Tratado de Assunção (1991) - Mercosul

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MERCOSUR “MERCOSUL ANTADO PARA _A ousnreuzeio DE UM MERCADO CONUM ENTRE A RUPOBLICA ARGEM A EDERATIVA DO BRASIL, A REPOBLICA DO PARAGUAT EA REPOBLICA ORIENTAL DO URUGUAT A Repiblica Argentina, a RopGblica Federativa do Brasil, a RepGblica do Paraguai e a RepGblica oriental do vUruguai, doravante enominados “Estados partes" Considerando que pli das atuais dimensdas de seus mereados nacionais, através integracio, constitui candi¢ao fundamental para lerar seus processos de desenvolvimento econdmico om justiga gocdal, Entendendo que esse objetive. deve gor - alcancade modian Aproveitamento mais sf eae a preservacio do meio ambiente, © melhorane| edu ana de politicas macr ik Pr18beye\Vao dos diferentes setores da economia, com base nobl'D Wg ualidade, flexibilidade e equilfbrios Ses fisicas, a coordenagio Yendo em ygiaage{contecinentos internacionais, lorem em especial a cons: de “grandes espagos econdmicos, ¢ importaneia de 16 wna adequada insergio internacional para seus eesando que este processo de integracdo constitui uma ada a tais aconte: Conecientos de que © presente Tratado deve ser considerado como un nove avango no esforgo tendente ao desenvolvimento progressive da integracio da América Latina, conforme © objetivo: do Teatade ae Montevidéu de 1980; Convencidos da necessidade de promover o désenvolvimento clonttice © teenoléyico dog Estados Partes e de modernizar suas economias para ampliar a ofertae a qualidade dos bens de servico isponiveis, a fim de melhorer as condigdes de vida de sous habitantes; MERCOSUR FERCOSUL 2o sve vontade politica de deixar estabelecidas as bases para uma unléo cada vez ta entre seus poves, com a finalidade do alcangar os objetivos supramencionséos; Acordam: CAPITULO TE sitos, Prinefpios o Instrumentos ARTIGO Os Estados Partes decidem constituir um Mercado Comum, ldeverad estar estabelecide a 21 de dezembro de 1994, e que se denomina "Mercado Comum do Sul" (NERCOSUL). te eado Comun R livre i e@ fatores produtivos entre os 4 MY f da eliminacdo nio tarifarias medida elecimento de und fa externa comum e a adogio de polftica comercial comum em relagio a terceiros Estados cu agrupamentos de Estados e a coordenagio de posigées om foros econémico-comerciais regionais ¢ internacionais; A coordenacko de politicas macroecendmicas e setoriais entre os Estados Partes - de conércio exterior, agricola, monetéria, canbial ¢ de capitais, de servicos, nsportes € comunicagdes outras que se acordem-, a fin de assequrar condices agequadas de concorréncia entre os Estados Partes, & dos Estados artes de nas areas pertinentos, to do processo — Pa “MERCOSUR MERCOSUL rcadd Cowum estar& fundado na reciprocidade de direitos obrigacées @ ados Partes, Durante 0 pexfode de transigio, que se estenderd desde entrada em vigor do presente Tratado até 31 de dezembro de 1994, e fim de facilitar a constituigio do Mercado Comum, os Bstados Partes adotam um Regine al ae ° um Sistema de Solugio de Controvérsias & jaarda, que constam como Anexos 11, IIL ¢ IW a0 pr ABET GOI, Veh OS os Estados Partes tal fim, aplicario suas Legistec AN atnGs USM coes cujos precos estejam influenciados p NN a e tra pratica desleal. aralelamente, os Estados Pa suas vespectivas politicas : Sea . nacionais com © objetiv weiSrnas comuns = principais instrumentos Comercial, que consistird em essivas, lineares ¢ automaticas, de restricdes néo tarifarias ou ivalente, assim como de cutras es Estados Partes, para chegar a 31 dezembro de 1994 com tar: zero, sem barreizas nao farias sobre a totalidade do universa EE eceian, wae MERCOSUR MERCOSUL b) ? je poli macroeconémicas que forma convergente com programas do ’ tovitéria © cdo Ses Uma tarifa externa comum, que incentive a competitividade terne dos Estados Partes; A adogia de acordos setoriais, com o fin obilidade dos fator ivas eficientes. 9 dos PF econhecem diferengas pontuais de ritmo para a Repd Paraguai ep Repblica Oriental de Urugual, que constan Em matéria de inves ait} ames internos, os produtos oriyingrics do tens CuPestado parte gozardo, nos ae SG ZS a? S/ Atd 31 de dezehbro™ ine (/fes produtos resultantes de operagdes de “ehsanblagem4 montagen realizadas no territério de um Parte utilizando materiais originarios dos Estados Partes e de terceiros paises quando © valor dos materiais originérios nao for inferior a 408 do valor FOB de exportacio do produto final, © Os produtes que, além ae serem produzidos em seu territério, cumpram com os requisitos especificos estabelecidos no Anexo 2 da Resolugio 78 do Comité de Representantes da Associacfo Latino-Americana de Integragio. ARTIGO SEGUNDO Nos casos em que © requisito estabelecido na letrac) do go Primeiro nfo possa ser cumprido porque o processo de transformacao operado n&o implica mudanca de posicio na nomenclatura, bastaré que o valor CIF porto de destino ou CIF porto maritimo dos materiais de terceiros pafses nio exceda a 50 (cinglienta) por cento do valor FOB de exportacdo das mercadorias de que se trata Na ponderagao dos materiais originadrios de terceiros pafses para os Estados Partes sem litoral maritimo, ter-se-do em conta, como porto de destino, os depdsitos e zonas francas concedidos pelos demais Estados Partes, quando os materiais chegarem por via maritima ARTIGO TERCELRO 0s Estados Partes poderdo estabelecer, de comum acordo requisitos especificos de origem, que prevaleceréo sobre os critérios gorais do qualificagio. Na determinagao ) Le quzsitto sie ficos de origem a que se refere 0 Artigo Terceiro, i Be 0 dos que tiverem sido estabelecidos, os Estados p base, individual ou conjuntamente, Materiais e outros insumos empregados na producio: a) Matérias primas: i) Matéria prima preponderante ou. que confira ao produto sua caracter{istica essencial; e ii) Matérias primas principais. b) Partes ou pecas: i) Parte ou pega que confira ao produto sua caracter{istica essencial ii) Partes ou pegas principais; ¢ ii) Percentual das partes ou pecas em relagio ao peso total. ¢) Outros insumos. Processo de transformagao ou elaboragio utilizado. Proporgio maxima do valor dos materiais importados de terceiros paises em relacio ao valor total do produto, que resulte do procedimento de valorizagao acordado em cada caso. ARTIGO_QUINTO Em casos excepcionsl g, eiende Nes requisitos especificos niéo puderem ser cumpridos pong ge orram “problemas circunstanciais de abastecimento: Gisponibilideday BpecificagSes técnicas, prazo de entrega e prego, tendo em) @Espoavo} no artigo 4 do Tratado, poderfo ser utilizados matexta 98 dos Estados Partes. Dada a situagdo pre 18 paragrafo anterior, o pais exportador emitiré o certificado correspondente informando ao Estado Parte importador e ao Grupo Mercado Comum, acompanhando os antecedentes e consténcias que justifiquem a expedigio do referido documento. Caso se produza uma continua reiteracho desses casos, 0 Estado Parte exportador ou o Estado Parte importador comunicard esta situag3o ao Grupo Mercado Comum, para fins de revisdo do requisite especifico. Este Artigo n&o compreende os produtos que resultem de operagées de ensamblagem ou montagem, © serA aplicivel até a entrada em vigor da Tarifa Externa Comum para os produtos objeteqde re4 . ae Zoe RECS especificos de origem ¢ scus materiais ou insumos, Zo Ec10N 9 ARTIGO SEXTO Qualquer dos Estados Partes podera solicitar a revisao dos requisites de origem estabelecidos de conformidade com o Artigo Primeiro. Em sua solicitagao, devera propor e fundamentar os requisitos apliciveis ao produto ou produtos de que se trate. ARTIGO SETINO Para fins do cumprimento dos requisitos de origem, os materiais e outros insumos, originarios do territério de qualquer dos Estados Partes, incorporados por um Estado Parte na elaboracao de determinado produto, serSo considerados originarios do territério deste fitino. Det ELEN fs 20)\ [arya ay Be Ocritério de maxing wee 3) de materiais ou outros insumos originaérics dos Estag Boe oder ser considerado para fixar requisites que implid ent aeh de materiais ou outros insumos dos referidos Estados ee, a juizo dos mesmos, estes ndo cumpram condicGes adequadas de abastecimento, qualidade e preco, ou gue nie se adaptem aos processos industriais ou tecnologias aplicadas. ARTIGO_NONO Para gue as mercadorias origindrias se beneficiem dos tratamentos preferenciais, as mesmas deverdo ter sido expedidas diretamente do pais exportador ao pais importador. Para tal fim, se considera expedigao direta: b) As mercadorias transportadas en transito por um ou mais pafses nao participantes, com ou sem transbordo ou armazenamento temporério, sob a vigilancia de autoridade alfandegaria competente em tais paises, sempre que: i) 0 transite estiver justificado por razdes geogrdficas ou por consideragdes relativas a requerimentos do transporte; nfo estiveren destinadas ao comércio, uso ou emprego no pais de transito, e no sofram, durante o transporte e depésito, nenhuma operagao distinta 4s de carga e descarga ou manuseio para manté-las em boas condigSes ou assegurar sua conservagao. Seis B bobo Para os efeitos deapesconte se eral se entenderd: 3 a) } a) que os produtey ipcaceddhc asi Rb fonas francas situadas nos SES a Limites geogratiGos Wesatatquey’ dos Estados partes deverio cumpriz os requibitas preyig@e no presente Regime Geral; que a expressio "materiais" compreende as matérias primas, os produtos intermediadrios e as partes e pecas utilizadas na elaboragao das mercadorias. caPpttuLo rr Declaragfo, Certificagdo e Comprovacio ARTIGO DECIMO PRIMETRO Para que a importagfo dos produtos originarios dos Estados Partes possa beneficiar-se das redugdes de gravames @ restrigdes outorgadas entre si, na documentagao correspondente as exportagées de tais produtos deveré constar jeclaracio que certifique o cumprimento dos requisitos de 5 ag: de acordo com o disposto no Capitulo anterior y ARTIGO _DECIMO_S'! Adeclaraglo a que se refere o Artigo precedente seré expedida pelo produtor final ou pelo exportador da mercadoria, ¢ certificada por uma reparticio oficial ou entidade de classe com personalidade juridica, credenciada pelo Governo do Estado Parte exportador. ho credenciar entidades de classe, os Estados Partes velarao para que se trate de organizagSes que atuem com jurisdig&o nacional, podendo delegar atribuicédes a entidades regionais ou locais, conservando sempre a responsabilidade direta pela veracidade das certificagées que foren expedidas. Os Estados Partes se comprometem, no prazo de 90 dias a4 partir da entrada em vigor do Tratado, a estabelecer um regime harmonizado de sancées adminissrativas para casos de falsidade nos cortificados, sem projuizo ds$’acdes peqawe, correspondentes. o V\e Os certificados ‘a 4 se § para os fins do presente Tratado terdo prazo de Negade”d fas, a contar da data de sua expedicao. ARTIGO DECIMO QUARTO Em todos os casos, se utilizaraé o formuldrio-padraéo que figura anexo ao Acordo 25 do Comité de Representantes da Associagao Latino-Americana de Integraco, enquanto no entrar em vigor outro formulario aprovado pelos Estados Partes. ARTIGO DECIMO QUINTO Os Estados Partes comunicardéo 4 Associagao Latino-Americana de Integragho a relacao das reparticées oficiais e entidades de classe credenciadas a expedir a certificagéo a que ARTICO DECIMO SEXTO Sonpre que um Estado Parte considerar que os certificados emitidos por uma repartigio oficial ou entidade de classe credenciada de outro Estado Parte nado se ajustam 4s disposicées contidas no presente Regime Geral, comunicaré o fato ao outro Estado Parte para que este adote as medidas que estime necessdrias para solucionar os problemas apresentados. Em nenhum caso o pais importador deterd o tramite de importagao dos produtos amparados nos certificados a que se refere o parigrafo anterior, mas poderé, além de solicitar as informagdes adicionais que correspondan as autoridades governamentais do pais exportador, adotar as medidas que considere necessarias para resguardar © interesse fiscal. Para fins de fume) am as cépias dos cortificados e os docunenbos/ eespec deverfo ser conservades durante dois anos a partir \d6-Suq emisgae ©, ie As @isposigdes do presente Regime Geral e as modificacées que ihe forem introduzidas nfo afetarfo as mercadorias embarcadas na data de sua adogao ARTIGO DECIMO NONO AS normas contidas no presente Anexo nao se aplicam aos Acordos de Alcance Parcial, de Complementacgao Econdmica nr. 1, 2, 13 e& 14 nem aos comerciais e agrepecudrios subscritos no ambite do Tratado do Monteviaéu 1980, os quais_se regerdo exclusivamente pelas disposicdes neles estabelec - 1) / ‘a ANEXO JIT SolugZo de Controvérsias ds As controvérsias que possam surgir entre os Estados Partes come consegtiéncia da aplicagao do Tratado serao resolvidas mediante negociagdes diretas. No caso de nfo lograrem uma solugio, os Estados Partes submeteréo a controvérsia 4 considerac3o do Grupo Mercado Comum que apés avaliar a situacdo, formulard no lapso de sessenta (60) dias as recomendacdes pertinentes as Partes para a solucdo do diferendo. Para tal fim, © Grupo Mercado Comum podera estabelecer ou convocar paindis de especialistas ov grupos de peritos como objetivo de contar com assessoramento técnico. Se no ambito do uma solucéo, para que este adote as re 2. Dentro de “ge partir da entrada em vigor do Tratado, o Grupa & acs Governos dos Estados Partes uma proposta vigeré durante 0 perfodo de transigao. ds Até 31 de dezembro de 1994, os Estados Partes adotardo um Sistema Permanente de Solucdo de Controvérsias para o Mercado Comum. ANEXoO Iv Claéusulas de Salvaguarda ARTIGO 1 Cada Estado Parte poder4 aplicar, até 31 de dezembro de 1994, cldusulas de salvaquarda & importagéo dos produtos que se beneficiem do Programa de Liberagio Comercial estabelecido no ambito do tratado. Os Estados Partes acordam que somente deverdo recorrer ao presente Regine em casos excepcionais. ARTIGO 2 Se as importacbes a ado produto causarem dano ou ameaga de ano grave a seyf/mgr conseqitancia de um sensivel aumento, em um curto Souls portagdes desse produto provenientes dos outros epg es importador solicitara ao Grupo Mercado Comum a reativasiolag as com vistas a eliminar essa situagio. WY © pedids do pais “imporeags estara acompanhado de uma declaragho pormencrizada dos fatos, razdes ¢ justificativas do mesmo. © Grupo Mercado Comum deverd iniciar as consultas no prazo maximo de dez (10) dias corridos a partir da apresentacio do pedido do pais importador e¢ deverA concluf-las, havendo tomado uma docisio a xespeito, dentro de vinte (20) dias corridos apés seu inicio. ARTIGO 3 A determinacao do dano ou ameaca de dano grave no sentido do presente Regime serd analisada por cada pais, levando em conta a evolucao, entre outros, dos seguintes aspectos relacionados produto em quest&o: a) Nivel de produg&o e capacidade utilizada; Nivel de emprego; ParticipagSe no mercado; Nivel de comércio entre as Partes envolvidas ou participantes de consulta; Desempenho das importagdes e exportagdes com relagio a terceiros paises. Nenhum dos fatores acima mencionados constitui, por si sé, um critério decisive para a determinag%o do dano ou ameaga de dano grave. N&o serfo considerados, na determinag3e do dano cu ameaga de dano grave, fatores tais como as mudangas tecnolégicas ou mudangas nas preferéncias dos de produtos similares e/ou diretamente competitivos dentro dg)imiesiiQ~ Com 0 objetivo de nao interromper as correntes de comércio que tiverem sido geradas, o pais importador negociara uma quota para a importaglo do produto objeto de salvaguarda, que se regerd pelas mesmas preferéncias e demais condicées estabelecidas no Programa de Liberag&o Comercial, Amencionada quota ser negociada com o Estado Parte de onde se originam as importagées, durante 9 perfodo de consulta a que se refere 0 Artigo 2. Vencido o prazo da consulta @ nao havendo acordo, o pais importador que se considerar afetado poder fixer uma quota, que seré mantida pelo prazo de um ano. Em nenhum caso a quota fixada_unilateralmente pelo pais importador seré menor que a média fisicos importades nos Wltimos trés anos calendério. ARTIGO 5 Ac clausulas de salvaguarda tergo um ano de duracio e poder’o ser prorrogadas por um novo perfodo anual e consecutivo, aplicando-se- lhes os termos e condicgdes estabelecidas no presente Anexo. Estas medidas apenas poderao ser adotadas uma vez para cada produto. Em nenhum caso a aplicagho de clausulas de salvaguarda poderd estender-se além de 31 de dezembro de 1994. ARTIGO 6 A aplicagio das clausulas de salvaquarda nfo afetard as mercadorias embarcadas na data de sua adogdo, as quais serdo computadas na quota prevista no Artigo 4. ARTIGO 7 Durante o perfode| de transigio, (Nojcaso de algum Estado Parte >. S se considerar afetado por\\gr f¥cifdades en suas atividades econSmicas, solicitara sé Conum a realizacdo de consultas, a fim de que se #8 medidas corretivas que forem necessarias. O Grupo Mercado Comum, dentro dos prazos estabelecidos no Artigo 2 do presente Anexo, avaliard a situag&o e se pronunciaré sobre as medidas a serem adotadas, em fungio das circunstancias. ANEXO V Subgrupos de Trabalho do Grupo Mercado Comum © Grupo Mercado Comum, para fins de coordenagio das politicas macroeconémicas e sctoriais, constituira, no prazo de 30 dias apds sua instalac&o de ‘Trabalho: Subgrupo 1 Assuntos Comerciais Subgrupo Assuntos Aduaneiros Subgrupo Normas Técnicas Subgrupo Politica Fiscal e¢ Monetéria Relacionadas con o Comeretg: Wg subgrupo dransporce verxébtke Subgrupo Transporte’ Mapieing : ay} subgrupo politica Indust#fal e Tecnolégica Subgrupo Politica Agricola Subgrupo 9: Politica Energética Subgrupe 10: Coordenac&o de Politicas Macroeconémicas

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