Avaliar Com Eficácia e Eficiência - 1769289333

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PROVA: um momento prvlegado de estudo. A formagio para o desenvolvimento de atitudes envolve a idéia de preparar o sujeito para a acio assim que as circunstancias 0 exigirem. Assim, para que o sujeito seja honesto no momento em que se exige dele a decisio para uma aco, € preciso que ele tenha uma disposicio interior para a honestidade, ou seja, ele precisa ter atitudes com vistas a ages honestas. Um trabalho constante ¢ fundamentado junto aos alunos para combater “a cola” nas provas constitu um contetido atitudinal no processo de ensino. __Em ciéncias sociais, 0 estudo dos fendmenos da migragio, da distribuicio de terras, das terras produtivas improdutivas ndo deve ser analisado apenas dos pontos de vista técnico ¢ social, mas também do ponto de vista da ética € da justica social, para que o aluno forme atitudes voltadas Para os direitos fundamentais de todo cidadio, entre os quais © direito a um teto. Gi GERMANG RITTER INSTITUTO ADVENTISTA si) PAULO Rua Pastor Hi lugo Gegembauer a 18484010" Herandia, e255 9 Avaliar com eficacia e eficiéncia Avaliar a aprendizagem tem sido um tema angustiante para professores e estressante para alunos. Nas conversas com professores, orientadores e diretores, o assunto avaliagio é sempre lembrado com um suspiro de desinimo e uma frase clogitente: “Esse é 0 problema! Af esté 0 n6!”. Muito se tem escrito e falado sobre a avaliagio da aprendizagem. As diividas continuam, os pontos de vista se multiplicam eas experiéncias se diversificam. O sistema escolar gira em torno desse processo ¢ tanto professores como alunos se organizam em funglo dele. Por isso a verdade apresentada & professores e pesquisadores precisamos estudar mais, debater com profundidade e conceituar com seguranga 0 papel da avaliacio no processo da aprendizagem. A avaliagio da aprendizagem é angustiante para muitos professores por nao saber como transformé-la num processo que nao seja uma mera cobranga de contetidos aprendidos “de cor”, de forma mecanica e sem muito significado para 0 aluno. Angistia por ter que usar um instrumento téo valioso no processo educativo, como recurso de repressio, como meio de garantir que uma aula seja levada a termo com certo grau de interesse. Sentengas como “anotem, pois vai cair na prowa”, “prestem atengéo nesse assunto porque na semana que vem lem prova”, “se néo ficarem calados vou fazer tema prova swrpresa”, “id que voces aio param de falar, considero a maiéria dada e wai cair na prova”, € outras que se equivalem, sao indicadores da maneira repressiva que tem sido utilizada a avaliagio da aprendizagem. — SS; PROVA: um momento privlagisdo de estudo.. Se para 0 professor esse proceso gera ansicdade, podemos imaginar o que representa para os alunos. “Hora do sacerto de comtas", “A hora da verdade”, “A hora de dizer ao professor oqueele quer que eu saiba”, “A horada tortura”, sao algumas dentre 5 muitas representagées em voga entre os alunos. Enquanto ndo ha prova “marcada" muitos alunos encontram um élibi Para nao estudar. E se por acaso 0 professor anunciar que a ‘matéria dada nao ird cair na prova... entdo para que estudar?, Perguntarao os alunos. Para grande parte dos pais, a prova também nao cumpre seu real papel, Se a nota foi razoavel ou étima, os pais dao-se Por satisfeitos, pois pressupdem que a nota traduz a aprendizagem correspondente, que nem sempre é verdade, E os aliinos sabem disso, Se a nota foi de aprovacio, o aluno # apresenta como um troféu pelo qual “deve receber a Fecompensa”; saidas autorizadas, aumento de mesada, passeios extras etc. Lembrar que o dever foi cumprido... ah! Isso nem vyem 20 caso, Diante de tal diagnéstico, a avaliagao precisa ser analisada sob novos parametros ¢ tem de assumir outro papel no Processo da intervencao pedagégica, em conseqtiéncia da redefinigio dos processos de ensino e de aprendizagem. A avaliagéo € parte integrante do ensino e da aprendizagem. O ensinar, um dia, j4 foi concebido como o transmitir conhecimentos prontos ¢ acabados, conjunto de verdades a serem recebidas pelo aluno, gravadas e devolvidas na hora da prova. Nessa visio de ensino, o aprender tem sido visto como gravar informagdes transcritas para um caderno (cultura cadernal) para devolvé-las da forma mais fiel possivel a0 professor na hora da prova. Expressées como 9 que serd que 0 professor quer com essa questao?”, “professor, a questo sete ndo estaoa no caderno de ninguém, o senhor tem que “professora, dé para explicar 0 que a senkora quer com a {questo 32, “profesor, eu decoei todo 0 questionério que o senhor de € na preva o senhor perguntou tudo diferente” sao in ‘Avalse com sficicis@ efelércia de que a preocupagio dos alunos é satisfazer os professores, € tentar responder fudo 0 que o professor quer para, com isso, obter nota. Nesta visio, que classificamos de tradicional por ainda set, a nosso ver, a que domina o processo de ensino nos dias de hoje, a avaliagio de aprendizagem é encarada como um proceso de “toma-lé-dé-c4”, em que o aluno deve devolver ao professor 0 que dele recebeu e de preferéncia exalamente como ‘recebeu, 0 que Paulo Freire chamou “educagio banciria”. Nesse caso no cabe criatividade, nem interpretagao. A relagio professor-aluno vista dessa forma é identificada como uma forma de dominagio, de autoritarismo do professor ¢ de submissio do aluno, sendo por isso uma relagio perniciosa na formagio para a cidadania. A perspectiva construtivista sociointeracionista propée ‘uma nova relago entre o professor, o zluno ¢ o conhecimento. Ela parte do principio que o aluno nao é um simples acumulador de informagées, ou seja, um mero receptor- repetidor. Ele € o construtor do préprio conhecimento. Essa construgio se dé com a mediagio do professor, numa ago do aluno que estabelece a relagio entre stias concepgbes prévias € 0 objeto de conhecimento proposto pela escola. Assim, fica claro que a construgio do conhecimento é um processo interior do sujeito da aprendizagem, estimulado por condicoes, exteriores criadas pelo professor: Por isso dizemos que cabe a este o papel de catalisador do processo da aprendizagem. Catalisar/mediar/facilitar sio palavras que indicam 0 novo papel do docente no processo de interagao com o aluno, como 10s em capitulos anteriores. Prova: um momento privilegiado de estudo ‘Avaliar a aprendizagem tem um sentido amplo. A avaliagio € feita de formas diversas, com instrumentos variados, sendo © mais comum deles, em nossa cultura, a prova escrita, PROVA: um momento privlegiado de estudo, Por esse motivo, em lugar de apregoarmos os maleficios da prova e levantarmos a bandeira de uma avaliagio sem provas, procuramos seguir o principio: se tivermas que elaberar prowas, que sejam bem feitas, atingindo seu real objetivo, que é verificar se howve aprendizagem significatioa de contetidas relevantes. £ preciso ressaltar, no entanto, que a avaliagio da aprendizagem precisa ser coerente com a forma de ensinar, Se a abordagem no ensino foi dentro dos princfpios da construgio do conhecimento, a avaliagio da aprendizagem seguird a mesma orientagio. Nessa linha de pensamento, propomos alguns principios que sustentam nossa concepgao de avaliagao da aprendizagem: * Aaprendizagem é um proceso interior ao aluno, ao qual temos acesso por meio de indicadores externos. Os indicadores (palavras, gestos, figuras, textos) sio interpretados pelo professor e nem sempre a interpretacio corresponde fielmente ao que o aluno pensa. + Oconhecimento é um conjunto de relagées estabelecidas entre 0s componentes de um universo simbélico + 0 conhecimento construido signi estruturado. tivamente € estavel € + O conhecimento adquirido mecanicamente é instavel ¢ isolado, ‘+ Aavaliagéo da aprendizagem é um momento privilegiado de estudo € nao um acerto de contas. Com base nos princfpios e nos fundamentos da proposta construtivista sociointeracionista analisaremos as caracteristicas da prova escrita. Como ponto de partida apresentamos um texto recebido via Internet, que deve ter circulado pelo Brasil e que provoca nossa reflexio sobre 0 tema em foco. ‘alia com efcicia © efitnds Revoltado ou criativo Waldemar Setzer Hi algum tempo, recebi um convite de um colega para servir desrblre neo de ura prove Tava de svar ura questo de fisia, que recebera nota zero, Oaluno contestava tal concelto,alegando que merecia nota maxima pela resposta, ‘ando ser que houvesse uma "conspiragio do sistema” contra ele. Professor ealune concordaram em submetero problema, um juz imparcial,e eu ful o escolhido. CChegando a sala de meu colega, lia questo da prova que diaia: "Mostre como se pode determinar altura de un edficio bbem ato com o aux de um barémetro”. Aresposta do estudantefola seguinte: "eve obarémetro 20 alto do edficio e amarre uma corda ele; baixe 0 barémetro atéa calcada eer seguidalevante-o, medindo o comprimento da corda; este comprimento seré a altura do edfico.” ‘Sem divida era uma resposta interessante e de alguma forma ccorreta, pois stisfazia © enunctado. Por instantes vacle quanto a0 veredicto. Recompondo-me rapidamente, disse a0, testudante que ele tinha forte razo para ter nota maxima, jé a questo completa e corretamente ue havia respondido a questo compi Entretanto, e ele trasse nota méxima,estariacaracterizada uma aprovacio em um curso de fsica, mas a resposta nao confirmava sso. Sugeri, nto, que fizesse urna outratentativa para responder a questio. Nao me surpreendi quando meu colega concordou, e sim ‘quando o estudante resolveu encarar aquilo que eu imaginei seria um bom desafio, Segundo o acorde, ele teria sels minutos para corresponder & questio, isto apéster sido prevenido de ‘que sua resposta deveria mostrar, necessariamente algum ‘conhecimento em fisica. Passados cinco minutos ele no havia escrito nada, apenas colhava pensativamente para o forro da sda. Perguntei-the entéo se desejava desistr, pois eu teria um compromisso logo em PROVA: um momento privlegado de estudo, seguida e nao tinha tempo a perder. Mais surpreso ainda fiquei quando o estudante anunciou que nio havia desistido. Na realidade, tinha muitas respostas, e estava justamente escolhendo.a melhor: Descuipei-me pela interrupcioe solicit ‘que continuasse, No momento seguinte, ele escreveu essa resposta: “Vi 20 alto do edifco, incine-se numa ponta do telhado e solte o barémetro, medindo o tempo (t) de queda desde a largada até o toque com o solo. Depois, empregando ‘formula h = (1/2)gt,calcule aaltura do edificio.” Perguntei entéo ao meu colega se ele estava satisfelto coma nova resposta e se concordava com a minha disposigSo em cconferir praticamente a nota maxima a prova. Concordou, ‘embora sentisse nele urna expressio de descontentamento, ‘talvez inconformismo. ‘Ao sair da sala, lembrei-me que o estudante havia dito ter ‘utras respostas para o problema. Embora sem tempo, no resist curiosidade e perguntel-the quais eram essasresposts. “Ant, sim” ~ disse ele ~ "hi muitas maneiras de se achar a ‘altura de um edificio com a ajuda de um barémetro." Perante minha curiosidade e a jé perplexidade de meu colega, 0 cestudante desflou as seguintes explicagées: “Por exemplo, num belo dia de sol pode-se medira altura do bbardmetro eo comprimento de sua sombra projetada na solo, bem comoa do edifici, Depois, usando-se uma simples regra, de trs, determina-se aaltura do edifcio” “Um outra método basico de medida, aliés bastante simples © direto, & subir as escadas do edifci fazendo marcas na parede, espagadas da altura do barémetro. Contando 0 mimera de ‘marcas, ter-se~4 a altura do ediicio em unidades barométricas”. “Um método mais complexo seria amarrar o barémetro na pponta de uma corda ¢ balangé-lo como um péndulo, o que permite a determinagéo da aceleragio da gravidade (g). Rape a peraso to nivel dara no topo doe, ‘tom-se dois g's, e a altura do edificio pode, a principio, ser «alculada com base nessa diferenga’. : nna? ‘Avalae com eficicia © efciéncia “Finalmente” - concluiu ~ “se nao for cobrada uma solugao {sia para.o problema, existem outras respostas. Por exemplo, pode-se ir atéo edifcio e bater & porta do sindico. Quando ele aparecer, diz-se: ‘Caro Sr. Sindico, trago aqui um étimo barémetro; se o Sr, me disser a altura desse edificio, eu the darei o barémetro de presente” ‘Acesta altura, perguntel ao estudante seele néo sabia qual eraa resposta “esperada” para o problema. Ele admitiu que sabia, mas estava tio farto com as tentativas dos professores de controlar © seu raciocinio e cobrar respostas prontas com base fem informagées mecanicamente arroladas, que ele resolveu ccontestar aquilo que considerava, principalmente, urna farsa. © texto nos convida a uma reflexdo sobre 0 processo avaliativo. Em primeiro lugar chamamos a atengio sobre a ‘forma de elaborar uma pergunta, Se a pergunta nao for clara e precisa, ela permite muitas respostas, todas “corretas”, embora diferentes das “esperadas” por quem perguntou. Em segundo lugar é certo que 0 contexto da o sentido ao texto, assim alguém poderia argumentar que uma resposta numa prova deve ser dada em fungio do contexto do ensino, isto € de acordo com o que o professor apresentou em aula Seria 0 “contrato ticito” entre o professor ¢ 0 aluno. Nao estamos totalmente de acordo com esta concepgio, pois acreditamos que o proceso de ensino tem finalidades que ultrapassam os muros da escola. A finalidade tanto do ensino como da avaliagio da aprendizagem criar condigoes para o desenvolvimento de competéncias do aluno. Assim, ele deve estar preparado para ler textos de revistas, de jornais ¢ de manuais, e interpreta- los coerentemente, mesmo nao tendo nenhum contato com ‘0s autores dos mesmos. Por essa razio, quanto mais completa for a formulacio das questdes, tanto melhor sera a formacio do aluno para sua vida profissional Para melhor compreender o processo da avaliagio analisamos, ao longo de uma década, mais de seis mil provas aplicadas em escolas de quase todos os estados do Brasil. { { 2 100 PROVA: um momento privlgiado de estudo. Dividimos os resultados de nosso estudo em dois blocos. O primeiro voltado para o que chamamos de “caracteristicas das provas tradicionais” ¢ o segundo para “caracteristicas das provas na perspectiva construtivista”. Em nossa classificacio ndo vai nenhuma conotagao negativa para a primeira da qual somos fruto. Queremos dizer, apenas, que muito do que se fazia na escola ha algum tempo nao cabe mais no contexto atual da educagio ¢ do mundo profissional. Devemos ressaltar que toda classificagao incorre numa limitagao, podendo sempre ser questionada. Estamos conscientes dos limites de nosso trabalho e esperamos que esse seja analisado € julgado neste contexto. Nosso objetivo principal, com este estudo, €ajudar os professoresa melhor compreender 0 processo de avaliagao da aprendizagem ¢ a instrumentalizar-se adequadamente para 0 mesmo, utilizando adequadamente a “prova” (escrita ou oral), como instrumento avaliativo. Eficacia e eficiéncia na avaliacao da aprendizagem No contexto deste trabalho, a avaliagio efica: quando © objetivo proposto pelo professor foi alcangado. Por exemplo, s€ 0 professor colocou como objetivo verificar se os alunos sabem todos 0s afluentes do Rio Amazonas, e todos obtém 10 (dez) na prova, podemos dizer que a avaliagio foi eficaz, A eficiéncia esta relacionada ao objetivo e ao processo desenvolvido para alcangé-lo. Diremos que a avaliagio ¢ eficiente quando 0 objetivo proposto € relevante e 0 processo para alcangé-lo é racional, econdmico € itil. Portanto, para que a avaliagao seja eficiente, & preciso que seja também eficaz, Da mesma forma, a avaliagao pode ser eficaz sem ser eficiente. Isso ocorre, por exemplo, quando um professor organiza as condigdes para que seus alunos aprendam de cor todos os paises da Africa ¢ suas respectivas capitais e consegue que todos seus alunos tirem 10 (dez) na prova elaborada sobre o assunto. Pode- se afirmar que a avaliagio foi eficaz, pois ela atingiu 0 objetivo | | § ‘Avala com efeeia © efciecia proposto. No entanto, a eficiéncia foi pouca, pois este conhecimento possivelmente nao é relevante no contexto dos alunos e 0 processo de aprendizagem nao foi racional, pois aprenderam “de cor” ¢ de forma isolada. Compete ao professor onganizar de forma eficiente o processo da avaliagao da aprendizagem. Algumas caracteristicas das provas na linha tradicional Na anilise que fizemos das provas que nos foram enviadas por dezenas de escolas brasileiras, observamos algumas caracterfsticas marcantes. Dentre elas destacamos trés, que a nosso ver sinalizam a visio pedagégica da escola que classificamos como tradicional. a) Exploragio exagerada da memorizacao ‘A memorizagio certamente tem seu lugar no proceso da aprendizagem, desde que seja uma memorizagio acompanhada da compreensio do significado do objeto de conhecimento. (© que a escola da linha dita tradicional explorou com mais énfase foi a memorizagio em busca do actimulo de informagoes, ‘em grande parte sem muito significado para os alunos. Quem no se lembra dos “questionérios”, muito usados no ensino de historia e geografia, enfatizando a memorizagio repetitiva € automética. Professores conclamavam as alunos: “Nao deixem de estudar 0 questionério que passei”. E quando o professor nao se adiantava em passar 0 questiondrio, os alunos o solicitavam, pois 0 consideravam como uma espécie de garantia de sucesso. “O professor vai perguntar 0 que estd no questionério”, pensavam eles. E quando alguma pergunta era feita sem estar no questionério, a reclamagio também era imediata: “Professor a (questi que 0 senhor dew nd estava no quesiondirio e nem no caderno conde copiamos sua aula”. Eis 0 reflexo de uma relagao na qual a memorizacio € privilegiada em relagio a outras operagbes mentais que a escola precisa ajudar a desenvolver 101 108 PROVA: um momento privileiado de estudo.. Seguem algumas questdes que encontrei em provas examinadas: 1. Relacione os nomes das aranhas venenosas: (Ciéncias ~ 6 série) 1. aranha marrom ( ) Latrodectes 2. armadeira ( ) Lycosa 3. tarantula ( ) Loxéceles 4, vitiva negra () Ortognata 5, caranguejeira () Phoneutria 2. Complete as lacunas: (Hist6ria ~ 8 série) a) As cidades fenfcias eram chefiadas por um que governava com 0 apoio de como os 10s 0s membros do .. b) A principal atividade econdmica dos fenicios era o Em fungio disso desenvolveram as ~ a longa distancia, tornando- da Antigtiidade. ©) Os fenicios fandaram diversas coldnias em lugares como pea riage rishi. aeciel No norte da Africa fundaram a coldnia de ... téenicas de... se os maiores Questdes desse tipo apelam para a memorizagio pouco significativa, sem uma anélise ou explicagio. Podemos imaginar 0 que isso possa representar para um aluno do ensino fundamental. Essas questOes mais nos lembram a piada ligada a interpretagao de texto, divulgada na Internet: A ONU resolveu fazer uma grande pesquisa mundial. A pergunta era a seguinte: “Por favor, diga honestamente, qual sua opiniéo sobre a escassez de alimentos no resto do mundo?” O resultado foi um fracasso, Razdes: 1. Os europeus nao entenderam o que é “escasse2”. " ‘Avabar com eiccla« afiscia 2. Os africanos nao sabiam o que eram “alimentos”. Os argentinos nao sabiam o significado de “por favor". 4, Os norte-americanos perguntaram o significado de “o resto do mundo”, 5. Os cubanos estranharam € pediram maiores explicagdes sobre “opiniao”. 6. O Gongresso brasileiro ainda esta debatendo o que é “honestamente”. b) Falta de pardmetros para corregio Esta é uma caracterfstica encontrada em muitas provas € que deixa o aluno “nas maos do professor”. Com a falta de definigio de critérios para a corregio, vale o que o professor queria que o aluno tivesse respondido. Por isso, muitos alunos, em momentos de avaliagao levantam a mao e perguntam: “Professor, 0 que 0 senhor quer mesmo nessa questo 5?". Note que © aluno nao pergunta: “O que diz a quesiio 5?”, mas quer saber ‘0 que o professor deseja. Ele sabe que, auma cultura de toma- Ki-é-c4, deve responder o que o professor quer, mesmo que na questi nao esteja clara, Retamemos aqui a questéo vista em capitulo anterior: “Como é a organizagdo das abelhas mua calnéia?". Q aluno responelen: "E jia!” A resposta é uma das posses, segundo a pergunta. Qual seria, neste caso, o pardmetro utilizado pelo professor na corregia? Outras respostas s4o igualmente possiveis para esta pergunta, tais como; “E maravilhosa”, “E espetacular”, “E inerfvel”. O que diré o professor? Certamente sua reaglo ser: “O aluno assisin a minha aula e deve responder da forma que foi dado”. §, sobre isso que queremos chamar sua aatengia, Esta afirmagio, embora com fundamento, é indicadora da visto tradicional na relagio entre as atores sociais: n professor (detentor do canhecimento) passou as informagéies (leia-se informagées © nfio canhecimentos) aos alunos (receprores- 1083 nd actantanitome 108 PROVA: um momento pivegiado de este. repetidores) ¢ estes as copiaram em seus cadernos (cultura cadernal) ¢ na prova devolvem o que receberam (como bem Jembra a Pedagogia Bancaria de Paulo Freire!) ©) Utilizagéo de palavras de comando sem precisdo de sentido no contexto ‘Toda pergunta busca uma resposta. A clareza e preciso da segunda dependera muito da estrutura da primeira, Hé palavras de comando usadas com muita freqiiéncia na elaboragao de questées de prova ¢ que nao tém sentido preciso no contexto, Destaquemos algumas delas: comente, dscorra, como, dé sua opiniao, conceitue voeé, como voce justifca, o que vocé sabe sobre quais,cavaclerize, ‘dentifique as principais caracteisticas. Nao estamos afirmando que as palavras nao podem ser utilizadas. O que dissemos é que elas precisam ter sentido no contexto em que sto usadas permitindo a parametrizacdo correta da questio. Observe, por exemplo, as questdes que se seguem e procure identificar os possiveis parametros para corregao. Identifique as palavras de comando e analise os enunciados sob o aspecto da clareza e precisio, (Estas questées foram encontradas em provas aplicadas a alunos de um curso de Direito.) 1, Estabelega, em redacdo sucinta, a diferenca entre empresa e sociedade, 2. Na visio de Maquiavel, quais as principais formas de governo? Especifique a finalidade de cada uma, 3. Raga um comentério sobre a tipologia dos governos segundo Montesquieu com seus prineipios ¢ naturezas, 4. Identifique as principais caracteristicas dos dois tipos de regimes politicos: parlamentarismo e presidencialismo, 5. Conceitue voce a doutrina do poder constituinte. 6. Como wocé justifica ser dogmatica a Constituiggo brasileira de 1988? ‘alr com efccia © efiinca 7. Os Livros Sagrados sao suscetiveis de interpretaglo? Comente. 8. Comente: “O ordenamento juridico é um conjunto harménico de regras que no impde, por si, qualquer divisio, em seu campo normativo’ ‘9. Discorra sobre a importineia da data nas formas ordindrias de testamento. (Grifamos as palavras de comando para que voc® possa observar que sio elas que tornam as perguntas imprecisas.) Para melhor compreensio das trés grandes caracteristicas das provas ditas tradicionais, apresentaremos algumas questbes com anélise de seus enunciados. Repare bem que, intencionalmente, vamos usar respostas “extremas”, que poderao parecer inaceitéveis e absurdas, dentro do “contrato pedagogico do contexto da aula”. Fizemos esta opgio esperando que eles sirvam de exemplo de “como nio se deve elaborar uma prova’ Questéo: Como é a organizagio das abelhas numa colméia? Respostas “6 joia!", “E maravilhosa “£ muito boa!”. 'E fantastical”; “£ estupendal”; ‘Comentario Pelo comando da questio ~ Como ~ todas as respostas rta nfo era isso que 0 estio corretas. Sabe-se que certamente nao era isso q\ professor queria, pois ele pensa na explicagio dada em aula e tem certeza que oaluno “sabe o que ele quer como resposta”, € 6 isso que cle ira exigir na correcio. ‘Outra forma de perguntar Vimos em nossas aulas de ciéncias, como é maravilhosa a onganizagio das abelhas numa colméia, pois cada grupo de elementos da colméia tem uma fungao especifiea, para que 0 todo funcione em harmonia. Partindo desta idéia: 1065 106 PROVA: um momento privlegado de est, a) Descreva a fungao de ao men 2errere funcio de a0 menos quatro grupos de elementos b) Apresente por escrito um tum paralelo entre 0 funcionai da coimeia © de nossa escola no tocanteao corps das fungoes de cada um. ‘Comentirios No tocante ao cumprimento Nesta forma de elaboracio, na i io, no se deix: ues sobre a colméia e seu fincionamento, no" wettionar Introduziu-se o tema transversal da cid: recomendacao dos Parametros Cun Neues ares Nacionais~ PCNs. ‘Questio (Filosofia da Educagio ~ I* ano do Magistério) Comente a frase de Sécrates: comhece-te a ti mesmo. Resposta de uma aluna “Acho uma frase muito ai se muito profunda, téo profunda que n consigo captar seu rel significado. Mas acho aa Soa Shang certo quando disse frase, pois sendo um sibio no i steira, Assim, mesmo que eu nada t 1¢ eu nada entenda do que ele disse, tenho certeza que a frase tem it ake icado em todos 0s aspectos em que for analisada”, come palavra de comando € comente © a aluna fer seu fentério. Como a questo ndo trazia pardmetros, a aluna colocou © que achou Tes Gelacouo que achow que responderia& pergunta, conforme (Outra forma possivel de perguntar nes que fizemos em filosofia da educacio, airmamos due para haver o desenvolvimento do individvo Para * iladania, € preciso que ele conheca seu contexto socal, Além disso, que ele enka um profundo conhecimento le si mesmo. Nos debates que fizemos em aula, citamos a frase ‘Avalarcom sicciae eficidcia atribufda a Sécrates “conhece-te a ti mesmo”. Partindo da frase e das discuss6es feitas em aula sobre o assunto, explique © significado da frase no contexto da filosofia da educagio. Comentario (© aluno sabe o que se pede dele: uma explicagio, com base na frase em foco e na atividade de aula (que se supde tenha sido feita). A resposta sera analisada dentro de um contexto especifico: a filosofia da educacio. Esses sto os parmetros para a correcio. Questio (Geografia) Dé sua opiniio: o que voc® faria para acabar com a situagio da seca no Nordeste? Resposta (absurda) de um aluno “Nada, absolutamente nada, pois nao gosto de nordestino € quero que todo mundo se lasque.” ‘Comentario ‘A resposta, mesmo absurda, responde ao comando “Dé sua opiniao”. Este é 0 tipo de questéo sem parametros para corregio, que deixa o aluno “na mao do professor”. Alguns professores podem alegar que é importante saber a opinido dos alunos sobre determinado assunto. Otimo, nada de errado nisso. Mas se assim for, € preciso ter consciéncia de que qualquer resposta dada merece receber 05 pontos atribuidos & questio, ‘mesmo uma resposta absurda como a colocada acima. ‘Outra forma de perguntar Neste més estudamos 0 quanto nossos irmios do sertio nordestino sofrem com a seca que 0s assola. Imagine que voce fosse uma autoridade com poderes de resolver, mesmo em parte, a questdo. Apresente ao menos 4 (quatro) medidas racionais € humanitérias que voce tomaria para resolver o problema. 7 108 PROVA: um momento privlegiado de estud, ‘Comentério Neste caso o enunciado introduz a idéia de cidadania na expresso “nossos irmiios nordestinos”. Hé um pardmetro de '4 medidas” (néo importa quais). O aluno deveré pensar positivamente, pois as medidas deverio ser racionais e humanitérias Questdo (Ciéncias ~ 6# série) Onde se encontram as branquias no camaro? Resposta No corpo dele. Comentario A resposta dada pelo aluno obedece ao comando, embora possa parecer imposstvel que algum aluno responda assim. Certamente nao responderia por medo de punicao. Ao professor, no entanto, cabe evitar questées deste tipo, isto €, sem pardmetros, que permitem respostas descabidas, Alternativa ___ Vimos que as brinquias so elementos essenciais para a vida do camaro. Vimos também que, por este motivo, elas se encontram num lugar especifico de seu corpo. Descreva a localizacio. Questo (Ciencias — 6+ série) Em quantas partes se divide 0 corpo de um crusticeo? Resposta do aluno Depende da cacetada. eet seers area ‘Avalar com eficicn# ofeidnla Comentério Parece engracada a resposta. E é! No entanto ela responde perfeitamente a0 comando da questéo. Dird alguém: “Mas ela esté fora do contexto de uma aula de ciéncias”. Eu responderia: “Lembre-se sempre da questio do barémetro para medir a altura de um edificio e dos comentarios que dela fizemos”. Alternativa, Estudamos que nosso corpo se divide em cabega, tronco ¢ membros (superiores e inferiores). Da mesma forma, 0 corpo dos crustéceos tem também uma divisio, que utilizamos para estudé-los. Escreva 0 mimero de partes ¢ cite a principal caracterfstica de cada uma. Questio (Histéria ~ |* ano do ensino médio) que é cultura? Dé exemplos. ‘Comentirios Conceituar cultura nfo é facil e muito menos defini-la, como sugere a pergunta “O que é?” (© que significa dar exemplos? Seria dizer: “cultura indfgena, cultura oriental, cultura ocidental, cultura dos esquimés"? Estas so exemplos de cultaras diferenciadas. Seria esta a resposta “esperada"? (Outra forma de perguntar Vocé ouve com freqiiéncia expressies como estas: “isso uma questio de cultura”, “tal comportamento faz parte de sua cultura”, “a cultura africana deixou fortes marcas na sociedade brasileira” e “a cultura indigena tem caracteristicas bem diferenciadas da cultura dos brancos”. © conceito de cultura é muito complexo. Podemos, no entanto, observar nos grupos sociais elementos que constituem “tracos culturais” que os diferenciam de outros grupos sociais. Descreva 3 (trés) tracos culturais que marcam sua prépria 109 0 PROVA: um momento privlegado de extudo, comunidade ¢ que estejam ligados aos temas: alimentacao, religiéo, habitos de vestir, Comentarios Essa forma de perguntar leva o aluno a ler. A questéo apresenta trés partes distintas. A primeira recorda conceitos que constituem concepgdes prévias do aluno, pois ouve ou Ié seguidamente expresses como as citadas. A segunda, 0 conceito “grupos sociais", é uma pista da visio escolar de cultura, que poderd servir de ancoragem Paraa resposta. Por fim a pergunta parametrizada: apresentar trés tragos // da propria comunidade // ligados a trés temas. Caracteristicas das provas na perspectiva construtivista Chamamos “provas na perspectiva construtivista” aquelas que so claboradas segundo os princfpios da perspectiva epistemoldgica apresentada nas paginas anteriores. As caracterfsticas foram estabelecidas por nds, num critério muito pessoal, em funcio de sua incidéncia nas Provas analisadas € nos principios do construtivismo sociointeracionista que serviram de parametros para a andlise. a) Contextualizagao O texto deve servir de contexto € no de pretexto. Quando dizemos que uma questio deveria ser contextualizada, significa que, para responder a ela, o aluno deveria buscar apoio no enunciado da mesma. Elaborar um contexto ndo € apenas inventar uma hist6ria, ou mesmo colocar um bom texto ligado ao assunto tratado na questi, E preciso que o aluno tenha que buscar dados no texto e, a partir deles, responder a questo. Lembre-se: quem dé sentido 40 texto é 0 contest ‘Avaliae com eficicia@ efciércia Para melhor compreender 0 assunto examinemos algumas questées que consideramos mal contextualizadas outras com um bom contexto. Questio: “Tragéca mutila Lars Grael (A Gazeva, 07 de setembro de 1998) Carlos lima: “Nao acho que eu merese ser punido. Nao me sito culpado, foi uma fatalidade”. (A GizeTa, 10de setembro de 1998) © empresério Carlos Guilherme de Abreu e Lima, 29 anos, {ue domingo abalroou o barco onde estava Lars Grael, disse Contem néo ter visto © Tornado a tempe de desviar. (FOLHADE Sko Pauto, 10.de setembro de 1998) Exame de piloto revela embriaguez © exame ettlico de Carlos G. de A. Lima,... revelou estado de “embriaguez com ressalva” no dia do acidente. 0 exame etilico consiste na determinagao do teor de Alco! etilico (etanol) encontrado no sangue. Quantos carbonos hidrogénios ¢ oxigénios sao respectivamente encontrados em | molécula de etanol? a) 25,2 b) 25,1 9) 3,61 4) 2,61 ©) 3,62 ‘Comentério ‘As “chamadas” dos jornais constituem um étimo contexto para orientar a reflex4o do aluno. A exploracio da questio explorado era a foi pobre. O que poderia ter sido expl 2 incompatbiidade entre bebida alcodlica ¢ o volante. Poderia solicitar ao aluno uma opiniao pessoal sobre a culpabilidade ‘ou nao de Carlos Lima. Estes so temas transversais, ligados & Mm. ng PROVA: um momento priviglado de estudo, cidadania, que deveriam ser explorados em todas as disciplinas, mesmo sem deixar de perguntar os dados espectficos de quimica. Assim, se o objetivo do professor era apenas verificar se 0 aluno sabia 0 numero de carbonos, hidrogénios ¢ oxigénios, néo havia necessidade nenhuma do contexto. Neste caso dizemos que o professor fez do texto wm ‘retexto e nao um context. Na mesma prova de quimica, a segunda questo seguiu identico esquema, fazendo do texto wm pretesto ¢ ndo um contexto. Questao, MEIO AMBIENTE. Navio encalhado e com rachadura no casco corre 0 risco de explodir no porto da cidade de Rio Grande. Derrame de écido pode causar desastre no Rio Grande do Sul (Fouss 0€ Sko Pauto, 04 de setembro de 1998) Aadministragio do porto de Rio Grande comegou, no final da noite de anteontem, a derramar 12 toneladas de acido sulfirico no canal que liga a Lagoa dos Patos ao mar. A formula do dcido sulfiirico é H,SO,. Qual o ntimero de oxidagio do enxofre nesse composto? a) 6+ by a+ 03+ dot e)2- ‘Comentérios O texto foi muito bem escolhido e poderia servir para a exploragio do tema enunciado no inicio da questo: meio ambiente. Ele poderia servir como elemento motivador para que 0 aluno se pronunciasse sobre a conservagio das aguas, sobre a legislacio ambiental, sobre 0 cuidado com a natureza ¢, sem diivida, sobre o ntimero de oxidacio, objeto de conhecimento especifico da quimica, ‘ala com efi @ eflinca Questéo (Biologia/PRISE-99 — |? Ano, Belérr/Paré) OPeriquito ‘Aves pequenas, com plumas verdes na maior parte dos casos. ‘Assim séo 0s periquitos. Eles vivem em bandos e chamam a atengio pelo barulho que fazem onde chegam. Esses animals sio encontrados com faciidade em toda a Amazénia, Podemos aché-los, por exemplo, nos balrros do ‘centro de Belém, no final das tardes. Durante o dia, no entanto, ‘05 periquitos preferem voar para ahadas ongas que ica em frente & cidade, em busca de alimentos. Os periquitos procuram a copa das érvores da cidade, principalmente a samaumeira e a mangueira (dai o nome, periquito de mangueira), para fugir de seus predadores, como (0 gavides e cobras. (Encarte de A PROVINCIA D0 Path, 16 de novembrode 1997) 37. As células da mangueira diferem das células do periquito porque apresentam como invélucro a... que € constituda por uma substancia quimica dencminada a) membrana plasmatica ~ fosfolipfdio b) membrana nuclear ~ protefna ©) parede celular ~ celulose ) membrana quitinosa ~ quitina €) parede celular ~ peptoglicano Comentérios © texto nos pareceu 6timo em fungdo do contexto: a realidade vivida no dia-a-dia dos habitantes de Belém. ‘A exploragio foi limitada, pois apelou apenas para uma memorizagio de nomes que nada ém a ver com 0 texto apresentado, isto é, dele os alunos nad: tirariam para responder a pergunta a nao ser as palavras periquito e mangueira. objetivo era fazer uma comparagio de células animais com células vegetais, 0 texto nao de grande (ou nenhuma) contribuigio. 3, m4 PROVA: um momento privlegiado de ext, ‘Questéo (Matematica ~ 4 série, apés dizer aos ima ara hee 8. Armee efetuc as operacoes indicando o material de limpeza usado pelo Colégio para deixé-lo novamente em ordem: a) 63 + 12,7 + 84,68 = b) 15.600 - 39,47 ©) 4.867 : 32 4) 7.089 x 0,57 = ©) 11.845 : 25 Comentérios De que material de limpeza trata a questio? Nao parece haver nenhuma pista para se saber. Mais uma vez o texto serviu de pretexto, pois as operagées sao absolutamente abstratas, Era 0 mesmo que somente dizer: arme e efetue. Examinemos algumas questées que nos parecem bem ‘contextualizadas. Questio (Psicologia da Infancia) Mauricio adora batatas fritas e sempre quer mais. Mie! Quero mais batatal ~ Mauricio, ainda ter cuas em seu prato eno tern mais na panela. = Duas é pouco e eu quero mai ‘A mie de Mauricio sabe que néo adianta muito discutir devido & fase em que seu flho se encontra. Resolve picar em pedacos menores as duas batatas que restam no prato. Mauricio sorri e diz: —Viu, mle, agora tenho um monte de batatas. a) Apresente e explique duas caracteristicas do estagio de desenvolvimento cognitivo, segundo Piaget, em que Mauricio se encontra para apresentar tal reacio. ‘Avalar com eficciae efeiéncia b) Indique o provavel estigio de desenvolvimento cognitivo de Mauricio, devido &s caracteristicas apresentadas. Comentérios Para responder, o aluno deverd basear-se nos dados que brotam do texto. Ficou claro 0 parametro: apresentar ¢ explicar duas caracteristicas. Questo Tia Lili senta todos os dias com seus alunos de Jardim em “rodinha” para que possam dividir experiéncias. Porém muitas vvezes todos querem falar juntos, contam histérias que nem ‘sempre slo “verdadeiras”, se contradizem e trocam dislogos onde cada um fala sobre um assunto diferente. Aos olhos de Lm leigo é uma verdadeira bagunga, mas Tia Lilios debxa livres © 208 poucos vai trabalhando um combinedo: “Quando um fala coutroescuta” ‘A tia Lili est certa ou errada ao agir assim? Apresente ‘duas razées que sustentem sua op¢ao, baseando sua resposta na teoria do desenvolvimento cognitive proposta por Vygostsky e Henri Wallon. ‘Comentérios Para responder, é preciso entender 0 que foi descrito como atividade pedagégica. Para um leigo, seria uma bagunca, mas quem conhece a importancia do soliléquio no desenvolvimento da linguagem e do pensamento podera responder com relativa seguranga. O parametro esta bem definido: duas raz6es, ancoradas na Teoria do Desenvolvimento. Questo Certo dia, 0 professor Jodo das Neves Coclho entre na sala dos professores e encontra o professor Deméstenes Silva Pinto. Ambos sao professores do ensino superior. Ha um rapido didlogo entre eles:

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