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LEV ned INSTRUGAO TECNICA DE VIA No 9 Conservagao Metédica da Via SUBSTITUICAO DAS TRAVESSAS DE MADEIRA SUMARIO: 1 — Objectivo do trabalho ¢ consideracées gerais 2—Sequéncia do trabalho 3—Medidas de seguranca 4— Ferramentas ¢ utensflios Desenhos Entra em vigor a partir de 1 de Fevereiro de 1979 cP Departamento de Instalagées Fixas Servigo de Via Distribuicio: Departamento de Instalagées Fixas Bervigo do Via Reglées Servigos de Instalacdes Fixas Areas de Instalagées Fixas Seegdes de Via Trogos de Via Langos de Via Distritos de Via Divisio de Formacaéo Centro de Formagio Divisdio de Renovagio SUBSTITUICAO DAS TRAVESSAS DE MADEIRA 1. Objectivo do trabalho e consideracées gerais LL Este trabalho tem por fim a substituigio das travessas assina- ladas como incapazes por estarem : a) partidas, b) podres,fendidas em demasia, queimadas ou que nfio permitem a consolidacdo da pregagdo; c) com altura inferior a 9cm sob a mesa do sabotagem. 1.2 EB um dos trabalhos que mais encarecem a conservagdo da via, pelo que interessa uma prospecc%o atenta, efectuada com critério ¢ sujeita a aprovagdo superior. O trabalho de prospecciio sistemética das travessas que precisam de ser substitufdas ¢ realizado no ano anterior durante o estudo do Calendério-Programa para o tro¢go da ‘Revisio Integral. N&o devem considerar-se de substituic#o urgente as incapazes situa- das entre duas travessas em bom estado, As travessas para substituir sfo assinaladas com uma cruz branca. 1.3 A técnica a usar na execucdo do trabalho consiste em levan- tar ligeiramente a via ¢ colocar a nova travessa na cota exacta, de modo a manter-se o nivelamento. O processo utiliza-se quer em plena via, quer nas PN, estagdes, tuneis ¢ pontes ndo metdlicas, sempre que poss{vel. 2. Sequéncia do trabalho 21 Distribuir previamente as travessas novas ao longo da via, nos locais onde se encontram as travessas a substituir. 2.2 Medir a espessura das travessas novas com 0 compasso préprio. A medida faz-se a meio da furagdo na mesa de sabotagem, em mm, © 6 escrita com giz amarelo sobre a cabeca da travessa. O chapim metilico ¢ a palmilha de borracha so inclufdos nessa medio. 283 Desguarnecimento da Via Deverd haver o maior cuidado para que, quando se levantar a via, as pedras do balastro nado se desloquem para debaixo das travessas. Usam-se dois processos conforme o levantamento admiss{ivel que, por sua vez, depende da velocidade permitida: a) Se V é igual ou maior que 100 km/hora, o levantamento m4- ximo é de 30 mm. Neste caso, desguarnecer todo o véo de um lado © metade do outro, até 5 cm abaixo do calo da travessa. A travessa sai pelo vo entre travessas (fig. 1); b) Se V é menor do que 100 km/hora, o levantamento é de 40 mm. Neste caso, desguarnecer meio vio de ambos os lados até ao calo da travessa. A travessa antiga € retirada ao longo do seu leito (fig. 2). 24 Para retirar a travessa antiga a) Desmontar todos os tirefonds da travessa; 6) Levantar a via simultaneamente nas 2 filas até aos desniveis de 30 ou 40mm, conforme a velocidade, com dois macacos colo- cados face a face: by) no caso 2.3 a), no v&o cont{guo ao lado por onde sai a tra- vessa (fig. 1); by) no caso 2.3 5), num dos meios vos com meio desguame- cimento (fig. 2). Na pratica regula-se o levantamento com um calco de madeira de 28 ou 38 mm. Este calco é introduzido entre a mesa de sabo- tagem da travessa antiga ¢ a patilha do carril e tem menos 2mm para contar com o ajustamento da nova travessa; 5 c) Retirar a travessa antiga com as tenazes, tendo o maior cui- dado em nao deslocar pedras do balastro para debaixo das tra- vessas cont(guas; d) Rebaixar 4 ou 5 cm o balastro no centro ¢ nos dois extremos da travessa, usando a forquilha, mas sem afectar as zonas de apoio de cada metade da travessa (fig. 6). 25 Medigéo com a talocha (nas 2 filas) @ 25.1 Talocha do ‘tipo novo (fig. 4) Regular a talocha para o levantamento escolhido, 30 ou 40 mm, mesmo que exista palmilha ou chapim. Colocar a talocha em posig¢do: base da talocha apoiada no calo da travessa retirada e a placa superior ¢ ajustada até ficar encostada 4 face inferior da patilha do carril. A talocha tem duas escalas colocadas a par (fig. 5), uma fixa ¢ outra mével. A fixa serve para referéncia das espessuras das travessas novas a colocar (desde 80 a 190mm) ¢ na mével, depois de ser encos- tada & talocha, faz-se a leitura da diferenca entre o que essa espessura preenche © © vazio deixado pela travessa antiga, isto é, o intervalo onde 80 ajustou a talocha (o levantamento que se fez dos carris foi descon- tado ao fazermos a regulagio da talocha). A medida indicada na régua mével pelo traco da régua fixa cor- respondente & espessura da travessa nova pode ser: @) positiva, se o intervalo de que se dispde ¢ maior do que a es- Pessura da nova travessa. A escala indica em mm a diferenga que deverd ser preenchida com gravilha antes de colocar a nova travessa; 6) nula, se o intervalo disponfvel é igual & espessura da travessa nova. A escala indica zero ¢ bastard colocar a travessa no sitio: c) negativa, se o intervalo ¢ menor do que a espessura da travessa nova. A escala indica em mm a altura que se terd de rebaixar para meter @ travessa nova. Neste caso, rebaixa-se 0 calo com forquilha ou bita, retirando qualquer elemento solto ¢ regulariza-se com uma pequena ca- mada de gravilha até conseguir que a talocha indique a medida zero em correspondéncia com o trago que representa a espes- sura da nova travessa. Repetir a operacio na outra fila. 25.2 Talocha do tipo antigo (fig. 3) Difere da nova por ser construfda para um levantamento fixado, sem possibilidade de regulagdo, e sem escala para medir a diferenca do intervalo. Ajusta-se a espessura da travessa nova e mede-se com um metro a diferenga entre a placa superior da talocha ¢ a patilha do carril. isto é, a diferenga entre o intervalo do calo até & patilha do carril e a espessura da travessa nova. Conforme essa diferenga for positiva ou negativa, assim seri necessdrio adicionar gravilha ao calo da travessa ou rebaixar este. 26 Colocag&éo da travessa nova a) A travessa nova é colocada tal como foi retirada a travessa antiga, tendo o cuidado de no deslocar os apoios desta: 5) Deveré ficar em esquadria ¢ o carril ao assentar deverd deixar ‘a descoberto a furagfo da travessa; c) Baixam-se og macacos ¢ mudam-se para a travessa seguinte a substituir. NOTA : se a8 travessas ndo sao fornecidas furadas, faz-so a furagdo depois de passar pelo menos um comboio. 2.7 Aperto da pregacio em travessas de madeira a) Colocar os tirefonds 4 mo, depois de lubrificados na ponta com massa consistente; bY Se os furos n&o trazem rebordo cénico, fazé-lo com broca cénica antes de colocar os tirefonds; 7 c) Apertar os tirefonds com a chave respectiva ou com tirefona- dora manual. Verificar a bitola depois de completar o aperto (como a bitola foi rectificada anteriormente, as novas travessas devem ter a bitola correspondente). 28 Reguarnecimento Depurar o balastro com a forquilha, reguamecer a travessa ¢ refa- zer a banqueta (sumariamente se estiver previsto fazer-se o nivela- mento em data préxima). 3. Medidas de seguranca BL Proteccdo ao pessoal com avisadores sonoros e sinais «S» indicadores de trabalhos na via. 3.2 N&o se devem substituir a0 mesmo tempo e no mesmo carril mais de duas travessas consecutivas ou mais de 1/3 das travessas. 38 Quando o numero de travessas a substituir for superior aos limites de 3.2,, dividir a execugfo em varias fases, deixando entre clas um intervalo em que passem pelo menos 20000 toneladas em barras curtas ou carris simples ¢ 100 000 toneladas em BLS. S6 com aprovagio superior este limite poderd ser reduzido, 34 Nilo fazer este trabalho quando se preveja que a temperatura do carril possa atingir 45°C. com pregaco rigida e 40° com pregagio eldstica. 35 Nao ultrapassar os valores dos levantes da via admitidos no n° 2.3, 3.6 Verificar, antes de arrear os macacos, se ndo se introduziram pedras debaixo das travessas levantadas. Para evitar a entrada das pedras, o pessoal nfo deve caminhar pelos vdos das travessas durante a execucdo do trabalho. 37 Em BLS cumprir as condigdes para os trabalhos de 2° categoria. Ferramentas e utensilios . —Compasso de travessas — para medir a espessura das tra- vessas: — Bita — para desguarnecimento; — Chave de tirefonds — para desapertar ou apertar tirefonds: —Tirefonadora mecfnica — para desapertar ou apertar tire- fonds: e — Macacos — para fevantar a via; —Calgos de madeira com a espessura de 28mm ou 38mm — para controlar o levante; — Tenazes para travessas — para retirar ¢ colocat as travessas; — Forquilha — para rebaixar o balastro © para reguarnecer as travessas; — Talocha — para medir o vdo entre 0 calo ¢ @ patilha do carril permitir colocar o apoio da travessa nova na altura correcta; — Pa de bico— para espalhar a gravilha; —Régua de bitola — para verificar a bitola: — Trado — para abrir novos furos; —Broca cénica — para escariar os furos; e —Termémetro para carris—para medir a temperatura dos carris; — Escantilhiie — para marcar o eixo dos furos; —Gula de furagdo — para regular a inclinag&o do furo; — Avisador sonoro — para proteccdo do pessoal; ~—Sinais «S» — indicadores de trabalhos na via a | cement 2S ETAL Rae aN ed nal CONSERVACAO METODICA DA VIA SUBSTITUICAO DE TRAVESSAS DE MADEIRA conte 1-2 DESGUARNECINENTO QUANDO AX 3 100Km/n LEVANTAR ATE 30 mm, DESGUARNECINENTO QUANDO Av. <100Km/h LEVANTAR 40mm ‘TCONSERVACAO METODICA DA VIA SUBSTITUICAO DE TRAVESSAS DE MADEIRA

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