diagrama de corpo livre © Ty deve ser desdobrada em seus componente x, y. Assim: Aor, Tp00s 0° — Tp = 0 a +I EK, = 0; Tpsen 30° ~ 2.452kN = 0 @ Resolvendo @ Equagio 2 em Ty € fazendo a substituigio na Equagao 1 para obter Tp: 190kN Resposta 25 kN Resposta . ~ A Figura E1.8 mostra uma viga pré-fabricada em conereto armado em que foram fixadas duas algas para igamento através de cabos. Tomando 0 peso especifico do concreto armado como 25,0kN/m* e desconsiderando 0 peso dos acess6rios de igamento, determinam-se os esforgos de tragio nos cabos para a configuragao indicada. 020m Vista lateral. Segdo transversal. Figura E1.8. Essa viga tem o volume: V =(0,2-0,3+0,6-0,15) (2+0,7-2)=0,51m?. E temo peso: P=0,51-25=12,75kN. Iniciado 0 igamento, em atendimento ao equilibrio de forgas na dirego vertical, a forca F de tragdo no cabo vertical € igual ao peso da viga e, portanto, Na parte direita da figura anterior esté re 2 re ~presentado o ponto de er cabos de igamento, juntamente com a indica ° cDeerereaeree igdio das forgas que esse: esse ponto. Logo, por equilibrio, tem-se: coed cabos exercem sobre DR =0 [-F,.cos45°+F, cos 45° = 0 2 DR=0 12,75—F cos45° =F, cos45°=0 Esse € 0 esforgo de tragio em cada cabo inclinado de i esse esforgo cresce a0 igamento. E é imediato identificar que ‘aumentar o ngulo que os cabos formam com a viga. PRINCIPIOS ELEMENTARES DA ESTATICA 1.9- MOMENTO DE UMA FORGA EM RELAGAO A UM PONTO Podemos, agora, definir 0 momento de uma forga em relagdo a um ponto fixo. Consideremos a forga B aplicada em um ponto A ¢ um polo fixo 0. A Posigio de B pode ser definida, em relagdo ao Polo, pelo vetor # que liga 0 polo fixo ao ponto de aplicagio de B, Fig, 1.14. | Figura 1.14 10s como momento de B em relagio a O 0 produto vetorial de ke B (1.28) A linha de ago do momento Mo € perpendicular ao plano formado pela forga B © 0 polo 0, de acordo com a definigdo de produto vetorial. O sentido do momento € 0 sentido da rotagdo que faz ¥ alinhar-se com B.A regra da mio direita, vista na Sego 1.7, 6 usada para definir o sentido de Mo. No caso da Fig. 1.14, o sentido da rota io € anti-hordrio, v 8 Ainda conforme a definigio de produto vetorial, 0 médulo do momentog — © \ Pdrkeo Psen0 = Prsen0 = Pd d=b Neyo AL ag) Okan Ono G@ whrodupoo Como apresentado na introdugio do capitulo anterior, estrufuras sio sistemas fisicos capazes de receber ¢ transmitir esforgos. Séo encontradas no reino animal na forma de esqueletos e no reino vegetal, na forma de sistemas de galhos-troncos-rafzes. Sdo também projetadas e construidas pelo homem para o atendimento de suas necessidades, com as mais variadas formas ¢ finalidades, como, por exemplo, os edificios, pontes, torres, barragens, defensas portuérias ¢ estruturas offshore, em engenharia civil; como os equipamentos, méquinas, ferramentas, vasos de pressio ¢ veiculos, em engenharia ‘mecfinica; como os satélites, aeronaves espagonaves, em engenharia aerondutica; ¢ como ‘08 navios e submarinos, em engenharia naval etc. Mas apesar dessa grande variedade, as estruturas tém os mesmos prinefpios de comportamento, cujos fundamentos: so os da mecanica clissica e cujas nogées preliminares sio apresentadas neste capitulo. ‘A verificago do dimensionamento dos componentes de uma estrutura faz-se a partir do conhecimento de seus esforcos internos, que so obtidos em uma anflise da estrutura. Para isto, utiliza-se um modelo matemético que exprime o comportamento do sistema fisico estrutiral. E como esse sistema € sempre muito complexo, adotam-se hipoteses simplificadoras que permitam analisé-lo em fungio de sua importincia e com os recursos disponiveis. Assim, um arranha-céu, por exemplo, requer uma anélise muito mais sofisticada do que uma edificago de poucos pavimentos ¢ com a disponibilidade dos computadores, passou-se a adotar modelos de anélise muito mais elaborados do que anteriormente. ‘Uma simplificagdo usualmente adotada & supor a estrutura dividida em partes de comportamentos isolados, levando em conta a transmissao de esforgos entre essas partes. Tomando como exemplo um edificio de andares miltiplos como o esquematizado na Figura 2.1, a carga aplicada as lajes, juntamente com 0 peso proprio destas, costuma ser considerada descarregando nas vigas de seus contomnos, com a suposigao de que 0 restante da estrutura nfo tenha influéncia nesse descarregamento. A seguir, as forgas recebidas pelas vigas, adicionadas ao peso proprio destas e das paredes situadas sobre elas, podem ser consideradas distribuindo entre as colunas de cada andar do edificio, com a suposigéo de que o restante da estrutura também nfo tenha influéncia nessa distribuigdo. Por sua vez, a parcela de forga recebida por cada coluna, juntamente com o peso proprio desta, pode ser considerada acumulando de cima para baixo, em nfvel de cada laje até atingir as fundagoes, quando, entio, 0 somatério das forgas que cada elemento da fundagdo recebe deve ser ‘equilibrado pela reagio do solo.! viga Estrutura coluna—__| Z Y Fundagoes Figura §.1 - Transmissao de forgas na estrutura de um edificio. Como exposto anteriormente, as lajes costumam ser analisadas separadamente das vigas, que por sua vez podem ser analisadas separadamente das colunas, que, em seqlncia, podem ser anaisadas separadamente dos elementos da fundagio. F natural tentretanto, que com os atuais recursos computacionais, seja possfvel analisar edificios de andres miéltiplos levando em conta 0 comportamento integrado de todos os seus componentes:Iajes, vigas, pilares ¢ elementos da fundagio, Contudo, isso ndo € prétice rem adequado na grande maioria das vezes. Isso porque, ao iniciar um projeto, nao se tern 6 dimensionamento geométrico definitivo de todos 08 seus components, a ages a serem aplicadas & estrutura no tém determinagio rigorosa, as propriedades mecfnicas de seus materiais costumam apresentar variagdes em torno dos valores previstos no projeto, © processo construtivo introduz pequenas imperfeigGes na estrutura ete, Assim, a simplificagao de dividir a estrutura em partes isoladas, para efeito de andlise, pode justificar-se frente a diversas outras aproximagdes de idealizagio do sistema fisico estrutura. Ainda para facilitar a andlise, os sistemas fisicos capazes de receber € transmitir esforgos sdo classificados em estruturas em:barras e estruturas continuas, com hipdteses simplificadoras proprias. Diz-se estrutura_em barras quando. constituida’ de componentes estruturais com uma dimensio preponderante em relagio™as suas demais dimensées. Este ¢ 0 caso do sistema do edificio esquematizado na figura anterior quando se considera o descarregamento das lajes nas vigas. Diz-se estrutura continua quando constituida de um ou mais componentes em que niio se caracteriza uma tinica imensio preponderante. Esse tiltimo tipo de sistema fisico pode ser de superficie, quando o componente tem duas dimensdes preponderantes, como, por exemplo, as lajes ou placas, chapas, vigas-parede, cascas e membranas; e pode ser de volume, quando nio se distinguem dimensdes preponderantes, como, por exemplo, os blocos dé fundagio, Na Estitica das Estruturas sio estudadas apenas as estruturas em batras. Em toda teoria de barra, define-se segdo transversal ou segdo reta como sendo a intersego de uma barra com um plano perpendicular ao seu eixo geométrico, como ilustra a Figura 2.2. Assim, esse eixo € o lugar geométrico dos centroides das segdes transversais da barra, @0) Figura 92 ~ Seco transversal e eixo geométrico de barra. A barra pode ser reta ou curva, de seco transversal constante ou variével e, de acordo com a sua fungo na estrutura, € chamada de viga, coluna, pila, escora, haste, firante, eixo, nervura ete. Em uma simplificago adicional na teoria classica de viga’, a barra ¢ suposta deformar-se de maneira que suas segdes transversais permanecam Planas, normais ao eixo geométrico e com dimensbes inalteradas, como ilustra a parte Gsquerda da Figura 2.3 em vista lateral de uma barra reta d constante. Essa 6 a hipdtese da segdo plana. Com es: eformada por forgas externas transversais, 0 deslocemere cada seco transversal so medidos no ce le segdo transversal com altura, ‘sa hipétese © em uma barca. ‘© vertical 6 © a rotacdo @ ‘few P P = 'Eixo geométrico jg R R i Represeritagto unifilar, | (& Sectowansversal | q , § || Barra deformada | ‘ Hh pat tial 4 \rengente a0 eixo Representagao adotada ‘geométrico deformado neste livro, Figura 2.3 ~ Idealizagio e representago de uma barra reta, QD Sloe odio) por sitions @ 0s esforgos ou forgas atuantes nas estruturas classificam-se em: ativos reativos seccionais ou solicitantes internos 05 esforcos externos so os que agem sobre a estrutura ¢ se dividemsem ativos ¢ reativos. Os esforcos externos ativos S80 08 provocados por agentes externos € dividem-se ‘em»permanentes ¢ acidentais." Os esforcos ativos permanentes siio os que atuam sem interrupgdo por toda a vida wil da estrutura, como, por exemplo, os de peso proprio da estrutura e de todos os elementos construtivos fixos e instalagdes permanentes. Os esforgos Gtivos acidentais so 0s que atuam esporadicamente, como 0 peso de pessoas, vefculos ¢ materiais posicionados sobre a estrutura, assim como os provocados pelo vento, por exemplo, Podem ser estéticas ¢ dindmicos. Sto esforgos estdticos quando aplicados de forma gradual Ienta, de maneira que nfo desenvolvam forgas de inércia relevantes, e sio esforcos dindmicos, em caso contrério. Como exemplos de esforgos estiticos, citam-se os ‘empuxos de terra e de gua. E como exemplos de esforgos dindmicos, tém-se as frenagens e aceleragdes de veiculos, assim como os efeitos de terremotos e de impactos de projéteis. 0s esforgos dindmicos quando desenvolvem forgas de inércia moderadas, como em grande parte dos casos, so considerados de forma aproximada através da majoragao de esforgos estéticos, que sfio entio denominados ésforcos estdticos equivalentes. Esse 0 caso do feito de frenagem em pontes e de “agdes moderadas” de sismo e de vento. Para efetuar a andlise de uma estrutura, os esforgos extemnos ativos devem ser estabelecidos a priori, o que costuma ser feito a partir de normas de projeto, como a NBR” 6120 - Cargas para 0 célculo de estruturas de edificagoes, da Associagdo Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, por exemplo, Nessa norma, siio encontrados os pesos espectficos'dos materiais utilizados mais freqlientemente em edificagdes, que em parte estdo relacionados na Tabela 2.1. Sdo também encontradas as cargas acidentais mais usuais em edificagdes, que em parte esto reproduzidas na Tabela 2.2. — Cargas acidentais mais usuais em edificagdes. Pesos especificos dos materiais mais freqlientes em edificagées. Embora o vento seja uma ago dindmica, na grande maioria das vezes € considerado através de esforgos estéticos equivalentes como estabelece a NBR 6123 ~ Forpas'devidas a0 vento em edificagdes. Nessa norma, define-se uma velocidade caracterfstica como 'V, = Vp S, 8,55, onde V, € a velocidade basica do vento dependente do local onde se situa a edificagio no pafs; S, & um fator dependente da topografia local; S, € um fator fungo da altura na estrutura onde se determina a forga do vento, da rugosidade do terreno local ¢ da classe da edificagao; ¢ S, ¢ um fator estatistico que considera o grau de seguranga ¢ a vida stil da edificagio. Os valores dessa velocidade e desses fatores sto especificados pela referida norma, Tendo a velocidade caracteristica em m/s, calcula-se a pressdo dindmica q=0,613 V; em N/m?. E como a forma da estrutura que se insere no fluxo do vento interfere na ago deste, como ilustra a Figura 2.5 em vista lateral de uma edificagdo, obtém-se a forga do vento com a expressio F=Cq A, onde C é um coeficiente de forma ou de pressdo, no caso de um elemento da edificagdo, ou um coeficiente de arrasto, no caso de forga global do vento sobre a edificagdo, e A é a area do elemento ou da estrutura em projegio ortogonal sobre um plano perpendicular & dirego do vento. Em continuidade a descrigio dos esforgos classificados anteriormente; os reativos stio os que se desenvolyem nos vinculos-externos ou apoios, de maneira que impegam certos movimentos da estrutura © equilibrem os esforgos ativos. Esses vinculos sio descritos no préximo item. Jé os esforcos seccionais ou internos resultam da agio-mdtua entre as partes desta, como apresentado no item 2.4.5 Linhas de fluxo. Distribuigao de forgas. Figura 2.5 - Vento em edificagio de telhado de duas 4guas. Entre outras normas da ABNT que tratam de agdes externas em estruturas de engenharia civil, citam-se: NBR 8681 - Agdes e seguranca nas estruturas, NBR 7188 — Carga mével em ponte rodovidria e passarela de pedestre e NBR 7189 - Cargas méveis para projeto estrutural de obras ferrovidrias. As agbes so também definidas em normas de projeto de estruturas de um material especifico, como, por exemplo, a NBR 6118 — Projeto de estruturas de concreto armado, a NBR 9062 ~ Projeto e execucdo de estruturas de concreto pré-moldado, a NBR 7187 - Projeto e execugdo de pontes de concreto armado e protendido, a NBR 8800 - Projeto e execugao deestruturas de ago-de edificagdes e a NBR 7190 Projeto de estruturas de madeira’ : G3) Condigées de apoio |=-— “I sinnorles A translagGo e a rotagdo de cada segao transversal de uma barra podem ser decompostas em um referencial cartesiano, obtendo-se trés componentes de deslocamentos lineares e trés componentes de deslocamentos de rotagao, que sto referidos genericamente como deslocamentos. Esses deslocamentos ou parte deles podem ser impedidos por vinculos externos através de apoios. E nas direcdes dos (componentes de) deslocamentos impedidos ocorrem esforcos reativos as agdes transmitidos pela estrutura aos apoios, denominados reagées de apoio.’ ‘As representagdes convencionais mais usuais de apoio em estruturas em barras esto mostradas na Tabela 2.3 com as correspondentes denominagoes, (componentes de) reagdes de apoio e (componentes de) deslocamentos niio restringidos ou livres. E essas reagdes estio indicadas na Tabela 2.4. Esses apoios podem ser utilizados em posigdes inclinadas e 0 apoio articulado mével, 0 articulado esférico mével ¢ 0 patim® devem ser entendidos como restringindo o deslocamento nos dois sentidos da diregdo transversal a0 plano do apoio. Além desses apoios, em engenharia mecinica tem-se o mancal radial que permite a rotagdo de um eixo e impede os deslocamentos e rotagdes transversais a esse cixo. E quando 0 mancal impede também o desloc: i reg ms is a quando © manca imped amento linear na dirego do eixo, é dito Classificagio das estruturas em barras quanto ao equilibrio estiitico Quanto ao equilfbrio estatico, as estruturas em barras so classificadas em: Me! hipostiticas —9 astra. “LOW wf fisostticas —p acorns vere U sco. chor tstiutunos ner hiperestiticas —y pyticorcwm sw Ob ‘Uma estrutura em barras € hipostdtica quando os vinculos internos (de ligagio entre os seus componentes) e/ou os vinculos externos (de ligaco com 0 meio exterior) forem insuficientes para o equilibrio estético da estrutura ou de suas partes, sob aces externas quaisquer. Isto é, quando forem permitidos deslocamentos de corpo rigido da estrutura ou de deslocamentos relativos entre algumas de suas partes. E isostdtica quando 0s referidos vinculos forem estritamente os necessérios para manter seu equilibrio estitico e de suas diversas partes. E € hiperestitica quando esses vinculos forem superabundantes a esse equilibrio. Assim, as estruturas hipostiticas so instéveis, e as isostiticas e as hiperestaticas sto estdveis. As estruturas isostaticas sii ditas estaticamente determinadas ¢ as estruturas hiperestaticas, estaticamente indeterminadas. Na Estdtica das Estruturas sio estudadas as estruturas isostéticas e, como casos articulares, as hipostdticas auto-equilibradas. Portanto, € importante a identificagZo das estruturas quanto a0 equilfbrio, para o prosseguimento do estudo na presente rea de conhecimento. Nessa identificagao, faz-se uso das equagdes de equilfbrio da estitica apresentadas no item 1.5 ¢ que se reescrevei (2.1) oh =~ Como jé se disse, os vinculos restringem os graus de liberdade de movi- mento da estrutura, provocando forgas reativas conhecidas como reagdes de apoio. Nas estruturas isostéticas as reagdes de apoio s6 aparecem quando exis- tem forgas ativas, em geral conhecidas como cargas aplicadas. ‘As cargas aplicadas so geralmente dadas ou facilmente deter- mindveis e as reages de apoio so as forgas procuradas ou forgas ostéticas, 0 ntimero de vinculos é 0 essen- incégnitas. Nas estruturas cialmente necessério para impedir a mobilidade da estrutura, ¢ as reagdes de apoio, despertadas pelas cargas aplicadas, sio em mimero igual aos movimentos restringidos. S40, portanto, forgas com ponto de aplicagio ¢ diregio conhecidos. conjunto, cargas aplicadas mais reagSes de apoio, forma um sistema de forgas em equilforio — diz-se que a estrutura se encontra em estado de equilfbrio estével. ‘A teoria que estuda as relagées de equilfbrio entre as forgas nas estruturas isostaticas 6 chamada de Isostética, constituindo-se 0 objeto desta publicagio. Neste estudo, a deformagio dos elementos estruturais mio precisa ser consi- derada, podendo ser supostos na sua posigao indeformada. ‘As condigdes de equilfbrio, expressas pelas equagdes introduzidas no pri- ‘meiro capitulo, serio empregadas no desenvolvimento desta teoria. eT Como jé vimos, as reagSes se opdem 2 tendéncia de movimento devido as ccargas aplicadas, resultando um estado de equilforio estavel. Nas estruturas isostéticas constitufdas por uma vinica chapa, © mémero de equagGes de equilorio disponiveis igual ao mémero de inedgnitas, possi tando 0 céleulo das reagdes de forma muito simples. Supondo a estrutura sempre contida no plano xy, as condig6es de equill- brio, em conformidade com as equagdes (1.56), so onde X e Y stio as componentes das forgas aplicadas em relagdo aos eixos X ¢ y, respectivamente, ¢ Mo médulo do momento das forgas em relagdo a um onto qualquer do plano. Poderao ser usadas, nos problemas priticos, também como condigdes de ‘equilfbrio, trés equagdes de momentos, desde que relativas a pontos ndo perten- centes & mesma reta, XY Ma=0 Y Mz =0 ¥ Mc =0 com A, B eC nao colineares (4.15) ‘Ainda poderdo ser utilizadas uma equagdo de projegdo e duas de momen- tos, desde que relativas a dois pontos cuja reta, definida por eles, nao seja per- pendicular ao eixo usado para a equagao de projegio yx =0 DY =0 ¥ My=0 ou > My SM,-0 SY My=0 + EXEMPLOS DE APLICAGAO ‘A técnica para o céleulo de reagdes consiste em “isolar”, inicialmente, a estrutura da terra, mediante a retirada dos apoios, aplicando-se na diregao dos movimentos restringidos os esforgos incégnitos correspondentes. Esta etapa é geralmente conhecida como diagrama de corpo livre da estru- tura, Havendo vinculos internos, os esforgos correspondentes a eles ndo serio considerados, pois correspondem a forgas internas de interagdo entre os elemen- tos estruturais Como as equagdes de equilfbrio dispontveis, geralmente, sto suficientes, determinam-se as incégnitas. Para a determinagio das reagdes nos vinculos interns, “isolam-se” os elementos estruturais, com todas as forgas aplicadas, incluindo-se as incégnitas j4 calculadas. Nesta segunda etapa, os esforgos corres- pondentes aos vinculos internos serio considerados. Nao se deve esquecer que, na andlise das partes, eles aparecem aos pares e com sentidos opostos. Para cada elemento da estrutura, “isolado”, é aplicdvel um dos trés grupos de equagées (4.14), (4.15) ou (4.16). Calculadas todas as reagées externas e intemas, procede-se & terccira e itima etapa, que consiste na representagdo do diagrama de corpo livre de cada parte da ‘estrutura, com as cargas aplicadas e as respectivas reagGes de apoio, aplicadas nos pontos correspondentes aos vinculos e desenhadas com seu sentido correo. @ -VIGAS As vigas horizontais, carregadas transversalmente aos seus eixos, no necessitam de vinculos que impegam deslocamentos na diregdio axial. Estatica- mente pode-se dizer que os vinculos no introduzem esforgos na dirego do eixo da viga. Serdo aplicéveis, portanto, apenas duas das trés equagdes de equilforio. Convencionaremos como positivas as reagdes verticais que atuam de baixo para cima e as reagGes horizontais que atuam da esquerda para a direita, Exemplo 1 - Viga simplesmente apoiada Calcular as reagdes de apoio para a viga da Fig. 4.2, submetida aos seguin- tes carregamentos | 6m { Ly como WOU Figura 42 Conn Adv a) carga concentrada de 6OKN aplicada a 4m da extremidade A; Ne b) carga uniformemente distribuida de 3kN/m por todo 0 vio; ©) carga parcialmente distribufda, de 6kN/m, a partir do primeiro tergo do vao; ¢) carga distribufda, triangular, sobre todo o vio, com 6kN/m na extremidade B; ) momento externo, de 30kNm no sentido horério, apticado a 2m da extremi- dade A. 4) Carga concentrada °) ») | 3} Ry Rye Figura 43 ay A Fig, 4.3.a mostra a viga, carregada, vinculada por um apoio fixo e um mével. Estes vinculos ipedem, apenas, a tendéncia da viga em deslocar-se ver- ticalmente. A Fig. 4.3.b mostra a viga “isolada” com as reagdes correspondentes aos vinculos, supostas no sentido positivo, Utilizando o grupo de equagdes (4.15) ¢ adotando como sentido positive Para os momentos a tendéncia das forgas em provocar rotagiio anti \oréria, obte- mos, com XM,=0 6XRyp—4X60+0XRyy=0 2 Ry =40KN com = Ms 6 KRyy +2. x 6040 x Ryp Ry, =20kN Os sinais positivos encontrados para as reagdes Ry, © Ry» significam ue os sentidos arbitrados para as forgas foram corretes ‘A Fig, 4.4 mostra 0 diagrama de corpo livre da estrutura sob a ago das sou forgas ativas e reativas. rn ® alee Figura 44 ) Carga uniformemente distribuida A Fig. 4.5.b mostra a resultante do carregamento representada por uma seta interrompida, de médulo igual & Grea definida pelo carregamento ¢ com a linha de ago passando pelo centro de gravidade da érea. O sentido positive para o célculo dos momentos esta indicado ao lado da figura. °) ») 2 3iN//en {R=3x6=18KN aN I i Goa SEO, a 8 i Be oat 5 he 6m on Figura 4s Com ¥ M,=0 6xRyg-3x18=0 2 Ryg =9kN com x Ms ~6xRyy+3x18=0 Ry, =9KN resultado obtido, Rv, = Rvs = 9KN, € dbvio, tendo em vista a sime- tria do carregamento. A Fig. 4.5.c mostra a viga em equilfbrio sob a ago das car- ‘gas aplicadas e das reagdes de apoio. ¢) Carga parcialmente distribuida °) ») °) suay/m Ra6x4=24KN uny/m , OFA, «sy OT, | | J en en ee am| am } i pan} Figura 46 ‘A Fig. 4.6.a mostra o carregamento aplicado na viga simplesmente apoi- ada, Médulo, diregio, sentido linha de ago da resultante do carregamento esto representados na viga “isolada” da Fig. 4.6.b. Com Ma 6xRyp—4x24=0 2 Ry =16kN com DMs “6 KRyy +2x24=0 2 Ryn KN ‘A montagem dos resultados é mostrada na Fig. 4.6.c. ) Carga distributda triangular Com =M 6xRyp-4x18=0 com X Ms= ~6xRygt2x18=0 2 Ry, =6KN s resultados do célculo das reagdes so apresentados na Fig. 4.7.. °) ») 0 EKN/m " i R=6x8= 18K BKN/m +P °s e) Carga momento ) ) ay M=S0KNLn 048m A oA a Joel | ot 7D in? a S0kNm Figura 48 © momento aplicado é equivalente a um bindrio e como tal é um vetor liv vis re, como visto no Capitulo I, podendo, portanto, ser transportado para qualquer ponto da viga. Com XMa=0 6xRyp-30=0 7 Ryg=SKN com > M,=0 6 xRyy—30=0 Ry =-SKN ( sinal negativo de Ry, indica que o sentido correto da reago € oposto a0 inicialmente arbitrado. ‘Uma solugiio mais refinada seria obtida observando-se que, para equilibrar ‘© momento aplicado na viga, as reagdes verticais teriam que ser equivalentes & ‘um bindrio, de mesma intensidade e sentido contratio, Fig. 4.8.c. (Gap - Exemplo 2 - Viga engastada ou em balango CD) Calcular as reagdes para os carregamentos aplicados na viga em balango da Fig. 4.9. , » °) y pa/m M=10kN.en yo" , TOG 4 Ss at——e ae | fom ptm a ge wmgestoda, as Resolugao a) Carga concentrada , 5) Figura 4.10 (© engastamento retira a liberdade de haver rotagio e translagdo em A. Lembrando que nas vigas carregadas transversalmente 0s vinculos nao introduzem esforgos na diregdo do eixo, podemos, entio, desenhar o diagrama de corpo livre conforme a Fig. 4.10.2. My 6 a reagdo que se opde & rotagdo em Ae Ryx é a reagio que se opde a0 deslocamento, Usaremos 0 grupo de equagées de equilibrio expressa em (4.14), assim, com y y=0 Ryy-20=0 2. Ry, =20KN com DT Ma= 4x 20+My =80kNm s sinais positivos indicam que os sentidos arbitrados estiio corre- tos. Note-se que 0 momento, M, = 80kN.m, se opée ao binério formado pela carga aplicada e a reagdo vertical. As reagdes esto mostradas na Fig. 4.10.b. @ 33 4) Carga distributda °) Ma 20kN A Fig. 4.11a mostra a viga “isolada” com a carga aplicada substitufda 4 8 pela resultante, A Fig. 4.11.b mostra as reagées, obtidas a semethanga de 4.6.2.0. fen [am | ) Carga momento ) carregamento é agora, apenas, um momento aplicado em B, Como nao 4OKN/m __kN/em cotiro existem cargas verticais aplicadas, a reagdio Ry,, Fig. 4.12.a, deve ser nula, 4 8 ‘como se conclui com a aplicagao das equagées (4.14). 20kN 5 5 Figura 4.11 Ma 1OKN.m Figura 4.12 Com x Y=0 Ry +0=0 Ryy=0 com XY M,=0 =10+M,=0 %. M,=10kNm @®B - Exemplo 3 - Viga simplesmente apoiada, com balango °) ») °) 7.5kN/on —_ EL er 2) Fm Fem [om Teal | om TT Figura 4.13 Resolugéo a) Carga concentrada as equagées necesséias para 0 cél- Neste exemplo, como nos anteriores, cequagées (4.14) ou as (4.15). 10 das reagGes sto duas. Poderdo ser utilizadas as cul ‘A Fig, 414 mostra a viga “isolada” e em equilforio sob a agio da carga aplicada e das reagées de apoio. °) ») 30%N \~" \ 4s Fra lo Figura 44 Primeira solugdo - (4.14) Com YX My=0 -8x3046xRyp=0 + Ryp =40KN com x Y=0 Rya +Ryp -30=0 substituindo-se o valor de Ryy , temos Ry, +40-30=0 Ry, =-10kN 74 O sinal ne; Bativo de Ry, indica sentido oposto ao inicialmente arbitrado, Segunda solugdo - (4.15) 30KN a 8 Com brow Pow XM, =0 ~8x30+6xRyy Figura 4.14b Ryp =40KN com =™, -2x30-6xRyg=0 + yy =—10kN ‘A Fig. 4.14.b mostra as reagdes com seus sentidos corretos. A decisio de utilizar um ou outro grupo de equagées fica a cargo do leitor. b) Carga distribuida Substituindo-se 0 carregamento aplicado pela resultante, observa-se que a linha de ago passa entre os apoios, Fig. 4.15.a. Para efeito apenas do célculo das reagdes, 0 balango nao contribui e 0 problema é semelhante ao exemplo 4.6.1, item a. 9°) ») | R=GOKN 7.5kN/m aA vie LEST aaEaass 5 tw Lom Figura 415 Com 6xRyp—4x60=0 +. Ryg=40KN com X My=0 “6 XRyq +2 x 60= Ryq =20kN Observar que a ut izagdo das equagdes (4.14) torna mais simples a solugao, ¢) Carga momento 0) ») S0kN. y 30K A 8 A 8 6m fen tee on Pen _| 3 Como no exemplo 4.6.1, item e, o momento aplicado pode ser transpor- tado para qualquer ponto da viga. A solugo tem, portanto, encaminhamento semelhante. Note-se que sendo a vign bi-apoiada, com ou sem balango, as reagdes de apoio, independentemente do ponto de aplicagao da carga momento, serio sem pre equivatentes a um bindtio que se opde ao carregament. BS Infra-estratura: Ponte em concepgiio de viga Gerber. As vigas do tipo Gerber sdo estruturas apropriadas para utilizagdo de pré- ‘moldados na construgio civil. A viga Gerber pode ser definida, simplificada- ‘mente, como um conjunto de vigas onde uma ou mais vigas tém estabilidade Prépria, com as outras apoiadas sobre elas. A Fig. 4.17 mostra alguns exemplos. 3) 9 fig, 4.1% © Aletra E i as vigas que tém estabilidade propria ea letra A aquelas que so apoiadas, ou, ainda, que adquirem estabilidade através do apoio. As vigas que compéem 0 conjunto so, exclusivamente, vigas engastadas, vigas bi-apoiadas ¢ vvigas bi-apoiadas com extremidades em balango. Os vinculos entre as vigas sio artic ulagbes que ndo impedem rotagao relativa entre elas, impedindo apenas os desloca- ‘mentos relativos. As reagdes nos vinculos intemos so, portanto, forgas que se ‘opdem aos deslocamentos, sendo mulas as reagdes momentos. _ A Fig. 4.18.2 mostra uma viga Gerber sob ago de cargas externas. Deter- Jas reacSes de apoio externas e internas, omento 34 oR of z sia a o-— —__hrw Figura 4.18 Resolugéo A Fig. 4.18.b mostra a viga Gerber decomposta em vigas simples, objeto de célculo de reagdes nos exemplos anteriores. Como visto anteriormente, para cada viga simples existem duas equagdes de equilforio relevantes aplicdveis. O eélculo das reagGes deve ser, entdo, inici- ‘ado pelas vigas apoiadas, devendo, em seguida, ser calculadas as reagdes nas vigas que tém estabilidade prépria. ‘No exemplo, iniciaremos pela viga apoiada D-E. 40KN Viga D-E ; EM, =0 4xRye-1x40=0 Rye =10kN com XM, =0 ARR 43x 4020 Ryy=30kN Detathe da Fig, 4.18.6 38 ‘SOKN) |R=180kN Viga B-D v Feo fre ' Rye Detathe da Fig. 4.18.¢ Com = My =0 6 XRyp +4 X Ryo ~3 x 180-2 x 30=0 substituindo-se 0 valor de Ryo 180 + 4x Rye -540-60=0 +. Ryc = 19SKN Com xX Y=0 Ryg ~30-180+ Ryo — Ry substituindo-se os valores de Rye @ Ryo Ryp-30~180+195-30= Com: = M,=0 —————_! a ~4 xRyy 2x 804M, =0 fh substituindo-se 0 valor de Rvs ~180-160+M,=0 My =340kNm Detathe da Fig. 4.18.6 Com x Y=0 Ry, ~80-Ryy =0 substituindo-se 0 valor de Ry Ryg-80-45=0 2 Ry =125kN Os sinais positivos confirmam os sentidos inicialmente arbitrados. A Fig. 4.19 mostra a viga decomposta, com as reagées obtidas nos sentidos cor- retos. la 9 Som “0 OK rth sounds sown) 8, a 195% Giron fase PORTICOS 1) Corregarnento 1OKN/m pérticos planos so estrutuas lineares, coplanares com 28 cargas ativas & reativas, Os elementos estruturais geralmente sio unidos por nés rigidos, podendo existirartioulagdes entre cles © pértico isostético de nés rigidos é um quadro aberto, podendo ser con- siderado como uma tnica chapa, Nevessita de trés barras ‘vinculares nilo concor- rentes para restringir todos os movimentos no plano- Para o célculo das reagSes bb) Diogrome de corpo Ire de apoio, sio necessérias, portanto, trés cequuagées de equilfbrio. 1 80KN 4.7.4 ~ Exemplo 1 - Pértico simples t Determinar as reagées de apoio para o carregamento apresentado na Rua Fig. 4.20.2. | | 6) Nonogem gos sates a \ com > Ma 6 xRyp 4 x80-10x4=0 + Ryn = 6OKN com , Y=0 RyqtRyp -8020 + Ryq=20KN com , X=0 Ry t10=0 Ry =-1OKN © sinal negative de Rua indica sentido oposto 2° arbitrado inicialmente. - Exemplo 2 - Pértico em balango ‘Determinar as reagdes de apoio para o carregamento da Fig. 4.21.2. °) ») ¢) 10kN/m od 1OKN/ em [SKN or, com c OWN ro, 10k 1 70kN.A i S5KN Figura 421 34 4o Resolugéo Com My=0 “5.x $-2,5 x 50-2 104M, = com )) X=0 2 Mg =170kNm 4 Ryq =55KN A Fig, 4.21.c mostra os resultados encontrados nos sentidos corretos. 4.7.3 - Exemplo 3 - Pértico tri-articulado Calcular as reagdes de apoio, externas e intemas, devidas & ago do carre- As articulagées externas — apoios fixos — do pértico retiram quatro 20KN/m ett, graus de mobilidade da estrutura, permitindo apenas rotagdes em A e E. Temos, Sounn } Neste caso, quatro reagdes extemas de apoio, uma a mais que o nimero dis- 5 pontvel de equagées de equilibrio, Fig. 4.22.b, | ‘A quarta equagio, necessétia para o célculo, pode ser obtida através da A OB LL condigao de nulidade da reagio intema momento, na articulagio C, ow seja, p2m] 4m Me = 0. ») Ra120kN Resolugéo a v > Com z ; ona 5 =M, 6 xRyp—3x120-3x30=0 +. Ryg = 75KN i i igen 422, ZY Obi A resulane da carga driulle AR -120=0 Ry =45KN no techo CD é igual a 80kN com Me = 0 (calculado com as forgas aplicadas na chapa CDE) M, XRyp + 4x Rye 2x80=0 + Ry =-35KN com x xX=0 304 Ry +Rue Para determinar as reagées intemas na articulago C basta “isolar” uma das chapas ¢ com as duas equagdes de projegio calcular os esforgos. ° R=sou ») | 20kN/m Rec Vo ~Otooo, f soi Rc 35k su 3540 ao A <* Figura 4.23 com Ryc =35KN com yy=0 Ryo +75-80=0 +. Rye =5kN ‘Como as reagdes internas aparecem aos pares, com sentidos opostos, na chapa ABC teremos as mesmas reagdes com os sentidos contrérios. A Fig. 4.23.b apresenta os resultados encontrados. Observar que as reagdes internas foram omitidas, por ter sido considerada toda a estrutura na montagem dos resultados, - Exemplo 4 - Pértico atirantado Determinar as reagdes externas ¢ internas para o carregamento aplicado na estrutura da Fig. 4.24.0, 4] ° = ®) —y0xN/m 42 Ret otro, con s tow -_ [A Fig, 424.b mostra o portico “isolado” e a ago do trante sobre as cha pas AC € CB. A reagio F no tirante € intema e aparece a0s pares com sentidos ' opostos. / i ‘Utilizando-se as trés equagdes de equilfbrio disponfveis ‘ com YM,=0 9 xRyp +3XF—3x60-3xF=0 -. Ryp=20KN com | DyY=0 © Rya +Ryp —60=0 o com & Melo Exo huskor Rua +F- A incégnita F € determinada com a condigio de nao existéncia de Teagio. L oO S interna, momento, na articulago C, ou seja, Me = Com Mg = 0, calculado com as forgas aplicadas em CB, M, =3xRyg-1x F=! = 60KN As reag6es intemas na articulagio, Rve € Rue, sio determinadas com as ‘equagées de equilforio, de projegio na chapa CB “isolada”, Fig. 4.24. L03 com xD yY=0 Com Rye =~20kN yy x=0 LA\ Rye = 60kN U2 ; A Fig. 4.24 mostra os resultados encontrados, onde se ode notar que a forga no tirante ¢ as reagées na articul: i aoe ‘ulagdo ndo foram consideradas por serem oo Ty Kody relia é formada por barras retas birrotuladas e sob forgas externas apenas nas rétulas, tendo, como coved jencia, apenas 0 esforco normal, Naturalmente, trala-se de idealizagio, por nfo existir rotula perfeita e pelo fato de sempre exitir peso proprio atuando 20 Jongo das barras. Contudo, per atruturas de barras em que a rigidez de flexdo de cada barra seja ‘muito menor do que a correspondente rigidez axial, com peso préprio pequeno ‘comparativamente as forgas ceamente aplicadas nas rotulas e de eixos geométricos concorrentes em PorvO® nodais, 0 cera ge barras birrotuladas, simoltaneamente com a substituigdo do peso proprio de tiga barra por forgas concentradas em suas extremidades, conduz @ resultados muito bons cies omparagdo com os resultados experimentais, Iss0 ocorre mesmo nas esoNh que as ligagdes entre as barras sejam semi-rigidas, desde que os eixos sejam concorrentes em pontos nodais, como ilustra a treliga metélica esquematizada m4 Figura 6.1, visto que pequenas excentricidades no encontro dos elxos das Barras, simultaneamente com a Btuaglo de esforgos normais elevados, provoeam momentos fletores no despreziveis, comparativamente com esses esforgos. Os esforgos normais calculados com as hipOteses de r6tulas perfeitas, de eixos geométricos concorrentes ¢ de forgas externas atuantes apenas em pontos nodais so Sgnominados esforcos primdrios, e 0s esforgos adicionais devido 20 niio-cumprimento dlessas hipéteses so chamados de esforgos secundarios. Assim, os esforgos secundérios ce ue despreziveis frente aos esforgos primérios para que © modelo de teliga seja adequado. ‘As treligas, ou estruturas reticuladas de nds rotulados, so muito utilizadas em coberturas, tomes de transmissio e pontes metélicas. Estas itimas so mais leves, ceentes, € rigidas do que as vigas constimidas de barras solicitadas a flexio, denominadas vigas de alma cheia. 43 @2) -Processo de equilibrio dos nés Este processo foi apresentado por Whipple em 1847 e aplica-se as treligas simples.” Consiste em resolver as equagdes de equilibrio dos pontos nodais de uma treliga, ao considerar um ponto de cada vez e estabelecer que as forgas nodais externas fiquem equilibradas pelos esforgos nodais internos. Nisso, utiliza-se 0 princfpio da agdo e reago, pelo fato do esforgo que uma barra exerce sobre um ponto nodal ser igual ¢ de sentido contrétio a0 esforgo que esse ponto exerce sobre a barra, como ilustra a préxima figura ‘com a barra JK tracionada pelo esforgo normal Nx =Ny,- E como as forgas que incidem em cada ponto nodal de uma treliga plana so coplanares e concorrentes, aplicam-se apenas as equagées de equilibrio DF, =0 e EF, =0. —— ‘Agdo dos pontos nodais Je K ‘Agi da barra JK sobre os sobre a barra JK. pontos nodais Je K. — Barra tracionada. 'A chave deste processo, ilustrado através dos préximos trés exemplos, é escolher uma seqiiéncia de pontos nodais para escrever as equagées de equilibrio, de fal maneira que se tenha em cada ponto no maximo dois esforgos desconhecidos, 0 que permite a resolugio dessas equages. E na sistematizagio do proceso, é usual Time que todas as barras estejam tracionadas, © que equivale a supor. ae Oe barras “puxem’ os pontos nodais, como mostra a parte dirita da figura anterior. Assim, os esforgos calculados com sinais negativos sao de compressio, Etapas: 1) Numeragéo dosnés: de 108. 2)Rigidez: b + v=2n > 13+3=2x8> 16=16. 3) Equilibrio da estrutura: céleulo das reacdes nos apoios. Neste caso, pela simetria, V,= Vy = 4 KN. 4) Andlise dos esforcos: método anallitice ou dos nés. 4S Né 1: wer 2-2 senO= 0,447 TN 9O= <7 > | cosO= 0,894 “27 \0 oF —— oA = ¥ Fa F,, senO+ 1k = 4k AkN Fa =o = 6,71 kN (compresséo) Fi, =Fycos = 6,71kx 0,894 = KN... (tragéo) N6 3: : Fy = Fag = 0 (esforco nulo) 2 Fy = Fas = OKN (trode) fa fe 4Ro-4a-P-3a-5P-a=0 > R,=2,0P DR =0 Rg +Ry-P-5P=0 > R,=4,0P Para determinar 0 esforgo na barra AB pode-se seccionar essa barra e a rétula I (clementos de unido das duas treligas simples) como mostra a préxima figura, quando, entdo, além da incégnita Nap, tém-se as incdgnitas Fx e Fy na rétula 1 Figura E6.4b — Primeira seco da treliga composta da Figura E6.4a. Contudo, € mais pritico seccionar a teliga como mostra a Figura E64c, por conduzir diretamente a determinago dos esforgos nas trés barras seccionadas. Para tanto, considerando 0 equilfbrio da parte esquerda em que a treliga foi dividida, faz-se: M, =0 2P-2a+Nyy:a—P-a=0 Ny, =-3,0P DR =0 + {2P-P-N,,cos4s° =0 > {Np =V2P Do =0 Nap +Ny+Np, cos45° = 0. Nin =2,0P- Essas equagées foram escritas em ordem que permite a direta obtengdo de um esforgo normal por equacdo, evitando a resolugao simultinea do sistema de equagées, Note que ap6s 0 céleulo-do esforgo Nas com a primeira dessas equagées, 0 esforgo Nu poderia ser determinado através da utilizagao da equagio de equilforio SM, =0, sem a necessidade do conhecimento do esforgo No. E uma vez que tenham sido determinados os esforgos nas barras seccionadas, os demais esforgos podem ser obtidos com o processo de equilfbrio dos 16s, por recair em andlises de treligas simples. Figura 6.4c — Segunda segdo da trelica composta da Figura E6.4a, Dmotom Later 19, 20 +2! Neste capitulo estudaremos as forgas internas originadas pela interago entre os pontos ou partfculas que constituem os elementos componentes da estru- tura, Nas estruturas isostéticas, a existéncia destas forgas internas esté condi- cionada & ago de cargas ativas. Para evidenciar as forgas internas é necessério’separar 0 elemento estru- tural em andlise em duas partes, através de um plano de corte imagindrio, Este procedimento é conhecido como método dos cortes ou método das segdes. 5.2 - DEFINIGAO DOS ESFORGOS INTERNOS OU ESFORGOS ‘SOLICITANTES Para a definigto dos esforgos intemnos, a estrutura, ou parte dela, é consi- derada na sua posigio indeformada, sendo suficiente considerar as condigées de equilfbrio vistas anteriormente. Consideremos 0 corpo sélido da Fig. 5.1.a. Seja aplicado a ele um carrega- mento externo Pi, P,, ..., Py...» Ph, cujas condigdes de equilfbrio estejam satis- feitas, Através de um corte imaginério, por uma segdo genérica S, pode-se supor © corpo separado em duas partes. Cada uma, separadamente, em geral néo se encontra mais em equilfbrio, Este fato decorre da eliminago, pelo corte, das bar- ras vinculares intemas. Como 0 corpo, como um todo, encontrava-se em equilfbrio antes de se efetuar © corte, conclui-se que as interagSes entre as particulas da segio A esquerda e as da segdo a direita garantiam o equilfbrio das duas partes. Estas interagdes podem ser interpretadas como sendo forgas internas, transmitidas na sego do corte imagindrio, Para cortes em seges diferentes, as forgas internas transmitidas sao, em geral, diferentes, Para restabelecer 0 equilfbrio em cada uma das partes basta aplicar nas segdes, & direita e @ esquerda do corte, os sistemas de forgas que representam a ‘ago da parte esquerda sobre a direita e vice-versa. 56 ») Figura 5.1 ‘As forcas intemnas, como jé vimos, aparecem aos pares com sentidos opos- tos. Deste modo, a parte esquerda age sobre a parte direita, da mesma maneira que a dieita age sobre a esquerda, Fig. 5.1.b, ‘As forgas internas geralmente sdo distribuidas de forma complexa sobre as SeG0es, mas, no entanto, as eondigses de equilibrio so satsfitas para cada parte Separadamente. Isto significa que a resultante das forgas intemas, na segio genética S, pode ser obtida pelas condiges de equilforio, aplicadas tanto na Parte esquerda quanto na direita do corte imagindrio. Esta resultante & chamada esforgo geral interno ou esforgo geral solicitante na segdo S. No Capftulo I aprendemos a decompor, ou reduzit, um sistema de forgas ‘plicadas em um mesmo corpo rigido a uma resultante i aplicada em um ponto, ‘mais um binério M..Com a ajuda desta propriedade da estatica dos compos rigi- dos podemos reduzir o sistema de forgas internas aplicadas na segdo do corte imagingrio a uma resultante ® aplicada no centro de gravidade da segiio, mais um binério M, A Fig. 5.2.b mostra esta redugdo executada na segdo & direita do corte, A resultante eo bindtio Wi coincidem com a resutantee 0 momento resltante das forgas & esquerda de S, Fig. 5.2.0. 9) ») °) sm Figura 5.2 Esta tiltima afirmativa pode ser demonstrada da seguinte forma: Reduzindo o sistema de forgas intemnas aplicadas na sego a direita do corte para o centro de gravidade da segao segue-se ms = Li Ma= > i) 1) onde i(s) € 0 momento da fora interna },(s) em relagdo a0 centro de gravidade da segio, Por outro Indo, reduzindo o sistema de forgas extemas aplicado na parte esquerda do corpo para o centro de gravidade da segdo a direita do corte, segue-se Rag = Z Paw Mreg= > Mica (5.2) onde Mia, € 0 momento da forga genérica aplicada na parte esquerda, em relagdo ao centro de gravidade da sego & direita do corte. Como Siki(s) € ¥:B.(s) representam a agdo da parte esquerda do corpo sobre a parte direita, podemos escrever LiO = Thy Lao =F Mey (3) ‘Comparando as equagées (5.1) e (5.2) com (5.3), segue-se Pt 7 ea zi Zz n= Mrog (5.4) Naturalmente, o mesmo raciocinio 6 vélido para a segio & esquerda do corte imaginétio. Desta forma, nesta segao teremos a resultante R e o momento resultante Ma nas mesmas diregdes e com sentidos opostos. ‘As componentes da resultante i do momento resultante Mx, que determi- nam o esforgo geralsolicitante, ficam situadas na tangente & linha central ou eixo do corpo e no plano da seco do corte. Tais componentes recebem o nome de forga normal ou forga axial N, forga cortante Y, momento torgor T e momento fletor M. As componentes N, V,T eM sao chamadas, de forma geral, de esforgos solicitantes ou esforgos internos na segdo em estudo, As Fig. 5.3.a¢ 5.3.b mos- tram a decomposicdo de i ¢ Mi. respectivamente. Figura 53 s+ A forga normal Ne 0 momento torgor T tém sua posigio determinada 38 pela tangente ao eixo do ‘elemento, necessitando apenas de suas intensidades Para que fiquem caracterizados. J4 0 momento fletor Me a forga cortante V necessitam de duas componentes no plano da segao. Figura 5.4 Através de um sistema de coordenadas cartesianas com eixos x, y ¢ z, odemos definir a intensidade e a posigio do momento fletor e da forga cortante, A Fig. 54 mostra as componentes dos esforgos solicitantes Me V segundo taiseixos, Os esforgos solicitantes so definidos, portanto, por seis componentes: trés de forgas ¢ trés de momentos, N- forga normal Wl g | Forgas cortantes vs momento torgor “al momentos fletores 5.3 - SIMPLIFICACAO PARA OS SISTEMAS PLANOS Para o caso freqiiente de cargas coplanares ao plano da estrutura, os esforgos solicitantes se reduzem a trés componentes, ‘Supondo a estrutura no plano xy, teremos a forga normal e a forga cortante aplicadas neste mesmo plano. © momento fletor terd seu vetor normal ao plano xy e 0 momento torgor ndo oderd existir, pois ndo pode haver cargas fora deste plano, ‘Nos casos planos Podemos, portanto, dispensar os {ndices ¢ os esforgos Solicitantes serdo simplesmente My VN? Como foi visto na Segdo 5.2, as condigdes de equilfbrio da estética ‘sdo- suficientes para a determinago dos esforgos solicitantes. Estes podem ser calew- lados através do corte imagindrio por uma segio genérica $, que separa 0 ome, FiguraSS.a €m andlise em duas partes. Na prética, os esforgos solicitantes podem ser cuca Jados utilizando-se dois caminhos: 4) Considerando-se uma das partes do corpo, & esquerda ou a direita Corte, os esforgos solicitantes na segio em questo podem ser calculados Sendo as componentes da resultante © do momento resultante das forgas ex aplicadas na outra parte, reduzidas para o centro de gravidade da seco em Desta forma, se escolhemos a secdo & esquerda do corte imaginério, teremos My =X Mier VYo= DY ae N= DX ae 6S) ‘Onde EM, a, representa a componente M, do momento resultante das forgas-aplicadas na parte direita, em relagéo ao centro de gravidade da seglo S. As srandezas LY, wy © EX; ax representam, respectivamente, as componentes Ry € R, da resultante das forgas aplicadas na parte direita da segdo. A Fig. 5.5.b repre~ senta a determinagdo dos esforgos sol ntes através deste caminho. Esse caminho pode ser chamado de céleulo direto dos esforgos solicitantes. ) Escolhendo-se uma das partes, & esquerda ou a direita do corte, os esforgos solicitantes na segdo escolhida podem ser calculados como sendo as componentes da resultante e do momento resultante das forgas internas aplicadas na seco, reduzidas para o centro de gravidade. Como j4 vimos, estas forgas internas representam a ago da outra parte sobre a segio em andlise. Como as partes, sob a ago das forgas externas e internas, esto em equilfbrio, as condig6es (1.56) da Seglo 1.11 sdo satisfeitas, para cada parte, separadamente. yx y y=0 xM (5.6) Desta forma se escolhermos, por exemplo, a parte & esquerda do corte, aplicando os esforgos solicitantes na segio S, teremos juntamente com as cargas aplicadas um sistema de forgas em equilfbrio. As equagdes (5.6) serio, portanto, suficientes para o célculo dos esforgos incégnitos M, V e N. A Fig. 5.5.c repre- senta 0 céiculo por este caminho. ‘Conhecidas as cargas aplicadas na estrutura, podemos sempre calcular os esforgos solicitantes em qualquer segio. Em geral, os esforgos solicitantes variam de sego para seco, sendo necessério, por conseguinte, conhecer as leis Vs) Figura 55 de variagio destes ¢ longo variagao destas grandezas ago destes esforgos ao longo da estrutura. A variag internos, também Jizada tragando-se os diagramas dos esforgos intern al one ae ixo da barra e a mados diagramas de estado. Nestes, a abcissa representa 0 et chamados ordenada, 0 respectivo valor do esforgo. 5.4- CONVENGAO DE SINAIS (Qualquer que seja 0 caminho adotado para o céleulo dos esforgos intemnos estaremos sempre somando forgas e momentos, E conveniente, portanto, esta- belecer uma convene de sinais para os esforgos solicitantes, esforgo normal N tem o sinal convencionado independentemente da osigao do observador, ndo depende da seg analisada ser & direita ou a esquerda do corte, Convencionamos uma forga normal, ou axial postiva, quando o sentido da forga € 0 de sai da segdo em andlise; © como negative, quando o sentido é ode nlrar na segdo. Estaticamente, a forga normal positiva quando provoca uma tragao ‘Pega em andlisee negativa quando provoca uma compressdo. A Fig. 56 ilustra a ‘convengo de sinal para a forga normal, 2) N@ °) Figura 5.6 © momento fletor, nas estruturas planas fletidas, aparece sempre no plano Xy. Se 0 tinico esforgo solicitante for um momento fletor, teremos 0 estado co- nhecido como flexao pura. Em geral, o momento fletor aparece acompanhado de forgas cortantes também no plano xy, Estes esforyos configuram o estado conhe- ido como flexio transversal. © sinal do momento fletor esté relacionado com a curvatura da pega fletida e 0 sentido dos eixos xy. ‘A Fig. 5.7.2 mostra a definigao do sinal do momento relacionada a posigo dos eixos fixos xy. © momento fletor positivo provoca na pega fletida uma curvatura tal que 0 centro de curvatura O fica com sentido contrério ao eixo y. Naturalmente o con- trério ocorre com 0 momento negativo. De qualquer forma, ambos provocam na superficie convexa alongamento das fibras e, por conseguinte, tragdo, Nos diagra- mas desenhados para visualizar a variag3o do momento fletor, as ordenadas sto desenhadas do lado tracionado da pega. Nao hé necessidade de se indicar o sinal, Podemos convencionar o sinal.do momento fletor na segdo em andlise, independentemente do sentido dos eixos externos xy ¢ da posigo da seco em relagdo ao corte, A Fig. 5.7.bilustra esta convengao, Se 0 momento resultante das forgas aplicadas no lado a esquerda do corte 1) Momento positive & negative ») rn) MEM Reg a Figura 5.7 6\ {iver sentido horério, 0 momento fletor na segdo é positivo. Se o momento resul- tante das forgas aplicadas no lado & esquerda do corte tiver sentido anti-horério, 0 sinal do momento fletor na segao € negativo. ‘A regra inversa deve ser aplicada & direita do corte: momento resultante das forgas & direita € com sentido horétio, negativo; momento resultante das forgas a direita e com sentido anti-horério, positivo, A convengdo de sinais para a forga cortante mostrada na Fig. 5.8.a Pode-se estabelecer, & semelhanga da convengo para o momento fletor, uma regra que independe da posigo da segio em relagao ao corte: Se a resultante das forgas aplicadas na parte & esquerda do corte provocar tendéncia de rotagio horéria em relagao a seco, a cortante é positiva, Se a resul- tante das forgas aplicadas a esquerda do corte provocar tendéncia de rotagdo anti- hordria, a cortante 6 negativa. Naturalmente, para as forgas aplicadas no lado & direita do corte vale a mesma regra. A Fig. 5.8.b ilustra esta regra. °) Nos diagramas dos esforgos cortantes, as ordenadas positivas geralmente séio desenhadas na parte superior e as negativas na inferior. Recomenda-se a indi- cago do sinal. 5.5 - EXEMPLOS DE APLICAGAO Exemplo 1 62 Calcular os esforgos solicitantes para o carregamento dado nas segdes transversais Sy, S; © S, da viga simplesmente apoiada da Fig. 5.9. 63 Vigas horizontais carregadas transversalmente ndo sofrem ago de esfor- @) Diograma de corpo livre - ) Pea . 08 axiais, portanto os esforgos solicitantes procurados em cada segio transver- SKN 40k 15KN sal sfio as forgas cortantes e os momentos fletores. , ys 4) Cleulo das reagbes, Fig. 5.10 Ry Ry Com b) Montagem dos resultados X Ma= Tx Ryg-5x 15-4 x 10-15 x 5=0 yp =17,SKN Sit town) 15kN a 8 com DyY=0 12,5kN 17,54N Magura 5.18 Ry, +17,5-15-10-5 =0 Ry, =12,5KN 6) Céileulo dos esforgos solicitantes Equilibrio das partes s esforgos internos podem ser calculados através do equilfbrio de uma das partes separadas pelo corte imaginério, obtido com a aplicagio dos esforgos incégnitos, supostos positivos, na segao transversal. Sy mt : \ Segio $, a 12,5kN Escolheremos a parte esquerda da viga, devido ao menor niimero de forgas | hoe _| externas aplicadas, Fig. 5.11 Figura 8.11 Com Z Y=0 125-V,=0 +. V,=12,5kN com XM, =0 M,-1x¥,=0 +. M,=12,SkN.m Os sinais positivos de V, e M, indicam que os esforgos solicitantes sio oN | S2 Ma ppositivos, como supostos inicialmente, A —— | ‘\ v2 ) Ve Segio S, Escolheremos, ainda, a parte esquerda, pelo mesmo motivo anterior, Fig. 5.12. Figura 8.12 Figura $312 IM M,~3xV,~ 1,5x5=0 +. M;=30kN.m s sinais positives de Vz ¢ Mz indicam que os esforgos sio positivos. Segio S, Neste caso serd mais cémodo trabalhar com a parte direita da viga, Fig. 5.13. Com ¥ Y=0 Vj-15417,5=0 Vy com YMy=0 My+2,5xV,-2x15=0 My }6,25kN.m (O sinal negativo de V; indica uma cortante anti-horéria na segio transversal. Calculo direto Os esforgos internos, em uma determinada seco transversal, também Podem ser calculados diretamente como sendo as componentes da resultante das forgas e dos momentos das forgas que atuam na parte da viga a direita ou & esquerda da sego em questiio, Fig. 5.14, 12,5kN}1 0m “el _| Figura 5.14 Segao S, ‘Tendo-se em vista a convengdo de sinais da Segao 5.4, Fig. 5.7.b e Fig. 5.81b, e considerando-se as forgas aplicadas a esquerda de $, M,=1x12,5 -. M,=12,5kN.m V,=12,5 » V, =12,5kN Considerando-se as forgas aplicadas & direita de S, M, =6x17,5—4 x 15~3x10-0,5x5 +. M,=12,5kN.m V, =17,5+15+1045 + V, =12,5kN Segio S; Considerando-se as forgas aplicadas a esquerda de S, X17,5-2x15-1x10 2M, =30kN.m Vz =-17,5+15+10 2.Vy =7,5KN Considerando-se as forgas aplicadas & direita de S, Mz =4x17,5-2 x 15-1x10 V, =-17,5+15+10 Seco S, Considerando-se as forgas & esquerda de Sy 4,5.x12,5-3x5-05x10 2. M; =36,25kN.m V,=12,5-5-10 2 Vy =-2,5kN Considerando-se as forgas a direita de Sy My =2,5x17,5-0,5 x15 +, My =36,25KN.m V; =-17,5+15 Vy =-2,5N + Ruston Late, $822 * Mewunko Teer \ ° racerlorw > Uma bane che Ne Fou UW GA iy pe T A* B a ge Cowl anyon de sonal vo (+) O weno tenes Toe eae dae porte DIAN pov - ~ vo sche he oy 6.1 - GENERALIDADES =" Como vimos no capitulo anterior, os esforgos solicitantes estio associados ‘a.uma determinada segdo transversal. Mudando-se a segdo transversal em geral 08 esforgos solicitantes associados a esta nova segdo serio diferentes. E conve- niente, portanto, expressar a variago da grandeza dos esforgos internos a0 longo do eixo da estrutura. Esta variagdo, sego por sego, pode ser mostrada graficamente utili- zando-se o eixo da estrutura como eixo das abcissas, com as ordenadas repre- sentando a grandeza do esforgo solicitante. 6.2- TRAGADO DOS DIAGRAMAS ATRAVES DE EXPRESSOES ANALITICAS DAS FUNGOES DOS ESFORGOS SOLICITANTES Este procedimento seré melhor ilustrado através de um exemplo numérico. Seja tragar os diagramas dos esforgos solicitantes para o carregamento aplicado na viga da Fig. 6.1.0. 20kN| lakn Riya kN 3 Figura 6.1 A Fig, 6.1.6 mostra 0 diagrama de corpo livre da viga com a forga op inclinada substitufda pelas suas componentes aplicadas transversalmente e paralela ao cixo da viga. As reagdes stio determinadas pela aplicagio das equagdes de equilfbrio. Com. YM, =0 6xRyp—4x8-2 x 20=0 ‘yp =12KN com > x=0 Ry, +6=0 com Sy-0 Rya+Ryp-20-8=0 . Ry, =16KN A Fig, 6.2 mostra a viga com as forgas aplicadas nos sentidos corretos € 08 cortes genéricos que serio utilizados para 0 equacionamento dos esforgos soliei- tantes. O eixo x, das abcissas, tem origem em A e corre ao longo do eixo da viga eon Pow | Fe ro 4 y 207 | 200 | 20m geet Como o carregamento aplicado € descontinuo (cargas concentradas), as expresses analiticas para as fungdes devem ser determinadas em cada trecho delimitado pelas cargas. Segio genética S, (0x <2) Considerando as cargas aplicadas & esquerda do corte, M = 16x (kNm) N = 6kN V = 16kN Figura 5.7.b Segdo genérica Ss) (25x54) Considerando as cargas A esquerda do corte, ® ynPrees M = 16x-20(x-2) (kNm) N = 6KN V = 16-20 = ~4kN Segiio genérica S, (4) BRN As reagées, caleuladas no Capftulo IV, estio representadas na Fig. 7.5 Neste exemplo, temos um carregamento distribufdo descontinuo © tanto dois trechos. O trecho sem carga distribufda apresenta o diagrama ¢ constante ¢ 0 de M, linear, No trecho com carga distribufda a cortante é linea ‘momento fletor, pardbola do segundo grau. 6x0 ( diagrama de V nao tem descontinuidade, pois nao existe carga concent aplicada no vio da viga, mas apresenta uma angulosidade no ponto onde come carregamento distribufdo, Fato devido & descontinuidade do carregamento. Figura 7.5 diagrama de M 6 continuo, sem angulosidades. Isto indica que a parte line- ar do diagrama é tangente & parabola. Tragado do diagrama da forga cortante No trecho com p-=0, a cortante é positiva e numericamente igual a 8KN. No segundo trecho, para tragar a reta de V basta mais um ponto, por exemplo a cortante ‘no apoio B, negativa, pois anti-horéria, ¢ numericamente igual a 16KN. O diagrama ‘std indicado na Fig. 7.6.0. °) 8 Ow yy A RS, 1 1 \ \ 1 >) t i i I Deen 9 I eS ‘s Ht LS t=12 Mpa 21.28 Figura 76 19 Tragado do diagrama do momento fletor ‘Como 0 momento fletor em A € nulo, para tragar a reta de M basta mais um valor da fungo, assim no extremo do trecho linear temos M=2x8=16kNm © momento em B também € nulo, portanto temos definida a corda Parébola, ou a sua linha de fecho, Basta, portanto, 0 valor da flecha que 6 6x4? =12kNm_ © momento méximo ocorre no ponto em que a cortante se anula. Assi com as forgas aplicadas no lado direito da viga anulamos a cortante na seg @nm) genérica, distante x, do apoio B. A t pp V=16+6x, =0 «x, =2,67m TB, ‘© momento méximo vale, entio, 6. f=12 ' =2,67 x 16~6 x 2,67 x 282 = 91284 21.28 2 Figura 7.6.6 O diagrama completo esté representado na Fig. 7.6.b. ) Carga uniforme distribulda parcialmente ©) Corregamento lai b) Reages de apoio iw que podem ser facilmente calculadas, so apresent das na Fig. 7.7.b. Neste exemplo, & semelhanga do anterior, o carregamento distribufdo Parcial e so trés os trechos a se considerar para o tragado dos diagramas. caso da forga cortante, temos dois trechos constantes interligados por um trecl intermediétio linear, No caso do momento fletor, os trechos lineares das extremidades so ta gentes ao trecho parabélico. As outras consideragdes sto semelhantes as « exemplo anterior, Os diagramas completos estilo representados na Fig. 7.8. °) 6 19 Om YUH . | lk Re ! Xm=3, Le b) } Ow) a | i vata Célculo do M,,, V=-84+7x(x,-2)=0 2 x, =3143m Mya, =8 x 3143-7 x (3143-2) x Ouen2) 20,57kNm ) Carga uniforme descontinua Carregamento . 10%N/m As reagies sfio facilmente determindveis e esto representadas na Fig. TKN/ en 190. we AA descontinuidade da carga indica um ponto singular, ou angulosidade, no, | Col | (1 7 diagrama da forga cortante. Em cada trecho com carga distribufda, a fungdo é lin- ear. Como sfo conhecidas as cortantes em A, 25KN, ¢ em B, -29KN, basta deter- ‘minar 0 valor de V na segdo onde a carga distribufda muda de valor e tragat as retas, ©) Corregamento 10kN/m Maio + 2} 7 ds ©) Reagies de opoio 104N/m Tk /m vs eet Mae 42.05, Figura 7.10 Figura 727 Assim, considerando as forgas & esquerda da segao, V=25-14=11kN diagrama da forga cortante esté representado na Fig. 7.10.2, Em cada trecho com carga distribuida a fungao de M é uma pardbola do segundo grau, todas distintas entre si. No ponto onde ocorre a descontinuidade dda carga, no entanto, a tangente &s duas fungdes tem a mesma inclinago, ara tragar o diagrama do momento fletor basta, portanto, determinar o valor de M na segiio onde p muda de valor, assim teremos, considerando as car- gas do Indo esquerdo da segao, M=2 x 25-1x 14=36kNm Com as flechas das pardbolas em cada trecho pode-se construir 0 dia- ‘grama, © momento méximo ocorre no ponto onde a cortante se anula ¢ pode ser assim determinado Va-29+10x,=0 xq =2,9m 2,9 Mg = 2:9 X 29-10 x 2,9 x 7 Moy = 42,05kNm Exemplo 4 - Carregamentos combinados ‘As estruturas podem ser submetidas a carregamentos combinados, tais como cargas concentradas, distribu(das e momentos, nas mais diversas situag6es. Resoly- ‘eremos, neste item, alguns casos convencionais, visando aplicagbes préticas futuras. Retornaremos aos exemplos numéricos, para evitar a utilizagao dos exem- plos como formulirio ¢ levar o leitor a resolver cada situagio & medida que forem surgindo nas suas aplicagdes em andlise estrutural. a) Cargas concentradas e distribuidas Exemplo 1 Determinar os diagramas dos esforgos solicitantes para o carregamento da Fig. 7.27.0. Céilculo das reagdes ‘Como 0 carregamento é transversal ao eixo da viga, s6 existem reagdes verticais. Conforme o diagrama de corpo livre da Fig. 7.27-b, com YM, = 0 6 xRyg-3x90-2x30=0 Ry com LY = 0 Ryq +55-30-90=0 Ry, =6SKN ‘S5KN ‘A montagem dos resultados est4 apresentada na Fig. 7.28. SON 15kN/m gt | | | I gO Esforgos solicitantes 1 Para efeito do célculo dos esforgos solicitantes a carga concentrada, de 55k | 3OKN, divide a viga em dois trechos com carga uniformemente distribufda, Figura 7. i i igura 7.28 Assim, as forgas cortantes variam linearmente, com a mesma inclinagio em cada rrecho ¢ o diagrama tem uma descontinuidade no ponto de aplicagio da carga. Para definir as linhas da forga cortante, bastam portanto dois pontos, no inicio € na extremidade de cada trecho. Desta forma teremos Vq = 65KN Cortante & esquerda da carga concentrada Veq = 65-30 =35KN (horéio) Cortante a direita da carga concentrada Var = 65-30-30 = SKN (horério) ‘Vp =—SSKN ‘© momento fletor varia parabolicamente em cada trecho, bastando, por- tanto, para sua definigfo, as flechas e as cordas das respectivas parbolas. No ponto de aplicagdo da carga concentrada, o diagrama apresenta uma angu- 7,5, losidade, ou ponto singular. © momento méximo ocorre no ponto em que a cortante se anula, Nos apoios, o momento fletor € nulo, bastando calcular 0 Figura 729 momento fletor no ponto de aplicagio da carga, 30 M= x 65-1 x 30=100kNm (tragdo embaixo) Os diagramas de V e M estio ilustrados na Fig. 7.29. ‘A estrutura da Fig. 7.27.a poderia facilmente ser resolvida superpondo-se 8 carregamentos, concentrado e uniformemente distribu(do, aplicados isolada- ‘mente na viga simplesmente apoiada, conforme mostrado na Fig. 7.30. 30kN _ VSKN/m. SOkN 15kN/m, Jet, Pm] im Po Pomp wm Fo bmp mt Figura 730 Comhecidos os diagramas de estado, das forgas cortantes ¢ dos momentos fletores, para cada carregamento, estes podem ser superpostos somando-se alge- bricamente as coordenadas, segto por segiio, Os diagramas finais sfo apresent be dos nas Fig. 7.31.a¢ 7.31.b. KN) 15 Ween 86 38 Aq i Figura 731 Exemplo 2 Fig. 7.32, trada, ¢ linear no segundo. concentrada Vu =25-20=5KN, ov Vue =-35+40=5KN (horério) ‘© momento fletor varia linearmente no primeiro trecho e paraboticamente no segundo, Para tragar 0 diagrama de M basta determinar 0 momento fletor no ponto de aplicago da carga ficando, entZo, definida a posigio da corda da parébola. M=3x25=75kKNm, ow M=5 x 36-40 x 2,5=75kNm _(tragio embaixo) ‘A Fig. 7.33 mostra os diagramas dos esforgos solicitantes V e M. +b) Cargas concentradas, cargas distribu(das e carga momento Determinar os diagramas dos esforgos solicitantes para o carregamento € estrutura da Fig. 7.34.0, Ou pe) 30. Determninar os diagramas dos esforgos solicitantes para o carregamento As tages de apoio sio imediatas e encontram-se indicadas na F 7.32.b. Como no exemplo anterior, os diagramas possuem dois trechos distint A forga cortante é constante no primeiro trecho, a esquerda da carga cones Para tragar o diagrama de V basta determinar a cortante & direita da cat om A 75 25, 0) Carregamento 40KN) 1OKN/m ©) Reagdes de apoio 40KN 1OKN/m Figura 734 AS reagdes de apoio so facilmente calculaveis através das equagdes de equilfbrio. Assim, com 5M, = 8 x Ryp -80~4 x 80-3 x 40 com SY = 0 Ry, +65-40-80=0 2 Ry, =SSKN Para efeito do tragado dos diagramas dos esforgos solicitantes considera- ‘mos dois trechos, com carga uniformemente distribufda, & esquerda e & direita da carga de 40kN, A forga cortante 6, portanto, linear, tendo a mesma inclinagiio em ambos 68 trechos. No ponto de aplicagao da carga concentrada o diagrama apresenta ‘uma descontinuidade, com “salto” numericamente igual ao valor da carga. Sabendo-se que nos apoios a forga cortante é numericamente igual as Teagdes, resta determinar 0 esforgo & esquerda e A direita da carga concentrada, Vox = 55-30 = 25kN Va, = 55-30-40 =-15kN °) Ow 55 » ®om °) linn de techo. Figura 738 © momento fletor varia parabolicamente em cada trecho. No apoio A é nulo € no apoio B & numericamente igual ao momento aplicado, tracionando 3 face superior da viga. No ponto de aplicagio da carga, o diagrama de M tem ume angulosidade. Para tragar 0 diagrama de momentos fletores basta calcular 0 esforgo ne ponto de aplicagio da carga concentrada, definindo a posigo das cordas dat pardbolas. M=3x55~1,5 x 120kNm_ Os diagramas completos esto na Fig. 7.35. © diagrama de momentos fletores poderia ser facilmente tragado po: superposigdo dos diagramas da carga momento e da carga concentrada mais ¢ distribufda. E a seguinte a seqiiéncia dos procedimentos: 1 Traga-se a ordenada M = 80kNm, na extremidade B, tracionando em cima. Unindo-se com a extremidade A, obtém-se a linha de fecho do diagrama, Fig. 7.36.3; II-- Na posigdo da carga concentrada, a partir da linha de fecho, “pendura-se” a ordenada M = 150kNm, obtida no ponto de aplicago da carga de 40kN, na viga carregada com a carga concentrada mais a distribufda, Fig. 7.36.b; IIL - Unindo-se a extremidade livre da ordenada com as extremidades da linha de fecho obtém-se as cordas das parabolas. Calculam-se as flechas respec- tivas, o que permite a construgo das pardbolas e a conclusao do diagrama, Fig. 7.36.c. a0, coud M=403x5. 4 101515 150K . 2 80, 150 4 Exemplo 5 - Viga engastada ou em balango BS 1) Determinar os diagramas dos esforgos solicitantes para os carregam tos aplicados na viga em balango da Fig. 7.37. As reag6es de apoio foram cal ladas no Capitulo IV e podem ser vistas nas Fig. 7.37.4 a 7.37.f. Q ” 20KN y 206N + 4m co cl jo Gq 8 om t Ht son ows 2 oD} a 10kNm 10K 10KNm >) ¢———_———_" ©) @) (ny y 4m 4 Figura 737 s diagramas sto imediatos e nao requerem nenhum célculo, com exce, INIMNIRATITTITY aa etna pron caregumento da Fig. 737 Lembrand as el A 8 entre carga, forga cortante e momento fletor, podemos formular: Para o carregamento da Fig. 7.37.a, a cortante é constante porque no occ ©) Dom ‘carga distribufda. O diagrama de M é, portanto, linear. Com M, = -80kNm (tra ° em cima) ¢ My = 0, traga-se a reta, A Fig. 7.38 ilustra os diagramas de estado. ‘No caso da carga uniforme, a cortante varia linearmente e 0 momento { tor é uma fungdo quadratica. A linha da cortante passa pelos pontos Va = ( [im Va = 20KN, definindo o diagrama, Com Ms = 0 ¢ My = —40kNm, f definida a corda da parébola e com f = 10kNm constr6i-se o diagrama, Os d Figura 7.38 gramas esto na Fig. 7.39. 20 » Ow ») @twmm) 10 A 8 a 8 Figura 7:39 No terceiro caso, o momento fletor é constante, implicando na nulidade da forga cortante. Este tipo de solicitagdo & chamada de flexdo pura. A Fig. 7.40 Figura 7.40 apresenta o diagrama, 2) Podem ocorrer, nas vigas em balango, carregamentos como os da Fig, 7.41.a, Nestes casos, os diagramas dos esforgos solicitantes so semelhantes aos do exemplo 1. As Fig. 7.41.b ¢ c registram os diagramas dos esforgos solicitantes em Fungo da posigo do carregamento. ©) Corregamentos ‘ fo, abivet fs On HUTS? eee 8 * 9 8 ©) Momentos fletores Po 2 pg? ro 4 8 ime AWUININUITTT-~“ a t + Figura 7.41 Exemplo 6 - Viga simplesmente apoiada com balango Determinar os diagramas dos esforgos solicitantes, M e V, para os carre mentos aplicados nas vigas da Fig. 7.42.a. As reagées de apoio foram calcula no Capftulo IV e estio registradas na Fig. 7.42.b. ©) Corregamentos oy zsunfy sown ; : | Hy Dos _ S i= By a zs bom Pep Tm Fal b) Reagdes de opoio 7,5KN ei r 30kt , ok ALI To, : J f BS NOkN 40KN !20KN /40kN SkN Figura 7.42 3 Tragado dos diagramas Os esforgos solicitantes provocados pelo carregamento concentrado + Constantes, no caso da forga cortante, tanto no vo AB quanto no balango variam linearmente no caso do momento fletor. A cortante no trecho AB (B exclufdo) € numericamente igual & reago apoio A, com sentido anti-horério, portanto negativa, No trecho BC (B exclu ¢ mumericamente igual a carga concentrada e hotétia, portanto positiva, P ‘agar o diagrama de M, basta calcular 0 momento fletor no apoio Ms = ~60kNm (tragdo em cima), A Fig. 7.43 apresenta os diagramas, © carregamento distribufdo provoca forga cortante variando linearme em cada trecho, com a mesma inclinagdo das retas. Para tragar as linhas, ba calcular a cortante & esquerda e a direita de B, j4 que a cortante na extremids do balango, ponto C, é nulae no apoio A tem a magnitude da reagio Ry, 9) Foon eotonte ©) tes) 4) Mamet near) tn 60 ape ¥ FQenr Figura 743 Veen, = 20-45 = ~25kN 7 9. Vasc = 15KN L 2 Para tragar o diagrama dos momentos fletores basta calcular 0 momento & om B, My = -15kNm, e determinar as cordas das pardbolas nos dois trechos, lembrando-se de que os momentos em A e em C sio nulos, L 2 9 Os respectivos diagramas estiio apresentados na Fig, 7.44, 2) Fong crane) ©) Momento tor) (any s ¢ e 2) Forge cortnte any 33,75. A 5 ¢ Figura 744 a Te s S A carga momento aplicada na extremidade C do balango no provoca cor- {ante no trecho BC. Em AB a cortante é constante e anti-horsria, valendo SKN, __») Momento fletor Wt) (km) © diagrama de M 6 constante no balango, provocando tragdo na parte 30 superior, portanto negativo, ¢ igual ao momento aplicado. No trecho AB é linear, pec Tf variando de Mx = 0 a My = ~30kNm. aes Os diagramas respectivos so apresentados nas Fig. 7.45.a.¢ b, Figura 745 (6). Canactus Keo Grows hecoA de &) Sy Ks Ns ours GD SuKoduyoo | Na Resisténcia dos Materiais vai-se estudar a determinagéo da | geometria (formas e medidas) das segdes transversais das barras para | suportarem os esforgos internos a que estiverem submetidas. Para tanto, serGo estudadas algumas propriedades da geometria das segées, de suma importéncia para os cdlculos de resistencia mecénica. Seréo utilizados referenciais cartesianos tri-ortogonais de forma que xoy seja 0 plano da seo, 02 eixo paralelo ao da barra (perpendicular as secées). segdo. £2} Quho de Gran dode (CG) ow Oonko de qarcdodt (CG) ce Om Compe ze yee nk pod cowmncdsro Lo, ao Oye Cor GOR CUE fener clo. Gounr do ke che tO oO | Anologamente: 8 => petro Powe, YO wo torino © Ca de Poo’ cows ortdmarte 4 ow ce abi e Neyer steep cho de (C4) sPoure 1 ercorher ww De Foon, palrtacoa ar Gunotigntt cro on meio oe okt wre PAO dito. ObS: OCG. deuma wap Rownveest © £0 wane nnsion sn nce fees de norton de tinea 22 a3) pod en cakurlodors yrto* EDakdo Qraniua Lane ew slags oo te S| a peel Pe Y proaty Co gee Ee Leon pention Oe ye va / ye go it i2eh _ - WEE GB) terwonsto da. Pasition (5) eu, wowwuto @ de negro, ordsw (in & Tyy). - O mower ols NACL role om ou - duc bunt p AQ vo SSA ole 4201 cog e orto ASK Cg am tee clk wm jon cure fn © oy Lwcncca. ole wm Cpe diprol No Pare Bo aero Cente but mou pow rove yaw do nro b ole nossa qe orte™ ofoteta do LCXO AX Ose Umido daw ; ow i YY) 4 4 Tye (fy'an tye [fer @ Naor prow, postive)! © aunts ole TAAL S pop ®) definimos como sendo o momento de inércia da érea A, também chamado de momento de 2° ordem, em relacdo aos eixos xe y, a expressdes: Dada uma érea A e um par de eixos x e y, perpendiculares entre si, @ Esta definicéo matemética, do momento de inércia, indica que a drea A 6 dividida em pequenas partes, dA, e cada porte da érea 6 muliplicada pelo quadrado de seu brago de momento em relagéo ao eixo de referéncia. L=[ay'dA Aunidade de momento de inércia 6 m* (usualmente cm* ou mm‘). Obs.: © momento de inércia é muito usado nos problemas relativos & flexdo de vigas. ~Iyely rae prewar porluver!!] Exemplos 1 = Momento de inércia de um retangulo em relacéo a sua base: | y4 u=[Voa : ll h 3 y Analogamente: b x 2 Momento de inércia de um retngulo em relacao ao eixo centroidal x: > ae b= [ay = bf ya PF ee [A gH [ea = of yay = 5 le 318 8 ab H wes Ea DECORARI!! hb? Analogamente: |, = D Xe Y: eixos baricéntricos L= J va =f + yi da = = Jy + fay. da +fviaa ‘Analogamente: = FA +25fdA + fy" dA = ay ° @ — DECORARI!! 4.3.3 - Exemplos @) No caso de retangulo: : # Em relagéo & base: |, = & h * Em relagGo ao eixo baricéntrico x: (d = Q) L=h+Ad (aay - Teorema dos eixos paralelos 36 © Teorema dos Eixos Paralelos, também conhecido como Teorema de Steiner, permite transferir 0 momento de inércia em relagéo aos eixos baricéntricos ou centroidais para outro eixo paralelo qualquer, ov vice-versa, da seguinte forma: bh? onl eee DECORARI!! b) No caso do tridngulo: * Em relagéo & base: |, -H ¢ Em relaco ao eixo baricéntrico : (d=—] I= Ad? bh bh? oe 122° (2) be DECORARI!! Obs - vol muna, mr sim poneial XD ole INnQrn AR. 7 ee passonm an are yoo eS conan (asin | ACO Ga) - Raio de giragao de uma érea: k our Consideremos uma érea A, que tem um momento de inércia |, em telagéo ao eixo x. Imaginemos a concentragéo desta Grea A em uma faixa estreito, paralela ao eixo x. Se a érea A, assim concentrada, tem o mesmo. Momento de inércia em relagao a0 eixo x, a faixa deve estar colocada a uma distancia k,deste eixo, definida pela rotagéo k, ondek, = hs[y'da = [eda = faa Ee DEcoRaRI Obs.: 1) O raio de. giracGo é também chamado de raio de inércia. 2) O raio de giragéo tem aplicagdo no célculo de flambagem. + Momento de inércia polar: I, © momento de inércia de uma Grea relativo a uma reta oulcie) perpendicular ao plano da érea é chamado de momento polar de inércia. La] Pda =f oeyada Jean + [yea = 141, p @ Tprtxttly povelot Lor 48 15cm 5Scm 20x5x2,5+15x5x12,5 _ 11875 = 6,78 cm y= 20x8x20 + Toner = 175 175 1) Céleulo de |, L=l-Av Lethe 20x5' 5x15 15x5x128 = 3 12 12 = 833,3 + 13.125 = 13.958 cm‘ |, = 13.958 - 175 x 6,787 = 5.913,5 cm? 2) Céleulo de |, “ 5x 20° a 15x5' |, 27 ekxo de simetria=f, 12 12 = 3.489,6 cm* 3) Céleulo de le I=L+1=5.913,5 + 3.489,6 = 9.403cm‘ (Momento polar de inércia) 4) ke k, (raios de giragéo) 5.913:5 _ 5 81 cm, 175 20cm 4x7 x24 18x13,5 _ 439 - 954m 14x2 +18 46 1, = 14x20? | 13x18" _ 3.015,3 em! 12 12 ; 3 nee 12+ 1820 + 184 13,5" = 5.111,3 em! 1, = 5.111,3 - 46x 9,54? = 924,7 cm! 3- Peril | ou duplo T: t: espessura da meso e: espessura da alma H=30cm | h h; altura da alma H: altura do perfil b: largura do mesa 4a) Ceniréide: conhecido =eixos de simetria: Xe 7. b) Momentos de inércias |, ky: Tf 2cm 30cm A=2x14x24+2x2x30 = 176cm’ 2cm L 9) ya Mae CAA =23.354,6 em {of ‘ 1 pax, x2 +{ 30x19 . Ase] - 28746 ont 12 12 12 ou patel, | S022 + 90x24] 2 = 2.874,6 em! b) I 2.5546 = 11,52 em A 2.8746 _ 4 04 cm 4-176 Fommiorne- ds Gro bvopriedas afore ectanle,, vrwowsto ye os (conser, RGAE

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