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Obras de Antonio Gramsci Editor: Carlos Nelson Coutinho Co-editores: Luiz Sérgio Henriques e Marco Aurélio Nogueira Cadernos do cércere (6 volumes) 1. Introdugio ao estudo da filosofia. A filosofia de Benedetto Croce 2. Os intelectuais. O princfpio educative. Jornalismo 3, Maquiavel. Notas sobre o Estado e a politica 4, Temas de cultura. Ago catélica. Americanismo € fordismo 5. O Risorgimento, Notas sobre a historia da Iedlia 6. Literatura. Folclore. Gramatica. Apéndiccs: indices variants Escritos politicos (2 vols.) 1. Escritos politicos 1910-1920 2. Escritos politicos 1921-1926 Cartas do cdrcere (2 vols.) Antonio Gramsci Cadernos do carcere Volume 5: © Risorgimonto, Notas sobre a histéria da Isla, ‘TRADUGAO DE Luis Sérgio Honriques CIVILIZAGAO DRASILEIRA Rio de Janeiro 2002 ‘COPYRIGHT © Carlos Nelson Coutinho, Luiz Sérgio Henriques © i ‘Marco Aurelio Nogueira, 2001, ny Evelyn Gruomach sojeo cranco Evelyn Crimach «Jodo de Souza Leite PREPARACAO DEORIGINAS Carlos Nelson Coutinho e Luiz Sérgio Henriques (GP-BRASIL CATALOGAGAONA FONTS. . SINDICATO NACIONAL DOSEDITORES DELIVROS,J Gramsci, Antonio, 1891-1937 caste ‘Cadecnos do cérosre, volume 5 / Antonio Gramsci ed : WS ‘lo ¢ traducio de Luz Sérgio Henriques; co-edigao, Carios Nelson Cotinho e Marco Aurélio Nogueira.—Rio de Janei- 0: Civilizagao Brasileira, 2002, Teadogdo de: Quaderi del crcere Conte. 5.1 Rsorginento Notas sobre a isa da tala : ISBN #5.200.05864 4. Gramsci, Antonio, 1891-1937 ~ Visio politica e social. 2. Ilia ~ HiseGxia. Titulo. ‘cpp - 335.43 o1-0915 cebu - 3303425 : “Todlos os diets revervadoy. Fruibide a teprodugio, armazenamento o8 transmissao de partes deste liveo, através de qualsquer meios, sem prévia autorizagio por esrito. Diccitos desta edicéo adquiridos pela EDITORA CIVILIZAGAO BRASILEIRA, tum selo da DISTRIBUIDORA RECORD DE SERVIGOS DE IMPRENSA S.A. Rua Argentina 171 - Rio de Janeito, RJ ~ 20921-380 ~ Tels 2585-2000 PEDIDOS PELO REEMBOLSO POSTAL Caixa Postal 23.052, Rio de Jancizo, RJ ~ 2092-970 Impresso no Brasil 2002 ‘ Suma NoTAPREVIA. 7 CADERNOS DO CARCERE. VOLUMES 9 1, Caderno 19 (1934-1935): [RISORGIMENTO ITALIANO] 11 “2, Caderno 25 (1934): [AS MARGENS DA HISTORIA. (HISTORIA DOS GRUPOS SOCIAIS SUBALTERNOS) 129 3. Dos cadernos miscelaneos 147 CADERNO 1 (1929-1930) 149 CADERNO 2 (1929-1933) 154 CADERNO 3 (1930) 204 CADERNO 4 (1930-1932) 209 CADERNO 5 (1930-1932) 210 CADERNO 6 (1930-1932) 241 ‘CADERNO 7 (1930-1931) 273 ‘CADERNO 8 (1931-1932) 278 ‘CADERNO 91932) 304 CADERNO 14 (1932-1935) 309 \-CADERNO 15 (1933) 315 CADERNO 17 (1933-1935) 336 NOTAS AOTEXTO 353 + INDICE ONOMASTICO 445 Sag YS pn ah RG A AG get pen fubsthenfio jonnfaon positon 2. Caderno 25 (1934): As margens da historia. (Histéria dos grupos sociais subalternos) $1. Davide Lazzaretti. Num artigo publicado pela Fiers Letteraria de 26 de agosto de 1928, Domenico Bulferetti recorda alguns elementos da vida e da formagso cultural de Davide Lazzaretti [1). Bibliografiar Andrea Verga, Davide Lazzurett ela pazzia sensoria (Mildo, Rechiedei, 1880); Cesare Lombroso, Pazzi e anormal (este era o costume cultu- ral do tempo: em vez de estudar as origens de um zcontecimento coletivo, e as randes de sua difusio, de seu ser coletivo, isolava-se 0 protagonista ¢ s6 se fazia sua biografia patolégica, muito freqllen- temente partindo de motivos nao comprovados ou passiveis de in- terpretagdo diferente: para uma elite social, os elementos dos grupos subalternos tém sempre algo bérbaro ou patolégico) [2]. Uma Storia di Davide Lazzaretti, Profeta di Arcidosso foi publicada em Siena, em 1905, por um dos mais destacados discipulos de Lazzaretti, 0 ex-frade oratoriano Filippo Imperiuzzi: outros textos apologétices existem, mas este € 0 mais notavel, segundo Bulfecetti.. Mas a obra “fundamental” sobre Lazzaretti é a de Giacomo Barzellotti, que na I* e na 2* edigio (pela Ed, Zanichelli) se intitulava Davide Lazzaretti e que foi ampliada , em parte, moditicada nas edigdes seguintes (Treves), com o titulo ‘Monte Amiata ¢ il suo Profeta [3]. Segundo Bulferetti, a opiniéo de Barzellotti, pela qual as causas do movimento lazzarettista sio “ii- teiramente particulates ¢ devidas apenas ao estado de espitito ¢ de cultura daquela gente”, deriva, “em parte, do amor natural aos belos lugares nativos (!) e, em parte, da sugestio das teotias de Hippolyte Taine”. £ mais simples pensar, porém, que o livro de Barzellotti, que serviu para formar a opinidio piblica sobre Lazzarett, seja s6 uma manifestag%o de patriotismo literario (como se diz, por amor a patria), rat CADERNOS 00 CARCERE que levava a tentar esconder as causas do mal-estar geral que existiana Itélia depois de 1870, dando, para cada episédio de explosio deste mal- estar, explicagbes restritivas, individuais, foleléricas, patol6gicas, et. A.mesma coisa aconteceu, em escala maios, com o brigantaggio mei dional ¢ dasilhas. Os politicos nao se preocuparam com o fato de que 0 assassinato de Lazzaretti foi de uma crueldade feroz e friamente premeditada (na realidade, Lazzaretti foi fuzilado € ndo morto em combate: seria interessante conhecer as instrugGes reservadas enviadas pelo Governo ‘as autoridades): nem sequer os republicanos se preocuparam com o fato (investigar e verificat), apesar de Lazzaretti ter sido morto acla- mando a repiblica (0 caréter tendencialmente republicano do mo- vimento, que era capaz de se difundir entre os camponeses, deve ter contribuido especialmente para determinar a vontade do Governo de cexterminar seu protagonist), talvez pela razio de que, no movimento, a tendéncia republicana estava bizarramente misturada ao elemento religioso e profético. Mas esta confusio & que representa a caracteris- tica principal do acontecimento, porque demonstra sua popularidade © espontancidade, Deye-se considerar, além disto, que 0 movimento lazzarettista end gle nore is Watane& oso ‘Govertio'a tendéncia subversivo-popular-elementar que podia nascer _gmte os camponeses, em deeorténcia do abstencionismo politico cle= ‘Fical e-de fato de que as massis Farais, na aisencia de parTios Fegula= res, buscavam mmergisvenr dr propria massa, curando.areligito eo fanatismo ao conjunto de reivindicagGes qué, “de forma elementar, fermentavamnazampo. Outro eTemento politico “Fer presente é este: ha dois anos, as esquerdas tinham chegado 20__

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