Download as pdf
Download as pdf
You are on page 1of 13
MINISTERIO DA DEFESA EXERCITO BRASILEIRO DEPARTAMENTO LOGISTICO ( Log /2000) PORTARIA N° A - D LOG, DE LfDE JANEIRO DE 2006 Aprova as Normas para 0 Registro, 0 Cadastro e 0 Porte de Arma de Fogo para Militares do Exército ¢ 4 outras providéncias. O CHEFE DO DEPARTAMENTO LOGISTICO, no uso das atribuicdes constantes do inciso IX do art. 11 do Capitulo IV da Portaria n° 201, de 2 de maio de 2001 ~ Regulamento do Departamento Logistico (R-128) e de acordo com o que a Diretoria de Fiscalizagdo de Produtos Controlados (DFPC), resolve: Art 1° Aprovar as Normas para 0 Registro, 0 Cadastro ¢ o Porte de Arma de Fogo para Militares do Exército, Art, 22 Revogar a Portaria n® 003-DMB, de 27 de janeiro de 1999. Art, 3° Estabelecer que esta Portaria entre em vigor na data de sua publicagao. eid Fast, ede Phe tis Gen Ex FRANCISCO J DA SILVA FERNANDES Chefe do Departamento Logistico NORMAS PARA 0 REGISTRO, 0 CADASTRO E 0 PORTE DE ARMA DE FOGO PARA MILITARES DO EXERCITO INDICE CAPITULO I - GENERALIDADES Finalidade Art 12 Conceituagdes. ww Art, Be 38 CAPITULO Il - DO REGISTRO E CADASTRO DE ARMA DE FOGO wwArt4? a0 9° CAPITULO III - DO PORTE DE ARMA DE FOGO Generalidades....... Art. 10.40 21 Da autorizagio para porte de arma de fogo para oficial do Exército. Art. 22 Da autorizagdo para porte de arma de fogo para praca do Exército em servigo ativo....Art. 23 a0 25 Da autorizago para porte de arma de fogo para praga do Exército na inatividade... Art, 26 Do porte de Trénsito (Guia de Trifego).....nssinnnnnsesnnnnnnenennn Art. 27 a0 29 CAPITULO IV - DO TESTE DE CAPACITACAO TECNICA E DE APTIDAO DE TIRO..Art, 30 a0 36 CAPITULO V - DAS DISPOSICOES FINAIS E TRANSITORIAS Art. 37 a0 39 CAPITULO I GENERALIDADES Finalidade Art. 12 Estas Normas tém por finalidade definir as condig6es para o Registro, o Cadastro e © Porte de Arma de Fogo para militares do Exército c estabelecer as condigdes para a realizagio do Teste de Aptidao de Tiro para obtencao do Porte de Arma de Fogo. Coneeituagées Art. 2° Para efeito destas Normas € sua adequada aplicacgao, si adotadas os seguintes conceitos: 1 - arma automiética: arma em que, ap6s 0 primeiro tito, o carregamento, o disparo e todas, ‘as operagées de funcionamento ocorrem continuamente enquanto o gatilho estiver acionado (rajada); II - arma brasonada: arma que possui gravada na armagio as Armas Nacionais; IIT - arma de alma lis 6 aquela que possui a parede interior do cano sem sulcos ou raias; IV - arma de alma raiada: € aquela que possui a parede interior do cano com sulcos ou raias com a finalidade de introduzir movimento de rotagdo no projétil em torno do seu eixo; V - arma de fogo: arma que dispara projéteis, empregando a forca expansiva dos gases gerados pela combustio de um propelente confinado em uma cAmara que, normalmente, esté solidéria a um cano que tem a funcao de propiciar continuidade & combustio do propelente, além de dar diregao ao projétil e, no caso de cano de alma raiada, estabilidade na balistica externa; VI- arma de fogo de uso permitido: € aquela cuja utilizacao € autorizada a pessoas fisicas, bem como a pessoas juridicas, de acordo com as normas do Comando do Exército e nas condicées previstas na Lei n? 10.826/03; VII - arma de fogo de uso restrito: & aquela que s6 pode ser utilizada pelas Forgas Armadas, por instituigdes de seguranca pablica e por pessoas fisicas ou juridicas habilitadas, devidamente autorizadas pelo Comando do Exército, de acordo com legislacio especifica; VIII - arma de porte: arma de dimensGes ¢ peso reduzidos, que pode ser conduzida por um individuo em um coldre e disparada, comodamente, com somente uma das maos pelo atirador (arma de fogo curta); IX - arma portitil: arma cujo peso e dimensdes permitem que seja transportada por um inico homem, mas nao conduzida em um coldre, exigindo, em situagSes normais, ambas as mos para a realizacio eficiente'do disparo (arma de fogo longa); X - cadastro: insergio dos dados pessoais do proprietério ¢ dos dados da arma de fogo em. banco de dados; XI - certificado de registro de arma de fogo: & o documento oficial, expedido por érgio competente, que comprova o registro legal da arma; XII - guia de trafego: documento que autoriza a circulagao de produtos controlados; XIII - registro: ato de consignar, por escrito, em documento oficial de caréter permanente, © proprietirio e as caracterfsticas de arma de fogo. XIV - Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (SIGMA): € o sistema de cadastro de armas sob a responsabilidade do Exército Brasileiro. Art. 3° Para a perfeita identificacao das caracteristicas de armas de fogo, quando do seu registro, so adotadas os seguintes conceitos: I- acabamento: ¢ o tratamento feito na superficie da arma, Il calibre de arma de alma raiada: dimensao usada para definir ou caracterizar um tipo de arma ou de munigio; medida do didmetro interno do cano entre dois cheios; INI — calibre de arma de alma lisa: nimero de esferas de chumbo, com 0 mesmo didmetro interno do cano, que perfazem uma libra-peso; TV — capacidade: é a quantidade méxima de tiros que podem ser efetuados com uma arma, sem que esta seja recarregada; das armas de V - espécie: € utilizada para definir o tipo ¢ as caracteristicas fundament fogo. As varias espécies que poderao ser registradas sao: a) pistola: arma de fogo de porte, geralmente semi-automitica, cuja tnica cémara faz parte do corpo do cano € cujo carregador, quando em posicdo fixa, mantém os cartuchos em fila ¢ os apresenta seqiiencialmente para o carregamento inicial e apés cada disparo; b) pistola de repeticdo: espécie ou categoria de pistola que nio dispde de carregador ¢ cujo carregamento € feito manualmente, tiro-a-tiro, pelo atirador; c) revélver: arma de fogo de porte, de repeticio, dotada de cilindro giratério posicionado atrés do cano, que serve de carregador, o qual contém perfuragdes paralelas € eqiiidistantes do seu eixo € que recebem a municao, servindo de 4) garrucha: é uma designagdo comum para pistolas de um ou dois canos ¢ de tiro simples ) fuzil: para fins desta portaria, é a arma de fogo portatil, de cano longo, que necessita de ambas as maos para ser disparada e possui cano de alma raiada, f) espingarda: € uma arma de fogo longa, portatil, possuidora de cano com alma lisa, projetada originalmente para disparar um dnico ou miltiplos projéteis (balins);, g) bacamarte: é a designacio de primitivas espingardas de antecarga; h) metralhadora: & uma arma de fogo que realiza tiro automatico, necessitando de um Teparo ou apoio mecanico para ser disparada. Metralhadora leve, pesada, ligeira, automética, coaxial ou antiaérea s4o apenas adaptagbes de nomenclatura; i) metralhadora de mao: uma metralhadora que nao necessita de um reparo ou apoio mecénico para ser disparada, ou seja, pode ser disparada nas maos do atirador. E 0 mesmo que submetralhadora (neologismo oriundo do idioma Inglés); {) simulacro de arma de fogo: € qualquer objeto que possa ser confundido com uma arma de fogo. VI - funcionamento: € a especificagao do sistema de op enquadrado em um dos relacionados a seguir: 0 da arma, que pode ser 4) tito simples: 6 o sistema em que a arma necessita ser municiada manualmente depois de efetuado o disparo; b) repeticdo: € 0 sistema em que a arma necessita de um acionamento por parte do atirador em preparagao para o disparo seguinte. Esta ago pode ser realizada mediante uma alavanca, manivela de culatra ou ferrolho, deslizamento de manopla ou telha (bomba), engatilhamento do martelo ou co (agéo simples de revélver), deslocamento do gatilho (dupla agao de revélver), etc; c) semi-automético: é 0 sistema em que 0 carregamento ou a preparacio para 0 seguinte disparo € efetuado automaticamente em decorréncia do disparo anterior; 4) automético: ¢ aquela em que o atirador pode manter a arma em disparos continuos até que seja suspenso 0 comando de disparo (gatilho) ou termine a munigéo do compartimento de recarga (carregador);, VII - marca: é uma identificacdo dada pelo fabricante, usada para distinguir produto de outro idéntico, semelhante ou afim, de origem diversa; ____ VIII- modelo: é uma diferenciagio dos tipos diferentes de armas de fogo, de uma mesma marca, E definido pelo fabricante, sendo prerrogativa dele impor essa diferenciacdo para os diversos modelos que sao capazes de produzir. Também pode designar um perfil de padronizagéo militar pela Forca Armada que o est adotando; IX - nvimero de série: € a individualizacao da arma de fogo. Ele deve ser marcado por processo mecanico, pelo menos na armacéo ou chassis da arma, que é a parte sobre a qual vo ser montados 0 cano ¢ os demais componentes da arma. Pode ser numérico seqiiencial ou alfanumérico codificado pela fébrica que 0 produziu; X - mimero do cano ou da culatra: é a individualizacao do cano, onde deve estar marcado, por processo mecinico, um nimero de série. Nas armas de fogo novas, fabricadas no Brasil, é obrigat6rio que seja repetido o ntimero de série da arma; XI - raias: sulcos feitos na parte interna (alma) dos canos ou tubos das armas de fogo, geralmente de forma helicoidal, que tém a finalidade de propiciar 0 movimento de rotacéo dos projéteis ou granadas, que Ihes garantam estabilidade na trajet6ria; XII - pais de fabricacao: & 0 pais onde a arma foi fabricada. CAPITULO II DO REGISTRO E CADASTRO DE ARMA DE FOGO, Art. 4° O registro de arma de fogo de uso restrito ou de uso permitido dos militares do Exército é caracterizado pela publicacao em Boletim Interno Reservado (B I Res), por determinacio do Comandante, Diretor ou Chefe de sua Organizagéo Militar (OM) ou unidade de vinculagéo, apés solicitagdo por escrito pelo interessado, Conterd os dados abaixo. 1 - Do interessado: a) nome, filiagdo, data e local de nascimento; 'b) enderego residencial; c) enderego da OM a que pertence ou est vinculado; 4) posto ou graduagao; €) miimero da cédula de identidade, data da expedigao, érgio expedidor e Unidade da Federacdo; ¢ £ niimero do Cadastro de Pessoa Fisica - CPF. MW - Da Arma: a) nimero do cadastro no Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (SIGMA), emitido pelo proprio sistema, no ato do registro (somente para armas jé cadastradas no SIGMA); b) identificacao do fabricante e do vendedor; ©) mimero e data da Nota Fiscal de venda (no caso de aquisicfo no comércio ou diretamente do fabricante); 4) espécie, marca, modelo e ntimero de série; €) calibre e capacidade de cartuchos; f) tipo de funcionamento; 2) quantidade de canos ¢ comprimento; h) tipo de alma (lisa ou raiada); i)quantidade de raias e sentido; j) nlimero de série gravado no cano da arma; 1) acabamento; € m) pais de fabricagao. Art, 5® O cadastro de arma de fogo de uso restrito € de uso permitido dos militares do Exército € realizado por determinagio do Comandante da Regiao Militar de vinculagéo da OM do militar, mediante insercdo no Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (SIGMA) e expedigdo do documento denominado Certificado de Registro de Arma de Fogo (CRAF). § 1° 0 Comandante, Diretor ou Chefe da OM ou unidade de vinculagao do militar da ativa ou na inatividade encaminharé c6pia do BI Res contendo os dados de registro da arma ¢, se for 0 caso, 0 original da Guia de Recothimento da Unido (GRU) ao Comandante da Regio Militar de vinculagio da OM, para os fins do caput. § 2 O modelo de espelho para formulério do CRAF é 0 constante do Anexo a estas Normas. Art. 6° O CRAF teré validade indeterminada ¢ abrangéncia em todo o territério nacional. Pardgrafo Gnico. Nao haveré substituicdo de CRAF por alteragio de vinculagao de Regio Militar do militar ou de sua passagem para a inatividade remunerada, Art. 7° 0 CRAF autoriza o proprietério a manter a arma de fogo registrada exclusivamente no interior de sua residéncia ou dependéncia desta, ou ainda, no interior da sua OM, para os militares da ativa, Pardgrafo nico. Para os militares na inatividade, o CRAF autoriza manter a arma de fogo no local de trabalho, desde que ele seja o titular (devidamente qualificado em contrato social) ou 0 responsdvel legal (designado em contrato individual de trabalho, com poderes de geréncia) do estabelecimento ou empresa. Art. 8° A taxa de registro de arma de fogo seré cobrada a partir da 3* arma adquirida a partir de 02 de julho de 2004, § 12 A isencdo do pagamento das taxas de registro de arma de fogo restringe-se a duas armas de propriedade particular. § 2° 0 registro € isento de taxa de renovacao, conforme previsto no § 4° do Art. 6° da Lei 10.826/03, para as armas do acervo do militar. § 32.0 recolhimento da taxa de registro de arma de fogo deverd ser efetivado, através da GRU, a0 Fundo do Exército, conforme os c6digos da tabela de taxas ¢ multas do Sistema de Fiscalizacio de Produtos Controlados. Art. ® O militar que passar a reserva néo remunerada e possuir arma de uso permitido cadastrada no SIGMA poderd solicitar, mediante parte a0 seu Comandante, Chefe ou Diretor, que encaminhe c6pia do Boletim Interno que publicou o licenciamento ou exclusio das fileiras do Exército & sua RM de vinculagdo; a RM, por sua vez, solicita ao érgio da Polfcia Federal de sua circunscri¢ao a transferéncia do cadastro da(s) arma(s) de uso permitido do SIGMA para o SINARM. § 1°. A solicitagao do militar deveré ser feita 30 (trinta) dias antes da data do desligamento. §2° O militar que possuir arma de fogo de uso restrito brasonada deverd recolhé-la a0 Exército para indenizacao e, nao sendo brasonada, deveré transferi-la para quem possa legalmente possu- la ou entregé-la a Policia Federal, nos termos do art. 31 da Lei 10.826, de 22 de dezembro de 2003. § 3° A arma com braséo de qualquer das Forgas Singulares poderd, a critério da mesma, ser transferida para militar de outra Forca que a possa possuir e, neste caso, sendo arma com brasao do Exército e devolvida a Forga, haverd indenizagdo nos termos da Portaria n° 004- SEF, de 25 de janeiro de 1989. CAPITULO IIL DO PORTE DE ARMA DE FOGO eneralidades Art. 10, Porte de Arma de Fogo (PAF) € a autorizacdo para que © proprietirio da arma de fogo possa conduzi-la ou transporti-la, nas seguintes condigdes: 1 - quando de porte: municiada ou nao, conduzida junto ao corpo, devidamente dissimulada, de forma que nio seja visivel nem possfvel sua deteccao sob a roupa a olho nu; ¢ Il - quando portatil: desmuniciada, transportada em bolsa, mala ou pacote, devidamente dissimulado, de forma que nao seja visfvel nem possivel sua detec¢ao a olho nu. Art. 11. O PAF € concedido aos militares do Exército Brasileiro em razao do desempenho de suas fungGes institucionais. Art, 12. A autorizago para portar arma de fogo € concedida pelo Comandante, Chefe ou Diretor da OM e homologada pelo Comandante da Regio Militar com a emissio do CRAF/PAP. § 1° A autorizacdo para portar arma de fogo serd inserida no Certificado de Registro de Arma de Fogo (CRAF), conforme a Portaria Normativa n® 1.369/MD, de 25 de novembro de 2004, publicada no Diério Oficial da Uniao n® 229, de 30 de novembro de 2004. § 2%. O modelo de formulirio preenchido de CRAF/PAF € o constante do Anexo. § 3°. O CRAF/PAF é vinculado a uma determinada arma, devidamente cadastrada no SIGMA. Art. 13. O militar da ativa ow na inatividade, para transportar sua arma de fogo de propriedade particular ou arma brasonada de posse temporaria, deveré conduzir 0 CRAF/PAF e sua identidade militar. Art. 14. O militar inativo ou da ativa que nao esteja a servigo no poder portar arma de fogo em locais onde haja aglomeracdo de pessoas, tais como no interior de igrejas, escolas, estédios desportivos e clubes piblicos ou privados, sob pena de incidir nas sangdes previstas nos pardgrafos 1° ¢ 2 do art. 26, do Decreto n? 5.123, de 1? de julho de 2004. Pardgrafo nico, Nao se aplica 0 disposto no caput aos locais sob administragio ou fiscalizagéo do Exército Brasileiro. Ant. 15. Nao serd autorizado 0 uso de arma de fogo de propriedade particular em servico, exceto de arma brasonada de posse temporaria, Art. 16. O militar da ativa ou na inatividade € isento do pagamento das taxas de expedicéo de autorizacao para porte de arma de fogo para até duas armas de propriedade particular, de sua livre escolha, bem como para a arma brasonada de posse temporaria. § 12 A taxa de expedicio de autorizagio para porte de arma de fogo é devida apenas a partir da 34 arma, caso tenha sido adquirida a partir de 02 Jul 2004. § 2° Nao hi incidéncia de pagamento das taxas de renovagao de autorizagio para porte de arma de fogo para todas as armas de propriedade particular do militar do Exército, da ativa e na inatividade. Art. 17. Quando houver alteragio de vinculacéo de Regido Militar ou mudanga de situagao da ativa para a inatividade, ndo haverd necessidade de substituigao do CRAF/PAF. Art. 18. Para conservar a autorizacao para porte de arma de fogo, 0 militar na inatividade devera submeter-se, a cada tr€s anos, ao teste de avaliagdo da aptidio psicolégica para o manuseio de arma de fogo. § 19. O teste de avaliagdo da aptidio psicolégica seré definido em Portaria do Chefe do Departamento-Geral do Pessoal. § 22. O teste de avaliagao da aptidio psicolégica deverd ser realizado até és meses antes da data de apresentagio anual no érgio controlador de inativos e pensionistas. § 3°. No caso de inaptidao psicolgica, 0 militar poderd recorrer, no prazo de até 90 (noventa) dias a partir da constatagio da inaptidio, para apresentar novo resultado. § 42. No caso de confirmacao de inaptidao psicolégica para o manuseio de arma de fogo, 0 Comando da Regio Militar de vinculagio tomard as providéncias previstas no art. 67 do Dec. 5.123/04. ‘Art. 19. Quando da passagem para a reserva nao remunerada, o militar, ao ser licenciado ou excluido das fileiras do Exército, terd sua(s) autorizacao(Ges) para porte de arma de fogo revogada(s) ¢ deverd entregé-ta(s) para destrui¢ao pela sua OM de vinculacZo, na data do seu desligamento, podendo, se for do seu interesse ¢ do seu dircito, solicité-la(s) ao Departamento de Policia Federal. Art. 20. O porte de arma poderé ser revogado a qualquer tempo, por determinacao do Comandante da Regido Militar ou do Comandante, Chefe ou Diretor de OM ou Unidade de Vinculacao, sempre com decisio fundamentada e publicagdo em Boletim Interno. §° 1. A autorizacao para o porte de arma de fogo seré revogada quando 0 militar se enquadrar em um dos seguintes casos: 1 = reformado por alienagio mental; Il ~ considerado inapto psicologicamente para 0 manuseio de arma de fogo; III - detido, com ocorréneia lavrada, independentemente de condenacao, portando arma de fogo em estado de embriaguez alcodlica ou sob efeito de substincias quimicas alucinégenas; TV — indiciado em inquérito policial militar, em inquérito policial, ou em processo criminal por infragées penais cometidas com violéncia, grave ameaga contra a incolumidade publica ou contra a seguranga do Estado; 'V — indiciado por cometer um ou mais dos crimes previstos no Capitulo IV da Lei n° 10.826/03 ou ainda por roubo, ameaca ou outros relacionados com 0 mau uso de arma de fogg; VI-~ desercéo, extravio, desaparecimento, interdicao ou falecimento; ¢ V — quando a praca contrariar qualquer um dos incisos I ¢ II do art.23, das presentes Normas. § 2°. Nos casos previstos § 12 do presente artigo, o Comandante da Regio Militar ou 0 Comandante, Diretor ou Chefe deverd tomar as providéncias constantes do art. 67 do Dec. n® 5.123/04. Art. 21. O militar que tiver seu PAF revogado poderé requerer nova autorizacdo a0 Comandante da Regio Militar, mediante requerimento devidamente instruido, desde que preencha novamente todas as condigdes previstas nestas Normas € haja reabilitagao em casos espectficos, como se segue: - passados trés anos da prisio por portar arma de fogo em estado de embriaguez alcodlica ou sob efeito de substincias quimicas ou alucinégenas, apés ter sido inocentado da acusacio ou apés a sentenga transitada em julgado comprovar, por certidao de antecedentes criminais fornecidas pela Justica Federal, Estadual, Militar e Eleitoral, bons antecedentes nos iiltimos dois anos; Il - for inocentado por sentenga transitada em julgado das infracdes penais cometidas com violéncia, grave ameaga contra a incolumidade pablica ou contra a seguranca do Estado; II - for inocentado por sentenca transitada em julgado dos crimes previstos no Capitulo IV da Lei n? 10,826/03 ou ainda por crimes que desaconselhem o porte de arma; € IV - for considerado reabilitado psicologicamente para o manuseio de arma de fogo, depois de decorridos trés anos da decisio de revogacio do seu PAF, Pardgrafo Gnico. O militar somente poderd solicitar autorizagdo para adquirir arma de fogo apés 0 deferimento de seu requerimento para nova concessio de porte de arma. Da autorizacao para porte de arma de fogo para oficial do Exército Art, 22, O PAF € garantido ao oficial do Exército, tanto no servigo ative quanto na inatividade, pelas Leis n° 6.880/80 e 10.826/03. § 12 Para os oficiais de carreira, a validade sera indeterminada. § 2 Para os oficiais temporétios, a validade seré limitada ao prazo de convocacio. §3°O PAF terd abrangéncia em todo o territ6rio nacional. Da autorizaco para porte de arma de fogo para praca do Exército em servigo ativo Art. 23. Serd concedida autorizagio para porte de arma de fogo aos subtenentes e sargentos de carreira estabilizados, observadas as seguintes condigGes: 1 - estar, no minimo, no comportamento bom; Il - ter conduta ilibada na vida piblica e particular; e IIL - ter sido aprovado em teste de capacitagio técnica ¢ de aptidao de tiro com arma da mesma espécie ¢ calibre da que pretende portar, conforme estabelecido no cap. IV, das presentes Normas. ” Pardgrafo nico. Nao sera concedida autorizacao para porte de arma de fogo a sargentos nao estabilizados, sargentos temporirios e taifeiros/cabos/soldados estabilizados, salvo os casos com justificativas fundamentadas, mediante proposta da Organizagéo Militar do interessado dirigida ao Comandante da Regio Militar de vinculagdo, desde que comprovada a efetiva necessidade de portar arma de fogo e que sejam atendidos os incisos I, Ile III do presente artigo. Art, 24. A autorizagio para porte de arma de fogo concedida a subtenente ¢ a sargento de carreira estabilizados em servigo ativo teré abrangéncia em todo o te indeterminada. Pardgrafo Gnico. O porte de que trata o pardgrafo dinico, do art, 23 teré abrangéncia regional ou nacional ¢ validade méxima de trés anos, limitada a data de término do engajamento ou reengajamento, se for 0 caso. Art. 25. Nao seré concedida autorizagio para porte de arma de fogo as pracas que estejam prestando © servico militar inicial obrigatério, bem como para os taifeiros/cabos/soldados nao estabilizados e pracas especiais, exceto a Aspirante-a-Oficial oriundo de curso de formacao de oficiais de ccarreira, Da autorizagdo para porte de arma de fogo por praca do Exército na inatividade Art, 26. Seré concedida autorizagio para porte de arma de fogo por praca do Exército na inatividade, a critério do Comandante da Regio Militar de vinculagio, desde que atenda aos seguintes requisitos: 1 - demonstrar efetiva necessidade de portar arma de fogo; I - ter sido aprovado em teste de aptidao de tiro, com arma da mesma espécie e calibre da que pretende portar; IL - ter conduta ilibada na vida pablica e particular; e IV - comprovar a aptidao psicol6gica para o manuscio de arma de fogo. § 1° A autorizagio para porte de arma de fogo por praca na inatividade teré prazo de validade de até 3 (trés) anos e abrangéncia regional ou nacional, a critério do Comandante da Regio Mil § 2° 0 subtenente e o sargento estabilizado, que tiver recebido a concessio do PAF em servigo ativo e que passar a reserva remunerada ou que for reformado por motivo de satide, exceto por alienagdo mental ou por motivos que o incapacite para o manuseio de armas de fogo, conservaré o direito ao porte de arma de fogo. Do porte de transito (Guia de Tréfego) Art. 27. Porte de transito € a autorizagao para que 0 proprietério de arma de fogo que no possua o PAF, em caso de mudanga de domicilio, movimentacao ou outra situacéo que implique no transporte da arma, possa transporid-la para o local de destino, no prazo nele descrito, devidamente acondicionada em bolsa, mala ou pacote, desmuniciada e com a munigao acondicionada em separado. E concedido através do documento chamado Guia de Trafego; Art. 28, O militar proprietério de arma de fogo que nao possua a respectiva autorizacéo para porte, em caso de necessidade de transporte da arma, deverd solicitar ao SFPC da Regio Militar ou Guarnigdo, por intermédio da OM do interessado, a expedicao da Guia de Trafego. Pardgrafo Gnico. A expedigao de Guia de Tréfego para militares seré isenta da cobranga de. taxas. Art. 29. A Guia de Tréfego autoriza o militar a transportar sua(s) arma(s) para o local de destino, no prazo nele descrito. Pardgrafo nico. A Guia de Tréfego poderd ser expedida para uma tnica arma ou para a totalidade de armas do acervo do militar. CAPITULO IV . DO TESTE DE CAPACITACAO TECNICA E DE APTIDAO DE TIRO Art. 30. Compete ao Comandante, Chefe ou Diretor da Organizagéo Militar determinar providéncias no sentido da realizagao do teste de aptidao de tiro, para a concessao de porte de arma de fogo. Art. 31. O teste de aptidao de tiro terd validade indeterminada para arma da mesma espécie e calibre. Pardgrafo Gnico, Nao serd aplicado novo teste de aptido de tiro para a renovacao de porte de arma de fogo da mesma espécie e calibre do teste jé realizado. Art, 32. Compete ao interessado prover a arma ¢ a munigao necessérias & realizagio do teste de aptido de tiro Art, 33. Para auferir a capacitagio no teste de aptido de tiro, o militar deverd demonstrar Prética da utilizagéo de arma da mesma espécie ¢ calibre para a qual pleiteia o porte. Pardgrafo tnico: Quando se tratar de uma arma da mesma espécie ¢ calibre da arma de dotagao funcional do militar, 0 teste é dispensado. Art. 34. O teste de aptidio de tiro serd composto de prova pratica através da execucao de tiro com a utilizagao correta de arma de porte ou portatil para a qual o militar pleiteia o porte, § 1° Os pardmetros para a realizagio da prova pritica para arma de porte sio: 1) alvo: tipo meia silhueta, padrao A-2, previsto nas Instrugées Gerais de Tiro com 0 Armamento do Exército (IGTAEx); 2) distancia do atirador ao alvo: 15 (quinze) metros; 3) quantidade de tiros: trés séries de 5 (cinco) tiros; 30 ({rinta) segundos para cada sé1 simples ou a a 5) tipo de agdo: permitida a a io dupla, conforme a arma utilizada; € 6) aprovacio: seré considerado aprovado 0 militar que obtiver no minimo 60% de impactos na silhueta, ou seja, 9 (nove) impactos dos 15 (quinze) tiros disparados. : § 19 Os pardmetros para a realizagao da prova pritica para arma portatil sa 1) a. alvo: tipo meia silhueta, padrio A-2, previsto nas Instrugdes Gerais de Tiro com 0 Armamento do Exército (IGTAEx); 2). distncia do atirador ao alvo: ~ alma raiada - 25 (vinte e cinco) metros; ~ alma lisa - 15 (quinze) metros e 5 (cinco) alvos di ancindos de 2 (dois) metros, dispostos em curva; 3) quantidade de tiros: ~ alma raiada - 2 (duas) séries de 5 (cinco) tiros; - alma lisa - 5 (cinco) tiros, um em cada alvo; 4) tempo de duragio: ~ alma raiada - 60 (Sessenta) segundos para cada série; - alma lisa - 120 (cento e vinte) segundos para cada série; 5) tipo de ado: permitida a agao simples ou a acdo dupla, conforme a arma utilizada; ¢ 6) aprovagio: sera considerado aprovado 0 militar que obtiver no minimo 60% de impactos no alvo, ou seja, 6 (seis) impactos dos 10 (dez) tiros disparados com arma de alma raiada © 3 ({tés) impactos dos 5 (cinco) com arma de alma lisa, considerando-se, para cartucho de caca, no minimo 1 (uma) perfuragao para cada alvo. Art. 35. Os resultados dos testes de aptidio de tiro serdo publicados em Boletim Interno da OM do interessado. Art 36, Sera necessério um novo teste de aptido de tiro, sempre que a arma a ser portada for de espécie ou calibre diferente da utilizada em teste anterior. CAPITULO Vv DAS DISPOSICOES FINAIS Art, 37. No caso de perda, extravio, furto ou roubo de arma de fogo, de Certificado de Registro de Arma de Fogo ou de Certificado de Registro de Arma de Fogo com Autorizagio para Porte de ‘Arma de Fogo, bem como de sua recuperagao, 0 militar € obrigado a comunicar imediatamente ao 6rgao policial mais préximo, remetendo c6pia do Boletim de Ocorréncia & sua OM ou Unidade de Vinculacao, (que fard a publicacéo em BIRes e informard a Regiao Militar Pardgrafo Gnico. No caso de arma de fogo de uso restrito, o Comandante, Chefe ou Diretor deverd instaurar 0 competente inquérito para comprovacao de impericia, imprudéncia ou negligéncia, ou possivel cometimento de crime. Art, 38. Estas Normas nao abrangem as armas de fogo constantes de acervos de colegio, tiro ou caca, pertencentes a militares. Art, 39, Os casos nao previstos nas presentes Normas serdo solucionados pelo Chefe do Departamento Logistico.

You might also like