Parecer N - 02 - Energia El - Trica - Cobran - A de Csuteio de Ilumina - o P - Blica Na Fatura Mensal de Energia El - Trica - 15 - PJ de Governador Valadares - 02 de Abril de 2019

You might also like

Download as pdf
Download as pdf
You are on page 1of 12
MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Belo Horizonte, 02 de abril di PARECER TECNICO;* oD | 208 PAAF n& 0024.19.001287-2 - Trata-se de solicitagdo de ap je 2019. io da Promotoria de Justica de Governador Valadares acerca da regularidade A : SSUNTO: Ga cobranca de custelo de iluminacso publica na fatura mensal de energia elétrica 1, DOS FATOS Trata-se de consulta encaminhada pela Promotoria de Justia de Governador Valadares, solicitando andlise da legalidade da cobranca da Contribuicgo de Custeio de lluminag3o Publica na fatura mensal de energia elétrica, A referida Promotoria de Justica foi provocada mediante representacio da vereadora Rosemary Mafra Nunes Leite, que alegou ter sido procurada por moradores de Governador Valadares. A representacao cita a Lei Complementar Municipal n° 43, de 27 de dezembro de 2002, que “dispde sobre a cobranga de contribuicso de custeio dos servicos de iluminacao publica e da outras providéncias ~ CCSIP”, a qual foi alterada pela Lei Complementar Municipal n? 183, de 03 de dezembro de 2014, que passou a prever o célculo da mencionada contribuicSo “sobre o valor da Tarifa de lluminac3o Pdblica aplicada pela concessionaria — CEMIG — 20 Municipio, devendo ser adotados, nos intervalos de consumo indicados, os percentuais correspondentes”, mediante aplicago dos percentuais indicados no artigo 62, A contribuicéo, outrora calculada sobre o valor do consumo mensal de energia elétrica de cada contribuinte, passou a ser calculada sobre o valor da tarifa de iluminacao publica aplicada pela CEMIG a0 Municipio. A representacdo 4 Promotoria de Justica de Governador Veladares pretende a intervengo do Ministério Publico para que apure a ilegalidade da base de cdlculo vtilizada para a cobranca da contribuicSo. Conforme documentagao juntada aos autos do PAAF, ha diversas decisées judiciais transitadas em julgado, em feitos individuais, decarando a ilegalidade da base de célculo utilizada, Eo breve relatério. Passa-se a anilise da questo. * Parecer aoravado na reuniio da Rede PROCON-MG ocorrida em 28/03/2018, com alteragées. Procon MG - Ras doe Grustces 1202, Cen ele Horeome MG ge MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS 2, DOS FUNDAMENTOS 2.1, Da natureza juridica da COSIP A contribuigdo para © custeio do servico de lluminagao publica tem previstio constitucional no artigo 149-A: ‘Art. 149-A Os Municipios e o Distrito Federal poderdq instituir contribuigéo, na forma das respectivas lels, para 0 custelo do servigo de iluminagao piiblica, observadio 0 disposto no art. 150, le HI. {Incluldo pela Emenda Constitucional nt 39, de 2002) Pardgrafo Unico, € facultada a cobranca da contribuigdo a que se refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica. (Incluido bela Emenda Constitucional n? 38, de 2002) (gritos nossos) Consoante dispée 0 Supremo Tribunal Federal na Sumula Vinculante n 44: "0 servico de iluminagéo puiblica ndo pode ser remunerado mediante taxa.” Referida simula vinculante retrata o precedente representative firmado pelo STF no Recurso Extraordinario n? 573.675: | = Lel que restringe os contribuintes da Cosip aos consumidores de energia elétrica do Municipio ngo ofende 0 principio da isonomia, ante a impossibilidade de se identifier e tributar todos 05 beneficidrios do servigo de iluminagao publica, iI ~ A progressividade da aliquota, que resulta do ratelo do custo da iluminago publica entre 0s consumidores de energia elétrica, no afronta o principio da capacidade contributiva, Ill — Tributo de cardter su/ generis, que no se confunde com um posto, porque sua receita se destina a finalidade especifica, nem com uma taxa, por nfo exigir a contraprestacdo individualizada de um servigo ao contribuinte. IV— Exaglo que, ademais, se amolda aos principios da razcabilidade e da proporcionalidade. (RE 573.675, rol. min. Ricardo Lewandowski, ?, j, 25-32-2008, DIES4 de 22-5 2008, Teme 44.) (grfos nossos) © STF entende, portanto, que a COSIP constitui um novo tipo de contribuiclo que nao se enquadra nos padrdes estabelecidos nos artigos 149 e 195 da CF, ou seja, é uma exac&o subordinada a disciplina prépria, sujelta, contudo, aos principios constitucionais tributérios, haja vista enquadrar-se inequivocamente no genero tributo. Ademais, vale destacar que o artigo 1°, Pardgrafo Unico, da Lei Federal n2 7.347, de 1985, assim dispde: Art. 1° fo) Pardgrafo Unico. NSo serd cabivel ago civil publica para veicular pretenses que envolvam tributos, contribuigées previdenciérias, o Fundo de Garentia do Tempo de Servigo - FGTS ou outros fundos de natureza institucional cujos beneficiérios podem ‘er individusimente determinados. Proc: Rua don Gntacszes | 202 Centro, Bele Horton, MG MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Assim, demandas sobre questdes tributarias no podem ser coletivizadas por meio de aco civil publica, conforme disposicao legal. Outrossim, @ representagio sobre a suposta ilegalidade da base de caleulo da contribuicso ndo pode ser objeto de anélise por este org3o de Protego © defesa do consumidor, ao qual ndo compete analisar relacdes tributérias e tampouco base de calculo de tributos. Nesse ponto, caberia analise Por parte da Promotoria de Justica de Defesa da Ordem Econdmica e Tributaria quanto a uma suposta cobranga indevida de tributos, podendo a autoridade de defesa do consumidor realizar tal encaminhamento. 2.2. Da violagao ao direito constitucional de aco e ao Cédigo de Defesa do Consumidor (Lei Federal n® 8,078/90) Abstraindo-se @ questéo a respeito da base de célculo da COSIP, sobre a qual no podemos nos adentrar enquanto Procon ou érgdo de execugiio do Ministério Publico, a forma de cobranca da contribui¢go atrelada & das tarifas de fornecimento de energia elétrica, merece andlise detida. A cobranga da tarifa de energia elétrica implica relagdo juridica de consumo, As tarifas, ou pregos piblicos, “nao sao tributo, esto sujeitas 20 regime juridico administrativo, configuram obrigagéo de natureza contratual, teoricamente facultativa” (ALEXANDRINO, PAULO, 2013, p.752), pelo que se distinguem da natureza tributaria das taxas Nao obstante tal diferenciagio, o fato & que, inicialmente, a cobranca vinculada da COSIP e da tarifa de energia elétrica acaba por violar o direito Subjetivo de aco, constitucionalmente garantido a todo cidadao (artigo 52, XXXV, CR/88). i850 porquanto, na hipstese de o consumidor no concordar com 2 cobranca do consumo de tarifa de energia elétrica, ficard obstado de se dirigir 30 Poder ludiciario no intuito de fazer valer o seu direito subjetivo, porque nao Boders deixar de parar o consumo de energia elétrica sem que deixe, concomitantemente de pagar 0 tributo a esse vinculado, no particular, a COSIP. Nesse sentido, a eventual discordancia sobre o valor atribuido 30 consumo de energia elétrica ensejaré uma das duas condutas: ou o consumidor nao paga 2 fatura, dando ensejo & caracterizacdo de eventual pratica de sonegacao fiscal; ou paga referida fatura e vé seu eventual direito subjetivo a uma discussie judicial do valor da fatura de energia elétrica totalmente desprotegido. Em ‘caso similar, assim decidiu @ 12 Vara Civel da Comarca de Paranavai/PR, verbis. Axrslagiode consumo na prestacdo # cobranca de consumo de agua e de servico de esgoto é evidente, no sendo lcito aos réus oretender descolar a auestio paras aspeste meramente tributdrio, em razio da cobrence coniunta da taxa de coleta de lng. Assim, ainds que esta se caracterize como relacio tributérla — afastando a aplicagzo do CDC quanto @ discusso da legalidade ou constitucionalidade de sua InstituleSo e errecadagio (0 que, como ja visto, ndo € objeto da presente lide) ~ Proc Ras ds Gouseans, | 202, Cera, Bele Horn MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS lamals poderia deixar de enquadrar-se como relacdo de consumo o fornecimento de ‘qua e servicos de esnote. (In: Apela Te Reexame Necessério n? 181850: Cémara Civel do Tribunal de Justica do Estado do Parans - Rel. Marcos Moura - Jule, ‘em 25.03.2008) (grifamos) Da analise conjunta dos artigos 22, 39, inciso VI, e 51, inciso !V, todos do. Cédigo de Defesa do Consumidor, infere-se que a cobranga da COSIP de forma vinculada ao consumo de energia elétrica, nfo constando de forma separada o seu cédigo de barras na fatura ou meio para pagar de forma separada, abusiva e, logo, indevida Nesse sentido dispde 0 artigo 39, inciso VI, do Cédigo de Defesa do Consumidor, verbis: ‘Art. 39, € vedado ao fornecedor de produtos ou servigos, dentre outras préticas abusives: (oJ Vi- executar servicos sem a prévia elaboraglo de orgamento e autorizago expressa do consumidor, ressalvadas as decorrentes de praticas anteriores entre as partes; Logo, considerando a interpretacdo teleolégica da norma, se ¢ vedado realizar servigos sem autorizagéo expressa e prévia dos consumidores, muito menos seré permitido cobrar pelo servico realizado de uma forma a qual os consumidores ndo_anuiram. Pelo menos 2 anuéncia dos consumidores previamente & mencionada forma de cobranga conjunta ha que ser exigida, na hipétese mais absurda. Lado outro, o artigo 22 do Cédigo de Defesa do Consumidor estabelece a obrigatoriedade aos érgéos pUblicos de fornecer servigos adequados, eficientes, seguros e, ainda, continuos, visto que o fornecimento de energia elétrica enquadra-se como servico essencial. Da forma como esta havendo a cobranga da COSIP, resta evidente o risco de interrupgao do servigo essencial de fornecimento de energia elétrica, caso o consumidor no possa pagar o valor integral da fatura, considerando a inexisténcia de opgao para que o consumidor pague unicamente os valores referentes ao seu consumo. Nesse sentido, resta violado também o artigo 6%, IV, do Cédigo de Defesa do Consumidor, pela adocao de prética abusiva imposta no fornecimento de servigo de energia elétrica,* Nesse diapasdo, as seguintes decisdes do Tribunal de Justica do Parana e de Minas Gerals, verbis: * Vale mencionar a propositura, pela 149 Promotoria de Justiga de Defesa do Consumidor da Capital, de aco civil publica em face da Companhia Enérgetica de Mines Gerais (CEMIG), abordando esses questdes, no ano de 2003. A ACP foi assinada pelos enti Promotores de Justiga de Defesa do Consumidor Renato Franco de Almeida e Marcos Tofani Baher Bahia. Referido felto encontra-se paralisado no Tribunal de Justica de Minas Gerais desde 2008, conforme dados do proceso. Seguem cépias de peras pertinentes & referida ACP. Proc Rua cx Govacons, 1202 Cen, Bul Horo, MG MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS EMBARGOS DE DECLARAGKO - ACAO CIVIL PUBLICA - PROPOSITURA PELO MINISTERIO PUBLICO - COBRANGA CONJUNTA (‘CASADA’) DAS CONTAS DE AGUA E COLETA DE LIXO - DIREITO DO CONSUMIDOR - CONCESSAO LIMINAR - PROCESSO EXTINTO SEM JULGAMENTO DE MERITO EM SEDE DE AGRAVO DE INSTRUMENTO - OPOSIGAO DE EMBARGOS OECLARATORIOS COM EFEITO MODIFICATIVO - FIM DE PREQUESTIONAMENTO - EQUIVOCO DA CAMARA, EVIDENTE ~ ADMISSIBILIDADE - ACOLHIMENTO - ACORDAQ CASSADO RECONHECENDO A LEGITIMIDADE DO MINISTERIO PUBLICO 1-0 Ministério Pablico detém legitimidade para propor ago civil publica, nos termos do art. £2, 1, do CDC, cujo diploma legal contempla uma amplitude méior daqueta preconizada na lel n? 7.347/85, 18 decidiu 0 TAPR, por sua 42 Camara Civel (ac. 11,488), que '0 Ministerio Publica tem legitimidade pera ajuizer acdo civil pliblica, na defese de direitos individuais homogéneos, de interesse do consumido:' (rel. Jule surandyr Souza Jinlor, | 12.08.89), 11- Precedente do TIMS, assim vem vazado (Apelaro Civel n® 62,092-4, de Dourados|: 'AGKO CIVIL PUBLICA - IMPUGNAGAO AS COBRANCAS, JUNTO A CONTA DE LUZ, DA TAXA DE ILUMINAGAO PUBLICA E, COM A CONTA DF AGUA, DA TAXA DE COLETA DE UXO - ACEO PROPOSTA PELO MINISTERIO PUBLICO E PELA DEFENSDRIA PUBLICA DE DEFESA 00 CONSUMIDOR - LEGITIMIDADE ATIVA - APELACAO IMPROVIDA, A forma de cobranga de conta do consumidor de servi¢as piiblicos, que atinge rndimero indeterminado de pessoas e, ainda que datermindvel, de dificil ldentificagao, Constitul interesse difuso ou, no minima, celetivo, 2 justificar a atuacdo ministerial Ainda que a taxa constitua tributo, néo delxa ela de remunerar servicos que, embora juridices, 380 fomecidos = consumicores finais, de modo que entre os sujeitos envolvides estabelece-se relagio juridica de consumo que autoriza os érgios de defesa dos consumidores a substituirem estes na defesa dos respectivos interesses lart. 82 ¢/c art. 91, Lei 8,078/90)', ‘AGRO CNVIL PUBLICA - IMPUGNACAO AS COBRANCAS, JUNTO A CONTA DE LUZ, OA TAXA O& ILUMINACRO PUBLICA E, COM A CONTA DE AGUA, DA TAXA DE COLETA D0. LINO AKO ADEQUADA PARA DEFESA DE INTERESSES DE CONSUMIDORES DE SERVICOS PUBLICOS, A aco cwil publica é o instrumento adequado para a defesa de interesses de consumidores do servigo piiblice (art, 12, I, L. 7.347/85 cfc art. 3° © art. 83, L. 8.078/50)" "AGRO CIVIL PUBLICA - IMPUGNACAO AS COBRANGAS, JUNTO A CONTA DE LUZ, DA TAXA DE ILUMINAGAO PUBLICA E, COM A CONTA DE AGUA, DA TAXA DE COLETA DO LIXO - COBRANCAS CONJUNTAS SEM POSSIBILIDADE DE O CONTRIBUINTE PAGAR A CONTA POR INTEIRO OU DEIXAR DE PAGA-LA EM PARTE - FALTA DE PREVISAQ LEGAL DE CORTE DE FORNECIMENTO DE UM SERVICO PELA FALTA DE PAGAMENTO DO GUTRO - COBRANCA CONJUNTA QUE REPRESENTA AMEACA DE ‘CORTE DE SERVICO ESSENCIAL AO CONSUMIDOR PELA FALTA DE PAGAMENTO QUE ‘A TANTO NAO CHEGARIA - OFENSA A DIREITO DO CONSUMIDOR - COBRANCA, CONJUNTA VEDADA - RECURSO IMPROVIDO.. 28 que do existe possibilidade de o contribuinte pagar apenas um dos valores cobrados em contas de luz e de agua, e visto como nao ha previséo legal para corte 0 fomecimento de tais servigos essenciais por falta de pagamento de outros ‘ributos, a cobranga conjunta destes com aquelas representa constrangimento 3 ‘que ndo pode ser exposto 0 consumidor do servico piiblico (art. 42, CDC). Pode, Pois, 0 magistrado impedir praticas que tals, abusivas do direlto do consumidor (art, 68, NV,CDC}' (Ap. Civel 62.082-4, Dourados, rel, Des. Jorge Eustécio da Silva Frias, j 23.09.99). Procon MG Rao doe Govoctes 1202, Con Belo Ranson A ED ZB 4 3 MINISTE sRIO PUBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS ACKO DECLARATORIA C/C PEDIDO DE REPETICAO DE INDEBITO - AUSENCIA DE INSCRIGAO SUPLEMENTAR 00 ADVOGADO EM CONSELHOS SECCIONAIS - MERA IRREGULARIDADE ADMINISTRATIVA ~ COBRANGA OE TARIFA POR SERVICO DE ESGOTO - PRECO PUBLICO - SERVICO PRESTADO - LEGALIDADE DA COBRANCA - COLETA DE LIXO - SERVICO PUBLICO £ COMPULSORIO - DIVISIBILIDADE - INSTITUICAO ATRAVES DE TAXA - iLEGALIDADE DA "TARIFA DE COLETA OE LIX" - TARIFA DE ESGOTO E CONTA DE AGUA - COBRANCA EM FATURA UNICA - POSSIBILIDADE, - falta de inscrigéo suplementar do advogado em outra Seccional da OAB gera, apenas, agio administrativa ou disciplinar, nao inabilitando o profissional para @ pratica de atos processuais. - A contraprestacio pela utilzaco da rede de dgua e esgoto denomina-se prego piiblico, uma vez que é paga de forma voluntéia, e, portanto, é legal a instituiglo da cobranga pelo servigo através de tarifa, sendo devida 2 ‘remuneracdo pela manutengao da rede (coleta e descarga dos esgotos), ainda que as estagBes de tratamento de esgoto no estejam em funcionamento de forma satisfatéria para toda a populagio. - O servigo de coleta de lixo é de natureza estatal @ de utilzago compulséria, impondo-se que a contraprestacdo pelo servico seja exigida através de taxa, e, portanto, é ilegal 2 chemada Tarifa de Coleta de Lixo, que viola 0 art. 445, 1, da Constituigo Federal, tornando indevids 2 sua exigéncia,- € possivel a cobranga da tarifa de esgoto juntamente com a conta de agua se 03 valores sao cobrados de forma individuelizada, permitindo ao contribuinte ter ciéncia da quantia a ser paga por cada servigo prestado, Tal procedimento se justitica pela conveniéncia administrativa, por implicar melhor relagdo de custo/beneficio e economia de material de consumo, sendo as vantagens revertidas em proveito do préprio contribuinte. (Apelacde Civel n? 1,0439.08.082148-1/001 - 78 Cémara Civel do Tribunal de Justica do Estado de Minas Gerais - Rel. Wander Marotta - Julg. em 23/03/2010) (grifo nosso} Em andlise jurisprudencial do Superior Tribunal de Justica, verifica-se ter sido proferida um acérdao de relatoria do Ministro Mauro Campbel Marques, da 28 Turma, no AgRg no REsp 1319307/SC. No mencionado julgado, entendeu-se que a questo de cobranga vinculada da COSIP no mesmo cédigo de barras da tarifa de energia elétrica é de matriz constitucional e, portanto, sua anélise compete ao Supremo Tribunal Federal (STF), Assim conclu Da analise dos autos, verifica-se que 0 acérdio impugnado, a0 entender pela hecessidade de existir uma cobranca desvinculada entre o consumo de energia elétrica ea COSIP, assim fer fulerado, exclusivamente, em normativos constitucionais (arts. 21, Xll; 109- A; 150 da Constituicgo Federal), o que afasta a possibilidade de analise da pretensio recursal em sede de recurso especial, Assim, a competéncia sé poderia ser atribuida ao Supremo Tribunal Federal, pelo recurso préprio, conforme o que dispée © art. 102, Il, da Constituicko Federal No Supremo Tribunal Federal, no hd acérdaos sobre a mencionada forma de cobranga vinculada. Nao obstante, a seguinte decisio monocratica do Ministro Luis Roberto Barroso permite a cobranca da COSIP no mesmo cédigo de barras da tarifa de energia elétric: desta Corte, informanda que ha recurso extraordinério pendente de julgamento, interposto no Tribunal Regional Federal da 4® Regléo, Houve o julgamento apenas do recurso extraordinério de fis, 3119/3127, A 6 Interposto contra julgado proferido pelo Superior Tribunal de Justiga (fis. 3066/3077). Passo ae exame dos recursos pendentes, Praca Ha do Goto, 1202, Con, al Horton MS MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Trata-se de recursos extraordinsrios contra acérdso assim ementade: “ACAO CVIL PUBLICA COMPETENCIA DA JUSTICA FEDERAL, LEGITIMIDADE MPF, AUSENCIA DE RELACAO TRIBUTARIA AUSENCIA DE LITISCONSORGO PASSIVO [NECESSARIO. COBRANCA INTEGRADA. IMPOSSIBILIDADE. E indisestivel e competéncie da Justica Federal em razda de a demanca ter sido ajuizaéa contra auterquia federal sob regime especial, qual seja, a ANEEL, competente pare fscalizar a exploracio do service publica de distribulgdo de energia, Em se tratando de instremento de tarife, remuneraco do concessionério de servige pablico, n80 hé que se falar em relacSe tibutdria, Afasteda 2 alegacio de Itisconsércio passive necessério entre of Municipios € a CCELESC, vez que o Interesse deles € tio somente econémica, Fara que se pretenda ter um servigo adequado, nas moldes da legislacéo de regéncis de matéria, nfo se pode efetuar 8 cobranga em um mesmo cédigo de leiture 6tica, dos valores referentes ao consumo mensal e do valor devido a titulo de COSIP, Ha que se ter a autorizaso do consumider para cobrar tudo junto no mesmo eddigo e barras ou, entfo, tem que se destacar a valor referente 20 COSIP, no pocendo haver corte no fornecimento de energia elétrica ante 2 auséncia de pagamento do tributo’. O recurso do Municipio de Joinville/SC busca fundamento no art, 102, Il, a, da Constituicdo Federal (fs. 2826 do volume 8). A parte recorrente alega violagao 208 arts. 149-4 @ 225 da Constituigdo. Sustenta que: (i) ¢ COSIP faz parte sim do consumo mensal de energia elétrica; (| 0 entencimento expliitado pelo Tribunal de origem viola o meio ambiente; (i) a decisio agravada (fis. 2827/2928 do volume 10) negou guimente 20 recurso sob os seguintes fundamentos de que nio foram especificadas as supostas violagbes constitucionais, pelo cue incide a Simula 284/STF © recurso do Municipio de ttajal/SC busca fumdamento no art 102, tl, a, da Constituicdo Federal (Fis. 2430 e seguintes do volume 8). A parte recorrente alegs violagdo 20s arts, 149-A, da Carta, A parte recerrente sustenta: (i) « possibilidade de cobranga em um mesmo cédigo de barras da fatura de energie elétrice, de Contribtisio para 0 Custeio do Servico de lluminag0 Publica, por néo velar o direlto os consumidores; (i) @ constitucionalidade da auséncia de autoriza¢io dos consumidores para que a cobranca no seja feita em dots cddigos de barra diferentes; {i @ue 2 COSIP possui natureza tributéria; (iv) que houve interpretacdo restritive do a. 149-4 da Constituigde. © recurso foi admitido ns origem consoante decisio de fis 2917 e seauintes do volume 20. © recurso da CELESC busca fundamento no art. 102, I, 2, de Constituigdo Federal (fs, 2626 ¢ seguintes do volume 9), A parte recarrenta alega violagao aos arts, 149-A, Pardgrafo Unico, da Carta. & parte recorrente sustenta (i) 8 COSIP é um tribute, mas ode ser institulde or Lei Organica do municipio, ficando 2 eritério do Ente ‘ributante © procedimento adotedo pare a cobranca; il) nBo se exige let pora 9 cobranca da referida exagao; (i) falta de competéncia da concessionarla de exigit COSIP em separado porquanto trate-se de contiibuigso d@ competéncia dos Municiplos. O recurso foi admitide na origem consoante decisio de fis, 2917 ¢ seguintes do volume 10. © recurso da ANEEL busca fundamento no art. 102, Il, 2, da Constituicéo Federal (fis, 2784 @ saguintes do volume 9). 8 parte recorrente alega violagdo a0s arts, 28, 149-A, da Carta. Sustenta: ()ailegtimidade do Ministério Pdblico; i) a legaidade da forma de cobrance de COSIP; (ii) a cobranga da COSIP no pode ser considerads como arestagao de servicos ¢ que a cobranca de tributes no fere os direitos do consumider; (Wv) existéncia de violagde & separacdo dos Poderes; (v) e ofensa 3 Competéncie regulatéria da ANEEL. 0 recurso foi admitido na origem consoante decisio de fis. 2517 e seguintes do volume 10 Presentes os pressupostos de atmissibiidade do recurso extraordindrio do Municipio de Joinvile/SC, paso 30 exame do mérito de todos os recursos entr20rdinatios pendentes. ProconsiiG- Ra do Gocese. 1202, Cnt, Bla Horii MO MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS [As pretens6es secursais merecem prosperer, tendo em vista que 0 acérdio recortide néo esta alinhado com o entendimento desta Corte sobre a matéria, Confiram-se: "CONSTITUCIONAL, TRIBUTARIO, RE INTERPOSTO CONTRA DECISAO PROFERIDA EM AGAO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE ESTADUAL. CONTRIBUIGAO PARA CUSTEIO 00 SERVIGO DE ILUMINACKO PUBLICA - COSIP, ART. 149-A DA CCONSTITUIGAO FEDERAL. LEI COMPLEMENTAR 7/2002, DO MUNICIPIO DE SAO JOSE, SANTA CATARINA, COBRANCA REALIZADA NA FATURA DE ENERGIA ELETRICA, UNIVERSO DE CONTRIGUINTES QUE NAO COINCIDE COM O DE BENEFICIARIOS DO SERVICO. BASE DE CALCULO QUE LEVA EM CONSIDERAGAO O CUSTO DA ILUMINAGAO PUBLICA E 0 CONSUMO DE ENERGIA. PROGRESSIVIDADE DA ALIQUOTA QUE EXPRESSA 0 RATEIO DAS DESPESAS INCORRIDAS PELO MUNICIPIO. OFENSA AOS PRINCIPIOS DA ISONOMIA E DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA, INOCORRENCIA. EXAGAO QUE RESPEITA OS PRINCIPIOS DA RAZOABNIDADE & PROPORCIONALIDADE, RECURSO EXTRAORDINARIO IMPROVIDO. | - Lei que restringe os contribuintes da COSIP aos consumidores de energia elétrica do municipio néo ofende o principio da isonomia, ante a impossibilidade de se identificare tributar todes os beneficlérios do servigo de iluminagdo piiblica. I-A progressividade de aliquota, que resulta do ratelo do custo da iluminag3o publica entre os consumidores de energia elética, néo afronta o principio da capacidade contributiva, Ill-Tributo de carater sui generis, que no se confunde com um Imposto, porque sua receita se destina a finalidade ‘specifica, nem com uma taxa, por ndo exigir a contraprestagao individualizada de um servigo ao contribuinte, IV - Exagdo que, ademais, se amolda aos principios da razoabllidade e da proporcionelidade. V - Recurso extraordinério conhecida e improvide.” (RE 573.675/SC, Rel. Min. Ricardo Lewandowski) “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINARIO. _ TRIBUTARIO, CONTRIBUIAO PARA O CUSTEIO DO SERVIGO DE ILUMINACKO PUBLICA. CONSTITUCIONALIDADE, RE 573.675-RG/SC. ACORDAO RECORRIDO QUE SE FUNDA EM PRECEDENTE FIRMADO PELO TRIBUNAL DE JUSTICA DE SAO PAULO CONTRARIO ‘AO ENTENDIMENTO DESTA CORTE. CIRCUNSTANCIA QUE NAO OBSTA A APUCACAO DO ENTENDIMENTO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL SOBRE O TEMA, AGRAVO IiPROVIOO. | = Esta Corte, ao julgar © RE 573.675-RG/SC, de minha relatoria, reconheceu a repercusséo geral do tema em exame e assentou que a contribuicdo para custeio do servigo de luminagSo publica consttui, dentro do gnero tributo, um novo tipo de contribuicdo que no se confunde com taxa ou imposto, Il ~ Condluiu-se, ainda, pela possibilidade de se eleger como contribuintes os consumidores de energia elétrica, bem como de se calcular a base de célculo conforme 0 consumo e de se variar 8 aliquota de forma progressiva, consideradas @ quantidade de consumo e as caracteristicas dos diversos tipos de consumidor. Ill ~A circunstancia de 0 acérd3o de origem se amparar em precedente firmado no Julgamento de ADIN pelo Org8o Especial do Tribunal de Justica do Estado de S80 Paulo para assentar @inconstitucionalidade da contribuigso em questo nao obsta a apticacso, a este caso, do entendimento desta Corte sobre a matéria IV = Agravo regimental improvido.” (RE 724.104-AgR, Rel, Min, Ricardo Lewandowski) Diante do exposto, com base no art. 21, § 28, do RYSTE, dou provimento aos recursos extraordindrios para reconhecer a constituefonalidade da cobranca da COSIP por meio de um mesmo cédigo de Barras; isto 6, conjuntamente com a conta de energia elétrica. Sem condenagdo em honorérios. Invertida a condenaco em custas. (STF, ARE 886753 / OF - DISTRITO FEDERAL, RECURSO EXTRAOROINARIO COM AGRAVO, Julgamento: 21/06/2016). Proc =a de Gotecars, 1,202, Centro Bale Horse, MG Refutamos, pelos argumentos jé expostos, a posicéo do lustre Ministro. Acrescentamos ainda que, mesmo que conste na conta — 0 que nao é @ prética comum ~ opcSo para pagamento individulizado dos valores referentes @ COSIP, em separado do valor correspondente 3 prestacdo do servic de energia elétrica, certo € que a autorizacio para cobranga no mesmo documento deveria vir prévia e expressamente do consumidor. E importante destacar gue somente restam observadas as disposicées do Cédigo de Defesa do Consumidor caso os valores constem de forma individualizads na conta, inclusive com o respective cédigo de barras, sendo dada prévia oportunidade ao consumidor para que ele aprove tal forma de Cobranca, A autorizaco para que terceiros arrecadem tributos, conforme disposto no Cédigo Tributario Nacional, no pode violar direitos de consumideres, como se dé na cobranca vinculada ora sob andlise, a qual é incompativel com a boa-fé objetiva que deve reger as relaces consumeristas {artigo 51, IV, CDC). Ademais, a cobranga vinculada acaba por legitimar, em ndo havendo 0 Pagamento da fatura, 0 corte de um servigo essencial - servico de energia elétrica, podendo o consumidor ficar sem a sua prestacao, Vale a transcricao do acérdao da 5® Cdmara Civel do Tribunal de Justica do Estado do Parang, o qual corrobora 0 entendimento ora apresentado, verbis: APELAGAO CIVEL E REEXAME NECESSARIO - ACAO CIVIL PUBLICA - NULIDADE DA SENTENCA POR AUSENCIA DE FUNDANMENTACRO - NAO CABIMENTO - ILEGITIMIOADE 0 MINISTERIO PUBLICO - AO ACOLHIMENTO - LEGITIMIDADE QUE DECORRE DO ARTIGO 81, INCISO Ill, DO CODIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - INCLUSAO DA TAXA, DE COLETA DE LINO NAS FATURAS DE CONSUMO DE AGUA - ASUSIVIDADE - SERVICO ESSENCIAL - RISCO DE INTERRUPCAO DO SERVICO - OBSERVANCIA. AOS ARTIGOS 22, 39, INCISOS 1 ¢ VI, 52, INCISO IV, TODOS DO CODIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - AUTORIZAGAO PARA QUE TERCEIRO ARRECADE TRIBUTO - POSSIBILIDADE, DESDE QUE NAO VIOLE DIREITO DOS CONSUMIDORES - COERCITIVIDADE DA COBRANCA DE TRIBUTO - EXISTENCIA DE MEIOS LEGAIS PARA TANTO - NAO. COMPROVACAO DOS DANOS E PARCIAL INEPCIA DA INICIAL - NAO CABIMENTO - ACO COLETIVA CONDENAGAO GENERICA QUE REMETE A LIQUIDACAO DE SENTENCA - RECURSOS CONHECIOOS E NAO PROVIDOS - SENTENCA MANTIDA EM REEXAME NECESSARIO. (Apelasio ive! e Reexome Necessério n® 181850-0 - 52 Camara Civel do Tribunal 6& Justica do Estado do Parand - Rel. Marcos Moura = Julg. em 25.03.2008). Comprovada, pelos argumentos demonstrados, a violagso a0 CDC consistente na forma de cobranca vinculada, verifica-se a inafastvel atribuicao Gas Promotorias de Defesa do Consumidor para questionamento da mesma. DA CONCLUSAO Pelos argumentos expostos, conclui-se que: ProcomMG Rue dos Gonacens 1.202 Conta Bele Hanne ME a. ArepresentagSo sobre a suposta ilegalidade da base de caleulo da contribuica0 ndo pode ser objeto de andlise por érgaos de protecdo defesa do consumidor, 20s quais néo compete analisar relacbes tributdrias e tampouco base de calculo de tributos, inclusive por meio de aco civil publica (art. 12, Paragrafo Unico, da Lei Federal n@ 7.347/1985). b. _ Acobranca da COSIP, inserida nas contas dos consumidores de energia elétrica, sem os respectivos valores individualizados com 0 codigo de barras apresentado de forma separada, que permita o pagamento parcial, e sem que tenha havido prévia anuancia do consumidor a respeito da mencionada forma de cobranga, constitui prética abusiva que viola o direito constitucional de aco {artigo 5°, XXXV, CR/BB), bem como os artigos 62, inciso IV; 22; 39, inciso VI e 51, inciso WV, todos do Cédigo de Defesa do Consumider. c. Por consequancia, € atribuigio das Promotorias de Justia de Defesa do Consumidor realizar mencionado questionamento, administrativo ou judicial, a respeito da referida forma de cobranga. Eo parecer. 4, DILIGENCIAS —m raz3o das abusividades constatadas, sugerem-se as seguintes diligéncias: 1) Remessa do presente estudo para analise da Rede Procon-MG; ll) Apés deliberagdo da Rede Procon-MG, encaminhamento a Promotoria de Justica de Governador Valadares e ao Férum dos Procons Mineiros; IN) Encaminhamento do presente estudo 4 Procuradoria de Justica de Direitos Difusos e Coletivos, solicitando informacées sobre a aco ci publica ‘em andamento no TIMG (Processo n® 0024.03.058200-1), £0 parecer. Atenciosamente, Met Vieira Soares In ha = ‘Amorim César Assessora Ill ‘Assessor Assessoria Juridica/Procon-MG Assessoria Juridica/Procon-MG (Parecer) (Reviséo) Proc MG Rud Goll 1202, Cnr. alo Horzote MG 10 MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS: ALEXANDRINO, Marcelo; Vicente Paulo. Direito administrativo descomplicado. 21. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: Forense; S40 Paulo; Método, 2013, BRASIL, Supremo Tribunal Federal. Recurso Extraordindrio n? 573.675, rel. min. Ricardo Lewandowski, P, j. 253-2009, DE 94 de 22-5-2009, Tema 44. BRASIL, Supremo Tribunal Federal. ARE 886753 / DF - DISTRITO FEDERAL, rel min, Luis Roberto Barroso, DJe 23-06-2016. BRASIL, Superior Tribunal de Justica, AgRg no REsp 1319307/SC, rel. min Mauro Campbel Marques, Die 23-09-2014. GARCIA, Leonardo de Medeiros. Direito do consumidor: cédigo comentado, jurisprudéncia, doutrina, questdes, Decreto n? 2.181/97. 6. ed. rev., ampl, e atual Niterdt: Impetus, 2010. MINAS GERAIS, Tribunal de Justica. Apelagfo Civel n® 1.0439.08.082148- 14001 - 78 Camara Civel do Tribunal de Justica de Estado de Minas Gerais - Rel. Wander Merotta. = - ~—Julg. = em ~—-23/03/2010. ~—Disponivel em: ntto://www5.time.jus br/lurisprudencia/pesauisaN umeroCNJEspelhoAcordao.do2num, eroRegistro=1&. &linhasPorPazina=10&numeroUnico=1.0439,08.082148- 1%2FOOI. Acesso em 07 jul. 2014. PARANA, Tribunal de Justica, Apelaco Civel e Reexame Necessério n? 181850- 0- 5 Camara Civel do Tribunal de Justica do Estado do Parand - Rel. Matcos Moura - Julg, em 25.03.2008. Disponivel em: https: //oortal.tior.ius.br/as/iudwin /consultas/iurisorudencis/VisualizaAcordao.aso?Pr cess0=18185 0000RFase=8Cod= 286879 inha=238Texto=Ac%sF3rd%EO. Acesso em 07 jul. 2014, PARANA, Tribunal de Justica, Apelago Civel n® 62.092-4, Dourados, rel. Des, Jorge Eustécio da Silva Frias, j, 21.08.99. _Dispontvel em: _https://t}. pr.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/4410494/embargos-de-declaracao-civel-embdeccv- 1905744-pr-embargos-de-declaracao-civel-0190574-4-01 /inteiro-teor 11198295 Prien fae Gosecasy, 1.209 Covi. Belo Benson

You might also like