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Rafi Romano Integrando a Prétese, Ortodontia, Periodontia, Tecnologia Odontolégica e Cirurgia Plastica no Tratamento Estético Dental ra beter rolc rd Nitzan Bichacho e Bernard Touati Prefécio IX Prétese Dentaria Com introducéo de Ronald Goldstein 1 Capitulo 1 Desalinhamento dentario: uma abordagem restavrodora com énfase na integracéo gengival € no suporte papilar 2S Nitzan Bichacha Capitulo 2 Reabilitagées protétices extensas com coroas moliplas de porcelana pura. 25 Bernard Touati Capitulo 3. Esiética ou Cosmética? Clareamento dental e como escolher a liga ideal pora restauracdes estéticas 39 Carlo Zoppales Capitulo 4 Quatro casos estéticos 63 Irfan Ahmad Contetdo => a Ortodontia Com introdugao de Vicent G. Kokich 95 Copitulo 5 Visualizagao e avaliagéo dinémica do sorri- so € sua influéncia no diagnéstico © no. plano de fratamento arledéntico 99 David M. Saver e Marc B. Ackerman Capitulo 6 Auséncia dos incisivos centrois superiores: abordagem interdisciplinar com fechamento de espoco utilizando Ortodentia, auiotransplante de pré-molares e implantes unitérios 141 Bjorn U. Zachrisson e Sverker Toreskog Capitulo 7 Tratamento inierdisciplinar para casos de auséncia congénite de incisivos laterais 167 Vincent Kekich and Gregory Kinzer Capitulo 8 Consideragées na criagéo de um sortiso bonito 187 Richard G. Alexender Capitulo 9 Trotamento oriodéntico em adulios: proble- mos € solucées utilizande 0 onodentia lin- gual 211 Didier Fillion Copitulo 10 Tratamento néo-cirdrgico do merdido oberle severa utilizande Ortodontia Lingual 231 Silvia Geron Capitulo 11 Fechemento de espaco utiizando o Orodontio Lingual: diferentes abordagens mecfnices para diferentes sorrisos eperis 243 Rali Romano Periodontia Com introdugéo de David Garber 261 Copitulo 12 Copitvle 13 Copitule 14 Capitulo 15 Conteddo. Tudo sobre o sorriso 265 André P Saadoun Preservagao de papile periimplanter nazonoesiéiica 297 Cobi Landsberg Otimizando a esiética na interface periodonto-restauragio 321 Eric Van Dooren Manipulacio do tecido mole ao redor de dentes ¢ implantes: adordagem microcirgico 341 Hannes C. Wachtel, Markus B. Hirzeler, Oito Zuhr 2 Woligong Bolz Contesico Tecnologia Odontolégica Com introdugéo de John McLean 363 Capitulo 16 Novas técnicas para a padronizagéo da escolha de cor 367 Nicola Pietrobon, Stefan Paul e Norbert Pack Capitulo 17 Reproduzinds 0 sorriso naturel por meio da escolha do material apropriado 385 Pinhas Adar Capitulo 18 llusGo e reclidade em casos estéticos: a quarta dimenstio em Odontclogia 405 Klaus Miterthies Cirurgia Pldstica Com introdugao de vo Pitanguy 413 Capitulo 19 Rejuvenescimento facial e perioral 417 Michoel Scheflan Capitulo 20. Rinoplastia estética: harmonia e escultura 429 Gilbert Aiach A palaora “arte” abrange muitas facetas. Embora resida nos olhos do observador, possui algumas regras consensuais, sofre influéncia de culturas ¢ estiles, provocando admiracdo e anseio. Alguns a véem como 0 belo, jd outros permanecem indiferentes a ela. Sua percepeao evoca a mistura de todos os sentidos humanos, nao sendo algo que desconhegamos. Citando 0 titulo A Arte do Sorriso jf se sugere algo complexo. O sorriso apresenta claramente trés componentes: os dentes, os ldbios & a gengiva. Entretanto, muitos outros elementos menos evidentes es- tdo envolvidos, tais como: tamanho, equilibrio de cores, textura, som- breamento, e assim por diante, ‘Muitos pacientes e clinicos procuram diretrizes para o que deveria ser o sorriso perfeito, como realizé-lo ¢ se, acima de tudo, deverfamos tentar padronizar o sorriso de cada um. O sorriso é, ainda, um dos moiores atrativos da personalidade e, por ser capaz de abrir ntuitas portas, as pessoas atualmente estéo dispostas a investir tempo e di- nheiro para melnord-lo, niio menos do que fazer pela aparéncia de outras drens do corpo. Desde a metade do ultimo século, a Odontologia nito é mais uma profissdo exercida apenas por clinicos gerais, mas iambém por espe- cialistas que passam a maior parte da vida profissional fazendo pes- quisas e se aperfeicoando em sua especialidade. Este livro se propoe a integrar cinco areas diferentes das profissoes relacionadas ao sorriso: Prétese Dentéria, Periodontia, Ortodontia, Tecnologia Odontolégica e Cirurgia Plastica. Sua singularidade resi- de em seu caréter internacional. Cada um de seus colaboradores sdo pessoas mundialmente renomadas, com intimeros livros e artigos pu blicados, ¢ palestras apresentadas em: varios paises, e cujos pontos de vista descrevem aqui. Quando convidados para colaborar com A Arte do Sorriso, solicitou-se que considerassem a interagio multidisciplinar do que atualmente é essencial para o tratamento clinico. Os diferentes capttulos proprocionarao ao leitor, independentemente de sua especialidade, mesmo para um leigo, o que ha de mais recente em diagnostico para o tratamento de varios tipos de casos. Cada um apresenta abordagem e diagndstico distintos, com muitos planos de tratamento, porém todos demonstram resultados clinicos excelentes. Prefacio ox eA elton x A Arte do Sorriso __ ne Nao tenho dtividas de que este livro serd requisito em todas as clinicas e faculdades de Odontologia no mundo e, se ndo for por seus colaboradores, seré pelo maior de todos os presentes, ot do sorriso. Meus sinceros agradecintentos a todos os colaboradores, pelo erior- me emapenho dedicado e pela colaboracao amistosa e agradével duran- te o periodo de realizacao deste livro. Agradeco a editora, por ter acreditado neste grande projeto e ter me permitido escolher os colaboradores e editar os capitulos Agradecimentos especiais a meu pai, um grande dentista, que me despertou enorme motivacito e anibicio, @ minha adordvel esposa pelo apoio, ¢ tambéns a minha dedicada assistente. Rafi Romano | Nitzan Bichacho Bernard Touati Corlo Zappelé ifran Ahmad iy Prétose Dentério Ronald E. Goldstein, DDS Di, Ronald Goldstein € otvalmente Professor Clinico de Recbilitacéo Oral da Medical Collage of Geargia School af Dentistry, em Augusta, Professor Clinico Adjunto de Prétese Dentéria do Boston University Henry M. Goldmon School of Dental Medicine, Professor Convidado de Curso de Educocéo Continuada e Imagenolagia Oral e Maxilofacial do University of Southern California School of Dentistry, em Los Angeles, Professor Adjunio de Odon tologia Restauradora da University of Texas Health Science Center, em Sania Antonio, e Conferencista |lusire em Odontologia Estética na Emory University. School of Dentisiry, em Atlonta, J6 minisirou cursos de educagdo continua: da em mais de 20 universidades, polesivou em mais de 400 encontros do rec odontolégica pelo mundo, pessui muitos trobelhos escritos ¢ i produ- iu varios programas para televisdo. £ co-fundador @ ex-presidente de American Academy of Esthetic Dentisiry (Acodemia Nore-omericane de Odontologia Estétical, exoresidenie de Alpha Omega International Dental Fraternity (Orgenizogao Odontolégica Internacional Alfa Omege) e da Fifth District Denial Society (Associagéo Odontolégica 5° Distrito), em Alanto, membro do The International Academy of Gnothology (Academia Internaci- ‘onel de Gnatelogia), e da Americon Academy of Fixed Prosthodontics (Aca- demic Norie-americana de Pré'ese Fixe) sendo o ultimo presidente do International Federation of Esthetic Dentistry (Federocco Internacional de Odontologia Estéiica]. & membro ilusire de véries universidedes, orgoniza- 02s € associagées e foi muito premiado, inclusive com 0 Prémio Chorles L. Pincus, por sua coloboracée & Odontologia Estética; com 0 “Ouistanding Contribution to Cosmetic Dentisiry Award” [Prémio de Noidyel Conribuicée pare c Odontologia Cosmética); e com o mais prestigiodo prémio, da Alpho Omege Intemationel; Dental Froternity, por sua “colaborocéo louvavel & Odoniologia e ciéncias afins” e-mail: dealer@mindsprine.com = No inicio de minha carreira, hd 46 anos, nao se imaginava que a Odontologia Cosmética despertaria tanto interesse mundial, tal como ocorre atualmente. A evolucdo da Odontologia Estética me agrada muito, pois esse sempre foi meu objetivo profissional. A minha paixtio vem do fato de que, anteriormente ao meu ingresso na carreira, dava- se pouca importincia a estética, talvez pelo desinteresse do paciente e, certamente, devido a felia de propaganda pela midia em todas as dre- as estéticas. Acredito que meu primeiro livro, "Estética em Odonto- logia’, contribuiu para que essas mudancas ocorressent, € 0 restante 6 historia. Nosso pr6ximo objetivo deve ser o de fornecer as ferramentas ne~ cessirias para que os estudantes de Odontologia sejam mais capacita- dos do que nds éramos, com a habilidade artistica e clinica que os pacientes tanto desejam e exigent. O curriculo odontolégico deve pos- sibilitar que esses novos dentistos se tornem melhores artistas, além de clinicos ¢ estudiosos. Essa sina tem de ser a nossa meta, pois neces- sita da combinagito de nossos esforgos para mudar e melhorar o curri- culo das faculdades de Odontologia pelo mundo. Essa mesma preocupacao deveria se estender aos estudantes técni- cos em Prétese Dentaria, para que se tornassem melhores artistas e, assim, as pecas protéticns de porcelana refletissem os desejos e objeti- vos tanto dos pacientes, como dos cirurgides-dentistas envolvidos. Portanto, a concretizagho dessa meta exige esforcos mais concentra- dos das faculdades de Odontologia no que se refere ® incorporacio desses tipos de cursos, assim como aos saldrios dos professores, para garantir que os resultados sejam de fato alcancados. E esse é ura abje- tivo que merece a nossa uniao. Por fim, come salientado em meu loro escrito em 1976, os pacien tes desejam ser avaliados e tratados de forma que apresentem a me- Thor aparéneia possfoel, o que normalmente envolve o trabalho de um ou varios especialistas. Com certeza, livros como este contribuirio para que mudemos 0 nosso foco do dente apenas para o tratamento interdisciplinar total. Prétoco Dontéria Desalinhamento Dentdrio: uma Abordagem Restauradora com Enfase na IntegragGo Gengival e no Suporte Papilar Nitzan Bichacho Nitzan Bichacho, DMD Nitzan Bichacho, D.M.D., é Professor de Prétese Dentaria e Chefe do Ronald E. Goldstein Center para Pesquisa em Materiais Dentérios ¢ Odontologic Es- t8tica na Hadossoh-Hebrew University Medical Center, em Jerusalém, onde se greduou em 1984. E expresidente da European Academy of Esthetic Denlisiy (Academia Euro- peia de Odontologia Fstética) e editor cienrifico da revista norie-americana Practical Procedures & Aesthetic Dentistry (PPAD} Possui vérias publicacées & ministrou ingrneros palestras internacionais nas Greas de Implantodentia, Dentistica Restauradora Estética, Protese Fixa, mani pulacéio de tecido mole induzido proteticamente e de modalidades de trata- manto inovadoras nessas éreas Com sev trabalho clinico em Te! Aviv, nas éreos de Proiese Fixa ¢ Impleniodontia, colabora com colegas de véries nocionalidades e clinicos mundialmente renomados. e-mail: nitzan@bichacho.net nto Dentirio: ume Abordegem Restouradora com Enfese ne In © 90 Supor rtodontia 6 o tratamento de escolha para a maioria dos ca- Jsos de desalinhamento dentério,' embora muitos pacien- tes adultos o recusem. Em certos cases, especificamente na- queles em que ha a necessidade de melhora na fo olora- cao dos dentes, presenca de caries ou restauragGes em mau estado, a opgao pelo tratamento restaurador pode ser considerada uma alter nativa satisfatoria, apesar de nao ser a ideal. Pade-se optar por res- tauragdes direias em resina composta quando é preciso melhorar 0 contorno dentario em um grau moderado (Figs. 1-la a L-ld)2 Porém, quando se modifica a dimensao de um dente, devem-se citar néo apenas normas estéticas tais como a proporgao?* mas também a integragao do tecido mole relacionada ao novo contorno do dente, respeitando critérios bioldgicos, a fim de garantir a longe- vidade dos tecidos de suporte’” Em casos de restauracées subgengivais, nao se deve invadir 0 aouna espaco bioldgico sob nenhuma circunstancia sulcular da restauragao, responsavel pelo A regiao intra- porte da gengiva livre e Figs. 1-10 @ 1-1b Vista frontal Jol, Notom-se desainhomento ‘pcos Iiongulares escuras s incisivos centris, diastemas Cs incisivos central ¢ kreral e frowwra do incisivo ltera Figs. 1-1¢ 8 1-10 Visto frontal, 1s conos mais torde. Os quatro incisivos foram restaurodos com resina composia direla Protoss Dantéria Nilzon Bichacho da papila, deve ser contornada de forma a permitir facil higienizacao, assim como apresentar emergéncia natural na saida do sulco gen- gival.¥ Considerando que o supercontorno de restauracdes nas re- gides vestibular e palatina resulta em resposta instavel da gengiva, e que freqtientemente ele leva a retragao gengival ou hiperplasia inflamatoria,* aquele que é realizado intencionalmente na regido proximal promove a manutencao da sauide papilar e gengival e me- Jhora o resultado estético.46°°* Antes de se compreender a seqiiéncia terapSutica necessaria para a obtengiio do resultado esperado em casos complexes, 6 preciso rever a terminologia descritiva. O termo perfil de emergéncia é falho para descrever 0 contorno subgengival da restauragao. Como ficara evidente nos casos seguintes, a emergéncia da restauracao a partir da raia 6 deserita como um ponto, mas deveria ser em angulos, ou seja, como dingiio de emergéncia, por outro lado, o termo face subgen- gival/intra-suicular descreve a superficie na sua totalidade, a partir da emergéncia até a margem gengival, onde a regiao cervical da suporte para a gengiva livre ea papila Neste capitulo seréio apresentados casos estéticos complexes re- Jacionados 8 falta Ge alinhamento dentario. Em cada caso, optou-se apenas por traiamentos restautadores indiretos, objetivando resul- tados satisfatérios, mas nao perfeitos. Dessa forma, esses tratamen- tos podem ser considerados aceitaveis frente As limitacdes encon- ‘tradas em cada caso. Relato de casos clinicos Caso 1 (Figs. 1-20 0 1-2r) Figs. 1-2a a 1-2c: Paciente do sexo masculino, com 50 anos de idadle, que desejava melhorar a sua estética bucal. Pela vista vestibular, no- favam-se descoloracao dentaria, grande quantidade de biofilme dentirio, cavidades escuras na regio interproximal pela auséncia de papilas, inflamacéo gengival e dentes superiores anteriores di- minuidos, além do trespasse vertical reciuzido, da mordida cruzada posterior esquerda ¢ da sobreerupgio bilateral dos dentes superio- res posteriores. O paciente néo aceitou submeter-se a tratamento ortodéntico, concordou em seguir um padrao rigido de higiene oral ea mudar seus habitos bucais, com a finalidade de alterar o formato de todos os dentes, através do aumento da dimensao vertical ¢ da mudanea da telagio oclusal maxilomandibular, optou-se por uma reabilitacdo bucal total utilizando coroas totais. Figs. 1-2d a 1-2f: A vista oclusal da arcada superior demonstrou de: gaste severo dos dentes posteriores, auséncia do segundo molar di- reito e do segundo pré-molar esquerdo ¢ assimetria bilateral na re- fedora com Enfase na Iniegragéo Gengival ¢ no Suporte Popilar gido dos molares no sentido vestibulolingual. Para a obtengao do melhor resultacio com as coroas, foi realizado 0 enceramento diag- néstico, que forneceu uma visualizacao tridimensional prévia do tratamento planejado,? o qual incluiu: aumento da altura vertical Jos dentes, extensio vestibular do segundo pré-molar direito, do primeiro pré-molar e primeiro molar esquerdos, que também fo- ram aumentados no sentido mesiodistal a fim de permitir a contato interproximal. As coroas de resina acrflica foram duplicadas a par tir do enceramento diagndstico e os dentes preparados para coroas otais utilizando o sistema de sequéncias de preparo controlado R- A-P 1 (Komet-Brasseler, Lemgo, Germany). Figs. 1-2g a 1-2i: A vista oclusal da arcada inferior demonstrou desgaste severo dos dentes posteriores, auséncia do primeire mo: lar esquerdo e presenga de prétese parcial fixa metalocerémica, com éntico na regiao do incisivo lateral esquerdo. Os dentes foram con: feccionados com a anatomia oclusal padrao no enceramento diag- ndstico. O segundo pré-molar direito foi aumentado no sentido ves~ fibular para acompanhar a curvatura do arco, e incluidos os dentes ausentes. A partir daf, confeccionaram-se coroas provisérias de re- sre o enceramento. Na mesma consulta, apés © pre paro protético dos dentes superiores, os inferiores também foram desgestados através do sistema R-A-P1. Os dentes anteriores rece- beram pinos pré-fabricados, sendo realizado tratamento endo- sina acrilica Figs. 1-2d 0 1-2 Prdtese Dantéria x Nilaan Bichache Figs. 1-29 01-21 dontico nos seguintes dentes: primeiro pré-molar, segundo pré-mo- lar e primeiro molar superior direitos; primeiro pré-molar e segun- do molar inferior esquerdos; primeiro pré-molar, segundo pré molar e primeiro molar inferior direitos, os quais foram restaura- dos com resina composta direta ¢ pinos pré-fabris necessario cados, quando Figs. 1-2) a 1-2m: As coroas de resina acrilica foram reembasadas clinicamente sobre os preparos ¢ depois acabadas ¢ polidas. Ajus tou-se a oclusio intra-oralmente e verificaram-se todos os nichos interdentérios para permitir a higienizagdo adequada por meio de dispositivos especificos: escovas interdentais (Proxabrushes da Butler, Chicago, IL) na regio posterior, e fin dental Superfloss (da Oral B®, Boston, MA) na regiao anterior. Na mesma consulta, foi realizada a moldagem das ‘0s em posi¢ao, para a confeccao de uma placa accilica de uso noturno, de forma que © pa- ciente se adaptasse & nova condicao nessa fase do tratamento. Em nossa clinica, fazemos a placa acrilica de uso noturno para pacientes que se submetem a tratamento com restauracées. muitiplas, nao apenas para evitar a parafungaio noturna, mas princi- palmente para proteger as restauragdes de porcelana durante 0 sono, evitando as consequén egativas de uma mordida parafuncional das com as todos os Prate gem Restauradora com Enfa FN ithamento Dentarios un aciente. ocorrida por Mesmo naqueles pacientes que nao apresentam parafuncao, utili- za-se a placa acrilica para proteger principalmente as restauracdes de porcelana, devido A presenga de forcas involuntarias de tensao salhamento produzidas pelos movimentos mandibulares durante 10 do travesseiro, ombro ou da mao do 0 sono. Figs. 1-2n ¢ 1-20: Seis meses apés a adaptagio do paciente as restauragdes provisérias, as coroas definitivas metalaceramicas com liga aurica foram confeccionadas reproduzindo o formato e 0 con- torno das anteriores. Por residir no exterior, 0 paciente foi encami nhado a um profissional local para o controle. Trés anos der retornou ao nosso consultério, apresentando as restaur mo estado. Foram-lhe entregues trés novas placas acrilicas para uso futur Fig. 1-2p a 1-2r: Em consulta de retorno, 5 anos mais tarde, as ostauragdes estavam em otimo estado, apesar de o paciente apre- sentar gengivite moderada e esporddica. Ele estava ciente da baixa qualidade de sua higiene oral ¢ foi novamente motivado por nés. O exame radiogréfico demonstrou excelente adaptac: GGes e estabilidade da condicao dssea periodontal em comparacio a Ges em oti- 4 das restaura- 3 inicial, Figs. 1-2p 0 1-2r ese Dentaria Nilzan Bichacho Figs. Figs 3a 6 1-3¢ 13d a 1-3F Caso 2 (Figs. 1-30 a 1-3') Figs. 1-3a a 1-3c: Paciente do sexo feminino, com 47 anos de idade, submetida a uma reabilitacao oral completa, O plano de tratamento para a melhora da estética, assim como da condigao gengival dos dentes superiores anteriores, meluiu a substituigaio das coroas de porcelana dos incisivos centrais © a alteracao da proporcao dos 6 dentes anteriores. Havia impacto alimentar na regido interproximal, inflamacao gengival, assimetria entre a iicisivos centrais superio- Tes, que apresentavam formato triangular artificial, além de races antigas em resina composta nos dentes vizinhos. A anamnese revelou ter existido diastema entre os incisivos centrais sug antes da colocagao das coroas de porcelana Qs quairo incisivos superiores foram preparados para receber coroas totais, enquanto os caninos, para coroas veneers de porcelana. Apés 0 preparo, foi possivel notar que os incisivos centrais superio- res estavam desviados da linha média, sendo portanto, as coroas desses dentes confeccionadas de forma a compensar tais desvios Com eoroa apilas dos dentes preparados recebe- ram 0 suporte adequado, e a gengiva apresentou melhora. Quando em posicao, as coroas provisdrias apresentaram seu término com co1oas dos ostau exiores, provisrias, as Préiese Dentéria \bordagem Restavradora com Enfase na Integracgao. Gengival @ no Suporte Papila’ sobrecontorno proximal intencional, a fim de obter uma arquitetu- ta definitiva da papila, manifestando uma confluéncia piramidal entre cada papila vestibular (1) e palatina (2), com col saudavel (3) entre elas (1 + 2 + 3 = complexo de sistema papilar) Figs. 1-3d a 1-3f: Poi necessario fazer um madelo de Geller, no qual os tecidos moles foram reproduzidos em gesso-pedra, para que a conieccao do contomo subgengival das coroas fosse precisa. As coroas definitivas metaloceramicas com liga durica foram feitas com términos cervicais (com espessura reduzida de metal), para uma melhor estética e adaptagdo marginal, quando em posigao. Estas apresentavam pontos de contato amplos, que se estenderam até a regido logo acima das papilas, entre os preparos. Quando cimenta- das, 0 contorno proximal subgengival das coroas promoveu bom suporte, que resultou na arquitetura natural bem definida do com- plexo papilar (setas laranjas). Quatorze anos mais tarde, as restauragées estavam em étimo es tado e os tecidos moles, saudaveis. O incisivo central superior es- querdo, que se apresentava desviado da linha média, em compara- cdo a0 incisivo central superior direito, recebeu uma coroa com pe- quena inclinag tral direito ¢, assim, dar a impressdo de que os dois dentes teriam a mesma largura mesiodistal ilustracdo feita sobre a foto aproximada da interface restaura- gfo-tecido mole (Fig, 1-3i) evidencia as seguintes estruturas: a raiz dentéria (linha vermelha); os provaveis angulos de emergéncia da coroa (linhas verdes); 0 verdadeiro angulo de emergéncia (linha azul) da coroa neste caso (seta branca); 0 provavel contorno subgengival da coroa (linha amarela) ¢ o verdadeiro contorno subgengival da coroa nesie caso (linha roxa). (0 vestibular, para sobrepor a coroa do incisivo cen= Figs. 1-39 0 1-31 Fige. 14a. Ite Figs. Ie4d a Af Protese Dentéria Nilzon Bichacho Caso 3 (Figs. 1-40 0 1-44) Figs. 1-4a a I-4e: Paciente do sexo feminino, com 35 anos de idade, cirurgia-dentista, que desejava fechar diastemas na regiéio anterior inferior, mas que nao gostaria de se submeter a tratamento orto- dontico. Apés a andlise da proporgso dentaria, concluit-se que se- ria possivel aumentar a largura dos dentes adjacentes aos diastemas ainda manter uma proporcao estética Existe a possibilidade de se fechar em espacos por meio de res- tauragdes feitas com resina composta direta ou por restauracées in- diretas (realizadas em laboratério com resina composta ou porcela- na). Nesses casos, embora nao haja a necessidade de desgaste dentario, é essencial que a escolha da cor seja muito precisa, devide © que per- auséncia de regiao de transicao entre dente e 1 mita uma mescla gradual de cores. As caracteristicas mais delicadas desse tipo de restauragio ade sio a integracéo gengival e o selamento marginal, pois 0 con- torno cervical é freqiientemente subgengival, com angulo de emer- ncia acentuado e perfil convexo. A papila na regiao de diastemas normalmente apresenta-se achatada, devido a falta de contato os dentes vizinhos e, portanto, de suporte na regiao proximal, pro- re porcionando formato piramidal mmm areste Dentaticstinrd bondage mn) Resteutaaetaveom, Erfore na\lntearacte, = Gengival e no Suporte Papilar 15 Figs. 1-4d a 1-4f: Para que se consiga bom selamento marginal na regio intra-sulcular, o sulco gengival deve ser protegido com fio de retracao seco, algumas vezes até com fios duplos, em todas as fas da restauragao, para que a relracdo apical e o deslocamento lateral sejam temporérios, obtendo-se, assim, campo operatsrio seco e con. trolado nessa delicada regiao. Seis anos mais tarde, as quatro restauracdes indiretas de porcela- na estavam em 6timo estado e bem adaptadas. As papilas entre os dentes restaurados esiavam saudaveis, com suporte adequado e ana- tornia piramidal precisa e natural, de altura igual a das papilas pre- sentes entre os dentes higidos Caso 4 (Fig. 1-5a a 1-Saa) Figs. 1-5a a 1-Se: Paciente do sexe masculino, com 49 anos de idade, que gostaria de melhorar a estética bucal. Os exames clinico € radiogréfico revelaram a presenca de maloclusao de Classe II de Anglesevera ¢ a necessidade de intervencao em todos os dentes, par repouso, quase nao havia exposigio de dentes, mas um espaco ne gativo edéntulo entre os labios. O paciente havia sido encaminhado para uma avaliacao ortodéntico-cirirgica, mas, apés consultar va- rios ortodontistas, recusou submeter-se a tratamento ortodéntico ou cindrgico, optando tratar por restauragdes nos dentes anteriores superiores afim de melhorar sua aparéncia, 2 que se eslabelecesse uma oclusao fisioldgica. Em posigao de Figs. 1-50 0 1-5¢ Fige. 1-59 0 1-5) Nilzan Bichacha Figs. 1-5d a 1-5f: O exame clinico revelou a presenga de modera da inflamacao gengival crdnica, incisivos supericres antero-incli- nados, diastemas no arco superior, principalmente entre 0s incisi yos centrais ¢ entre os incisives central e lateral esquerdos, trespas~ se horizontal aumentado e mordida profunda severa, com os incisi- vos inferiores ocluindo nas rugosidades palatinas. Al via erosio @ severa descoloracao na face vestibular e abrasao na regifio incisal dos incisives centrais supericres. Por ter recusado tratamento ortodéntico e optada por tratar somente a regiao es! ca bucal, concentrou-se 0 tratamento apenas na regio anterior. Figs.1-5g a 1-5i: Apds a andlise da dimensao centaria e dos diastemas na zona estética, optou-se pela retroinclinagao desses den- tes, dentro dos limites restauradores; pelo aumento de seu compri= mento, para haver maior exposi¢ao dentaria; ¢ pelo fechamento dos diastemas, com ampliagao da largura mesiodistal de alguns dentes ea incluso de uma coroa extra. Realizaram-se alguns enceramento: apresentadas ao paciente: na pri- 0, han nd d meira, ainda haveria a presenca de diastema entre os incisivos trais, apesar da manutengdo de algumas caracteristicas originais do sorriso (enceramento cor de Ambar); ¢ na segunda, escolhida pelo paciente © sua esposa, nao existiriam espacos na regido anterior (enceramento azul) gndsticos € duas opgdes forar m Restaurodo: p—\ ithamento Dentario: una Abo com Entas = engival ena Integrcto porte Papilar H tudo mostra as Fas. 1-5 6 1-5) Figs. 1-5j a 1-51: A vista palatina do modelo de es alteracdes dimensionais propostas: os incisivos centrais (ilustragio Iaranja) seriam aumentados em sua face mesial até 0 ponto de can- tato e as faces distais reduzidas ao maximo possivel. Do lado direi- to, 0 diastemas fechados pelo aumento da face mesial dos caninos € do incisivo lateral (ilustracao verde). Do lade esquerdo, seria in- cluido um dente com formato de incisivo lateral (ilustragao azul), a fim de fechar o diastema e compensar o desgaste da face distal do incisivo central. O incisivo lateral presente seria ampliado até pos- suir o formato de um canino (ilustracao roxa}. A possibilidade des. sas alterac&es foi confirmada pelo enceramento diagndstico, entre- lanto, para que os dentes restaurados obtivessem proporsio estéti ca, foi realizada uma sobreposiga0, em vista aclusal, para permitir que eles fossem posicionados na curva existente na arcada, com a nova largura mesiodistal. Confeccionaram-se, entao, coroas de resi- na acrilica sobre o enceramento. Figs. 1-5m a 1-50: Os quatro incisivas centrais superiores passa- ram por tratamento endodéntico ¢ cimentagao adesiva intra-radi- cular de pinos pré-fabricados de fibra. Esse procedimento foi reali- zado para permitir 0 extenso desgaste da regido vestibular dos in cisivos antero-inclinados durante 0 preparo, possibilitando a con- feccéo de uma coroa mais fina na regidio vestibular c, assim, promo- figs, 1-5m a 1-50 Stos0 Dentiria Figs. 1-5p a I-5r Figs bu Siese Dentér n Bichache ver cerla “retroinclinagao” desses dentes. Todos os dentes foram preparados com término em chanfro bem definido. A gengiva na egido do pOntico do novo incisive lateral foi condicionada com laser diodo (ablagao) seguiclo de jato de agua, e posteriormente com laser erbio: yirium-aluminio-garnet (YAG) (eblagio), a fim de pro- voear sangramento intencional na regio do tecido condicionado. Figs. 1-5p a 1-Sr: As coroas em resina actilica fresca a partir de moldeira de transferéncia foram posicionadas nos preparos e entio foram reembasadas clinicamente e depois acabacias e polidas, A face mesial das coroas dos incisivos centrais foi sobrecontornada na re- gido subgengival para dar o suporte adequado ao nove complexo Ppapilar formado. A regiao cervical do péntico promoveu leve com- pressdo da gengiva condicionada, permitindo que esta cicatrizasse ao seu redor. Todos os dentes tratados foram aumentados no senti- do vertical, havendo, entdo, mais exposigio dentéria com o labio em repouso. Figs. 1-5s a 1-5u: Cinco meses apés a colocacio das coro. as provi- sorias, a arquitetura gengival tornou-se estavel. Realizou-se, entao, a moldagem e a confeccdo das coroas definitivas melaloceramicas, anfeccio- com liga durica e término em porcelana. Do lado esquerdo nourse protese fixa de trés elementos, ¢ 6 a regio do -—. coroa coma anatomia de um canino. A base do péntice foi confecc nada com porce que se adaptou ao sitio do tecido mole (ilustragao branea) criado pela coroa provis6ria. © formato do péntico em sela permite que a coroa tenha uma emergéncia natural do tecido mole, além de fome cer suporte papilar adequado. No entanto, nos casos em que naa ha a presenga de raiz na regiéo do péntico, ocorre acentuada depres vestibular. Tal falha pode ser mantida ou corrigida por procedi- ado pelo paciente neste caso. Durante a pro- 10- Figs. Jana r6sea @ formato de sela® (ilustragdo vermelha) mento cirdrgi va da peca, notou-se relacao equilibrada entre a gengiva e o contor no cervical da prétese de trés elementos, que, aps a cimentacao definitiva, promoveu suporte gengival adequado. Figs. 1-5v a 1-5x: O diastema presente entre os incisivos centrais foi fechado por meio do sobrecontorno da face mesial das coroas de porcelana (ilustragao verde), promovendo, assim, suporte para a nova papila formada (ilustragdo laranja). Como havia sido planeja do, as coroas foram supercontomadas, a fim de possibilitar sua in- clusio na curva exi Figs. 1-5y a 1-5aa: Um ano mais tarde, em consulta de retorno padrao, as restauracdes estavam em étimo estado. A condicio periodontal permanece estavel, notando-se que a proporgae agr davel obtida com as restauragées nao comprometera a satide dos tecidos de suporte 0, recu tente na arcada. Figs. |-by © 1-S00 Prévese Dentavio Figs. Figs. 169 ¢ 1-6 1-6 0 1-65 tase Denteria Nizan Biche Caso 5 (Figs. 1-60 a 1-6l) Figs. 1-6a a 1-6c: Paciente do sexo masculino, com 45 anos de idade, que gostaria de melhorar a aparéncia dos dentes anteriores, 08 quais, apresentavam manchas escurecidas. Os dentes inferiores anteriores estavam inclinados para o lado esquerdo e os superiores anteriores apresentayam coroas de porcelana muito curlas, nao esléticas, re- sultando em mordida aberta. Além disso, o incisivo lateral superior estava ausente, determinando uma acomodacao mesial dos segmen- tos e aproximando os incisivos centrais. Realiza-se, ento, 0 encera- mento diagnéstico com os dentes em proporcées mais harmonicas. Apos andlise e modificagdes, foram confeccionadas sobre esse den te coroas de resina acrilica, Os demais passaram por clareamento, havendo significante methora da cor Figs. 1-6d a 1-6f: Apds a remogio das coroas antigas, notou-se que o dente ausente, na realidade, era o incisive central esquerdo. Como 0 paciente recusou submeter-se a tratamento ortodéntico, os dentes foram novamente preparados sendo confeccionado um pro- visorio com trés elementos fixos. Quatro meses mais tarde, com a realizacao da moldagem, identificaram-se os diametros reais dos tér- minos (ilustraggo laranja) ¢ os diametros desejados das pecas na margem gengival livre (ilustracdo azul). Fez-se um modelo de Geller. Figs. 1-6, a 1-6]: Confeccionaram-se trés coroas metaloceramicas -—. nhamento Dentéris: ume Abordagem Restauradora com Enfase ne Integracao: Gergival e no Suporte Popilor 2 unidas com término em porcelana, reproduzindo a anatomia das Fes. 1-69 0 1-4) coroas provisérias. A dimensio do incisive lateral esquerdo foi al- terada para simular um incisivo central. As ilustragdes representam seguintes estruturas: a margem da coroa, onde essa encontra 0 término do preparo (ilustracao laranja); a superficie da coroa que emerge do tecido mole (ilustragao azul); o perfil subgengival da coroa (ilust ; Angulo de emergéncia acentuado entre 0 término do preparo (pontos vermelhos) e a margem da coroa (ilus- tracio banca). A coroa do incisivo central dircito foi confeccionada com inclinagéo para a vestibular, sobressaindo ao incisivo lateral direito ¢ & coroa modificada do incisivo lateral esquerdo. As tr proteses foram feitas com leve inclinagao para 0 lado esquerdo, com ntagonistas. O aumento em largura da face mesial do incisivo lateral esquerdo pode ser considerado um semipéntico (ilustragao roxa). O canino esquer- do foi trar cisivo lateral por meio de uma faceta de porcelana ultrafina, que nao exigiu grande desgaste dentario (ilus tracdo cinza). Figs. 1-6k a 1-6m: Sete anos mais tarde, as restauragdes estavam intactas, demonstrando o resultado satisfatério da transformagao isivo central ¢ do canino esquer 40 das restanracBes com o tecido agio verde 6 abjetive de acompanhar a inclinagéo dos dentes sformado em ir do incisive lateral esquerdo em in; do em incisivo lateral. A integr. Figs. 1-6k a 1-6 se Dentéria Protese Den:ério, Nilzan Bichocho mole ¢ a relagao oclusal entre as proteses e os dentes antagonistas estavam adequadas. Agradecimentos O autor agradece aos seguintes téenicos em Prétese Dentéria pelo trabalho realizado: Willi Geller, MDT, Zurique, Suica (caso 2); Ulrich Werder, MDT, Munique, Alemanha (casos 1, 4 e 5); ¢ Shlomi Silberstein , MDI, ‘Tel-Aviv, Israel (caso 3); e Dr. Romen Huber, pelos tratamentos de canais radiculares (casos 1 e 4), Referéncias 1. Rosa M, Zachrisson BU. Integrating esthetic dentistry and space closure in patients with missing maxillary lateral incisors. J Clin Orthod 2001;35:221-234 2. Richacho NN, Direct composite tesin restorations of the anterior sin; Clinical implications and practical applications. Compend Contin 1996:17:796-802 3. Levin EL Dental esthetics and the golden proportion, J Prosthet Dent 197880:244-252, 4. Chiche GJ, Pinault A. Smile rsjuventation: A methodic approach. Pract Periodontics Acsthet Dent 1993,5(3)37-4 5. Preston JD. The golden proportion revisited. ] Esthet Dent 199345:247-251, &. Snow SR. 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Professor Assistonie em Prétese Dentéric na Universidade de Paris do 1978 0 1985, ¢ atualmante é Professor Convidedo da Universidade do Rio de Janeiro, E presidente da Internotional Cenferance on Esthetic Dontrisiry, ov CIDE (Contorén internacionol sobce Odontologia Estética]; 6 expresidente ¢ membro vitalicio da Evropean Academy of Esthetic Dentistry (Academic Europsic de Odortologic Estet- ca), ex-presiderte & fundedor de French Society o Esthetic Dentisiy [Sociedade Fron: -eso de Odonialogia Estético), membro da American Academy of Restorotive Devishey (Acodemia Nore-americana de Odontologia Restcuradora} e da American Academy of Esthetic Dentistry (Academia Novts-omenicana de Odontologia Estetica} Foi co-presidente © orgonizador do Encontro Intemocional da Academia Note-cmericana dle Odontologia Esiética de 2001, em Woshingion, DC. E redator-chele da revista Practical Procedures and Aesthetic Deniisty © co- redator-chefe da boletim “En Direct” (publicado na £ “information Dentaire| E conferencista intornocional © poseui vérrics publicagGes pelo mundo, in- cluindo 9 livro Esthetic Dentistry and Cercmic Restorations (Editora Martin Dunitz,1 999). e-mail: esthdent@club-internet..i = Reabiltacées Frovéiicas Fxtensas com Coroas Multiples de Poreelene Pura realizagio de coroa total unitéria representa um grande de safio quando envolve a regiao estética, devido a quantida cor de de pré-requisitos a serem preenchidos, tais como: apropri te as profissionais envolvidos. Como alterativa, a reabilitacao protética total ¢ desanimadara, por seus maltiplos obstaculos (psicolégicos, biolégicos, funcionais ¢ estéticos) os quais parecem requerer maior criatividade. Além dis: 50, 0 paciente com essa condicao geralmente apresenta estresse emo- cional. Ele sabe que seu sorriso depende do talento dos profissio- nais envolyidos e sempre possui muitas expectativas, algumas até tretanto, no que se refe- rea obtengao de resultados satisfatérios, a comunicagéo com 0 paci- pouco realistas do panto de vista técnico ente € 0 fator mais importante Visando essa comunicacao, clinic deve ouvi-lo, a fim de iden- tificar claramente suas expectativas e, assim, prever as principal dificuldades do tratamento. O primeiro passo deve ser o de docu- mentar a condicSo inicial, da seguinte forma: 1. Fotografias digitais e convencionais (da face, do sorriso, da denti- cao © algumas mais aproximadas com a escala de cores), que re- gistram detalhes importantes, tais como: estratificagae, caracte- risticas internas, textura etc.; 2. moldagens bem feitas de ambas as arcadas utilizande silicona de adicao; 3. registro da oclusio; 4. radiografias panoramica e periapical de todos os dentes. da, forma, posicio e integragao com o tecido gengival. Con- tudo, a primeira tarefa do clinico e do protético deve ser a imitagao dos dentes adjacentes e a reprodugao de seu homélogo, incluindo pequenas modificagSes, afim de evitar que fiquem totalmente simé tricos. A partir dai, o sucesso do procedimento resulta da realizacdo de restauragGes imperceptiveis mais do que da criatividade ineren- 27 Figs. 2-1a.@ 2-1 Stuacae inics em que se observa mutes abliogoes ¢ abrasces ey Figs. 2-1e @ 2-1d Prenatos termine Jos nos dentes superiores. For-se anno, ¢ hisrigizacao da dentina Figs. 2-Le @ 2-14 Proparos termina: Jos nos dentes nferises, com ‘ode joidizodo. a nce Figs. 2-19 © 2-1h Prétocos proves is canfectionodos a port d A _Pidiese Deniaria Bernard Touat No laborat6rio de prétese, os modelos iniciais so montados em articulador fazendo-se uma copia prec deles, a qual é guardada como referéncia durante todo o tratamento protético. Os modelos demonstram de forma clara quais os objetivos do tratamento, tanto funcional como estéticos. Depois de se discutir com o paciente sobre o feitas as modificagdes necessarias ¢ as restauragdes tas sao confeccionadas em laboratério (80 nearamento, $80 provisorias. I pressao e calor), geral- 29 oas Multiplo: 82-1; Viet paletina dos Jentes suoerores em iva Chanfio em toda ntensdo (1.2mm de lorgura. Figs, 2-14 © 2-11 Vieto dot praparae doe dentes 2y fem que se observem convarg de 10° # angulos artedondados Figs. 2-Im ¢ 2-1n Vista vestibulor dos taprofundamente minim ( Vine) mente com resina acrilica e, freqdientemente, reforcadas com fibras, em particular nos casos de proteses parciais fixas. As coroas sio, entdo, unidas duas a duas para diminuir o risco de se descolarem durante o tratamento. Sao feitos também guias de preparo, em silicone ou em resina transparente, a fim de auxiliar o clinico no cuidadoso desgaste dos dentes. Os guias, confeccionados sobre o enceramento, permitem que se faca desgaste de 1 a 1,2 mm, dependendo do alinhamento Prdiese Det Figs. 2-10 @ 2-1p Frove d Figs. 2-19 € 2-1r Meoldagem de melhor perfil de e 9 ‘endo, ave possbiltc um gence, por do uso de um segundo modelo 50, com troquéis unides. ue, NGI _Pestese Dontéria Bernard Tovati dentério inicial. Este também indica quando é necessario reali- zar tratamento endodéntico, cu seja, quando o desgaste é extenso e onde ele pode ser minimamente invasivo. Assim, os guias funcio- nam como ferramentas importantes para que se mantenha a vita~ lidade do maior numero de dentes possivel. Quando terminados, os preparos apresentam chanfro em toda a sua extensao, redugao uniforme, convergéncia de 8 a 10° e angulos arredondados. Sao limpos e desinfetados com solugio de clorexidina as coroas provisérias, reembasadas em duas etapas para compen- sar a contracao de polimerizagao. Sempre que € necess4rio modificar o perfil de emergéncia de uma coroa, utiliza-se resina composta fluida, apos 0 jateamento da su- perficie. Na seqiiéncia, as coroas provisorias recebem glazeamento com verniz fotopolimerizavel, e sua regiao externa é protegida, sen- do entao, cimentadas com cimento provisGrio sem eugenol. Dos pontos de vista estético, fmcional e biolégico, a fase provi- soria € essencial para o sucesso do tratamento restaurador, Entre outras caracteristicas, a cieatrizagao harménica dos tecidos moles {com contorno triangular, preciso ¢ natural das papilas), a manuten- cao da vitalidade dentaria @ a fonética sto baseadas no didlogo com ‘oroas Midhtiglas de Porcelane Pura © paciente durante a fase provisoria. Quando as pecas nao estao de acordo com 0s requisitos estéticos do paciente, recomenda-se que sejam feitas novas coroas. Nao se deve prosseguir com o tratamento antes da avaliagdo precisa de caracteristicas tais como posicao, for- ma e cor, obtidas pelas coroas provisérias Figs. 2-Is a 2-1y Ume ver texnine: jurdo medelo de 3: om Pracoro (Nebal 1, Yorbo Lindo, CA) so Bi cuidadosamente anaiisacios nos troqueis para veriicar a adaptacéo Figs. 2-Iw @ 2-12 Coroos em Proceta terminadas e ci modificedo, do tecido male Prétese Dentaria WR Fige. 2-la0 @ 2-1bb dentes infatiores termined: Figs. 2-lee © 2-Ide Vie ‘apée equilbras Figs. 2-1ee a 2-1gq Vila mais torde, Obson 0 cai dos tocidoe moles © WEA Protos bilidade el ‘ard Touet As moldagens devem ser realizadas somente apés a completa cicatrizagao dos tecidos moles, o que geralmente ocorre 1 ou 2 se- manas ap6s a realizacao dos prepares. O afastamento gengival pode ser facilmente obtido por meio da técnica do duplo fio, pela qual coloca-se um fio extrafino no fundo do sulco gengival ¢ outro mais espesso logo acima. Esse método facilita de forma significante oaces- 80 a regidio subgengival. As coroas provisérias sao, entao, posicio nadas sobre os preparos, a fim de aumentar o afastamento provoca- do pelos fios. Durante a moldagem, o fio mais fino é deixado em po: ao (abaixo do término em chanfro) evitando 0 sang amento e/ou 0 TD teobiitassesProteicasExtnsos com Coroas Mules de Rorcelana Puro fechamento do sulco que fora alargado. Obtém-se moldagens mais precisas pela técnica de dupla impressao com siliconas de adicao. Devido ao grande ntimero de preparos com términos subgen- givais, como neste caso, foram feitos copings em laboratério, os quais sao restatrrados juntamente com a moldagem de transferéncia, Esse procedimento permite que o profissional verifique a adaptacao de todos os copings e obtenha um modelo laboratorial em gesso com a reprodugio do contorno final dos tecidos moles devidamente cica- trizados. O técnico laboratorial, por fim, utilizara tal modelo para confeccionar as coroas definitiva tarde, a pacio pei $50 muito ortficias: mato brian fes, opaces, monocrométcus, simétricas, co \derzando pouco o incsivo central, com falta de tortura, Figs. 2-2c e 2.2d Prepares coros am porcelans foldspétic Fige. 2-26 © 2-2F Copings em Procera {oluming) (0.4mm pare os anteriores @ 0,6 pare os posterioves) ‘n camade do Fi-Chacker (GC America, Alsip, |) demersira © spagoment eguillbrode er coping € 0 grepore realzade om um prmeiro mols cSteee Dentério Bemard Tousti Fige, 2.29 ¢ 2-2h Prove dos coroce re boca, Figs. 2-21 @ 2-2) Mokdagem de transferEncio em slicone possbil fordo ebiengéo de mathar peril margéncia, (90 ue0 da um sequnde madala de gasea, ‘0 oclusal envolve duas A seqiiéncia para a obtengao do regi etapas distintas: 1, Determina-se a relagao maxilomandibular por meio do registro oclusal com silicona, removendo-se as coroas provisorias, primei- ramente de um lado e posteriormente do outro. $6 é possivel rea- lizar essa técnica quando a dimensao vertical encontra-se adequada © a oclusio céntrica devidamente registrada nas coroas provis6- ries. 2. Em reahilitagdies protéticas extensas 6 indispensavel 0 uso do azco facial, que possibilita © posicionamento anatomico dos modelos de gesso em articulador semi-ajustavel. Nesses casos, é critico para o clinico ter de, em todas as sessdes, remover o cimento da super ficie interna das coroas provisérias, Tal tarefa é realizada pela as- sistente de cansultdrio, utilizando-se jateamento, O técnica laboratorial recebe todas as informagoes a respeito das caracterfsticas estéticas da caso por meios convencionais, ou seja, pela descrigao da forma e da cor, e por fotografias digitais. Os clini cos se baseiam nesse iltimo recurso para informar ao técnico a cor do dente preparado, indispensavel em casos de dentes mancha- dos, bem como a cor do tecidlo mole e dos dentes naturais, que nao recebem pecas protéticas. A forma e a posigio das coroas provis6- rias sao registradas com preciso por meio da técnica de dupla im- pressfio com silicona de adicao. ‘Apés terem sido confeccionadas por proceso computadorizado (CAD/CAM), as coroas de porcelana pura (Procera da Nobel Biocare) retornam do laboratério ¢ sao provadas na boca. Avaliam-se aspec~ tos tais como adaptacao marginal, contatos proximais ¢ oclusais ¢ perfil de emergencia, além ce posigao, forma cor. Sao feitas varias fotografias digitais, enviadas por e-mail ao laboratério, com as criti- cas € corregées necessarias. Se preciso, 0 registro cclusal é realizado com as coroas em posicao para refinar o ajuste ochusal. Nesses casos, so provisoriamente fixadas com Fit-Checker (da GC America) ou com TempBond Clear (da Kerr/Sybron, Orange, CA), para simular a espessura do cimento definitivo, As coroas de porcelana pura, preparadas pelas técnicas CAD/ CAM, atualmente constituem opcées estéticas confidveis, cujos copings de alumina altamente sinterizada e de elevada resisténcia sao criados a partir do escaneamento tridimensional dos troquéis. Os escaneamentos so enviados via modem para um centro unico de fabricacao de alta tecnologia, onde os copitigs séo produzidos. A r producio da opacidade ¢ da translucidez corretas pode ser obtida por dois tipos de copirigs: dein Biccare) reforcada de vidio Prdtese Dent ‘cimontagdo com rosing ae, Bernord Tovati 1. Oxido de Aluminio: com 0,4 mm para dentes anteriores, e 0,6 mm para dentes posteriores, branco ou translicido. 2. Oxido de Zircdnia. Em casos de dentes severamente manchados, aplica-se uma ca- mada de dentina opaca para auxiliar na escolha correta da cor. As fotografias digitais so de extrema importancia, pois apenas com a visualizagao da cor do substrato o técnico consegue fazer os ajustes necessérios Acimentagio pode ser feita com cimentos de iondmero de vidro resinomodificados (Fuji Plus, da GC America}, devendo-se dar pre- feréncia aos que se apresentam em capsulas de dosagem pré-deter minada. Devide a grande variedade de cor dos cimentos, teorica~ creto, porém deve-se tomar cuidado na cimentacéio das coroas definitivas feitas dues a duas e na remocdo do excesso de cimento. Nos casos de dentes anteriores desvitalizados, utilizam-se pinos pré-fabricados de zircdnia (Cosmopost ~ da Ivoclair Vivadent, Amherst, New York) e de ceramica prensada de alta resisténcia (Empress, da Ivoclair Vivadent). Esses pinos devem ter, no minimo, 1,7 mm de espessura para incisivos centrais ¢ caninos, ¢ pelo menos 14 mum para incisivos laterais. Além disso, estes devem transfixar completamente os condutos, pois nao é permitido encixes angulados em cerdmica pura Atualmente, é importante evitar 6 uso de pinos ¢ infra-estrutura metélicos em coroas cerdmicas, pelo menos na regiao estética. Deve- se utilizar cimentacaa aclesiva aos preparos (com condicionamento dcido ¢ aplicacio de adesivo) devendo as coroas ser radiolicidas, a fim de permitir o controle de caries recorrentes. £ possivel alcancar os mais clevados padroes estéticos se a fabricacao for minuciosa. Certa vez, 0 arquiteto Mies van der Rohe comentou “Deus esta nos detalhes”. Os alemées costumavam dizer que “o diabo peca nos d talhes” havendo para os dentistas as mesmas conseqiiéncias, sendo a perfeigéo a nica opsao. mente, 6 possivel fazer um ajuste mais refinado, ainda que ° Reabilitagées Pratélicos Exvensar com Coreas Miltiplas de Porcalana Pura Referéncias 1, Touati B, Miara P, Nathanson D. Esthetic Dentistry and Ceramic Restorations, London: Martin Dunitz, 1999. 2. 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J6 publicou varios ortigos, um livro sobre clareamento dental ¢ realizou muitos videos sobre clareamento dental, laminados, proteses fixas adesivos, coroas de porcelone pura, coroos metalocerfimicas com liga Gurica por eletrodeposicdo e exercicios faciois Ministrou polestras e conferéncios na lidlia e em outros paises, € membro ativo da American Academy of Esthetic Dentistry [Academic Norte-america na de Odoniologie Estélica}, da American Prosthodontic Sociely (Sociedode Norte-americana de Protese Dentéria) e-mail: cisthetikos@tin it = Estética ov Cosmética? Clareomento Dental e como Escolher a Liga Ideal para Restauragoes Esléticas conservacao do ténus muscular sempre representon a ex: pressio de satide, eficiéncia e vigor fisicos, todos associa- os a juventude, Por outro lado, as linhas e rugas ao redor dos olhos ¢ a flacidez da pele sempre foram associadas 4 idade ¢ doenga. Sendo assim, a andlise da estética facial nao deve negligenciar a importancia da tonicidade muscular. ‘A perda do ténus e conseqiiente envelhecimento do misculo favem parte de um processo determinado por varias causas. A pele 60 6rgao que, mais que qualquer outro, manifesta sinais de doenga e descuido com o passar do tempo. Quanto maior sua exposicao a agentes que favorecem o envelhecimento (sol, frio, calor e radia- a0), maiores as implicagGes tanto para a pele como para suas cama- das mais profundas, tais como os tecidos conjuntivos. ‘A forma eo volume da face so determinados pelos tecidos con- juntivos, pelos mtisculos relacionados, por sua estrutura esquelética € pelo aparelho mastigatério. Sao 0s tecidos conjuntivos, juntamen- te coma agua e os lipidios, que garantem a elasticidade tipica da pele da face durante a juventude. Além disso, em idade adulta, esses tecidos passam por muitas transformacées. As eélulas perdem Agua, atrofiam-se e tornant-se rigidas, manifestando-se, entao, 0 envelhecimento. Quando a face comeca a perder volume, as camadas da epiderme aparentam mai- or relaxamento, 0 que resulta no inicio do aparecimento de linhas de expressao definitivas. CO envelhecimento da face 6 acompanhado pela deterioracao dos tecidos musculares, dos ossos e dos dentes.! Além das linhas de ex- Pressao que aparecem na fronte e ao redor dos olhos, a deterioracao mais marcante pode ser observada no tergo inferior, principalmente na regiao da sorriso (ao redor da boca), devido ao envelhecimento dos tecidos gengivais ¢ dentarios. Esse fendmeno altera a fisio-harmo- nia da face, provocando problemas funcionais e psicolégicos que sao mais evidentes do que a deficiéneia dos movimentos ¢ da fala Apenas com a ampla colaboracao das disciplinas relacionadas & satide (dentaria, cirdirgica ¢ médica) a aparéncia corporal original do paciente pode ser parcial ou totalmente restabelecida. Além dis- s0, planos de tratamento restauradores devem estar constantemen- te de acordo com a harmonia e a natureza. Alguns estudos realizados por um importante fabricante de len- tes norte-americano chamaram a atengdo para 0 fato de que os ho- mens sentem-se muito atraicos, a primeira vista, pelos olhos e, de- pois, pelo sorriso femininos. Por outro lado, as mulheres sentem-se Se, 4 Carlo Zoppola eo mais atraidas primeiramente pelo sorriso, e depois pelos olhos mas- culinos. Antigamente os atributos do olhare do sorriso eram de gran- de importancia, pois acreditave-se serem suficientes para que 0 pro- fissional corrigisse deformidades externas, nao dando ele atencao melhora das fungdes da fala e da oclusio. Com a finalidade de atender a exigéncia esiética do paciente, 0 clinico deve iniciar por um diagnéstica preciso e completo, essen- cial para a melhora da aparéncia, além de atender a seus requisitos ¢ as suas expectativas no que se refere a personalidade, profissao, status, estilo de vida, sexo, ¢ demais caracteristicas que diferenciam uma pessoa da outra. O sorriso é a parte integral da face e, mais amplamente, da pessoa como um todo, pois expressa beleza, idade, personalidade e jovialidade.* O profissional que objetiva alcangar 03 melhores resultados esté- ticos em Odontologia Restauradora deve conhecer muito bem a mecanica estrutural da face e dos dentes, a Metalurgia, a Biologia Quimica, as propriedades de colorimetria dos materiais restaurado- s, além da percepcao estética do paciente Apesar de se discutir muito, nos tiltimos anos, sobre a eficacia da regeneragao éssea como ferramenta para a abtengéic dos melhores resultados estéticos, existe ainda uma infinidade de materiais com a finalidade de promover a adaptacio dos tecidos adjacentes a longo prazo. O dinico nao deve se deixar influenciar pelas inovagdes, quase diarias, que alegam proporcionar resultados milagrosos. Deve-se dar preferéncia a materiais mais simples, lais como © ouro puro cletro- galvanizado e a ceramica, que além da quase absoluta biocompa- tibilidade ¢ estabilidade qualitativa ¢ quimica sem igual, promove resulltadios estéticos, respeitando os limites bioldgicos do periocionto emantendo a gengiva saudavel, a qual infelizmente, sofre, com fre- giiéncia, danos iatrogénicos causados por procedimentos e mate- riais dentarios. Isso nao ocorre apenas devido aos materiais utiliza- dos, mas também pela falta de cuidado em relagde as normas res- tauradoras, responsaveis por muitos dos fracassos em Odontologia Estética. Atualmente, o tratamento restaurador envolve desde a simples reconstrugao de dentes com Angulos fraturados até 0 fechamento de diastemas com pequenas pecas de poreelana, laminados ceramicos ou coroas totais de porcelana com ouro puro eletrogalvanizado, que dé suporte para as estruturas internas. Aescolha da melhor apcao depende do conhecimento do protis- sional, do correto diagnéstico ¢ das expectativas do paciente. Na presenga de diastemas, erosdes ou apinhamento dentario em pequeno grau, contra os quais, no entanto, o paciente nao deseja Estética ov Cosmético® Clareamente Denial ¢ como Escolher a liga Ideal para Restauractes Esiéticus submeter-se a tratamento ortodéntico, podemse aleangar bons re- sultados estéticos com o-uso de laminados. Em casos de dentes mui- to deteriorados, manchados, fraturados ou severamente cariados, deve-se optar por outro tipo de tratamento. coroas totais de porce- lana pura ou metalocermicas. E em casos de dentes ausentes, as possibilidades de restauragao por meio de proteses sio amplas. Os resultados nao so apenas esteticamente excelentes, mas também podem melhorar o perfil facial e atuar como um evidente filtro na- sal com drdstica redugao de fonagao nasal 0 que é muito comum nessas situagdes patoldgicas. Estética ou Cosmética? Manchas Hoje, a estética envolve exclusivamenie a beleza,‘ que possuti con- ceitos diferenciados pelo mundo, tendo sofrido alteragées por dife- rentes acontecimentos culturais e sociais. Para 0 ciganos, beleza significa usar ouro em préteses dentaria: Para algumas tribos indigenas, como p. ex. as da Amazonia, belo 6 desgastar os dentes deixando-es com formato triangular, um sinal de honra para jovens guerrciros. No Japao, até antes da Segunda Guerra Mundial, as mulheres da nobreza pintavam os dentes com uma tinta preta chamada ohagul, como sinal de beleza e distincao. Para os povos do Ocidente, no entanto, 0 conceito de beleza é completamente diferente. Na realidade, a presenga de manchas em apenas um dente jé é considerada um defeito e pode provocar pro- blemas psicol6gicos. Durante muitos anos, a Odontologia tentou contornar o proble- ma de dentes manchados utilizando resina composta, laminados ¢ coroas tolais, consiclerados a tinica solugdo restauradora. Entretan- to, esses procedimentos envolvem o desgaste parcial ou total dos dentes. ‘A resposta dlos profissionais para a questao do clareamento den tal data de 2000 anos atras. Na realidade, mécicos romanos acredi- tavam que 0 uso da urina para a escovagao dental promovia © clareamento. Por volta de 1300, por exemplo, uma das exigéncias mais comuns, além das exodontias, era a técnica de clareamento dental. Como é possivel, portanto, resolver © problema de dentes man- chados? Em primeiro lugar, ¢ importante entender os diferentes ti pos de manchas. Fatores exirinsecos ‘A mancha extrinseca ocorre quando certos agentes pigmentam 0 esmalte dental. Este tipo responce bem a profilexia. ne, rion oraio WJ Fig. 3-145 estrutvre dertério 6 porstrods gor age 2 monchos, ins como a tatraciclina bo¥ vi sistmicn Fig. 3-2 As manchas intrinseces gem a fléor em exc indo he « ing Prdtese Dentria Fatores intrinsecos A mancha intrinseca ocorre quando a estrutura dentiria 6 penetra da por agentes causadores de manchas, tais como a administrac3o de tetraciclina por via sistémica (Fig. 3-1) ou por ingestao de flior em excesso durante o desenvolvimento do esmalte (Fig. 3-2). Além disso, os traumatismos severos podem provecar hemorra- gia pulpar e, com freqiiéncia, necrase. Os elementos resultantes da degradag&o da hemoglobina, os quais apresentam ferro, provocam as tipicas manchas escurecidas e acastanhadas em dentes desvi- talizados (Fig. 3-3) As manchas iatrogénicas, sempre consideradas intrinsecas por afetarem a estrutura interna dos dentes, sao na realidade efeito se- cundario e negativo de alguns procedimentos dentarios (Fig. 3 Técnicas de Clareamento Denial Ha muito tempo a Odontologia tenta resolver o problema de man: chas dentarias. A primeira técnica de clareamento, publicada em 1877, foi sugerida por Capple’ que utilizava 0 Acido oxélico. Nos anos seguintes, muitos autores sugeriram diferentes combinagdes clareamenio: cloro, didxido de hidrogénio, perdxido de hidro- génio ¢ outros. Em 1942, Mcinnes* utilizou perdxido de hidrogénio, Acido cloridrico e éter dietilico. No inicio da década de 1970, muitos autores demonstraram que o peréxido de hidrogénio era eficaz para 0 tratamento de manchas se potencializado com luz de alta intensi- dade e calor. Nas décadas de 1970 ¢ 1980, alguns pesquisadores uti izaram peréxido de hidrogénio (Superoxol) a 37% assaciado a ca- pa lor.* O procedimento envolvendo calor e luz, considerado 0 que spoca, mais tarde apresentou desvanta- indicado para pacientes havia de mais moderno na gens: o tratamento era demorado, contra: jovens, provocava sensibilidade dentaria, & resultados eram imprevisi Clareamento de Dentes Vitalizados com Moldeiras de Uso Noturno Desde 0 final da década de 1980, a técnica de clareamento de dentes lalizados com meldeir 0, desenvolvida por Haywood e Heymann,” representou um impacto significante na Odontologia Estética. Hssa técnica passou por uma importante evo- 1ucdo Nos Liltimos 10 anos no que se refere & composigao do produ- to, ao desenho da moldeira e apli A técnica original preconizava o uso de uma moldeira feita sob medida para a aplicagao de peréxido de carbamida a 10%. O agente clareadior também apresentava Carbopol para reduzir a velocidad. de liberagao de oxigénio. Ela foi desenvolvida como método conservador e seguro para a reduicao do tempo do paciente na cadeira (Figs. 3: 5c) e para minimizar as reages gengivais e pulpares freqiientemente associa- das ao clareamento feito em consultério. s de uso notu Fig. 3-3 Os elementos resultont edagdo do homoglobina, Spe cceastonto: esvitazados Fig. 3-4 As monchos iatrogénic impre considerados intrineocas por cofetarom @ setiutura interne doe dov'es, saa na realidad eft Figs. 3-50 0 3-5e A técnica de dlareomento de dertes vitolizados com moldeires de us0 notumno foi desenvoliide como mélode conve! vador © seguro pare a redugae do 99 do pacierte ne cadeira © pare rminimizar as reocoes gengivais € pulpores frequeriemente associades Prdtese Dentaia Figs. 3-60 © 3-6b Com as mesmas ro! & racomendada pora dante: dnsvitolizades Figs. 2-700 9-70 & Atualmente, o clareamenio de dentes vitelizados com moldeira de uso natumo pode se estender por mais do que as costumeiras 2a 6 semanas, principalmente para dentes extremamente escurecidos Consiste de gel pegajoso, altamente viscoso, de libera disponivel em seringas de dose tinica e que deve s oem moldeiras e usado a noite. Esse tipo de clareamento é recomendado para todos os tipos de manchas ¢ 0 paciente jé apres em pouco tempo de tratamento. O uso mais eficaz da moldeira ocorre 4 noite devido a diminui- cdo da secrecao salivar ¢ da atividade bucal durante 0 sono, evite do a saida de material da moldeira. A quantidade de aplicagdes depende da necessidade e di bilidade do paciente. 40 continua, =r coloe nta resultado sensi- ica? Clareamento Denial ¢ como Escolher a Liga Ideal pora pS Esiética ou Cosiné Clareamento realizado na sala de espero A técnica de clareamento realizada com a supervisdo do clinico, em que se usa moldeiras e feita em consultdrio, também é chamada “dareamento realizado na sala de espera’. O agente clareacor é 0 peroxido de carbamida a 35%. Com as mesmas caracteristicas da écnica tradicional, esta 6 recomendada sobretudo para dentes desvitalizados (Figs. 3-6a e 3-6b), quando é necessario darear man- chas da raiz para evitarsombras na regido cervical aposa cimentagao de coroas (Figs. 3-7a ¢ 3-7b). Esse 6 também um Lratamento clareador caseiro complementar. Clareamento realizado em consultério O tratamento clareador quimicamente ativado, sem 0 uso de luz e feito em consult6rio, economiza tempo e dinheiro, O agente utiliza do 6 0 perdxido de hidrogénio a 38% (a concentagao mais alta dis- ponivel no mercado), com pH neutro (7,0). A mistura de duas serin. gas ativa © produto, que € colocado diretamente sobre os dentes Como os demais produtos, esta é uma alternativa de tratamento para manchas intrinsecas, mesmo em dentes desvitalizados. Estética em Odontologia Restauradora Kae Mea eeeer na Ligas Preciosas preciosos acrescantados a fim de friar uma camade fine de dxidos, Atualmente existem muitas ligas preciosas disponiveis. Apesar de ‘ti 9 ineloce metolporce as coroas de porcelana pura serem consideradas 0 que hd de mais 9. 39, Ure combinaspo de moderno em restauracées com cobertura total, tem-se tentado de- — sblde pel cam 3 senvolver coroas de parcelana com maior resisténcia a fraturas e Pele eleamene que suportem qualquer condi¢do no interior da cavidade bucal. Ao eis Seolante a teas 2 mesmo tempo, como muitos profissionais ainda preferem utilizar gspessura esta enfe 1a Sum Figs. 3 ‘obitdas rasieé I 1-100 @ 3-10b Vantogens uizordo ligas preciosos sgaste denkirio, manuter jiskdede pulpay. maior ‘ca do porselana e a possibi de confeccio de prétece: as tradicionais coroas metalace micas, alguns pesquisadores tem tentado desenvelver outras com estrutura funcional e esteticamen- te superiores As convencionais fabricadas pelo método de cera per- dida As ligas preciosas comumente utilizadas contém alta porcenta- gem de ouro, platina ¢ palédio. Nessas ligas, diferentemente de uma liga monofésica (Fig. 3-8), em que todos os gros s40 iguais, adicio- nam+-se pequenas quantidades de metais nao-preciosos, promoven- do a formagao de uma camada fina de 6xidos, titil para a interface metal-porcelana, ¢ cuja espessura ideal é de 1 a5 ym (Fig, 3-9 Além disso, esses metais nao-preciosos também possuem a pro- priedade de aumentar a dureza da liga, refinar os graos'2e melhorar a.uniao do metal a porcelana. Dessa forma, a interface ideal, obtida entre porcelana e liga metalica, é determinada por processo quimi- co € fisico-mecinico, conseguido por seu tratamento com ciclo de oxidagao e abrasao. As vantagens obtidas por meio da liga preciosa sdo muitas (Figs. 3-L0a e 3-10b) L. Menor desgate dentario Manutengao da vitalidade pulpar Maior res Adequa wy sténcia da porcelana 40 a prot s S parciais fixas com ponticos Entretanto, também hé algumes desvantagens, sendo a mais im- portante a espessura (nunca inferior a 0,6 mm), necessaria a resis téncia da estrutura, além da produgio de baixa quantidade de dxi- dos metélicos presentes na liga Somados a isso, existem muitos fatores na técnica por cera perdi- -apazes de provocar ligacao imperfeita entre a liga e a porcelana tais como: distribuigo ndo-uniforme dos metais nao-preciosos, re- = Estetica ov Cosmética? Clareamento Dentol ¢ come Escalher ¢ Liga Ide: Restouracoes Esteticas por sultando em regides isoladas de metal e com haixa resisténcia; 0 aparecimento de regides contaminadas ¢ sujas ou; entdo, no caso de ligas com alta porcentagem de pakiciio, a acorréncia ce emissio de gases, promovendo a formagao de bolhas na interface entre a orcelana. ligaea ligas néo-preciosas Diferentemente das ligas preciosas, as nao-preciosas, quando utili- zadas na técnica por cera perdida, garantem excelente resisténcia & deformagao e boa estética nos casos em que se necessita de minima espessura ce metal (0,2 a 0,3 um), ou seja, em proteses parciais fixas de cimentacdo adesiva. Esses resultados sao atribuidos a dureza e a facil fundigao das ligas nao-preciosas. A desvantagem é a excessiva produgao de oxides (Fig. 3-11), os quais criam uma camada espessa entre a porcelana eo metal, resul- tando cm menor resisténcia ¢ em maior risco de se destacarem. Além, disso, a alta producao de 6xidos leva a um menor valor de cor, com resultado estético destavoravel e grande risco de provocar alergias. Foram feitas varias pesquisas, por muitos autores, incluindo Crispin et al;! com a finalidade de eliminar os problemas provocados pelo baixo valor de cor das ligas tradicionais. Para compensar as limitaces dos metais nobres ¢ n&o nobres, pesquisas vem focando o desenvolvimento de novos materiais que eliminem os problemas estéticos ¢ criem restauracoes funcionais biocompativeis, reduzindo o tempo de trabalho e consequentemente 0 custo de fabricagao. Fig. 3-114 nao-praciora & ol oxides, svantagem da liga Carle Zappalas Fig. 3-120 896s 0 9 modelo de tabs 9% 2 ¢ maklagem defritiva, © ho & feito da for dente Coroa Aurogalvénica (AGC) O sistema AGC (Wieland Dental, Pforzheim, Alemanha), para con feccio de coroas aurogalvanicas, permite que se facam copings com minima espessura de ouro (24 quilates) por processo que garante resisténcia a fraturas semelhante a das ligas tradicionais e melhor estética, além de se utilizar menor quantidade de material ¢ equipa- mento em laboratério, As desvantagens da técnica por cera perdida so eliminadas, assim como 0 tempo eo custo laboratorial sao redu- zidos. O coping feito em ouro € confeccionado pelo processo de eletrodeposigio e oferece o mais alto grau de precisdo ¢ uma melhor adaptacdo, além de a cor do ouro aumentar o valor da cor do recobrimento de porcelana, promovendo aparéncia mais natural Apés o preparo do dente para coroa total (Fig. 3-12a), sao feitos de forma convencional a moldagem definitiva e 0 modelo de traba Iho. Por ser relativamente fino (0,2 a 0,4 mm), 0 coping em ouro, con feccionado pelo proceso de eletrodeposigao, possibilita que o des- gaste deniario seja minimo, diminuindo 0 risco de necrose pulpar. Além disso, 6 possivel obter bom resultado estético em regides de espaco interoclusal reduzido, assim como na regiao dos incisivos inferiores. No troquel, 0 término do preparo € definido e delimita- do sua base é preparada sem reentrancias (Fig. 3-12b) a fim de evitar alguns dos problemas encontrados pelo autor durante a duplicagao com silicona especial. Procede-se ao acabamenta em cera, semelhante ao alivio geral- mente realizado nos modelos (fig. $-12c), coma finalidade de elimi- nar retengdes, pequenas cavidades ¢ a aspereza da superficie, as quais podem interferir no proceso de duplicagio do troquel principal. Fssa duplicacao 6 feita com material especifico (AGC Dubbli- Gum) e vazado com gesso pedra especial tipo IV (AGC Super Hard Plaster). Doze horas mais tarde, o troquel duplicado é removido do molde, esperando-se 90 minutos para sua secagem, a temperatura ambiente. A base do troquel duplicado 6, entao, cortada a fim de tornar a Area de deposicaio a menor possivel. Sua base € preparada com bro: ca de ago carbono tungsténio (carbide tungsténio), com a qual se faz uma canaleta que se extende de 2.2.3 mm em comprimento, ¢ 1a 2 mm logo abaixo da margem do preparo (Fig, 3-124). Uma haste de cobre é colocada nessa canaleta, presa com cianocrilato (Fig. 3-120), se minutos para sua secagem. No caso de uso do Speed Unit, deve-se utilizar uma haste de titanio. Sobre 0 troquel duplicacio aplica-se verniz, condutor a base de prata (AGC Conductive Silver Vanish) (Fig. 3-12f) com o formato ejado do coping, final, até a regiao do troquel proxima a haste de esperand des cobre ou titanic. Aposa insergao do eletradona cobertura que funciona como tam- pa do reservatério esté constituida de solugio s ouro e na qual ocorreré a eletrodeposicg0, devem-se seguir atenta~ a com po de 51 Fig. 3-12b Anés 0 detinicéo eo Fig, 3-12c Uillzo-se cera como Fig. -12d Quonde base 4: seas Fo. 3- cobre Fig. 3 da manger do teoquel 6 & prepared ser baira do limite lato 12 ta (AGC Conductive Silvor Varnish) sobre o troquel Carlo Zappala se saguie Fig. 12g Dow febricante Fig. 3-12h Ao términn do proc movida por movimente de torc6o, 3 jl da 3 Sloced 1 ltra-sénica es de passar pr tralamenio com cid nitico © 25%, Fig. 3-12) Apos o refinament montodas a, eles esto te Fig, 3-12k A supatticie dos copings obtidos por eletrodepasicdo opre serto itregularidedes naturais, que relhowomn supedicie tipica da liga monolésica, mente as instruées de fabricante (Fig, a0 de 6 a 11 horas. Apos 0 término do processo de e retirados e a haste de cobre, removida por movimento de torcio (Fig. 12h). O troquel de gesso é colocado em cuba ultra-sdnica an- tes de passar por tratamento com acido nitric a 25% (Fig. 3-12i) E necessario remover todos os residuos do interior dos copings, principalmente pigmentos escuros resultantes do verniz, condutor & base de prata. A presenca de residu emissio de gases durante a queima da porcelana, § absolutamente necesséria a sua remocao completa Apés 0 refinamento das margens dos copings com pontas monta das de silicona (Fig. 3-12)), eles esta prontos para receber 0 agente de uniao. Devido A excelente biocompatibilidade do coping obtido por cletrodeposicéo, € possivel deixar as margens da pega em ouro, nao havendo o risco de aparecerem manchas na margem livre da gengiva, normalmente resultantes da corrosao metélica A superficie dos copings apresenta irregularidades naturais (Fig 3-12k) que melhoram a retencao mecanica na interfac 12g). © processo tem dura ‘odeposicaio, os copings sto 's desse metal pode provocar a indo, portanto, metal-porce- lana. Além disso, apresentam superficie tipica da liga monofasica, em que todos os graos s 10 iguais (Fig. 3-121) Pom sitica ou Cosmética? Clareamento Dental e como LP? esauracées Estéticas seed 53 A adesao do recobrimento de porcelana ao coping obtido por Fig: 3-12m ¢ 3-128 Apés @ linpo cletrodeposicao 6 conseguida exclusivamente por retengio mecéni- So anes ea oe ca sendo essa adesio intensificada pelo jateamento da superficie com 4G Gold Bonder), com e fnelido @xido de aluminio (110 um), utilizando pressio de no maximo | bar. d= ce ourentr Depois de limpos com jateamento de vapor, os copings reo ore © agente de uniao (AGC Gold Bonder) para melhorar a reter ieeenieatee mecinica (Figs. 3-12m e3-12n). Esse agente apresenta microparticulas — minvto cafgricas de ouro puro ¢ porcelana em po e deve ser aplicado uni- _ mcronndiaios edleteas de our oo formemente pela superficie. A queima realizada & temperatura de opine Calida poe ee 920°C por 1 minuto promove a adesdo das microparticulas esféri cas de ouro av coping obtido por eletrodeposicao (Fig. 3-120). Como resultado da queima, as microparticulas esféricas escoam pela a perlicie rugosa do coping (Fig, 3-12p) essa elevada rugosidade pro- Fi. 3-12p Cone resiado da F ove a unido mecénica entre o coping e 0 recobrimento de porcela-_ qveime de porcelane, na. O agente de unido deve ser aplicado cuidadosamente, a fim de re less vegou col con evitar o aparecimento de bolhas provocadas pela emissao de gases, Fig. 3-124 0 ogerte que podem causar 0 descolamento da porcelana (Fig, 3-124 ser aplcao cuidadosa A esta altura, os copings prontos para receher a aplicagio 4°! 90% da porcelana. Por esse processo de eletrodeposicao, ¢ pos perl deve frm ivel utili- do cecobrimento do po F Pere eC ee Et ot 2 Denia Wy Figo. 3-121 0 3-1 todo: de Fig. 3-121 A purezo ompaiil nis © biol Denia zar todos os tipos de por e 3-12s). Dos pontos de vista estético, funcional e bioldgico, tanto a pure za do ouro como a biocompatibilidade da porcelana oferecem mui- tas vantagens (Fig. 3-12t). Uma das mais importantes ¢ a estética conseguida devido a possibilidade de se deixar a margem cervical em ouro sem perder o resultado estético. Alem disso, a cor do ouro 0 valor da cor da porcelana, promovendo efeito mais na- tural. Outra vantagem 6a funcional, pois 0 our por eletrodeposigao sustenta a porcelana, aumentando a resis| que por ultimo, hé ainda a vantagem bioldgica, pois 0 ouro evita problemas de toxicidade. lana disponiveis no mereado (Kigs. 3-12r aumen, ncia as forcas oclusais; ja Clareamento Dental e como Escolher a Liga Idea! para Captek Captek (Precious Chemicals, Altamente Springs, FL) é um material desenvolvide recentemente e apresentado por Itzack Shoher no en- contro da Academia Norte-americana de Odontologia Estética, em Los Angeles, 1993. Ainda é inovador e revolucionario, mas constitu uma liga que pode ser considerada um material composto. E formado por duas camadas diferentes de material maleavel (Captek P e Captek G), com espessuras de aproximadamente 0,3 mm, cuja vista transversal ao microseapio 6ptico mostra o processo. de capilaridade. A camada do Captek G, na superficie externa do coping, & composta de our puro, enquanto a camada interna, por ouro, platina e palddio (Fig, 3-13) A interacao entre as duas camadas ¢ suas diferentes elasticida~ des produz uma estrutura semelhante a obtida em outros materiais compostos. A presenga de dxidos metdlicos de superficie aumenta a flexdo do metal e, tanto sua auséncia como a absoreao interna de esse no Captek durante a queima da porcelana proporcionan boa estabilidade térmica ds pecas metalicas, particularmente nas re- gides de borda Coroa Captek Para essa técnica, também se faz necesséria a duplicacao do troquel principal (Big, 14a), silicona especifica utilizando (Capsil) na pro- porcao 1:1 (Fig. 3-L4b). O material refratario empregado para a dupli- cacao é misturado a vacuo ¢ 0 troquel duplicado, antes de ser utiliza. do, precisa passar por um ciclo de descontaminagio (Fig. 3-140) Fig. 3-13 Ao microscépie épico, en corle ransversal, o Coptek mosira 0 procesto de copilaridod: moda do Contek Gna superticie externa da de outo puro, enquanto o Fur, plata e Fig. 3-140 Coto intial com eslouracan ourica Apés a aplicacao de verniz adesivo especial, a camada de Captek Fig. 3-14b Nessa tecnica, & 5 oS i 2 I ee dbl cao P 6 adaptada ao troquel (Fig. 3-14d) de forma simples, pois sao ne- sxincipal cessdrios poucos instrumentais, tais coma alguns br bisturi Essa camada deve ser cortada aproximada nidores e um ente Imm abaixo da bilencce do roque! duplcado, ese margem do preparo (Fig, 3-14e). O troquel est, entao, pronto para sa por ciclo de primeiro cozimento, realizado em forno convencional para porcela na. A maior vantagem desse método € a eliminacao de todos os dipositivos utilizado 2 por cera perdida, que tem suas li- na técnic milagdes. Dessa forma, € possivel utilizé-lo em consultorio, necessi tando apenas do forno para porcelana © Captek P é composto por microparticulas com até 80m € microesferas de ouro atomizadas com 5 a 40 um (Fig 3-146). S.14d Apés ouplecagéo de —-Mcroeseras tém a mesma composigao do Captek G, mas com di- ial acomado —- Mensao média menor ene Bade os vocal A andlise espectométrica por dispersao de energia das micro- eereda arcanmdarenis lei particulas, realizada com um espectdmetra, mostra seus principais axe do morgem do prepare components: ouro, platina, palddio e uma pequena quantidade de Fig. 3-14FA Captek P € cor pole prata. Apos a queima, a estrutura do Captek P, vista em corte trans- por micropertovias com oft 8pm * micropericvis com oe oe” versal, apresenta porosidades e as microparticulas, orienta om § 0 40qimen lela (Fig, 3-L4g) 0 para- colher @ Liga Ideal pare emético? Clareamenio Resiauragoes Estélicas O proceso de aplicacao da segunda camada (Captek G) 60 mes mo (Pig. -14h e 3-141), sendo essa composta por microesferas de acas com diametro que varia de 5 a 100 pm (Fig. 3-14)) ouro atom Oespectémetro por dispersio de energia demonsira sua compo- sicdo: 97% de ouro puro e uma pequena quantidade de prata. As margens dos copings sao posteriormente polidas com discos de silicona (Figs. 3-14k e 3-141). Apés 0 término da queima, a superficie do Captek apresenta microondulagdes € conformagio semelhante 4 do ouro eletrofor- mado. Os residuos das camadas recortadas durante © preparo po dem ser reaproveitados, sendo a economia, porianto, outra vanta- gem importante do material. A dltima, porém nao menos importan- te, 60 tempo dispendido para sua obtengio, que ocorre em menos de 1 hora (Fig, 3-14m). Além disso, a resisténcia & corrosao eletro- quimica demonstra que o Captek apresenta comportamento seme: Ihante ao do ouro puro: mesmo que ocor mogdo da camada externa do Captek G nao ha aumento da corrosao. a Fig. 3-14g Apés a queime, 9 a do Copiek ® fa poi {as micropaiculas, orientacéo poralele, Figs. 3-14h e 3-14i O processo icasdo do segunda camada Fig. 3-14) © Cartel de ouro otomizaso: que varia de 5.0 100mm, Figs, 3-14k © 3-14l As margens dee copings sa0 polidas com discos de Fig. 3-14m € pe CCapiek em menos d2 1 hora Prétese Parcial Fixa de Captek A tecnologia do Captek possibilita a realizagio de proteses parciais fixas. Ap6s a confeccaio de dois copings em Captek (Fig. 3-15a), po- dem-se utilizar ponticos pré-fabricados utilizando o mesmo sist. ou, como ocorreu nesse caso, fabricados por meio da técnica con- yencional por cera perdida, utilizando liga preciosa (Fig, © Capeon e 0 Capfill sao utilizados para unir os ponticos aos copings (Fig. 3-15c). O Capcon consiste de um pé especial contendo uina liga sinterizada que é usado como auxiliar na solda dos copings aos ponticos (Fig, 315d). J4 0 Capfill (Fig, 3-15e) € derretido sobre a estrutura, preparando a superficie para receber o agent opacificador. Esse novo material reduz o tempo de trabalho e, conseqiiente mente, 9 custo dos procedimentos laboratoriais, além de proporcio- nar resultados estético, funcional ¢ biocompativel (Figs. 3-15f e 3 ma 3-156), e aces ivo ec uillzande liga preciose Fig. 3-18c O Copson 15g) 280 vtlizados pore unir 0 -opings orn Captal Prdtese: Dent [oa )_ Esiética ou Cosmética? Clorsamento Dental e como [7 Restavracdes Esiéticas olher a Liga Ideal pora Concluséo Quando o paciente procura o profissional por um problema estéti- CO, jé possui conhecimento das alteragdes dentérias e faciais que apre senta. Dessa forma, 0 clinico precisa estar atento as reais necessida~ des do paciente, que tende a ocultar insegurancas, problemas psi © descontentamentos quanto a sua aparéncia. O profissional m, entretanto, logico deve dar importancia as requisicées do paciente se concordar com pedidos dificeis e complexos. O dever ético do cirurgiao-dentista € 0 de sempre oferecer expli- cagdes detalhadas sobre 0 tratamento, dentro da possibilidade de compreensao do paciente e r as. No que se refere aos materiais disponiveis, as diferentes téenicas ¢ aos pro- cedimentos estélicos existentes, 08 pacientes ainda podem ser con Alem disso, devido 4 constante divi speitando suas expectati das disci- siderados leige Fig, 3-15d Capcon ¢ um pe especiel que aprosenve ume lig 12 solda doe copings oo pantizo. Fig. 3+15¢ 0 Capfil ¢ dereatida sobre e estutire, preparendo a supericie para os eopas sequinies Figs, 3-16f © 3-15g © Copii « tempo de tak ragultados esldico, funcional biocomparivel Carlo Zoppala plinas médica e ciriirgica, atualmente existe uma grande quantida~ de de profissionais especialistas. No entanto, ha uma forma de equilibrar as exigéncias do pacien- tee a capacidade do profissional em satisfazer tais expectativas, pre- servando a ética profissional. O respeito 4 simplicidade ¢ um pro- cesso extremamente dificil, demorado, e que, geralmente, nao coin- cide com a conevito estético transmitido pela midia Ftica e estética nao devem ceder uma a outra. Respeitar ao que é natural consiste em tarefa extremamente dificil ¢ trabalhosa e, como ocorre na maioria dos casos, 0 conceito estético do paciente nem sempre se aproxima do que é natural. Porém, existe uma area neutra que pode ser explorada a fim de satisfazer as vontades do paciente, sem comprometer a ética profis- sional. Esse limite esta entre a razao € a emocdo, entre a percepcao e © conhecimento técnico e o marketing. £ onde a emogio ¢ © conhe- Cimento Gentifico se encontram. Criar a verdadeira estética requer a compreensio de que a melhor restauracao € aquela que nao pode ser notada, Agradecimentos © autor agradece especialmente pela amizade ¢ pelo superte laboratorial de Stefano Tonnarelli, CDT, Ralconara, Italia e a Luigi Lucernini, CDT, Bergamo, Italia. Referéncias 1. Zappala C. Face Building Program [video], Milan: Produzioni Audiovisive Scicntifiche Medicalvideo, 1997. 2, Ruel Kellerman M. 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Cloreamento Dental e como Escolher a Liga Idecl pora a Restauracoes Esiéticos 10, Haywood VB, Heymann HO. Nightguard vital bleaching. Quintessence Int 1989;20:173-176. 11. Mel.ean JW, Seed IR. The gold alloy/porcelain bond, Trans Br Ceram Soc 18 73:5:228, 12. O'Brien WY, King JE, Rige G. Heat ueatment of alloy to be used for the fused porcelain technigue. J Prosthet Dent 1964514:955. 13, Crispin BY, Seghi RK, Globe H1. Effect of different metal ceramic alloys on the color of opague and dentin poreclain. J Prosthet Dent 1991;65:351-356 14, Crispin BJ, Okamoto $K, Globe H. Effect of porcelain crown substructures on visually perceivable value. J Prosthet Dent 1991;66:209-212. Leituras Recomendadas ASTM E407-70, Standard Methods for Microctching Metals and Alloys. West Conshohocken, PA: American Society for Testing and Maverials, 1970, ASTM £79435. Standard Test Method for Melting and Crystallization Temperatures by Thermal Analysis. West Conshohocken, PA! 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J Esthee Dent 19968:151-156 4 rion Ahmad Quatro Casos Estéticos ‘étese Dentéria Irfan Ahmad, BDS Dr, Irfan Ahmed graduou-se gale Universidade de Liverpool em 1986 estabsleceu sev consultério em Horrow, Middlesex, Reino Unido, facade na odontologic estética, restauradora e implantes. Ele colaborou com ceramistas renamadas sende membro ative da Academia Européia de Odontologia Esibtico. Quonto 6 ére0 académico, j& publiceu mois de 100 arfigos relacio- nados & Odoniologia Resiourodora Estética nas principais revisies interna- clonais, inclvindo a Intemational Journal of Periodontics and Restorative Dentisiry, 0 Quintessence of Dental Technology, a International Danial Journal © 0 Proctical Procedures ond Aesthetic Dentisiy (PPAD}. 1 esteve em capas de revistas como @ British Dental Journal(1999, 2002 e 2004), a International Dental Journal (2002) ¢ o “PPAD” (1998 eo atual). Fle asta otualmente envolvido em projeto de cinco livros com trés editoras internecionais. Ele é avior de “Fotogrofio Convencional e Digital: um Manual Pratico (Quin- tessence, 2004). Dr. Ahmod leciona extensivamante no Reino Unido € ou- tros poises. e-mail: ishmadbds@aol.com tratamento odontolégice estético deu um grande salto com Ja introdugao de novas técnicas, tecnologias ¢ modalidades de tratamento no tltimo século. O que antigamenie era ilu- s6rio e desanimador, atualmente pade ser considerado vidvel e pre- visivel. Mais do que apenas uma profissao terapéutica, a Odontolo- gia evoluiu para uma disciplina cada vez mais baseada na inclusao da arte, com a finalidade de se aleangar resultados visivelmente melhores. Somente o alfvio da dor e a cura ndo sao suficientes. As expectativas do paciente esto além do tratamento das patologias e nao dizem mais respeito apenas a simples reparos, mas sim, colocar a dentig&o acima da doenca, que é algo desagradavel. Os fabrican- tes, clinicos e técnicos sito, cada vez mais, guiados pelos desejos dos, pacientes empenhando-se para satisfazé-los. Atualmente, existem muitas opcdes de tratamento e uma grande variedade de materiais disponiveis capazes de atender a essas novas e rigorosas exigéncias. O estudo de casos neste capfiulo demonstra os melhores resulta- dos possibilitados pelos novos procedimentos odontoldgicos. Por meio tanto de proteses convencionais, tais como as pegas metaloce- ramicas, quanto por sistemas mais avangados de porcelana pura, as téenicas odontolégicas contemporaneas sdo capazes de resolver trés tipos de situagoes complexas e distintas. F importante nao apenas tratar as patologias, mas também atender aos critérios estéticos ¢ satisfazer As expectativas dos pacientes, Para salientar a variedade de protocolos clinicos, em cada um dos trés casos foram utilizados novos procedimentos e materiais para a confeccio de préteses especiticas. Existem muitas formas de se alcancar o objetivo desejado para cada caso; por fim, a opcao esco- Ihida depende da habilidade clinica e técnica do profissional, da exigéncia do paciente e de fatores financeiros. Entretanto, em qual- quer opedo que se faga, o resultado deve justificar os meios no que se refere a resolucao das patologias, dos objetivos estéticos e da longevidade. Prétese Dentéria o 65 t Fg. 4-10 Condicéo inci, em que nolavem mordida cruzado ¢ escurecimento da fece vestibular do incisive lateral 3 do pceiconamants mais baixe da margem gangivl livra em relogso ‘20 dente hamaloge Fig. 4-1b Vsia oclusal ici demonstrando a reroinclinacce do incisive loieiel superior die © Caso do Laminado Cerdmico A situagao Uma paciente, com 31 anos de idade, compareceu ao consultério com a condicao apresentada na Fig. 4-1a. Ela se casaria em trés me- ses e desejava alinhar o incisivo lateral superior direito retroinclinado. Os problemas estéticos inclufam mordida cruzada e escurecimento superficial desse dente. Além disso, a margem gengival apresenta = e mais baixa em relagao ao seu homéloge. (nivel de insercao gengival Classe I: a margem gengival do incisivo lateral apresenta- se 1 a2 mm mais baixa em relacdo a do incisivo central superior esquerdo € a do canino superior esquerdo). A condicao gengival era aceitvel e nao havia habitos parafuncionais As opcGes de tratamento A primeira opgao foi pelo tratamento ortodéntico. Esse promoveria a intrusao do incisivo lateral superior direito, permitindo o desloca- mento apical do complexo dentogengival e a harmonizacao da mar- gem gengival com ado seu homslogo. Além disso, o incisive lateral direito precisaria ser protruido, a fim de alinhar-se com o restante do arco (Fig. 4-1b). Para lingualizar o incisivo lateral inferior direito, seria necessdrio extrair um dente higido desse quadrante. Por fim, para que nao houvesse recidiva da movimentagao dos incisivos la- terais superior ¢ inferior direitos seria necessario o uso de aparelho ortodantico removivel ou coniengao palatina e lingual fixa por lon- go periodo, respectivamente, f Fig. 4-1e) naval lve, marge! discrepinci incisive latercis supe riores INC = jungio amolocementéric MGL = margem gergival lire A segunda opcao foi pelo tatamento restaurador (Fig. 4-1¢). O incisivo lateral superior esquerdo apresentava retroinclinagao e uma erupeao atrasada ou passiva alterada, como o indicado pelas guintes caracteristicas: a juncdo amelocementéria localizava-se 1 mm abaixo da cri alveolar; a medida linea de 5 mm; 3. a coroa clinica era curta; i cso et L. a juncao mucogengival estava normal (apical a crista alveolar). Fig. 4-1e Enceramonto diogréshico mostiond 0 olinhamo sta da margem gengival livre até a crista alveolar ea Fig. 4-1d Modelos iniciais de oesse 2 proposlo Prétese Dentoria Fig. 4-11 lecainagée da morger Fig, 4-19 visia oclusal do av realizado no incisva later irate, Infon Ahmad Portanto, a distancia da gengiva marginal livre & jungao ame- locementiria era de 4 mm. Para que fosse possivel a btengao do nivel de insergdo gengival Classe I, seria necessdrio deslocar a mar- gem gengival 2 mm para apical, o que seria conseguido por cirurgia periodontal ou pelo posicionamento da margem do laminado ceramico 3 mm acima da crista alveolar ou a 2 mm da margem gen- gival livre. Optou-se por um laminado ceramico em Empress (Ivoclar Vivadent, Schaan, Liechtenstein), pois 0 dente apresentava cor acei- tdvel. Seria utilizado um silano para permitir a adesdo quimica da delicada restauracaio ao esmalte. Com o enceramento diagnéstico simulou-se a quantidade de desgaste necessdrio do incisivo lateral inferior direito eo posicio- namento do laminado em Empress (Figs. 4-1d ¢ 4-Le). O plano de tratamento proposto envelvia a colocacao do laminado ce incisivo lateral superior direito ¢ 0 desgaste do esmalte vestibular do incisivo lateral inferior direito, para que se corrigisse a mordida cruzada. A paciente foi informada de que a reducao do incisivo late- ral inferior direito colocaria em risco a vitalidade do dente, havendo a possibilidade de seu futuro tratamento endodontico desse dente. Devido ao pouco tempo disponivel ¢ ao desejo da paciente em nao se submeter a tratamento ortodéntico, sua op¢ao foi pelo trata- Amico no mento restaurador, N A solugéo Em resumo, os problemas stoticos do incisivo lateral superior es~ querdo incluiam: mordida cruzada, escurecimento superficial ¢ ex- 1 de tecido gengival, resultando em coraa clinica curta. Com base no enceramento diagndstico, foi realizado o desgaste neces ‘rio da face vestibular do incisivo lateral inferior direito com brocas diamantadas e subseqtiente polimento com pontas silico- nadas, promovendo total auséncia de contato nos movimentos protrusivos ¢ laterolaterais. Utilizou-se agente de uniéo autocondi- cionante (iBond, da Heraeus Kulser). © incisivo lateral superior di eilo foi corrigido com resina composta hibrida (Venus, da Haracus Kulzer) com © restan e do arco. O términe foi f ito em estrutura Fig. 4-1h Nove meses opds @ no incisive lateral superior dircito Fig. 4-1 Vista oelueel final ¢ leminado no incisivo lateral superior ciroto e seu alirhamento com 0 restarte do arco. Fig. 4-1] Visto oelusal final demons trondo © mgracao pe opi al livre do Prétese Deniéria 1% fon Ahmad t dentaria, a margem vestibular, posicionada 2 mm subgengivalmente Fig. 4-11 Vis e o dente, provisoriamente restaurado com uma incl acrilic ondicionamento dcido feito em um ponte e re- sina composta fluida. Apés 4 semanas, houve migragao apical da margem gengival livre a uma altura semelhante 4 do dente homélogo (Rig. 4-1). A tegiao incisal do laminado ceramico foi estendida até a face palatina, com 2 mm de desgaste, a fim de permitir uma espes- sura adequada de porcelana (Fig. 4-1g) aceta de resina -olada com Apés a moldagem, o laminado ceramico em Empress 2 foi c feccionado em laboratério. A figura 4-1h mostra o laminado defini- tivo do incisivo lateral superior direito, 9 meses ua cimentacio. A integracaio com os demais dentes, no que se refere a cor, textura e Bg. fle Vito venel denioicsel formato, estava impecavel. A resposta do tecido gengival foi exce l on Fig. 4-1n Vista frontal dentofoc q Quote Casos Estéticas lente, como o evidenciado pelo sulco gengival saudavel, pelo térmi- no da margem gengival livre em lamina de faca e pelo aspecto de casca de laranja da gengiva inserida. O alinhamento obtido em rela- cdo & arcada superior foi evidente (Fig. 4-1i). Como resultado da movimentacao apical, amargem gengival livre ao redor do laminado ceramico apre melhante a do dente homélogo (Fig. 4-1i). ‘A vista vestibular das figuras 41k e 4-In demonstra que 0 la- minado ceramico estava imperceptivel em relacdio aos demais den- tes. A comparacdo entre a condigao inicial e a final demonstra a ex- celéncia do resultado estético conseguido com a correcéo dos trés problemas estéticos iniciais: mordida cruzada, escurecimento super- ficial e mau alinhamento da margem gengival, corrigida para nivel de insergio Classe I (Figs. 4-Lo e 4-Ip). entava localizacéio © caso do Procera A situagao Uma paciente de 40 anos de idade, com a condi¢ao inicial demons- trada nas figuras 4-2a a 4-2e, desejava resolver seu problema dentério. No exame clinico notou-se a presenga de coroas metaloceramicas em mau estado no canino superior e no incisivo lateral direitos, ab- cesso agudo no canino, protese parcial fixa metaloceramica apoiada no canino esquerdo e com cantilever no incisivo lateral ausente, tam bém em mau estado, além de vari incisivos cenizais superiores, as quais ncisal gasta e assimétrica Além desses, res ontornadas e manchadas nos resultaram em uma borda Fig. 4-1o Vislo Frontal nici Fig. 4-1p Visio konto fina oansio RY go hrical, em que se nolam reslovragées en mau estado, recesitondo de melhora gures 4.20 4-200 sao de prooriecads da ig. 4-2b Vista inicial de prétese parcial ta de doit al n0 no superior esquerdo mont da resina composta ern mai Fig. 4-2c Vista cclusal de falta de sucesso da prétese cic fxo de quedron Siete Irfan Ahmad uma prétese parcial fixa, localizada no quadrante superior direito, havia sido perdida por falta de suporte adequado, eo primeiro pré molar esquerdo, que possufa uma coroa, apresentava fratura ra- dicular do tipo vertical. Por fim, havia falta de oclusio posterior devido & austncia dos pré-molares e molares super ores. As opgées de tratamento A condigao inicial da paciente exigia que 0 tratamento fosse realiza~ do em duas fases distinias: a primeira, com melhora da fungao ¢ da estética da regido anterior e, a segunda, com estabilizagao da oclusae posterior por meio da substituigio dos dentes ausentes. A primeira fase, relacionada a regio estética, serd a base de nossa discussao. A segunda, relacionada a substituigao dos dentes superiores ausentes por meio de implantes, foi planejada para mais tarde. Existem muitas opgdes restauradoras a disposicao do clinico, as quais vao desde as coroas metaloceramicas convencionais as proteses em porcelana pura. Como regra geral, na regio estética, estas de- vem ser 0 tratamento de escolha, mas na regio posterior, a opeéo deve ser por coroas metaloceramicas, devido a durabilidade e ao sucesso clinico comprovados. Enquanto sao realizados estudos ¢ testes com as pecas de cimentagao adesiva, no que se refere a funcao e longevidade, as confeccionadas em porcelana pura, sem dtivida, ja demonstram superioridade estética Apés o término das restauragdes dos 6 dentes Iocados implantes associados a proteses parciais fix: adesiva para o restabelecimento funcional na regio posterior. Para a restauragao da regio anterior, optou-se por pecas feitas com Procera All-Ceram (da Nobel Biocare). Esse sistema apresenta duas fases: a primeira inclui a confeccfio do coping em Procera, a partir de 6xido de aluminio altamente sinterizado, enquanto a segunda, 0 recobrimento com porcelana All-Ceram de baixa fusdo (Fig. 4-20.! Esse processo apresenta vantagens significantes em relagaio ao anteriores, S40 co- s de cimentacaio f das porcelanas convencionais por utilizar tecnologia computado- rizada para sua confeccéo. O controle de qualidade para a fabrica do do coping 6 rigoroso, garantindo um gap marginal de 70 jm, ou seja, 30% superior as normas clinicamente aceitaveis. O éxido de alum{nio é uma porcelana muito resistente, possui alta resistencia a flexao, de aproximadamente 700 MPa, sendo indicada, portanto, tanto paca dentes anteriores como para posteriores. Além disso, 0 desgaste do dente antagonista provacado pela All-Ceram 6 4 vezes menor que o provocado pelas porcelanas de alta fusdo utilizadas para proteses de cimentagao adesiva.? Osistema também ¢ muito versatil, pois apresenta copings dispo- ras, opacidades e tipos de material (6xi- do de aluminio ou de zircdnia) para casos clinicos variados. Por exem- plo, © coping de 0,5 mm de espessura (Oxido de aluminio ou de ZircOnia) & indicado para proteses posteriores unit plas, enquanto o de 0,4 mm (6xido de aluminio) é ideal para coroas anteriores ¢ 0 de 0,25 mm (éxido de aluminio), para laminados ceramicos. As diferentes opacidades, que vio desde o transiticido niveis em diferentes espe jas ou milti: Fig. 4-24 Modelo inicial demons: Irande 0 pl | impertoic © Fig. 4-2e Modale ini do c falta de suporte posterior ro Fig. 4-2f Vista soatal do troquel de gesso, demonsirondo duas pores era All Coram: 0 coping em alumine ¢ 2 do pega em P recobrimento om percelene, Prétese Dentéria Fig. 4-2g Diferontes espessuros dos pings ern Pr Fig. 4-2h Coping om Pracera pore lominades (0.25 mm de expessura Fig. 4-24 Prétere romnovivel superior provisdris em resine aclica, pera estabilizer @ oclusio. Fig. 4-23 Visto vestibular da aumstica des imentagdo odesive di loteral ¢ canino dire Fig. 4-2k ‘imentacdis edasive do inesiv até 0 opaco, possibilitam nao apenas que se ocultem dentes escure sa~ cides, como também que haja harmonizacao com dentes que p ram por clareamento dental (Figs. 4-2g ¢ 4-2h). Além disso, a8 pegas em Procera apresentam indice de sucesso clinicamente comprova do, com valor entre 7 a 10, cimentagao adesiva.** s de paravel ao das outras pe A solugéo O plano de tratamento envolveu primeiramente a estabilizagio oclusal, por meio de prétese parcial removivel confeccionada em esina acrilica (Fig. 4-2i), que também facilitaria o registro do arco facial e da oclusao, estabelecendo ura guia anterior mais adequa- da, Em seguida, 0 incisivo lateral e 0 canino superiar din am por tratamento endodéntico, para eliminar 0 proc 80 e selar o forame apical, permitindo a colocacao de nticleos em ouro fundido. Optou-se por esse tipo de nticleo, em detrimento dos pinos pré-fabricados, pois os canais radiculares apresentavam ana- itos passa- .0 infeccio- ral } eae, f Quarro Casos Esiéticos tomia irregular obtendo-se, assim, melhor adaptacéo. Apés 0 térmi no do tratamento endodéntico, colocou-se, de forma passiva, fio de afastamento dentro do sulco gengival do incisivo lateral e do canino superior direitos, protegendo o espaco biolégico durante a remo- cao da coroa ¢ o desgaste dental. As caroas presentes foram removi- das de forma atraumética, os términos definidos e os condutos ref nados antes da realizacdo da moldagem (Figs. 4-2) a 4-2n). B muito importante que os términos sejam inicialmente preparados para permitir a visualizagao da dentina coronaria remanescente. Se a al- tura desta estiver abaixo de 2 mm, deve-se remové-laa fim de evitar fraturas. Apés a confecciio em laboratério, os nticleos sao cimenta- dos com cimento resinoso adesivo (Fig. 4-20). Pela figura +-2p € pos- sivel visualizar os preparos terminados: no incisivo lateral e canino superior direitos para coroa total em Procera, no incisive central di reito para laminado ceramico em Procera All-Ceram, e do incisive central esquerdo ao canino esquerdo para prétese parcial fixa de trés elementos, com pontico no incisivo lateral esquerdo, também em Procera. Tanto as raizes remanescentes do pré-molar e do molar superior direitos como o primeiro pré-molar superior esquerdo foram extraidos. A regiao do péntico do incisive lateral esquerdo foi manipulada cirurgicamente para acomodar um péntico ova- lado (Fig. 4-2q) 75 Fig. 4-21 Visi vestibuler ‘em Pracere ¢ do acobamento dos enois rodi preparos sara coreas detnitivas ro @ do acabemento dos conais radicu ig. 4-2n Moklagers pore @ corfecsde de nicloos em ovo Fig. 4-20 Nic ‘ads no incisive later jor eoquerdos roar ara Pelle para paces em Provera All-Ceram, niplagao cinirgice da fegido do incsio loteral superior ve receberd um pantico ion Ahmad Fig. 4-2r Moldagem cam silicone de odicao pore a confeccao de paxos em Procera Fig. 4-2s Vista oclusel dos troquiés e dentes coretamerte preperade: Fig. 4-2¢ Vieto lateral direto do madala, com os aquéis pronios Fig. 4-2u Visto lateral esquel ‘edelo com 0s toques pronto Fig. 4-20 ¢ Jursing com 0,8 mm de expe ra} da préteee porcil fxa com nantico pre-abricad a 4-20 sicionados sobre o modelo de ings em Fro Ap6s a moldagem, os modelos foram corretamente desgas de forma a expor o angulo cavossuperficial do término do preparo, que foi delineado. Essa etapa garantiu que a margem do prepare fosse determinada de forma precisa pelo escaner do sistema Prox sendo facilitada pela realizagio de um preparo liso e bem acab (Figs.4-2ra 4-2u), Em préteses parciais fixas, os copings sao confec nados, de forma a receber os pinticos pré-fabricados, que sao uni- dos aos adjacentes com o agente de uniao do sistema Procera All- Ceram. A minima dimensao recomendada para os conectores é de 3 nm de altura e 2 mm de largura ( 2v), sendo a caracteristica final dos copings a seguinte: copings transliicidos com 0,6 mm de espessura, tanto para 0 incisivo lateral direito como para 0 canino, com a fungao de ocultar a raizescurecida e 0 nticleo em ouro; copirigs translicidos com 0,25 mm de espessura para o laminado do incisivo central direito; e copings translicidos com 0,6 mm de espessura para os elementos da prétese parcial fixa, com a finalidade de aumentar a resisténcia quando comparados ao de 0,4 mm de es: pessura (Fig. 4-2) ‘Trés semanas ap. pontico, pode do gengival ao redor dos preparo: los. ealizagao do preparo cirtirgico na regia do notar sua epitelizacio e a satide excelente do teci- s (Fig. 4-2x). A subestrutura da X Prove = a Quatro Cosos Estéticos protese parcial fixa em Procera foi posicionada sobre os preparos a fim de verificar o assentamento passivo e a integridade marginal (Fig. 4-2y). Esse procedimento foi repetido com as coroas do lado direito para garantir que os copigs ocultassem totalmente os nicle- os fundidos em ouro e as raizes escurecidas (Fig.4-22). Os copings foram, entao, enviados ao laboratério para finalizacao, com aplica~ a0 de porcelana All-Ceram de baixa fusao (Figs. 4-2aa e 4-2bb). A Tepresentacéio esquemtica da relacdo entre os preparos, os copings € a porcelana All-Ceram pode ser vista nas figuras 4-2cc e 4-2dd. A linha de término incisal do laminado do incisive central superior direito foi estendida de 2 a 3 mm para a face palatina, de forma a proteger a regido incisal (Fig. 42ee). Posicionadas sobre 0 modelo de gesso, as préteses concluidas apresentavam harmonia entre si, respeitando a Proporcao Aurea (Fig. 4-2ff), Os nichos incisais foram retificacios ¢ aumentados no sentido anteroposterior, com bordas incisais simétricas. Vista com ilumina- ¢a0 ultravioleta, mostrou-se evidente a fluorescéncia da All-Ceram € ndo a dos copings (Fig. 4-2¢g). Quando se deseja conferir a uma prétese vitalidade semelhante @ do dente natural,’ utiliza-se a fluorescéncia como pré-requisito (Fig 4-2hh). As coroas foram, en- tao, devolvidas ao clinico para a cimentacao (Fig. 4-2ii) ‘Apesar de nao ser fundamental, utilizou-se 0 método adesivo para a cimentagao. Outra caracteristica tinica do sistema Procera € a de que podem ser utilizados cimentos de fosfato de zinco, de jondmero de vidro resinomodificados ou cimentos resinosos.® Atual- mente, aconselha-se 0 uso dos resinosos com agente silanizador, contendo um monémero adesivo tal como o agente cimentante de porcelanas compostas por alumina.” Apés a remogao da coroa pro- visoria, colocou-se fio Ge afastamento nao impregnado ao redor dos dentes preparados a fim de garantir que 0 campo estivesse seco, permitir a visualizacao do término e evitar 0 rompimento do epitélio juncional pela entrada de cimento. Os fios de afastamento facilitam a cimentacdo, garantem uma reacao de presa adequada do cimento ea longevidade das pegas (Fig. 4-2i)) C restabelecimento da estética foi evidente uma semana apés a cimentacao. A gengiva marginal interproximal apresentava-se sau- davel, com integracao excelente as proteses em Procera (Fig. 4-2kk). [As vistas frontal inicial e final demonstraram que 0 plano incisal foi restabelecido de acordo com a curvatura do labio inferior (Figs. 4-211 e 4.2mm), enquanto vistas vestibular inicial e final demonstraram ter ocorrido o rejuvenescimento do sorriso (Figs. 4-2nn ¢ 4-200). Préiese Dentério 7 f Fig. 4-2x Eplieluacdo da regiée ovcleda de péntico Fig. 4-2y Prova de sul P Fig. 4-22 idee Fig. 4-200 Aplicacéo de co Fig. 4-2bb Caractorizacdo da poret Fig. 4-2ce Rootes Jam nos eapinge em Pr loco esquemslicn lateral dirits dos traqueis em gessa, copings Proc Fig. 4-2dd niogéo esqueméticn lateral esquerea des prepares para prdtese parcel fixo, da subesirsturo em Precera e do -aiana AlleCoram, Fig. 4-20 Vista poiaino, onde se no! brimento in Fig. 4-24 Coroas cocluidos demonstrondo 0 comreta | co lominado er Pro o entre os dentes do incisivo central superior dete protese Dentiaria f Fig. 4-290 Yiia vestibulas das corovs corcluides, visvalizedas com luz ulhevieleto Fig. 4-2hh Con ¢ Fig. 4-211 | Coroas conc jalizades com Iy2 ulravicla'a fades com luz eflaide, 105 da cmon Fig. 4-2)j Fic de clastamento posiciona Fig. 4-2kk C Fig. 4-21) Vieto fro Fig. 4-2mm Vie Fig. 4-2nn Fig. 4-200 Vista facie! fin se Den‘éria f Fig. 4-3a Vista Fontel inicial Fig. 4-3b Condis Fig. 4:8 Visto lateral drei Fig. 43d Veto lotool esquerca Fig. 4-3e Vista oclusal inicio Iifan Ahmed O Caso do Paciente com Odontofobia A situagéo F quase inacreditavel até que ponto as pessoas adiam o inevitavel. O caso seguinte relata a historia de um paciente que apreseniava grave odontofobia, assim como sua atitude para evitar a ida ao den- tista ‘Um paciente de 50 anos de idade comparecen ao consultério com a dentigao extremamente prejudicada (Figs. 4-3a a 4-3e), Devido a acidentes sofridos por ele durante jogos de rtigbi, apresentava fra- tura dos dentes anteriores, com coroas confeccionadas ao longo dos anos. As experiéncias traumdticas constantes pelas quais passou, re- sultaram em medo de tratamentos odontoldgicos e em repulsa por esses. Consegiientemente, como as coroas dos Gentes anteriores se soltavam, 0 paciente as recolocava com uma mistura de cianocrilato (Superbonder) e gesso de construgio. A interagio entre os fluidos bucais ¢ os alimentos e & a resultou no aparecimento de lesao com aspecto de pseudopdlipo. Por meio do didlogo, 0 paciente revelou cimentar as proteses sempre que essas se solta- vam, levando-o, portant, ao habito de sorrir de forma mais con- tida (Fig. 4-3a). ami uma nti 208 Estéticos As opcées de tratamento Devido a fobia do paciente, era essencial que o tratamento ocorres- se da forma mais rapida possivel. Descartou-se a reabilitagao com implantes, optando solucao do caso. Além disso, como ¢ labio superior encobria as mar gens gengivais anteriores, nao haveria a necessidade de se fazer se pelo uso de peg: s convencionais para a re- enxerto de tecido mole. A solicso Como os demais dentes apresentavam caries e a necessidade de restatiracdes, 0 tratamento de escolha foi a prétese parcial fixa. Esta teria o canino © o primeiro pré-molar superior direitos, 0 incisivo pilares, ¢ o inci central, 0 incisivo lateral e o canino superior direitos ¢ 0 incisi- ja, oito elemen: lateral ¢ © canino superior esquerdos como dentes siv vo central superi tos. Havia um diasiema entre os incisivos centrais superiores antes da colocagao das coroas, 0 qual 0 paciente optou por nao reprodu- Pe or esquerdo como pénticos, ous zir na protese. Por isso, adicionou-se um péntico extra na regigo do canino direito, enquanto 0 canino natural direito foi restaurado de forma a aparentar um pré-molar, Otratamento incluitia remogao das coroas inadequadas, as quais demonstravam a presenca de céries, fraturas ¢ falta de suporte das Fig. 4.3F Vista oclusal opés a da tegide anterior superior 4-3g Vista vest bularo nocd das coreas inadequeda: da regio "9. 4-3h Quairo comanes opss o salagso de poh Fig. 4-33 Viste lrontal do protese parcial fixo provisore. Fig. 4.3} Vide oclusal final ap6s a cimeniogio da protoce percial fa superio Protease Dentéria Fig. 4.2k Viet frontal fnel com 0 ig. 4.31 Visio rantal com os labios repouso (compere com a Fig. 4 Be raizes (Fig. 4-3f e 4-3g), que foram extraidas. Confeccionou-se, em laboratério, uma prétese parcial fixa proviséria em ajustada sobre os preparos a fim de permitir a cicatrizagao do tecido gengival. As figuras 43h e 4-3i demonstram o resultado apés 4 se- manas: reparagao da regidio das exodontias, estabilizagao das mar- gens gengivais e melhora da estética da arcada superior. Foi realiza. da a moldagem, sendo a confecgao da protese parcial fixa metaloce- ramica com oito elementos cimentada posteriormente. O resultado estético devolven ao paciente um sorriso amplo e radiante (Fig, 4-3) a4dl) O Caso Sinestésico A Odontologia é muito conhecida como sendo 0 resultado da uniao entre a arte ¢ a ciéncia. Embora a parte cientifica esteja bem cocu- mentada, a artistica 6 vaga e freqiientemente exposta a varios tipos de interpretagées. Esta parte do capitulo tem a intencao de compen- sar tal desequilibrio, enfatizando a lado artistico da profissio. Na literatura odontolégica, 0 uso exagerado da palavra “estéti- ca” como termo descritivo para tudo o que é considerado artistico, em esséncia, € falho. Embora a estética faga parte dos conceitos ar- tisticos, por si 96 nao significa a deserigio tipica do que constitui a arte ou sua percepcao pelo cérebro humano, sendo essa nogao in- correta baseada em falsas concepgoes @ respeito da fungao cerebral. O conceito amplamente divulgado de que a cognigao seja a prota- gonista, possuindo precedéncia sobre a emogio, é atualmente mui- to discutido. Este capitulo propGe que 0 centro limbico, ou emocional, do cé- rebro tem precedéncia sobre © cériex cerebral (cognigo) no que se refere a comportamento, julgamento e tomada de decisao, Astética é definida como a reconstituicao da forma e fungio em harmonia com um meio biologico. O tratamento odontolégico esté- tico consiste simplesmente numa tentativa de mimetizar a nature- sina acrilica, wale Casos Estético za, de acordo com principios especificos, que, quando bem execu tada, resulta em proteses integradas harmoniosamente com as de- mais estruturas. A estética odontoldgica baseia-se primeiramente em principios matematicos datados da Antigitidade. Além disso, relata-se com fregiiéncia que a linguagem matemética seja a unica roferéncia pela qual se pode compreender a natureza. Assim, para se obter estética em Odontolo; rio 0 uso de concei- tos simples, que envolvem légica e geometria.” Um exemplo de principio geométrico utilizado pela estética é 0 Numero Aureo, cujo valor é 1,618, formulado primeiramente por Pitaégoras em 530 a.C. O inverso desse mimero constitui a Proporgao Aurea, muito utilizada em Odontologia Restauradora e cujo valor € 0,618. Objetos que apresentam tal propor¢&o sao considerados de beleza nata, tomando, portanto, esse numero tinico. Essa proporgdo predominante na natureza, tanto no reino animal como no vege- tal, sendo a pessoa considerada bela quando sua face esta de acordo com o valor 0,618 (Fig. 4-4). Artistas, que vao de Michelangelo a Matisse, exploraram a Proporcao Aurea na criacéo de suas obras através dos séculos. No que se refere A Odontologia, os dentes anteriores superiores também estio de acordo com a Proporcao Aurea. A férmula é sim- ples: se a largura mesiodistal do incisivo central cortesponder ao todo, o incisivo lateral ao segmento maior e a regio mesial clo cani- no ao segmento menor, entio, multiplicando-os pela Proporgso Au rea, a largura do segmento maior e a do menor ¢ igual a largura do todo (Figs. 4-5a ¢ 4-5b). A prdtese parcial fixa com extremo livre inadequado do canino superior esquerdo, possuindo o incisive la- teral como pontico, nao se enquadra na Proporgio Aurea, na pro- gressio dente a dente (Fig. 4-6a), sendo, portanto, substituida por Fig. 4-4 Incividucs com belezs incta ppresentam coracleisticas focici jo covroxpondem de medidas da Proporgée Aurea. (mnodala Sital rager uliizace com permisséo] Protese Dent aproxima d urea de Ifan Amos eC) Oe ag Ce es aes outra protese parcial fixa de tés elementos, confeccionada de acor do e: io (Fig.4-6b). Apesar de esses conceitos geométricos constituirem bons prir pios para a Odontologia Restauradora, a percepeio artistica é muit nais importante que os célculos matematicos. A arte toca o intimo ¢ sua apreciacao ou rejeigdo é essencialmente um fendmeno psicolé- gico, corrompido por influéncias ruins e idiossineraticas, ssa proporg Odontologia sinestésica Apés a anilise de conceitos convencionais a respeito da percepe artistica, pode-se questionar: coma & 4 = ion Ate Se existe o conceito de que 0 tamanho do cértex cerebral 6 que de- termina 0 sucesso das espécies, por que, entao, nao sao as equidnas que dominam o mundo? Responderemos a essa questo de forma breve. Em p > incorreta resulta de prinefpios relacionados & fungao cerebral que datam do século XIX, cujos con- ceitos sao: 1. Os estimulos externos dos sentidos s40 processadios ¢ analisados de forma linear tal como, p. ex. a imagem de um dente, constitufda por contorno, cor e forma, registrada por impulsos nervosos que percorrem desde os olhos até o cérebro, por uma via linear aditiva semelhante a fabricagao de um produto em uma esteira trans- portadora (Figs. 4-8a a 4-8c), Existem sitios espectiicos localizados no cortex que processam estimulos externos, tais como a visio, p.ex., processada pelo cortex visual no lobo occipital, ¢ a audiigao, pelo cértex auditivo no lobo temporal O cértex 6 dominante e controla todas as fungées cerebrais. De fato, ele 6 0 chefe ¢ determina as aces ¢ 0 comportamento, além de diferenciar os seres humanos das demais espécies e ser o res- ponsavel pelo sucesso da raga humana imeiro lugar, essa suposi Conceitos contemporGneos a respeito da funcdo cerebral O conceito incorreto sobre o funcionamento do cérebro acima men- cionado ainda é divulgado pela midia e pela comunidade nao-cien- tifica. A maior parte da populagao ainda acredita que 0 cortex cere- bral seja um presente divino que proporciona aos seres humanos superioridade hierarquica sobre todos os outros animais. Se esse Figs: 480 a 4-8¢ O anti : ic tr Convio de aiwesinayerssas —-—-conceito é incorreto, entdo, qual é a parte do cérebro que realmente andlisodos no cbrebio de forme est no comando? Para responder, é necessario discutir a nova visio da funcao cerebral e como esta € desacreditada por antigos concei- tos. Os novos principios sao. 1. As informacGes nao sao processadas de forma linear, mas sim pa- ralelamente. Isso significa que a imagem de um dente, por exem: plo, € processada simulianeamente por diferentes partes do cére- bro para resultar na percep¢ao final (Fig. 4-9). O processamento nao € localizado, mas distribuido, ¢ uma parte especifica do cérebro pode receber estimulos de diferentes érgaos sensoriais. Por exemple, existem pelo menos 24 areas responsé- veis pela andlise das informagées visuais captadas pela retina, proceso chamado “mapeamento muiltiplo” e que permite a ocor réncia de uma diversidade de interpretagoes, dependendo da percepeao individual dos estimulos. 3. As terminagdes nervosas nao saa 08 tinicos responsaveis pela trans- missdo das informagées para o cérebro, havendo também subs- tincias quimicas presentes no fluido extracelular que realizam essa tarefa, chamada “transmisséo de volume’."° Por isso, 0 en- vio de informagies constitui um process miltiplo. 4, Sio os centros emocionais do sistema limbico que dao significa- do a informagan que chega ao cérebro, e nao o cértex cerebral. Esse significado se refere ao grau de relevancia ou importéncia dado a um determinado estimulo. Por isso, as ages o compor- tamento sao, definitivamente, influenciados mais pela emogio que pela raza, o que contradiz o conceito de que é a raza que nos torna seres humanos. Pelo contrario, so as emocdes que nos tornam seres humanos nv 87 Fig. 4-9 © conceita alval a respato do funcoo cerebral diz que as imagens so procesodas de forma poralels ¢ simul Be, ee A Idan Ahmad Esses novos conceites so embasados por varias comprovacies cientificas: 1. O sistema limbico ¢ 0 regulador do corpo, presente em todas as partes do sistema nervoso.!""* 2. Aanilise da arquitetura celular do cérebro humano mostra que ha mais conexdes nervosas do sistema limbico para 0 cortex cere- bral do que o inverso,’* o que faz. do primeiro 0 proiagonista do cérebro. 3. O paciente que se recupera do coma passa pelas seguintes situa- Goes: no inicio, ocorre a automovimentacao ou movimentos involuntérios (funcées do tronco cerebral); depois, delirio fala incoerente, seguidos por comportamento pueril ou imaturo (fun- des do sistema limbico); e, por fim, a recuperaco total, adquiri- da quando a razao 6 restabelecida. Com 0 objetivo de recuperar a razao, uma fungio pertencente ao cértex, 0 cérebro deve primei- ramente passar por um estado emocional, manifestado pelo com- portamento puctil. Mais uma vez, essa seqiiéncia demonsira que as emogdes podem ser obtidas sem a logica, porém esta nao pode ser conseguida sem as emocées. 4. Antes de ma aga ter infcio, é necessério que todos os impulsos sensoriais, tanto externos como internos, passem pelo sistema limbico, para que depois sejam transmitidos.ao cortex, sendo regis- trados e, entao, retornarem ao primeiro, © que realga o fato de que o sistema Iimbico representa o érbitro final ou 0 controlador da vida humana. O cértex € o sistema limbico sao interdependentes e trabalham juntos de forma harmoniosa: 0 cortex mostra a realiciade do mun- do e 9 sistema limbico da relevancia a essa realidade. a O motivo pelo qual as equidnas nao dominam o mundo é que, apesar de seu cortex ser muito maior que o dos seres humanos, elas ndo possuem um sistema limbico desenvelvido. Embora sua capa- cidade de computar as informaoes seja enorme, sao incapazes de dar importancia ou relevancia as informagdes externas. Por outro lado, o sistema limbico apresentado pelos seres humanas é altamen- te sofisticado e capaz de dar relevancia as informacbes absorvidas, 0 que permite que eles se adaptem, criem, inventem e passem essas. informagées A sua descendéncia, tornando-os a espécie mais bem sucedida existente. — = Quatro Cases Estticos 89 Perspectiva histérica da sinestesia epois de estabelecidos os conceitos atuais a respeite da funcao ce- rebral, nossa atengio se volta para a onceito novo, pois tem sido a mestra de artistas € cient 300 anos." Muitos artistas, compositores e escritores Jeclararam ter feito uso da sinestesia, como p. ex.: Kandinsky, Hockney, Listz, Rimsky-Korsakov, Messianen e Nobokov.” Sua de- finigao depende do modo como € vista, ou seja, pelos olhos da arte ou da Psicologia. inestesia, Sinestesia nao é um tas hd apro- ximadameni Percepgdo artfstica da sinestesia Na perspectiva artistica, sinestesia representa a obtengao de respos- ta em um Orgao sensorial diferente do que recebe 0 estimulo. Por mplo, a observacao de um quadro ou de uma escultura pode gerar respostas auditiv tivas, tateis, gustativas ou emotivas sendo que, do ponto de vista artistico, as emogdes podem ser consi deradas como 0 sexta sentido, a visao de um alimento pode gerar uma resposta gustativa. Intrinsecamente, para que qualquer arte te- nha efeito, ela precisa ser sinestésica. Muitos artistas, tais como, Pollock, Mondrian ¢ Dali, explozaram esse concoito com grande van agem e produziram obras de arte que apelam para um nivel sub- consciente mais profundo (Figs. 4-10a a 4-10c). Tal conceito é utiliza. do com efeitos espetaculares no cinema, teatro e na televisdo e, nes- sas formas de midia, o estimulo de mais de um sentido, no caso visio © audicio, aumenta a percepgao. Descrevendo de forma su- cinta, em determinado periodo de tempo, quanto maior o rtimero de ¢ gfios sensoriais estimulados, mais prazerosa serd a experién- cia Se a arte € lipicamente sinest freqiientemente considerada como uma forma de arte, além de uma {peeled Pol Mendon, ciéncia, é curioso nao haver referéncia a sinestesia na literatura — gre ollomente apelativ 2 odontologica. pscolégicomente cac.a Odontologia Restauradora Figs. 4-100 € 4-10e Arise: Jackson Pellock, Pst Mondion ig: 4.110 @ 4-11b A passoa “oudigio 10, apresenta 20" xg00 visuel, do cor Dentéria Perspectiva psicolégica da sinestesia Na perspectiva psicolégica, a sinestesia faz parte do fendémeno de- nominado “percepgao sincrétiea”?! que significa a fusdo de experi- €ncias subjetivas, tais como, a percepeao fisiondmica, que envolve a unio das pereepgdes sensorial ¢ sentimental, enquanto a sinestesia a unidio de modalidades sensoriais. Pessoas sinestisicas, ao tecebe- rem um estimulo auditivo, podem observar uma cor especifica (Fig: 4-Tla e 4-11b). Esse tipo de fusao entre visao e som ¢ chamado “au- digdo colorida”. A uniae dos sentidos nao é exclusiva aqueles que possuem sinestesia, mas uma fungao cerebral normal do sistema limbico. Entretanto, diferentemente do que ocorre em pessoas sinestésicas, essa avaliagéo multissensorial ¢ inacessivel ao consci- ente em pessoas normais. A percepeao do mundo externo chega ao cérebro pelos sentidos ubconscientemente, isuais, actisticos, olfativos, gustativos e tateis. a primeira avaliagao ocorre nos centros emocionais do sistema limbico. Nesse momento, a informagao captada nao tem significado coerente, sendo simplesmente uma mistura de estimulos sensoriais. A partir dai, ela & enviada ao cértex cerebral para uma avaliacao analitica, chegando ao nivel consciente. Porém, o conhecimento dessa informagao $6 ocorre quando os daclos sao transmitidos ao cortex, que interpreta os estimulos como sendo visuais, sonoros, gustativos e assim por dianie. Depois de interpretados pelo cértex, os dados relomam ao sistema limbico para receberem relevancia ¢ serem ava liados quanto a necessidade de haver acao em resposta ao estimulo inicial. Antes de um pensamento ou uma acio tornar-se consciente, a decisfio ja foi tomada na avaliagao emocional pelo sistema limbico, © que comprova que o julgamento emocional precede o analitico ou racional, ou seja, antes de o homem estar consciente de uma acao ou um pensamento, a decisao ja foi determinada de forma subconsci- ente pelo sistema limbico. stéticos 9 As avaliagdes subconscientes do sistema Iimbico chegam ao i= vel consciente em pessoas sinestésicas tanto por meio de idiopatia, como induzida por drogas ou em funcaio de alguma patologia. Como conseqiiéncia, a avaliacio multissensorial do mundo externo, geral- mente ocultada no subconsciente, aflora repentinamente para a. cons- ciéncia, antes mesmo de a avaliagao cortical ter definido se 0 esti- mulo é visual, acistico, gustativo, etc, Assim, um som pode gerar uma resposta em outro Orgdo sensorial, tal como olhos, lingua (papilas gustativas) ou dedos, os quais nao foram estimulades, Com essa sobreposigao sensorial, 0 consciente é momentanea e simulta- neamente invadido por uma profusao de todos os sentidos. Esse desligamento momenténeo do cortex, ou intelecto, tem sido consi- derado a mais prazerosa das experiéncias humanas. Urn exemplo desse fendmeno € 0 éxtase. Apesar de indescritivel, a maioria das pessoas, em algum momento, vivencia essa sensagio prazerosa. O psicologo norte-americano William James descreve em seu livro, The Variety of Religious Experience" (As Variedades da Ex- periéncia Religiosa), 08 quatro elementos que constituem o éxtase: 1. Inefabilidade 2. Passividade 3. Qualidade Noétiea 4, Transitoriedade A palavra “noética” significa “conhecimento profundo” e refere-se ao conhecimento au a inteligéncia mais profundos e ndo expressaveis Carl Jung? também discutiu a nogio da existéncia de uma compre- ensio subconsciente mais complexa em seu Giscurso sobre simbolos arquétipos ¢ inconsciéncia coletiva. Jung constatou que todos os se- res humanos possuem um conhecimento profundo em comum, ina- cessivel ao consciente, mas que, apesar disso, exerce grande influ- éncia em nossa vida ¢ nosso comportamente diérios. A sinestesia e a Odontologia Asinestesia apresenta dupla impoctancia na Odontologia, tanto pela perspectiva artistica como pela psicologica Na perspectiva artistica, as restauragdes realizadas em dentes anteriores devem estimular 0 maior ntimero de sentidos possivel, incluindo visio, emocao € lato, sendo que apenas quando promo- vem essa fusao sensorial podem ser consideradas verdadeiramente -as. Restaurages fundadas apenas em principios estéticos, ba icamente matematicos, desconsideram os conceitos sinestésicos & intrinsecamente artisticos. = Fig. 4-120 Condicée iniciel de uma estema enlre os inesvor centais superio‘es @ 0 neisivo central 20 face distal Fg. 4-126 Pv 9/69 Halal om porcelana pure noe fon Abmed Na perspectiva psicolégica, a estética baseada principalmente em conceitos geométricos ¢ incapaz de agradar ao paciente. As res- tauragdes devem recorrer a um nivel mais profundo e subconscien- te, sendo essa, portanto, a tinica forma de se obter uma zesposta agradével e satisfaiéria do paciente, bem como de seus amigos familiares. Consequentemente, ser apenas estética nao basta, pois, somente a restauragao sinestésica é capaz de superar a outra e, as- sim, despertar uma apreciacao mais profunda e nostica, Portanto, o objetivo do clinico e do técnico laboratorial é o de confeccionar pegas sinestésicas, recorrendo tanto ao nivel artistico como ao subconsciente. © protocolo para a realizacdo de restaura- gOes sinestésicas esta além do alcance desta discussao. No entanto, 9 caso seguinte fornece uma ilustragao do assunto. Uma paciente jovem solicitou a substituigao da coroa inadequa- da do incisive central superior esquerdo. Também, desejava elimi- nar 0 evidente formate de “boca de sino” da face distal do incisivo central superior direito higido ¢ fechar o diastema entre os incisivos centrais superiores (Fig. 4-12a). Apés a realizagao dos preparos para coroas totais em porcelana pura (Fig. 4-12b), foram confeccionados em laboratério trés jogos de coroas provisérias em resina acrilica, posicionadas de forma passiva sobre os preparos (Figs. 4-12c a 12e). Embora 0s trés jogos estivessem de acordo com 6s principios geométricos estéticos, eles eram diferentes. Apenas um dos jogos agradaria a paciente, tanto no nivel artistico como no subconscien- te, ou seja, somente um seria sinestésico. O diinico ¢ © téenico laboratorial devem trabalhar como condu- tores dos desejos do paciente, néo como juizes. Acima de tudo, a escolha da restauragao sinesi¢sica cabe somente ao paciente, pois ele 6 0 Unico capaz de decidir qual restauracao 0 agrada tanto artis tica quanto subconscientemente. r_) vane Cosos feos 03 Agradecimentos Fig. 4-12c Pimeico par de coroe: provinée na acrlice © autor gostaria de agradecer, pelo trabalho laboratorial, a Gérald fobiicedas em lsaeratio Ubassy, Rochefort-du-Gard, Franga, por “O Caso do Laminado Fig. 412d Segundo por de eorocs Cerimico” e a Jean-Marc Etienne, Nancy Franca, por “O caso do Payseres om isso devia emma os Procera” e “O Caso do Paciente com Odontofobia” fabricodas : “O Caso Sinesté: 6a reproducao de parte de uma apresenta- Fis: +-12¢ Ter cao em multimidia, “Surpassing Esthetics: Guidelines for Prosthetic Foc, Dentistry” (Superando a Estética: Principios para Protese Dentaria), — fabscods em Int do Dt. Irfan Alnad (2007 © por de corooe 0 aecrlice pare os Referéncias 1. Touati E, Etienne JM. 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Kokich, DDS, MSD Vincent Kokich professor do Departamento de Oriodentia da "University of Washington”, em Seattle, E.U.A, e também possui consuliério préprio em Tacoma, Washington, E.UA. Jé publicou 15 captlulos em livros, 64 artigos cientificos, 48 artigos de revisao ¢ j6 minisirou mais de 600 conierSncios pelas Américas do Norls e do Sul, pola Europa, Attica, Ausirélio © Asio. Recebey 0 prémio “Sicher Research Award”, dado pela “American Association ‘of Orthodontics” (Assaciagéo Norte-Amerciana de Ortodontia], assim como os prémics "Strong Award” (1994), "Schluger Award” (2000), "ICO Award” (2001) € 0 “Dewel Award” (2002). © Dr. Kokich jé ministeou diverss pales- ttos ilusties @ € membro tanto do “American College of Dentists” (Colégio Norte-Americano de Cirurgides-Centistas) cama do “Royal College of Surgeons of England” (Colégio Real de Cirurgides do Inglaterra]. E editor da segGo de “Relato de Casos” do “American Journal of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics", editor associade do “The Angle Orthodontist” Go “Proctical Reviews in Orthodontics", membra do conselho consultive do “Journal of Esthetic Dentisiry” & membro do conselhe editorial de "Seminars in Orthodontics’, do “Clinical Orthodontics ond Research”, do "Dental Traumatology”, do “The Australian Orthodontic Journal” e do "British Journal of Orthodontics”. Além disso, foi presidente tanto do “Amercian Academy of Esthetic Dentistry” (Academia Norte-Americano de Odoniclogia Estético} como do "American Board of Orthodontics" (Conselho Norie-Americone de Ortodontia) e-meil: ygkokich@v washington.edu Desde sew principio, como a primeira especialidade da Odontologia no inicio do século XX, a Ortodontia sempre foi associada a c} iagito de belos sorrisos. Passado um século de existéncia, tornou-se componen- te lotalmente integrado no tratamente interdisciplinar envolvendo o aprimoramento do sorriso. Na maior parte de sua historia, a Ortodontia era aplicada apenas em criancas e adolescentes. Apesar de imuitas vezes o desenvolvimen- to de um belo sorriso em criancas representar um desafio, a geracto atual normalmente apresenta denticho com poucos desgasies, restau- ragdes ou problemas periodontais, tornando essa tarefie relativantente previsive!. Hoje em dia, entretanto, a especialidade nfio é direcionada apenas para criancas. Em muitos paises, 0 exercicio da Ortodontia envolve de 25% a 50% de adulles ou mais. Apesar de dtimos pacien- tes, podem apresentar desgaste dos dentes anteriores, restauragdes em mau estado, discrepancia de comprimento das coroas, falta de ni- velamento gengival, perda éssea, retragées gengioais e muitos ou- tros problemas qute resultam em alteragves do posicionamento dentario edificultam a reabilitacio estética. E sito nesses casos quea Ortodontia pode apresentar seus maiores efeites. E verdade, com ela é possivel alinhar os dentes e, assim, melhorar o sorriso. No entanto, talvez com maior importincia, também possibilita o nivelamento das margens genginais, a diminuicto da exposicao gengival excessiva, a elimina cio dos tridngulos escuros pela falta de papilas, a criagdo do espago adequado para a realizagio de restauracées, a corregio da falta de nivelamento das coroas dos dentes anteriores, o desenvolvimento do local de implantes na regiao anterior, a methora de problemas de nivelamento ésseo também na regifio anterior em pacientes com cont prometimento periodontal, a correcio de desvios de linha média e a climinacio de discrepancias do plano incisal. Quardo essas alteragbes relatioamente diretns sto realizadas previamenie 2 de restauragdes ou proteses, os cirurgides-dentistas apresentam a melhor oportunidade Ortodentia Ed oF __ in Onedontia para desenvolver a estética ideal do sorriso, mesmo nas situacdes mais iculo XX, a Ortodontia tornou-se componente integral da abordagem in- complexas e dificeis. Realmente, agora que ingressannos no s terdisciplinar na estética do sorriso. Nos capitulos seguintes, os Drs Sarver e Ackerman, Zachrisson e Toreskog, Kinzer e Kokich Jr., Alexander, Fillion, Geron e Romano demonstram como a Ortodontia deve ser incorporade na abordagem contempordnea initerdisciplinar envotoendo a estética Visualizagao e Avaliagao Dindmica do Sorriso e sua Influéncia no Diagndéstico e Plano de Tratamento Ortodénticos 3 Dovid M. Server Marc B, Ackerman David M. Sarver, DMD, MS David Sarver € professor adjunio do Departamento de Ortodontia da “University of North Caroline”, £.U,A. Su clinica perticuler localizo-se em Vestovio Hills, Alobarna, E.U.A, Seu livro “Esthetics in Orthodontics and Orthognatic Surgery” (Estélico em Ortodontia ¢ Cirurgic Ortagnatica) foi publicade pela Mesby em 1998. Em 2003, © Dr. Sarvor foi co-cutor {juntamante com os Drs. Proflit © White) do livro da érea de Cirurgia intitulodo ‘Contemporary Treatment of Dentofacial Deformity” (Tra- tarnento Contemporéneo das Deformidades Dentofociais) (Mosby). Ele leciona extensivamente e é diplomats do “American Board of Orthodontics” (Conselho Norte-Ame- ficano de Ortodentia), memoro da "Edvard H. Angle Socialy of Orthodontics” (Sociedade Edward H. Angle de Ortadortia) ¢ tanto do “International” come de “American College of Dentists” (Colégio Internacional ¢ Norie-Ame: ficano de Cirurgises-Denvistas e-mail: SarverD@aol.com ik Qrtodentia Mare B. Ackerman, DMD Dr. Ackerman (DMD} formou-se em Odontologia pela University of Pennsylvania School of Denial Medicine, EUA, em 1998 code em Ortodontia pela University of Rochester-Eastman Den- tal Center, EUA, em 2000. Faz parte da terceiro ge- ragéo de oriodontistas na clinica perticular em Bryn Mawr, Pensilvania, EUA. Além de trabolhar em seu consultéria particular, foi chele do Ortodontia da Divisio de Odontopediatria do Children’s Hospital cf Philodelphio [Hospitol Infontil da Filadéific). Ele 6 também professor asseciade do Departamento de Ortodontia na Universidade de Temple, Philadelphia Sucs recentes pesquisas tm se concentrado no tema do dinémica do sorriso, sendo ministradas palestras fanlo nos EUA como no Europa. e recebeu seu corti ‘e-motl: ackersmile! » Visuelizagde 2 Avaliagie Dinamica do Sorriso e sua Influéncia no Diagnéstico @ Plane de Tratamento Ortodéniicos 101 “arte do sorriso” é um conceito jé conhecide em Ortodontia. Em seu primeiro século de estruturagao, sua base foi con centrada na Anatomia, na Fisiologia ¢ em outras Ciéncias Biologicas. Entretanto, os ortocontisias tm considerado ciéncia o ato da mensuracao do complexo craniofacial e, por meio dela, tanto transversal como longitucinalmente, esperavam obter informagées a respeito de crescimento, desenvolvimento e maturagao. Os siste- mas de classificagao sempre foram completamente baseados em ca- racteristicas morfolégicas estaticas, tais como a relagao molar e a quantidade de divergencia facial. A énfase dada ao perfil provavel- mente é conseqiiéncia do tipo de incicéncia radiografica, além da confianca atribuida ao cefalograma lateral como algo essencial no plano de tratamento ortodéntico. Como resultado do empenho em ser 0 mais cientifico possivel no que se refere ao diagndstico € ao plano de tratamento, o profissional tende a se distanciar da realiza- cao do exame clinico e da arte do diagnéstico fisico. O objetivo de melhorar a aparencia do paciente exige que sejam revistos conceitos fundamentais de arte e beleza, presentes no inicio do desenvolvimento da doutrina ortodéntica e que desempenha- ram papel importante na escola Angle de Ortodontia. Wuerpel, pro- fessor de Arte convidado pela Angle School, lecionou sobre escul- lura greco-romana e proporcao facial. No memordvel encontro da Eastern Association of the Graduates of the Angle School of Orthodontics (Associagao da Costa Leste de Alunos Graduados pela Escola Angle de Ortociontia), em 1931,! Wuerpel prestou homena- gem a seu falecido amigo ¢ resumiu seu proprio papel na Angle School. Angle requisitara Wuerpel: “Pui obrigado a dirigir esta escola, pois em nenhuma outra foi possivel ensinar Ortodontia de forma aceitavel. Pretendo passar a meus alunos 03 mellores conceitos que puder. Quando solicitei a presenca de um artista, capay de me descrever algumas regras fuun- damentais, que caracterizassem a face dos pacientes que passariam pelas maos de meus alunos, de forma que tanto eles como eu pudés- semos ter a certeza de que qualquer deformidade poderia ser corrigida, ndio consegui encontrar ninguén” Wuerpel respondeu: “Somente um tolo pensaria dessa forma!” Iniciou-se, entao, uma conversa entre amigos de longa data a respei- to da necessidade de se definir a beleza individualizada, mais do que de se elaborar regras rigidas, baseadas em normas classicas. Deve-se mencionar que, durante toda sua pratica clinica, Angle nun- ca utilizara radiografias cefalométricas, ja que estas foram intro- duzidas um ano apés a sua morte, em 1931? wet Oriedentia David M. Sarver, Mark 8, Ackerman Pouco se discute sobre os grandes avancos que Angle propo! onou A Ortodontia, a ndo ser por stia classificagao das maloclusoes. Talvez devéssemos dar mais importancia a incluso da arte, tio cara a ele, na tentativa de avaliar a beleza da face nessa especialidade uuerpel descreveu melhor: “Se Angle tivesse imaginacdo e a desenvolvesse da forma ade- quada, seria capaz de compreender minha profissao assim como eu a compreendo, embora cle pudesse nao ser 0 criador de um traba- Iho artistico. Naquela époaa, cu nao tinha conhecimento das mara~ vilhas de que ele era capaz. Fle era realmente um artista e tudo o que fazia era da forma mais artistica possivel.” O ensino da arte representava grande parte do curriculo da “Angle School’, porém foi gradualmente desaparecendo do progta- ma das escolas modernas. Mas em que ponto a Ortodontia moderna diverge do campo ar- listico? Os avancos tecnolégicos da area, tais como a introdugio da cefalometria radiografica, resultaram na substituigao da arte pre- sente no diagnéstico © no plano de tratamento ortodénticos pela confianga na mensuracao. O exame clinico, que antes autenticava 0 diagnéstico ortodéntico, tornou-se um fator secundério as informa- Ges obtidas pela telerradiografia lateral e pelos modelos de estudo. Aatual arte do sorriso é conduzida pela habilidade do profissional em examinar clinicamente o paciente nas quatro dimensées e utili- zar as mais recentes tecnologias (tais como 0 arquivamento digital de imagem e os dacios do exame clinico) para documentar, defini e explicar 0 plano de tratamento tanto para o paciente como para ou- tros profissionais envolvidos na abordagem interdisciplinar O sorriso é definido e descrita de forma diferenciada pelos ortodontistas.**. Em geral, os problemas em Odontologia s8o diag nosticados em relagio ao que deve ser feito mecanicamente. Por exemplo, 0 elinico que realiza restauracdes estéticas apresenta abor- dagem mais padronizada para melhorar © sorriso, © que € com- preensfvel, j4 que ele trabalha com um sistema relativamente estati- co no que se refere ao crescimento e desenvolvimento dentofacial. Geralmente o paciente que se submete a esse tipo de tratamento é adulto e procura © profissional a fim de realizar restaurages ou melhorar a estética dos dentes anteriores. Por que nao existe um padrao aceito para a “andlise do sorriso”? A primeira razio € a de que somente recentemente a especialidade passou a se concentrar mais na caracteristica multifatorial do sorri- 50, combinada & mudanca no eniogue em dirego av diagndstico estético e ao plano de tratamento conduzicos pelo paciente.*" Ha um século, o paradigma ortodéntico empenhava-se em obler 9 me- thor contato oclusal e proximal entre os dentes, associaclo ao pertil Visuolizagao @ Avaliagéo Dinémice do Serriso @ sua In{luéncia na Diagnéstico € Plano de Tratements Ortodénicos 108 equilibrado ¢ a uma estabilidade aceitavel, todos mensurados esta- ticamente. Os primeiros conceitos estéticos concentravam-se no perfil do paciente, acreditando-se que, uma vez. alcangado © posiciona- mento ideal dos dentes em relagda as bases dsseas, 0 tecido mole se ajustaria." Nas décadas de 1950 e 1960, quando o diagnéstico e 0 plano de tratamento baseados na cefalometria tiveram maior alcan- ce, a estética em Ortodontia era definida principalmente em relagao ao perfil. O paradigma ortodontico contemporaneo procura exami- nar o paciente tanto em repouso como em movimento, nas trés di- mensoes do espago. Assim, tenta-se eliminar a discrepancia existen- te entre a anatomia do paciente e a relacao fisioldgica entre labios, dentes ¢ bases Osseas, € seus desejos funcionais e estéticos.!? ‘Na arte do tratamento do sorriso, os ortodontistas se deparam com uma tarefa dupla, Em primeiro lugar, o profissional deve esta- delecer um diagnéstico que identifique ¢ avalie quais elementos do sorriso precisam ser corrigidos, melhorados ou intensificados, no que se refere ao plano de tratamento facado no problema.!*5 Para 0 desenvolvimento mais aprofundado desse conceito diagndstico e plano de tratamento focados no problema, recomendamos a identi- ficagao dos elementos positives do sorriso, que devem ser manti- dos. Em outras palavras, os aspectos positivos do sorriso do pacien- te devem ser identificados para garantir que tais caracteristicas es- tejam protegidas, pois o tratamento é direcionado para os aspectos do sorriso considerados problemiticos. Em segundo lugar, deve-se criar uma estratégia de tratamento visualizado que envolva as prin- cipais queixas do paciente, nao se concentrando apenas em proble- ‘mas unilaterais, tais como o padrao de Classe Il esquelética, a mor- dida aberta, e assim por diante, mas incluindo © equilibrio da face e a estética do sorriso. O grande aumento do envolvimento interdisciplinar é resultado direto do fato de que ortodontistas € cli- nicos esto ligados pelos mesmos objetivos — funcao e estética -, ¢ que, em muitos casos, isoladamente nao conseguem proporcionar tudo aquilo que o tratamento exige.“ A tecnologia de imagem digital tem facilitado muito a identifica- ga0 dos efeitos do plano de tratamento ortodéntico sobre a face, le- vando os profissionais nao somente a analisar os dentes, masa iden- tificar a complexidade do plano de tratamento ortodéntico facado na face ou em seu efeito sobre ela. A tecnologia digital também me- Ihorou de forma significante a comunicacaio entre profissionaise entre estes € 05 pacientes.

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