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RECUPERACAO DE ACTIVOS {de artigos:18 Lei n.° 5/2002, de 11 de Janeiro (versdo actualizada) MEDIDAS DE COMBATE A CRIMINALIDADE ORGANIZADA Contérn as seguintes alteracoes: Rectif. 0." 5/2002, de 06 de Fevereiro Lei n.* 19/2008, de 21 de Abril DL n.° 317/2008, de 30 de Outubro = DLn-* 242/2012, de 07 de Novembro Lei n.° 60/2013, de 23 de Agosto + Lei n.? 55/2015, de 23 de Junho = Lei n.* 30/2017, de 30 de Mato SUMARIO, Estabelece medidas de combate a criminalidade organtzada e econémico-financeira e procede & 2° alteracdo a Lei 36/94, de 29/9, alterada pela Lei 90/99, de 10/7, e 4° alteracdo ao DL 325/95, de 2/12, alterado pela Lei 65/98, de 2/9, pelo DL 275-A/2000, de Lei n.* 5/2002, de 11 de janeiro Estabelece medidas de combate a criminalidade organizada ¢ econémico-financeira e procede a segunda alteragdo & Lei n.° 36/94, de 29 de Setembro, alterada pela Lei n.° 90/99, de 10 de Jutho, e quarta altera¢ao ao Decreto-Lei n.° 325/95, de 2 de Dezembro, alterado pela Lei n.° 65/98, de 2 de Setembro, pelo Decreto-Lei n.* 275-A/2000, de 9 de Novembro, e pela Lei n.° 104/2001, de 25 de Agosto. ‘A Assembleia da Repiblica decreta, nos termos da alinea c) do artigo 161.° da Constituicao, para valer como let geral da Repiblica, 0 seguinte: CAPITULO I Artigo Ambito de aplicagao 1~ A presente lei estabelece um regime especial de recolha de prova, quebra do segredo profissional perda de bens a favor do Estado, relativa aos crimes de: a) Trafico de estupefacientes, nos termos dos artigos 21.° a 23.° e 28.° do Decreto-Let n.° 15/93, de 22 de Janeiro; b) Terrorismo, organizagdes terroristas, terrorismo internacional e financiamento do terrorismo; ©) Trafico de armas; 4d) Trafico de influéncia; e) Recebimento indevido de vantagem; £) Corrupcao ativa e passiva, incluindo a praticada nos setares piblico e privada e na comércio Internacional, bem como na atividade desportiva; g) Peculato; h) Participacao econémica em negécio; 1) Branqueamento de capitals; 4) Assoctagao criminosa; \) Pornografia infantile lenocinio de menores; 1m) Dano relativo a programas ou outros dados informaticos e a sabotagem informatica, nos termos dos artigos 4.° ¢ 5.° da Lei n.* 109/2009, de 15 de setembro, e ainda 0 acesso ilegitimo a sistema informatico, se tiver produzido um dos resultados previstos no n.° 4 do artigo 6.° daquela lei, for realizado com recurso {a um dos instrumentos referidos ou integrar uma das condutas tipificadas no n.*° 2 do mesmo artigo; 1) Trafico de pessoas; 0) Contrafacao de moeda e de titulos equiparados a moeda; ) Lenocinio; 4) Contrabando; 1) Trafico e viciagao de vefculos furtados. 2 - O disposto na presente lei sé é apticével aos crimes previstos nas alineas p) a r) do niimero anterior se © crime for praticado de forma organizada. 3 - O dispasto nos capitulos fie iii é ainda aplicavel aos demais crimes referidos no n.° 1 do artigo 1.° da Lei n.* 36/94, de 29 de setembro. 4-0 disposto na secgao ii do capitulo iy é ainda aplicavel 20s crimes previstos na Lei n.° 109/2009, de 15, de setembro, quando nao abrangidos pela alinea m) do n.° 1 do presente artigo. Contém as alteracdes introduzidas pelos seguintes. _Versdes anteriores deste artigo: diplomas. ~ # verso: Let n.* 5/2002, de 11 de Janeiro Rectif. n.” 5/2002, de 06 de Fevereiro 2° versio: Rectif. n,” 5/2002, de 06 de = Lei n.® 19/2008, de 21 de Abrit Fevereiro = Lei n.? 60/2013, de 23 de Agosto = 3° versao: Lei n.° 19/2008, de 21 de Abril Lei n.2 55/2015, de 23 de Junho # versio: Lei n.° 60/2013, de 23 de Agosto + Lei n.* 30/2017, de 30 de Maio + S* versio: Lei n.° 55/2015, de 23 de Junho capiTutom Segredo profissional Artigo 2.° Quebra de segredo 1 - Nas fases de inquérito, instrusao e julgamento de pracessos relativos aos crimes previstes no artigo 1.°, 0 segredo profissional dos membros dos érgaos socials das instituicdes de crédito, sociedades financeiras, instituigées de pagamento e instituigdes de moeda eletrénica, dos seus empregados e de pessoas que a elas prestem servico, bem como o segredo dos funcionérios da administracao fiscal, cedem, se houver razBes para crer que as respetivas informagées tém interesse para a descoberta da verdade. 2-- Para efeitos da presente lei, 0 disposto no nlmera anterior depende unicamente de ordem da autoridade judictéria titular da diregao do processo, em despacho fundamentado. 3 = 0 despacho previsto no nimero anterior identifica as pessoas abrangidas pela medida e especifica as informagdes que devem ser prestadas e os documentos que devem ser entregues, podendo assumir forma sgenérica para cada um dos sujeitos abrangidos quando a especificacao nao seja possivel. 4 - Se nao for conhecida a pessoa ou pessoas titulares das contas ou intervenientes nas transacoes é suficiente a identificacao das contas e transacoes relativamente as quais devem ser obtidas informagées. 5 - Quando se trate de informagdes relativas a arguido no processo ou a pessoa coletiva, 0 despacho previsto no n.° 2 assume sempre forma genérica, abrangendo: a) Informagées fiscais; ') Informagées relativas a contas bancérias ou a contas de pagamento e respetivos movimentos, de que 0 ~arguido ou pessoa coletiva sejam titulares ou cotitulares, ou em relagao as quais disponham de poderes para efetuar movimentos; ¢) Informacdes relativas a transacées bancérias e financeiras, incluindo operagées de pagamento e de ‘emissao, distribuigao e reembolso de moeda eletrénica, em que o arguido ou a pessoa coletiva sejam intervenientes; d) Identificacao dos outros intervenientes nas operacbes referidas nas alineas b) e ¢}; €) Documentos de suporte das informagaes referidas nos nimeros anteriores. 6 - Para cumprimento do disposto nos nimeros anteriores, as autoridades Judicigrias e os érgaos de poticia criminal com competéncia para a investigacao tém acesso as bases de dados da administracao fiscal. Contém os alteracaes introduzidas pelos seguintes _—_-Versbes anteriores deste artigo: diplomas: 1 versio: Lei n.° 5/2002, de 11 de Janeiro ~ Rectif. n." 5/2002, de 06 de Fevereiro 2* versio: Rectif. n.* 5/2002, de 06 de = Din." 317/2009, de 30 de Outubro Fevereiro DL n.* 242/2012, de 07 de Novembro 3* verso: DL n.* 317/2009, de 30 de Outubro: Artigo 3.° Procedimento relativo a instituigses de crédito, sociedades financeiras, instituicées de pagamento e instituiges de moeda electrénica 1 - Apés 0 despacho previsto no artigo anterior, a autoridade Judiciria ou, por sua delegacdo, 0 éreao de poticia criminal com competéncia para a investigagao, solicitam as instituigdes de crédito, as sociedades financeiras, as insttuicdes de pagamento ou as insttuigdes de moeda eletrénica as informagées e os documentos de suporte, ou sua cépia, que sejam relevantes. 2- As instituigdes de crédito, as sociedades financeiras, as insttulgBes de pagamento e as institulgdes de tmoeda eletrénica sio obrigadas a fornecer 0s elementos solicitados, no prazo de: 2) 5 dias, quanto a informacées disponiveis em suporte informaticor 30 dias, quanto aos respetivos documentos de suporte e a informagdes nao disponiveis em suporte informatico, prazo que é reduzido a metade caso existam arguidos detidos ou presos. 3 - Se 0 pedido nao for cumprido dentro do prazo, ou hower fundadas suspeitas de que tenham sido ‘ocultados documentos ou informagées, a autoridade judiciara titular da diregio do processo procede & apreensio dos documentos, mediante autorizacéo, na fase de inquérito, do jutz de instrucéo. 40s documentos que nao interessem ao process0 sio devolvidos & entidade que os forneceu ou destruidos, quando néo se trate de originais, lavrando-se o respetivo auto. 5 - Seas instituigdes referidas no n.° + ndo forem conhecidas, a autoridade judiciéria titular da direcéo do Drocesso solicita ao Banco de Portugal a difusao do pedido de informacées. 6 -As instituigdes de crédito, sociedades financeiras, instituicdes de pagamento ou instituigdes de moeda eletrénica indicam a Procuradoria-Geral da Repiblica uma entidade central responsével pela resposta aos pedidos de informacéo e de documentos. Contém as alteracbes introduzidas pelos seguintes Versdes anteriores deste artigo: diplomas: 1° versio: Let n.° 5/2002, de 11 de Janeiro DL n.* 317/2008, de 30 de Outubro 2° versao: DL n.° 317/2008, de 30 de = DL n.* 242/2012, de 07 de Novembro Outubro Artigo 4. Controlo de contas bancérias e de contas de pagamento 41 - O controlo de conta bancéria ou de conta de pagamento obriga a respetiva instituigao de crédito, instituigao de pagamento ou instituico de moeda eletrénica a comunicar quaisquer movimentos sobre a ‘conta a autoridade judiciaria ou ao érgao de policia criminal dentro das vinte e quatro horas subsequentes, 2 O controlo de conta bancéria ou de conta de pagamento é autorizado ou ordenado, consoante os ‘casos, por despacho do juiz, quando tiver grande interesse para a descoberta da verdade. 3 - O despacho referido no nimero anterior identifica a conta ou contas abrangidas pela medida, o periodo da sua duracdo e a autoridade judictaria ou érgao de policia criminal responsavel pelo controlo. 4 O despacho previsto no n.* 2 pode ainda incluir a obrigacao de suspensdo de movimentos nele ‘especificados, quando tal seja necessario para prevenir a pratica de crime de branqueamento de capitais. 5 = A suspensdo cessa se ndo for contirmada por autoridade judiciaria, no prazo de 48 horas. Contém as alteracées introduzidas pelos seguintes Versoes anteriores deste artigo: diplomas; 1° versdo: Lei n.° 5/2002, de 11 de Janeiro Rectif. n.° 5/2002, de 06 de Fevereiro 2? versio: Rectif. n.° 5/2002, de 06 de DL n.*317/2009, de 30 de Outubra Fevereiro Di n.* 242/2012, de 07 de Novembro 3° verso: DL n.° 317/2009, de 30 de Outubro Artigo Obrigasao de sigilo, ‘As pessoas referidas no n.° 1 do artigo 2.° ficar vinculadas pelo segredo de justiga quanto aos ates, Previstos nos artigos 2.” a 4." de que tomem conhecimento, nao podendo, nomeadamente, divulgé-los ds pessoas cujas contas sao controladas ou sobre as quais foram pedidas informacées ou documentos. CAPITULO IIT Outros mefos de produgao de prova Artigo 6.° Registo de voz e de imagem 1- E admissivel, quando necessério para a investigacao de crimes referidos no artigo 1.°, o registo de voz @ de imagem, por qualquer meio, sem consentimento do visado, 2 = A produgao destes registos depende de prévia autorizacao ou ordem do Juiz, consoante os casos. 3 - Sao aplicaveis aos registos obtidos, com as necessarias adaptacdes, as formalidades previstas no artigo 188.* do Cédigo de Processo Penal. capiruLo wv Perda de bens a favor do Estado SECCAO Perda alargada Artigo 7.° Perda de bens 1 - Em caso de condenaco pela pratica de crime referido no artigo 1.°, e para efeitos de perda de bens a favor do Estado, presume-se constituir vantagem de atividade criminosa a diferenca entre o valor do patriménio do arguido e aquele que seja congruente com o seu rendimento licito. 2 - Para efeitos desta lel, entende-se por

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