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7 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS SN Ze FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL wes Sd Departamento de Estruturas aT UNICAMP EC 802 - CONCRETO ARMADO II ARMAGAO PARA OBRAS EM CONCRETO PROF DR. ARMANDO LOPES MORENO JUNIOR PROF. DR. FLAVIO DE OLIVEIRA COSTA P - GR - 802 - 200 VERSAO 4/93 EXECUCAO DE DESENHOS PARA OBRAS DE CONCRETO ARMADO 1. INTRODUCAO © objetivo deste trabalho ¢ dar condigédes aos alunos do curso de Concreto Armade II da Faculdade de Engenharia Civil da UNICAMP & execucdo dos desenhos estruturais integrantes do projeto de um edificio em concreto armado desenvolvido no referido curso. AS recomendacées aqui indicadas so baseadas nas normas especializadas, e nos critérios prdticos comumente empregados nos escritérios de cdlculo de estruturas em concreto armado. 2. TIPOS DE DESENHOS A rigor o projeto estrutural de um edificio em concreto armado é constituido de trés tipos de desenhos: - plenta de cargas e locagdo dos pilares. - desenhos de formas. - desenhos de armacées. * Observagdo: Um quarto tipo de desenho também pode integrar o proje- to estrutural de um edificio em concreto armado. Este desenho ¢ 0 “desenho de locagdo das estacas e/ou tubuldes" e, logicamente, so seré necessario se a opcéo do tipo de fundacde pera o edificio for por estacas ou tubulées e, devido a problemas de dificuldade de en tendimento, for feita a opgéo pela néo representacéo das estacas (ou tubuléesi na "forma das fundacées" - 3. PLANTA DE CARGAS E LOCACAO DOS PILARES Geralmente € o primeiro desenho de um projeto estrutural, cuja primordial finalidade € © fornecimento de informagées que, adicionadas &s sondagens do terreno onde se erguer4 a edificagdo, permitirao a definicéo do tipo de fundacdo (tubuldo, estaca, sapata, etc) mais adequada & otra. E um desenho simples que apresenta apenas as segées dos pilares ou paredes estruturais locados em relagéo a dois eixos de referéncia do terreno (em geral o alinhamento e uma das divisas) e todas as cargas que serdo transmitidas aos elementos de fundacéo (sapatas, estacas, tubuldes, etc.) que, por sua vez, as transmiti- réo para uma camada resistente do solo. Exemplo: orvisa. eee . ! 223 oe. J a yu Ver (400) p2 (731) PS. | (elt) 207/40 | 7 . : 24. ’ ; pa (e7t) | P5 (1808) PS (1308) g| 370 420 ALIMHAMENTO aco 20/110 iS is | is ae is Observacées: A escolha do tipo de fundagio € feita por um Engenheiro especializado em mecaénica dos solos (Engenheiro de fundacées). . Somente apés a definicéo do tipo de fundagao, pode-se dar inicio a execugéo do primeiro desenho do projeto estrutural necessdrio ao inicio da obra - "Desenho de Formas das Fundacgées”. . Multas vezes, em obras pequenas, quando o tipo de fundagéo ja esta praticamente definido, “planta de cargas e locacgdo dos pilares" pode ser dispensa- da, sendo, neste caso, as cargas indicadas no cese~ nho das “Formas das Fundagées". 4. DESENHOS PARA EXECUCAO DE FORMAS O desenho para execugdo de formas de um pavimento ¢ com posto por uma planta da estrutura que sustenta aquele pavi nento, isto é, o conjunto de pilares, vigas e lajes. Neste desenho, todo elemento, ou detalhe da estrutura, deve ficar perfeitamente definido, por suas dimensées e por sua localizagao e posic&o em relagio a eixos, divisas, testadas ou linhas de referéncia relevantes. Sendo assim, deven ser feitos tantos cortes e/ou elevacdes quantos forem necessérios para 2 per~ feita definic&o dos elementos estruturais em representacao. Um desenho para execugdo de formas deve ser executado em escala 1:50 ou em outra escala comumente usada no meio técnico. desde que a clareza do desenho nao seja prejudicada. Cada “nivel estrutural” de uma edificacdo tera nho para execucdo de formas. Tem-se, ent&o, no caso de usual em concreto armado, o desenho para execucéo cas - fundagées, 0 desenho para execugéo das formas do subsolo, o dese- nho para execugéo das formas do térreo, © desenho para execugdo das formas do primeiro pavimento, o desenho para execugao das for- mas do segundo pavimento, etc. Em edificios residenciais, de escritérios, de clinicas, etc, temos varios pavimentos com a mesma arquitetura, desta manei- ra, a repetic&o da soluco estrutural para estes pavimentos ¢ co- mum, Quando a solugdo estrutural ¢ razetida de um pavimento 20 our tro, logicamente, um sé desenho p-"1 execugdo das formas sera fel- to, sendo denominado “Desenho r- + Execugdo das Formas do Pavinen~ to Tipo” ou simplesmente "Fcraas do Tipo”. E usual no desenho das “Formas do Tipo” indicar-se os pavimentos do edificio englobados por aquela solugao. 4.1. DEFINIGOES ‘A. PLANTA E a projecdo do teto em um plano que lhe € paralelo e situado em nivel inferior. As arestas da projecéo visiveis seréo as que ficam voltadas para o plano de projeqao. OBSERVAGOES: ” 4.- Para melhor entendimento desta definigdo imagine-se no quarto andar da estrutura de um edif{cio em concreto ar- mado sem qualquer elemento além dos estruturais. Imagi- ne um plano paralelo e situado abaixo do teto do quarto andar. A planta estrutural do teto do quarto andar (ou do piso do quinto) corresponde a projecéo do conjunto estrutural (lajes, vigas, pilares, etc) do teto no refe~ rido plano. As arestas visivels serdo as que vocé pode observar olhando simplesmente para cima. 2. Admite-se excegéo, quanto a convengéo de visibilidade anteriormente citada, nos desenhos para execucdo de for- mas das fundacées e para execucdo de formas das escadas. onde, o plano de projecdéo da estrutura esta situado em nivel superior ao nivel estrutural representado. 3. No desenho de formas, as arestas da projecdo viziveis sao representadas em Jinha cheia e as arestas da proje- Gao inviziveis séo representadas em linha trace jada. a Exemplo: V21 “invertt 20/40 v2o PIs. 20740 B. CORTE £ a projeg&o de um plano vertical que corta um desenho em planta. Plano este, colocado imediatamente antes da parte a re~ . Presentar. Os elementos, ou parte deles, atravessados pelo piano ("cortados") sdo, geralmente, achurados. C. ELEVAGAO E a projegio de um plano vertical, colocado imediatamente antes do conjunto a representar, sem corte de qualquer pega. A seguir indica-se a “Forma do Pavimento Tipo”, a “For- na das Fundagées” e um “Corte” de un edificio cualquer em concreto armado. 790 370 370 20/60 FORMAS 00 PAVIM. TIPO (12 Ao 32 PAY.) 1 Ni_20/50 20/50 oe | PB. PS 20M0 20780 20n0 FORMAS DAS FUNDACOES CORTE AA +1300 pp crac 4 2.88 3” PAY. +1040 2 PAV, PLANO HORIZ. DE 2.08 PROJECAO 1 PAV. PROVEG AO. "FORMAS 00 TIPO" $4.00 eee 400 2 TERREO “FORMAS DAS FUND." 7 ri o.0 : TRRTTR TT ee A A 4.2. NOME DO DESENHO PARA EXECUCAO DE FORMAS. © “nome” do desenho para execugéo de formas de um pavi- mento qualquer de um edificio em concreto armado segue o seguinte principio: "0 desenho para execugéo das formas de um pavimento cor- - responde a projecdo da estrutura que sustenta este pavimento: con- junto de lajes, vigas e pilares”. Deste modo o desenho da estrutura que sustenta o pavi- mento térreo de um edificio em concreto armado sera designado de “Desenho para Execucdo das Formas do Pavimento Térreo” ou simples~ mente "Formas do Térreo”. ‘ Exempio: |__ FORMAS 00 RES. ELEV. RES. ELEVAOO } FORMAS DA 3 “COB. DAC. DE MAG 8 : rE C. MAQ, BARR. a |. FORMAS 00 PISO i q DA C.M.E DO BARRILETE __ FORMAS DA \COBERTURA 2 = = _ FORMAS DO 42 PAV. = 2 >| & | s 5 ww) > BH = 1 FORMAS DO 3 3 gee |Z 3 ez > cc. < =z 3 % > % _ FORMAS 00 yaa 28 Pa z = 2 __ FORMAS DO (enn 2 a ei; rT. 4] z — ~ = a 2 z = jeer —————— FORMAS : i WT on Fun. 4.3. REPRESENTAGKO DOS PILARES NO DESENHO DE FORMAS Os pilares séo representados no desenho de forma “em corte", isto-€, somente ¢ representada a secéo transversal do pi- lar, com as respectivas dimensées, naquele pavimento. Como as dimensées da secdo transversal do pilar podem variar de um pavimento a outro ou, até mesmo, podem existir pila- res que "nascen" ou que "morrem" no pavimento estrutural em repre> sentag&o, ¢ conveniente estipularmos uma notagéo para a represen= tacdo destas situagées. Uma notagdo usual é a indicada abaixo: PILARES QUE CONTINUAM PILARES QUE NASCEM PILARES QUE MORREM Exenplo: V1 20va0 Notar, na representagéo acima, que parte da segdo do Pl “morre” eo restante “continua”. 10 4.4, REPRESENTAGAO DAS VIGAS NO DESENHO DE FORMAS As vigas séo representadas em planta, desta maneira te- mos a sua largura e o seu comprimento definidos no desenho de for- mas (em planta), sendo a sua altura e eventuais detalhes estrutu- rais representados através de cortes na propria planta ou em sepa- rado. Como mencionado anteriormente, no desenho de formas te- mos as vigas sendo odservadas de baixo para cima. Desta maneira u- ma viga é representada no desenho por meio de duas linhas, espaga- das de sua largura, ao longo do comprimento da mesma. As citadas “linhas" representam as arestas viziveis e inviziveis da viga ao observarmos a mesma de baixo para cima. As arestas viziveis sao representadas por linhas cheias e as inviziveis por linhas trace- Jjadas. Deste modo, em vigas invertidas, tem-se a representacéo in- dicada abaixo. 20/40 12700 viz Observar que Vil é uma viga invertida e Vil e Vi2 sao vigas comuns. qu 4.5. REPRESENTAGAO DAS LAJES NO DESENHO DE FORMAS As lajes en um desenho de formas estéo praticamente de- finidas apés a representacao dos pilares e das vigas. 0 tinico cul- dado a ser tomado diz respeito a representagdo de rebaixos, supe~ relevagdes ou aberturas existentes nas lajes. * 4.5.1. Representagao de Rebaixos e Superelevagées das Lajes Os rebaixos e as superelevagdes acontecem quando o nivel superior de una laje néo coincide com o nivel adotado para 0 dese- nho de formas, nivel este, geralmente, correspondente ao nivel su- perior da maloria das lajes representadas no desenho de formas. una forma eficiente de representacéo das diferencas de nivel existentes nas lajes é através da pintura do desenho de for- nas. A pintura da forma é executada por detrés do vegetal © feita por meio de giz de cera, pé de grafite ou graxa de sapato- A regra b4sica para pintura das formas ¢ pintar com = cor mais escura as lajes con o nivel superior mais baixo (em relaq gdo ao nivel adotado para o desenho de formas) ¢, gradativamente, ir “clareando" as tonalidades de cor na pintura das outras lajes com niveis mais altos até alcancar o nivel mais elevado que, ¢n~ tdo, terd a tonalidade mais clara dentre todas. © nivel adotado para o desenho de formas pode ser indi~ cado em nota & parte no desenho ou, vizando um melhor entendimento do deseriho, ser indicado em cada laje na forma. A maneira de se indicar niveis em planta, bem como um exemplo de caracterizagao de rebaixos no desenho de formas estdo tiustrados na figura a seguir. Observar que nesta figura temos L2 com o nivel superior “rebaixado” de 20 centimetros em relagao ao nivel das outras lajes, nivel este adotado como nivel para © desenho das formas. 1? Ni_20/40 Ls halo V4 20/40 VS _ 20/40 V3_ 20/40 Observacao: Deve-se também indicar, em nota a parte, no desenho de formas o nivel de referéncia adotado para o projeto es-. trutural do edificio. Geralmente toma-se o citado nivel {nivel 0,0) como o mesmo nivel de referéncia adotado para os projetos de arquitetura. * 4.5.2. Representacao das Aberturas das Lajes no Desenho de Formas As aberturas das lajes, quando temos 2 forma pintada, pode simplesmente ser representada por um espaco sem pintura (em branco). Quando 2 forma nao é pintada as aberturas sao representa- das por duas linhas finas que ligam os vertices da abertura. 0 e- xemplo a seguir ‘lustra este procedimento a 4.6. DESIGNACAO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS REPRESENTADOS NAS FORMAS E usual obedecer a simbologia abaixo para a designacao dos elementos estruturais representados nas formas. Designagdo es~ ta sempre seguida do respectivo numero de ordem do elemento © tam- bém da indicagéo de suas dimensées (altura das laJes, dimensdes da secdo transversal das vigas e pilares, etc). LAJES L VIGAS, v PILARES P TIRANTES: T DIAGONAIS D ‘SAPATAS s BLOCOS B PAREDES , PAR 4.7. NUMERAGAO E INDICAGAO DAS DIMENSOES DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS 4.7.1, Numeragao e Indicagéo das Alturas das Lajes Juntamente com designagao de cada laje indica-se o seu numero. A nuneragéo das lajes se fara, tanto quanto possivel, @ comecar do canto esquerdo superior do desenho, prosseguindo-se para a direita, sempre em ilnhas sucessivas, de modo a fu: tara localizagdo de cada laje. Logo abaixo da designacdo e numeracdo de cada laje ceve~ se indicar, cbrigatoriamente, a altura da mesma. No caso das altu- ras das lajes ndéo variarem muito pode-se indica-las em nota & par- te no desenho de formas. © conjunto: designacdo, numero e altura de uma laJe ¢, geralmente, indicada no centro da mesma ou préximo a ele. Exemplo: MI 20/60 2aeo 20/40 20740 4.7.2. Numeragdo e Indicagdo das Dimensées das Vigas Juntamente com a designacéo de cada viga indica-se o seu numero. A numeracdo das vigas far-se-é, para as dispostas hori- zontalmente no desenho, partindo-se do canto superior esquerdo e prosseguindo-se por elinhamentos sucessivos até atingir o canto inferior direito. Para as vigas dispostas verticalmente partindo- se do canto inferior esquerdo, para cima, por fileiras sucessivas, até atingir o canto superior direito. 1s Convenciona-se considerar como dispostas horizontalmente no desenho as vigas cuja inclinagdo com a horizontal variar de 0-a— 45°, inclusive. Junto a designacdo e numeragéo de cada viga, deverdo ser indicadas as dimensées da seco transversal da mesma. © conjunto: designacéo, numeragéo e dimensdes de cada viga devera ser colocado na parte superior da representacéo desta viga no desenho de formas. Quando alguna das dimensdes da seqdo transversal da viga se alterar ao longo do seu comprimento, nova indicag&o devera ser feita. Exemplo: V3_ 20/40 N3__ 20/50 4.7.3. Numeragdo e Indicacdo das Dimensdes dos Pilares Juntamente com a designagdo de cada pilar, indica-se © seu numero. A numeracdo dos pilares e tirantes sera feita, tanto quanto possivel, partindo-se do canto superior esquerdo do desenho para a direita, em linhas sucessivas. Logo abaixo da designacdo e numeracéo de cada pilar deve “se indicar, obrigatoriamente, as dimensdes da secéo transversal do mesmo. No caso de variagdo destas dimensées naquele pavimento, deve-se indicar as dimensdes antigas e as novas do pilar. 16 © conjunto: designagdo, numeracéo e dimensées de cada pilar deverd ser colocado em baixo e a direita da representagdo deste pilar no desenno de formas. Exemplo: PS 20/60 OBSERVAGOES: 1. Normaimente os blocos e sapatas nfo recebem nomes, sd0 individualizados pelos ntimeros dos pilares, ou ainda, pelo ntmero de estacas ( blocos de 1, 2, 3 ou mais estacas ). 2. Estacas e tubulées nao devem ser nomeados. 3. Observar que a numeracéo dos pilares vigas e lajes\ seguem praticamente a mesma recomendagéo: “Todos eles sao numerados da esquerda para direita e de cima para baixo". 4. Cabe ao projetista certa liberdade na caracterizagéo dos elementos, dentro do mesmo alinhamento, quando: se tornar necessario maior clareza do desenho. 4.8. REPRESENTAGAQ. DE ESCADAS A escada geralmente néo é representada no desenho de formas do pavimento a que eia (ou lances dela) pertence. Um dese~ nho especial para a representacéo de sua forma e fundacdo é feito, en folha @ parte, em escala maior cue o desenho de formas do pavi- mento a que ela pertence, escaia esta. geralnente. de 1:20 ou 1:25. 17 No desenho das formas do pavimento, no lugar reservado a colocacéo da escada, faz-se a representagéo de uma “abertura” na forma (ver representagdo de aberturas no item 4.5.2.) Exemplo: 20/40 vai y V8 20/40 P 10. Pu 20/30 20/30 4.9. SUPERFICIES CILINDRICAS OU INCLINADAS A representacdo de superficies cilindricas ou inclinadas nos desenhos de concreto armado podem ser como indicado nas figu- ras seguintes. CORTE 8B 18 sup. cuinonica ont ev “cnaros* TROMCO PIRAMIDE 4.10. CORTES FEITOS NO DESENHO DE FORMAS _Cortes na forma sio necessdrios para se mostrar detalhes que n&o podem ser mostrados em planta como, por exemplo, rebaixos ou superelevacées de lajes, abas e aberturas horizontais em vigas, etc, e também para dar maior clareza ao desenho de formas. E comum dar-se dois cortes na forma, um transversale o outro longitudinal, sendo que, para formas simples, um so corte pode se mostrar suficiente. 19 Usualmente, os citados cortes, nao séo representados em separado, mas sim, no prépric local de corte na forma. No entanto, cortes desenhados en separado podem ser necessérios com 0 propési- to de facilitar © entendimento do desenho de formas ou. devido a altura ou complexidade dos nesnos, como forma de se evitar a in- terferéncia na clareza do desenho em planta. Geralmente os cortes representados no préprio local de corte na forma 540 inteiramente escurecidos com nanquin. Exempio: 340 & VI 20/40 FORMAS DO_TIPO 4.11. COMO COTAR UM DESENHO DE FORMAS Um desenho bem feito de formas deve conter todas as in- formacdes necessdrias &@ identificagdo ¢ & localizagéo de cada ele- mento estrutural. Identificar un elenento estrutural ¢ designd-lo, numeré- jo e dimensiond-lo (espessura das lajes, dimensdes das secdes transversais dos pilares e das vigas). ° 20 . Um elemento estrutural ¢ posicionado no desenho de for- mas através de linhas de “cota* ¢ de."chamada". Através destas 1i- nhas poderemos obter distancias entre pilares, comprimentos de vi- gas. dimensées internas das lajes, etc. LINHAS DE CHAMADA so as linhas que partem de um ponto a ser cotado e chegam até as linhas de cota. LINHAS DE COTA s&o as linhas onde serdo indicados os comprimentos ("cotas") definidos pelas linhas de chamada. Os comprimentos ou “cotas", definidos pelas linhas de chamada, sao posicionados acima ou a direita (no caso de “cotas” pequenas) das linhas de cota. Exempio: ) CoTAS* ass 7 — ave LINHA DE COTA |= LINHA DE CHAMADA i YZ, LINHA DE COTA Observacées: 1. = imprescindivel que a linha ce chamade parte o mais préximo possivel do ponto a ser cotado, evitando duvidas 2 respeito do ponto que esta sendo “cotadc". 21 9° Qg-eruzamentos-das’ Linhas’.de. chamada,.com, uma, linha de cota geralmentei so: indicedos- mor -um. pente,.ou.um trago pequeno a 45°(em retacéo.a linha de,cota). Exemiplo: © /<» es ube f Basicamente en tode"Wedenho de formas nes direcées, én planta, horizontal e-vertteal, existen’trés tipos.de Minhas de co- ta: [ S LINHA DE COTAS TOTAIS: onde sdo indicadas as dimensées externas da edificagdo, ou de partes dela. LINHA DE COTAS DE PIkARES: onde sao indicadas as posi- gdes dos pilares (geralmente em relagao & pontos fixos dos pila- res). ~ LINHA DE COTAS DE LAJES: onde s&o indicadas as “dimen- sdes internas das lajes. 0 exemplo a seguir {lustra os’ trés “tipds existentes de linhas de cota. 22 | Mi__20/40 1 aa ! Pl | P2 20M0 20730 } ur Le 3 nee 3 hee 20 280 20, 130 ae , 2 I “ a 2 V2___20/40 P3 P4 20/40 20/30 3 $ i § taal v 0 7 > V3 20/40 i fr f Ps =f" PS 3 20740 2 20730 2 = 3 5 i eee ne Larner | nieo TOTAL Sa a | a 7 Observagées: 1. Se a posi¢ao de una viga, em relagéo a posicéo de um pi- lar, ndo estiver tem definida, ¢ conveniente o acréscino de linhas de cota auxiliares que definem este posiciona- mento. O exemplo 2 seguir ilustra este procedimento. 23 2. Na definicéo das linhas de cota de pilares, deve-se ob- servar as linhas de chamada mais convenientes para a me~ thor localizagdo do pilar na forma. A linha de chamada mais conveniente para se “cotar" um pilar é, geralmente, a linha que parte de seu ponto fixo. Podemos definir co- mo “ponto fixo" de um pilar, um ponto, pertencente & se- gdo transversal do pilar, que ¢ fixo independentenente da variac&o desta seco ao longo da altura do edificio. Exemplos: PILAR DE CANTO OU JUNTO A UMA ABERTURA NA LAJE: LINHA DE CHAHADA QUE DEVE SER ABERTURA Ustoe vane az cotun o PILI, i= UWA VEZ QUE EA LINHA QUE PAR TW TE DE UM PONTO, NA SECO TRANS “PONTO, 7 rixo VERSAL DO PILAR, "FIXO" AQ LON GO DA ALTURA 00 EDIFfcIO. 24 PILAR LATERAL SEM RESTRIGAO DE ABERTURAS: LINHA DE CHAMADA QUE DEVE SER USADA PARA SE COTAR © PILAR, UMA VEZ QUE EA LINHA QUE PAR- 5. = \ eee aes — 7LZA — VERSAL DO PILAR, "FIXO" 40 LON GO DA ALTURA DO EDIFicIO. nix0* PILAR CENTRAL LINHA DE CHAMADA QUE DEVE SER USADA PARA SE COTAR © PILAR, . UMA VEZ QUE E A LINHA QUE PaR- TE DE UM PONTO, NA SECiO TRANS = —— VERSAL DO PILAR, “FIXO" AO LON GO DA ALTURA Do EDIFicIO. Ao se “cotar" os pilares pelos pontos fixos, © inconveniente, no caso de alteragdo da secdo transver- sal dos mesmos, da variacdo de cotas que indicam o posi- cionamento deste pilar ao longo da altura do edificio. EF interessante que estas cotas néo sejam alteradas. de for ma a se evitar erros de localizacao de um pilar na forma, seja durante o seu dimensionamente, desenho ou execucdo. © exemplo a seguir ilustra este procedinento. 25 (*) + cm + = (*) COTAS QUE NAO VARIARAM (BOMIIL) (a) COTAS QUE VARIARAM (RUIM IIL) 26 P3 20/30 2o_ (*) PS 20730 13 (#*) Quando os pilares nao variam de secdo, ao longo da altu- Ta do edificio, nao existem "pontos fixos", ficando a critério do "bom senso" o posicionamento da linha de chamada que sera utilizada para se cotar cada pilar. 4. Nos desenhos en planta sé séo indicados os comprimentos horizontais, No caso dos desenhos em elevacdo ou em cor- te sé s&o indicados os comprimentos verticais. 5. As cotas, nos desenhos de concreto armado, geraimente é sdo em centimetros. Nas cotas menores que 1 centinetro, ndo se usa virgula nem ponto decimal, usando-se a con- vengdo abaixo: a 4.12. CONvENCOES DE EsPessura pos TRACOS NO DESENHO Linhas de cota ou de chamada devem ser representadas por tragos de espessura 0,1 mm ou menos (grafos). - A representacdo das vigas, em planta, deve ser feita com tragos de espessura de 0,2 mm ou 0,3 ma. Os pilares devem ser representados, em corte, por tracos grossos (0,6 mm) no perimetro e, se necessario, hachurados inter- namente com tragos finos (0,1 mm). 27 Exemplo: on 0,2 ov 0,3 4.43. CONVENCGES DE EsPessuRA E TAMANHO RELATIVO DAS LeTRAS & NOMEROS QUE, IDENTIFICAM OS ELemMentos EstruTurais RePre- SENTADOS NA FORMA E 00S NUMEROS QUE INDICAM AS "COTAS". © nome dos elementos estruturais, geralmente uma letra e um numero, deve ser feito com tracos‘em espessura 0,6 mn e deve ter o tamanho maior, dentre todos os demais nimeros indicados na forma. Os ntimeros que indicam as dimensdes dos elementos estrun turais: espessura das lajes, altura e largura das vigas e pilares, deve ter tamanho menor que © adotado para o nome e ser feito com trago em espessura de 0,3 mn. Os numeros que representam as “cotas" devem ter tamanho menor que-o daqueles ntimeros que indicam as dimensées dos elemen- tos estruturais e serem feitos com espessura de 0,2 mm. Observacao: Quaisquer outras indica¢gées feitas no desenho de formas devem seguir o "bom senso" do desenhista. 28 4.14. FORMATO DA FOLHA E LEGENDAS 4.14.1. FORMATO DA FOLHA E usual dividirmos a folha de desenho em médulos de 18,5. cm de largura por 30,0 cm de altura. De forma a se evitar a chama- da “dobra falsa" recomenda-se um numero impar de mddulos na dire- Gao horizontal. E. conveniente prever-se uma margem de 1 centimetro de largura no contorno do desenho, bem como, no médulo extremo esquer do inferior também ¢ conveniente deixar-se a chamada “orelha” que em muito facilita o arquivamento de eventuais cépias do desenho. Exenplo: sri8s 29 ” 4.14.2. LEGENDA A legenda, em um desenho, € necessaria para a identifi- cagéo do mesmo. Deve ser colocada no canto inferior direito do desenho, com largura de exatamente um médulo do desenho (ver formato da folha). Sua altura é varidvel pois ¢ dependente da quantidade de informagdes nela indicadas. 7 Como informacées bdsicas em uma legenda, por exemplo, tem-se: as escalas utilizadas no desenho; a data de término, verificagaéo e modificagao do desenho; os nomes dos desenhistas e verificadores do dese- nho, bem como o nome do engenheiro responsavel pela obra; a identificacdo da obra da qual faz parte aquele desenho, bem como a identificago do que esté sendo representado naquela folha em particular: a identificagao, se for o caso, do escritério de projetos responsavel pelo cdlculo estrutural; - o numero da folha, ete Exemplo: LM, PROJETOS R. AMERICA 100 TEL 318975 CAMPINAS! EDIFIcIO SOLIMGES 30

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