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Municipalization of Environmental Licensing: An Analysis of The Identity Territory of Piemonte Norte Do Itapicuru - Bahia
Municipalization of Environmental Licensing: An Analysis of The Identity Territory of Piemonte Norte Do Itapicuru - Bahia
Science (IJAERS)
Peer-Reviewed Journal
ISSN: 2349-6495(P) | 2456-1908(O)
Vol-8, Issue-8; Aug, 2021
Journal Home Page Available: https://ijaers.com/
Article DOI: https://dx.doi.org/10.22161/ijaers.88.36
¹Mestranda em Dinâmicas de Desenvolvimento do Semiárido pela Universidade Federal do Vale do São Francisco;
²Doutora pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE; Mestre pela UFPE. Pós Graduação em Direito Público - Faculdade
Maurício de Nassau
Received: 03 Jul 2021, Abstract— Considering the responsibilities within the scope of
Received in revised form: 07 Aug 2021, environmental causes more precisely and in a local way, the study
Accepted: 14 Aug 2021, presents a discussion on the municipal environmental licensing
process, regarding the Shared Environmental Management - GAC in
Available online: 24 Aug 2021
the State of Bahia and the municipalities that make up the Northern
© 2021 The author(s). Published by AI Piemonte Identity Territory of Itapicuru. The research is a case study
Publication. This is an open access article under the
of a qualitative character applied in the municipal environment
CC BY license
(https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/) secretariats, with an exploratory character, in order to identify the
quality of the environmental management used, as well as the main
Keywords— environment, environmental
management, municipal management, obstacles found in the licensing processes. Therefore, the GAC
complementary law. strengthened the public environmental management of the analyzed
municipalities, with positive impacts for the proper treatment of their
natural resources and physical environment, guiding its actions in
administrative decentralization processes. In addition to creating the
bases for the municipalities to form their Environmental Management
System. Deficits in the continuity of actions developed by municipal
managers were observed. This management decentralization process
served to encourage and enable the population's participation in the
environmental management of their municipality.
Resumo— Considerando as responsabilidades no âmbito das causas ambientais mais precisas e de maneira local, o estudo
apresenta uma discussão sobre o processo de licenciamento ambiental municipal, quanto a GestãoAmbiental Compartilhada
- GAC no Estado da Bahia e os municípios que integram o Território de Identidade Piemonte Norte do Itapicuru. A pesquisa é
um estudo de caso de caráter qualitativo aplicado nas secretarias de meio ambientes municipais, com o caráter exploratório,
a fim de identificar a qualidade da gestão ambiental empregada, bem como os principais entraves encontrados nos
processos de licenciamentos. Diante disso, O GAC fortaleceu a gestão ambiental pública dos municípios analisados, com
impactos positivos para o adequado tratamento de seus recursos naturais e meio ambiente físico, norteando suas ações em
processos de descentralização administrativa. Além de criar as bases para que os municípios pudessem formar seu Sistema
de Gestão Ambiental. Observou os déficits na continuidade das ações desenvolvidas por parte dos gestores municipais. Esse
processo de descentralização da gestão serviu paraincentivar e possibilitar a participação da população na gestão ambiental
de seu município.
Palavras-chave— meio ambiente, gestão ambiental compartilhada, lei complementar.
da AIA no processo de implantação dos empreendimentos requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas
que através de suas atividades traziam impactos próximas fases de sua implementação;
ambientais significativos em diversos países (MORGAN, II - Licença de Instalação (LI) - autoriza a
2012), incluindo o Brasil. Envolvimento este, provocado instalação do empreendimento ou atividade de acordo com
por pressões de ONGs em relação aos impactos causados a as especificações constantes dos planos, programas e
estes projetos financiados. Este movimento fez com que projetos aprovados, incluindo as medidas de controle
entidades multilaterais também inserissem a Avaliação de ambiental e demais condicionantes, da qual constituem
Impactos Ambientais nos processos (SÁNCHEZ, 2008). motivo determinante;
No Brasil, institui-se como um de seus III - Licença de Operação (LO) - autoriza a
instrumentos, a avaliação dos impactos ambientias, na operação da atividade ou empreendimento, após a
Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA), no qual seus verificação do efetivo cumprimento do que consta das
critérios básicos e diretrizes gerais de planejamento e licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental
implementação foram trazidos pela Resolução Conama nº econdicionantes determinados para a operação.
01/1986, elencando as atividades passíveis de elaboração
A Resolução Conama nº 237/1997 preconiza os
de Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e respectivo
procedimentos simplificados para atividades com pequeno
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) para aquisição
potencial de causar impacto ambiental; assim, o órgão
de licença ambiental. Em 1988, tornou-se constitucional a
ambiental competente definie os procedimentos a serem
sua exigência pelo Poder Público para a instalação de
seguidos para a obtenção da licença, havendo a
empreendimentos e atividades causadoras de significativo
possibilidade da entrega de estudos ambientais mais
impacto sobre o meio ambiente (Artigo 225) (BRASIL,
simplificados (CONAMA,1997).
1988).
Os instrumentos tratados acima, no âmbito
Mesmo antes da legalização do instrumento em
brasileiro, estão ligados, a classificação dos efeitos dos
nível nacional, já havia agências públicas de proteção
empreendimenos e/ou atividades com significativo
ambiental nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de
potencial de causar impacto sobre os recursos naturais e a
Janeiro. Em nível municipal, a cidade de Porto Alegre/RS
qualidade do meio ambiente, servindo como auxílio para a
foi pioneira, inaugurando sua agência em 1976. Contudo,
emissão de licenças ambientais (SÁNCHEZ, 2008). Caso
as iniciativas dos municípios eram somente reflexos do
a aplicabilidade da AIA e do licenciamento ambiental não
desejo das autoridades locais (NEVES, 2016).
ocorresse, possivemlmente este último ficasse restrito a
Assim, o licenciamento ambiental também foi um simples registro de intervenções ambientais. Logo,
instituído como instrumento da PNMA para se alcançar os podemos considerar que a AIA se torna um instrumento de
objetivos por ela propostos. A Resolução Conama nº 237 avaliação antecipada dos danos ambientais (MMA, 2009).
de dezembro de 1997 apresenta o seu conceito como
Assim, no procedimento de licenciamento
(CONAMA, 1997):
ambiental, além da Avaliação de Impacto Ambiental pode
Procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental ser complementada por estudos de complexidade maior
competente licencia a localização, instalação, ampliação como o Estudo e Impacto Ambiental; quanto por estudos
e a operação de empreendimentos e atividades de menor complexidade: Roteiro de Caracterização do
utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva Empreendimento; – RCE; Plano de Controle Ambiental –
ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob PCA; Relatório Ambiental Preliminar – RAP; Plano de
qualquer forma, possam causar degradação ambiental. Educação Ambiental- PEA, Plano de Recuperação de
Nesta mesma resolução, elenca três licenças a serem Áreas Degradadas – PRAD, entre outros. A Figura 1 exibe
expedidas (CONAMA, 1997): a interligação entre a Avaliação de Impacto Ambiental e o
I - Licença Prévia (LP) - concedida na fase Licenciamento Ambiental no território brasileiro.
preliminar do planejamento do empreendimento ou
atividade aprovando sua localização e concepção,
atestando a viabilidade ambiental estabelecendo os
as atividades de impacto ambiental local para fins do constitucionais, bem como das atividades delegadas
exercício da competência do licenciamento ambiental pelo estado (Bahia,2006).
municipal e dá outras providências (BAHIA, 2009). — O Decreto Estadual n.o 11.235, de 10 de outubro de
Neste decreto discorre as orientações relacionadas 2008, em seu art. 176, dispõe que aos órgãos locais
à implementação da gestão compartilhada entre os órgãos do Sisema cabe exercer a fiscalização e o
ambientais estaduais e municipais. O decreto elenca as licenciamento ambiental dos empreendimentos e
regulamentações da gestão ambiental compartilhada; quais atividades considerados como de impacto local, bem
ações para a estruturação do sistema municipal de meio como dos que lhes forem delegados pelo estado
ambiente; ressalvas sobre as atividades de impacto (Bahia, 2008).
ambiental local e outros assuntos pertinentes ao
desenvolvimento da gestão ambiental.
No estado da Bahia, para obter o licenciamento
Podemos destacar que além dos marcos regulatórios, acima municipal, delegação da competência para licenciar e
citados, a descentralização da gestão ambiental do Estado fiscalizar as atividades relacionadas ao meio ambiente,
baseou-se em outros textos oficiais tais como: desde que atendido o disposto na legislação, devem: possuir
— A Constituição do estado da Bahia, através do seu órgão ambiental capacitado; possuir Conselho Municipal
art. 59, inciso VII, destacando que cabe aos de Meio Ambiente; dotar o órgão ambiental com
municípios garantir a proteção do patrimônio equipamentos e meios necessários para o exercício de suas
ambiental e, em seu art. 213, § 4.o, com a criação funções; e organizar e manter um Sistema Municipal de
através de lei municipal, atribuição do estado, o Informação sobre o Meio Ambiente (CEPRAM, 2013).
poder de delegar competências aos conselhos e Assim, o município deve manifestar-se quanto às
órgãos de defesa do meio ambiente, (Bahia, 1989); classes de atividades e empreendimentos que quer
— A Política Nacional do Meio Ambiente, Lei Federal licenciar, dentro do rol de atividades que a Resolução
n.o 6.938, de 31 de agosto de 1981, em seu art. 6.o, CEPRAM n° 4.327/13 entende como sendo de impacto
estabelece, que a partir da criação do SISNAMA é local.
outorgada a responsabilidade perante os orgãos e A realidade da descentralização está distante da
entidades para a melhoria da qualidade ambiental maioria dos municípios brasileiros e, de acordo com
(Brasil, 1981); Azevedo, Pasquis e Bursztyn (2007), isso ocorre,
— A Resolução Conama n.o 237/1997, em seu art. 6.o, ”sobretudo em estados onde a preocupação ambiental é
dispõe sobre as normas de atuação dos municípios vista como entrave ao desenvolvimento econômico”.
com competência para o licenciamento ambiental de As capacidades municipais de responder às suas
empreendimentos e atividades de impacto ambiental agendas são altamente desiguais, sendo estas
local e dos que lhe forem delegadas pelo estado, por extremamente diversas e heterogêneas, estando os
instrumento legal ou convênio (Conama, 1997); municípios maiores e economicamente mais dinâmicos,
— A Lei Estadual n.o 10.431, de 20 de dezembro de avançados (NEVES, 2016), uma vez que vulnerabilidades
2006, em seu art. 146, §1.o, dispõe sobre os órgãos e nas áreas financeiras, administrativas e institucionais são
entidades que integram o Sistema Estadual do Meio vistas como entraves à descentralização das políticas
Ambiente (Sisema), nos termos da Lei Estadual n.o ambientais como, por exemplo, a falta de interesse e
11.050, licenciamento ambiental e política de condições para a qualificação de técnicos e a falta de
descentralização da gestão ambiental, com o objetivo estrutura para fiscalizações (SCARDUA; BURSZTYN,
de promover, integrar e implementar a gestão, a 2003; AZEVEDO; PASQUIS; BURSZTYN, 2007).
conservação, a preservação e a defesa do meio Considerando a extensão territorial do Estado,
ambiente, no âmbito da política de desenvolvimento surge o Programa Estadual de Gestão Ambiental
do estado (Bahia, 2006). Compartilhada (GAC), para atender à descentralização da
— A Lei Eestadual n.oº 10.431, de 20 de dezembro de gestão pública do meio ambiente e tem como principal
2006, em seu art. 159, prevê aos órgãos locais a objetivo apoiar os municípios baianos, individualmente ou
execução dos procedimentos de licenciamento por meio de consórcios territoriais de desenvolvimento
ambiental e fiscalização dos empreendimentos e sustentável, para adequação de suas estruturas municipais
atividades efetivas ou potencialmente degradadoras de meio ambiente tendo em vista Resolução do CEPRAM
do meio ambiente que sejam de sua competência nº 4.327/2013 e suas revogações. E para atender a esse
originária, conforme disposições legais e sistema descentralizado, apresenta-se o Consórcio Público
como uma ferramenta cuja proposta prevê o
acompanhamento dos municípios consorciados para privada. A existência do Fundo garante que os recursos
adequação da legislação ambiental dos municípios e sejam direcionados para as ações ambientais sem a
suporte técnico as secretarias municipais de meio ambiente necessidade de entrar no orçamento municipal. Assim,
principalmente nas áreas de licenciamento e fiscalização possui maior autonomia e não está sujeito a
ambiental (GRAÇA SOUTO, 2007). Em estreita relação contingenciamentos ou a devolução no fim do ano fiscal.
aos desafios postos acima está à necessidade de se conhecer Orgânica Municipal: Estimada como a lei máxima do
melhor os ativos e os passivos ambientais nos territórios município, esse aparato legal, deve dispor sobre a
baianos. estrutura, o funcionamento e as atribuições dos poderes
Para execer o papel de gestor do meio ambiente, Executivo e Legislativo. Essa lei contém os princípios
os Municípios devem estar organizados. O Poder Público norteadores das matérias de interesse local em termos de
municipal deve conscientizar-se em programar o Sistema saúde, saneamento, transporte, educação, uso e ocupação
Municipal do Meio Ambiente, em ser “considerado um do solo urbano, parcelamento do território, entre outros
conjunto de estrutura organizacional, diretrizes normativas temas de interesse municipal e que possuem importantes
e operacionais, implementação de ações gerenciais,relações interfaces com o meio ambiente. A Lei Orgânica deve
institucionais e interação com a comunidade” (FREITAS, disciplinar o essencial. Os municípios que optarem por
2010). Logo, a estruturação do sistema de gestão tratar do meio ambiente nesse formato deverão incluir
ambiental municipal necessita de uma base institucional, a neste código apenas os princípios e os objetivos da Política
qual irá conduzir um conjunto de normas locais, uma Municipal do Meio Ambiente (PMMA).
estrutura administrativa adequada para sua realidade local, Plano Diretor: Sua função é orientar a atuação do poder
e essencialmente, com a participação popular (FREITAS, público e da iniciativa privada na construção dos espaços
2010). Assim, os órgãos instituídos serão capazes de gerar urbano e rural, como também na oferta dos serviços
iniciativas e as convertendo em políticas do poder público públicos essenciais, visando assegurar melhores condições
local, sendo eles: de vida para a população. Prevista pela Lei federal nº
Conselho Municipal do Meio Ambiente: Órgão superior 10.257/2001, que instituiu o Estatuto da Cidade (EC),
do sistema, instância colegiada podendo assumir caráter atribuindo ao município a possibilidade de formular e
consultivo, deliberativo, normativo e/ou fiscalizador, implementar a sua política de desenvolvimento urbano.
conforme necessidades. É o responsável pela aprovação e Como instrumento básico da política de desenvolvimento
pelo acompanhamento da implementação da política e de expansão urbana, o Plano Diretor é exigido para
municipal de meio ambiente. Deve se reunir com cidades com mais de vinte mil habitantes, devendo ser
periodicidade regular. Sua constituição poderá ser paritária, aprovado pela Câmara Municipal.
considerando igualdade numérica entre os integrantes do Código Ambiental: As regulamentações ambientais
governo e da sociedade civil, envolvendo a maior municipais poderão compor um código próprio. Devendo
quantidade possível de suas entidades representativas. Os disciplinar a política ambiental municipal com diretrizes e
integrantes, em geral, têm mandato de, no mínimo, dois formas de aplicação, medidas administrativas cabíveis na
anos. área ambiental municipal.
Órgão Executivo Municipal do Meio Ambiente: Recursos humanos: De acordo com o Ministério do Meio
Podendo ser: secretaria, diretoria, departamento ou secção. Ambiente (2017), compreende-se a pasta ambiental ser
O município tem autonomia para definir as competências uma área que se relaciona com a maioria das estruturas da
desse órgão, o que deve ocorrer respeitando- se a Prefeitura. Logo, o/a gestora que irá administrar o Órgão
disposição de cada local, envolvendo a coordenação e a Municipal do Meio Ambiente tenha uma visão macro da
execução das políticas de meio ambiente, assim como a realidade municipal e seja capaz de dialogar com outros
realização – ou delegação a terceiros – das atividades de parceiros na Prefeitura, além de abrir-se ao convívio com a
fiscalização, licenciamento, monitoramento da qualidade comunidade. De perfil aliado a capacidade técnica com
ambiental, produção de informações e educação ambiental. habilidade política, sabendo explorar do corpo técnico e de
Fundo Municipal do Meio Ambiente (FMMA): órgão especialistas, expertise, afim de oferecer em termos de
responsavel pela captação e de gerenciamento de recursos soluções técnicas. Na organização da equipe técnica, os
financeiros determinados para a área de meio ambiente. profissionais deverão ser escolhidos de acordo com as
Esses recursos podem ser originados de multas e de características e demandas de cada município que
atividades relativas à gestão ambiental em âmbito conheçam com mais profundidade os problemas gerados
municipal. Pode também captar de outras fontes: ao meio ambiente.
estaduais, nacionais, internacionais ou da iniciativa
III. METODOLOGIA
A pesquisa é um estudo de caso de caráter IV. RESULTADOS E DISCUSSÕES
qualitativo aplicado nas secretarias de meio ambientes Considerando a busca de compartilhar as
municipais dos municípios pertencentes ao Território de responsabilidades nos âmbitos ambientais, mais precisas e
Identidade Piemonte Norte do Itapicuru, criado através da de maneira local quanto a Gestão Ambiental
Lei 13.214/2014 no âmbito do Governo daBahia, é um dos Compartilhada entre o Estado da Bahia e os municípios
vinte e sete territórios de identidade, composto pelos que integram o Piemonte Norte do Itapicuru, sendo um
municípios de Andorinha, Antônio Gonçalves, Campo desafio para todos os municípios consorciados, que
Formoso, Caldeirão Grande, Filadélfia, Jaguarari, passaram a ser responsáveis pelo licenciamento ambiental
Pindobaçu, Ponto Novo e Senhor do Bonfim com o caráter de impacto local e que possuem limitações em suas
exploratório, a fim de identificar a qualidade da gestão estruturas para desenvolver com eficiência estas
ambiental empregada, combinado com uma gestão atividades. Os municípios se estruturaram quanto à edição
integrada com a Secretaria de Meio Ambiente Estadual, de lei ambiental, criação do conselho de meio ambiente e
bem como os principais entraves encontrados nos criação do fundo municipal de meio ambiente, fatores
processos de licenciamentos. essenciais para a gestão ambiental municipal. Somados a
A perspectiva é discutir sobre as condições que estes fatores está à necessidade de dispor de equipe técnica
dominam, e sobre como pessoas, grupos ou coisas, qualificada para atuar no licenciamento e fiscalização
funcionam no momento presente, utilizando a comparação ambiental. Neste ponto reside a fragilidade da maioria dos
e o contraste. O modelo de pesquisa descritiva documental municípios baianos. Para fortalecer a gestão ambiental na
visa compara costumes e usos, diferenças e tendências Bahia é preciso manter o incentivo e estimular os
(BARUFFI, 2001). municípios. Assim, é de extrema importância para a
O projeto teve como base a descentralização das continuidade da gestão ambiental nos municípios
atividades licenciaveis, melhoria na qualidade dos serviços consorciados, mantendo de maneira autônoma, técnicos
prestados, uma possível melhora ambiental, e o para gestão ambiental nos municípios ou gerindo
cumprimento da legislação. A busca dos dados utilizados convênios que permitam este apoio.
foi através de pesquisas bibliográficas a respeito do tema, A exigência dos requisitos necessários para
bem como análise documental nas secretarias municipais adquirir tal competência deve ser maisrigorosa, em
de meio ambiente. Foram selecionadas as legislações conjunto, ter o acompanhamento desses municípios após a
federais, estaduais, e Códigos Municiapais que regem o adesão, devendoser avaliada a cada quatro anos, devido à
licenciamento ambiental em cada município. mudança de gestão municipal, e o último anoseja o
Logo, o enfoque se dá na mudança, no primeiro de cada gestão, analisando, assim, o princípio da
desenvolvimento dos indivíduos, de grupo, de práticas e de continuidade das ações.No contexto dos processos de
ideias e instituições, remontando às fontes de informação Licenciamento Ambiental, todos os municípios
primária, documentais originais ou de primeira mão. As apresentam-se “capazes” a licenciar suas atividades,
principais técnicas utilizadas nesse tipo de pesquisa são: enquadradas a nível 3. Aquelesmunicipios, que aderiram
coleta de dados históricos ou coleta de documentos; a ao convêncio de consórcio, abrangem automaticamente o
crítica histórica (interna e externa); e a síntese. nível
*concursado/efetivos