Ihas de Corpo Oilpaintings On Hy Brasil

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NATIONAL LIBRARY OF BRASILIA

Y I A N N I S M E L A N I T I S

I l h a s d o c o r p o
Oil-paintings on Hy-Brasil

C u r a t o r : G e e r t Ve r m e i r e
March 1st -15th 2012
Y i a n n i s Me l a n i t i s

Ilhas do Corpo

pinturas a óleo

Corpus Islands

oil pantings
Ilhas do Corpo #1, 2012
70 x 50 cm
Ilhas do Corpo #2, 2012
70 x 50 cm
Ilhas do Corpo #3, 2012
70 x 50 cm
Ilhas do Corpo #4, 2012
70 x 50 cm
Ilhas do Corpo #5, 2012
70 x 100 cm
Ilhas do Corpo #6, 2012
70 x 50 cm
Ilhas do Corpo #7, 2012
70 x 100 cm
Ilhas do Corpo #8, 2012
70 x 50 cm
Ilhas do Corpo #9, 2012
70 x 50 cm
Ilhas do Corpo #10, 2012
70 x 50 cm
Geert Vermeire
Antarctica, poems
Antártica, poemas

Antarctica

Listen. Along the


cracking ice fumes a song.
It melts in our silence,
as a sediment it blows
through us.
A crying of seas far away.
We are blossoming.
From our hands is dripping
water of a vague world
on the ground.

No man´s land

We are also visitors,


wandering along the ice.
Homecoming
when our voice cristallizes
falls
purified
silvered
in the shine of a
white mirror.
Univisible becomes our hand
that reaches to what fell.

Tristan

My island rolls in
an unnamed ocean,
veiled between the folds of
other seas, dreaming of eachother.
An organic no man’s land
of found words. No current
is not leading to this island,
which you reach with a leap.
The warm sand extinguishes every waking.
The spoon drift smells of deceased fantasies
between fata morganas brought by the wind.
Voices of dead poets
murmur in circles around the water.
Verses are finding here
their disappearance.

Vapor

As snow are your


words,
untouchable crystals,
endless halls of mirrors,
worlds
turned into themselves,
in their touch
loosing all they still have:
to stay their own dream,
to reach
softly, as ice water
towards
my deepest pores.
What ever was, never will be lost.

The flying Dutchman

After seven years


a flower was growing
between the rotting wood
which expelled us
from an invisible land.
Deadly it became on our boat.
The silver anchor reached a bottom.
The captain appeared
with tender gestures.
Fragile
a yellow flower was breathing
till dawn
andfaded. As a sacrifice
to the blue silence
at the frontier of a human being.

Debarkation

We count our steps


that leave behind traces,
becoming softer,
approaching our own pole.
We presume,
snow-blind.
the outlines
of another person
the borders of a land
behind us.
On that moment, silence.
We hear
ourselves falling.

Antártica

Ouça. Ao longo da
quebra do gelo uma canção esfumando.
Derrete-se no nosso silêncio,
como um sedimento que sopra
através de nós.
Um choro de mares distantes.
Estamos florescendo.
De nossas mãos está gotejando
água de um mundo vago
no chão.
Terra de ninguém

Também nós somos visitantes


vagamos através do gelo.
voltando para casa
quando a nossa voz cristaliza
cai
purificada
prateada
no brilho de um
espelho branco.
Invisível se torna a nossa mão
alcançando ao que caiu.

Tristan

Minha ilha balança


num oceano sem nome,
velada entre as dobras dos
outros mares, sonhando com os outros.
Um terra de ninguém orgânica
das palavras encontrandas. nenhuma corrente
não está levando a esta ilha,
aonde você chegar dando um salto.
A areia quente apaga toda a vigília.
A espuma do mar cheira das fantasias mortas
entre miragens trazidas pelo vento.
Vozes de poetas mortos
murmuram em círculos em torno da água.
Os versos encontram aqui
seu desaparecimento

Vapor

Como a neve estão as suas


palavras,
cristais intocáveis,
corredores infinitos de espelhos,
mundos
transformados em si próprios,
no tocar deles
perdendo tudo que ainda têm:
permanecer o próprio sonho,
para alcançar
como a água durante o derretimento
suavemente
os meus mais profundos poros.
O que sempre foi, nunca será perdido.
Desembarque

Os nossos passos contados deixam traços,


mais suaves, aproximando-se do nosso polo.
Cego da neve, achamos os contornos dos outros,
nas fronteiras de um país atrás de nós.
Naquele momento, no silêncio,
ouvimos a queda de nós mesmos.

O Holandês Voador

Depois de sete anos


surgiu uma flor
entre a madeira apodrecendo
que nos expulsou
da terra invisível.
Tornou-se como a morte no nosso barco.
A âncora de prata encontrou um fundo.
O capitão mostrou-se
com gestos ternos.
Frágil
uma flor amarela estava respirando
até o amanhecer
e desbotada. Como um sacrifício
no silêncio azul
na fronteira de um ser humano.

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