A Natureza e A Função Da Fantasia - Susan Isaacs

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dlein, mn. ah ak QA gmegenin eta F cemillast Ro me [pre ol po, 1486 Introdugio J. Mfrovos pe EsTUDO 44) Métodos de Observecio, b) O Método de Psi, 4) flies ‘Situagao de Transferéncia; A Vide Mental ‘antes dos Dois Anos de Idade. TE. A NaTuREZA # A FUNGKO DA FANTASIA Usos Comuns do Termo “Fantasia”; A Fantasia co- me Conteddal Primério dos Processos Mentais In mo ientes; Alucinacdo e Introjegdo Primaria; Dif contades no Desenvolvimento Inicial Decorrentes da Gunrasia; Fantasias e Palavras; Fantasias e Experitn- ia Sensorial; A Relacao da Fantasia Inicish com 0 Processo Primario; Instinto, Fantasia ¢ Mecanismo; Fantasia, Imagens da Meméria e Realidade. Introdugio Une zxasee cxnas, das contribuigdes 2 teoria peicenalitica moe marie que o temo “fantasia” tem sido usedo em diversos se5- Ndee gr diferentes autores © diferentes épocss. Os seus vase 80 Os Procressos DA Psicanduise, Quando o significado de um termo técnico se amy maneira, deliberada ou insensivelmente, ‘isso acontece, pone te, por tima boa razdo: porque os fatos ¢ as formulagées te6rieas que cles necessitam o exigiam, O que precisa set observado mais minuciosamente ¢ elucidado em nossos pensamentos é a relacto entre of fatos, Este capftulo preocupa-te sobretudo com a defi nigio de “fantasia”; isto é, com a desctiggo de séries de jatos ‘que 0 uso do termo nos ajuda a identificar, organizar e relacio- bar com otras sie sigaicativs de aoe, “A mule pate do ‘se segue consistird nesse mais telagdes Sie ce Siecone process one swrado des A medida que 0 trabalho da Psicandlise, em particular andlise de eriangas pequenss, foi progredindo 0 nosso. conbe- cimento do perfodo mais remoto da vida mental se desenvolveu, as relagBes que passamos 1 discernir entre os primeitos proces: sos mentais ¢ 06 tipos posteriores e mais especializado cionamento mental correntemente chamados “fantasia” levarem suitos de nés a ampliar a conotagéo do termo “fantasia” na acep- so que vai ser agora desenvolvide. (Uma tendéncia para am- pliar 0 significado do termo jé € evidente em muitos dos escri- tos do préprio Freud, incluindo o seu extme de fantasia income péprio Freud parcors anu, ue ow dom vers, & rode fu sempre protetd que ee afo fse quulgu’ inollicia fo ten ‘exdo ‘de pllvm em af'9 gue ele fer fl eoplat 0 concton,dandl tm mult Zompleo conte, torntlo aulo ceapreesivo. ie, prose Fates ievitie 00" wablko cules, cin er que anita soap {2 poe cel, conc ue cam anon conidia tun scrplo consent, dey set ecplade asd thes 50 ‘mamos a sua significagfo inconsciente.”” % thes A Narureza © A FUNGKO DA FANTASIA 8 Este capitulo nio esté primordialmente interessado em tabelecer qualquer contetido particular da fantasia, Abordarei, sobretudo, a natureza ¢ fungio da fantasia, como um todo, ¢ 0 seu lugar na vida mental, Serio usados exemplos reais de fan- tasia, para fins ilustrativos, mes néo se sugere que esses exem- plos sbrangem todo 0 dominio nem que sejam sistematicamente escolhidos, E certo que a mesma prova que estabelece a exis téncia de fantasias, mesmo nos primeiros anos de idade, também fnos fornece tuma indicacio do seu catdter especifico, contudo, © aceitarse a prova geral sobre a atividade da fantasia desde 0 principio da vids, e sobre o lugar que a fantasia ocupa na vide ental, como um todo, nao implica automaticamente a aceitagio de um determinado contetido de fantasia numa determinada ida- de. A relagdo entre contetido ¢ idade poderd transpareces, até cetto ponto, nos capitulos seguintes, para os quais 0 presente ca- pitulo tem como intuito preparar 0 caminho, mediante conside- ragées de ordem geral. Compreender a da fontasia na vida men- tal envolve o estudo. das fas = tal, isto é, du imeiros. tr _ de vida, Manifesta- -se, por vezes, ceticismo quanto & possibilidade de compreender a vida psiquica nesses primeiros anos — em contraste com @ ob- servagio da seqiiéncia e evolugo do compottamento, De fato, ‘estamos longe de ter de confiar na mera imaginagéo ou na adi- vinhagio cega, mesmo a respeito do primeiro ano de vida, Quan- do todos os fatos observéveis do comportamento séo conside- tados & luz do conhecimento analitico obtido dos adultos e das criangas de mais de dois anos de idade, ¢ sio postos em relagio, com 08 prinefpios analiticos, chegamos a muitas hipéteses que contém um elevado grau de probabilidade © a muitas cértezes fespeitantes aos processos mentais primordisis. (ol Os nossos pontos-de-vista sobre a fantas anos de vide baseiam-se quase inteiramente na inferéncia, mas, , afinal, essa base é vilida em qualquer idade. As fantesias ine "5 conscientes sfo sempre inferidas, nko sio observadas como tal; 1" lise, de modo geri, bases. predominant: clmentsinleido- © Como te do paciente adulto, também ele nfo ‘nos conta suas fantasias inconscientes diretamente nem nos con- fia, a propésito, suas resistencias pré-conscientes, Podemos ob- servat, muitas vezes, de_um muito direto, as emogies € atitudes de que o préprio pacient se dé conta; esses € mul, bay ta teen TLD cacdserfo 0 y prlocipals, © as ‘ formular fundamentam-se numa con bergéncia desas trés ordens de elementos probatérios. 4) ConsideragSes respeitantes as relagbes entre certos fa- ts tora ebay endo que & multi des Tats © cdc, sen se deu até agora um tratamento 8 ee ands plenamente consideredas, ems relagSes requerem os postulados igh te cms ch boa nogedas © al sdopadamene te compreendidar. me Rape toe er ati Snead poe anaes ee Sa ant ios meios & disposig#o da ciéncia do desenvolvimento infantil. I. ropes pe EsTuDo . 4) Métodos de Observagdo “Antes de considerarmos « nossa tese principal, talvez sj Stil examinermos sucintamente certos fundamentais mache fanto da nue ue fe exenpiinds ts 4 natureza e a que sio tox etalon mon (paises cos ay ta das tl fértels © recentes pesquisas sbbre 0 desenvolvimento e evalugio do comportamento, Em anos recentes, uma grande variedade de técnicas apesegoale paste sada de Upecns penises do desea vimento infantil, E um fato notével que os pesquises observe- cionais dedicadas a0 desenvolvimento da persooalidade © das re- ages sociais, assim como, especialmente, aquelas que tentam chegar a uma compreenséo dos motivos ¢ do proceso mental, em geral, tendem a dar cada vez maior atengio a certos princlpios , & ser examinados agora, Esses princlpios as co- | dos. Por “‘contexto” ente A Natureza & A FUNGKO DA FANTASIA 83 locam em mais estreita concordincia com os estudos clinicos ¢, assim, formam um elo valioso entre os métodos de observagio ea técnica analitica. Sdo eles: 4) a at jo_aos_pormenores; Fe eee connate) a eiude dconnldade pe / 4g) Todas as contribuigées sérias para a psicologia infan- til, em anos recentes, poderiam ser citadas como exemplos ilus- trativos da crescente compreenséo da necessidade de atender aos pormenores precisos do comportamento da criansa, seja qual for ‘© dominio da investigasio: emocional, social, intelectual, apt ses locomotoras ou ranipuladoras, percepsio e linguagem. As pesquisas de Gesell, Shirley, Bayley e muitos outros sobre 0 desenvolvimento mental nos primeitos anos de vida exempli- ficam esse principio. O mesmo se pode dizer dos estudos expe- rimentais e observacionais do desenvolvimento social, ou das vvestigagoes sobre 0 comportamento infantil por D. ‘W. Winni ott eM, P, Middlemore (N. C. 2). As investigagées de Mid- dlemore sobre 0 comportamento de bebés, na situagio de ams- mentagio, por exemplo, demonstraram até que ponto mesmo ss reagées mais primitivas dos bebés podem ser variadas € com- pplexas, quando observadas e comparadas minuciosamente, ¢ quio Intimamente as experiéncias da ctianga, por exemplo, © modo como ela € manipulada © amamentada, influem nas fases se guintes do sentimento ¢ da fantasia e, de modo geral, nos seus pprocessos mentais, jotia dos progressos na técnica observacional ¢ expe- itetada para faclitar a observasio_e registro wor dost pormenotes 20 ‘Composuimente. Refairime rirme- oparpuaniz ‘srruaK 08 not oad soperouanguy opuse 9 Js} sau2pod snze 80 wo 9 como ‘ 2 cal |p iH aye tH Heute : : Here ne Ca rele iraiiitat : a ERT, GT dU a Hany ia ml HWE ailrebnit fe! : cy phan aD 20h, PD Ceca pen fince yy aits + Petcanhuise A Roe naa ner ee 2 Os Procrissos Da \ ‘A Nevuneza & a Funcho ba FANtasta 1 meio extern ¢ o fato de que tanto a grat tw ee me oe i pa ” mecend a ma da relagio entre wae He pcos dee 9 acne. os el ts ta eo eu ceaieace laden 2o8 a f i e Ae thE wee ee aS oe Pact icaeeh mili ig | ee tea ee ie ead Bee ei ting ® HE Belt i § ‘A Naturezs & A FUNGKo DA FANTASIA Resumo 2) Com base nos conceitos aqui desenvolvidos: 4) As fantasias sio 0 contetido primétio dot procestos mentais inconscientes. 5b) As fantasias inconsclentes sio, primordialmente, sobre corpos, ¢ fepresentam os anseios instintivos em relagio aos ob- jetos. ¢c) Essas fantasias sfo, em primeiro lugar, representantes pefquicas dos instintos Iibidinais e destrutivos; no infcio do de- mento, passam a le. 4) Os conceitos postulados por Freud de “reslizagio alu- cinatéria de desejo” de sua “identificagiio priméria”, “introje- cdo” € “projecdo” constituem » base da vida de fantasia. e) Através da experincia externa, as fantasias tornam-se ais elaboradas e suscetiveis de expressio, mas no dependem de tal experitncia para existirem. }) As fantasias no dependem de palavras, embora possam, em certas condig6es, ser capazes de exptessio em palavras. g) As fantasias primitivas so experimentadas em sense- 6es; mais tarde, assumem a forma de imagens plésticas ¢ repre- sentagies draméticas, +) As fantasias tm efeitos psiquicos ¢ corporais, por exem- plo, nos sintomes de conversio, qualidades fisica, cardter © pex- Naade sinters ates Heat ea i anne iil Ab a i Hl ila ve inh a] i Hp i Bey Hl 3 In ‘le ae : : OTMUdvD Ba SV.LON “wuronxe opspyeas ¥ woo 3 S819 woo soperpos se SPEPaISUE NO of rap Opses=zut ens sanuMUTEIOP suseIUT ar ‘susnOMsU OU fesop oparp snup ane Boge © coy pasta 80 tap ot “ “om rag TIYNVOISY Ya sossmuDONg sO VisvANVg Va OYONN Y @ VZRENLYN V et HT ie UE UE ee ra ill H ili Hil ee sel i inl i Hi hi i SB [ny ite i ty eae ol if HE : He a a HW Biot Eh i Hat fea iawn j TH] pg URREPEELEPEE. 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