Lc55 - 2004 - Meio Ambiente

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§3|), GOVERNADOR i ici i p COVERNADO! Prefeitura Municipal de Governador Valadares LE] COMPLEMENTAR N° 055, DE 27 DE MAIO DE 2004 Institui 0 Cédigo Ambiental do municipio de Governador Valadares e dé outras providéncias. A Camara Municipal de Governador Valadares, Estado de Minas Gerais, aprova e eu, sanciono a seguinte Lei Complementar: TITULO | DA POLITICA AMBIENTAL cariruto i DOS PRINCIPIOS Art. 1° Este Cédigo, fundamentado no interesse do Municipio de Governador Valadares, regula a acao do Poder Pablico Municipal e sua relacéo com os cidadaos e instituigées pablicas e privadas, na preservacéo, conservacéo, defesa, recuperacéo, controle e melhoria do meio ambiente ecologicamente equilibrado. Paragrafo Unico. 0 melo ambiente & bem de uso comum do povo, e sua protecio é dever do Municipio e de todas as pessoas e entidades que, para tanto, no uso da propriedade, no manejo dos meios de producao e no exercicio de atividades, deverdo respeitar as limitagdes administrativas e demais determinacbes estabelecidas pelo poder piblico, com vistas a assegurar um ambiente sadio e ecologicamente equilibrado para as presentes e futuras geracées. Art. 2° A Politica Municipal de Meio Ambiente é orientada pelos seguintes principios gerais 1 direito de todos ao meio ambiente ecologicamente equilibrado e a obrigacao de defendé-o e preserv-lo para as presentes e futuras geracées; II otimizagao e garantia da continuidade de utilizacdo dos recursos naturais, qualitativa e quantitativamente, como pressuposto para o desenvolvimento sustentavel; IIL- promocao e criagao de condicées favoraveis ao alcance do desenvolvimento integral do ser humano; IV- uso adequado e racional dos recursos ambientais; V- protecdo e recuperacgo de dreas potencialmente ameacadas e recuperacdo de areas atingidas pela degradacio; VI- fungdo social e ambiental da propriedade; Vil - garantia da prestado de informacées relativas ao meio ambiente; Vill garantia da participagao popular e do envolvimento da comunidade na gestao ambiental CAPITULO II DOS OBJETIVOS Art. 3° So objetivos da Politica Municipal de Meio Ambiente: 1 = compatibilizar o desenvolvimento econémico-social com a protecdo e o equilrio ecolégico buscando uma melhor qualidade de vida; II articular e integrar as aces e atividades ambientais com os diferentes érgaos e entidades publicas ‘municipais, estaduais e federais, bem como com organizacées naogovernamentais que tenham por objetivo 0 disposto no artigo 1° deste Cédigo; Ill- articular e integrar ages e atividades ambientais intermunicipais, favorecendo consércios e outros instrumentos de cooperacéo; IV -identificar e caracterizar os ecossistemas do municipio, definindo as fungdes especificas de seus componentes, aspectos e impactos ambientais, consultando instituigSes de pesquisa da drea ambiental; \V - identifcar, preservar e conservar as éreas protegidas, bem como o conjunto do patriménio ambiental local; VI- prevenir e combater a poluicéo em todas as suas formas; VII- propugnar pela regeneracao de dreas degradadas e pela recuperagdo dos mananciais hidricos do municipio; Vill - formular as normas técnicas e estabelecer os padroes de protecdo, conservacao e melhoria da qualidade ambiental, observada a legislacio federal, estadual e municipal; Art. 4° A politica do meio ambiente visa a preservaco, a melhoria ea recuperacao da qualidade ambiental, objetivando assegurar a compatiblizacao do desenvolvimento s6cio-econémico com a preservacao do meio ambiente ¢ do equilfbrio ecolégico, melhorando a qualidade de vida da populacio e atendendo, ainda, aos seguintes objetivos 1-0 estimulo cultural a adogdo de habitos, costumes, posturas e praticas sociais e econdmicas nao prejudiciais a0 meio ambiente; Il -a preservagio e conservacao dos recursos naturais renovaveis, o seu manejo equilibrado e a utilizagio econdmica, racional e crteriosa dos recursos nao renovaveis; IL-0 comprometimento técnico da produgao de alimentos, medicamentos, bens materiais e insumos em geral com a questao ecolégio-ambiental e sanitéria; IV a utilizagdo adequada do espaco territorial e dos recursos hidricos destinados para fins urbanos e rurais, mediante uma criteriosa definigao de uso e ocupacéo, bem como de tratamento e disposicao final de residuos e efluentes de qualquer natureza; V- a garantia de crescentes niveis de satide das coletividades humanas e dos individuos, através da melhoria da qualidade ambiental; VI-a substituicéo gradativa, seletiva e priorizada de processos, técnicas e outros insumos agricolas ou industriais potencialmente perigosos por outros baseados em processos, técnicas e modelos de gestio e manejo mais compativeis com a preservacao ambiental; Vil - 0 desenvolvimento de pesquisas e tecnologias orientadas para uso racional dos recursos naturais. Art. 5° Ao Municipio, no exercicio de suas competéncias constitucionais e legais relacionadas com 0 meio ambiente, e dentro das possibilidades financeiras garantidas em leis orcamentérias, incube mobilizar e coordenat agées e recursos humanos, financeiros, materiais, técnicos e cientificos, bem como garantir a participagao da populagao na consecucio dos objetivos estabelecidos neste Cédigo, devendo, para tanto: planejar e desenvolver acées de promocio, protecéo, conservacéo, preservacio, recuperacao, restauracéo, reparacéo, vigilancia e melhoria da qualidade ambiental; II definir e controlar a ocupagéo e 0 uso dos espacos territoriais de acordo com suas vocagées naturais; Ill- elaborar e implementar 0 Plano Municipal de Proteg3o ao Meio Ambiente; IV- exercer 0 controle da poluicéo ambiental; \- definir éreas prioitérias de acdo governamental relativa ao meio ambiente, visando a preservacdo e a melhoria da qualidade ambiental e do equiibrio ecolégico; VI - identificar, ciar e administrar unidades de protecao ambiental e outras dreas para a protecao de mananciais, ecossistemas naturais, fauna e flora, recursos genéticos e outros bens ¢ interesses ecolégicos, estabelecendo normas a serem observadas nessas dreas; Vil - estabelecer diretrizes especiticas para a protegdo de mananciais hidricos, através de planos de uso e cocupagéo de bacias e sub - bacias hidrogréficas; VIIL- estabelecer normas e padrdes de qualidade ambiental para afericdo e monitoramento dos niveis de poluigdo e contaminagao do solo, atmosférica, hidrica e sonora, entre outros; IX- estabelecer normas relativas ao uso e ao manejo dos recursos ambientais; X.- fixar normas de automonitoramento, padres de emissao e condicdes de langamentos de residuos e efluentes de qualquer natureza; XI-- implantar sistema de informacées sobre o meio ambiente, obrigando-se poder piblico a produzi-las, quando inexistentes; XII - promover a educagéo ambiental; XIII - incentivar o desenvolvimento, a producdo e a instalagdo de equipamentos, bem como a criagao, a absorgio e a difusdo de tecnologias compativeis com a melhoria da qualidade ambiental; XIV - implantar e operar sistema de monitoramento ambiental; XV- garantir a participacéo comunitaria no planejamento, na execugao e na vigilincia de atividades que visem a protegao, recuperacao ou melharia da qualidade ambiental; XVI - exigir relatério de Impacto Ambiental — RIMA — com opcées de localizacao para operacao de obras ou atividades piblicas e privadas que possam causar degradacao ou transformacao do meio ambiente, dando a esse estudo, até mesmo na fase de elaboracao, ampla e indispensével publicidade; XVIL - definir critérios ecolégicos em todos os niveis do planejamento politico, social e econémico; XVIII - incentivar e auxiliar tecnicamente movimentos comunitarios e entidades de cardter cultural, cientifico e educacional com finalidades ecolégicas; XIX - preservar a diversidade e a integridade do patrimdnio genético contido em seu teritério, mantendo e ampliando bancos de germoplasmas, e fiscalizar as entidades dedicadas & pesquisa e manipulacdo de material genético; XX - fiscalizar, cadastrar e manter as florestas remanescentes do munic(pio; XXI-- incentivar e promover o reflorestamento, com espécies nativas, das éreas degradadas, em margens de Tios e outros corpos d” gua, em dreas em desertificagdo e nas encostas sujeltas & eroséo; XXII - zelar pelo cumprimento da legislagao federal, no que diz respeito a forma, prazo e extensao para que todas as propriedades rurais, independentemente do médulo, atinjam uma cobertura florestal composta de espécies nativas adequada a reserva legal ou drea de preservacéo permanente; XXIll - interagir com a sociedade e entidades piblicas afins com o objetivo de zelar pela preservacao e ecuperagao dos recursos hidricos, das lagoas e dos leitos maiores sazonais dos cursos d’égua de interesse municipal, vedando praticas degradadoras da integridade dos referidos cursos d “agua; XXIV - promover 0 manejo ecolégico dos solos, respeitando sua vocacéo, incluindo a conservacao das florestas nativas, 0 controle biolégico de pragas, a utilizacéo racional e moderada dos sistemas mecanicos e o controle da erosao, bem como o combate das queimadas; XXV - promover a restauracao do solo j4 comprometido por agdo ou pratica predatéria, restabelecendo ou melhorando a potencialidade original, através da acdo de formas sistémicas e orgnicas de exploracao, objetivando o incremento de sua produtividade e a perenizacao de sua capacidade de riqueza; XXVI- promover a reciclagem, a destinacéo eo tratamento dos resfduos industriais e hospitalares, dos agrotéxicos e dos rejeitos da atividade agropecudria e doméstica; XXVII- proteger a flora e a fauna, nesta compreendidos todos os animais silvestres, exdticos e domésticos, que vedadas as préticas que coloquem em risco as fungéo ecolégica e que provoquem extingGo, a producio ea criacéo, métodos de abate, transporte e comercializagdo e consumo de seus espécimes e subprodutos; XXVIII - normatizar, controlar e fiscalizar a produgao, o armazenamento, o transporte, a comercializagao, a utilizagao e o destino final de substancias, produtos e embalagens, bem como o uso de técnicas, métodos e instalagées que comportem risco efetivo ou potencial para a qualidade de vida e para o meio ambiente, incluindo o de trabalho, observando, no que couber, a legislagao estadual e federal existente; XXIX - promover a captagdo de recursos financeiros destinados ao desenvolvimento das atividades relacionadas com a protecao e a conservagao do meio ambiente, orientando sua aplicagao em consonancia com os objetivos maiores do planejamento ecolégico; XXX - promover e manter o inventério e o mapeamento da cobertura vegetal nativa, visando a adogéo de medidas especiais de preservacao e protecio, bem como estimular e promover o reflorestamento das reas de declividade excessiva, margens de corpos d gua e ambientes sujeitos ao processo de desertificacao, relativamente ao meio ambiente local; XXXI -restringire disciplinar a participacéo em concorréncia pablica e 0 acesso a créditos oficias e benefcios fiscais por parte de pessoas juridicas ou naturais condenadas judicial ou administrativamente por atos de degradacao do meio ambiente, na forma da legislacao federal pertinente;, XXXII promover medidas judiciais e administrativas de responsabilizacio dos causadores de poluigéo ou de degradacéo ambiental; XXXill -regulamentar e controlar a utilizaco de substancias quimicas em ati industriais e de prestacdo de servicos; idades agrossitvopastori, XXXIV avaliar niveis de satide ambiental, promovendo pesquisas, investigacées, estudos ou outras medidas necessérias; XXXV - incentivar, colaborar e participar de planos ¢ agGes de interesse ambiental nos niveis federal, estadual e municipal; XXXVI - fixarcrtérios para implantacao de industrias em zonas apropriadas; XXXVIl - saturagéo; ios, baseados em dreas disponiveis ¢ infra — estrutura existente, para aferigao do grau de XXXVIII - criar servigos, permanentes ou esporddicos, que visem 4 promocéo da seguranca e prevencao de acidentes diretamente relacionados a depredacao do meio ambiente; XXXIX - fiscalizar 0 cumprimento dos padrdes e das normas de protecio ambiental estabelecidas neste Cédigo ena legislacdo ambiental correlata do Estado e da Unido; XL- executar outras medidas consideradas essenciais 4 conquista e 4 manutencao de melhores niveis de qualidade ambiental. CAPITULO III DOS INSTRUMENTOS Art. 6° Sao instrumentos da Politica Municipal de Meio Ambiente: | -licenciamento ambiental; 11 - fiscalizacdo ambiental; Ill auditoria ambiental; V- monitoramento ambiental; V- banco de dados com informacdes ambientai VI- Fundo Municipal do Meio Ambiente ; Vil - educagao ambiental; Vill legislacéo ambiental federal, estadual e municipal. caetruto iv DOS CONCEITOS GERAIS Art. 7° So os seguintes, os conceitos gerals para os fins ¢ efeitos deste Cédigo: | - auditoria ambiental: & 0 desenvolvimento de um processo documentado de inspecao, anélise e avaliacao sistemética das condicbes gerais e especficas de funcionamento de atividades ou desenvolvimento de obras causadoras de impacto ambiental; Il - controle ambiental: conjunto de atividades desenvolvidas pelo érgdo ambiental onde se somam acoes de licenciamento, fiscalizacao ¢ monitoramento, objetivando obter ou manter a qualidade ambiental; IIl- desenvolvimento sustentavel: é o processo criativo de transformagéo do meio com a ajuda de técnicas ecologicamente prudentes, concebidas em funcio das potencialidades deste meio, impedindo o desperdicio dos recursos e cuidando para que estes sejam empregados na satisfacao das necessidades atuais e futuras, de todos os membros da sociedade; IV - ecossistemas: conjunto integrado de fatores fisicos e bidticos que caracterizam um determinado lugar, estendendo-se por um determinado espaco de dimensoes varidveis; V- estudos ambientais: sao todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos ambientais relacionados 8 localizagéo, instalacéo, operacéo e ampliagao de uma atividade ou empreendimento, apresentado como subsidio para andlise da_licenca requerida; VI- estudo de impacto ambiental EIA —diagnéstico e andlise dos efeitos de projeto a ser implantado na sua rea de influéncia, considerando a situagéo ambiental quanto ao meio fisico, biético e antrépico, com definigao das medidas mitigadoras dos impactos negativos; VIl-fragmentos florestais urbanos: so éreas remanescentes de vegetacdo nativa situadas dentro do perimetro urbano do Municipio, em propriedade piiblica ou privada, que desempenhem algum papel na manutencéo da qualidade do meio; VIII - gestéo ambiental: tarefa de administrar e controlar os usos sustentados dos recursos ambientais por instrumentacéo adequada, assegurando racionalmente o conjunto do desenvolvimento produtivo social e econémico em beneficio do meio ambiente; IX licenciamento ambiental: procedimento administrativo pelo qual o érgdo ambiental competente licencia a localizacao, instalagdo, ampliacéo e a operacdo de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras; X-meio ambiente: conjunto de condicées, leis, influéncias e interacées de ordem fisica, quimica e biolégica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas; XI- poder de policia: é a atividade da administraco que, limitando ou disciplinando direito, interesse, atividade ou empreendimento, regula a pratica de ato ou abstencdo de fato, em razao de interesse publico concerente a protegéo, controle ou conservagao do meio ambiente e & melhoria da qualidade de vida do Municipio; XII - poluidor: pessoa fisica ou juridica, de direito piblico ou privado, direta ou indiretamente responsével por atividade causadora de poluicao ou degradagio efetiva ou potencial; XIII - plano de controle ambiental - PCA: Relaciona e indica medidas mitigadoras ou compensadoras de impactos ambientais advindas de empreendimentos; XIV - relatério de impacto ambiental - RIMA: & 0 documento que apresenta os resultados dos estudos técnicos cientificos de EIA; XV- relatério de controle ambiental — RCA: é o documento através do qual se avaliam e se identificam os impactos ambientais; XVI- reincidéncia especttica: @ a perpetracao de infragao da mesma natureza, pelo agente anteriormente autuado por infragdo ambiental; XVII - reserva legal: drea localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, excetuada a de preservagao permanente, necesséria ao uso sustentvel dos recursos naturais, & conservacio e reabilitagao dos pracessos ecolégicos, & conservacéo da biodiversidade e ao abrigo e protecao da fauna e flora nativas; XVIII - degradacio da qualidade ambiental: a alteracao adversa das caracteristicas do meio ambiente; XIX - poluigao: toda e qualquer alteracdo dos padrdes de qualidade e da disponibilidade de recursos ambientais e naturais de atividades que direta ou indiretamente: a) prejudiquem a saéde , a seguranca e 0 bem estar das populacées ou possam vir a comprometer seus valores culturas; b) criem condigées adversas as atividades sociais e econdmicas; 0) afetem desfavoravelmente a biota; 4) comprometem as condicdes estéticas e sanitérias do meio ambiente; @) alteram desfavoravelmente os patriménios cultural, histérico, arqueolégicos e turstico; 4) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrées ambientais estabelecidos. XX - poluente: toda e qualquer forma de matéria ou energia que, direta ou indiretamente, cause ou possa causar a degradacéo do ambiente, XXI - fonte poluidora: toda e qualquer instalacao ou atividade através da qual se verifique a emissdo de poluentes ou probabilidade dessa emissao; XXII - recursos naturais: os componentes da litosfera, hidrosfera, atmosfera e biosfera, possiveis de serem explorados como insumos para diferentes setores econdmicos; XXIll - recursos ambientais: os recursos naturais e os demais componentes dos ecossistemas necessdrios & manutencao de equilibrio ecolégico e da qualidade do meio ambiente associada 8 protegao dos patrimanios culturais, histéricos, arqueolégicos e turstico; XXIV - manejo ecolégico: a utilzacéo dos recursos naturais, conforme os critérios de ecologia, visando obstar o surgimento a proliferagao e o desenvolvimento das condigées que causem ou possam causar danos 8s populacées ou 0s recursos naturais, bem como buscando a otimizacao do uso desses recursos e atuacdo para corrigir os danos verificados no meio ambiente; XXV - conservacéo: a utilizacéo dos recursos naturais em conformidade com 0 manejo ecolégico; XXVI- preservagdo: a manutengéo de ecossistema em sua integridade, eliminando qualquer interferéncia humana, salvo aquelas destinadas a possibilitar a propria preservacio; XXVII-- impacto ambiental: qualquer alteracdo nas propriedades fisicas, quimicas e biolégicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetem: a) a sade; b) as atividades sociais econémicas; a biota; 4) as condigdes estéticas e sanitarias do meio ambiente; @) a qualidade dos recursos ambientais; XXVIII - impacto cruzado: qualquer alteracao provocada no meio ambiente, derivada da combinagao de impactos em um mesmo sitio ou regido. XXIX - SISNAMA — Sistema Nacional de Meio Ambiente: érgaos e entidades da Unido, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municipios, bem como as Fundacbes estabelecidas pelo Poder Pablico, que estejam envolvidos com o uso de recursos ambientais ou que sejam responsaveis pela protegdo e melhoria da qualidade ambiental; XXX - SISEMA — Sistema Estadual do Meio Ambiente: érgos e entidades do Estado, bem como Fundacdes estabelecidas pelo Poder Publico Estadual, que estejam envolvidos com o uso de recursos ambientais ou que sejam responsdveis pela protecdo e melhoria da qualidade ambiental no espaco geogrético ou rea de influ@ncia ambiental do Estado de Minas Gerais; XXXI - unidade de conservagéo: espaco territorial e seus recursos ambientais, incluindo as Sguas jurisdicionais, com caracteristicas naturais relevantes, legalmente instituido pelo Poder Pablico, com objetivo de conservacao e limites definidos, sob regime especial de administracao, ao qual se aplicam garantias adequadas de protecao; XXXIl - zoneamento ambiental: consiste na definigio de dreas do territério do Municipio de modo a regular atividades, bem como definir agées para a protegao e melhoria da qualidade do ambiente, considerando as caracteristicas ou atributos das dreas. TITULO II DO SISTEMA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE CAPITULO | DA ESTRUTURA SECA! DO SIMA Art. 8° 0 SIMA - Sistema Municipal de Meio Ambiente é o conjunto de érgaos e entidades publicas e privadas integrados para a preservacao, conservacio, defesa, melhoria, recuperacao, controle do meio ambiente e uso adequado dos recursos ambientais do Municipio. Art.9° Integram o. SIMA: | SEMA - Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento de Governador Valadares; Ill- CODEMA - Conselho Municipal de Conservagao Defesa do Meio Ambiente; III- Organizacées da sociedade civil que tenham a questo ambiental entre seus objetivos; IV - Outras secretarias e autarquias afins do Municipio, definidas em ato do Poder Executivo. Art. 10. Os érgaos e entidades que compéem o SIMA atuardo de forma harménica e integrada, sob a coordenacao da SEMA, observada a competéncia do CODEMA, . SEGAO II D0 ORGAO EXECUTIVO Art. 11 ASEMA€0 érgao de planejamento, coordenacéo, controle, execucéo e avaliagao da politica municipal de meio ambiente, com as atribuigdes e competéncia definidas na lei que dispée sobre a Estrutura Organica da Prefeitura de Governador Valadares. Art. 12 Sao atribuigdes da SEMA, sem prejuizo do disposto na legislacdo da estrutura administrativa do Municip | - manifestarse mediante estudos e pareceres tcnicos sobre questées de interesse ambiental; II- coordenar a gestdo do Fundo Municipal de Meio Ambiente nos aspectos técnicos, administrativos e financeiros, segundo as diretrizes do Poder Executivo Municipal; IIl-fiscalizar a localizacéo, a instalagéo, a operaéo e a ampliagdo das obras e atividades consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou degradadoras do meio ambiente; IV - estabelecer procedimentos simplificados para agilizaro licenciamento das atividades e empreendimentos de pequeno potencial de impacto ambiental, que deverdo ser aprovados pelo CODEMA; V- exercer 0 poder de policia administrativa para condicionar e restringir 0 uso e gozo dos bens, atividades e direitos em beneticio da preservacdo, conservacéo, defesa, melhoria, recuperacao e controle do meio ambiente; VI- aplicar penalidades cabiveis, no caso de agressao ao meio ambiente; Vil - cumprir e fazer cumprir a legislacdo ambiental Municipal, bem como zelar pela realizacdo do Férum Permanente de Desenvolvimento e Preservacao Ambiental; Vill - exercer acdo fiscalizatéria na observancia e cumprimento das normas contidas neste Cédigo ena legislacdo ambiental correlata; IX- responder a consultas sobre matérias de sua competéncia; X - emitir parecer a respeito de pedido de localizacao e funcionamento de fontes poluidoras; ____ SEGAO II DO ORGAO COLEGIADO Art. 13. 0 CODEMA é um érgao colegiado, auténomo, normativo, consultivo e deliberativo, na drea de sua competéncia, encarregado de assessorar o Poder Publico em assuntos referentes & protecdo, conservacao, defesa, melhoria do meio ambiente e ao combate as agressdes ambientais em toda a area do Municipio. secho w DAS ENTIDADES NAO GOVERNAMENTAIS Art. 14. Para os efeitos deste Cédigo, entidade nao governamental - ONG - é uma instituicao da sociedade vil organizada que tenha entre os seus objetivos a atuacdo na preservacao ambiental, em suas diversas modalidades. SEGAO V - DAS SECRETARIAS AFINS Art. 15. Consideram-se Secretarias Afins as Secretarias Municipais que desenvolvam atividades, programas ou servicos relacionados, direta ou indiretamente, com a questo ambiental, dentre outras: | - SMA ~ Secretaria Municipal de Administragao; II SMO — Secretaria Municipal de Obras e Servicos Urbanos; Ill SMED — Secretaria Municipal de Educacio; IV - SEMCEL — Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer. CAPITULO II ‘AS DIRETRIZES DA POLITICA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE echo - DOS INSTRUMENTOS DA POLITICA DE PROTECAO AMBIENTAL Art. 16 Sao instrumentos de qualidade ambiental: o estabelecimento de padres de qualidade ambiental; Il - 0 zoneamento ambiental; IIl-a avaliagéo de impactos ambientais; IV- olicenciamento e a revisdo efetiva das fontes poluidoras ou potencialmente poluidoras; V- 0s incentivos & producao e & instalagéo de equipamentos e a criacdo ou absorcéo de tecnologia, voltados para melhoria da qualidade ambiental; VI-a criagéo de espacos tertitoriais especialmente protegidos pelo poder piblico, tais como areas de protegao ambiental de relevante interesse ecolégico e reservas biolégicas; VII- as penalidades disciplinares ou compensatérias relativas ao nao cumprimento das medidas necessarias 8 preservacéo ou a corregéo de degradagéo ambiental; VIIl- a prestagdo de informacGes relativas ao meio ambiente; 1X0 sistema municipal de protegdo ambiental consti publico lido por entidades da sociedade civil e drgaos do poder SEGAO II - DOS PADROES DE QUALIDADE AMBIENTAL Art. 17 0 estabelecimento de padrées de emissdo e de qualidade ambiental tem como objetivo a caracterizacGo das condicées desejaveis ou tolerdveis dos recursos ambientais, de modo a nao prejudicar a sauide humana, a fauna, a flora, as atividades econdmicas e sociais e o meio ambiente em geral. Art. 18 Padres de qualidade ambiental sao os valores das concentracées maximas tolerdveis no ambiente para cada poluente, de modo a resguardar a satide humana, a fauna, a flora, Oas atividades econémicas e socias ¢ 0 meio ambiente em geral. § 1° Os padres de qualidade ambiental deverdo ser estabelecidos quantitativamente, indicando as. concentracées maximas de poluentes suportadas em determinados ambientes § 2° Sao padres de qualidade ambiental, entre outros, o de qualidade do ar, das Aguas, do solo e de rufdos § 3° 0s critétios e padres de lancamento de efluentes paderdo ser alterados por novos padrées, assim como poderao ser incluidas novas substancias e fixados novos pardmetros diferentes dos anteriormente determinados. Art. 19 Padrdo de emissao & 0 limite méximo estabelecido para langamento de poluente por fonte emissora que, ultrapassado, poderd afetar a saiide, a seguranca e o bem estar da populagéo, bem como ocasionar danos & fauna, a flora e comprometer o regular exercicio das atividades econémicas e sociais e a qualidade dos recursos ambientais. §1° Os padroes de emissdo deverdo ser estabelecidos indicando as concentracdes méximas de poluentes por fonte emissora, de modo a ndo comprometer a qualidade ambiental, considerando o conceito de impacto cruzado e ctitidade ambiental § 2° Sao padrdes de emissao, entre outros, o de emisséo de poluentes na atmosfera, nas 4guas, no solo e de ruidos, CAPITULO Ill - DAS UNIDADES DE CONSERVAGAO Art. 20. Unidades de Conservacao sao os espacos territoriais especialmente protegidos, sujeitos a regime juridico especial, definidos neste capitulo, cabendo ao Municipio, dentro de sua competéncia, a sua instituigao e delimitacao através de leis especificas, Art. 21 Sao consideradas unidades de conservacao: rea de preservagao permanente — APP; II area de atividade especifica — AAE; IIl- area de reserva legal - ARL; IV - drea de preservacao especial — APE; VI- reas verdes — AV; Vil rea de protegao ambiental — APA; VIIl- reserva particular do patriménio natural ~ RPPN; SEGAO | - DAS AREAS DE PRESERVACAO PERMANENTE. Art. 22 Considera-se Area de Preservacao Permanente aquela area protegida nos termos da legislacao Federal, Estadual ou Municipal, coberta ou nao por vegetacao nativa, com a fungio ambiental de preservar os recursos hidricos, a paisagem, a estabilidade geolégica, a biodiversidade, o fluxo génico de fauna e flora, proteger 0 solo e assegurar 0 bem-estar das populagdes humanas. §1° Consideram-se as areas de preservacéo permanente, para efeito deste Cédigo as éreas situadas: | -faixa marginal de 15 (quinze) metros de largura ao longo dos cérregos situados no perimetro urbano da sede e dos distritos do Municipio; UI na faixa marginal de 30 (trinta) metros para os cérregos ou trechos de cérregos situados fora do perimetro urbano da sede e dos distritos do Municipio; IIL- nas faixas de 100 ( cem) metros de largura de cada lado do Rio Doce, em atendimento a0 disposto no Cédigo Florestal e sua alteracées; IV - na faixa situada entre a Av. Rio Doce, na Ilha dos Araijos até a margem do Rio Dace,em todo o contorno da ilha; V- nas demais ilhas localizadas no Rio Doce, dentro do perimetro urbano da cidade; Vi- na falxa de 15 (quinze) metros ao longo do trecho desativado pelas obras de canalizagao do Cérrego do Figueirinha; VII- nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados “olhos d’égua”, qualquer que seja a sua situacéo topogréfica, num raio minimo de 50 (cinqiienta) metros de largura; VIII - ao redor das lagoas, lagos ou reservatérios d’guas naturais e artficiais, em faixa minima de 5,00 (cinco) metros se localizada dentro do perimetro urbano da sede ou distrito Municipal; IX - nas grotas e seus entornos; X-no topo de morros, montes, montanhas e serras, em reas delimitadas a partir da curva de nivel correspondente a dois tergos da altura da elevacao em relacéo & base; XI-nas encostas ou partes destas, com declividade superior a 45° (quarenta e cinco graus), equivalente a 100% (cem por cento) na linha de maior declive; XII - declaradas por ato do poder piblico, revestida ou nao de cobertura florestal ou demais formas de vegetacao, destinadas a: a)atenuar a erosdo e recuperaco de dreas degradadas; byformar_faixas de protegao as margens do rios e cérregos; formar areas verdes para abrigar populagéo da fauna ou flora raras e ameacadas de extingao; d)assegurar condicées de preservar os ecossistemas para o bem estar publico; XIII - que abriguem exemplares raros, ameacados de extingdo ou insuficientemente conhecidos da flora e da fauna, bem como aqueles que servem de pouso, abrigo ou de reproducao de espécies migratérias; XIV - nas bordas dos tabuleiros ou chapadas, a partir da linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projecées horizontais; § 2° A faixa citada no inciso V deste artigo deverd ser objeto de projeto especial de reflorestamento, visando a manutengéo e recomposicéo - 0 das matas ciliares e 0 adequado re-assentamento das familias que habitam a respectiva area; § 3° Sao considerados locais adjacentes, para efeitos de protecéo: |- a faixa de terra de 30m (trinta_ metros) de largura em torno: a) dos parques municipais; b) das estacGes ecolégicas ou reservas biol6gicas e reservas ecoldgicas; Il 0 limite de até 50m (cingiienta metros) de largura, a partir da faixa de dominio das rodovias cénicas ; IIL- a faixa razoavel que objetiva a preservar 0 entorno dos bens arqueol6gicos, paisag(sticos e arquiteténicos tombados; Art, 23. Fica proibido o corte de drvores integrantes da vegetacdo nativa ou objeto de reflorestamento nas seguintes areas | - de formacao vegetal defensiva a erosao, assim declaradas pela SEMA; II- ao redor das lagoas, lagos e reservatérios de aguas naturais situadas fora do perimetro urbano da sede ou dos distritos Municipais, numa faixa de 50m (cingienta metros); IIl- urbanas ou rurais nao especificadas neste artigo ou no art. 22 deste Cédigo, exceto se devidamente autorizado pelo CODEMA, que, inclusive, podera impor condicées; IV - especificadas no art. 21 deste Cédigo. Art. 24 0 Poder Pablico Municipal, dentro da sua circunscrigéo, poderd, ainda, criar Parques Municipais, Unidades de Conservagao Municipal, Reserva Biolagica Municipal ou Estacdo Ecolégica, com a finalidade de resguardar atributos excepcionais da natureza, concliando a protegao integral da flora, da fauna e das belezas naturais com a utilizacéo, para objetivos educacionais, recreativos e cientiicos; Art, 25. Nos Parques Municipais, Unidades de Conservagao Municipal, Reserva Biolégica Municipal ou Estagao Ecolégica sao proibidos: 1 -a extragéo dos recursos do solo; U1- a utilizagdo dos recursos hidricos; IIL-o corte das arvores e de qualquer tipo de vegetagéo nativa; IV-a extracio de qualquer produto de origem vegetal; V-acaga de qualquer natureza; VI-a pesca com finalidade comercial; VIl-a construggo e a edificacdo de qualquer natureza, ressalvadas as benfeitorias de interesse do Poder Pablico Municipal; Vill - a implantacao e a operacio de atividades industriais, comercial, agropecudria e de outras de qualquer natureza, exceto as recreativas, turisticas e administrativas previstas nos objetivos do Parque, Unidade ou Reserva. Art. 26 £ proibido promover queimadas: 1 nas unidades de protegao ambiental II- nas zonas de protecéo ambiental; IIL nas terras de propriedade do municipio; IV- em lotes pablicos ou particulares situados no perimetro urbano da sede e dos distrtos, ressalvados os casos de interesse publico assim reconhecidos pela SEMA; V- nas terras particulares localizadas dentro do Municipio de Governador Valadares sem a imprescindivel licenga do CODEMA, do érgao ambiental do Estado ou da Unido, conforme o caso. Art. 27. Nas queimadas em propriedades privadas, dentro da sua competncia, a autorizacio do CODEMA somente serd expedida quando o(5) proprietério(s) comprovar(em) a adocao de medidas que evitem a propagacéo do fogo para além da area autorizada, Art. 28 A licenga para queimadas somente seré concedida mediante termo de compromisso do interessado franqueando a entrada na rea objeto da licenca de fiscais do meio ambiente e dos integrantes das entidades e organismos refetidos no art. 29 deste Cédigo, para fins de fiscalizacao. Pardgrafo Gnico. Fica assegurado as entidades ambientalistas privadas ou ndo governamentais o direito de fiscalizar a concessdo de licenca para queimadas pelo CODEMA, denunciando qualquer irregularidade aos érgaos ambientais superiores. Art. 29. A fiscalizagdo pelas entidades ou organismos citados no art. 29 deste Cédigo sera assegurada mediante 0 acesso aos arquivos do CODEMA, por pessoal devidamente credenciado, ou através de “mutirao ambiental”, no caso de fiscalizacao “in loco” na propriedade objeto da licenga de queimada, Art, 30 Sempre que possivel, 0 mutiréo ambiental contaré com a participacao de servidor publico com experincia em fiscalizacao ambiental. Art. 310s fiscais municipais ou os integrantes do mutirdo ambiental ao qual se refere o art. 30 deste Cédigo, quando constatarem infragao & legislagdo ambiental, lavrardo relatério de constatacdo circunstanciados e devidamente assinados pelos presentes, que serdo encaminhados ao CODEMA ou a SEMA, para as providéncias legais cabiveis § 1° Verificando a SEMA ou 0 CODEMA a existéncia de crime ambiental, encaminhara cépia do auto de constatagéo a0 6rg0 local do Ministério Publico, solicitando apuracao e punicao dos envolvidos. § 2° No Ambito administrativo, se nem o CODEMA nem a SEMA se manifestarem sobre o auto de constatagao no perfodo de 60 (sessenta) dias a contar da comunicagéo do ato ou fato, qualquer interessado poderé propor recurso diretamente ao Prefeito Municipal secfo DAS AREAS DE ATIVIDADES ESPECIFICAS Art. 32. 0 Poder Publico Municipal envidaré esforcos para a criagdo e manutencéo: | - do Programa “Viveiro de Mudas” no ambito do Municipio, preferencialmente nas escolas municipais, destinado ao cultivo de mudas de arvores para arborizacéo, frutferas, plantas ornamentais, hortaligas e plantas medicinais, sempre que possivel, dando preferéncia a espécies nativas, disciplinado da seguinte forma: a) A formacio dos viveiros e as atividades correlatas, sempre que posstvel, contaré com a participacao dos alunos das escolas e creches sediadas no Municipio, sob a supervisdo e orientagéo de técnicos da Prefeitura Municipal, com a finalidade de despertar neles a consciéncia ecolégica. b) 0 Programa "Viveiro de Mudas" tem como objetivos: | - promover a educacdo e a preservagao ambiental; IIo fornecimento de mudas as escolas ¢ entidades municipais e &s comunidades locais; Ill-a ampliago da arborizacéo em areas publicas e privadas dos bairros; IV -o desenvolvimento de habilidades e aptiddes dos estudantes; V - a iniciagao e formagao de consciéncia ecolégica nos alunos; VI-a ciiagao de uma alternativa para a geracao de renda e o combate ao desemprego e & criminalidade juvenil 0.0 Programa “Viveiro de Mudas” sera desenvolvido e implantado pela Prefeitura Municipal nos terrenos existentes nas escolas da rede municipal de ensino, podendo ser expandido para areas puiblicas, privadas, desapropriadas para esta finalidade, desocupadas ou ociosas, 4d) Caberd a Prefeitura Municipal o fornecimento de orientacao técnica, equipamentos, adubos e sementes necessérios & execugéo do Programa “Viveiro de Mudas". @) A Prefeitura Municipal poderd celebrar convénios ou contratos com érgaos da administragio estadual ou federal, com instituigGes de ensino ou com a iniciativa privada objetivando a viabilizacdo do Programa “Viveiro de Mudas”. Il do Horto Florestal ou de estaco ecolégica, com o objetivo de preservar a natureza e a realizacdo de pesquisas cientfica, instituidos de acordo com as seguintes diretrizes: a) a unidade é de posse e dominio piblicos, sendo que as dreas particulares incluidas em seus limites serdo desapropriadas, de acordo com o que dispée a legislagao espectica; b) fica restringida a visitagéo piblica, exceto quando com objetivo educacional, de acordo com o que dispuser 0 regulamento da unidade; a pesquisa cientfica depende de autorizacao prévia da SEMA, érgao de administracéo da unidade, e est sujeita 8s condicées e restric6es por esta estabelecidas, bem como quelas previstas em regulamento; d) na unidade somente serd permitida alteracdo do ecossistema com o intuito de restauracdo do ecossistema modificado ou para fins de pesquisa cientifica monitorada, limitada esta, em qualquer caso, a 3% (trés por cento) da extensdo total da unidade. SECAO I DA RESERVA LEGAL Art. 33 Considera-se reserva legal a drea localizada dentro dos limites de cada propriedade rural, assim declarada com base em lei federal, ressalvada a de preservacdo permanente, necesséria ao uso sustentavel dos recursos naturais, & conservagao e reabilitacio dos processos ecolégicos, & conservacio da biodiversidade e ao abrigo ¢ protecdo de fauna e flora nativas, correspondente a uma drea de no minimo de 20% da area total de cada propriedade. § 1° A localizacao da reserva legal deve ser aprovada pelo érgdo ambiental estadual competente ou, mediante convénio, pelo érgao ambiental municipal ou outra instituicdo devidamente habilitada, devendo ser considerados, no processo de aprovacao, a funcao social da propriedade, e os seguintes crtérios e instrumentos, quando houver: 1-0 plano de bacia hidrografica; UI- 0 plano diretor municipal; IIL- 0 zoneamento ecolégico-econémico; IV- outras categorias de zoneamento ambiental; e \V- a proximidade com outra Reserva Legal, Area de Preservacdo Permanente, unidade de conservacao ou outra area legalmente protegida. § 2° A rea destinada a composigdo de reserva florestal legal poderd ser agrupada em uma sé porcdo em condominio ou em comum entre os adquirentes. §3° Ser admitido, pelo érga0 ambiental municipal competente, o cémputo das éreas relativas & vegetagéo nativa existente em drea de preservacdo permanente no célculo do percentual de reserva legal, desde que nao plique em conversio de novas dreas para o uso alternativo do solo, e quando a soma da vegetacao nativa em area de preservacdo permanente e reserva legal exceder: | -a 50% (cinqllenta por cento) da média ou grande propriedade rural; II a 25% (vinte e cinco por cento) da pequena propriedade rural, asim definida no Cédigo Floresta brasileiro. §4° Para cumprimento da manutencdo ou compensacio da area de reserva legal em pequena propriedade ou posse rural familiar, como definidos no Cédigo Florestal brasileiro, podem ser computados os plantios de arvores frutiferas omamentais ou industrials, compostos por espécies exéticas, cultivadas em sistema intercalar ou em consércio com espécies nativas. Art. 34 Na demarcagéo da reserva legal em propriedades situadas no Municipio, a critério do CODEMA, observar-se-do os seguintes princpios: | - demarcacéo preferencial em areas de terreno continuas e com cobertura florestal nativa; II respeito as peculiaridades locais e ao uso econémico da propriedade; IIL- manutencéo dos corredores necessérios ao abrigo e ao deslocamento da fauna silvestre. §1° 0 CODEMA notificaré o proprietério da area demarcada para que promova, na forma da legislacao federal pertinente, a averbacdo da reserva legal a margem do registro do imével, no cartério de registro de iméveis competente. § 2° Na forma da legislagéo federal pertinente, a averbacdo da reserva legal da pequena propriedade ou posse tural familiar sera gratuita, devendo a SEMA prestar apoio técnico e juridico, quando solicitado e necessétio. § 3° Poderd ser instituida reserva legal em regime de condominio entre mais de uma propriedade, respeitando o percentual legal em relacio a cada imével, mediante a aprovacao da SEMA, ouvido o CODEMA, e as devidas averbagées referentes a todos os iméveis envolvidos. Art. 350 CODEMA, mediante idénea notificagéo, cientificard ao proprietério rural da obrigacao legal de recompor a reserva legal ou rea de preservacdo permanente em sua propriedade rural, caso se constate 0 descumprimento aos percentuais definidos neste Cédigo ou na legislacdo estadual ou federal correlata § 1° 0 proprietario notificado poder cumprir a exigéncia legal mediante os seguintes procedimentos: 1 recompor a reserva legal de sua propriedade mediante o plantio, a cada 3 (trés) anos, de no minimo 1/10 (um décimo) da érea total necesséria & sua complementacao, com espécies nativas, de acordo com critérios estabelecidos pela SEMA; II conduzir a regeneracao natural da reserva legal; IIl- aquisigdo e incorporacao & propriedade rural de gleba contigua, com érea correspondente a de reserva legal a ser recomposta, condicionada & vistoria e aprovacdo posterior pelo CODEMA; IV- compensacéo da rea da reserva legal por outra equivalente em importancia ecolégica e extensdo, desde que pertenca ao mesmo ecossistema e localizada na mesma microbacia; V- aquisigdo, em comum com outros proprietérios de gleba nao contigua e instituigdo de Reserva Particular do Patriménio Natural-RPPN, cuja Area corresponda a rea total da reserva legal de todos os condéminos ou co- proprietérios, condicionada a vistoria e aprovagao do érgao competente. § 2° Para o plantio destinado & recomposigéo da rea de reserva legal ou de preservacao permanente, a SEMA poderd firmar convénio ou contrato com érgéos afins ou entidades privadas para disponibilizar as mudas necessérias, & recomposigao, com ou sem 6nus para os interessados, além da assisténcia técnica e juridica pertinente. § 3° Para os fins do disposto na legislacéo federal pertinente, o CODEMA poder tomar dos proprietérios rurais um Termo de Compromisso de Ajustamento de sua Conduta (TAC) &s exigéncias legais, mediante cominagées, que terd eficdcia de ttulo executivo extrajudicial § 4° A SEMA poderd firmar entendimento ou convénio com 0 Ministério PUblico local para os fins da operacionalizacéo do ajustamento de conduta de que trata 0 §3° deste artigo. SECO DAS AREAS DE PRESERVACAO ESPECIAL Art. 36 Areas de preservacio especial sao dreas de interesse exclusivamente local que deverdo ser priorizadas com recursos orgamentarios até a completa regularizagdo ambiental e recomposicéo do seu ecossistema ideal. Paragrafo Unico, Séo consideradas dreas de preservacao especial, para os fins contidos no artigo, a lagoa situada no Conjunto S.1.R, ea lagoa situada no Bairro Jardim Pérola. Art. 37 As éreas priorizadas no art.37 deste Cédigo considerar-se-do regularizadas do ponto de vista ambiental quando: | - 0 ecossistema estiver protegido com vistas a manutencio do regime hidrolégico; Il- a mata ciliar estiver recomposta; lll -a fauna ea flora estiverem recuperadas; IV--a qualidade ambiental da gua e da érea circunvizinha estiverem asseguradas dentro de padres aceitaveis Art. 38 Nas unidades de conservacdo a que se refere o art. 21 deste Cédigo so proibid | -a degradacéo ambiental, a construgéo de aterros ou qualquer outra obstrugéo que descaracterize 0 ecossistema local; Ila realizacdo de obras ou servigos que importem em ameaca ao equilibrio ecolégico ou atentem contra os objetivos institucionais da unidade de conservagio; Ill -0 uso de herbicidas ou produtos quimicos, bem como o lancamento de efluentes no meio ambiente sem 0 prévio tratamento; IV- apesca com a utiizacdo de redes, tarrafas, armadilhas ou assemelhados; V- a dispensa ou captura de animais de qualquer espécie. Art. 39 Na administracao das dreas de protegéo ambiental de que trata este Cédigo serd assegurada, na forma do regulamento, a participacdo de representantes da sociedade civil organizada e das associagbes de baitro diretamente interessadas. Art 40. A SEMA realizard o monitoramento e a fiscalizacdo das lagoas e nascentes do municipio, visando: 1- quanto as lagoas: a) a divulgacdo de informaces sobre a qualidade de suas aguas; b) 0 controle ou proibicéo da emissao de efluentes e residuos de qualquer natureza, bem como a realizacdo de atividades que possam provocar a poluicao hidrica; a recomposicao e manutengao da vegetacéo ciliar; I~ quanto as nascentes: a) cadastrar as nascentes existentes no Municipio; b) monitorar a quantidade e qualidade das aguas; ) estimular a recuperacao da vegetacdo no entorno de nascentes onde tenha havido desmatamento, zelando pela cessagéo de qualquer atividade degradante. secho Vv DAS AREAS VERDES Art. 41 Areas verdes sao reas publicas urbanas destinadas, priortariamente, a implantagdo de equipamentos de lazer ou de cobertura vegetal paisagistica § 1° As dreas verdes serdo instituidas e asseguradas em todos os projetos de loteamento ou desmembramento, em quantidade minima fixada em lei, nao podendo, depois de aprovadas pelo Poder Publico Municipal, serem ocupadas ou cedidas & particulares, e nem modificada a sua destinacao ou funcio, 0 que seré objeto de fiscalizacao conjunta da SEMA e do 6rgao responsével pela aprovacao do loteamento au desmembramento. § 2° As dreas verdes poderdo ser instituidas ou declaradas como de “finalidade paisagistica”, quando destinadas a protecao de paisagem com caracteristicas excepcionais de qualidade e fragilidade visual. . SECAO VI DAS AREAS DE PROTEGAO AMBIENTAL Art. 42 A Area de Protecdo Ambiental é uma area em geral extensa, com um certo grau de ocupacao humana, dotada de atributos abisticos, bidticos, estéticos ou culturais especialmente importantes para a qualidade de vida e 0 bem-estar das populacdes humanas, e tem como objetivos basicos proteger a diversidade biol6gica, disciplinar 0 processo de ocupacio e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos natura. § 1° A Area de Protego Ambiental é constituida por terras publicas ou privadas, § 2° Respeitados os limites constitucionais, podem ser estabelecidas normas e restrigdes para a utllizacao de uma propriedade privada localizada em Area de Protesao Ambiental. § 3° As condigées para a realizagao de pesquisa cientifica e visitagéo publica nas areas sob dominio piblico serdo estabelecidas pela SEMA, érgao gestor da unidade. § 4° Nas APA’ s que englobem propriedade privada, cabe ao proprietario estabelecer as condicées para pesquisa e visitagdo pelo publico, observadas as exigéncias e restricées legais pertinentes, § 5° Cada APA dispord de um Conselho presidido pela SEMA e constituido por representantes do setor piblico, de organizacbes da sociedade civil e da populacdo residente dentro da APA criada, conforme se dispuser em regulamento préprio. § 6° Nas APA’ fica vedada a execucdo de obras ou servicos que causem qualquer degradacao ambiental, bem como a instalagao de aparelhos ou equipamentos poluentes sem a expressa anuéncia do CODEMA, que poderé, inclusive, impor restrigdes ou limitagGes ao uso da propriedade particular, dentro dos limites legais. Art. 43. Fica criada a Area de Protegéo Ambiental | (APA-I), compreendendo a drea do Pico do Ibituruna, cujo perimetro esta descrito no Decreto Estadual n° 22,662, de 14 de fevereiro de 1983 e Lei Municipal n° 3.862/94. § 1° A drea citada neste artigo deverd ser objeto de zoneamento especifico pelo Municipio, dando-se conhecimento ao érga0 ambiental do Estado de Minas Gerais § 2° 0 “Dia da Ibituruna” sera comemorado anualmente no dia 4 de junho, competindo a SEMA a organizacao do evento em parceria com a sociedade e demais entidades afins. seAovil DA RESERVA PARTICULAR DE PATRIMONIO NATURAL Art. 44. A Reserva Particular de Patriménio Natural ~ RPPN - é uma area privada, gravada com perpetuidade, com o objetivo de conservar a diversidade biolégica § 1° O gravame de que trata este artigo constaré de termo de compromisso assinado perante a SEMA, que verificard a existéncia de interesse piblico, e serd averbado a margem da inscricdo no Registro Pablico de Imaveis, conforme determinagdo na legislacao federal. § 2° S6 poderd ser permitida nas RPPN 's instituidas, conforme se dispuser em regulamento: | a pesquisa cientifica; Il- a visitago com objetivos turisticos, recreativos e educacionais; IIl- 0 desenvolvimento de atividades, servigos e obras complementares aos fins conservacionistas da unidade. § 3° Quando instituida pelo Poder Pablico Municipal, a SEMA prestaré, dreta ou indiretamente, orientacéo técnica e cientlfica ao proprietdrio de RPPN que a solicitar, para a elaboragdo de um Plano de Manejo ou de Protecio de Gestdo da unidade, § 4° Quando a RPPN for instituida pelo Poder Piblico Estadual ou Federal, o auxilio da SEMA dependerd de termo de convénio ou cooperacao institucional Art. 45. Dentro dos limites de rubrica orgamentaria especifica e da predominancia do interesse piblico sobre © particular e, ainda, mediante apresentacao de projeto especifico pelo proprietario, poderé a SEMA realizar servicos e obras no interior de RPPN, visando a consecucao dos seus objetivos institucionas CAPITULO IV . DOS INSTRUMENTOS DE MONITORAMENTO E FISCALIZACAO Art. 46 0 Poder Piblico Municipal disporé dos seguintes instrumentos de controle e fiscalizagéo ambientais: |- Monitoramento Ambiental - MA; Il - Avaliagéo de Impacto Ambiental - AIA; IIl- Licenciamento Ambiental — LA; IV - Auditoria Ambiental Oficial - AAO; echo DO MONITORAMENTO AMBIENTAL Art. 47 0 Monitoramento Ambiental consiste no acompanhamento da qualidade e disponibilidade dos recursos ambientais, cujas conclusbes so registradas em documento devidamente assinado pelo responsdvel técnico. Art. 48 © Monitoramento Ambiental serd realizado pelo Poder Publico Municipal, nas unidades de sua exclusiva competéncia e pelos respectivos proprietérios, nas unidades de preservacao particulares, com o objetivo de: | aferir o atendimento aos padrées de qualidade ambiental e aos padrdes de emissao por atividades potenciais ou efetivamente poluidoras, indicando as medidas cabiveis que sero adotadas pelo responsdvel; I1- controlar 0 uso e a exploracao dos recursos ambientais; IIl- avaliar a eficiancia e 0s efeitos de planos, politicas e programas de gestao ambiental e de desenvolvimento econdmico e social sobre o meio ambiente; IV-- acompanhar 0 estagio populacional de espécies da flora e fauna, especialmente as ameacadas de extincao ¢ em extincao, para subsidiar acdes visando sua defesa e preservacao; \V-- desenvolver e subsidiar medidas preventivas aces emergenciais em casos de acidentes ambientais ou episédios citicos de poluigdo; VI-acompanhar e avaliar a recuperacdo de ecossistemas ou dreas degradadas; VII- informar a populagdo sobre a qualidade dos recursos ambientals, inclusive a ocorréncia de poluigio ambiental que possa afetar a saiide, a seguranca e as atividades sociais e recreativas; VIIl-subsidiar a agao do Poder Piblico no controle das atividades potencial ou efetivamente poluidoras, inclusive quanto & necessidade de realizacio de auditorias ambientais. Art. 49 A obrigagéo da realizagdo do monitoramento ambiental, bem como sua periodicidade, serao definidos na lei que instituir a unidade de conservacao, devendo tais exigéncias, obrigatoriamente, constar dos termos de licenciamento para as atividades particulares de qualquer natureza que causem ou possam causar impactos ambientais. Parégrafo Unico. A SEMA poderd, a seu exclusivo critério e a requerimento dos proprietérios, arcar com os custos de realizagao de Monitoramento Ambiental nas RPPN’s. __ SEGAO II DA. AVALIAGAO DE IMPACTO AMBIENTAL Art. 50. 0 licenciamento de atividade ou obra potencial ou efetivamente causadora de significativa degradacao do meio ambiente, dependerd da andlise e aprovacao do EIA - Estudo de Impacto Ambiental e do RIMA - Relatério de Impacto Ambiental, aos quais se dardo a devida publicidade, garantindo-se, inclusive, a realizacéo de audiéncia publica, quando solicitada § 1° Cabe exclusivamente ao CODEMA, nos casos de impacto ambiental de pequena ou diminuta proporcéo, a dispensa da elaboracao do EIA/RIMA, em despacho fundamentado e referendado pela maioria dos Conselheiros. § 2° A claboragéo do EIA/RIMA para as atividades, servigos ou obras de Ambito ou interesse apenas local aplica-se tanto a licenciamento de novas atividades, como a ampliacao de atividades ja licenciadas, Art. 510 EIA/RIMA deverdo considerar os seguintes aspectos ambientais: 1+ meio fisico: 0 solo, o subsolo, as Aguas, o ar, o clima, a topografia, a paisagem, os tipos e aptidées, os compos d‘Agua, 0 regime hidrico e as correntes atmosféricas, com destaque para os recursos minerais; II- meio biolégico: a flora e a fauna, com destaque para as espécies indicadoras da qualidade ambiental, de valor cientifico e econdmico,raras e ameacadas de extincdo, em processo de extingdo e os ecossistemas naturals; Ill - meio sécio-econémico: 0 uso e a ocupacio do solo, o uso da 4gua, com destaque para os sitios e monumentos arqueolégicos, historicos, culturais e ambientais da populacéo afetada, as relagdes de dependéncia entre a sociedade local, os recursos ambientais e a potencial utilizacao futura desses recursos. Paragrafo Gnico, No diagnéstico ambiental os fatores ambientais deverdo ser analisados de forma integrada mostrando a interagao entre eles e a sua interdependéncia. Art. 52. Nas obras, instalacdes, atividades e servicos cujo licenciamento ambiental seja de competéncia do Poder Piblico Municipal, a elaboragéo do EIAVRIMA serd feita por profissionais previamente cadastrados na SEMA, exceto se tratarem de servidores pablicos em atividade. Art. 53 As Associacées de Bairros ou Distritos diretamente interessadas nas obras, instalacdes, atividades ou servigos objeto de emissao do EIA/RIMA, bem como qualquer entidade ambiental legalmente constituida, poder requerer & SEMA que realize Audiéncia PUblica antes da concessdo da licenca ambiental requerida, que seré realizada na forma disposta em regulamento, § 1° Com relagéo a Audiéncia Publica, o regulamento asseguraré o seguinte: | ampla divulgagGo, incluindo esclarecimento quanto aos provaveis impactos ambientais da obra, instalacao, atividades ou servicos a serem licenciados; II convocacéo da populacéo diretamente interessada para a Audiéncia Pablica com antecedéncia minima de 15 (quinze) dias, através de edital publicado em jornal de grande circulaco e ampla divulgacdo no Municipio; IIL garantia de manifestacao a todos os representantes de entidades interessadas previamente ins prazo de 15 (quinze) minutos; s pelo IV - garantia de, pelo menos, 30 (trinta) minutos para a manifestagdo de especialista ou técnico no assunto previamente inscritos; V- comparecimento obrigatério de representantes da SEMA, do profissional ou equipe responsdvel pela elaboracao do EIA/RIMA e do empreendedor interessado, esta, sob pena de indeferimento do pedido de licenciamento; VI- desdobramento em duas etapas, sendo a primeira dedicada a apresentacdo da proposta do empreendedor, dos esclarecimentos do profissional ou equipe responsdvel pela elaboragdo do EIA/RIMA, de especialista ou técnico no assunto e dos representantes das associacGes ou entidades interessadas ¢ inscritas e, a segunda, para conclusio dos trabalhos e lavratura de ata. § 2° O resultado dos debates da Audiéncia PUblica serd encaminhado & SEMA, que dard parecer, no prazo de 15 (quinze) dias sobre a concessao ou nao da licenga requerida e encaminhard ao CODEMA § 3° Do despacho fundamentado do Secretério caberd recurso ao Prefeito Municipal, que decidir, fundamentadamente, no prazo de 15 (quinze) dias. Art, 54 A relacéo de obras, instalacées, atividades e servicos sujeitos a elaboracdo de EIA/RIMA, respeitada a competéncia concorrente da Unio e do Estado, serdo definidas em Decreto do Poder Executivo, mediante proposta da SEMA e do CODEMA SECAO II DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL Art. 55 A execucéo de planos, programas, projetos, a localizacéo, instalacdo, operacao e ampliacao de atividades e servigos, bem como o uso e exploragio de recursos ambientais de qualquer espécie, de iniciativa privada ou do Poder Pablico Federal, Estadual ou Municipal, considerados efetiva ou potencialmente poluidores, dependerao de andlise prévia pela SEMA e aprovacéo do CODEMA, sem prejuizo de outras licencas legalmente exigivets Paragrafo Unico. Nos casos em que a concessao da licenca ambiental de que trata o caput deste artigo depender da elaboracao de estudos prévios de impacto ambiental, sua anidlise serd feita nos termos deste Cédigo. Art. 56 0 CODEMA, através de Deliberacéo Normativa (DN), estabelecerd ctitérios para o licenciamento de atividades afetas, predominantemente, ao interesse local, dentro da competéncia concorrente prevista no art. 23, VI da Constituicao Federal de 1988. Art. 57 Os empreendimentos cuja autorizacio provier de érgao ambiental do Estado ou da Unio, serdo analisados tecnicamente pelo CODEMA e SEMA, a fim de averiguar a area de predomindncia de interesse local, regional, estadual ou nacional. Paragrafo Unico. Verificada a predomindncia do interesse local sobre o regional, estadual ou federal, serd 0 empreendedor notificado para requerer, em prazo de 15 (quinze) dias, o licenciamento municipal, sob pena de embargo do empreendimento. Art. 58. A SEMA poderd firmar convénio de cooperacao técnica e administrativa com o os érgaos ambientais do Estado ou da Unido, a fim de evitar e amenizar a sobreposicéo de interesses fiscalizatérios na area ambiental Art. 59. O processo de licenciamento ambiental deverd ser precedido de cadastramento do empreendimento ¢ do empreendedor para efeito de classificagao da atividade a ser licenciada, § 1° O cadastramento ser feito mediante a prestacdo de informacées técnicas e operacionais em formul proprio fornecido pela SEMA. § 2° 0s empreendimentos j existentes, instalados ou em operacio no Municipio deverdo cadastrar-se junto & SEMA no prazo maximo de 180 (cento e oitenta) dias a contar da vigéncia deste Cédigo sob pena das sancées nele contidas. § 3° 0 cadastro ambiental devera ser renovado a cada 4 (quatro) anos. Art. 60 0 enquadramento da atividade em processo de licenciamento, para fins de tributagéo, deverd levar em conta o potencial poluidor e o porte do empreendimento, Art.61 0 CODEMA , apés a emissao de parecer técnico favordvel da SEMA, expedird as seguintes licencas: | - Licenga Prévia ~ LP, na fase preliminar do planejamento da atividade, contendo requisites basicos a serem atendidos nas fases de localizacao, instalacao e operaco, observados os planos municipais, estaduais ou federais de uso do solo; II Licenga de Instalago — LI, autorizando o inicio da implantagéo, de acordo com as especificagoes constantes de Projeto Executivo aprovado;e IIl-Licenca de Operacao LO, autorizando, apés as verificacbes necessérias, 0 inicio da atividade licenciada e 0 funcionamento de seus equipamentos de controle de poluicdo, de acordo com previsto nas Licencas Prévias e de Instalagao, § 1° Os prazos para a concessao ou negagao das licencas serdo fixados pelo CODEMA, observada a natureza técnica da atividade e o atendimento as solicitacdes da Secretaria pelo empreendedor. § 2° Nos casos previstos em resolucao do CODEMA, o licenciamento de que trata este artigo dependerd de homologagao dos érgaos ambientais do Estado e/ou da Unido; § 3° Iniciadas as atividades de implantacdo e operacéo, antes da expedicao das respectivas licencas, os conselheiros do CODEMA ou os responsdveis da SEMA deverao comunicar 0 fato as entidades financiadoras dessa atividade, sem prejutzo da imposicao de penalidades, medidas administrativas de interdicdo, de embargo, e outras providéncias cautelares que se afigurarem plausives. § 4° Quando o licenciamento da atividade ou empreendimento competir exclusivamente ao érgao ambiental do Estado ou da Unido, o CODEMA elaboraré o exame técnico para fins de controle da poluicio, devendo a SEMA encaminhé-lo ao referido érgao responsdvel pela expedicéo da licenca, para suas consideragdes Art. 62. Para a concessao de licencas a SEMA podera determinar a elaboracao de EIA/RIMA ou de outros estudos ambientais previstos neste Cédigo, bem como a elaboracéo de cronograma para implementacio dos equipamentos e sistemas de controle, monitoramento, mitigacdo ou reparacao de danos ambientais ou de outras condicionantes pertinentes. Art. 63 A concessao de LO ficaré condicionada & inspecio in loco pelos técnicos da SEMA e CODEMA para a verificago do adequado dimensionamento e eficiéncia do empreendimento ou dos sistemas de controle ambiental Art. 64. As licencas ambientais poderdo ser expedidas isolada ou sucessivamente, de acordo com a natureza e caractersticas e fase do empreendimento ou atividade. § 1° Deverd ser feito monitoramento periddico do adequado dimensionamento e eficiéncia dos equipamentos e sistemas do empreendimento licenciado, com base em padrées de emissdo de qualidade ambiental, na forma do cronograma estabelecido pela SEMA, § 2° Se, apés vistoria técnica ou outro qualquer meio de verificacao, ficar comprovada a ocorréncia de degradacdo da qualidade ambiental em decorréncia de ineficéncia dos equipamentos ou sistemas de controle ambiental, a LO poderd ser suspensa pelo CODEMA até que se comprove a solugéo do problema § 3° Os empreendimentos que jé se encontravam em operacdo antes de 31 de agosto de 1981, deverdo se adequar, no prazo fixado pela SEMA, as exigéncias deste Cédigo, sob pena das sancGes nele previstas. Art. 65 Aampliacao de empreendimentos, atividades ou servicos licenciados pelo érgao ambiental, que implique em aumento consideravel da capacidade nominal de produgdo ou prestacao de servicos, dependeré de novo licenciamento pelo CODEMA 51° A nova licenca de que trata o caput deste artigo compreende, ainda, alteracées 1. Na natureza ou operacéo das instalacées; Il - Na natureza dos insumos basicos; ou IIl- Na tecnologia de produc. § 2° A andlise do requerimento de expansio de que trata o artigo anterior dependerd do atendimento, pelo interessado, das diretrizes e normas do zoneamento aplicaveis 4 drea onde se localiza o empreendimento ou atividade. § 3° Caberd ao CODEMA, via de resolucéo, caracterizar, para cada tipo de empreendimento, o ser considerado “aumento considerdvel” da capacidade nominal de producao ou prestacéo de servicos. Art. 66 A renovagio da licenca ambiental dependerd: 1 - de requerimento feito com antecedéncia de, no minimo, 120 (cento e vinte) dias; II da comprovagéo do cumprimento das condicées estabelecidas na licenca vincenda; IIl- da apresentagio do Relatério de Avaliagéo de Desempenho Ambiental — RADA. Paragrafo Unico. A concessao, renovacéo ou negacéo da licenca ambiental, para fins de controle da populacéo, das entidades e érgaos ambientais e do Ministério Piblico, seré necessariamente publicada em jornal de grande drculagéo no Municipio. Art. 67. Os empreendimentos ou atividades com inicio de_implantagéo ou operagdo anterior a vigéncia desta |ei, considerados potencial ou efetivamente poluidores, deverio se licenciar de acordo com a fase em que se encontram. Paragrafo Unico. Mesmo superadas as fases de LP e Ll, ficam os empreendimentos ou atividades de que trata o caput deste artigo sujeitos ao atendimento das exigéncias e critérios estabelecidos pelo CODEMA quanto aos aspectos de localizacéo e instalacao, além dos que serdo estabelecidos para o seu funcionamento, Art.68 A revisdo das licencas concedidas pelo CODEMA sera devida: | - quando houver alteragao dos padrdes de emissdo e de qualidade ambiental vigente, que implique na necessidade de redimensionamento dos equipamentos e sistemas de controle dos empreendimentos, atividades ou servigos jélicenciados. II- com o surgimento de tecnologias mais eficazes de controle, posteriores & concessao de LO pelo CODEMA, desde que comprovada tecnicamente a necessidade de sua implantacdo para protegao do meio ambiente e da sadia qualidade de vida Art. 69. Poderd ocorter o cancelamento da licenca ambiental pelo CODEMA quando houver constatacdo de: | - omissdo ou falsa prestacdo de informagGes relevantes que subsidiaram a expedicao da licenca; II- ocorréncia de graves riscos ambientais, & satide ou & seguranca da populacio, em funcdo de violacéo de condicionante; Art. 70 Nos casos de indeferimento de pedido de licenciamento ambiental, 0 requerente podera renovar 0 pedido no prazo de 30 (trnta) dias, desde que efetuadas as correcoes necessérias. Art. 71. Sempre que for constatado qualquer tipo de agressdo ao meio ambiente ou & paisagem natural por pessoas fisicas ou juridicas no Municipio de Governador Valadares, em especial nas Unidades de Conservacao, 0 agressor serd intimado a reparar o dano ambiental, de acordo com as constatagées técnicas do CODEMA, sem prejuizo das sangées previstas neste Cédigo. seciow DA AUDITORIA AMBIENTAL OFICIAL Art. 72. Para os efeitos deste Cédigo, denomina-se Auditoria Ambiental Oficial - AAO - a realizacGo, pelo Poder Pablico Municipal, de avaliacées e estudos no empreendimento, atividade ou servico de interesse ambiental, destinados a | - verificar os niveis efetivos ou potenciais de poluicao e degradacéo ambiental provocados pelas atividades ou obras auditadas; Il - verificar 0 cumprimento de normas ambientais federais, estaduais e municipais; IIL- examinar a politica ambiental adotada pelo empreendedor, bem como o atendimento aos padrées de emissao em vigor, objetivando preservar o meio ambiente e a sadia qualidade de vida; IV - avaliar os impactos sobre o meio ambiente; V- analisar as condicbes de operacao e de manutencao dos equipamentos e sistemas de controle das fontes poluidoras e degradadoras; VI- examinar, através de padrées e normas de operacio e manutengao, a capacitacéo de operadores e a qualidade do desempenho da operagao e manutencéo dos sistemas, rotinas, instalacGes e equipamentos de protecio do meio ambiente; Vil - identificar riscos de provaveis acidentes e de emissdes continuas, que possam afetay, direta ou indiretamente, a saide da populacdo residente na rea de influéncia; VIII -analisar as medidas adotadas para a correcio de nao conformidades legais detectadas, tendo como objetivo a preservacao do meio ambiente e a sadia qualidade de vida. § 1° As medidas referidas no inciso Vill deste artigo deverdo ter o prazo para a sua implantacao, a partir da proposta do empreendedor, determinado pela SEMA, a quem cabera, também, a fiscalizacao e aprovacéo. § 2° 0 nao cumprimento das medidas nos prazos estabelecidos na forma do parégrafo primeiro deste artigo sujeitaré o infrator as penalidades administrativas e as medidas judiciais cabiveis. Art. 73. A Auditoria Ambiental Oficial ser realizada pela SEMA, no ambito de sua competéncia, por seus técnicos habilitados ou através de profissionais ou empresas contratados ou conveniados, sempre que, para apurar denincia ou suspeita de descumprimento de normas de protecio ambiental estabelecidas neste Cédigo, seja imprescindivel a visitagdo in loco do empreendimento, atividade ou servico licenciado pela SEMA, desde que constatada situagéo excepcional nao soldvel a luz de procedimentos fiscalizatrios de rotina Pardgrafo Gnico. Nos casos de AAO, as entidades ambientais e a populacdo diretamente envolvida serdo notificados para acompanharem os trabalhos, podendo estas, se assim desejarem, nomear profissional habilitado para a emissao de relatério a parte Art. 74. As Auditorias Ambientais Oficiais serdo realizadas por conta e nus do Poder Pilblico Municipal §1° Antes de dar inicio ao proceso de auditoria, a SEMA comunicard a empresa da realizacao de auditoria, com antecedéncia de 05 (cinco) dias titeis e informando o seguinte: | -a deniincia ou a suspeita de irregularidade; Ila rea geogréfica na qual a irregularidade estaria acontecendo; Ill-a responsabilidade pela equipe técnica que procederd aos servicos de campo; IV- a data de inicio dos trabalhos, bem como a data de sua provvel concluséo; V- a necessidade de acesso a documentos e arquivos em poder do empreendedor ou prestador de servico, se for 0 caso; VI- a necessidade de realizacao de testes em equipamentos ou aparelhos em poder do empreendedor ou prestador de servigo, se for 0 caso; VII- a necessidade de se entrevistar com o responsavel pelo empreendimento ou atividade, bem como com 0 técnico responsével ou outro empregado, se for 0 caso; VIII- outros aspectos técnicos ou administrativos relevantes. § 2° A realizacio de AAO no inibe e nem interfere com a auditoria particular realizada as expensas do empreendedor ou prestador de servigo, sendo que as conclusdes destas poderdo, a citério exclusivo da SEMA, serem consideradas para fins de deliberagdo conclusiva. § 3° Os funciondrios ou técnicos da SEMA, ou por ela contratados ou conveniados, ao tomarem conhecimento de “falsa pericia” ou “falsa auditoria", comunicarao 0 fato ao Ministério Piblico para os fins de direito, sob pena de responsabilidade solidéria Art. 75. As diretrizes para a realizacao de auditorias ambientais oficiais deverdo inclu, entre outras, avaliagées relacionadas aos seguintes aspectos dinamica dos processos operacionais do empreendimento, com o manejo de seus produtos parcais,finais e dos residuos em geral; II avaliacao de riscos de acidentes e dos planos de contingéncia para evacuacéo e protecéo dos trabalhadores e da populacéo situada na drea de influéncia, quando necessério. IIl- alternativas tecnolégicas dispontveis, inclusive de processo industrial e sistemas de monitoramento continuo, para redugao dos niveis de emissao de poluentes; Art. 76 Os documentos relacionados as auditorias ambientais oficiais ndo terdo cardter sigiloso e serdo acessiveis & consulta piblica, preservado o sigilo industrial Art. 77. Arealizacao de auditorias ambientais oficiais ndo exime o atendimento a outros requisitos da legislacéo ambiental em vigor por parte dos empreendimentos ou das atividades que, efetiva ou potencialmente, causem poluicéo ou degradacéo ambiental. carirutov DO SICA - SISTEMA MUNICIPAL DE INFORMACOES E CADASTROS AMBIENTAIS Art. 78 0 SICA e o banco de dados de interesse do SIMA, serdo organizados, mantidos e atualizados sob responsabilidade da SEMA para utilizagao pelo Poder Piblico e pela sociedade. Art. 79. So objetivos do SICA entre outros: I- coletar e sistematizar dados e informacées de interesse ambiental; Il- reunir de forma ordenada, sistémica e interativa os registros e as informacées dos érgaos, entidades e empresas de interesse para 0 SIMA. Art. 80 0 SICA seré organizado e administrado pela SEMA que proverd os recursos orcamentérios, materiais humanos necessérios. Art. 810 SICA conterd unidades especificas para: registro de entidades ambientalistas com agdo no Municipio; II- registro de entidades populares com jurisdicdo no Municipio, que incluam, entre seus objetivos, a protecéo ambiental; IIl- cadastros de érgdos e entidades juridicas, inclusive de cardter privado, com sede no Municipio ou nao, com acéo na preservagéo, conservagao, defesa, melhoria, recuperacao e controle do meio ambiente; IV - registro de empresas e atividades cuja acéo de repercussao no Municipio comporte risco efetivo ou potencial para o meio ambiente; V- cadastro de pessoas fisicas ou juridicas que se dediquem a prestagéo de servigos de consultoria sobre questées ambientais, bem como a elaboracao de projeto na drea ambiental; VI cadastro de pessoas fisicas ou juridicas que cometeram infragdes as normas ambientais, incluindo as penalidades a elas aplicadas; VII- organizacao de dados e informacGes técnicas, bibliogréficas, literérias,jornalistcas e outras de relevancia para os objetivos do SIMA; VIll- outras informacées de cardter permanente ou temporario. Pardgrafo Gnico, A SEMA fornecerd certid6es, relatério ou c6pia dos dados e proporcionard consulta as. informacées de que dispde, observados os direitos individuais e o siglo industrial Art. 82 Constituem prioridades do SICA a pesquisa, o desenvolvimento e a disseminacéo sistematica de produtos processos, modelos, técnicas e sistemas ecolégicos de interesse nas reas de | - defesa civil e do consumidor; 11- projeto, implantacéo transferéncia, fixagdo e melhoria de assentamentos populacionais de interesse social; IIl- saneamento basico e domi iar e de recuperacdo e salide, especialmente dos estratos sociais carentes; IV - cultivo agricola, especialmente em reas que drenem em ditecdo a corpos de 4gua destinados ao abastecimento de populacées urbanas; V- economia de energia elétrica e de combustiveis em geral; VI- monitoramento e controle da poluigao; Vil - desassoreamento de corpos de gua, prevencao e controle de erosio e recuperacio de sitios erodidos; Vill - biotecnologia, tratamento e reciclagem de efluentes e residuos de qualquer natureza; IX manejo de ecossistemas naturais Art. 83.0 CODEMA colaborard na coleta, processamento, andlise e divulgacio dos dados e informacoes referentes ao meio ambiente. § 1° 0 sigilo industrial, quando invocado para impedir a divulgacao de dado ambiental, deverd ser adequadamente comprovado por quem o suscitar § 2° Na comunicagao de fato potencialmente danoso, a SEMA e o CODEMA transmitirdo imediatamente informagio ao puiblico, de forma responsdvel e adequada e com a finalidade de diminuir a extensdo dos danos ou mesmo evité-lo. Art. 84 Os 6rgaos, instituigbes e entidades pablicas ou privadas, bem como as pessoas naturais e juridicas ficam obrigados a remeter & SEMA e ao CODEMA, nos prazos em que forem solicitados, os dados e as informagies necessarias as acées de vigilancia ambiental § 1° Ea todos assegurada, independentemente de pagamento de taxas, a obtencao de informacées existentes no SICA, para defesa de direitos e esclarecimentos de situacdes de interesses pessoais ou coletivos. § 2° Independentemente de solicitacdo, todo e qualquer fato relevante do ponto de vista ecolégico e ambiental deve ser necessariamente comunicado a SEMA ou ao CODEMA. CAPITULO VI DO FUNDO MUNICIPAL DE DEFESA AMBIENTAL seco! DA NATUREZA JURIDICA Art. 85 Fica criado o Fundo Municipal de Defesa Ambiental, de natureza contabil e sem personalidade juridica prépria, integrando a unidade orcamentéria da SEMA, Pardgrafo Gnico, O Fundo Municipal de Defesa Ambiental sera presidido pelo Secretdrio Municipal do Meio Ambiente, ou titular de érgao equivalente. __ SEGAO I DAS ATRIBUIGOES DO SECRETARIO MUNICIPAL Art. 86 Sao atribuigées do Secretério Municipal do Meio Ambiente: 1 estabelecer a politica de aplicacéo dos recursos do Fundo Municipal de Defesa Ambiental, ouvidos 0 Conselho Municipal do Meio Ambiente e a Conferéncia Municipal do Meio Ambiente; II gerir o Fundo Municipal de Defesa Ambiental, submetendo ao Conselho Municipal do Meio Ambiente os demonstrativos mensais de receita e despesa; IIL implementar aces previstas pela Conferéncia Municipal do Meio Ambiente; IV- firmar convénios e contratos, ouvido o Conselho Municipal do Meio Ambiente e mediante delegacdo do Prefeito Municipal; V- sub-delegar competéncias; VI- nomear 0 coordenador e o tesoureiro do Fundo Municipal de Defesa Ambiental, ordenar despesas e assinar cheques juntamente com o tesoureiro. segAo DA COORDENACAO DO FUNDO Art. 87 Sao atribuicdes do Coordenador do Fundo: | preparar projetos financeiros, conforme os planos e programas aprovados pelo Conselho Municipal do Meio Ambiente; I1- preparar os demonstrativos mensais de receita e despesa a serem encaminhados ao Presidente do Fundo e a0 Conselho Municipal do Meio Ambiente; IIL manter os controles necessérios 8 execucio orcamentaria do Fundo, referentes a empenhos, liquidacéo e pagamento de despesas e recebimento das receitas do Fundo Municipal do Meio Ambiente; IV- encaminhar 4 Contabilidade Geral do Municipio: a) mensalmente, as demonstracées de receita e despesa; b) anualmente, o inventério de bens méveis e iméveis e o balanco geral do Fundo; V- gerenciar convénios e contratos firmados com o Fundo. Parégrafo Unico, 0 Coordenador do Fundo Municipal de Defesa Ambiental elaboraré Regimento Interno a ser aprovado pelo Presidente do Fundo e pelo Conselho Municipal do Meio Ambiente SeGAO IV 0S RECURSOS DO FUNDO SUBSEGAO | DOS RECURSOS FINANCEIROS Art. 88. Sao receitas do Fundo: 1 +s dotagées consignadas anualmente no Orgamento do Municipio e os recursos provenientes de créditos adicionais; Il- doagées feitas diretamente ao Fundo; Ill 0 montante das multas municipais sobre infragGes ambientais, bem como seus acréscimos legais; IV- subvencées municipais, estaduais e federais; V- 0 produto de convénios firmados; VI- recursos de outras fontes. SuBseGAO I DOS ATIVOS DO FUNDO Art. 89 Constituem ativos do Fundo Municipal de Defesa Ambiental as disponibilidades monetarias em bancos ou em caixa especial, oriundas das receitas especificadas; ____ SUBSEGAO II DA DESTINAGAO DOS RECURSOS DO FUNDO MUNICIPAL Art. 90 0 Fundo Municipal de Defesa Ambiental contempla as seguintes linhas de aplicacéo de recursos: |-- controle de qualidade ambiental; II controle de fontes de poluicéo; IIL- protegao de areas de degradacdo ambiental e recuperacdo de dreas degradadas; IV - implantacéo e manutencao de parques, jardins, estacées ecolégicas e outras unidades de conservacéo; V -incentivo e promosao de reflorestamento, objetivando especialmente a protegdo de encostas e recursos hidricos; VI- educacéo ambiental, formal e nao-formal; Vil - pesquisa e desenvolvimento tecnolégico na érea ambiental; VIll- formagao e desenvolvimento de recursos humanos para o setor de meio ambiente; IX - Recursos para equipar a SEMA, bem como para a contratacao de profissionais ou empresas especializados para a realizacao de trabalhos técnicos, pericais ou de auditor, ‘suBsecAo iV DA FISCALIZAGAO DOS RECURSOS DO FUNDO Art. 91. A contabilidade do Fundo seré integrada & Contabilidade Geral do Municipio, sujeitando-se as mesmas recomendacbes ¢ tipos de controle Art. 92 0 Poder Executivo, mediante Lei Ordindria, poder regulamentar o funcionamento do Fundo Municipal de Defesa Ambiental _ TiTULO III , DA PROTECAO AMBIENTAL NO MUNICIPIO capitulo) DO PLANO MUNICIPAL DE PROTECAO AMBIENTAL Art. 93 0 Plano Municipal de Protegéo Ambiental é 0 instrumento que direciona e organiza as prioridades das ages do Sistema Municipal de Meio Ambiente na preservacao, conservacao, defesa, recuperacéo e melhoria do meio ambiente, devendo ser elaborado pelo Poder Executive Municipal, garantida a participacao dos érgaos e entidades ambientalistas em regular funcionamento no Municipio. Art. 94. A coordenagéo do Plano Municipal de Protegéo Ambiental cabe a SEMA, que fornecerd a infra- estrutura técnica e operacional necesséria, cabendo ao Poder Piblico entabular convénios e contratar servigos com outras instituigGes pablicas ou privadas para sua plena execugéo. Art. 95 Na execuco do Plano Municipal de Protecao Ambiental serdo detectados os problemas ambientais, 08 agentes envolvidos, as solucdes a serem adotadas e os prazos de sua implementacio bem como os recursos a serem mobilizados. CAPITULO II DA EDUCAGAO AMBIENTAL Art. 96 AEA. Educagao Ambiental - tem como objetivo criar condicées para o desenvolvimento da consciéncia critica dos educadores e educandos da rede piblica municipal de ensino e da populagao em geral com relagdo as questées sécioambientais, visando, ainda, efetiva participagio destes nas ages que visem a manutencéo do equilibrio ambiental, da sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade econémica. Art. 97 0 Poder Piblico, através da SEMA, deverd: 1 - promover em todos os niveis de ensino da Rede Publica Municipal a capacitacdo de professores e alunos- monitores através de cursos, seminétios, material didético e trabalhos de laboratério, bem como a sua reciclagem e atualizacio, visando dar suporte para atuacéo multiplicadora da cidadania ambiental dentro da prépria escola e da comunidade na qual esté inserida; Il - fomentar e apoiar, de forma articulada, acées voltadas para a EA em todos os niveis de educacio, formal e nao formal IIL propiciar condigdes para uma compreensdo integrada do meio ambiente em suas miltiplas e complexas relagbes, envolvendo aspectos ecolégicos, psicolégicos, politicos, socias, legais, econémicos, cientificos, culturais ticos. Art. 98 A SEMA, juntamente com a Secretaria Municipal de Educacéo, deverd elaborar um programa de EA interdisciplinar para ser executado nas unidades escolares, respeitando as especificidades de cada escola. § 10 programa de EA a ser elaborado preverd a atuagao direta da SEMA, que devera promover integragdo ampla entre os érgdos publicos e entidades ndo governamentais envolvidas com programas ambientais. § 2° 0 programa de EA serd operacionalizado por meio de projetos especficos em cada escola, tomando como ponto de partida a realidade, seu processo histéricocultural e os miltiplos determinantes que influem no ambiente onde a mesma estiver inserida, abrangendo as pré - escolas e 0 ensino fundamental § 3° A Prefeitura Municipal elaboraré materiais de apoio aos programas de EA desenvolvidos, utilizando-se de meios impressos e éudio - televisivos. Art. 99 As acées desenvolvidas no Municipio para promogio da EA deverdo, sempre que possive, integrar as ages desenvolvidas em nivel nacional, estadual ou regional, visando incentivar a participagéo esponténea, coletiva ou individual na defesa da recuperacdo e preservagdo do meio ambiente. CAPITULO IIL DO CONTROLE DA QUALIDADE DOS RECURSOS AMBIENTAIS SECAO | DAS DISPOSICOES GERAIS Art.100 Para manter a qualidade dos recursos ambientais o Municipio deverd atuar mediante planejamento, controle e fiscalizagdo das atividades piblicas e privadas causadoras de alteragdes significativas no meio ambiente, Art. 101 Todos os empreendimentos, atividades, processos, aperacies, servigos ou dispositive, mével ou imével, que, direta ou indiretamente, causem ou possam causar poluicéo ou degradagéo ambiental estdo sujeitos & fiscalizagao da SEMA quanto a verificagdo do controle da qualidade dos recursos naturais por eles utilizados Art. 102A utilizacao dos recursos ambientais e seu aproveitamento com fins econémicos, no territério do Municfpio, deverd ocorrer de forma sustentada e respeitar a preservacao das espécies, dos ecossistemnas e dos processos ecolégicos essenciais, bem como garantir a proteco e manutencio da biodiversidade. § 1° A exploracio econémica de recursos naturais em unidades de conservacgo instituidas pelo Poder Publico Municipal dependerd de licenca especial concedida pelo CODEMA, sem prejuizo do pagamento de taxa cobrada de acordo com a caracterizacéo da atividade § 2° E prioritaria a prevengao de risco de exaustao de ecossistemas e de extingao de espécies, devendo a SEMA restringir 0 uso dos recursos ambientais neste caso. § 3° Os planos, pablicos ou privados, de uso de recursos naturais no Municipio devem respeitar as necessidades do equilbrio ecolégico, as diretrizes e as normas de protegdo ambiental, bem como a utilizacao dos recursos naturais por pequenas comunidades, cooperativas ou produtores, em regime de subsisténcia ou de economia familiar. § 4° No caso de utilizacdo de recursos naturals, tais como cascalheiras, areais e pedreiras de calcério, 0 érgao ambiental do Municipio poderd exigir 0 depésito prévio de caugio, com o objetivo de garantira recuperacdo das reas exploradas, cabendo ao Prefeito Municipal, por Lei Ordinéria, fixar os valores de caugao e as normas de execucao. Art. 103 Fica vedado o lancamento ou a liberacéo no meio ambiente de toda e qualquer matéria ou energia que cause comprovada poluicéo ou degradacéo ambiental Art. 104 A SEMA determinard as medidas de emergéncia necessérias para evitar episédios criticos de poluigdo ou degradacao do meio ambiente ou impedir sua continuidade, em casos de grave ou iminente risco para a sade pablica e o meio ambiente, podendo, para tanto, usar da propriedade particular, assegurada ao proprietario indenizagéo ulterior, se houver dano Paragrafo nico. Em caso de episédio critico e durante 0 perfodo em que estiver em curso, poderd ser determinada a reducéo ou paralisacao de quaisquer atividades nas reas abrangidas pela ocorréncia, sem prejuizo da aplicagéo das penalidades cabiveis. SEAO . DO SOLO, DO SUBSOLO E DOS RESIDUOS S6LIDOS Art. 105. A conservacio e a adequada utilizacdo do solo é matéria de interesse publico no tertitério do Municipio. Art, 106 Os solos deverdo ser utilizados de acordo com sua aptidao, segundo a classificagdo estabelecida na legislagdo federal, estadual ou municipal Parégrafo Gnico, As normas técnicas e legais a serem estabelecidas pelo Municipio para proteger e fomentar 0 uso sustentado, © manejo adequado e a qualidade dos solos deverdo estar vinculados & adequada utilizagéo dos recursos hidricos e das bacias hidrograficas, atendendo as necessidades e peculiaridades locais. Art. 107 A.utilizacéo do solo compreendera seu manejo, tratamento, cultivo, parcelamento e ocupa¢éo, atendendo as seguintes disposicées: | - manutengéo, melhoria e recuperagdo de suas caracteristicas fisicas e biolagicas; 1I- protegao dos microorganismos mediante priotizacéo da utilizagdo de técnicas alternativas as queimadas, controle biolégico de pragas e a conservacio das aguas; Ill - controle da erosdo, especialmente em dreas de encostas e o reflorestamento de dreas degradadas; IV - adogéo de medidas e procedimentos para evitar processos de assoreamento de cursos d’agua correntes e dormentes; V - geracao e difusdo de tecnologias apropriadas & conservacdo e recuperacdo do solo, segundo sua capacidade produtiva; VI - ocupagao e uso racional do solo urbano, com observancia das diretrizes ambientais contidas no PDU — Plano de Desenvolvimento Urbano. Art. 108 Para assegurar a conservacao da qualidade ambiental, o parcelamento do solo no Municipio deveré atender as seguintes exigéncias: |- protegéo das dreas de mananciais, assim como suas areas de contribuicao imediata; II- revisdo de destinacao final adequada para os residuos sélidos; Art. 109 A deposigéo de quaisquer residuos no solo, sejam liquidos, gasosos ou sdlidos, sé sera permitida mediante comprovacao de sua degradabilidade e da capacidade do solo de auto depurar-se, levando -se em conta os seguintes aspectos: | - capacidade de percolacao; II garantia da nao contaminacao dos aqilferos subterraneos; Ill - limitagao e controle da drea afetada; IV -reversibilidade dos efeitos negativos Art. 110 A.utilizagéo do solo ou subsolo em areas rurais ou urbanas nao poderd causar erosdo, assoreamento, contaminacdo ou poluicao por rejeitos, depésitos ou outros danos Art. 111 Quando o destino final do lixo ou dejetos exigir a execugdo de aterros sanitérios deverdo ser tomadas medidas adequadas de protecao das aguas superficiais e subterréneas, obedecendo-se as normas federais, estaduais municipais aplicaveis. Art. 112 0 Poder Pablico Municipal obriga-se a fazer com haja nos aterros sanitérios uma cobertura conveniente dos rejetos, com camadas de terra, evitando-se os maus odores e a proliferacao de vetores, além do cumprimento das normas técnicas pertinentes, sejam federais, estaduais ou municipais. Art. 113 A estocagem, tratamento e disposicao final de residuos sdlidos de natureza toxica, bem como os que contenham substancias inflamaveis, corrosivas, explosivas, radioativas ¢ outras consideradas prejudiciais deverao softer acondicionamento ou tratamento adequados e especficos, nas condicdes estabelecidas pelo CODEMA Art. 114. € vedado no territdrio do Municipio: © depésito e a destinacao final de residuos de todas as classes, produzidos fora de seu territério; Il - 0 depésito de lixo ou entulhos de qualquer natureza em unidades de conservacao e logradouros publicos; IIL- 0 depésito de lixo ou entulhos em depésitos particulares, salvo, quanto aos entulhos, quando expressamente autorizados pelo Poder Publico Municipal. Art. 115. A coleta, o transporte, o manejo, o tratamento e o destino dos residuos sélidos e semi-sélidos no municipio de Governador Valadares processar-se-do em condicées que nao causem prejuizo ou inconveniéncia ao meio ambiente, & sadide e ao bem-estar publico, nem contrariem a legislacéo federal, estadual e municipal, quando for 0 caso. Art. 116 0 Poder Piblico Municipal incentivara a realizacio de estudos, projetos e atividades que proponham a reciclagem de residuos sélidos junto a iniciativa privada e as organizacées da sociedade civil Art. 117 A comercializacdo de produtos em recipientes de plastico, vidro ou aluminio serd livre em qualquer local comercial ou industrial deste municipio, respeitados os crtérios estabelecidos neste Cédigo. Art. 118 Todo e qualquer estabelecimento que comercialize produtos embalados em recipientes de vidro, plistico e aluminio deveré manter e oferecer aos clientes e consumidores, em local apropriado e de facil acesso, caixas ou umnas para depésitos dos recipientes usados. Art. 119. Os estabelecimentos de que trata o art. 119 ficardo responsaveis pelo repasse dos recipientes descartados as empresas ou entidades que se ocupem da reciclagem dos mesmos. Pardgrafo Unico. os repasses tratados no caput deste artigo s6 poderdo ser feitos & empresas ou entidades previamente credenciadas na SEMA, que verificaré se o processo de reciclagem por elas adotado est dentro dos padres ambientais desejados. Art. 120 A coleta, o tratamento e a destinacéo final dos residuos sélidos urbanos, incluindo coleta seletiva, segregacéo, reciclagem, compostagem e outras técnicas que promovam a reducio do volume total dos residuos, deverdo respeitar as disposicées previstas neste Cédigo e nas demais normas de protegéo ambiental seco DOS RECURSOS HiDRICOS Art. 121. Os recursos hidricos existentes no territério municipal sao bens de interesse pablico, indispensdveis & vida e &s atividades humanas e para sua utilizagio deverdo ser respeitadas as normas federais, estaduais e municipais pertinentes. Art. 122 0 Municipio deverd desenvolver politica permanente de gestio das 4guas promovendo a utilizacéo rmiltipla dos recursos hidricos no territério municipal através da otimizacio do controle quantitativo e qualitaivo, que garantam a maximizacio de seus beneficios & populacao, segundo os seguintes preceitos: | - protegao a satide, ao bem estar e a qualidade de vida; II prioridade no uso da agua para 0 abastecimento da populagéo humana; IIl- integragdo a Politica Nacional e Estadual de Recursos Hidricos; IV - redugo progressiva da toxicidade e da quantidade de poluentes lancados nos corpos d'agua; V- acesso e 0 uso piblico das Aguas superficiais e subterrdneas, observada a legislacio pertinente; VI- defesa contra eventos crticos que oferegam risco & sade, & seguranca publica e prejuizos sociais ou econdmicos; Vil -a protecio e recuperacao dos ecossistemas aquaticos, especialmente das dreas de nascentes das lagoas e outras relevantes para a manutengao dos ciclos biolégicos; VIll- controle de processos erasivos que possam causar assoreamento de corpos d’agua e da rede publica de drenagem; XI- monitoramento dos corpos d'agua, das estagdes de tratamento de esgoto ¢ dos efluentes industria ¢ agricolas; X- autorizagéo do SAAE para _utilizagio das fontes d'gua sob o dominio do Municipio, mediante o pagamento de taxa em funcdo da qualidade e da quantidade das aguas captadas e dos efluentes lancados, das reservas hidricas disponiveis, de seu grau de aproveitamento e de determinantes econdmicos em consonancia com a legislacao vigente; XI- gestdo descentralizada, partcipativa e integrada em relacao aos demais recursos maturais es peculiaridades da respectiva bacia hidrografica; XII - desenvolvimento do transporte hidrovidrio e o seu aproveitamento econémico; XIll- classificagéo das 4guas conforme o seu potencial de uso. Art. 123 As Aguas subterréneas e os agiifferos devidamente avaliados constituirdo reservas estratégicas para 0 desenvolvimento sécio-econémico, indispenséveis para o suprimento de 4gua &s populacées e o uso agropastoril e deverdo ter programa permanente de conservacao e protecao contra a poluicao e superexploracao. Art. 124 0 Poder Pablico Municipal, mediante mecanismos préprios, contribuird para o desenvolvimento de projetos ou programas de interagao com outros Municipios em cujos territérios se localizarem reservatérios hidricos de porte avantajado para uso comunitério, com o fim de compartilhamento destes recursos com a populacao local Ar.125. Para proteger e conservar as reservas aquiferas, o municipio adotaré medidas visando: |-a instituigao de unidades de protegao das aguas utilizaveis para abastecimento das populacdes e a implantacéo, a conservagio e a recuperacio da cobertura florestal de mananciais e das matas cliares; Il- ao zoneamento de dreas freqiientemente inunddveis que apresentem IIL-dificuldades de infitracéo no solo e que sejam incompativeis com a urbanizacéo; IV -a implantagao de sistemas de alertas e de defesa civil para garantir a seguranca e a satide publicas, quando de eventos hidrolégicos indesejaveis; V—ao condicionamento & sua utilizagao 8 aprovacao prévia pela SEMA, quando a competncia for exclusivamente Municipal. Art. 126 Os processos de outorga ¢ licenciamento para utilizacéo de Aguas superficiais ou subterraneas no Municipio, deverdo obedecer: no caso do Rio Doce, & legislacao federal pertinente; II-no caso de rios estaduais e afluentes do Rio Doce, & legislacdo estadual pertinente; IIL nos cérregos e demais corpos d’égua municipais, inclusive quanto a pocos artesianos ou semi-artesianos, as deliberagées contidas em Decreto do Executivo, obedecidos os seguintes principios: a) as prioridades de uso estabelecidas na legislacao pertinente; b) comprovagio da utilizacdo sustentada e da eficiéncia dos sistemas de controle da poluicao; manutencdo de vazdes sustentaveis 8 jusante das captacdes de aguas superficiais; d) manutengdo de niveis médios adequados para a manutengéo da vida aquatica e o abastecimento piiblico; «) exigéncia de monitoramento permanente pelos usuérios das aguas, tanto do corpo receptor, quanto dos efluentes. Art. 127 E vedado o despejo de qualquer efluente liquido ou residuo s6lido, ou qualquer forma de energia que possa contaminar ou alterar a qualidade das guas e os usos estabelecidos conforme a classe de enquadramento, causando danos ou colocando em risco a salide humana e o normal desenvolvimento da flora e da fauna ou o ‘comprometimento de seu emprego para outros usos. § 1° Os efluentes de que trata o caput deste artigo s6 poderdo ser lancados nos recursos hidricos existentes no Municipio quando submetidos a tratamentos que evitem a contaminagao ou alteracéo da qualidade das 4guas, bem como o livre transito de espécies migratérias, de acordo com pardmetros estabelecidos na legislacao federal, estadual ou municipal § 2° 0 ponto de lancamento de efluentes industriais em cursos d’4gua serd obrigatoriamente situado & montante da captacao. Art. 128 As atividades efetivas ou potencialmente poluidoras ou degradadoras e também as de captacdo de gua, implementardo programas de monitoramento de efluentes e da qualidade ambiental em suas dreas de influéncia, previamente estabelecidas pela SEMA e aprovadas pelo SAAE, integrando tais programas o Sistema de Informacoes e Cadastros Ambientais do Municipio - SICA. Art. 129 Onde nao existir rede publica de abastecimento de agua, poderd ser adotada solucéo individual, com captagio de agua superficial ou subterrdnea, independente da sua destinagio e sem prejuizo das demais exigancias legais ou estabelecidas em Lei Ordindria. Art. 130 Em érea urbana, onde nao existir rede piblica de coleta de esgotos, estes s6 poderdo ser langados ‘em corpos hidricos apés processo prévio de tratamento, conforme estabelecido em Lei Ordinéria. Art. 131 Em dreas rurais, onde nao houver rede de esgoto, sera permitido o sistema individual de tratamento, com disposicéo final no subsolo, desde que obedecidos os ctitérios estabelecidos nas normas da Associacao Brasileira de Normas Técnicas ABNT, quanto ao dimensionamento do sistema, permeabilidade do solo e profundidade do lencol freatico. § 12 0 SAAE oferecerd os servicos de apoio técnico para a construcdo dos sistemas individuais e tratamento, bem como disponibilizard equipamento adequado a limpeza dos sistemas instalados, mediante a cobranga de prego publico. § 2° 0s servigos disporibilizados pelo SAAE nao inibirdo 0 fornecimento de servicos similares pela iniciativa privada, §3° - VETADO, Art. 132 0 SAAE deverd promover e coordenar o cadastramento de todas as empresas ou pessoas fisicas, usuarias de Aguas subterraneas no Municipio, bem como a atualizacéo trienal deste cadastro, Art. 133. VETADO Art. 134 Os residuos liquidos, sélidos ou gasosos provenientes de atividades agropecusrias, industriais, comerciais ou de qualquer outra natureza, sé poderdo ser conduzidos ou langados de forma a nao poluirem as Aguas superficiais e subterraneas. Art. 135 A implantacao de indistrias e outros empreendimentos e atividades que dependam da utlizacao de guas subterrdneas deverdo ser precedidas de estudos hidrogeolégicos para avaliagio das reservas e do potencial, e, quando for 0 caso, do Estudo de Impacto Ambiental. secaow DA FLORA E DA FAUNA SUBSECAO| DA FLORA, Art. 136 As florestas existentes no territ6rio municipal e as demais formas de vegetacao natural reconhecidas de utiidade ao homem, as terras que revestem, 8 fauna silvestre, & biodiversidade, a qualidade e & regularidade das guas, & paisagem, ao clima, & composicdo atmosférica e aos demais elementos do ambiente sdo bens de interesse comum a todos, de modo que as limitagdes ambientais impostas por este Cédigo e pelas demais legislacoes ambientais do Estado e da Unido sao fatores de limitacao ao proprio diteito de propriedade. Art. 137 Compete ao Poder Pablico Municipal, no Ambito de sua atuacao, & sociedade Valadarense e as entidades afins: proteger a flora, vedadas as praticas que coloquem em risco sua fungéo ecolégica e provoquer extingao das espécies, estimulando e promovendo o reflorestamento, preferencialmente com espécies nativas, em areas degradadas; 11 definir, em parceria, as técnicas de manejo compativeis com as diversas formacées floristicas originals e associacées vegetais relevantes, bem como dos seus entornos; IIL- garantire colaborar para a elaboracao de inventarios e sensos florsticos periédicos; IV -fiscalizar e auxiliar afiscalizagao de todo o tertitério municipal, de modo a concorter para a eliminacao de qualquer forma de degradacdo da flora municipal Art. 138 A classificagéo das florestas existentes no Munic{pio seréfelta através de ato do Poder Executivo, mediante propostas técnicas apresentadas pela SEMA e pelo CODEMA. Art. 139 Qualquer arvore ou associacdo vegetal relevante podera ser declarada imune de corte mediante ato do Poder Executivo, por motivo de sua localizacéo, raridade, beleza, condicéo de porta semente e importancia historica, cientifica ou cultural Art. 140. € proibido eliminay, lesar, maltratar por qualquer modo ou meio as plantas de ornamentacao de logradouros publicos ou de propriedades privadas ou, ainda, Srvores, declaradas ou ndo imunes de corte, eas, gramineas Art. 141. proibido extrair de florestas ou demais formas de vegetacao de dominio piibico, sem prévia autorizagéo do 6rga0 competente, pedra, areia, cal ou qualquer espécie de mineral, ou ainda, produtos florestais e nao florestais de interesse preservacionista. Art. 142. £ proibido a fixagéo em arvores situadas nas vias ¢ logradouros pablicos de cartazes, placas, tabuletas, pinturas, impressos, faixas, cordas, tapumes, pregos, bem como, ainda que temporariamente, de objetos ‘ou mercadorias para quaisquer fins. Art. 143. A supressdo de vegetacio em drea de preservagdo permanente situada em rea urbana dependerd de autorizacéo da SEMA, ouvido previamente o CODEMA, Art. 144 0 corte, poda e/ou derrubada de arvores nao protegidas pela imunidade de corte, situadas em propriedade pablica ou privada, no perimetro urbano, ficam subordinadas & autorizacéo da SMO — Secretaria Municipal de Obras e Servicos Urbanos, qualquer que seja a finalidade do procedimento. Pardgrafo Gnico. Na érea rural do Municipio, especialmente ao que se refere aos remanescentes da Mata Atlantica, observar-se-A 0 que dispde a legislacdo federal e estadual pertinentes, bem como a. regulamentacao contida em Lei Ordinaria, SuBsECAO I DA FAUNA Art. 145. Os animais que constituem a fauna, bem como os seus ninhos, abrigos, criadouros naturais e ecossistemas necessérios a sua sobrevivencia, so considerados bens de dominio piblico, cabendo ao Poder Pablico Municipal e & coletividade o dever de defendé-los e preserva-los para as presentes e futuras geracoes, observando o disposto na “Declaracao Universal dos Direitos dos Animais" Pardgrafo tinico. € proibido no territério municipal, sem a devida autorizacéo do IBAMA, atos de comércio ou de utilizacéo, sob qualquer forma, de espécimes integrantes da fauna silvestre sob protecio legal, bem como 0 comércio de seus produtos, subprodutos ou objetos, quando resultantes de anterior caca, perseguicdo, destruigéo ou captura vedadas. Art. 146 Fica proibida a caca, amadora ou profissional, bem como a mutilacéo ou maltrato de qualquer animal no Municipio de Governador Valadares, sob pena das sancées previstas em lei federal. Art. 147 € vedada qualquer forma de divulgagéo ou propaganda que estimule ou sugira a pratica de caga ou destruicao de espécimes da fauna silvestre Art. 148 Compete ao Poder Piblico Municipal, no 4mbito de sua atuacao, a sociedade Valadarense e &s entidades afins: | - proteger a fauna, vedadas as praticas que coloquem em risco a sua fungdo ecolégica ou que submetam os animais a crueldade e maus tratos; II elaborar e colaborar na realizagéo de inventérios e censos faunisticos periédicos, principalmente considerando as espécies raras, endémicas, vulneréveis ou em perigo de extingao, objetivando sua perpetuacao, através do manejo, controle e protecdo; IIL- preservar os habitantes de ecossistemas associados das espécies raras, endémicas, vulnerdveis ou em perigo de extincdo; IV auxiliar na introducao e reintroducdo de exemplares da fauna em ambientes naturais de interesse local e reas reconstituidas, devendo ser efetuadas com base em dados técnicos e cientificos Art. 149. € proibida a pesca predatéria no Municipio de Governador Valadares, assim considerada: | -a realizada em periodos nos quais ocorram fenémenos migratérios para reproducao e em periodos defesos em leis federais ou estaduais; II a captura de espécies que devam ser preservadas ou individuos com tamanhos inferiores aos estabelecidos nas leis federais ou estaduais; IIl-a realizada mediante a utiizacdo de: a) explosivos ou de substAncias que, em contato com a agua, praduzam efeitos semelhantes; b) substincias toxicas; © aparelhos, apetrechas, técnicas e métados que comprometam o equilibrio das espécies. Art. 150 Compete ao Poder Pablico Municipal, mediante Decreto, estabelecer normas para o desenvolvimento das atividades pesqueiras no Municipio de Governador Valadares, com vistas & protecdo das espécies, sem prejuizo do incremento de programas de desenvolvimento sustentavel da pesca voltados para os pequenos pescadores ou associacoes de pescadores do Municipio. CAPITULO IV - DO CONTROLE DA EMISSAO DE SONS E RUIDOS SECAO | DA COMPETENCIA Art. 151 O controle da emissao de sons e ruidos no Municipio visa garantir 0 sossego e 0 bem-estar puiblico, evitando sua perturbacéo por emissées excessivas ou incdmodas de sons e ruidos de qualquer natureza ou que contrariem os niveis maximos fixados neste Cédigo. Art. 152 Compete 3 SMO — Secretaria Municipal de Obras e Servicos Urbanos: 1- elaborar, em conjunto coma SEMA eo CODEMA, a carta acistica do Municipio de Governador Valadares, o programa de controle dos ruidos urbanos e organizar programas e cursos de educacao e conscientizacéo a respeito de: a) causas, efeitos e métodos de atenuacdo e controle de ruidos e vibracées; b) esclarecimentos sobre as proibicées relativas as atividades que possam causar poluigéo sonora I1- licenciar qualquer tipo de instalagao de aparelhos sonoros, propaganda ou sons de qualquer natureza que, pela intensidade de volume, possam constituir perturbagdo de sossego publico ou da vizinhanca. IIL- exigir das pessoas fisicas ou juridicas, responsdveis por qualquer tipo de poluicéo sonora, apresentacéo dos resultados de medigdes e relatérios, podendo, para a consecucao dos mesmos, serem utilizados recursos préprios ou de terceiros; IV - impedir juntamente com a SEMA, a instalacdo de estabelecimentos industrials, fébricas, oficinas ou outros que produzam ou possam vir a produzir ruidos em unidades terrtoriais residenciais ou em zonas sensiveis a ruidos; SECAO II- DAS PRATICAS PROIBIDAS E DA RESPONSABILIDADE DO INFRATOR Art. 153 Sem prejuizo de niveis mais rigorosos estipulados na legislagao Federal e Estadual para a emisséo de sons e ruidos, fica terminantemente proibido produzir sons ou ruldos capazes de prejudicar a saide, a seguranca 0U 0 sossego puiblicos, acima dos niveis expressamente determinados neste Cédigo. Art. 154. Consideram-se prejudicias & saiide, a seguranca ou ao sossego piblicos quaisquer sons ou ruidos que: | -atinjam, no ambiente exterior do recinto em que tém origem, nivel de som superior a 10 (dez) decibéis - dB(A) acima do ruido de fundo existente no local, sem trafego; II- independentemente do ruido de fundo, atinjam, no ambiente exterior do recinto em que tm origem, nivel sonoro supetior a 70 (setenta) decibéis - dB(A), durante o dia; IIL 60 (sessenta) decibéis - dB(A), durante a noite, explicitado o hordrio noturno como aquele compreendido entre as 22 (vinte e duas) horas e as 6 (seis) horas do dia seguinte, se outro nao estiver estabelecido na legislacdo municipal pertinente. § 1° Para os efeitos desta Lei, as medices deverdo ser efetuadas com aparelho medidor de nivel de som que atenda as recomendacées da EB 386/74, da ABNT, ou das que Ihe sucederem, § 2° Para a medicao e avaliagdo dos niveis de sons ou ruidos previstos neste Cédigo, deverdo ser obedecidas as orientagdes contidas na NBR-7731 da ABNT, ou nas que Ihe sucederem. § 3° Todos os niveis de som sao referidos 4 Curva de Ponderacao (A) dos aparelhos medidores. § 4° VETADO. § 5° O microfone do aparelho medidor de nivel de som deverd estar sempre afastado, no minimo, 1,20m (um metro e vinte centimetros) de quaisquer obstaculos, bem como guarnecido com tela de vento. Art. 155. Sao expressamente proibidos, independentemente de medicdo de nivel sonoro, os rufdos: | produzidos por vefculos com o equipamento de descarga aberto, adulterado ou defeituoso, salvo em locais especialmente designados pela autoridade competente para a pratica de competicdes esportivas do género; II- produzidos por vetculos sonoros, aparelhos ou instrumentos de qualquer natureza utilizados em pregées, aniincios ou propagandas, nas vias publicas, nos domingos e feriados, de 0 (zero) a 24 (vinte e quatro) horas, ressalvados os casos estabelecidos em Lei Ordindria; II - produzidos por veiculos sonoros, aparelhos ou instrumentos de qualquer natureza utilizados em pregoes, aniincios ou propagandas, nas vias piblicas, nos dias tei, no hordrio compreendido entre 19 (dezenove) horas as 09 (nove) horas do dia seguinte, ressalvados os casos estabelecidos em Lei Ordinaria; IV - produzidos por buzinas ou por pregées, aniincios ou propagandas, & viva voz, nas vias publicas, em local caracterizado pela autoridade competente como “zona de silencio"; \V - produzidos em edificios de apartamentos, vilas, condominios abertos ou fechados e em conjuntos residenciais ou comercais, por animais, instrumentos musicais, aparelhos receptores de rédio ou televisdo, reprodutores de sons e similares, ou, ainda, de viva voz, de modo a incomodar a vizinhanca, provocando o desassossego, a intranqiilidade ou o desconforto; VI- provenientes de instalacées mecdnicas, bandas ou conjuntos musicais e de aparelhos ou instrumentos produtores ou amplificadores de som ou ruldo quando produzidos em vias piblicas sem a devida autorizacio; VII- provocados por bombas, morteiros, foguetes, rojdes, fogos de estampido e similares, salvo em comemoracées civicas ou esportivas; Mi-_-VETADO. VIIl- provocados por ensaio ou exibicéo de escolas-de-samba ou quaisquer outras entidades similares, no perfodo compreendido entre 0 (zero) hora e 7 (sete) horas, salvo aos domingos e feriados, nos 30 (trinta) dias que antecedem 0 triduo carnavalesco municipal e nos dias de eventos que fazem parte do Calendério Oficial do Municipio, quando o hordrio serd livre. (Redagio dada pela Lei Complementar n® 80/2005) Art. 156 A auséncia da licenca para atividades ou empreendimentos que emitam sons e ruidos, quando necesséria, implicaré na aplicagéo de multa administrativa ao responsdvel direto, que teré de cessar imediatamente com as atividades ou empreendimentos, sob pena de apreensao dos vefculos, equipamentos ou aparelhos produtores de sons e ruldos em desconformidade com os niveis e condicdes previstos neste Cédigo. §1° A multa sera aplicada, em carater subsidiario, a0 dono do estabelecimento comercial ou residencial em cujas dependéncias ou redondezas, conforme o aso, for produzido o som ou rufdo em desacordo com o disposto neste Cédigo quando: | - for beneficiado direta ou indiretamente pela atividade ou empreendimento ruidoso; 11-0 proprietério do veiculo, equipamento ou material ruidoso no puder ser imediatamente identificado; Ill - for o guardido ou responsével legal do agente ou agentes produtores da atividade ou empreendimento tuidoso; IV -for 0 patrdo, amo ou comitente do responsdvel pela atividade ou empreendimento ruidoso; V - for o cessionario do imével residencial, a titulo gratuito ou oneroso. § 2° Evidenciada a responsabilidade direta do dono do estabelecimento pela produgio de sons ou ruidos em desacordo com os limites previstos neste Cédigo, sem prejulzo do pagamento da multa administrativa, caberd a interdicao do estabelecimento comercial pelos seguintes prazos: | - 24 (vinte e quatro) horas, no caso de primeira autuacao; II - 48 (quarenta ¢ cito) horas, no caso de segunda autuacéo Ill - 72 (setenta e duas) horas, no caso de terceira autuacao; IV- 5 (cinco) dias, a cada nova autuaao. § 3° As autuacées a que se referem 0 §2° deste artigo serdo apuradas a cada perfodo de 5 (cinco) anos, findos 05 quais o estabelecimento ficard sujeito a interdicao comegando pelo prazo disposto no inciso | do §2° deste artigo. Art. 157 Sao expressamente proibidos os ruidos produzidos por aparelhos sonoros em vefculos automotores, estacionados ou em deslocamento, nas vias piblicas, exceto os legalmente previstos na presente Lei Pardgrafo Unico. A violagao deste artigo sujeitard o infrator 4 multa administrativa de R$ 50,00 (cinquenta reais), que sera cobrado em dobro em caso de reincidéncia, além do recolhimento do vefculo das vias publicas, pela autoridade competente. SECAO II DAS PRATICAS PERMITIDAS Art. 158 Sao permitidos os sons e ruidos que provenham 1 de sinos de igrejas, no perfodo das 6 (seis) as 22 (vinte e duas) horas, exceto nos dias de feriados religiosos, cujo toque se daré conforme a tradicéo local; II- de bandas de misica nas pracas e logradouros piblicos, desde que em desfiles oficiais ou religiosos; IIL- de sirenes ou aparelhos semelhantes usados para assinalar o inicio e o fim de jornada de trabalho, desde que instalados em zonas nao caracterizadas como “zona de silencio" e devidamente autotizados pela autoridade competente, pelo tempo estritamente necessario; IV - de sirenes ou aparelhos semelhantes, quando usadas por batedores oficiais, em ambulancias, veiculos de servicos urgentes, ou quando empregados para alarme e adverténcia, limitado 0 uso ao tempo estritamente necessério; V- de alto-falantes em pracas e vias piblicas ou em outros locais, pelas associagées do comércio, com prévia autorizacéo da autoridade competente, durante a semana do carnaval e o més do natal, desde que destinados exclusivamente a divulgar misicas e mensagens apropriadas, sem propaganda comercial de qualquer espécie; VI-- de explosives empregados em pedreiras, rochas e demolicées, no periodo compreendido entre 7 (sete) e 12 (doze) horas; VII- de méquinas e equipamentos utiizados em construcéo, demolicoes e obras em geral, no periodo compreendido entre 7 (sete) e 18 (dezoito) horas; Vill - de maquinas e equipamentos necessarios as obras e servigos em logradouros pablicos, no periodo compreendido entre 7 (sete) e 22 (vinte e duas) horas; IX - de propaganda eleitoral, em conformidade com o disposto na legislacao federal pertinente. § 1° A limitagéo de hordrio a que se referem os itens VI, Vile Vill deste artigo nao se aplica quando a obra for executada em zona nao residencial ou em logradouro piblico nos quais o movimento intenso de veiculos ou de pedestres, durante o dia, recomende a sua realizacao & noite § 2° A limitagao de nivel de som e ruldo, conforme determinado nos artigos 153 e 154 deste Cédigo, nos casos discriminados nos incisos |, I Ille IV do caput deste artigo, poderd ser ultrapassada em até 20% (vinte por cento). § 3° A limitacao de nivel de som e ruido, conforme determinado nos artigos 153 ¢ 154 deste Cédigo, nos casos disctiminados nos incisos VI, Vile VIll, poderd ser ultrapassada em porcentagem e hordrio previamente estabelecido pela SEMA no ato autorizativo. SECAOIV . DO SERVIGO DE ATENDIMENTO A POPULAGAO, Art. 159. Cabe a qualquer pessoa que considerar seu sossego perturbado por sons ou ruidos produzidos em desacordo com o estabelecido neste Codigo comunicar a SMO - Secretaria Municipal de Obras e Servicos Urbanos - a ocorréncia do fato, para que facam cessar, no menor prazo posstvel, a poluicéo sonora produzida, Art. 160 A SMO implantard o servico telefénico denominado “DISQUE SOSSEGO”, compostos por servidores pUblicos efetivos, que funcionaréininterruptamente, inclusive aos sébados, domingos e feriados, e teré por finalidade receber as reclamacGes da populagéo sobre a poluicéo sonora § 1° Recebida a reclamacGo via telefénica, a SMO imediatamente iniciard acéo fiscalizadora, com medicao de sons ¢ ruidos na origem poluidora e, sendo o caso, lavratura do Auto de Infracio e interdicdo do empreendimento ou atividade ruidosa. § 2° 0 servico mantera sigilo absoluto sobre a fonte denunciante, respondendo o servidor municipal pelos excessos ¢ abusos cometidos, na forma prevista no Estatuto dos Funciondrios Pablicos Municipais. Art. 161. A SMA- Secretaria Municipal de Administracio - providenciara a inclusdo no “site” da Prefeitura Municipal, na INTERNET, de campo apropriado para que os cidadaos formulem denincias contra a poluigao sonora praticada no territério do Municipio. Paragrafo Unico. 0 atendimento virtual da populacao seré estruturado da seguinte forma, sem prejuizo de inovacdes que o tornem mais eficiente e segura - garantia de sigilo absoluta sobre a fonte denunciante; II-atendimento minimo de 08 (oito) horas por dia dtl; IIL- disponibilizacdo virtual da legislagao sobre poluigéo sonora aos usuarios, para consulta; IV- retorno ao usuério, via virtual ou escrita, das providéncias tomadas e dos resultados obtidos; V- monitoramento periddico do nivel de satisfacdo dos usuarios; caPiTuLo vil DA POLUICAO ATMOSFERICA Art. 162A qualidade do ar deveré ser mantida em conformidade com os padrées e normas de emissao definidas pelo CONAMA - Conselho Nacional de Meio Ambiente, os estabelecidos pela legislacao estadual pertinente eneste Cédigo. Art. 163 Sao padrées de qualidade do ar as concentracées de poluentes atmosféticos que, ultrapassadas, poderdo afetar a saiide, a seguranca e o bem-estar da populacéo, ou ocasionar danos 8 flora, a fauna e ao meio ambiente em geral Art, 1640 controle da qualidade do ar serd feito através de monitoramento realizado diretamente pela SEMA, ou através de contrato ou convénio, sem prejuizo de monitoramento realizado por instituigdes ou organismos privados. § 1° 0 controle de que trata o caput deste artigo deverd ser feito mediante o monitoramento dos padroes de qualidade do ar e de emissao atmosférica definidos no artigo 17 e seguintes deste Cédigo. § 2° A SEMA, mediante proposta técnica do CODEMA, estabelecerd niveis de classificacio da qualidade do ar para toda ou determinadas éreas do territrio municipal, respeitados os padrdes fixados na legislacdo federal e estadual pertinente, bem como os padrdes de poluigéo sonora fixados neste Cédigo Art. 165. Ficam vedadas no territério municipal a instalagdo e ampliagao de estabelecimentos ou atividades que no atendam aos padrées de qualidade atmosférica para a emissdo de gases, particulas ou odores na atmosfera, estabelecidos neste Cédigo ou na legislacao federal e estadual pertinente, e ainda a queima ao ar livre de residuos ou qualquer outro material que contribua para alteracdes dos niveis de qualidade do ar; Il -a emissao de fumaca preta acima de 20% (vinte por cento) da Escala Ringelman, em qualquer tipo de processo de combustao, exceto durante os 2 (dois) primeiros minutos de operacao, para 0s veiculos automotores, ¢ até 5 (cinco) minutos de operacao para outros equipamentos; Illa emissdo visivel de poeiras, névoas e gases, excetuando-se o vapor d’Sgua, em qualquer operagdo de britagem, moagem e estocagem; IV -a emissdo de odores que possam causar incémodos & populacGo, especialmente advindos de granjas, estébulos, pocilgas, depésito de combustiveis ou gas liquefeito de petréleo, depésito de lixo ou de entulhos e similares. Art. 166 Para o controle da poluicao do ar por fontes fixas, compreendendo os estabelecimentos de atividades geradoras de poluentes atmosféricos, a SEMA poderd exigit, como condigéo de licenciamento ou manutencao das atividades: 1-0 registro quantitativo dos niveis de poluentes; IIa elaboracgo de relatorios sobre os poluentes atmosféricos emitidos; IIl-a realizacao de amostragens continuas, periédicas ou eventuais, tanto nas fontes quanto no ar ambiente interno e na area de influéncia dos estabelecimentos; IV -a instalacdo e manutengao de equipamentos e sistemas de controle de poluigéo do ar necessérios ao atendimento dos limites maximos de emissao, definidos neste Cédigo ou estabelecidos nas normas ambientais federais ou estaduais; V-a elaboracio de planos para situacéo de emergéncia provocada por epis6dio critico de poluigéo atmostérica, para prevenir grave e iminente risco a sadde humana. Pardgrafo Gnico, Para garantir o direito de informagao da populagéo a SEMA divulgaré semestralmente os niveis de qualidade do ar no Municipio. Art. 167 £ terminantemente proibido o transporte de minério-de-ferro, areia, saibro, pedra-louca ou qualquer outro tipo de material cujo transporte possa dispersar particula ou gases na atmosfera dentro do territério do Municipio, exceto se devidamente acondicionados dentro de vagdes ou cacambas cobertas ou adequadamente lonadas. Paragrafo Gnico. A transgressao do disposto no caput deste artigo importard na aplicacao das sancées e penalidades dispostas neste Cédigo, ao proprietétio do vefculo e, subsidiariamente, ao beneficidrio do transporte. Art. 168. Na execugéo da politica municipal de controle da qualidade do ar e da poluigdo atmosférica a SEMA devera adotar as seguintes medidas: |- exigir a adogéo das melhores tecnologias de processo industrial e de controle de emissdo de gases e particulas, para assegurar a qualidade do ar e a progressiva reducdo dos niveis de poluicéo; II Promover campanhas sistematicas de fiscalizagao quanto a qualidade dos combustiveis vendidos dentro do territério municipal, bem como de conscientizacdo da populacao para a existéncia de combustiveis com menor teor de impacto atmosférico; IIL-implantar procedimentos operacionais adequados, incluindo a implementacao de programas de manutencao preventiva e corretiva dos equipamentos de controle de poluicao; IV - adotar sistema de monitoramento periédico ou continuo das fontes por parte dos estabelecimentos e atividades responséveis, garantido o acesso da SEMA e seus agentes credenciados aos dados e aos locais e estacbes de monitoramento sempre que necessério; V -integrar os equipamentos de monitoramento da qualidade do ar numa nica rede, de forma a manter um sistema adequado de informacées. Art, 169. Em cardter excepcional e tempordrio, com o fim de minimizar 0s efeitos nocivos da poluicéo atmosférica sobre a satide humana, podera a SEMA, em determinados setores urbanos e em determinados hordrios do dia, restringir 0 acesso ou o uso de veiculos automotivos. Art. 1700 lancamento de efluentes provenientes da queima de combustiveis sélidos, liquidos ou gasosos deverd ser realizado através de chaminé dotadas de filtros ou outros mecanismos de combate poluicao de eficiéncia comprovada, independentemente da obrigacao de respeitar os limites de emissao contidos neste Cédigo ou nas legislacées federal e estadual pertinente. Art. 171 0 controle de emissao de material particulado deverd atender, sem prejuizo dos limites a que se refere o art. 170 @ o previsto no art. 167 deste Cédigo, as seguintes medidas: |- na estocagem a céu aberto de materiais que possam gerar emissao por transporte edlico: a) disposi¢éo das pilhas feita de modo a tornar minimo o arraste eélico; b) observar a umidade minima da superficie das pilhas, ou cobertura das superticies por materiais ou substancias selantes ou outras técnicas comprovadas que impecam a emissao visivel de poeira por arraste eélico; a atborizacao das éreas circunvizinhas, deve ser compativel com a altura das pilhas, de modo a reduzir a velocidade dos ventos incidentes sobre as mesmas. II as vias de tréfego interno das instalacdes dos estabelecimentos ¢ atividades deverdo ser pavimentadas, ou lavadas, ou umectadas com a freqiiéncia necesséria para evitar 0 accmulo de particulas sujeitas a arraste eélico; IIl-as dreas adjacentes &s fontes de emissao de poluentes, quando descampadas, deverdo ser objeto de programa de reflorestamento e arborizacao par espécies e manejos adequados; IV - sempre que tecnicamente possivel, os locais de estocagem e transferéncia de materiais sujeitos a arraste pela ago dos ventos deverdo ser mantidos cobertos, enclausurados ou protegidos da agdo dos ventos por outras técnicas de comprovada eficiéncia; V- as chaminés, equipamentos de controle de poluicdo do ar e outras instalacées que se constituem em fontes de emissdo, efetiva ou potencialmente poluidoras, deverdo ser construfdas ou adaptadas para permitir o acesso de tecnicos encarregados da avaliacdo do controle da poluigéo. Art. 172. Toda fonte de poluicio atmosférica deverd ser provida de sistema de ventilacao exaustora ou outro sistema de controle de poluentes de eficigncia igual ou superior a0 apontado, sem prejuizo dos limites de emissa0 previstos ou referidos neste Cédigo. Art. 173. As emiss6es provenientes de incineradores de residuos sépticos e cirirgicos hospitalares deverdo ser oxidadas em pés-queimador que utilize combustivel gasoso, operando a uma temperatura minima de 850°C (oitocentos e cinquenta graus Celsius) e em tempo de residéncia minima de 0,8 (oito décimos) segundos ou por outro sistema de controle de poluentes de eficiéncia igual ou superior. Pardgrafo Gnico. Para fins de fiscalizagdo, o pés-queimador ao qual se refere este artigo deverd conter marcador de temperatura na cémara de combustao em local de facil visualizacéo. Art. 174 As operacdes de cobertura de superficies realizadas por aspersdo, tais como pintura ou aplicagao de verniz a revélver, deverdo realizar-se em compartimento proprio, provido de sistema de ventilacao local exaustora e de equipamento eficiente para a retencdo de material particulado. Art. 175. As fontes de poluigéo para as quais nao foram estabelecidos padrées de emissao deverao observar padrées recomendados ou aceitos internacionalmente. Art. 176 0 CODEMA poderd exigir que as fontes de que trata o artigo anterior utilizem sistemas de controle de poluigéo baseados na melhor tecnologia pratica disponivel. Paragrafo Unico, A adocéo de tecnologia preconizada neste artigo, serd feita apés andlise e aprovacao pelo CODEMA, de projeto do sistema de controle e plano de monitoramento apresentado por responsdvel pela fonte de poluicéo, que especificard as medidas a serem adotadas e a reducao almejada para a emisséo Art. 177 Todas as fontes de emissao de gases ou particulas poluentes existentes no Municipio deverdo se adequar ao disposto neste Cédigo, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias a contar de sua publicacéo, salvo se outro prazo for, ustificadamente, estabelecido pela SEMA, nao podendo este novo prazo ser superior a 18 (dezoito) meses a contar da vigéncia deste Cédigo. CAPITULO Vill - DO CONTROLE DA POLUICAO VISUAL EM LOCAIS PUBLICOS. Art. 178 € vedada, no Ambito do Municipio de Governador Valadares, a pratica de qualquer ato que importe na produgéo ou manutencéo de poluigéo visual, fixa ou mével, estando o infrator sujeito as penalidades previstas neste Cédigo, Art. 179 Para efeitos deste Cédigo, considera-se poluicdo visual: | - qualquer propaganda comercial ou institucional que limite a plena visualizacéo da paisagem natural, arquiteténica ou urbanistica em todo o territério Municipal; IIa propaganda comercial ou institucional que, por qualquer processo, suje, estrague ou macule a paisagem urbana ou natural em todo o territério Municipal; IIL- 05 atos individuais ou coletivos de pixacdo ou inscricéo nao autorizada em equipamentos urbanos, dreas de preservacéo, prédios ou monumentos; IV -a veiculagio de propaganda mediante afixacdo de cartazes e out-doors em vias e logradouros pblicos, ou ainda, em locais particulares, mas de facil visualizagdo pelos pedestres e usuarios, que, por qualquer modo, afronte a moral, os bons costumes locais ou aguce perniciosamente a imaginacao de criancas e adolescentes, assim entendidas as propagandas que fazem apologia das drogas de uso proibido, da pomografia ou do apelo sexual, ainda que sob 0 pretexto de liberdade artistica e cultural V- avveiculagéo de propaganda mediante o uso incorreto do idioma nacional ou uso incorreto de expressées estrangeiras de uso consagrado, Art. 180 A veiculacdo ou afixacao de propaganda através de cartazes, panfletos, out-doorse similares em vias e logradouros piiblicos ou em locais particulares de ampla visibilidade por pedestres e usuarios s6 seré permitida apés o licenciamento junto & SMO, que avaliaré previamente o cumprimento das limitacBes impostas pelo art. 179 deste Cédigo. Art.181. Sao também considerados veiculos de divulgacéo, ou simplesmente vefculos, para os fins de poluicéo visual, quaisquer equipamentos de comunicacao utilizados para transmitir andincios ao piblico, tais como: | - placas e painéis, luminosos ou ndo; U1 letreiros; Ill - tabuletas e cartazes; IV -faixas, folhetos e prospectos; V - balées promocionais; VI- outros veiculos definidos em Decreto do Executivo, § 1° Para efeito do disposto no caput deste artigo, sao considerados aniincios, quaisquer dos verculos presentes na paisagem urbana visiveis dos logradouros piiblicos, cuja finalidade seja a de promover estabelecimentos comerciais, industriais ou profissionais, empresa, produtos de quaisquer espécies, idéias, pessoas ou coisas, dassificados em: 1 - antinci indicativo - que indica ou identifica estabelecimentos, propriedades ou servigos; II anincio promocional - que promove estabelecimentos, empresas, produtos, marcas, servicos, pessoas, idéias ou coisas; II-andncio institucional que transmite informacoes do poder piblico, nstituigoes culturas, entidades representativas da sociedade civil e entidades beneficentes e similares, sem finalidade comercial; IV - andincio orientador - que transmite mensagens de orientacdes tais como de trafego ou de alerta; V-aniincio misto - é aquele que transmite mais de uma das mensagens definidas nos incisos anteriores. Art. 182. Toda e qualquer propaganda que tiver de ser veiculada neste municipio, em local piblico, mediante distribuigéo a transeuntes, por meio de panfletos, cartazes, flamulas, programas, convites ou qualquer impresso, dependerd de prévia autorizacao da SMO, mediante requerimento do interessado § 1° 0 requerimento mencionado na caput deste artigo deverd conter: 1 modelo do impresso, com o respectivo texto, em vernaculo nacional, id€ntico ao que serd distributdo, ou traducio da expressio estrangeira de uso consagrado; II- quantidade a ser distribuida; IIl- locais pleiteados para distribuicao; IV - periodo da distribuigdo, nunca superior a trinta dias; § 2°. Municipio cuidard para que os textos sejam cortigidos, de forma a nao persistir nos mesmos erros ortograticos, de concordancia, regéncia etc, sendo-Ihe vedado, entretanto, alterar o contedido da mensagem que o interessado deseja transmitir. Art. 183 Todo e qualquer impresso a ser distribufdo ao piblico neste municipio deverd conter no seu rodapé uma faixa amarela, de largura igual ao do impresso e com 30 (trinta) milfmetros de altura, contendo os seguintes dizeres inscritos com tinta preta: “SEJA EDUCADO. NAO JOGUE PAPEL NO CHAO. MANTENHA SUA CIDADE LIMPA’. Art. 184 Em hipdtese alguma seré permitida a afixacdo dos impressos acima mencionados em muros, postes, arvores, paredes externas de residéncias ou casas comerciais, monumentos, viadutos, pontes ou em qualquer outro lugar, salvo, se houver autorizacéo da SMO, em locais previamente identificados pelo Poder Pablico: § 1° Nao se compreende na proibicao desta lei a propaganda eleitoral feita com obediéncia as normas pertinentes. § 2° O candidato, partido e coligacio serdo solidariamente responsdveis pela retirada da propaganda que afixarem ou mandarem afixar, no prazo maximo de 20 (vinte) dias apés o diltimo ou Gnico turno da eleigao que disputou, sob pena das multas fixadas neste Cédigo, Art. 185 A empresa ou particular que obtiver autorizacéo para a distribuicdo do material a que alude o Art.182 deste Cédigo deverd, obrigatoriamente, recolher o material que ela distribuir e que for descartado e jogado na rua por quem o receber, num raio de 100 (ce) metros do local previamente fixado para a distribuigdo, devendo tal recolhimento ser feito ao final do dia de trabalho dos distribuidores. Art. 186.0 requerente é considerado o principal beneficidrio da distribuigdo dos impressos, sendo também por ela o responsavel direto, estando sujeito, junto com os demais responsdveis, as penalidades previstas neste Cédigo. § 1° Sem prejuizo do previsto no caput deste artigo, é proibido: | distribuir ou permitir que os impressos sejam distribuidos fora do prazo mencionado; I1- distribuir impressos diferentes do modelo apresentado com o requerimento; IIL distribuir impressos sem a inscricdo mencionada no artigo 183; IV - distribuir impressos sem a autorizagao da autoridade competente; V- distribuir impressos fora dos locais autorizados pelo Municipio e previstos na autorizacéo; VI- violar ou deixar de cumprir qualquer disposicao contida neste Cédigo; § 2° Caso o requerente nao tenha condicdes de cumprir as obrigacées reparadoras previstas neste artigo, serd considerado responsével pela retirada da propaganda dispersa na via ou logradouro piblico o beneficidrio direto da mesma, pessoa fisica ou juridica § 3° 0 desatendimento do disposto no caput deste artigo, pelo requerente, responsdvel ou beneficidrio importard na proibigéo de veiculagao semelhante de propaganda pelo prazo de cinco anos, sem prejulzo da aplicagao de multas e penalidades. Art. 187 VETADO. CAPITULO IX . DO CONTROLE SOBRE 05 AGROTOXICOS Art. 188A pesquisa, a experimentacéo, a producéo, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercializaco, a propaganda comercial, a utilizagao, a importacao ou exportacio, o destino final dos residuos e embalagens, 0 registro, a classificacdo, o controle, a inspecdo e a fiscalizacdo de agrot6xicos, seus componentes e afins estardo sujeitos As condigGes estabelecidas na legislacdo federal pertinente, sem prejuizo das normas estaduais pertinentes e deste Cédigo. Art. 189 A comercializacao ¢ 0 uso de agrotdxicos das classes |e Il (altamente téxicos e medianamente téxicos) somente serdo permitidos se prescritos por profissionais legalmente habilitados, obrigando-se ao arquivamento das receitas por periodo nao inferior a 6 (seis) meses. Art. 190 As instalagdes para a producdo e armazenamento de agrotéxicos e de seus componentes e afins, deverdo ser dotados da infra-estrutura necessaria, sem prejuizo da obrigatoria Autorizagio Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Art. 191 € proibida a venda ou armazenamento de agrotéxicos, seus componentes ¢ afins, em estabelecimentos que comercializarem alimentos de origem animal ou vegetal para consumo humano ou que comercializem produtos farmacuticos com a mesma destinacdo Art. 192 A SEMA, ouvido o CODEMA, e independente do pronunciamento dos érgaos ambientais estaduais ou federais, poderd suspender imediatamente 0 uso e a comercializacdo, no territério do Municipio, de produto ou ‘material cujo uso seja condenado por organizacées ambientais oficais, se nacionais, ou ainda, por organismos oficiais internacionais dos quais o Brasil faca parte ou seja signatério de acordo ou tratado. Art. 193A Secretaria Municipal de Meio Ambiente desenvolverd ages educativas, de forma sistematica, visando atingir os produtores rurais e usuarios de agrotéxicos, seus componentes e afins, incentivando a utilizagao de métodos alternativos de combate a pragas e doencas, com objetivo de reduzir os efeitos prejudiciais sobre os seres humanos e o meio ambiente _ CAPITULO X DA EXPLORACAO DOS RECURSOS MINERAIS Art. 194 O aproveitamento de recursos minerais no territério municipal deve ser realizado de forma racional sustentével, harmonizando a atividade de extracéo com a protecdo do meio ambiente e/ou a recuperacao da Area degradada, Paragrafo Gnico. A exploracio de recursos minerais no Municipio deveré ocorrer de forma a nao desencadear processos erosivos nas dreas de exploracdo ou em reas contiguas. Art. 195. As pessoas fisicas ou juridicas dedicadas &s atividades minerais ndo poderdo iniciar a instalagdo de equipamentos, pesquisa ou exploracéo mineral sem a prévia aprovacdo pela SEMA dos projetos de lavra, de depésito de rejeitos e de recuperacéo da érea degradada, independentemente dos licenciamentos e autorizacées de Ambito federal e estadual exigiveis. § 1° 0s projetos de que trata o caput deste artigo, deverdo contemplar o controle de atividades que modifiquem a paisagem, produzam ruidos, afetem de forma direta ou indireta o solo, o at, as dguas, a fauna ea flora © outros que sejam capazes de alterar os ecossistemas naturais. § 2° Nas exploragdes minerais a céu aberto, a recuperacao ambiental da drea degradada deverd ser feita com teflorestamento e outras medidas necessérias para minimizar os impactos e alteragdes topograficos e paisagisticos § 3° Caso a exploracao envolva qualquer tipo de desmatamento, este s6 poderd ser efetuado com os licenciamentos previstos na legislacao federal e estadual, expedidos pelos érgaos competentes. Art, 196 Os projetos de instalagdo de atividades de exploracéo mineral em areas urbanas ou rurais habitadas, ‘num raio de 1.000 (mil) metros, deverdo incluir estudos de impacto ambiental das emissGes atmosféricas sobre essas reas, sobre a sauide das populagées e sobre a propriedade. Pardgrafo Unico, As exploracdes minerais que utilize explosivos nas proximidades de dreas habitadas, urbanas ou rurais, deverdo realizar estudos de impacto por vibragdes das edificacées existentes na drea de influéncia da atividade, a fim de controlar os efeitos e arcar com as indenizacées que se fizerem necessarias Art. 197. Ficam vedados no perimetro urbano a exploracéo mineral: em areas de acidentes topograficos declarados de valor ambiental, paisagistico, histérico, cultural, ou turistico; Il - em dreas de preservacéo permanente, mesmo naquelas onde nao haja vegetacao. CAPITULO XL DA ESTOCAGEM, REAPROVEITAMENTO E DESTINAGAO FINAL DE BATERIAS E PNEUS USADOS Art. 198 Aestocagem, o reaproveitamento e a destinacdo final de pilhas, baterias e pneus usados esto sujeitos as condigGes estabelecidas na legislacdo federal e estadual vigente, cabendo 4 SEMA, com o auxilio da SMS, coordenar a fiscalizagao das exigéncias ambientais no Ambito do tertitorio do Municipio. Art. 199. Os estabelecimentos que comercializam, manipulam, reciclam ou industralizam materiais componentes de todo e qualquer tipo de pilha, bateria acumuladora de energia, ou pneuméticos, ou o préprio produto acabado, terdo um prazo de até 120 (cento e vinte) dias, a partir da publicagao deste Cédigo, para se adequarem as exigéncia ambientais especificadas na legislagdo federal e estadual, especialmente com relacao destinacao final dos efluentes e produtos utilizados na preparagao do produto acabado, bem como a instalagao de postos de coleta e/ou armazenamento das baterias utiizadas, incluindo a destinacéo final do produto utilizado. Pardgrafo Unico. A adequaco deverd ser comprovada mediante a apresentacdo de programa ou projeto & SEMA, para fins de fiscalizacao e arquivamento, O programa ou projeto especificado no caput do artigo deverd contemplar, no minimo: |- sistema de tratamento de efluentes de eficdcia comprovada, de acordo com a melhor alternativa apontada pelos érgaos ambientais responséveis; II locais para o recebimento ou posto de coleta de baterias descartadas, sendo, no minimo, um posto na drea central da Cidade. CAPITULO XII DO TRANSPORTE E CONTROLE DOS PRODUTOS OU RESIDUOS PERIGOSOS Art. 200 0 transporte de produtos e/au residuos perigosos no Municipio de Governador Valadares obedecerd 0 disposto na legislago federal, estadual e neste Cédigo. Art. 201. So produtos perigosos as substncias relacionadas na normativa federal pertinente, bem como substancias com potencialidade de danos a sade humana e ao meio ambiente, conforme classificacao da ABIQUIM (Associagao Brasileira da Industria Quimica). Art. 202. Os vetculos, as embalagens ¢ os procedimentos de transporte de cargas perigosas, devem seguir as normas pertinentes da ABNT e do Cédigo de Transito Brasileiro Art, 203 Em caso de acidentes de qualquer natureza que envolver a dispersao, ou a possibilidade de dispersio de substancias referidas no art. 214 deste Cédigo, no territério municipal, o fato deverd ser comunicado imediatamente ao Corpo de Bombeiros. CAPITULO XIII DA LOCALIZAGAO, INSTALAGAO E OPERACAO DE ANTENAS TRANSMISSORAS DE RADIACAO ELETROMAGNETICA Art. 204 A localizacéo, instalagéo e operacdo de antenas transmissoras de radiacdo eletromagnética no Municipio de Governador Valadares estard sujeita as condicdes estabelecidas em lei ordindria municipal, sem prejuizo do disposto na legislacio ambiental federal e estadual Art. 205 As antenas j4 em operacéo no Municipio de Governador Valadares, instaladas em data anterior & vigéncia da Lei Municipal n? 4978/02, ficam sujeitas a autorizagdo de manutengao, que deverd ser requerida no prazo de 120 (cento e vinte) dias, a contar da publicagio deste Cédigo, sob pena de interdigdo ou paralisagao das atividades receptoras ou transmissoras. Art, 206 Na drea de protecao ambiental (APA) do Pico do Ibituruna, criada pela Lei Municipal n° 3.530/92 e nas demais areas consideradas como Patriménio Hist6rico e Paisagistico, além das exigéncias contidas na legislacdo federal e estadual pertinentes, a instalacdo de antenas de que trata este capitulo deverd obedecer as diretrizes estabelecidas pelo CODEMA, ouvido o Conselho Gestor da APA, dentro do prazo a que se refere o art. 218 deste Cédigo Paragrafo Unico. Para os equipamentos nao compreendidos nas faixas de freqUiéncia previstas em lei municipal, independente de seu porte ou freqiiéncia, & obrigatério o cumprimento das exigéncias estabelecidas neste artigo, capitulo xiv DA FISCALIZACAO AMBIENTAL Art. 207 A fiscalizagéo ambiental sera exercida pelos fiscais do meio ambiente do Municipio e pelos agentes credenciados da SEMA, que, no desempenho de suas funcées, estardo investidos do poder de policia ambiental, verificando o cumprimento da legislacao federal, estadual e municipal de protecio do meio ambiente e dos recursos naturais. Art. 208 A fiscalizacio exercida pelos agentes municipais ou credenciados tera cardter rotineiro, sem prejuizo de fiscalizagao especial para a verificagdo de deniincias de poluigéo ou degradacao do meio ambiente e dos recursos naturais. Paragrafo Unico. Os fiscais do meio ambiente e os agentes credenciados, para o cumprimento de suas atribuigées, terdo acesso as instalagées industriais, comerciais, agropecudrias e empreendimentos de qualquer natureza, piblicos ou privados, sendo assegurada a sua permanéncia a qualquer dia e hora, echo | DO PROCESSO ADMINISTRATIVO AMBIENTAL defi 5 deinfrack Pg % A deinfrack des-dadata-d: ie 4 a Weep sxime-d dias p a da-decisde- condenatéria-de-ta-instincia: . d dias para-o-pagamento-da-multa, contadas-da-data-de-recebi da-notificacs 1 " d dias de-exped Prefeitura-M I devend PF PA P pate A dadel Jad: a I-ne-herdrie-de-expedi P ta 4 i I iP 7 (Revogado pela Lei Complementar n° 230, de 22 de dezembro de 2017, _seGAO II DAS INFRAGOES ADMINISTRATIVAS Art. 210 Considera-se infragéo administrativa ambiental toda aco ou omissio que viole as regras juridicas de Uso, gozo, promogio, protecao e recuperacéo do meio ambiente, que serd punida, quando perpetradas no territério do Municipio, com as sancées previstas neste Cédigo. Art. 211 0 infrator, pessoa natural ou jurdica, de direito pablico ou privado, é responsével, independentemente da culpa, pelo dano que causar ou puder causar ao meio ambiente e a terceiros afetados por sua atividade, § 1° Considera-se causa a agdo ou a omissdo sem as quais a infracao nao teria ocorrido, § 2° 0 resultado da infracéo & imputavel a quem Ihe deu causa de forma direta ou indireta e a quem para ele ocorreu. § 3° Exclui-se da imputacao da infracao a causa decorrente de fora maior ou proveniente de eventos naturais ou circunstanciais imprevisiveis. Art, 212. As pessoas naturais ou juridicas que operem atividade considerada, pelo érgéo ambiental do Municipio, de alta periculosidade para o meio ambiente serdo obrigadas a efetuar o seguro de responsabilidade civil em valor compativel com o risco efetivo ou potencial. Art. 213 Qualquer pessoa, constatando infragao ambiental no terrtério do Municipio, poderd dirigir Tepresentagao & SEMA ou ao CODEMA, para efeito do exercicio do seu poder de policia § 1° Aautoridade ambiental que tiver conhecimento de infracdo ambiental é obrigada a promover a sua apuracéo imediata, mediante processo administrative proprio, sob pena de corresponsabilidade. § 2° As infracées ambientais sdo apuradas em processo administrative proprio, assegurado o direito de ampla defesa e o contraditério, observadas as disposigées deste Cédigo. § 3° As infracées classificam-se em: | leves: as eventuais e que ndo venham a causar risco ou dano a saide, a biota e aos material provoquem alteracées sensiveis ao meio ambiente; nem II graves: as que venham a prejudicar a sadide, a seguranca ou o bem estar ou causar dano a biota ou a outros recursos do meio ambiente; IIL gravissimas: as que venham causar perigo iminente sade ou danos itreparaveis ou de dificil reparacao ao meio ambiente. Art. 214 As infracées administrativas sao punidas com as seguintes sancGes: | - adverténcia; II- mutta simples; lle mutta diaria; IV- apreensao dos animais, produtos e subprodutos da fauna e da flora, instrumentos, petrechos, equipamentos ou vetculos de qualquer natureza utilizados na infracao; V-- destruicéo ou inutilzacéo do produto; VI- suspensao de venda e fabricagéo do produto; VII- embargo de obra ou atividade; VIIl- demolicao de obra; IX - suspensao parcial ou total das atividades; X-restrtiva de direitos. § 1° Se o infrator cometer, simultaneamente, duas ou mais infracées, ser-lhe-Ao aplicadas, cumulativamente, as sangbes a ele cominadas. § 2° A adverténcia serd aplicada pela inobservancia das disposicées deste Cédigo e da legislacao em vigor, ou de preceitos regulamentares, sem prejuizo das demais sancdes previstas neste artigo. § 3° A multa simples serd aplicada sempre que o agente, por negligéncia ou dolo: | - advertido por irregularidades que tenham sido praticadas, deixar de sané-las, no prazo assinalado pela autoridade competente; II opuser embaraco a fiscalizagao dos agentes da SEMA ou do CODEMA; § 4° A multa simples pode ser convertida em servicos de preservacio, melhoria e recuperacéo da qualidade do meio ambiente. § 5° A multa didria serd aplicada sempre que o cometimento da infracao se prolongar no tempo, até a sua efetiva cessagéo ou regularizacao da situacao, e variaré de R$ 50,00 (cinqiienta reais) para as infracées leves, de RS 500,00 (quinhentos reais) para as infracdes graves e de RS 1.500,00 (um mil e quinhentos reais) para as infragoes gravissimas. § 6° A apreensao e destruicéo referidas neste artigo obedecerdo o seguinte procedimento; 1 0 animais serdo libertados em seu habitat ou entregues a jardins zool6gicos, fundacées ou entidades assemelhadas, desde que fiquem sob a responsabilidade de técnicos habilitados; Il tratando-se de produtos pereciveis ou madeiras, serdo estes avaliados e doados a instituigdes cientficas, hospitalares, penais e outras com fins beneficentes; IIL- 05 produtos e subprodutos da fauna nao pereciveis serdo destruidos ou doados a instituigbes cientifcas, culturais ou educacionais; IV- 0s instrumentos utilizados na pritica da infragao serdo vendidos, garantida a sua descaracterizacao por meio de reciclagem. § 7° A determinacao da demoligéo de obra de que trata este artigo, sera de competéncia da autoridade do 6rgao ambiental e seu cumprimento estar a cargo da SMO, a partir da efetiva constatagdo pelo agente autuante da gravidade do dano decorrente da infracio. § 8° As sancoes restritivas de direito so; | - suspensdo de registro, licenga, permissao ou autorizacéo; I1- cancelamento de registro, licenga, permisséo ou autorizacio; IIL- perda ou restrigao de incentivos e beneficios fiscais; IV - perda ou suspensao da participacdo em linhas de financiamento municipais em estabelecimentos oficiais de crédito; V- proibicdo de contratar com a Administracdo Piiblica, pelo perlodo de até trés anos. § 9° Respeitados os limites previstos no art. 217 deste Cédigo, os valores das multas poderdo ser elevados ou reduzidos até o décuplo, de acordo com a existéncia de circunstncias atenuantes ou agravantes, ou ainda, se assim 0 Tecomendar a. situacdo econdmica do infrator. Art. 215. Os valores arrecadados em pagamento de multas por infracao ambiental serdo revertidas ao Fundo Municipal do Meio Ambiente. Art. 216 A multa teré por base a unidade, hectare, metro cibico, quilograma ou outra medida pertinente, de acordo com o objeto juridico lesado. Art, 217 0 valor da multa de que trata esta Secdo serd fixado conforme o anexo Ill deste cédigo, sendo corrigido com periodicidade minima anual e com base no IGPM da Fundacdo Getilio Vargas. Art.218 0 pagamento de multa ambiental imposta pelo drgao competente do Estado ou da Unido substitui ‘a multa municipal na mesma hipotese de incidéncia. Art. 219 A imposigdo de multa por perfodo superior a 30 (trinta) dias, sem que haja solucao para o problema ambiental ensejard na suspensdo da atividade pela SEMA. Art, 220 0 pagamento da multa nao exime o infrator da obrigagdo de reparar os danos resultantes da raco, bem como a reparacao do dano nao o exime do pagamento da multa aplicada, Art. 221 Constitui reincidéncia a pratica de nova infracéo ambiental cometida pelo mesmo agente no periodo de 5 (cinco) anos, independente de sua natureza. § 1° Constitui reincidéncia especifica a pratica da mesma infragdo ambiental cometida pelo mesmo agente no periodo de 3 (trés) anos. § 2° No caso de reincidéncia, a multa a ser imposta terd seu valor aumentado em um terco e, no caso de reincidéncia especifica, do dobro, Art. 222 Sao circunstancias atenuantes: 1+ baixo grau de instrugao ou escolaridade do agente; II artependimento do infrator, manifestado pela espontanea reparacdo do dano, ou limitacao significativa da degradacio ambiental causada; IIl- comunicagao prévia pelo agente & autoridade competente, em relagéo a perigo eminente de degradagao ambiental; IV -a colaboracéo com os agentes encarregados da fiscalizacdo e do controle ambiental; Art. 223 Sao circunstancias agravantes: 1 areincidéncia e a reincidéncia espectica; Il ter 0 agente cometido a infragéo: a) para obter vantagem pecuniéria; b) coagindo outrem para a execucéo material da infragdo; 0) afetando ou expondo a petigo, de maneira grave, a saide péblica ou o meio ambiente; 4) concorrendo para danos & propriedade alheia; ¢)atingindo dreas de unidades de conservagao ou reas sujeitas, por ato do Poder PUblic, a regime especial de uso; f) atingindo dreas urbanas ou quaisquer assentamentos humanos; 4g) em perfodo de defeso a fauna; 1) em domingos e fetiados; i) noite; j) em épocas de seca ou inundacées; k) no interior do espaco territorial especialmente protegido; 1) com 0 emprego de métodos cruéis para abate ou captura de animais; m) mediante fraude ou abuso de confian 1) mediante abuso do direito de licenca, permisséo ou autorizacéo ambiental; 0) no interesse de pessoa juridica mantida, total ou parcialmente, por verbas piblicas ou beneficiada por incentivos fiscais; p)atingindo espécies ameacadas, listadas em relatérios oficiais das autoridades competentes; 4) facltada por funcionério piblico no exercicio de suas funcées. Art. 224 As multas nao pagas no prazo de 30 (trinta) dias corridos a partir de seu vencimento serao encaminhadas & SMF para inscrigéo em Divida Ativa, acrescendo-se de juros, multas e correcées nos termos fixados pelo Cédigo Tributério Municipal Art. 225. Sao infragdes ambientais, dentre outras: | contribuir para que um “corpo d'agua” fique em categoria de qualidade inferior & prevista na classificagao oficial; 11 contribuir para que a qualidade do ar ambiental seja inferior ao nivel minimo estabelecido em resoluséo; IIL emitir ou despejar efluentes ou residuos liquidos ou gasosos causadores de degradagao ambiental, em desacordo com o estabelecido em resolugéo ou licenca ambiental; IV - exercer atividades potencialmente degradadoras do meio ambiente, sem licenga ambiental legalmente exigivel ou em desacordo com a mesma; V - causar poluigéo hidrica que torne necessério a interrupcao do abastecimento puiblico de Agua de uma comunidade; VI- causar poluigdo de qualquer natureza que provoque destruigéo de plantas cultivadas ou silvestres; VII- ferir, matar ou capturar, por quaisquer meios, nas Unidades de Conservacao, exemplares de espécies consideradas raras da biota regional; Vill - causar degradacéo ambiental mediante assoreamento de cursos 4’ Unidades de Conservacio; gua ou erosdo acelerada, nas 1X - desrespeitarinterdicGes de uso, de passagem e outras estabelecidas administrativamente para proteco contra a degradacéo ambiental; X- impedir ou dificultar a atuacéo dos agentes credenciados pelo Municipio, para inspecionar situacéo de perigo potencial ou examinar a ocorréncia de degradacéo ambiental; XI- causar danos ambientais de qualquer natureza, que provoquem destruicdo ou outros efeitos desfavoraveis a biota nativa ou as plantas cultivadas e criacdes de animais; XII - descumprirresolugdes do Municipio, no que se refere & destinacao final de pilhas, baterias e pneus usados previstos neste Cédigo; XIII - realizar em areas de protecdo ambiental ou quaisquer outras Unidades de Conservacao, sem licenga do respectivo érgao de controle ambiental, abertura de canals, supressao de vegetacéo ou obras de terraplanagem, com movimentacéo de areia, terra ou material rochoso, que possam causar degradacéo ambiental; XIV - causar poluigéo de qualquer natureza que possa trazer danos & saiide ou ameacar o bem-estar; XV - causar poluigéo atmosférica que provoque a retirada, ainda que momenténea, dos habitantes de um quarteirdo urbano ou localidade equivalente; XVI - causar poluigéo do solo que torne uma drea, urbana ou rural, impropria para ocupagéo humana; XVII - usar poluicéo de qualquer natureza, que provoque mortandade de mamiferos, aves, répteis, anfbios e peixes XVIII - causar poluigéo visual de qualquer natureza, ainda que temporaria, que venha agredir 0 conjunto paisagistico do local. Art. 226 Toda e qualquer infragio prevista neste Cédigo, ensejaré a lavratura de “Notificagéo Preliminar”, com prazo fixado para solucio da irregularidade, independente das sangées cabiveis. Art. 227 As multas poderdo ter a sua exigibilidade suspensa quando o infrator, por termo de compromisso aprovado pela autoridade ambiental que aplicou a penalidade, se obrigar a adocdo de medidas especficas para cessar e cortigit a degradacéo ambiental Pardgrafo Unico. Cumpridas as obrigacGes assumidas pelo infrator a multa serd reduzida em 50% (cingiienta por cento). Art. 228 A aplicacao da multa didriaserd suspensa a partir da comunicacao escrita pelo infrator de que foram tomadas a providéncias exigidas. § 1° O efeito suspensivo de que trata este artigo cessard se verificada a inveracidade da comunicacao. § 2° Apés a comunicagao mencionada neste artigo, sera feita inspegao por agente credenciado, retroagindo o termo final de aplicagdo da penalidade a data da comunicagdo Art. 229 Independente das sancées cabiveis, em caso de iminente risco para a satide humana ou integridade da fauna, da flora ou dos recursos ambientais, poderd ser determinada, em cardter cautelar, a suspensao imediata das atividades, em despacho fundamentado do Secretério Municipal do Meio Ambiente Art. 230. Na ocorréncia de reincidéncia, podera a autoridade competente determinar a apreensio ou interdigdo da fonte causadora de degradacéo ambiental Pargrafo Unico. Tratando-se de estabelecimento comercial ou industrial, a respectiva licenca para localizagao ou funcionamento poderd ser cassada capiTuLO xy DA TAXA DE CONTROLE E FISCALIZAGAO AMBIENTAL (TCFA)

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