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Aula 2 - Mercado de Câmbio - Douglas Xavier
Aula 2 - Mercado de Câmbio - Douglas Xavier
BANCÁRIOS
Mercado de Câmbio
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Mercado de Câmbio
Sumário
Douglas Xavier
Introdução......................................................................................................................................... 3
Mercado de Câmbio: Conceitos Introdutórios........................................................................... 4
Operações Básicas. . ......................................................................................................................... 4
Arbitragem........................................................................................................................................ 7
Mercado Primário e Secundário.. .................................................................................................. 8
Instituições Autorizadas................................................................................................................ 9
Taxas de Câmbio.. ............................................................................................................................13
Taxas de Câmbio Nominal e Real.................................................................................................15
Regimes Cambiais...........................................................................................................................16
Impacto do Câmbio nas Exportações e Importações. . ........................................................... 18
Fatores que Influenciam a Taxa de Câmbio. . .............................................................................19
Contratos de Câmbio. . ................................................................................................................... 22
Papel do Banco Central e Política Cambial. . ............................................................................. 25
Questões Comentadas em Aula.................................................................................................. 30
Questões de Concurso...................................................................................................................31
Gabarito............................................................................................................................................ 56
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Mercado de Câmbio
Douglas Xavier
Introdução
Olá, guerreiro(a), como estão as coisas? E os estudos? Espero que esteja tudo correndo bem!
Na presente aula, iremos estudar o mercado de câmbio. Partindo dos conceitos iniciais,
nos aprofundaremos no que mais têm chances de aparecer na sua prova, tal como: as princi-
pais operações realizadas nesse mercado, as instituições que operam nele, o papel do Banco
Central do Brasil, as taxas de câmbio, bem como a relação entre câmbio e exportações e im-
portações, além de contratos de câmbio e regimes cambiais.
A aula terá a seguinte metodologia: em primeiro lugar faremos a exposição do conteúdo,
explorando conceitos chaves, conforme a incidência nas provas de concurso. Durante essa
exposição, já introduziremos alguns mapas mentais para a melhor fixação.
No decorrer da aula, teremos, também, questões comentadas para que seja possível visu-
alizar a forma como o conteúdo é cobrado, pois acredito que só se aprende verdadeiramente
quando se vê a utilidade do que se está estudando (mesmo que seja para passar na prova! rs).
Ao final da aula, trabalharemos mais questões comentadas para treinarmos bastante. Afi-
nal, a resolução de muitas questões é vital para a sua aprovação. Apresentamos também a
lista das questões sem comentários, caso prefira.
Sem mais delongas, vamos ao que interessa!
Bons estudos!
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Mercado de Câmbio
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Fonte: https://www.transportal.com.br/
Operações Básicas
Em primeiro lugar, é preciso dizer que utilizaremos amplamente a legislação sobre o tema,
uma vez que ela é base para a maioria das questões de prova. Nesse sentido, apesar de trazer-
mos aqui os principais pontos cobrados, recomendamos a leitura da Resolução n. 3.568, do
Banco Central do Brasil, que dispõe sobre o mercado de câmbio.
1
https://www.bcb.gov.br/acessoinformacao/perguntasfrequentes-respostas/faq_mercadocambio
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Mercado de Câmbio
Douglas Xavier
As pessoas físicas e as pessoas jurídicas podem comprar e vender moeda estrangeira ou realizar
transferências internacionais em reais, de qualquer natureza, sem limitação de valor, sendo con-
traparte na operação agente autorizado a operar no mercado de câmbio, observada a legalidade
da transação, tendo como base a fundamentação econômica e as responsabilidades definidas na
respectiva documentação (grifo nosso).
Preste atenção, pois a literalidade desse artigo aparece bastante em prova! As partes que
grifamos são importantes uma vez que expressam dois pontos essenciais de nosso estudo,
quais sejam:
• as operações com câmbio podem ser feitas por pessoas físicas e jurídicas sem limita-
ção de valor;
• as transações com câmbio devem ser realizadas por meio de um agente autorizado
pelo Banco Central do Brasil a operar no mercado de câmbio. Por exemplo: bancos. Isso
quer dizer que as pessoas e empresas não podem negociar moedas entre si, por conta
própria, devendo fazê-lo com a intermediação de instituição autorizada.
Um residente no Brasil que irá viajar para fora do país pode comprar Euros, por exemplo,
para levar consigo. Um residente ou uma pessoa que chegue no país, por exemplo, também
pode vender essa moeda estrangeira nas instituições autorizadas, pegando em troca moeda
nacional para utilizar no Brasil.
É importante dizer que estamos falando de operações com moeda em espécie, que é tam-
bém chamado de câmbio manual. Lembre-se do câmbio manual do carro, que é aquele que
você muda a marcha com suas mãos. No mesmo sentido, o câmbio manual é aquela moeda
que vem para suas mãos. As transações com moeda em espécie são pouco utilizadas (atual-
mente, têm se restringido aos casos de viagens internacionais), pois a maioria das operações
são realizadas por meio de contas bancárias e cheques.
Já o ouro-instrumento cambial (ou ativo financeiro), trata-se do ouro que é adquirido para
ser mantido como reserva ou para especulação (ganhos com sua variação de valor). Nesse
caso, submete-se à legislação tributária e o agente que o adquire deve efetuar o pagamento do
IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
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Demos exemplos de pessoas físicas, mas pessoas jurídicas (empresas) também podem
fazer essas operações.
b) operações em moeda nacional entre residentes, domiciliados ou com sede no País e resi-
dentes, domiciliados ou com sede no exterior.
Quando se compra um produto em outro país, é preciso que seja feita uma operação
cambial, uma vez que você pagará a fatura em reais e a empresa vendedora da mercadoria
receberá na moeda de seu país. Sobre isso, a resolução n. 3.568 do Banco Central do Brasil
diz o seguinte:
Art. 6º. O Banco Central do Brasil definirá os critérios para recebimentos, pagamentos e transferên-
cias do e para o exterior mediante a utilização de cartões de crédito e de débito de uso internacional,
bem como para a realização de transferências financeiras postais internacionais, incluindo vale pos-
tal e reembolso postal internacional.
No Brasil, esse tipo de transferência é realizado por meio dos Correios – daí o nome pos-
tal. Veja que curioso! É possível enviar ou receber recursos para/do exterior utilizando-se os
Correios, uma vez que a empresa possui acordos com diversos países no mundo. Quando o
recurso chega ao país, o(a) destinatário(a) é notificado(a) para que se dirija ao local de recebi-
mento dos valores.
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Arbitragem
Arbitragem é uma atividade muito comum no mercado de câmbio e, também, muito sim-
ples de entender. Veja bem! Imagine que você conheça uma pessoa em Belo Horizonte que
queira comprar uma bicicleta de determinado modelo e esteja disposta a pagar por ela 1.500
reais. Ao mesmo tempo, você conhece outra pessoa em Aracaju que tenha uma bicicleta desse
mesmo modelo e aceite vender por 1.200. Esperto(a) que é, você compra essa bicicleta por
1200 e a vende para a outra pessoa por 1500, se beneficiando do diferencial de preços (des-
considere os custos de frete). Grosso modo, é assim que é feita uma operação de arbitragem.
Agora que já entendemos a ideia geral, vamos ao conceito: arbitragem trata-se da com-
pra de uma moeda em um mercado e a venda dela em outro, de forma a se aproveitar da
diferença das cotações. Tal diferença entre o preço de venda e o preço de compra de uma
moeda é chamada de spread cambial. Os contratos de câmbio podem, inclusive, prever ope-
rações de arbitragem.
Quando a arbitragem envolve dois mercados é chamada de arbitragem direta – a mais co-
mum. Ao passo que, se forem utilizados mais de dois mercados, trata-se de arbitragem indireta.
Vejamos uma questão de prova para entendermos melhor esse tema e visualizarmos
a forma como é cobrado. Preste atenção, pois é um conceito simples e que o(a) examina-
dor(a) adora!
2
Em consulta ao site dos Correios no dia 17/06/2021, a taxa está em R$ 35,00+ 1,5% sobre o valor da remessa enviada.
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Perceba que o investidor comprou dólares em um mercado (São Paulo) para vender em outro
(Rio de Janeiro), de modo a lucrar com a diferença nos preços. Trata-se de uma operação de
arbitragem.
Caso a questão perguntasse qual foi o ganho com a arbitragem ou spread cambial, bastava
fazer o seguinte cálculo:
3,20 – 3,10 = 0,10. Ou seja, ele lucrou 10 centavos por dólar.
Letra b.
É preciso deixar claro que as operações de compra e venda de moeda estrangeira devem obri-
gatoriamente ser realizadas com a intermediação de alguma instituição autorizada a operar no
mercado de câmbio ou de seu correspondente.
Qualquer operação que seja realizada por instituição ou pessoa não autorizada constitui mer-
cado paralelo e é ilegal.
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Instituições Autorizadas
O mercado de câmbio pode ser operado somente por instituições autorizadas. É o Banco
Central do Brasil (BACEN) a entidade responsável por conceder tal autorização. Além disso, o
BACEN possui outras funções no que se refere ao mercado de câmbio e a política cambial, as
quais veremos em tópico próprio.
Por ora, tratemos dos tipos de instituições que PODEM ser autorizadas a atuar no mercado
de câmbio. São elas:
• Bancos múltiplos: os bancos comerciais operam com carteira comercial, cuja principal
característica é o recebimento de depósitos à vista. Enquanto a carteira de investimento
(operada pelos bancos de investimento) tem como principal serviço o recebimento de
depósitos a prazo. Ao passo que os bancos múltiplos são como uma união de diversos
tipos de instituições em uma só, pois operam em mais de uma carteira ao mesmo tem-
po, tais como: Comercial; Investimento; crédito imobiliário, dentre outras.
• Bancos de investimento: são instituições financeiras privadas que não possuem con-
tas-correntes, portanto, não podem captar depósitos à vista, sendo suas principais fon-
tes de recursos, além de recursos próprios: repasses de recursos governamentais e de
empréstimos obtidos no exterior, vendas de cotas em fundos de investimentos, dentre
outras.
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visem o desenvolvimento social e econômico dos estados da federação aos quais per-
tençam. Outra diferença em relação aos bancos de investimento é que os bancos de
desenvolvimento são instituições PÚBLICAS.
• Corretoras de câmbio: certamente, você já viu uma dessas, pois são as populares “ca-
sas de câmbio”. Segundo o BACEN, elas atuam, exclusivamente, no mercado de câmbio,
intermediando operações entre clientes e bancos ou comprando e vendendo moedas
estrangeiras de/para seus clientes.
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Outra esfera de atuação dessas instituições são os empréstimos de alto risco. Quando
você vê por aí propagandas do tipo: “concedemos crédito para negativados”, por exemplo,
pode ter certeza de que se trata de uma financeira.
Bancos comerciais
Bancos de câmbio
Caixas econômicas
Corretoras de câmbio
Podem ser autorizadas Bancos múltiplos
Cada uma das instituições citadas está autorizada a realizar alguns tipos de operações
no mercado de câmbio. Segundo o artigo 2º da Resolução n. 3.568 do BACEN, funciona da
seguinte forma:
• bancos, exceto de desenvolvimento: podem realizar todas as operações previstas na
legislação;
• bancos de desenvolvimento e caixas econômicas: operações específicas autorizadas
pelo Banco Central do Brasil;
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Obs.: A Resolução n. 3.568 não cita as agências de fomento, mas de acordo com o BACEN3
elas podem realizar operações de câmbio específicas. Situando-se, portanto, nesse
grupo dos bancos de desenvolvimento e caixas econômicas.
• as financeiras, corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários e corretoras de
câmbio podem realizar:
− compra e venda de moeda estrangeira em cheques vinculados a transferências uni-
laterais;
− compra e venda de moeda estrangeira em espécie, cheques e cheques de viagem
relativos a viagens internacionais;
− operações de câmbio simplificado de exportação e de importação e transferências
do e para o exterior, de natureza financeira, não sujeitas ou vinculadas a registro no
Banco Central do Brasil, até o limite de US$50.000,00 ou seu equivalente em outras
moedas;
− operações no mercado interbancário, arbitragens no País e, por meio de banco auto-
rizado a operar no mercado de câmbio, arbitragem com o exterior.
Ainda vamos estudar o que são posições compradas e vendidas, mas abstraindo isso, po-
demos constatar que a assertiva elenca corretamente as instituições que podem operar no
mercado de câmbio.
3
https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/agenciafomento
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Bancos comerciais
Bancos de câmbio
Caixas econômicas
Corretoras de câmbio
Podem ser autorizadas Bancos múltiplos
Certo.
Taxas de Câmbio
No começo da aula, nós vimos que câmbio se trata da operação de troca de moeda de um
país pela moeda de outro país. Pois bem! Concorda que para se trocar uma moeda por outra é
preciso saber quanto elas valem? Para isso existe a taxa de câmbio.
Nesse sentido, taxa de câmbio é o preço de uma moeda estrangeira expresso em moeda
nacional. Por exemplo: a taxa de câmbio real/dólar diz quantos reais eu preciso entregar para
comprar uma unidade de dólar.
Perceba que do exemplo 1 para o exemplo 2 houve uma elevação da taxa de câmbio, que
passou de 3 para 4. Ou seja, aumentou-se a quantidade de Reais necessários para se adqui-
rir 1 dólar.
A elevação da taxa de câmbio significa, na prática, que a moeda nacional sofreu desvalori-
zação frente a moeda estrangeira – damos o nome de desvalorização cambial.
Ao passo que a queda na taxa de câmbio significa que eu preciso de menos moeda nacio-
nal para comprar a moeda estrangeira. Ou seja, a moeda nacional valorizou-se frente a moeda
estrangeira – a isso damos o nome de valorização cambial.
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Não se preocupe tanto com essa relação inversa entre taxa de câmbio e valorização/des-
valorização cambial. Só apresentamos aqui para que você não seja surpreendido(a) por al-
gum(a) examinador(a) mais exigente.
Geralmente, as questões vão utilizar o termo “Câmbio”, tal como é falado na mídia. Por
exemplo: “o câmbio desvalorizou” – isso significa que houve desvalorização cambial. Ou seja,
são necessários mais reais para comprar 1 dólar ou um euro, por exemplo.
Ou então: “o câmbio valorizou, saindo de 3,80 para 3,50”. Isso significa que são necessários
menos reais para comprar um dólar, por exemplo.
Nesse caso, a relação é direta:
Daqui pra frente vamos falar somente “câmbio” nos referindo ao valor do Real frente a ou-
tras moedas. Então quando dissermos o câmbio desvalorizou ou houve desvalorização cam-
bial, estamos dizendo que a moeda nacional (Real) se desvalorizou frente a outra moeda. Bem
mais fácil do que falar em taxa. Não é mesmo?
O mais importante é sempre termos em mente que o câmbio expressa o valor de uma
moeda em relação a outra. Portanto, quando o valor do Euro cai frente ao Real, por exemplo,
significa que o valor do Real subiu frente ao Euro.
O contrário também ocorre: se o preço do Euro sobe frente ao Real, significa que o preço
do Real caiu frente ao Euro.
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Obs.: Apresentamos um exemplo com o Euro para lhe dizer o seguinte: citamos muito o
Dólar, pois é a moeda mais “forte” e mais utilizada no mundo (além de aparecer em
questões), mas a taxa de câmbio expressa o valor de uma moeda frente a outra moeda,
seja ela qual for. Portanto, temos taxa de câmbio Real/Dólar, Real/Euro, Real/Peso etc.
Existe uma fórmula para fazer esse cálculo. Não se assuste, pois é simples! Vamos lá!
• E = câmbio real
• e = câmbio nominal
• P*= inflação externa
• P = inflação interna
Vejamos um exemplo para ficar bem claro! Imagine uma taxa de câmbio Real/Dólar de
5,00. Significa que são necessários 5 reais para comprar 1 dólar. Imagine também uma taxa
de inflação brasileira de 4% e uma taxa de inflação dos EUA de 2%. Qual a taxa de câmbio real?
Aplicando a fórmula temos:
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Considere duas cestas com produtos idênticos, uma no Brasil e outra nos Estados Unidos.
A taxa de câmbio real de 2,5 significa que com o preço de uma unidade dessa cesta no Brasil é
possível comprar 2,5 cestas nos Estados Unidos. Ou seja, o poder de compra lá é maior.
Regimes Cambiais
Cada país faz opção por uma forma de determinar a taxa de câmbio. Trata-se do Regime
Cambial, o qual pode ser, basicamente, de três modalidades: Câmbio fixo; Câmbio flutuante; e
Híbrido ou intermediário.
• Câmbio Fixo: nesse regime, o governo do país determina a taxa de câmbio. Esse recurso,
geralmente, é utilizado para evitar a desvalorização da moeda nacional e, consequen-
temente, conter surtos inflacionários, uma vez que, quando o preço do Dólar aumenta,
o preço das mercadorias importadas também sobe e esse efeito é sentido por toda a
economia (não vamos entrar em muitos detalhes que não nos interessam para a prova).
No Brasil, o câmbio fixo foi utilizado na implantação do Plano Real (1994-1999).
• Câmbio Flutuante: é o regime adotado pelo Brasil desde 1999, no qual a taxa de câmbio
flutua livremente, conforme as condições de mercado, isto é, oferta e procura de moeda.
Entenda a moeda como uma mercadoria. Dessa forma, quando existe uma grande quan-
tidade de agentes querendo comprá-la e uma menor quantidade de agentes querendo
vendê-la, o preço tende a subir. É a famosa lei da oferta e da procura. Dada determinada
oferta, quanto maior a procura por uma mercadoria, maior tende a ser o seu preço e vi-
ce-versa. Por isso, a Resolução n. 3.568 diz o seguinte:
Art. 19. A taxa de câmbio é livremente pactuada entre os agentes autorizados a operar no mercado
de câmbio ou entre estes e seus clientes.
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ou seja, não devem comercializar moeda a preços que destoem dos praticados no mercado,
sob pena de sofre sanções, como aponta a resolução que estamos estudando:
Art. 22. Sujeitam-se os agentes autorizados a operar no mercado de câmbio às sanções previstas
na legislação e regulamentação em vigor para a compra ou a venda de moeda estrangeira a taxas
que se situem em patamares destoantes daqueles praticados pelo mercado ou que possam confi-
gurar evasão cambial, formação artificial ou manipulação de preços.
A figura a seguir, retirada do portal do Banco Central, ilustra bem o mecanismo do regime
de câmbio flutuante.
Resumindo: novamente, pense na moeda como uma mercadoria, isto é, o valor dela obe-
dece a “lei da oferta e da procura”. Por isso, quando há escassez de moeda estrangeira, por
exemplo, dólar, o preço dessa moeda se eleva em relação ao Real, o que significa uma desva-
lorização cambial, uma vez que será preciso mais unidades de Real para comprar uma unida-
de de dólar.
Ao passo que, se houver abundância de dólar, há desvalorização dele (diminui seu preço) e,
consequentemente, o Real passa a valer mais – há uma valorização cambial.
Como a vida do(a) concurseiro(a) não é das mais fáceis, preciso lhe dizer mais uma coisi-
nha. Embora o regime cambial no Brasil seja o flutuante, essa flutuação do câmbio não é dei-
xada totalmente livre, sob pena de o Real se valorizar ou desvalorizar demais. Por isso, o Banco
Central intervém para garantir que tal flutuação não seja desenfreada. Ele o faz comprando e
vendendo moeda estrangeira, de modo a influenciar no seu valor. Por isso dizemos que o Brasil
adota o Regime de Flutuação Suja ou Dirty Floating.
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Você pode estar se perguntando qual a diferença entre esse regime e o de flutuação suja.
É simples! No regime híbrido existe a banda cambial, indicando quando o Banco Central deve
intervir. Enquanto na flutuação suja essa interferência é discricionária, ou seja, é realizada sem
critérios tão específicos, dependendo muito dos objetivos de política cambial do governo e da
dinâmica do mercado cambial – maior ou menor entrada de moeda no País.
Como nem só de teoria vive o (a) concurseiro (a) esperto (a), vamos resolver uma ques-
tão de prova!
O regime adotado pelo Brasil desde 1999 é o de câmbio flutuante. A assertiva define, na verda-
de, o regime de câmbio fixo.
Errado.
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Com a desvalorização do
Real, os produtos brasileiros
ficarão mais baratos para os
estrangeiros, o que fará com
Aumento das exportações
que eles comprem mais
os produtos brasileiros.
Portanto, a desvalorização
do Real beneficia as
exportações.
DESVALORIZAÇÃO
CAMBIAL Por outro lado, a
desvalorização do Real
fará com que os produtos
importados fiquem mais
Queda das importações caros – será preciso
mais reais para comprar
o mesmo produto
importado. Isso prejudica as
importações.
A valorização do Real
significa que os produtos
brasileiros ficarão mais
Queda das exportações caros para o resto do
mundo, o que diminui as
exportações dos produtos
brasileiros.
VALORIZAÇÃO CAMBIAL
Por outro lado, a valorização
do Real beneficiará as
importações, uma vez que
Aumento das importações
os produtos estrangeiros
ficarão mais baratos para os
compradores brasileiros.
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• Aumento das Exportações: vimos no tópico anterior que o câmbio interfere nas impor-
tações e exportações de um país. Sabemos que um câmbio desvalorizado, por exemplo,
impacta positivamente nas exportações, ao tornar os produtos brasileiros mais baratos
para o resto mundo.
Saiba que a recíproca também é verdadeira. Explico: o próprio aumento das exportações
impacta no câmbio, uma vez que a maior quantidade de vendas ao exterior aumenta a quantida-
de de Dólar entrando no Brasil, diminuindo seu valor e forçando, portanto, a apreciação do Real.
Perceba que o câmbio é algo complexo, sobre o qual atuam forças contrárias! Ao mesmo
tempo em que o câmbio desvalorizado induz ao aumento das exportações, o próprio aumento
das exportações força, em sentido contrário, a valorização do câmbio.
• Queda das Importações: de forma sucinta, a queda das importações significa menos
saída de Dólar. Isso tende a desvalorizar o Dólar (pois ele fica abundante no Brasil) e
valorizar o Real.
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• Taxa básica de juros da economia (SELIC): uma elevação da taxa de juros no Brasil pode
ocasionar uma corrida de investidores estrangeiros para investir no País, em busca do
aumento da rentabilidade. Lembre-se de que os juros é que remuneram os investimen-
tos em títulos públicos federais, por exemplo. Portanto, quanto maiores os juros, mais
os investidores se interessam por esse país.
Com a entrada de capitais, há forte entrada de moeda estrangeira, diminuindo seu valor e
valorizando o Real.
Ao passo, que uma diminuição da taxa de juros pode levar a uma “fuga de capitais”, cau-
sando o efeito contrário, ou seja, aumento do valor da moeda estrangeira e desvalorização da
moeda nacional. Imagine assim: muitos investidores estrangeiros querendo pegar seus dóla-
res de volta. Isso faz o valor desse dinheiro subir. Não é mesmo? (um exemplo grosseiro para
que possamos entender).
Há outros motivos pelos quais os investidores podem querer retirar o seu capital do País,
tal como uma crise política interna, que aumenta a percepção de risco e reduz o nível de con-
fiança desses investidores no Brasil, por exemplo.
• Variáveis externas: além das coisas que acontecem no País, há outras variáveis que po-
dem incentivar a maior entrada ou saída de capitais. Um exemplo é a alta de taxas de ju-
ros em outros países. Suponha que os Estados Unidos anunciem uma elevação na taxa
de juros deles. Certamente, haverá uma corrida de investidores retirando seus recursos
de países em desenvolvimento como o Brasil e os direcionando para os Estados Unidos,
que são um país desenvolvido e que possui mais credibilidade.
Portanto a taxa de câmbio, ou seja, o valor da moeda nacional frente a moeda estrangeira,
tende a ser influenciada tanto por fatores internos, quanto por fatores externos.
Como nem só de teoria vive o(a) concurseiro(a) esperto(a), vamos ver uma questão de prova!
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A elevação dos juros domésticos (taxa básica de juros do país – no Brasil, a SELIC) pode oca-
sionar uma corrida de investidores estrangeiros para investir no País, em busca do aumento
da rentabilidade. Com isso, há forte entrada de moeda estrangeira, diminuindo seu valor e va-
lorizando a moeda nacional.
Qual o efeito da valorização da moeda nacional nas exportações e importações do país? Benefi-
cia as importações, que ficam mais baratas, já que a moeda nacional está valendo mais lá fora.
Por outro lado, prejudica as exportações, visto que os produtos nacionais ficam mais caros para
o resto do mundo. Com base nesse raciocínio, vamos analisar cada uma das alternativas.
a) Errada. A entrada de capitais desvaloriza a moeda estrangeira (fica abundante) e valoriza a
moeda do país.
b) Errada. A valorização da moeda do país tende a beneficiar as importações.
c) Certa. A valorização da moeda do país tende a prejudicar as exportações.
d) Errada. A valorização da moeda do país diminui o preço dos produtos importados. Pense:
se a nossa moeda vale mais do que valia na semana passada, comprar produtos importados
é mais barato agora.
e) Errada. A subida de juros no país incentiva a entrada de capitais. Lembre-se de que os juros
é que remuneram os investimentos em títulos públicos federais, por exemplo.
Letra c.
Contratos de Câmbio
Contrato de Câmbio trata-se do documento que formaliza as transações envolvendo com-
pra e venda de moeda estrangeira. No contrato constam as condições da operação, tal como
taxa pactuada, além de informações relevantes como nomes do vendedor e do comprador. Os
contratos de Câmbio devem ser registrados no Sistema Integrado de Registro de Operações de
Câmbio (Sistema Câmbio), gerido pelo BACEN.
É importante dizer que o contrato de câmbio é OBRIGATÓRIO para operações acima de 10
mil dólares (US$ 10 mil) ou seu equivalente em outras moedas estrangeiras.
Portanto, o contrato pode ser dispensado para operações abaixo de US$ 10 mil. Nesse
caso, deve ser entregue ao cliente um comprovante para cada operação realizada, o qual deve
conter as seguintes informações mínimas:
• identificação das partes;
• a indicação da moeda estrangeira;
• o fato-natureza da operação (o fato que origina a operação. Ex.: pagamento de exportação);
• a taxa de câmbio;
• os valores em moeda estrangeira e em moeda nacional;
• Valor Efetivo Total (VET) da operação.
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Para não ficarem dúvidas: o Valor Efetivo Total (VET) trata-se do total em Reais recebidos/
pagos por unidade de moeda estrangeira (por exemplo: R$ 4,00 por dólar). O VET considera a
taxa de câmbio, o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e as tarifas cobradas pela insti-
tuição financeira que intermedia a operação de câmbio, tal como bancos.
Segundo o Bacen, as instituições autorizadas a operar no mercado de câmbio devem infor-
mar o VET ao cliente antes de a operação ser realizada para todas as operações de liquidação
pronta (até dois dias úteis – vamos estudar liquidação daqui a pouco) de valor igual ou inferior
a USD 100.000,00 (cem mil dólares dos Estados Unidos).
Apesar de operações com valores inferiores a US$ 10 mil poderem ser realizadas sem contrato
de câmbio, tais transações devem ser registradas no Sistema Câmbio, com a devida identifica-
ção do comprador e vendedor da moeda estrangeira.
Preste atenção que isso é muito importante para a prova: Todas as transações com câmbio
devem ser registradas, mesmo que não tenha contrato.
Liquidação
Acabamos de ver as características gerais dos contratos de câmbio. Para finalizar esse
tópico, vejamos algumas operações que podem ser previstas nos contratos de câmbio e que
aparecem em prova. São elas:
• Adiantamento sobre contrato de câmbio (ACC): trata-se de uma espécie de empréstimo
bancário, no qual o banco antecipa recursos em moeda nacional (Reais) decorrentes
de uma operação de exportação que será realizada no futuro. Ou seja, o recebimento
dos recursos se dá na fase pré-embarque das mercadorias ou anterior à prestação de
serviços.
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Imagine que um exportador tenha fechado um contrato para venda de 100 sacas de soja
para um comprador do exterior, que fará o pagamento em dólares daqui a 3 meses, quando
da entrega da soja. Dessa forma, esse exportador pode recorrer a algum banco que opere em
câmbio para vender (total ou parcialmente) os dólares que receberá no futuro. Na operação
de ACC, o banco antecipa para o exportador o valor em reais desses dólares que receberá no
futuro. Para tanto, o exportador paga juros ao banco.
A antecipação sobre contrato de câmbio (ACC) é muito utilizada por exportadores ou pro-
dutores rurais com negócios no exterior que precisam de capital de giro para custear a produ-
ção ou comercialização de seus produtos.
• Adiantamento sobre cambiais entregues (ACE): tal como o ACC, é um adiantamento,
total ou parcial, de recursos em Reais referente a uma exportação ou prestação de ser-
viços. No entanto, a principal diferença é que o adiantamento só é realizado após o em-
barque das mercadorias para o exterior ou a prestação do serviço.
• Carta de Crédito: é um instrumento por meio do qual um banco, atuando como um inter-
mediário, compromete-se a realizar determinado pagamento referente a uma operação
de exportação ou importação.
É emitida pelo banco, por ordem do importador, a fim de garantir o pagamento ao exporta-
dor, desde que este apresente todos os documentos necessários e atenda as condições espe-
cíficas expressas na carta de crédito.
Como nem só de teoria vive o(a) concurseiro(a) esperto(a), vamos resolver uma ques-
tão de prova!
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A seguir, trazemos um mapa que resume os principais pontos que vimos nesse tópico.
Constam as condições da operação.
Formaliza as transações Ex.: taxa pactuada e informações do
envolvendo compra e venda comprador e vendedor
de moeda estrangeira
I – Apresentar projeto, nos termos fixados pelo Banco Central do Brasil, indicando, no mínimo, os
objetivos operacionais básicos e as ações desenvolvidas para assegurar a observância da regula-
mentação cambial e prevenir e coibir os crimes tipificados na Lei 9.613, de 3 de março de 1998 (tal
lei trata dos crimes de lavagem de dinheiro).
II – Indicar diretor responsável pelas operações relacionadas ao mercado de câmbio.
Se o BACEN concede autorização, ele pode também revogar, cassar ou cancelá-la, em al-
guns casos. Vejamos o que a resolução n. 3568 do Bacen diz sobre isso:
Art. 7º O Banco Central do Brasil, no que diz respeito às autorizações concedidas na forma deste
capítulo, pode, motivadamente:
I – revogá-las ou suspendê-las temporariamente em razão de conveniência e oportunidade;
II – cassá-las em razão de irregularidades apuradas em processo administrativo, ou suspendê-las
cautelarmente, na forma da lei;
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III – cancelá-las em virtude da não realização, pela instituição, de operação de câmbio por período
superior a cento e oitenta dias.
Posição de câmbio
Imagine que no dia 20 de janeiro o saldo acumulado das operações de com moeda estran-
geira realizadas pela corretora X, registre um valor de compras superior ao valor de vendas.
Isso significa que tal instituição apresenta uma posição de câmbio comprada naquele dia.
Trata-se de um conceito bastante intuitivo, com o qual você não deve ter dificuldades na prova.
Pois bem! Já entendemos o que são as posições de câmbio. Agora vamos ver as defini-
ções formais para que você se familiarize com as palavras que costumam cair em prova. É
importante dizer que as questões de prova costumam cobrar as posições vendida e comprada.
Vejamos as definições segundo o Bacen.
• Posição de câmbio: representa o resultado entre as operações de compra e venda de
moeda estrangeira, acrescida ou diminuída da posição no dia anterior.
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Agora que já sabemos do que se trata a posição de câmbio de cada instituição que opera
no mercado de câmbio, podemos falar de outro conceito. Trata-se da posição de câmbio do
Sistema Financeiro Nacional (SFN).
Não se assuste! A posição de câmbio do sistema é simplesmente a somatória das posi-
ções de câmbio de todas as instituições autorizadas a operar no mercado de câmbio.
As questões de prova costumam abordar esse assunto cobrando as hipóteses que afetam
ou não a posição de câmbio do sistema financeiro nacional. Vejamos o que nos pode ser útil.
• Operações de câmbio entre instituições autorizadas (por exemplo, entre dois bancos):
NÃO alteram a posição de câmbio do sistema. Pense bem! Se o Banco A vende 100 dó-
lares para o banco B, tal operação apenas altera a posição vendida de um e a posição
comprada do outro. Perceba que somente as posições individuais são alteradas e se
compensam.
• Operações de câmbio entre o Bacen e as instituições autorizadas ou entre as institui-
ções e os clientes. Esse caso é diferente! Se o Bacen vende 100 dólares para o Banco
A, alterará a posição de câmbio desse banco e, consequentemente, a posição de todo o
sistema. O mesmo ocorre se o Banco A vende/compra dólares para clientes.
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Vimos em tópicos anteriores que o Brasil adota o regime de câmbio flutuante, isto é, a taxa
de câmbio flutua livremente, conforme as condições de mercado (oferta e procura de moeda).
No entanto, essa flutuação não pode se dar sem nenhum controle, sob pena de colocar em
risco a estabilidade do sistema.
Sei que você é um(a) concurseiro(a) esperto(a) e já percebeu que as oscilações do câmbio
podem ter diversos efeitos. Em determinado momento, o governo do País pode desejar ampliar
as exportações, o que dependerá de um câmbio mais desvalorizado. No entanto, se deixar
desvalorizar demais, pode causar dificuldades nas importações, as quais são essenciais para
o Brasil, uma vez que a indústria em geral depende de componentes importados para produzir.
Com esse rápido esforço, nós já podemos ter uma noção do quão complexo é controlar a
taxa de câmbio de modo a perseguir os propósitos de desenvolvimento econômico do País.
Para tentar atingir tais propósitos, o governo traça a chamada Política Cambial.
A política cambial trata-se
do conjunto de medidas que define o regime de taxas de câmbio – flutuante, fixo, administrado – e
regulamenta as operações de câmbio. Dessa forma, a política cambial define as relações finan-
ceiras entre o país e o resto do mundo, a forma de atuação no mercado de câmbio, as regras para
movimentação internacional de capitais e de moeda e a gestão das reservas internacionais (BACEN,
2021).4
4
https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/politicacambial
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Autoriza as instituições
a operar com câmbio
Vendida: valor total de vendas é maior que o de compras
Comprada: valor de compras é maior que o valor de vendas
no Mercado de
Principal instrumento: compra e venda de moeda
Câmbio estrangeira
Compra: retira moeda estrangeira. Consequência:
valorização do US$ = desvalorização do real
Implementa a política cambial
Venda: injeta moeda estrangeira. Consequência:
desvalorização US$ = valorização do real.
Ufa, chegamos ao fim da parte teórica! Obrigado por me acompanhar até aqui!
Um pouco cansativo. Não é mesmo? Eu sei que câmbio é um tema um pouco espinhoso,
mas fique tranquilo (a), pois a resolução de questões vai ajudar a fixar melhor tudo que vimos
nessa aula. A propósito, tome um fôlego e volte para resolvermos algumas questões de prova.
Força e sigamos!
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QUESTÕES DE CONCURSO
006. (CESGRANRIO/BB/ESCRITURÁRIO/2020) Mercado de câmbio é o local onde moedas
estrangeiras são trocadas entre agentes econômicos de todo mundo. Neste espaço, encon-
tram-se compradores e vendedores que realizam as chamadas divisas, permutas das moedas,
guiadas por taxas cambiais, que viabilizam essa paridade de capital. É graças a essa corres-
pondência que compras e vendas podem ser feitas no exterior, seja de um produto de varejo ou
até de títulos e ações de marcas globais.
https://www.xerpa.com.br/blog/mercado-de-cambio
Entre os itens a seguir, que tratam do mercado de câmbio, das instituições autorizadas a ope-
rar nesse mercado e das suas operações básicas, aponte a alternativa correta.
a) No contrato de câmbio de compra, a ponta vendedora não pode ser um exportador e a ponta
compradora não pode ser um banco comercial.
b) O Bacen executa a política cambial definida pelo Ministério da Economia, regulamentando
o mercado de câmbio e autorizando as instituições que nele operam. Também compete ao
BACEN fiscalizar o referido mercado, podendo punir dirigentes e instituições mediante multas,
suspensões e outras sanções previstas em lei.
c) Atualmente, o regime cambial adotado no país é o de regime de taxa fixa, ou seja, há um
setor do governo que determina qual é a taxa oficial.
d) No mercado de câmbio, as taxas de câmbio são livremente pactuadas entre as partes con-
tratantes, ou seja, entre a pessoa física e a instituição autorizada ou entre os agentes autoriza-
dos, tendo em vista que está em vigor o regime de taxas livres.
e) O regime cambial em vigor é o de taxa fixa e a taxa de câmbio a ser praticada é especificada
pelo Fundo Monetário Internacional.
a) Errada. Com certeza pode e acontece com frequência, inclusive. O exportador recebe recur-
sos do exterior e os vende ao banco.
b) Errada. O BACEN executa a política cambial definida pelo Conselho Monetário Nacional.
c); e) Erradas. O regime cambial adotado no Brasil atualmente é o de câmbio flutuante.
d) Certa. É o que diz a Resolução n. 3.568, do Banco Central do Brasil:
Art. 19. A taxa de câmbio é livremente pactuada entre os agentes autorizados a operar no mercado
de câmbio ou entre estes e seus clientes.
Letra d.
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Corretora, afirmou que a alta do dólar sobre o real é mais intensa do que a valorização contra
outras moedas emergentes por causa da crise política no Brasil. “Isso já estava acontecendo
após a saída de Mandetta, e piorou agora com a saída de Moro”, disse.
infomoney.com.br/mercados/dolar-chega-a-ser-vendido-a-r-691-nas-casas-de-cambio-e-disparada-gera-corrida-
-por-repatriacaode-dinheiro
Se a cotação do dólar desce, quer dizer que ele está mais barato frente ao Real, ou seja, são
necessários menos reais para comprar 1 dólar. Logo, o Real está apreciado (mais valorizado).
Letra a.
A diferença entre o preço de venda e o preço de compra de uma moeda estrangeira por um
agente autorizado a operar no mercado de câmbio é chamada de
a) float cambial.
b) change cambial.
c) sale cambial.
d) rate cambial.
e) spread cambial.
A diferença entre o preço de venda e o preço de compra de uma moeda estrangeira por um
agente autorizado a operar no mercado de câmbio é chamada de spread cambial.
Letra e.
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009. (CESGRANRIO/BB/ESCRITURÁRIO/2020) Sempre que se vai viajar para outro país é pre-
ciso fazer uma operação de câmbio. Em termos simples, é a compra de moeda de outro país
com a do seu país. A troca de moedas é feita sempre por um agente autorizado pelo Banco
Central a realizar este tipo de transação. O contrário também pode ser feito, a troca da moeda
estrangeira que sobrou por Reais, ou um turista comprar o Real. Essa é a operação básica do
mercado cambial. No Brasil, o Banco Central é responsável por autorizar os agentes que atuam
nesse mercado e a regulamentar e a fiscalizar as operações. No mercado de câmbio brasileiro,
as operações incluem:
Compra e venda de moeda estrangeira; Recebimentos, pagamentos e transferências, do exte-
rior ou para outro país, com cartões de uso internacional; e Transferências financeiras postais
internacionais.
https://financeone.com.br/mercado-cambial-conceitos-basicos
Ao contrário do mercado futuro, a negociação de dólar no mercado à vista significa que a moe-
da será entrega de “imediato”, ou seja, com liquidação pronta, que é realizada em até dois dias
úteis, contados da data da contratação.
Letra c.
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Pense o seguinte: exportação significa venda ao exterior, ou seja, entrada de moeda estrangei-
ra. Suponhamos que seja dólar. A maior entrada de dólar aumentará a quantidade de tal moeda
no mercado de câmbio brasileiro. Lembre-se de que a abundância de dólar tende a diminuir
seu preço frente ao Real. A diminuição do preço da moeda estrangeira significa apreciação da
moeda nacional.
Letra b.
As operações com moeda em espécie são também chamadas de câmbio manual. Lembre-se
do câmbio manual do carro, que é aquele que você muda a marcha com suas mãos. No mes-
mo sentido, o câmbio manual é aquela moeda que vem para suas mãos. As transações com
moeda em espécie são pouco utilizadas, pois a maioria das operações são realizadas por meio
de contas bancárias e cheques.
Letra c.
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O contrato de câmbio é OBRIGATÓRIO para operações acima de 10 mil dólares (US$ 10 mil) ou
seu equivalente em outras moedas estrangeiras.
Apesar de operações com valores inferiores a US$ 10 mil poderem ser realizadas sem contrato
de câmbio, tais transações devem ser registradas no Sistema Câmbio, com a devida identifica-
ção do comprador e vendedor da moeda estrangeira.
Letra b.
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A resposta está no próprio texto. Veja o seguinte trecho: “além da crise global causada pela
pandemia de Covid-19, a escalada da moeda americana no Brasil está relacionada com a re-
cente crise política entre o Executivo e dos demais poderes, o Legislativo e o Judiciário”. A
crise política no País aumenta a desconfiança dos investidores em relação ao Brasil.
Letra b.
O Banco Central executa a política cambial definida pelo Conselho Monetário Nacional. Para
tanto, regulamenta o mercado de câmbio e autoriza as instituições que nele operam.
Leia as afirmativas seguintes.
I – A posição de câmbio vendida é o saldo em moeda estrangeira registrado em nome de
uma instituição autorizada que tenha efetuado vendas, prontas ou para liquidação futu-
ra, de moeda estrangeira, em valores superiores às compras.
II – A posição de câmbio representa o resultado entre as operações de compra e venda de
moeda estrangeira, acrescida ou diminuída da posição no dia anterior. Essas operações
são realizadas pelos estabelecimentos que podem operar em câmbio, desde que auto-
rizados pelo Banco Central do Brasil.
III – Se um banco autorizado a operar no mercado de câmbio fizer um contrato de compra de
moeda estrangeira junto ao BACEN, isso alterará a sua posição de câmbio e a do sistema
aumentando a posição comprada do banco ou diminuindo a sua posição vendida.
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A questão é muito boa para revisarmos conceitos relacionados às posições de câmbio, pois
todas as alternativas estão corretas.
Letra c.
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Letra d.
Lembre-se de que o câmbio expressa o valor de uma moeda em relação a outra. Portanto,
quando a cotação do Dólar cai frente ao Real, significa que o valor do Real subiu frente ao Dólar
(apreciou).
Letra a.
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O aumento das exportações de determinado país gera um aumento da entrada de moeda es-
trangeira nesse país e consequente valorização de sua moeda.
Letra b.
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Nesse caso, a subida da taxa de juros no exterior tende a provocar uma fuga de capitais desse
“país pequeno”, o que provoca uma desvalorização de sua moeda. Explico: a saída de moeda
estrangeira eleva seu valor e desvaloriza a moeda nacional (doméstica).
Letra c.
022. (CESGRANRIO/BB/ESCRITURÁRIO/2018)
Em países que adotam o regime de câmbio flutuante, as mudanças diárias observadas nas
taxas de câmbio estão relacionadas a diversos fatores.
Considerando-se, no entanto, exclusivamente, a matéria jornalística, o principal fator que expli-
ca a desvalorização do real brasileiro no movimento diário do mercado de câmbio descrito no
texto foi a(o)
a) aumento da oferta de divisas no mercado de câmbio.
b) forte intervenção do Banco Central do Brasil no mercado de câmbio.
c) situação política corrente no Brasil.
d) piora das condições macroeconômicas no Brasil.
e) incerteza futura e maior percepção de risco por parte dos investidores.
Preste atenção no seguinte detalhe do texto: “caso Washington intensifique o tom...”. Perceba
que possui um ar de incerteza, ou seja, de coisas que podem acontecer no futuro e que aumen-
tam a percepção de risco dos investidores.
Portanto, considerando, exclusivamente, a matéria jornalística exposta a alternativa correta é
a letra “e”.
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Era possível resolver essa questão por eliminação, também. Veja bem! O texto nada fala sobre:
a) aumento da oferta de divisas no mercado de câmbio; b) forte intervenção do Banco Central
do Brasil no mercado de câmbio; c) situação política corrente no Brasil; e nem sobre d) piora
das condições macroeconômicas no Brasil.
Letra e.
Art. 8º As pessoas físicas e as pessoas jurídicas podem comprar e vender moeda estrangeira ou
realizar transferências internacionais em reais, de qualquer natureza, sem limitação de valor, sendo
contraparte na operação agente autorizado a operar no mercado de câmbio, observada a legalidade
da transação, tendo como base a fundamentação econômica e as responsabilidades definidas na
respectiva documentação.
Certo.
024. (FGV/BESC/2004) A taxa de câmbio determinada pelo Banco Central do País, que se
compromete a comprar e vender qualquer quantidade de divisas a esta taxa, chama-se:
a) taxa de câmbio fixa.
b) taxa de câmbio flutuante.
c) taxa de câmbio derivada.
d) swap.
e) underwriting.
Trata-se do Câmbio fixo. Nesse regime, o governo do país determina a taxa de câmbio. Esse
recurso, geralmente, é utilizado para evitar a desvalorização da moeda nacional e, consequen-
temente, conter surtos inflacionários. No Brasil, o câmbio fixo foi utilizado na implantação do
Plano Real (1994-1999).
Letra a.
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Nessa situação, Lúcia poderá permanecer com os dólares remanescentes em seu poder, já que
eles foram oriundos de processo legal de compra, podendo, inclusive, utilizá-los para o paga-
mento de compras feitas no mercado nacional.
O erro da questão está em dizer que Lúcia poderá utilizar os dólares para efetuar pagamentos
no Brasil. Na verdade, compras feitas em território nacional devem ser pagas com a moeda do
País, ou seja, o Real.
Errado.
As pessoas físicas e as pessoas jurídicas podem comprar e vender moeda estrangeira ou realizar
transferências internacionais em reais, de qualquer natureza, sem limitação de valor, sendo contra-
parte na operação agente autorizado a operar no mercado de câmbio, observada a legalidade da
transação [...]
2ª Parte: “Como regra geral, para a realização das operações de câmbio, é necessário respaldo
documental, visto que nas operações de câmbio são negociados direitos sobre moeda estran-
geira”. Correto. A regra é o respaldo documental, mas especificamente o contrato de câmbio.
A exceção são as operações com valor inferior a US$ 10 mil, as quais podem dispensar o con-
trato de câmbio.
3ª Parte: “Na grande maioria dos casos os clientes não têm acesso à moeda estrangeira em
espécie. Excetuam-se as operações relativas a viagens internacionais, em que os clientes po-
dem ter a moeda estrangeira entregue em espécie no país”. Correto. As transações com mo-
eda em espécie são pouco utilizadas (atualmente, têm se restringido aos casos de viagens
internacionais), pois a maioria das operações são realizadas por meio de contas bancárias
e cheques.
Certo.
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Em primeiro lugar, comprar divisas significa comprar moeda estrangeira. Suponha que o Bacen
intervenha comprando dólares. O que acontece com o valor do Dólar? Sobe! O dólar mais caro,
na verdade, prejudica a indústria importadora, pois torna as importações mais caras.
Errado.
Apenas a alternativa “b” expressa uma situação na qual não há desvalorização da moeda na-
cional. Vejamos!
a) Certa. A redução das exportações, significa menor entrada de moeda estrangeira no País, o
que significa aumento do seu valor e consequente desvalorização do Real.
b) Errada. O aumento da SELIC causa ampliação de entrada de moeda estrangeira no Brasil,
uma vez que os investidores virão em busca da maior rentabilidade. A maior abundância de
moeda estrangeira tende a desvalorizá-la e valorizar o Real.
c) Certa. Forte entrada de capitais estrangeiros no País tende a valorizar a moeda nacional,
devido à abundância de moeda estrangeira.
d) Certa. A elevação de gastos de brasileiros no exterior significa diminuição do estoque de
moeda estrangeiro no Brasil. Portanto, há valorização da moeda estrangeira e desvalorização
da moeda nacional.
e) Certa. A maior saída de moeda estrangeira tende a elevar seu valor e desvalorizar a moe-
da nacional
Letra b.
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Exatamente! Liquidação pronta é a que é realizada em até dois dias úteis. Já a liquidação futu-
ra refere-se à liquidação com prazo superior a dois dias úteis.
Certo.
Essa assertiva dispensa comentários, não é mesmo? É claro que outros bancos também po-
dem ser autorizados a operarem no mercado de câmbio.
Errado.
031. (FCC/BACEN/2006) A curva de cupom cambial, com base nos contratos negociados nos
mercados futuros de taxa de juros e dólar comercial, projeta uma taxa de 8% a.a. para o prazo
de 180 dias corridos. Nesse momento, uma instituição financeira brasileira consegue captar
recursos por meio de uma linha de câmbio de um banco internacional ao custo de 4% a.a.
Considerada a hipótese mencionada, a operação mais adequada para obter lucro, sem risco
de preço, é a de
a) especulação.
b) financiamento.
c) hedge.
d) arbitragem.
e) securitização.
Perceba que a instituição financeira irá captar recursos a 4% a.a. e negociá-los a taxa de 8%
a.a. Ou seja, irá lucrar com tal diferencial, o que caracteriza uma operação de arbitragem. Veja
como arbitragem aparece em prova! Bom para nós, pois é um conceito relativamente simples.
Letra d.
A assertiva está correta. O mercado de câmbio é acessível a qualquer pessoa física ou jurídi-
ca. Além disso, a regra geral é a formalização das operações de compra e venda por meio de
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Exatamente! Ficou claro que foi realizada uma operação ilegal com câmbio, o que caracteriza
o mercado paralelo.
Certo.
A questão tenta “pegar” o(a) candidato(a) por um detalhe. Lembre-se de que o Bacen PODE
autorizar essas instituições citadas a operar no mercado de câmbio. Isso quer dizer que nem
todas são autorizadas, ou seja, somente as autorizadas a operar no mercado de câmbio po-
dem participar do citado leilão.
Vamos tornar a assertiva correta!
Quando o BACEN realiza uma operação de compra ou venda de moeda estrangeira, todos os
bancos comerciais, múltiplos e de investimentos autorizados pelo BACEN a operar no mer-
cado de câmbio são instituições habilitadas para participar do leilão de compra ou de venda.
Errado.
É o contrário! Se a procura por uma moeda aumenta mais do que a oferta, significa que há
escassez de tal moeda. Quando há escassez de moeda estrangeira (por exemplo, dólar), o
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preço dessa moeda se eleva em relação ao Real, o que significa aumento da taxa cambial, ao
contrário do que disse a assertiva.
Errado.
Política cambial é o conjunto de leis, regulamentos e ações do setor privado público que in-
fluem no comportamento do mercado de câmbio e da taxa de câmbio.
Errado.
• Liquidação pronta: é realizada em até dois dias úteis, contados da data da contratação.
Esse tipo de liquidação é obrigatório em alguns casos, como compras ou vendas de
moeda estrangeira em espécie. Por exemplo: quando uma pessoa compra dólares para
levar a uma viagem internacional.
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• Liquidação futura: é realizada em prazo superior a dois dias úteis. Operações de câmbio
futuro, como são chamadas, são realizadas com o objetivo de se proteger de oscilações
cambiais. Com ela é possível “travar” o câmbio. Nesse sentido, uma empresa que expor-
ta produtos, por exemplo, pode garantir a cotação atual do dólar, mesmo que vá receber
em data futura. Com isso, o valor da venda fica protegido de oscilações da moeda es-
trangeira até a data de liquidação da transação.
Letra e.
Trata-se de uma operação de câmbio com liquidação futura, as quais podem ser realizadas
com o objetivo de se proteger de oscilações cambiais. Com ela é possível “travar” o câmbio
até determinada data.
Errado.
040. (CEBRASPE/SF/2002) Qualquer pessoa, física ou jurídica, pode, em uma instituição au-
torizada a operar em câmbio, comprar ou vender moeda estrangeira. Como regra geral, para a
realização das operações de câmbio é necessário respaldo documental. Visto que, nas ope-
rações de câmbio, são negociados direitos sobre a moeda estrangeira, na maioria dos casos,
os clientes não têm acesso à moeda estrangeira em espécie. Excetuam-se as operações re-
lativas a viagens internacionais, para as quais está prevista a entrega da moeda estrangeira
em espécie.
A troca de moeda em espécie, também chamada de “câmbio manual” não é muito utilizada,
atualmente, no mercado cambial, ficando restrita, grosso modo, às viagens internacionais, nas
quais as pessoas costumam pegar uma quantidade de moeda estrangeira para efetuar transa-
ções ao chegar ao país de destino.
Certo.
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Bancos comerciais
Bancos de câmbio
Caixas econômicas
Corretoras de câmbio
Podem ser autorizadas Bancos múltiplos
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Operações de compra ou venda entre bancos não alteram a posição de câmbio do sistema,
modificando apenas a posição comprada e vendida de cada banco.
Certo.
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Não, senhor(a)! A Bolsa de valores também participa do mercado de câmbio, à medida que ela
é um ambiente no qual acontecem algumas operações, tal como a compra e venda de moeda
estrangeira em mercado futuro.
Errado.
Exatamente! Carta de Crédito é um instrumento por meio do qual um banco atuando como um
intermediário compromete-se a realizar determinado pagamento referente a uma operação de
exportação ou importação.
É emitida pelo banco, por ordem do importador, a fim de garantir o pagamento ao exportador,
desde que este apresente todos os documentos necessários e atenda as condições específi-
cas expressas na carta de crédito.
Certo.
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Em primeiro lugar é preciso dizer que a questão está desatualizada. O limite de 3 mil para
dispensa de contrato de câmbio era vigente até 2014. No entanto, com Lei n. 13.017, de 21 de
julho de 2014, esse limite passou a ser de 10 mil dólares.
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Entretanto, mesmo que o valor estivesse correto a questão ainda estaria errada, pois, apesar
de operações com valores inferiores a US$ 10 mil poderem ser realizadas sem contrato de
câmbio, tais transações devem ser registradas no Sistema Câmbio, com a devida identificação
do comprador e vendedor da moeda estrangeira.
Errado.
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Certo.
Esse tipo de questão trata-se mais de matemática do que conhecimentos bancários. No entan-
to, se já caiu em prova, vamos resolver.
A questão faz menção a três operações.
• Comprou 100.000 em dólares. Considerando valor informado de R$ 1,75 por dólar, o
investidor adquiriu aproximadamente 57.142,86 dólares (100.000/1,75).
• Em seguida, com o valor de 57.142.86 dólares, o investidor comprará Euros. Conside-
rando o valor informado de 0,70 euro por dólar, o investidor adquiriu, aproximadamente,
40.000 euros (57.142,86 dólares multiplicado por 0,70).
• Por fim, com o valor de 40.000, o investidor comprou Reais. Considerando a cotação de
R$ 2,60 por Euro, ele obteve 104.000 reais (40.000 multiplicado por 2,60).
A assertiva pergunta o ganho do investidor com arbitragem de moedas. Lembre-se de que
arbitragem consiste na compra de uma moeda em um mercado e a venda dela em outro, de
forma a se aproveitar da diferença das cotações. Considerando que no início do processo o
Douglas Xavier
Mestre em Economia pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e graduado em Ciências Econômicas
pela mesma instituição. Aprovado e convocado nos concursos de escriturário do Banco do Brasil (2013)
e escrevente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (2017), cargo que ocupa atualmente. Ministra
aulas na disciplina de Conhecimentos Bancários e na área de Economia.
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investidor possuía 100.000 reais e que terminou com 104.000. Então o ganho de arbitragem
foi o seguinte:
104.000 – 100.000 = 4.000
Certo.
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GABARITO
1. b 19. a 37. E
2. C 20. b 38. e
3. E 21. c 39. E
4. c 22. e 40. C
5. c 23. C 41. E
6. d 24. a 42. C
7. a 25. E 43. E
8. e 26. C 44. C
9. c 27. E 45. c
10. b 28. b 46. E
11. c 29. C 47. E
12. b 30. E 48. C
13. b 31. d 49. c
14. a 32. C 50. E
15. c 33. C 51. C
16. d 34. E 52. E
17. a 35. E 53. C
18. d 36. E 54. C
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