Download as pdf
Download as pdf
You are on page 1of 270
CALCULOS DE ESTAUTURAS METALICAS | O Tamanho do Galpao Este album tem por objetivo mostrar, passo a passo, como sé calcula um galpao em estrutura metilica, indo desde sua fundagao até a cobertura. Tomaremos como exemplo, um galpao de | Sm x 40m (15 metros de largura por 40 metros de comprimento) ¢ um pé-direito de 6m. A firea total deste galpdo sera de 600m? que é © produto da multiplicagao da largura pelo comprimento (1 5x40= 600). Utilizaremos neste Galpio a telha galvanizada trapezoidal, Para a estrutura metalica usaremoso ago MR-250. A inclinagao do telhado é de 27% (vinte e sete por cento) ou 15,11° (quinze ponto onze graus). Esta inclinago pode variar de acordo com o tipo de telha escolhide oumesmo de acordo com o projeto arquitetOnico aser seguido. ‘Tesoura ilustrativa. Nocoes basicas Pé-direito: 6 a altura que vai do piso até a parte mais baixa da tesoura ou, caso possua forro, até a parte inferior do forro, ou seja, ¢ a altura livre que o galpao possuiré. hVRVYRVRVYRVM NVRVRYRVRVNY MR-250: Eo tipo do ago a ser utilizado. Existem outros tipos de ago no mercado, mas para a fabricagao de perfis, o MR-250€ 0 muito comum. Tetha trapezoidal: Possui este nome porque tem © formato semelhante ao de trapézios, como mostra o desenho abaixo: LSS SAIS Exemplo de tetha trapezoidal (Neste galpao ela serd em ago galvanizado) OS PERFIS: Existem intimeros tipos de perfis no mercado, sejam eles dobrados, laminados, usinados, ete No nosso caso, utilizaremos apenas perfis dobrados para as estruturas, chapas lisas ¢ ferros redondos lisos para o contraventamento ¢ a chumbag&o do pilarna fundagao, (Os perfis utilizados neste galpdo so: C Perfil U enrijecido, representado pelaletra C. oO ‘Tubo fechado, formado por dois perfisC. f Chapalisa. oO Ferro redondo, representado pela letra, CONHECENDO AS PECAS QUE COMPOEM A ESTRUTURA METALICA Pilares ou colunas: 580 elementos estruturais que tém a finalidade de transmitir as cargas vindas das edificagdes para as fundagSes, ou seja, transferem para a fundagao todas as cargas vindas dorestante daestrutura. Tesouras ou treligas: sio elementos estruturais que suportam as cargas do telhado ¢ dao estabilidade as estruturas, Sdo conhecidas também como Vigas de ‘Cobertura. Sao elas que firmam as tergas ¢ transferem suas cargas paraos pilares. Tercas: 380 elementos metilicos de apoio ¢ fixagdo das telhas. Recebern todas as cargas vindas da cobertura. Contraventamento: é um sistema de travamento das estruturas com a finalidade de distribuir as cargas de vento ¢ garantira estabilidade dos conjuntos estruturais. Mao-francesa: E um sistema de travamento da terga com 0 objetivo de conter sua deformagao. ~\MAO-FRANCESA As maos-francesas silo feitas, geralmente, utilizando cantoneiras (L) Catha: & uma chapa metilica fina, dobrada ¢ colocada de forma que poss a escoar ‘a 4gua da chuva que desce através das telhas, impedindo assim que esta gua caia pelas laterais, podendo ser direcionada.a um ponto determinado, Fundacdo: A fundagio ¢ parte essencial em qualquer edificagao, pois é ela que transmite as cargas vindas de toda a estrutura_parao terreno. No caso do nosso galpdo, utilizaremos o sistema de tubuldes, Existem também fundagdes com Sapatas, estacas, etc. SOLONATURAL Tethas: As telhas sdo os elementos que protegem toda a estrutura da chuva, sol outros fenomenos da natureza que poderiam danificar a mesma, causando-lhe ferrugens ¢ outros danos. No Galpao que vamos calcular, utilizaremos a telha trapezoidal de ago galvanizado. Os principais tipos de TELHAS sao fabricados dos seguintes materiais: ago galvanizado, que pode ser com ou sem pintura. Aluminio, também com ou sem pintura. Fibrocimento, segaio ondulada e canaleta, PVC ¢ fibra de vidro, com as quais so feitas as TELHAS translacidas (para iluminagao natural) e ainda as TELHAS SANDUICHE, com fungio termo-aciistica, proporcionando conforto com aredugio de ruidos ¢ barrando temperaturas extremas. SOLDA ELETRICA A soldagem, sendo um processo metalirgico de unir pe¢as metalicas, ¢ feita por fusiio. As partes a serem soldadas sao fiundidas ¢, nesse estado, com a adigao dos elementos quimicos dos eletrodos, 80 ligadas por solda. A solda por arco elétrico, que ¢ 0 principal usado em perfis estruturais, se explica assim: forma-se um arco voltaico entre a pega ¢ 0 eletrodo e o material base é aquecido a uma tempe- ratura cm torno de 4.000°C, de modo que as bordas s¢ fundam. Ao mesmo tempo a ponta do eletrodo se funde sobre o material base, misturando-se com ele para preencher ajunta de soldagem, INICIANDO O DIMENSIONAMENTO DO GALPAO ‘Como 0 Galpao proposto para calculo neste manual é de médio porte (15mx 40m), © espagamento entre COLUNAS pode ser de 5 m., sendo que as tesouras, que apoiariio nas COLUNAS, ficariio também 5 metros equiidistantes, Galpdo me- ~L dindo 15 x 40.m. Espagamento entre COLUNAS: 5m [ Em Galpées pequenos e médios, o espacamento entre COLLNAS deve ficar entre #0 6 metros O FORMATO DAS TESOURAS Sendo um galpfio retangular c simétrico, podemos colocar todas as tesouras iguais Isto facilita o projeto ¢ a execugdo da obra, Vamos calcular uma tesoura treligada com parte em banzos paralelos ¢ parte em banzos triangulares. A parte de banzos paralelos foi deixada to apenas para que tenhamos maior altura no meio do galpdo. Os calculos serio explicados mais adiante, no detalhamento de projeto. Banzos POSS eA Banzos triangulares parcinomert co Barz superior para ganhar espa- 0 na altura do gaipao. Tendo o Galpaio 40m de comprimento e estando as tesouras ¢ colunas Sm equidistantes, teremos 9 tesouras ¢ 8 vos Espagamento entre Tergas Para o espacamento entre tergas, podcmos deixar, neste caso, 1,42m e 50 cm. nas extremidades paraacolocagdo dacalha. UTILIZACAO DOS PERFIS Os perfis C serao utilizados nas tesouras, nas tergas ¢ nas colunas. No caso das colunas, os perfis C formariio caixa fechada. A chapa lisa ser4 empregada na cabega ¢ nas bases das colunas, para o fechamento superior ¢ inferior da caixa. (O ferro redondo liso sera utilizado nos contraventamentos echumbadores. TERGAS BANZO SUPERIOR \ FECHAMENTO CHAPA LISA FERRO LISO REDONDO A ORIENTACAO DOS CALCULOS O cAlculo de um galpao, como de qualquer outro edificio, deve ser realizado de cima para baixo, pois as cargas sdo transferidas dessa forma. Uma carga vem do telhado, passa para as tesouras, das tesouras para os colunas ¢ das colunas para a fundagao, Por isso, nio podemos calcular uma fundagao sem antes sabermos qual a carga vira de cima. CARGAS SEGUEM DE CIMA PARA BAIXO Definidos os perfis a serem utilizados, precisamos realizar o calculo para sabermos a espessura de tais perfis. Parao calculo do galpdo, devemos considerar as seguintes cargas: e Peso proprio; . Sobrecargas; . Vento As cargas acima, sio formadas de varios tipos de elementos fisicos. Vejamos alguns: Forga: € 9 produto da multiplicagde entre massa ¢ aceleragao (F=m.a). Esta aceleragdo pode ter varias origens, mas aqui utilizaremos somente a aceleragdo da gravidade que ¢ igual a 9,81 m/s*. ‘A forga édivida cm duas partes: Tragdo: E: a forga que se aplica no sentido do comprimento perfil e trabalha do centro paraas extremidades. eZ Compressdo: ¢ a forga que se aplica no sentido do comprimento pefil ¢ trabalha ds extremidades parao centro, ws Me woo Momento; é © produto da multiplicagdo entre forga ¢ distdincia (M=F.d) Esta forga é aplicada geralmente em bases de coluna. No nosso caso ela sera utilizada para o cAlculo do coluna ¢ da fundagio. z Mz ¥ My Pr x Mx: é a forca momento sobre o eixo X My: € a forga momento sobre 0 cixo Y Mz: é a forga momento sobre 0 eixo Z ( momento “torgio") Pressao: E 0 resultado da divisio entre Forga ¢ Area, Esta forga sera aqui utilizada, para calcularmos as sobrecargas existentes no galpao. Forca Atea = Largura x Comprimento PressGo = Forga Peso: ¢ 0 produto da multiplicagao entre massa ¢ a aceleragdo da gravidade. (P = mg), lembrando que g = 9,81 m/s?. Esta forga deve sempre ser considerada nos cAlculos. Amassaé variayel de acordo com o material utilizado. Peso = Massa x Gravidade: Consideradas as forcas citadas, precisamos também saber o sentido de aplica¢ao das mesmas (horizontalmente, verticalmente ou em um eixo local ao do perfil), Eixas locais: $8 considerados de acordo com acoloca¢ao do perfil. Eixo Local I: Eo cixo que existe ao longo do perfil. Eixo locat 2: £ o¢ixo horizontal perpendicular ao cixo local, Eixo local 3: £ o¢ixo vertical perpendicular ao eixo local 1, Eixos locals: (sua posicte depende da forma que o perfil esti colocado) Além dos eixos locais, temos também os cixos globais que so aqucles fixos, independentemente da posigdo do perfil. Sio os eixos X, Y ¢Z. Tais eixos so os que formam o chamado plano carteziano, no caso especifico deste galp&o, vamos considerar o eixo X no sentido da largura, ocixo Y no sentido do comprimento co eixoZ na altura. Colocando esses eixos em relagao a Terra, cles ficariam da scguinte forma: Eixo X: Ehorizontal, no caso donosso galpao, representaa larguradomesmo. Eixo ¥: Também horizontal, representandoo comprimento do galpao. EixoZ: E vertical, representandoa altura do galpto, Peso préprio: ¢ o peso da propria estrutura, de cada perfil e chapa utilizada. Este valor ¢ obtido multiplicando 0 peso de cada pega da estrutura. Para sabermos 0 peso deum perfil, devemos multiplicar sua area de chapa por 0,785 queé um valor aproximado do peso especifico do.ago. (Esta parte serd explicada maisa frente.) Estes slo exemplos de alguns perfis, lembrando que cada perfil possui | uma massa diferente. ene U simples es Sobrecargas: as chuvas, operarios andando sobre a cobertura, pesos dependurados na estrutura, etc, so sobrecargas. ‘Como nk & preciso exletlar 0 galpao como um todo, ¢ sim apenas uma tesoura ¢ repetir o seu cdlculo para as demais, podemos aplicar esta carga linearmente nos banzos da tesoura. No caso deste galpao, vamos considerar uma sobrecarga de 125 kg/m. Vejacomo ficara o lan¢amento da sobrecanga. Sobrecarga Para as SOBRECARGAS (cargas acidentais verticais), em galpdes médios ou pequenos, pode-se adotar 125 Kyg/m sobre as tesouras - ou 115 Kf. por metro quadrado, considerando a cobertura. As cargas acidentais verticais (sobrecargas) podem atuar ou nao na estrutura. E 0 caso de pessoas trabalhando no telhado, o peso das chuvas, entre outras, Vento: Como o proprio nome ja diz, ¢a forga que o vento exerce na. estrutura. Para tal forga, vamos considerar um valor de 50 kg/m?, Como o vento é uma carga dinamica, para cada parte da tesoura seu valor sera diferente, Como nosso galpio é um galpao aberto, a carga de sucgdo seri maior do que nos galpdes fechados. Em compensagio, acargade vento nas colunas seri menor, di- minuindo, assim, as forgas do momentonos mesmos. Sucedo: E a forga que o vento exerce na estrutura de baixe paracima. f! comose o vento tentasse arrancar a estrutura do chao. O vento entra horizontalmente no galpao ¢ faz uma curva para cima, empurrando as telhas que, por sua vez, puxam © restante dacstrutura. Sucgao Vento Horizontal Horizontal ‘Consideramos para este galpao, dois tipos de ventos, os quais chamaremos de VZ eV90. O vento VZ é aquele segundo 0 cixo Z, ou seja, ¢ a influencia que o vento, no sentido vertical ,exerce na estrutura. Ovento V90 €0 vento que vem horizontalmente. As cargas de vento sdo langadas sobre o cixo Local 2 que, como vimos anteriormente, ¢ perpendicular a posigAo do perfil na ¢strutura. Por isso que nos banzos esta carga se encontra inclinada e nas colunas ¢la se encontra hori- zontalmente. Langamento das cargas de vento (VZ) Os valores de carga de vento aqui descritos, estao em Kg/cm. Mitroorms Langamento das cargas de vento (V90) ; Os-valores de carga de vento aqui descritos, estao em Kg/om. Apés definidas as atuagdes das cargas de vento, peso proprio ¢ sobrecarga, podemos passar entdo para o dimensionamento dos perfis. JA definimos o formato da estrutura, como também ja definimos quais os perfis a serem utilizados. Falta agora saber que espessura desses perfis devemos usar. Este tipo de calculo, para ser feito manualmente, ¢ muito complexo ¢ demorado, por isso ¢ recomendavel o uso de algum programa de célculo estrutural metalico. Utilizando tal programa, podemos calcular a estrutura varias vezes ¢ chegaraum resultado mais seguro ¢ econdmico. Para o nosso galpio, foram definidas varias espessuras paraos perfis utilizados. ‘Vejamos aseguir como ficou definido: Paraos banzos superiores, o perfil ficou C 100XS0X17# 2,25 Paraos banzos inferiores, operfil ficouC 100X50X17#3,0 Nas diagonais, colocaremos um perfil C 90XS0X17# 2,25 Nas colunas, colocaremos dois perfis C 250X85X25 # 4,75 As tergas receberdio um perfil 127XS0X17 #2,25 Explicando a composigdo da tesoura Banzo superior: E o perfil da parte de cima da tesoura, que acompanha a inclinagao do telhado. Ele deve ser mais reforgado, pois recebe maior carga vinda das tergas. vv a C_100X50X17 # 3,0 Explicande: Perfil C medindo 100 mm por $0 mm ¢ parte earijecila 17 mm, dobrado em chapa de 3.mm de espes- sura, Banzoinferior: © 0 perfil daparte de baixo datesoura. Pode ou no acompanhara inclinagao do telhado. No caso desta tesoura, parte dele acompanha a inclinagao (banzo paralelo) ¢ parte esté colocada horizontalmente (banzo triangular), Este nao precisa ser to refor¢ado quanto o banzo superior, pois a incidéncia de carga sobreele émenor. % BANZO INFERIOR C 100X50X17 # 2,25 Perfil do banzo inferior banzo inferior da tesoura € composto por duas partes, uma inclinada ¢ uma horizontal, A parte inclinada foi colocada com o intuito de aumentar a altura do pé-direito no centro do galpao. A utilidade da altura maior varia de acordo com a utilizagdo do galpao. O perfil do banzo inferior da tesoura tem as mesmas medidas do banzo superior, com excegiio daespessura da chapa. Enquanto que para .o banzo superior, para 0s calculos deste galpio, a chapa tem 3 mm de espessura, para o banzo inferior, segundoos.cileulos, nao é necessério chapa mais que 2,25 mm de espessura. Diagonais: 380 aqueles perfis que vio inclinados, num formato trapezoidal, ligando o banzo inferior ao banzo superior. O perfil das diagonais deve ser menor que o dos banzos, pois ele deve se encaixar nos mesmos. No nosso caso, o perfil das diagonais temomesmo formato do perfil dos banzos, ¢ isso refor¢aainda mais a id¢ia de que clas devem ser menor que os banzos. Para as diagonais nao ¢ necessério uma chapamuito cspessa_ DIAGONAIS © 90X5OX17 # 2,25 As diagonais também podem ser feitas utilizando outros tipos de perfis como: U simples, L dupla, L simples, etc, No caso de cantoneiras (L) duplas, deveriamos colocar uma ao lado da outra, encaixando as mesmas dentro do perfil do banzo. Casoas diagonais fossem muito grandes ¢ os perfis escolhidos fossem cantoneiras duplas, 0 correto é travar as mesmas no meio com a propria cantoneira usada na diagonal, para evitar 0 problema de flambagem que ocorre em perfis finos ¢ cam um comprimento grande. Este travamento varia de acordo com a espessura do perfil ¢ 0 comprimento da barra que estamos utilizando. Por exemplo, esse travamento pode ser colocado a cada 60cm ou S0cm. Essa distiincia entre uma trava ¢ outra vai depender da espessura ¢ tamanho das abas das cantoneiras que estamos utilizando. Dingoes! Se a tesoura ndo tem banzo paralelo, ‘Cantonelra as diagonais wio inclinadas ¢ as travas verticais so cha- “oe madas MONTANTES | ace Tesoura Flambagem: E a deformagao que uma pega sobre devido a um esforgo, No caso deduas cantoneiras, elas seabririam. Observe desenho-abaixo: Tesoura com Diagonais - Flambagem j em Cantoneiras Duplas Esforgo Sem travamento ddddd © | 3 «|| |= ik 8 8 2L Tesoura com Diagonais Nao ocorre flambagem em Cantoneiras Duplas Esforgo Com travamento debt 2 5 pul § 8 g- +3 2 Flambagem Como vimos nos desenhos anteriores, quando ndo colocamos travamento, 0 esforgo aplicado no banzo faz com que as diagonais deformem lateralmente, ou seja, € como se elas se abrissem, Quando ha o uso do travamento entre uma cantoneira ¢ outra, este travamento impede tal deformacao, mantendo assim, a tesoura estivel ¢ sem flambagem nas diagonais. Este travamento geralmente é feito utilizando a propria cantoneira das diagonais, porém utilizando apenas uma. Esta pega pode ser com uma espessura mais fina, pois 0 esforgo exercido sobre cla nao ¢ tho significative. Como o proprio nome ja diz, o travamento é utilizado apenas para travar uma cantoneirana outra, No caso do galp%o proposto neste Catalogo, este travamento nio é necessério, pois © perfil C ja é enrijecido ao longo da propria barra. Este enrijecimento é aquela pequena dobra que o perfil possui. Ex.: C 100X50X17# 2,25 Neste caso, o que enrijece o perfilé adobra de 17mm. Os perfis U simples geralmente no necessitam de travamento, a niio ser em caso de perfis grandes ¢ de chapa fina (Ex.: U 250X100 # 2,25) ¢ cujo comprimento da barra utilizada também seja grande, Ex.; Sea coluna fosse um tubo formado por 2U 250 x 100 # 4,75 seria bom que colocassemos travamento de cantonciraa cada 50cm. 4 PILAR 2U 250X100 # 4,75 Colunas: Colunas silo os pilares responsaveis por levar toda a carga vinda das tesouras ¢ demais elementos da estrutura para a fundagiio, Para as colunas so usados perfis mais resistentes. No caso do nosso galpao, os pilares foram feitos utilizando um tubo fechado, feito com dois perfis C 250x85x25 # 4,75, soldados um de frente para © outro, no que dizemos “formato sanduiche”. Como foi utilizado um perfil C, no precisaremos utilizar aquele travamento de cantoneiraa cada S0em, pois o perfil C jac enrijecido, wom QU 250X85X25 # 4,75 \Soldar Este tubo fechado, também pode ser formado a partir de 2 perfis U simples, soldados também um de frente para o outro. S6 que, quando utilizamos este tipo de perfil, é necessaria a colocag#o do travamento em cantoneira como foi mostrado na pagina anterior. As colunas recebem um perfil maior e mais resistente, pols sGo elas que passam para a funda¢do as cargas da estrutura. Tergas: As tercas so os perfis que yao ao longo do galpao com 0 objetivo de receber a cargas do telhado e transferir essas cargas para as tesouras. Elas devem ser colocadas utilizando um perfil C, pois 0 vio que clas precisam “vencer” & grande, ¢ se nfo houver o enrijecido no perfil, as tergas podem deformar muito, As telhas sio“amarradas” nas tergas.. Vencer um vio: Diz-se vencer um yao, quando um perfil ou estrutura possui seus apoios distantes ¢ o mesmo precisaresistir as cargas daquele determinado vao. Amarrar telha: é quando fixamos a telha a terga através de grampos ou outro dispositivo, No caso do nosso galpio, esta amarragio seré feita através de grampos, que silo facilmente encontrados em lojas do ramo, juntamente com as. telhas. Neste galpfio vamos utilizar 5 tergas de cada lado (cada Agua), com espagamento de aproximadamente 1,77 m entre uma terga ¢ outra, deixando 50 cm. no inicio paraa calhae 1 Scmna parte alta paraa cumeeira. oo C 127X60X17 # 2,25 As tergas vao no sentido do comprimento do galpao, travando uma tesoura a outra - no sentido transversal -e servindo de apoio paraas telhas. Para prendermos as telhas as tergas, devemos usar dois , um. normal ¢ um do “tipo.anzol”. O uso desses dois grampos ¢ necessrio para que a telha nflo deslise devido a inclinag&o, © grampo do tipo anzol possui esse formato para se encaixar 4 terga ¢ nio permitir que 0 vento arranque atelha, Fundagao: Nas fundagdes de galpdes geralmente silo usados estacas, sapatas ou tubules. No caso do galpao que estamos construindo, vamos utilizar um ¢ubuldo armado, com 2,50m de profundidade, tendo em vista o terreno pré-estabelecido. Com um raio da base de 1,00m. 0 ¢ubuldo tera o formato de meia-lua (apenas a metade de um circulo), pois estamos considerando que nosso galp%o esta posicionado de tal forma que ocupard todo o lote (terreno) no sentido da largurac a fundagado de uma construgo nao deve invadir o lote vizinho, Assim, 0 mibuldo sera feito somente no terreno onde esta sendo construido 0 galpao. Devido as cargas vindas da estrutura, momentos, peso proprio, cte., este acbulde deve ser armado totalmente, ou seja, nos 2,50m. Esta armagio ¢ necessiria para que diminuamos 0 difimetro do tubuldo, ARMAR uma FUNDACAO: Colocar ferragens de acordo com 0 calcula (Quando usar sapatas e quando usar estacas As sapatas, também chamadas fundagdes rasas, so usadas quando © terreno oferece resisténcia a uma profundidade até 1,Sm. Por outro lado, quando a resisténcia do terreno estiver a Sm de profundidade, por exemplo, ¢ mais econdmico projetar fundagdes por estacas, as chamadas fundagdes profundas, Nivel do solo Tubuldo Base Alargada TUBULAO Detalhes de um Tubulao Vista Superior Solo natural - Vista Lateral ' Cento do Base le Tubuldo Armacio e dimensdes do tubuldo: Como a base deste tubulio vai ser apenas a metade de um circulo, entiio temos que dimensionar abase do mesmo com umraio duas vezes maior do ques¢ ¢le fosse normal (redondo). ‘O que teremos entiio? Para o fuste, a parte curva teré um difimetro de 65cm ¢ a parte reta tera 65cm de largurae 32,Scm de comprimento, ou seja, vamos com a parte reta até a metade do fustec depois fazemosoarco. ue® on 3| \, auie Altura do fuste sera determinada de acordo com a do alargamento. Nonosso caso seraos2,50m menos aaltura que tivermos na base eno alargamento. Para o rodapé, podemos considerar uma altura de 1Scm Odidimetro da base sera de 2,0me 0 Angulo para oalargamento éde 45°. Portanto, a altura do fuste é de 167,5cm que € 15cm de rodapé, mais 67,Sem do. alargamento. Solo natural A ARMACAO DO TUBULAO Apesar de o tubulio necessitar de uma armagao, esta armagao nfo precisa ser muito pesada, Podemos usar para ela ferro de 10,0mm (3/8 ou 7/16) ¢ estribos de 6,3mm (1/4). Estribos: pecas de ferro redondo que amarram os ferros das armagOes, sfo geralmente de barras redondas de 6,3 mm (1/4). Nao ha necessidade de ferros resistentes para os estribos, porque nio recebem carga de grande valor. A Armacdo é feita com ferros que vio de cima a baixo do tubulfio para ajudar a resistir osmomentos aplicados na base, aoe Po s 9% ¥ 28 a 20.2 6,3 CN25S C=225em Paraos estribos, meonnts 6,3mmacada 12,5em. No desenho acima, a descrico do estribo esta colocada da seguinte forma: 20 6 6,3C/12,5C=225em Mas, o que significa cada um daqueles valores colacados embaixo do estribo? © 20, ¢ a quantidade de estribos a ser utilizada, no caso do nosso tubulio, utilizamos 20, porque o mesmo possui 2,5m de profundidade e cos estribos estiio colocados a cada 12,5em. Como ficariaestaconta? Quantidade =250cm/12,Scm ‘Ou seja, a quantidade é igual a profundidade dividido pelo espagamento entre os estribos. C/12,5 € 0 espacamento entre os estribos, ou seja, a cada 12,5 centimetros & colocado um estribo. 0.6,3¢ aespessura (bitola) do ferro utilizado noestribo. C=225em¢ o comprimento do ferro utilizado, nesse caso, utilizaremos uma barra de225em de comprimento. as Esttibos 108 10,0C=250 Feros da amagao Osdesenhos acima nos mostram como ficaram os ferros:retos da armagao. Q primeiro desenho nos mostra o formato para a colocagiio desses ferros, ¢ 0 segundo nos mostra que os ferros vilo ao longo de toda a profundidade do tubuldo, Foramutilizadas 10 barras de ferro de 10mm (ou 3/8) com 250cm de comprimento cada uma. Essas barras vao da cabega (parte mais alta) do tubullio até sua base (parte mais baixa). ‘Vejamos agora que concreto usariamos nesse tubulao. ‘Na cabega do tubulfio, precisamos de um concreto bem resistente, por causas das cargas de momento. Paraeste caso, vamos utilizar o concreto 20MPa. 20MPaé aresisténcia do conereto, MPa quer dizer Mega Pascal, que ¢ umamedidade resisténcia. Este concreto sera utilizado com aproximadamente 75cm de profundidade, Apds: esta profundidade, podemos passar para um concreto um pauco mais fraco. No nosso caso, vamos utilizar 0 1SMPa. | | 20MPa 20MPa a | 7m 15MPa ista g ie Vista Frontal 175. 175 a ee ‘Agora que jé temos os tubulbes detalhados e sabemos as dimensbes deles, loca-los no terreno. LOCACAO & a determinagdo da localizagdo de cada tubuldo, ou elemento da fundagdo, dentro do terreno. Para facilitar essa locagao, tragamos cixos no alinhamento do centro de cada tubulfio. Esses eixos so feitos utilizando linhas (geralmente as chamadas linhas de anzol) para tragarmos 0 terreno de um lado a outro nos dois sentidos (largura ¢ comprimento) ¢, no, cruzamento dessas linhas, vemos colocar o centro dos tubuldes. LOGAGAO DOS TUBULOES Cota: {2 a medida da distancia entre dois pontos. A cota pode ser vertical, horizontal, alinhada, angular, de raio, de didimetro, ete. Nos projetos, clas silo de fundamental importancia para a montagem da estrutura, pois ¢ através delas que ficamos sabendo a distancia entre dois pontos ou entre duas retas. Porexemplo: A distdincia entre o banzo inferior o banzo superior de uma tesoura, distancia entre um pilar e outro, etc, ‘Agora jé estamos com nosso galptio quase todo detalhado. Falta apenas duas pegas. Sao as chapas que vito na base (parte mais baixa) © na cabega (parte mais alta) da coluna. A chapa que vai na cabega da coluna é usada para ligar a coluna a tesoura. Esta chapa nfo precisa ser muito espessa, pois nao recebe muita carga. Esta carga ¢ quase toda transferida diretamente da tesoura para a coluna. Portanto, elaserve basicamente para fechar o tubo que formao pilar CHAPA LISA DE FECHAMENTO DO PILAR Vista lateral Vista Frontal ] Tesoura Ch Cha, Lisa Lisa Pilar Pilar Acchapa lisa para fechamento da coluna sera de 230X300 # 4,75, 0 que quer dizer que ela teré 230mm de largura, 300mm de comprimento ¢ 4,75mm de espessura (chapa 3/16). Lembrando ainda que a chapa que vai na cabeca do pilar pode serde espessura menor do que a que vai na base, porque a da base vai receber as cargas de toda a estrutura, ¢ tem a fungiio de travar a colunano tubulio, nao deixando que o mesmo se desloque, causando varios problemas naestrutura.

You might also like