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Decreto-Lei N.º 186 - 2015 de 3 de Setembro
Decreto-Lei N.º 186 - 2015 de 3 de Setembro
Decreto-Lei N.º 186 - 2015 de 3 de Setembro
março, 72-A/2010, de 18 de junho, e 73/2014, de 13 n.º 95/2013, de 19 de julho, passam a ter a seguinte re-
de maio. dação:
«Artigo 4.º
Artigo 54.º
[...]
[...]
1 — Sem prejuízo dos demais requisitos aplicáveis ao
1 — [...]. abrigo do presente decreto-lei, o exercício de atividades
2 — [...]. de animação turística:
3 — [...].
4 — [...]. a) Dentro das áreas integradas no sistema nacional de
5 — [...]. áreas classificadas (SNAC) e fora dos perímetros urbanos
6 — O título constitutivo é registado nos serviços e da rede viária nacional, regional e local, aberta à cir-
do registo predial previamente à celebração de qual- culação pública, depende do seu reconhecimento como
quer contrato de transmissão ou contrato-promessa turismo de natureza, nos termos previstos no artigo 20.º;
de transmissão dos lotes ou frações autónomas, após b) Nas demais áreas do território nacional, não de-
verificação pelo conservador dos requisitos constan- pende do seu reconhecimento como turismo de natu-
tes do artigo seguinte, e é oficiosamente comunicado, reza, sendo este facultativo, nos termos previstos no
preferencialmente por via eletrónica, ao Turismo de artigo 20.º
Portugal, I. P..
7 — [...]. 2 — [...].
8 — [...]. 3 — [...].
Artigo 5.º
Artigo 70.º [...]
[...]
1 — Sem prejuízo do disposto nos n.os 1 a 4 do ar-
tigo 29.º, apenas as empresas que tenham realizado a mera
1 — [...] comunicação prévia ou a comunicação prévia com prazo
2 — A aplicação das coimas e das sanções acessórias através do Registo Nacional de Agentes de Animação Tu-
previstas no presente decreto-lei relativamente aos em- rística (RNAAT), acessível ao público através do balcão
preendimentos reconhecidos como turismo de natureza do empreendedor previsto nos Decretos-Leis n.os 92/2010,
ou associados a uma marca nacional de áreas integradas de 26 de julho, e 48/2011, de 1 de abril, disponível através
no SNAC compete, respetivamente, à ASAE, se estes do Portal do Cidadão, e do sítio na Internet do Turismo de
empreendimentos adotarem qualquer das tipologias Portugal, I. P., nos termos previstos nos artigos 11.º e 13.º,
previstas nas alíneas a) a f) do n.º 1 do artigo 4.º, e às podem exercer e comercializar, em território nacional, as
câmaras municipais, se os referidos empreendimentos atividades de animação turística definidas no artigo 3.º e
adotarem a tipologia prevista na alínea g) do n.º 1 do nos n.os 1 e 2 do artigo anterior.
artigo 4.º 2 — [...].
3 — [...].
4 — [...].
Artigo 74.º 5 — [...].
[...] 6 — Sem prejuízo do cumprimento da demais le-
gislação aplicável, as entidades referidas no n.º 4 que
1 — A tramitação dos procedimentos previstos no pretendam exercer as atividades referidas na alínea a)
presente decreto-lei é realizada informaticamente do n.º 1 do artigo 4.º devem enviar ao ICNF, I. P., a
com recurso ao balcão do empreendedor previsto nos declaração de adesão formal ao código de conduta pre-
Decretos-Leis n.os 92/2010, de 26 de julho, e 48/2011, visto no n.º 1 do artigo 20.º, aplicável com as devidas
de 1 de abril, acessível através do Portal do Cidadão, adaptações.
ou ao sítio na Internet do Turismo de Portugal, I. P., 7 — (Anterior n.º 6.)
e das câmaras municipais, articulado com o sistema 8 — (Anterior n.º 7.)
informático previsto no artigo 8.º-A do regime ju-
rídico da urbanização e da edificação, nos termos a Artigo 7.º
definir por portaria dos membros do Governo respon- [...]
sáveis pelas áreas da modernização administrativa,
da administração local, do ordenamento do território 1 — [...].
e do turismo. 2 — As atividades de animação turística devem, no-
2 — [...]. meadamente, obedecer às normas a que as empresas se
3 — [...].» encontrem vinculadas ao abrigo do disposto nos regimes
jurídicos da conservação da natureza e da biodiversidade
e dos instrumentos de gestão territorial.
Artigo 3.º
Alteração ao Decreto-Lei n.º 108/2009, de 15 de maio
Artigo 8.º
[...]
Os artigos 4.º, 5.º, 7.º, 8.º, 9.º, 11.º, 12.º, 13.º, 16.º,
16.º-A, 19.º, 20.º, 27.º, 29.º, 31.º e 40.º do Decreto-Lei 1 — [...].
n.º 108/2009, de 15 de maio, alterado pelo Decreto-Lei 2 — [...].
Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 3 de setembro de 2015 6951
3 — [...]. f) [...];
4 — A designação «turismo de natureza» e o respe- g) Documentos previstos no artigo 20.º e na portaria
tivo logótipo só podem ser usados por empresas cujas prevista no respetivo n.º 4, quando se pretenda o reco-
atividades sejam reconhecidas como tal, nos termos nhecimento de atividades como turismo de natureza;
previstos no artigo 20.º h) [...].
5 — [Revogado].
4 — [...].
Artigo 9.º 5 — [...].
[...] 6 — [...].
7 — [...].
1 — O Turismo de Portugal, I. P., organiza e mantém
atualizado o RNAAT, que integra o registo das empre- Artigo 12.º
sas de animação turística e dos operadores marítimo-
-turísticos que tenham realizado mera comunicação [...]
prévia e comunicação prévia com prazo, quando apli- 1 — [...].
cável, nos termos do presente decreto-lei, acessível ao 2 — [...].
público através do balcão do empreendedor previsto nos 3 — [...].
Decretos-Leis n.os 92/2010, de 26 de julho, e 48/2011, 4 — No prazo previsto no número anterior, o Tu-
de 1 de abril, disponível através do Portal do Cidadão, rismo de Portugal, I. P., comunica ainda ao ICNF, I. P.,
e do sítio na Internet do Turismo de Portugal, I. P.. o registo de empresas de animação turística que tenham
2 — [...]: obtido reconhecimento como turismo de natureza nos
a) [...]; termos previstos nos n.os 1 e 6 do artigo 20.º
b) [...];
c) [...]; Artigo 13.º
d) [...]; [...]
e) Referência ao reconhecimento de atividades como
turismo de natureza, quando aplicável; 1 — O exercício de atividades de animação turística
f) [...]; fica sujeito a comunicação prévia com prazo, tal como
g) [...]; definida na alínea a) do n.º 2 do artigo 8.º do Decreto-
h) [...]; -Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, quando o requerente
i) [...]. pretenda obter o reconhecimento das suas atividades
como turismo de natureza nos casos previstos no n.º 2
3 — O RNAAT deve ser indexado no sistema de do artigo 20.º
pesquisa online de informação pública previsto no ar- 2 — A comunicação prévia com prazo realizada nos
tigo 49.º do Decreto-Lei n.º 135/99, de 22 de abril, alte- casos e nos termos previstos no n.º 2 do artigo 20.º per-
rado pelos Decretos-Leis n.os 29/2000, de 13 de março, mite ao interessado iniciar atividade com o deferimento
72-A/2010, de 18 de junho, e 73/2014, de 13 de maio. da pretensão ou, na ausência de resposta ao pedido de
reconhecimento, no prazo de 20 dias.
Artigo 11.º 3 — [...].
[...] 4 — O Turismo de Portugal, I. P., envia o processo
ao ICNF, I. P., no prazo máximo de cinco dias contado
1 — [...]. da receção da comunicação prévia com prazo, para
2 — A inscrição no RNAAT das empresas estabe- apreciação nos termos previstos no artigo 20.º
lecidas em território nacional é realizada através de 5 — [...].
formulário eletrónico acessível ao público através do 6 — [...].
balcão do empreendedor previsto nos Decretos-Leis
n.os 92/2010, de 26 de julho, e 48/2011, de 1 de abril,
disponível através do Portal do Cidadão, e do sítio na Artigo 16.º
Internet do Turismo de Portugal, I. P., e deve incluir: [...]
a) [...]; 1 — Sem prejuízo do disposto no n.º 3, pela ins-
b) [...]; crição no RNAAT de empresas de animação turística
c) [...]; estabelecidas em território nacional é devida uma taxa
d) [...]; de 135,00 EUR ou, no caso de empresas cuja atividade
e) [...]; seja exclusivamente o desenvolvimento, em ambiente
f) A indicação do interesse em obter o reconheci- urbano, de percursos pedestres e visitas a museus, pa-
mento de atividades como turismo de natureza, quando lácios e monumentos e, simultaneamente, se encontrem
se verifique. isentas da obrigação de contratação dos seguros previs-
tos no artigo 27.º, nos termos da alínea b) do n.º 1 do
3 — [...]: artigo 28.º, de 90,00 EUR.
a) [...]; 2 — [Revogado].
b) [...]; 3 — Quando se trate de microempresas, os valores
c) [...]; previstos no n.º 1 são reduzidos, respetivamente, para
d) [...]; 90,00 e 20,00 EUR.
e) [...]; 4 — [Revogado].
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1 — Até à entrada em vigor da portaria prevista no O presente decreto-lei entra em vigor no dia seguinte
n.º 2 do artigo 20.º do Decreto-Lei n.º 39/2008, de 7 de ao da sua publicação.
março, na redação dada pelo presente decreto-lei, conti- Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 14 de
nua a aplicar-se, com as devidas adaptações, o disposto maio de 2015. — Pedro Passos Coelho — Maria Luís
na Portaria n.º 261/2009, de 12 de março, alterada pela Casanova Morgado Dias de Albuquerque — Anabela
Portaria n.º 47/2012, de 20 de fevereiro, com exceção dos Maria Pinto de Miranda Rodrigues — Paula Maria von
artigos 4.º e 11.º Hafe Teixeira da Cruz — Luís Miguel Poiares Pessoa
2 — Até à entrada em vigor da portaria prevista no n.º 4 Maduro — António de Magalhães Pires de Lima — Jorge
do artigo 20.º do Decreto-Lei n.º 108/2009, de 15 de maio, Manuel Lopes Moreira da Silva — Maria de Assunção
na redação dada pelo presente decreto-lei, continuam a Oliveira Cristas Machado da Graça.
aplicar-se os critérios a que deve obedecer o projeto de
Promulgado em 18 de agosto de 2015.
conservação, as condições de validade do reconhecimento
como turismo de natureza e o dever de informação sobre Publique-se.
os colaboradores, nos termos previstos nas disposições O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.
revogadas pelo presente decreto-lei, bem como, com as
devidas adaptações, o disposto na Portaria n.º 651/2009, Referendado em 20 de agosto de 2015.
de 12 de junho. Pelo Primeiro-Ministro, Paulo Sacadura Cabral Portas,
3 — As empresas de animação turística em atividade Vice-Primeiro-Ministro.
que não tenham ainda obtido o reconhecimento das suas
atividades como turismo de natureza e que exerçam as
atividades previstas na alínea a) do n.º 1 do artigo 4.º ANEXO I
do Decreto-Lei n.º 108/2009, de 15 de maio, na reda-
(a que se refere o n.º 1 do artigo 10.º)
ção dada pelo presente decreto-lei, devem obtê-lo no
prazo de um ano a contar da publicação do presente Republicação do Decreto-Lei n.º 39/2008, de 7 de março
decreto-lei.
4 — As cartas de desporto de natureza aprovadas
nos termos do disposto no artigo 6.º do Decreto Re- CAPÍTULO I
gulamentar n.º 18/99, de 27 de agosto, mantêm-se em
vigor até à aprovação dos regulamentos das respetivas Disposições gerais
áreas protegidas.
Artigo 1.º
Artigo 9.º Objeto
b) As instalações ou os estabelecimentos que, embora a acautelar a segurança de pessoas e bens face a possíveis
destinados a proporcionar alojamento temporário com fins riscos naturais e tecnológicos.
lucrativos, não reúnam os requisitos para serem conside- 3 — Os empreendimentos turísticos devem possuir uma
rados empreendimentos turísticos. rede interna de esgotos e respetiva ligação às redes gerais
que conduzam as águas residuais a sistemas adequados ao
3 — As instalações e os estabelecimentos referidos na seu escoamento, nomeadamente através da rede pública, ou
alínea b) do número anterior revestem a natureza de alo- de um sistema de recolha e tratamento adequado ao volume
jamento local e são regulados por decreto-lei. e natureza dessas águas, de acordo com a legislação em
vigor, quando não fizerem parte das águas recebidas pelas
Artigo 3.º câmaras municipais.
Noção de alojamento local 4 — Nos locais onde não exista rede pública de abas-
tecimento de água, os empreendimentos turísticos devem
[Revogado]. estar dotados de um sistema de abastecimento privativo,
com origem devidamente controlada.
Artigo 4.º 5 — Para efeitos do disposto no número anterior, a cap-
Tipologias de empreendimentos turísticos tação de água deve possuir as adequadas condições de
proteção sanitária e o sistema ser dotado dos processos de
1 — Os empreendimentos turísticos podem ser integra- tratamentos requeridos para potabilização da água ou para
dos num dos seguintes tipos: manutenção dessa potabilização, de acordo com as normas
a) Estabelecimentos hoteleiros; de qualidade da água em vigor, devendo para o efeito ser
b) Aldeamentos turísticos; efetuadas análises físico-químicas e ou microbiológicas.
c) Apartamentos turísticos;
d) Conjuntos turísticos (resorts); Artigo 6.º
e) Empreendimentos de turismo de habitação; Condições de acessibilidade
f) Empreendimentos de turismo no espaço rural;
g) Parques de campismo e de caravanismo; 1 — As condições de acessibilidade a satisfazer no
h) [Revogada]. projeto e na construção dos empreendimentos turísticos
devem cumprir as normas técnicas previstas no Decreto-
2 — Os requisitos específicos da instalação, classifi- -Lei n.º 163/2006, de 8 de agosto.
cação e funcionamento de cada tipo de empreendimento 2 — Sem prejuízo do disposto no número anterior, todos
turístico referido no número anterior são definidos: os empreendimentos turísticos, com exceção dos previstos
na alínea e) e f) do n.º 1 do artigo 4.º, devem dispor de
a) Por portaria dos membros do Governo responsáveis
instalações, equipamentos e, pelo menos, de uma unidade
pelas áreas do turismo e do ordenamento do território, nos
de alojamento, que permitam a sua utilização por utentes
casos das alíneas a) a d);
b) Por portaria dos membros do Governo responsáveis com mobilidade condicionada.
pelas áreas do turismo, da administração local e da agricul-
tura e do desenvolvimento rural, no caso das alíneas e) a g). Artigo 7.º
Unidades de alojamento
3 — As tipologias de empreendimentos turísticos iden-
tificados no n.º 1 podem ser reconhecidas como turismo de 1 — Unidade de alojamento é o espaço delimitado des-
natureza ou associadas a uma marca nacional de áreas inte- tinado ao uso exclusivo e privativo do utente do empre-
gradas no sistema nacional de áreas classificadas (SNAC), endimento turístico.
nos termos previstos, respetivamente, nos artigos 20.º e 2 — As unidades de alojamento podem ser quartos,
20.º-A suites, apartamentos ou moradias, consoante o tipo de
empreendimento turístico.
3 — Todas as unidades de alojamento devem ser identi-
SECÇÃO II ficadas no exterior da respetiva porta de entrada em local
Requisitos comuns dos empreendimentos turísticos bem visível.
4 — As portas de entrada das unidades de alojamento
Artigo 5.º devem possuir um sistema de segurança que apenas
permita o acesso ao utente e ao pessoal do estabeleci-
Requisitos gerais de instalação mento.
1 — A instalação de empreendimentos turísticos que 5 — As unidades de alojamento devem ser insonori-
envolvam a realização de operações urbanísticas conforme zadas e devem ter janelas ou portadas em comunicação
definidas no regime jurídico da urbanização e da edifica- direta com o exterior.
ção deve cumprir as normas constantes daquele regime,
bem como as normas técnicas de construção aplicáveis às Artigo 8.º
edificações em geral, designadamente em matéria de se- Capacidade
gurança contra incêndio, saúde, higiene, ruído e eficiência
energética, sem prejuízo do disposto no presente decreto-lei 1 — Para o único efeito da exploração turística, e com
e respetiva regulamentação. exceção do disposto no n.º 4, a capacidade dos empreen-
2 — O local escolhido para a instalação de empreendi- dimentos turísticos é determinada pelo correspondente
mentos turísticos deve obrigatoriamente ter em conta as número de camas fixas instaladas nas unidades de alo-
restrições de localização legalmente definidas, com vista jamento.
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2 — Nas unidades de alojamento podem ser instaladas 3 — Num mesmo edifício podem ser instalados estabe-
camas convertíveis desde que não excedam o número das lecimentos hoteleiros de diferentes grupos ou categorias.
camas fixas.
3 — Nas unidades de alojamento podem ser instaladas SECÇÃO IV
camas suplementares amovíveis.
4 — A capacidade dos parques de campismo e de ca- Aldeamentos turísticos
ravanismo é determinada pela área útil destinada a cada
utilizador, de acordo com o estabelecido na portaria pre- Artigo 13.º
vista na alínea b) do n.º 2 do artigo 4.º Noção de aldeamento turístico
Artigo 12.º
SECÇÃO VI
Condições de instalação
Conjuntos turísticos (resorts)
1 — Os estabelecimentos hoteleiros devem dispor, no
mínimo, de 10 unidades de alojamento. Artigo 15.º
2 — Os estabelecimentos hoteleiros podem ocupar a
Noção de conjunto turístico (resort)
totalidade ou uma parte independente, constituída por pisos
completos, de um ou mais edifícios, desde que os edifícios 1 — São conjuntos turísticos (resorts) os empreendi-
em causa constituam, entre eles, um conjunto de espaços mentos turísticos constituídos por núcleos de instalações
contíguos, ou desde que, entre eles, exista uma área de funcionalmente interdependentes, situados em espaços
utilização comum. com continuidade territorial, ainda que atravessados por
Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 3 de setembro de 2015 6957
estradas municipais e caminhos municipais já existentes, ços rurais, serviços de alojamento a turistas, preservando,
linhas de água e faixas de terreno afetas a funções de recuperando e valorizando o património arquitetónico,
proteção e conservação de recursos naturais, destinados histórico, natural e paisagístico dos respetivos locais e
a proporcionar alojamento e serviços complementares regiões onde se situam, através da reconstrução, reabili-
de apoio a turistas, sujeitos a uma administração comum tação ou ampliação de construções existentes, de modo a
de serviços partilhados e de equipamentos de utilização ser assegurada a sua integração na envolvente.
comum, que integrem pelo menos dois empreendimentos 2 — [Revogado].
turísticos de um dos tipos previstos no n.º 1 do artigo 4.º, 3 — Os empreendimentos de turismo no espaço rural
sendo obrigatoriamente um deles um estabelecimento podem ser classificados nos seguintes grupos:
hoteleiro. a) Casas de campo;
2 — [Revogado]. b) Agroturismo;
3 — [Revogado]. c) Hotéis rurais.
4 — Sem prejuízo do disposto no artigo 10.º, nos con-
juntos turísticos (resorts) só podem instalar-se empreendi-
4 — São casas de campo os imóveis situados em aldeias
mentos turísticos, ainda que de diferentes categorias.
e espaços rurais que se integrem, pela sua traça, materiais
5 — [Revogado].
de construção e demais características, na arquitetura tí-
6 — Quando instalados em conjuntos turísticos (re-
pica local.
sorts), os aldeamentos turísticos consideram-se sempre 5 — Quando as casas de campo se situem em aldeias e
situados em espaços com continuidade territorial. sejam exploradas de uma forma integrada, por uma única
7 — [Revogado]. entidade, são consideradas como turismo de aldeia.
6 — São empreendimentos de agroturismo os imóveis
Artigo 16.º situados em explorações agrícolas que permitam aos hós-
Requisitos mínimos dos conjuntos turísticos (resorts) pedes o acompanhamento e conhecimento da atividade
agrícola, ou a participação nos trabalhos aí desenvolvidos,
Os conjuntos turísticos (resorts) devem possuir, no mí- de acordo com as regras estabelecidas pelo seu responsável.
nimo, e para além dos requisitos gerais de instalação, as 7 — São hotéis rurais os empreendimentos turísticos
seguintes infraestruturas e equipamentos: que cumpram os requisitos de classificação aplicáveis aos
a) Vias de circulação internas que permitam o trânsito estabelecimentos hoteleiros, bem como o disposto no n.º 1,
de veículos de emergência; podendo instalar-se ainda em edifícios novos, construídos
b) Vias de circulação internas com uma largura mínima de raiz, incluindo não contíguos.
de 3 m ou 5 m, conforme sejam de sentido único ou duplo, 8 — [Revogado].
quando seja permitido o trânsito de veículos automóveis, 9 — Às obras em empreendimentos referidos no n.º 1
salvo quando admitidos limites mínimos inferiores em aplica-se o princípio da garantia do existente constante do
plano municipal de ordenamento do território aplicável; artigo 60.º do regime jurídico da urbanização e da edifi-
c) Áreas de estacionamento de uso comum; cação e do artigo 51.º do Decreto-Lei n.º 307/2009, de 23
d) Espaços e áreas verdes exteriores envolventes para de outubro, alterado pela Lei n.º 32/2012, de 14 de agosto,
uso comum; que estabelece o regime jurídico da reabilitação urbana em
e) Portaria; áreas de reabilitação urbana.
f) Piscina de utilização comum;
g) Equipamentos de desporto e lazer. SECÇÃO IX
Parques de campismo e de caravanismo
SECÇÃO VII
Artigo 19.º
Empreendimentos de turismo de habitação
Noção de parques de campismo e de caravanismo
Artigo 17.º 1 — São parques de campismo e de caravanismo os
Noção de empreendimentos de turismo de habitação
empreendimentos instalados em terrenos devidamente
delimitados e dotados de estruturas destinadas a permitir a
1 — São empreendimentos de turismo de habitação os instalação de tendas, reboques, caravanas ou autocaravanas
estabelecimentos de natureza familiar instalados em imó- e demais material e equipamento necessários à prática do
veis antigos particulares que, pelo seu valor arquitetónico, campismo e do caravanismo.
histórico ou artístico, sejam representativos de uma deter- 2 — Os parques de campismo e de caravanismo podem
minada época, nomeadamente palácios e solares, podendo ser públicos ou privativos, consoante se destinem ao pú-
localizar-se em espaços rurais ou urbanos. blico em geral ou apenas aos associados ou beneficiários
2 — [Revogado]. das respetivas entidades proprietárias ou exploradoras.
3 — Os parques de campismo e de caravanismo podem
SECÇÃO VIII destinar-se exclusivamente à instalação de um dos tipos de
equipamento referidos no n.º 1, adotando a correspondente
Empreendimentos de turismo no espaço rural designação.
4 — Nos parques de campismo e de caravanismo podem
Artigo 18.º existir instalações de caráter complementar destinadas
Noção de empreendimentos no espaço rural
a alojamento desde que não ultrapassem 25 % da área
total do parque destinada aos campistas, nos termos a
1 — São empreendimentos de turismo no espaço rural regulamentar na portaria prevista na alínea b) do n.º 2 do
os estabelecimentos que se destinam a prestar, em espa- artigo 4.º
6958 Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 3 de setembro de 2015
Artigo 23.º
CAPÍTULO III
Regime aplicável
Competências
1 — O procedimento respeitante à instalação dos empre-
endimentos turísticos segue o regime previsto no presente
Artigo 21.º
decreto-lei e está submetido ao regime jurídico da urbani-
Competências do Turismo de Portugal, I. P. zação e da edificação, com as especificidades constantes
1 — Compete ao Turismo de Portugal, I. P., exercer as do presente regime e respetiva regulamentação, sempre
que envolva a realização das operações urbanísticas ali
competências especialmente previstas no presente decreto-
previstas.
-lei relativamente aos empreendimentos turísticos referidos
2 — Nos casos em que nos termos do regime jurídico
nas alíneas a) a d) do n.º 1 do artigo 4.º e na alínea c) do
da urbanização e da edificação a forma do procedimento
n.º 3 do artigo 18.º
de controlo prévio da edificação de empreendimentos tu-
2 — Compete ainda ao Turismo de Portugal, I. P., no
rísticos seja a comunicação prévia, pode o promotor optar
âmbito das suas atribuições:
pelo procedimento de licenciamento.
a) Intervir, nos termos da lei, na elaboração dos instru- 3 — O pedido de informação prévia, o pedido de li-
mentos de gestão territorial; cenciamento e a apresentação da comunicação prévia de
Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 3 de setembro de 2015 6959
operações urbanísticas relativas à instalação dos empre- abrange a totalidade dos empreendimentos, estabeleci-
endimentos turísticos devem ser instruídos nos termos do mentos e equipamentos que o integram.
regime jurídico da urbanização e da edificação, e respetiva
regulamentação, e ainda com os elementos constantes SECÇÃO III
de portaria dos membros do Governo responsáveis pelas
áreas do turismo e do ordenamento do território, devendo Licenciamento ou comunicação prévia
o interessado indicar a classificação pretendida para o de operações urbanísticas
empreendimento turístico em determinado tipo e, quando
aplicável, o grupo e categoria. Artigo 26.º
4 — [Revogado]. Parecer do Turismo de Portugal, I. P.
5 — A câmara municipal pode contratualizar com o
Turismo de Portugal, I. P., o acompanhamento do pro- 1 — O Turismo de Portugal, I. P., emite parecer, nos
cedimento de instalação dos empreendimentos turísticos termos dos artigos 13.º e 13.º-B do regime jurídico da
referidos nas alíneas a) a d) do n.º 1 do artigo 4.º e na urbanização e da edificação, relativamente:
alínea c) do n.º 3 do artigo 18.º, para efeitos de dinamiza- a) Ao pedido de informação prévia, pedido de licencia-
ção do procedimento, designadamente para promoção de mento e à apresentação da comunicação prévia de opera-
reuniões de concertação entre as entidades consultadas ou ções de loteamento de empreendimentos turísticos;
entre estas, a câmara municipal e o requerente. b) Ao pedido de informação prévia, pedido de licencia-
6 — Nos casos em que decorra em simultâneo a ava- mento e à admissão da comunicação prévia para a realiza-
liação ambiental de instrumento de gestão territorial e a ção de obras de edificação referentes aos empreendimentos
avaliação de impacte ambiental de projetos de empreendi- turísticos previstos nas alíneas a) a d) do n.º 1 do artigo 4.º
mentos turísticos enquadrados de forma detalhada naquele e na alínea c) do n.º 3 do artigo 18.º
instrumento, pode realizar-se uma única consulta pública,
sem prejuízo de exercício das competências próprias das 2 — O parecer referido no número anterior destina-se
entidades intervenientes. a verificar o cumprimento das normas estabelecidas no
7 — Para os projetos relativos a empreendimentos tu- presente decreto-lei e respetiva regulamentação, designa-
rísticos que sejam submetidos a procedimento de ava- damente a adequação do empreendimento turístico previsto
liação de impacte ambiental e que se localizem, total ou ao uso e tipologia pretendidos e implica, quando aplicável,
parcialmente, em áreas incluídas na Reserva Ecológica a apreciação do projeto de arquitetura do empreendimento
Nacional, estabelecida pelo Decreto-Lei n.º 166/2008, de turístico, e a decisão relativa ao pedido de dispensa de re-
22 de agosto, alterado pelos Decretos-Leis n.os 239/2012, quisitos a que se referem os n.os 2 a 4 do artigo 39.º, formu-
de 1 de novembro e 96/2013, de 19 de julho, a pronúncia lado com os pedidos de informação prévia e licenciamento
da comissão de coordenação e desenvolvimento regional ou com a apresentação da comunicação prévia.
competente no âmbito daquela avaliação compreende, 3 — Quando desfavorável, o parecer do Turismo de
também, a sua pronúncia nos termos previstos na legis- Portugal, I. P., é vinculativo e deve indicar e justificar as
lação aplicável. alterações a introduzir no projeto de arquitetura.
8 — Quando os projetos relativos a empreendimentos 4 — [Revogado].
turísticos sejam submetidos a procedimento de análise de 5 — No âmbito de pedidos de licenciamento ou de co-
incidências ambientais e se localizem, total ou parcial- municações prévias para a realização de obras de edificação
mente, em áreas incluídas na Reserva Ecológica Nacional, e juntamente com o parecer, são fixadas, em fase de projeto,
a pronúncia da comissão de coordenação e desenvolvi- a capacidade máxima do empreendimento e a respetiva
mento regional competente compreende também a pronún- classificação de acordo com o projeto apresentado, a con-
cia nos termos do regime jurídico da Reserva Ecológica firmar nos termos previstos no artigo 36.º
Nacional, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 166/2008, de 22
de agosto, alterado pelos Decretos-Leis n.os 239/2012, de Artigo 27.º
1 de novembro, e 96/2013, de 19 de julho.
Alvará de licença ou admissão da comunicação prévia
Artigo 24.º No caso dos parques de campismo e de caravanismo e
Estabelecimentos comerciais e de restauração e bebidas
dos empreendimentos de turismo de habitação e de turismo
no espaço rural, com exceção dos hotéis rurais, a câmara
[Revogado]. municipal, juntamente com a emissão do alvará de licença
ou a admissão expressa da comunicação prévia para a rea-
SECÇÃO II lização de obras de edificação, fixa a capacidade máxima e
atribui a classificação de acordo com o projeto apresentado,
Informação prévia a confirmar nos termos previstos no artigo 36.º
apreendido pela câmara municipal, por iniciativa própria, 2 — Até à disponibilização do balcão referido no ar-
no caso dos parques de campismo e de caravanismo, dos tigo 74.º deve o interessado comunicar ao Turismo de
empreendimentos de turismo de habitação e dos empre- Portugal, I. P., a existência de título válido de abertura
endimentos de turismo no espaço rural, com exceção dos do empreendimento no prazo de 10 dias após a sua ob-
hotéis rurais, ou a pedido do Turismo de Portugal, I. P., nos tenção.
restantes casos, sendo o facto comunicado à Autoridade de 3 — A auditoria de classificação é realizada pelo Tu-
Segurança Alimentar e Económica (ASAE). rismo de Portugal, I. P., com isenção de taxa, ou pela câ-
3 — A caducidade da autorização determina o encerra- mara municipal, consoante os casos, ou ainda por entidade
mento do empreendimento, após notificação da respetiva acreditada para o efeito, nos termos a definir por portaria do
entidade exploradora. membro do Governo responsável pela área do turismo.
4 — Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, 4 — Nos casos em que, por motivos que sejam impu-
podem ser adotadas as medidas de tutela de legalidade táveis ao interessado, a auditoria de classificação não se
urbanística que se mostrem fundadamente adequadas, nos realize na data marcada ou tenha de ser repetida, uma nova
termos do disposto no regime jurídico da urbanização e auditoria fica sujeita ao pagamento de taxa destinada ex-
da edificação. clusivamente a suportar as despesas inerentes, nos termos
definidos em portaria dos membros do Governo respon-
sáveis pelas áreas das finanças e do turismo.
CAPÍTULO V 5 — Após a realização da auditoria, o Turismo de
Classificação Portugal, I. P., ou o presidente da câmara municipal, con-
soante os casos, fixa a classificação do empreendimento
Artigo 34.º turístico.
6 — No caso dos parques de campismo e de carava-
Noção e natureza nismo, dos empreendimentos de turismo de habitação e dos
A classificação destina-se a atribuir, confirmar ou alterar empreendimentos de turismo no espaço rural, com exceção
a tipologia e, quando aplicável, o grupo e a categoria dos dos hotéis rurais, a classificação é fixada juntamente com a
empreendimentos turísticos e tem natureza obrigatória. autorização de utilização para fins turísticos quando tenha
sido realizada vistoria nos termos do artigo 65.º do regime
Artigo 35.º jurídico da urbanização e da edificação, caso em que não
há lugar a auditoria de classificação.
Categorias 7 — Em todos os empreendimentos turísticos é obriga-
1 — Sem prejuízo do disposto n.º 7 do artigo 39.º, os tória a afixação no exterior, junto à entrada principal, da
empreendimentos turísticos referidos nas alíneas a) a c) placa identificativa da respetiva classificação, no prazo
do n.º 1 do artigo 4.º, e na alínea c) do n.º 3 do artigo 18.º, máximo de 10 dias após a notificação ao interessado da
classificam-se nas categorias de uma a cinco estrelas, classificação atribuída, nos termos do presente artigo.
atendendo à qualidade do serviço e das instalações, de 8 — Os modelos da placa identificativa da classifica-
acordo com os requisitos a definir pela portaria prevista ção são aprovados por portaria do membro do Governo
na alínea a) do n.º 2 do artigo 4.º responsável pela área do turismo.
2 — Tais requisitos devem incidir sobre:
Artigo 37.º
a) Características das instalações e equipamentos;
Taxa
b) Serviço de receção e portaria;
c) Serviço de limpeza e lavandaria; [Revogado].
d) Serviço de alimentação e bebidas;
e) Serviços complementares. Artigo 38.º
Revisão da classificação
3 — A portaria a que se refere o n.º 1 distingue entre
os requisitos mínimos e os requisitos opcionais, cujo so- 1 — A classificação dos empreendimentos turísticos
matório permite alcançar a pontuação necessária para a deve ser oficiosamente revista de cinco em cinco anos.
obtenção de determinada categoria. 2 — [Revogado].
3 — A revisão da classificação prevista no n.º 1 é pre-
Artigo 36.º cedida de uma auditoria de classificação efetuada pelo
Processo de classificação
Turismo de Portugal, I. P., pela câmara municipal, ou por
entidade acreditada, consoante os casos.
1 — O Turismo de Portugal, I. P., no caso dos empre- 4 — A auditoria de classificação referida no número
endimentos turísticos referidos nas alíneas a) a d) do n.º 1 anterior, realizada pelo Turismo de Portugal, I. P., está
do artigo 4.º e na alínea c) do n.º 3 do artigo 18.º, ou o isenta de qualquer taxa, sem prejuízo do disposto no n.º 4
presidente da câmara municipal, no caso dos parques de do artigo 36.º
campismo e de caravanismo, dos empreendimentos de 5 — A classificação pode, ainda, ser revista a todo o
turismo de habitação e dos empreendimentos de turismo tempo, oficiosamente ou a pedido do interessado.
no espaço rural, determina a realização de uma auditoria 6 — Sem prejuízo do disposto no número anterior, o
de classificação do empreendimento turístico no prazo de Turismo de Portugal, I. P., deve proceder à revisão da
60 dias a contar da data da disponibilização da informação classificação sempre que receba a declaração prevista no
relativa ao título válido de abertura do empreendimento, no artigo 29.º
balcão previsto no artigo 74.º ou da data do conhecimento, 7 — Pela realização de auditorias de revisão de classi-
por qualquer outra forma, da existência daquele título. ficação efetuadas pelo Turismo de Portugal, I. P., a pedido
6962 Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 3 de setembro de 2015
do interessado, nos termos do n.º 5, é devida uma taxa des- especificamente relativa à dispensa de requisitos no
tinada exclusivamente a suportar as despesas inerentes, nos prazo legal de reação à comunicação prévia previsto no
termos a fixar na portaria referida no n.º 4 do artigo 36.º artigo 36.º do regime jurídico da urbanização e edifica-
8 — Pode ser cobrada uma taxa pela realização de audi- ção, proferida pela câmara municipal ou pelo Turismo
torias de classificação efetuadas pelas câmaras municipais, de Portugal, I. P., neste caso no âmbito do parecer a que
a afixar em regulamento aprovado pelo órgão deliberativo se refere o artigo 26.º
do respetivo município, nos termos do regime geral das 5 — A dispensa de requisitos requerida à câmara muni-
autarquias locais, aprovado pela Lei n.º 53-E/2006, de cipal com o pedido de concessão de autorização de utili-
29 de dezembro, alterada pela Lei n.º 64-A/2008, de 31 zação para fins turísticos é concedida tacitamente sempre
de dezembro, e pelo Decreto-Lei n.º 117/2009, de 29 de que não seja proferida decisão expressa especificamente
dezembro. relativa à dispensa de requisitos, nos prazos referidos no
9 — Do resultado das auditorias de classificação referi- n.º 3 do artigo 30.º
das no número anterior é dado conhecimento ao Turismo 6 — Excetuados os pedidos de dispensa referidos
de Portugal, I. P., no prazo de 10 dias, através dos meios no n.º 2 do artigo 26.º no âmbito da instalação dos
previstos no artigo 74.º empreendimentos turísticos, as dispensas de requisitos
requeridas ao Turismo de Portugal, I. P., são tacita-
Artigo 39.º mente deferidas caso este não determine a realização
Dispensas de auditoria de classificação no prazo referido no n.º 1
do artigo 36.º
1 — A dispensa de requisitos exigidos para a fixação 7 — A dispensa da atribuição da categoria pode ser
da classificação pode ser concedida, nos termos previstos concedida pelo Turismo de Portugal, I. P., no caso dos
nos n.os 2 a 6: empreendimentos turísticos referidos nas alíneas a) a c)
a) Pelo Turismo de Portugal, I. P., no caso dos empre- do n.º 1 do artigo 4.º e na alínea c) do n.º 3 do artigo 18.º,
endimentos turísticos referidos nas alíneas a) a d) do n.º 1 sempre que verificado o cumprimento dos requisitos para
do artigo 4.º e na alínea c) do n.º 3 do artigo 18.º; ou esse efeito previstos na portaria referida na alínea a) do
b) Pela câmara municipal, nos demais casos. n.º 2 do artigo 4.º
8 — O cumprimento dos requisitos referidos no nú-
2 — Os requisitos exigidos para a fixação da classifi- mero anterior é verificado em sede de auditoria de clas-
cação podem ser dispensados, oficiosamente ou a requeri- sificação.
mento, quando a sua estrita observância for suscetível de:
a) Afetar as características arquitetónicas ou estruturais de: CAPÍTULO VI
i) Edifícios que estejam classificados ou em vias de clas-
Registo Nacional de Empreendimentos Turísticos
sificação como de interesse nacional, de interesse público
ou de interesse municipal;
Artigo 40.º
ii) Edifícios que se situem em conjuntos ou sítios clas-
sificados ou em vias de classificação como de interesse Registo Nacional de Empreendimentos Turísticos
nacional, de interesse público ou de interesse municipal;
1 — O Turismo de Portugal, I. P., disponibiliza no
iii) Edifícios que se situem dentro de zonas de proteção
de monumentos, conjuntos ou sítios classificados ou em seu sítio na Internet o Registo Nacional dos Empreen-
vias de classificação como de interesse nacional, de inte- dimentos Turísticos (RNET), constituído pela relação
resse público ou de interesse municipal; ou atualizada dos empreendimentos turísticos com título
iv) Edifícios que possuam valor histórico, arquitetónico, de abertura válido, da qual consta o nome, a classifica-
artístico ou cultural; ção, a capacidade, a localização do empreendimento,
as respetivas coordenadas geográficas, a morada e os
b) Afetar vestígios arqueológicos existentes ou que períodos de funcionamento, bem como a identificação
venham a ser descobertos durante a instalação do empre- da respetiva entidade exploradora.
endimento turístico; 2 — Quaisquer factos que constituam alteração ao
c) Prejudicar ou impedir a classificação de projetos nome, à morada, aos períodos de funcionamento e à
inovadores e valorizantes da oferta turística. identificação da entidade exploradora dos empreendi-
mentos turísticos devem ser comunicados por esta enti-
3 — No caso dos conjuntos turísticos (resorts), podem dade ao Turismo de Portugal, I. P., no prazo de 10 dias
ser dispensados alguns dos requisitos exigidos para a atri- sobre a sua verificação, mediante registo efetuado di-
buição de classificação para as instalações e equipamentos, retamente no RNET.
quando o conjunto turístico (resort) integrar um ou mais 3 — A caducidade da autorização de utilização para
empreendimentos que disponham de tais instalações e fins turísticos nos termos do artigo 33.º determina o
equipamentos ou que o próprio conjunto turístico disponha cancelamento da inscrição do empreendimento turístico
dos mesmos e desde que possam servir ou ser utilizados no RNET.
pelos utentes de todos os empreendimentos integrados no 4 — [Revogado].
conjunto. 5 — O RNET deve ser indexado no sistema de pes-
4 — A dispensa de requisitos requerida com a apre- quisa online de informação pública previsto no artigo 49.º
sentação da comunicação prévia de obra é concedida do Decreto-Lei n.º 135/99, de 22 de abril, alterado pelos
tacitamente sempre que não haja lugar a rejeição da Decretos-Leis n.os 29/2000, de 13 de março, 72-A/2010,
mesma, pela câmara municipal, nem a decisão expressa de 18 de junho, e 73/2014, de 13 de maio.
Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 3 de setembro de 2015 6963
trato de transmissão ou contrato-promessa de transmissão dualizados, o valor relativo de cada um desses elementos
dos lotes ou frações autónomas, após verificação pelo componentes do conjunto turístico (resort), expresso em
conservador dos requisitos constantes do artigo seguinte, percentagem ou permilagem do valor total do empreen-
e é oficiosamente comunicado, preferencialmente por via dimento, o fim a que se destina cada um dos referidos
eletrónica, ao Turismo de Portugal, I. P.. empreendimentos turísticos, estabelecimentos e instala-
7 — Deve fazer parte integrante dos contratos-promessa ções ou equipamentos de exploração turística, bem como
de transmissão, bem como dos contratos de transmissão de as menções a que se referem as alíneas d) a l) do número
propriedade de lotes ou frações autónomas que integrem anterior, com as devidas adaptações.
o empreendimento turístico em propriedade plural, uma 3 — Do título constitutivo deve fazer também parte
cópia simples do título constitutivo devidamente registado, integrante um regulamento de administração do empreendi-
cópia simples do título referido no n.º 3 do artigo 45.º, mento, o qual deve reger, designadamente, a conservação,
bem como a indicação do valor da prestação periódica a fruição e o funcionamento das unidades de alojamento,
devida pelo titular daqueles lotes ou frações autónomas no das instalações e equipamentos de utilização comum e dos
primeiro ano, nos termos do título constitutivo, sob pena serviços de utilização comum.
de nulidade do contrato.
8 — O adquirente do direito sobre lote ou de fração Artigo 56.º
autónoma em empreendimento turístico com base no qual
tenha sido conferido à entidade exploradora do empreen- Prestação periódica
dimento o título referido no n.º 3 do artigo 45.º sucede 1 — O proprietário de um lote ou fração autónoma de
nos direitos e obrigações do transmitente daquele direito um empreendimento turístico em propriedade plural deve
perante a entidade exploradora. pagar à entidade administradora do empreendimento a
prestação periódica fixada de acordo com o critério de-
Artigo 55.º terminado no título constitutivo.
Menções do título constitutivo 2 — A prestação periódica destina-se a fazer face às
despesas de manutenção, conservação e funcionamento do
1 — O título constitutivo deve conter obrigatoriamente empreendimento, incluindo as das unidades de alojamento,
as seguintes menções: das instalações e equipamentos comuns e dos serviços de
a) A identificação da entidade exploradora do empre- utilização comuns do empreendimento, bem como a re-
endimento; munerar a prestação dos serviços de receção permanente,
b) A identificação e descrição física e registral das vá- de segurança e de limpeza das unidades de alojamento e
rias frações autónomas ou lotes, por forma a que fiquem das partes comuns do empreendimento.
perfeitamente individualizadas; 3 — Além do disposto no número anterior, a prestação
c) O valor relativo de cada fração autónoma ou lote periódica destina-se a remunerar os serviços do revisor
expresso em percentagem ou permilagem do valor total oficial de contas e a entidade administradora do empre-
do empreendimento; endimento, podendo suportar outras despesas desde que
d) O fim a que se destina cada uma das frações autó- previstas no título constitutivo.
nomas ou lotes; 4 — Consideram-se equipamentos comuns e serviços de
e) A identificação e descrição das instalações e equipa- utilização comum do empreendimento os que são exigidos
mentos do empreendimento; para a respetiva categoria, ou os que venham a ser definidos
f) A identificação dos serviços de utilização comum; na portaria prevista na alínea a) do n.º 2 do artigo 4.º
g) A identificação das infraestruturas urbanísticas que 5 — [Revogado].
servem o empreendimento, o regime de titularidade das 6 — Consideram-se instalações, serviços e equipamen-
mesmas e a referência ao contrato de urbanização estabe- tos de exploração turística os que são colocados à disposi-
lecido com a câmara municipal, quando exista; ção dos utentes do empreendimento pela respetiva entidade
h) A menção das diversas fases de construção do em- exploradora mediante retribuição específica.
preendimento, quando for o caso; 7 — Nos conjuntos turísticos (resorts), cada um dos
i) O critério de fixação e atualização da prestação perió- empreendimentos turísticos, estabelecimentos ou instala-
dica devida pelos proprietários e a percentagem desta que ções e equipamentos de exploração turística que integram
se destina a remunerar a entidade responsável pela admi- o empreendimento contribuem para os encargos comuns do
nistração do empreendimento, bem como a enumeração conjunto turístico (resort) na proporção do respetivo valor
dos encargos cobertos por tal prestação periódica; relativo fixado no título constitutivo do empreendimento,
j) Os deveres dos proprietários, designadamente os re- nos termos previstos no n.º 2 do artigo 55.º
lacionados com o tempo, o lugar e a forma de pagamento 8 — Os créditos relativos a prestações periódicas, bem
da prestação periódica; como aos respetivos juros moratórios, gozam do privilégio
l) Os deveres da entidade responsável pela administra- creditório imobiliário sobre a respetiva fração, graduado
ção do empreendimento, nomeadamente em matéria de após os mencionados nos artigos 746.º e 748.º do Código
conservação do empreendimento; Civil e aos demais previstos em legislação especial.
m) Os meios de resolução dos conflitos de interesses. 9 — Uma percentagem não inferior a 4 % da prestação
periódica deve ser afeta à constituição de um fundo de
2 — Do título constitutivo de um conjunto turístico (re- reserva destinado exclusivamente à realização de obras de
sort) constam a identificação da entidade administradora do reparação e conservação das instalações e equipamentos de
conjunto turístico (resort), a identificação e descrição dos uso comum e de outras despesas expressamente previstas
vários empreendimentos turísticos, dos estabelecimentos no título constitutivo.
ou instalações e equipamentos de exploração turística que 10 — Independentemente do critério de fixação da
o integram, por forma a que fiquem perfeitamente indivi- prestação periódica estabelecido no título constitutivo,
6966 Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 3 de setembro de 2015
aquela pode ser alterada por proposta do revisor oficial de utilização comum previstos no título constitutivo, bem
contas inserida no respetivo parecer, sempre que se revele como a manutenção e conservação dos espaços verdes
excessiva ou insuficiente relativamente aos encargos a de utilização coletiva, das infraestruturas viárias e das
que se destina e desde que a alteração seja aprovada em demais instalações e equipamentos de utilização cole-
assembleia convocada para o efeito. tiva integrantes do empreendimento, quando tenham
natureza privada.
Artigo 57.º
Deveres do proprietário Artigo 59.º
1 — Os proprietários de lotes ou frações autónomas Caução de boa administração e conservação
em empreendimentos turísticos em propriedade plural 1 — Nos empreendimentos em propriedade plural, a
não podem: entidade administradora do empreendimento deve prestar
a) Dar-lhes utilização diversa da prevista no título cons- caução de boa administração e conservação a favor dos
titutivo; proprietários das frações autónomas ou lotes, através de
b) Alterar a sua volumetria ou a configuração arquite- depósito bancário, seguro ou garantia bancária, emitida por
tónica exterior; uma entidade seguradora ou financeira da União Europeia,
c) Praticar quaisquer atos ou realizar obras, incluindo devendo o respetivo título ser depositado no Turismo de
pinturas, que afetem a continuidade ou unidade urbanística, Portugal, I. P.
ou paisagística, do empreendimento, ou que prejudiquem o 2 — O montante da caução corresponde ao valor
funcionamento ou utilização de instalações e equipamentos anual do conjunto das prestações periódicas devidas
de utilização comum; pelos proprietários das frações autónomas ou lotes que
d) Praticar quaisquer atos ou realizar obras que afetem integrem o empreendimento, podendo ser alterado por
a tipologia ou categoria do empreendimento; portaria do membro do Governo responsável pela área
e) Impedir a realização de obras de manutenção ou do turismo.
conservação da respetiva unidade de alojamento, por parte 3 — A caução só pode ser acionada por deliberação da
da entidade exploradora. assembleia geral de proprietários.
4 — A caução deve ser constituída antes da celebração
2 — A realização de obras pelos proprietários de lotes ou dos contratos de transmissão da propriedade dos lotes ou
frações autónomas, mesmo quando realizadas no interior das frações autónomas que integrem o empreendimento,
destes, carece de autorização prévia da entidade adminis- sob pena de nulidade dos mesmos.
tradora do empreendimento, sob pena de esta poder repor
a situação a expensas do respetivo proprietário. Artigo 60.º
3 — A entidade exploradora do empreendimento deve
ter acesso às unidades de alojamento do empreendimento, Prestação de contas
a fim de proceder à respetiva exploração turística, prestar 1 — A entidade administradora do empreendimento
os serviços de utilização comum e outros previstos no deve organizar anualmente as contas respeitantes à utili-
título constitutivo, proceder às vistorias convenientes para zação das prestações periódicas e submetê-las à apreciação
efeitos de conservação ou de executar obras de conservação de um revisor oficial de contas.
ou reposição. 2 — O relatório de gestão e as contas a que se refere
4 — Os créditos resultantes da realização de obras de- o número anterior são enviados a cada proprietário,
correntes do disposto no presente decreto-lei ou no título juntamente com a convocatória da assembleia geral
constitutivo, por parte da entidade exploradora do em- ordinária, acompanhados do parecer do revisor oficial
preendimento, bem como os respetivos juros moratórios,
de contas.
gozam do privilégio creditório imobiliário sobre o respe-
3 — Os proprietários têm o direito de consultar os ele-
tivo lote ou fração, graduado após os mencionados nos
artigos 746.º e 748.º do Código Civil e os previstos em mentos justificativos das contas e do relatório de gestão a
legislação especial. apresentar na assembleia geral.
4 — A entidade administradora deve ainda facul-
Artigo 58.º tar aos proprietários, na assembleia geral destinada a
aprovar o relatório de gestão e as contas respeitantes à
Administração utilização das prestações periódicas, a análise das con-
1 — A administração dos empreendimentos turísticos tas de exploração, bem como dos respetivos elementos
em propriedade plural incumbe à entidade exploradora, justificativos.
salvo quando esta seja destituída das suas funções, nos
termos do artigo 62.º Artigo 61.º
2 — A administração dos conjuntos turísticos (resorts) Programa de administração
incumbe a uma entidade administradora única, designada
no título constitutivo do conjunto turístico (resort). 1 — A entidade administradora dos empreendimentos
3 — A entidade administradora do empreendimento turísticos em propriedade plural deve elaborar um pro-
exerce as funções que cabem ao administrador do condo- grama de administração e de conservação do empreendi-
mínio, nos termos do regime da propriedade horizontal, mento para cada ano.
e é responsável pela administração global do empre- 2 — O programa deve ser enviado a cada proprietário
endimento, incumbindo-lhe, nomeadamente, assegu- juntamente com a convocatória da assembleia geral or-
rar o funcionamento e a conservação das instalações e dinária em que se procede à respetiva aprovação para o
equipamentos de utilização comum e dos serviços de ano seguinte.
Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 3 de setembro de 2015 6967
e) O desrespeito pelo número máximo de camas conver- aa) O não cumprimento dos deveres de prestação de
tíveis que podem ser instaladas nas unidades de alojamento contas previstos no artigo 60.º;
dos empreendimentos turísticos, tal como previsto no n.º 2 bb) O não cumprimento dos deveres relativos à elabo-
do artigo 8.º; ração e disponibilização aos proprietários de um programa
f) O desrespeito da capacidade máxima dos empreen- de administração e de conservação do empreendimento
dimentos turísticos, nos termos previstos nos n.os 1 e 4 do turístico em propriedade plural para cada ano, nos termos
artigo 8.º; previstos no artigo 61.º;
g) O desrespeito pela área máxima prevista para insta- cc) A falta de elaboração e promoção da respetiva
lações de caráter complementar destinadas a alojamento, aprovação em assembleia geral de proprietários de título
tal como estabelecido no n.º 4 do artigo 19.º; constitutivo para os empreendimentos turísticos em pro-
h) A não apresentação ou a apresentação fora do prazo da priedade plural já existentes, nos termos previstos no n.º 2
declaração referida no artigo 29.º e a falta de apresentação do artigo 64.º;
do requerimento necessário para proceder à reconversão dd) A falta de remessa a cada um dos proprietários de
da classificação previsto no n.º 2 do artigo 75.º; uma cópia do título constitutivo para os empreendimentos
i) A não afixação ou a afixação fora de prazo, no exterior, turísticos em propriedade plural, nos termos previstos no
da placa identificativa da classificação do empreendimento n.º 6 do artigo 64.º
turístico, tal como previsto nos n.os 7 e 8 do artigo 36.º;
j) A não comunicação da alteração dos elementos cons- 2 — As contraordenações previstas nas alíneas d), e),
tantes do registo no prazo de 10 dias após a sua verificação, i), j), m), s), u), v) e dd) do número anterior são punidas
nos termos do n.º 2 do artigo 40.º; com coima de (euro) 25 a (euro) 750, no caso de pessoa
k) A violação do disposto no artigo 41.º, em matéria de singular, e de (euro) 250 a (euro) 7 500, no caso de pessoa
identificação dos empreendimentos turísticos; coletiva.
l) A adoção de classificação ou de características que 3 — As contraordenações previstas nas alíneas f), g), h),
o empreendimento não possua na respetiva publicidade, k), l), r), t) e x) do n.º 1 são punidas com coima de (euro)
documentação comercial e merchandising, tal como pre- 125 a (euro) 3 250, no caso de pessoa singular, e de (euro)
visto no artigo 42.º; 1 250 a (euro) 32 500, no caso de pessoa coletiva.
m) O desrespeito pela regra da unidade da exploração 4 — As contraordenações previstas nas alíneas b), c),
prevista no n.º 1 do artigo 44.º; n), o), p), z), aa), bb) e cc) do n.º 1 são punidas com coima
n) O desrespeito pelo regime de exploração turística em de (euro) 1 000 a (euro) 3 740,98, no caso de pessoa sin-
permanência e de exploração continuada das unidades de gular, e de (euro) 10 000 a (euro) 44 891,82, no caso de
alojamento do empreendimento turístico, tal como pre- pessoa coletiva.
visto nos n.os 1 e 2 do artigo 45.º, e a falta de celebração 5 — A contraordenação prevista na alínea a) do n.º 1 é
de contrato de exploração com os proprietários ou a falta punida com coima de (euro) 2 500 a (euro) 3 740,98, no caso
de previsão no referido contrato dos termos da exploração de pessoa singular, e de (euro) 25 000 a (euro) 44 891,82,
turística das unidades de alojamento, da participação dos no caso de pessoa coletiva.
proprietários nos resultados da exploração das unidades
de alojamento e das condições da utilização destas pelos Artigo 68.º
respetivos proprietários, tal como previsto nos n.os 3 e 4 Sanções acessórias
do artigo 45.º;
o) A exploração das unidades de alojamento pelos respe- 1 — Em função da gravidade e da reiteração das con-
tivos proprietários ou a celebração de contratos que com- traordenações previstas no artigo anterior, bem como da
prometam o uso turístico das mesmas, tal como previsto culpa do agente, podem ser aplicadas as seguintes sanções
no n.º 6 do artigo 45.º; acessórias:
p) A violação pela entidade exploradora dos deveres a) Apreensão do material através do qual se praticou
previstos nas alíneas a) a c) e e) e f) do artigo 46.º; a infração;
q) [Revogada]; b) Suspensão, por um período até dois anos, do exercí-
r) A proibição de livre acesso aos empreendimentos cio da atividade diretamente relacionada com a infração
turísticos nos casos não previstos nos n.os 2, 3 e 4 do ar- praticada;
tigo 48.º; c) Encerramento, pelo prazo máximo de dois anos, do
s) A falta de publicitação das regras de funcionamento empreendimento ou das instalações onde estejam a ser
e acesso aos empreendimentos turísticos; prestados serviços de alojamento turístico sem título válido.
t) O encerramento de um empreendimento turístico em
propriedade plural, sem consentimento da maioria dos 2 — Quando for aplicada a sanção acessória de encerra-
seus proprietários; mento, o alvará, quando exista, é cassado e apreendido pela
u) A falta de publicitação do período de funcionamento câmara municipal, oficiosamente ou a pedido do Turismo
dos empreendimentos turísticos; de Portugal, I. P., ou da ASAE.
v) A não utilização de sinais normalizados, nos termos
previstos no artigo 50.º; Artigo 69.º
x) O desrespeito pelos proprietários de lotes ou frações
Negligência e tentativa
autónomas em empreendimentos turísticos do disposto nos
n.os 1 e 3 do artigo 57.º; 1 — A negligência é punível, sendo os limites mínimos
z) A falta de prestação de caução de boa administração e máximos das coimas reduzidos para metade.
e conservação pela entidade administradora do empreen- 2 — A tentativa é punível com a coima aplicável à con-
dimento, no termos previstos no n.º 1 do artigo 59.º; traordenação consumada, especialmente atenuada.
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podem exercer e comercializar, em território nacional, as soa diversa da constante no registo, declaração da empresa
atividades de animação turística definidas no artigo 3.º e contendo a identificação do profissional em exercício de
nos n.os 1 e 2 do artigo anterior. funções de visita guiada complementada com documento
2 — Quando pretendam exercer exclusivamente ativi- de identificação civil.
dades marítimo-turísticas, as empresas devem inscrever-se
no RNAAT como operadores marítimo-turísticos e apenas Artigo 6.º
podem exercer as atividades previstas no n.º 2 do artigo
Dever de informação
anterior.
3 — As empresas proprietárias ou exploradoras de em- 1 — Antes da contratualização da prestação dos seus
preendimentos turísticos que exerçam atividades próprias serviços, as empresas de animação turística e os operadores
das empresas de animação turística como complementares marítimo-turísticos devem informar os clientes sobre as
à sua atividade principal estão sujeitas ao regime da mera características específicas das atividades a desenvolver, di-
comunicação prévia ou da comunicação prévia com prazo ficuldades e eventuais riscos inerentes, material necessário
através do RNAAT, nos termos previstos nos artigos 11.º e quando não seja disponibilizado pela empresa, aptidões
13.º, com isenção do pagamento das taxas a que se refere físicas e técnicas exigidas aos participantes, idade mínima
o artigo 16.º e máxima admitida, serviços disponibilizados e respetivos
4 — As associações, clubes desportivos, misericórdias, preços, e quaisquer outros elementos indispensáveis à
mutualidades, instituições privadas de solidariedade social realização das atividades em causa.
e entidades análogas podem exercer atividades próprias de 2 — Sem prejuízo do disposto no artigo 20.º do Decreto-
animação turística estando isentas de inscrição no RNAAT, -Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, antes do início da ativi-
desde que cumpram cumulativamente os seguintes requi- dade, deve ser prestada aos clientes informação completa e
sitos: clara sobre as regras de utilização de equipamentos, legis-
a) A organização e venda das atividades não tenham lação ambiental relevante e procedimentos a cumprir nas
fim lucrativo; diferentes situações de perigo ou emergência previsíveis,
b) As atividades se dirijam única e exclusivamente aos bem como informação relativa à formação e experiência
seus membros ou associados e não ao público em geral; profissional dos seus colaboradores.
c) As atividades tenham caráter esporádico e não sejam 3 — [Revogado].
realizadas de forma contínua ou permanente, salvo se fo-
rem desenvolvidas por entidades de cariz social, cultural Artigo 7.º
ou desportivo; Desempenho ambiental
d) Obedeçam, na realização de transportes, ao disposto
no artigo 26.º, com as devidas adaptações; 1 — As atividades de animação turística devem realizar-
e) No caso de serem utilizadas embarcações e demais -se de acordo com as disposições legais e regulamentares
meios náuticos, estes cumpram os requisitos e procedi- em matéria de ambiente e, sempre que possível, contribuir
mentos técnicos, designadamente em termos de segurança, para a preservação do ambiente, nomeadamente maximi-
regulados por diploma próprio. zando a eficiência na utilização dos recursos e minimizando
a produção de resíduos, ruído, emissões para a água e para
5 — As entidades a que se refere o número anterior estão a atmosfera e os impactes no património natural.
obrigadas a celebrar um seguro de responsabilidade civil e 2 — As atividades de animação turística devem, no-
de acidentes pessoais que cubra os riscos decorrentes das meadamente, obedecer às normas a que as empresas se
atividades a realizar e, quando se justifique, um seguro encontrem vinculadas ao abrigo do disposto nos regimes
de assistência válido no estrangeiro, nos termos previstos jurídicos da conservação da natureza e da biodiversidade
no capítulo VII e na portaria a que se refere o n.º 2 do e dos instrumentos de gestão territorial.
artigo 27.º, aplicando-se-lhes igualmente a admissibili-
dade de garantia financeira ou instrumento equivalente, Artigo 8.º
nos termos dos n.os 2 e 3 do artigo 13.º do Decreto-Lei Identificação das empresas de animação turística
n.º 92/2010, de 26 de julho, devidamente adaptados. e dos operadores marítimo-turísticos
6 — Sem prejuízo do cumprimento da demais legislação
aplicável, as entidades referidas no n.º 4 que pretendam 1 — As denominações de «empresa de animação tu-
exercer as atividades referidas na alínea a) do n.º 1 do rística» e de «operador marítimo-turístico» só podem ser
artigo 4.º devem enviar ao ICNF, I. P., a declaração de usadas por empresas que exerçam e comercializem le-
adesão formal ao código de conduta previsto no n.º 1 do galmente em território nacional, nos termos do presente
artigo 20.º, aplicável com as devidas adaptações. decreto-lei, as atividades de animação turística definidas
7 — As empresas de animação turística registadas no no artigo 3.º e nos n.os 1 e 2 do artigo 4.º
RNAAT, que no âmbito das suas atividades desenvol- 2 — Em contratos, correspondência, publicações, anún-
vam percursos pedestres urbanos ou visitas guiadas a mu- cios e em toda a atividade externa, as empresas de anima-
seus, palácios, monumentos e sítios históricos, incluindo ção turística e os operadores marítimo-turísticos devem in-
arqueológicos, têm direito a entrada livre nos recintos, dicar o número de registo, nacional ou do Estado-Membro
palácios, museus, monumentos, sítios históricos e arque- da União Europeia ou do espaço económico europeu de
ológicos, do Estado e das autarquias locais, quando em estabelecimento, quando aplicável, e a localização da sua
exercício de funções e durante as horas de abertura ao sede, sem prejuízo de outras referências obrigatórias nos
público. termos do Código das Sociedades Comerciais e demais
8 — A gratuitidade de entrada nos locais referidos no legislação aplicável.
número anterior apenas é garantida mediante exibição de 3 — A utilização de marcas por empresas de anima-
documento comprovativo do registo e, tratando-se de pes- ção turística e operadores marítimo-turísticos inscritos no
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2 — A inscrição no RNAAT das empresas estabelecidas quanto à finalidade, a que o requerente já tenha sido sub-
em território nacional é realizada através de formulário metido em território nacional ou noutro Estado-Membro
eletrónico acessível ao público através do balcão do em- da União Europeia ou do Espaço Económico Europeu.
preendedor previsto nos Decretos-Leis n.os 92/2010, de 26 7 — O disposto no número anterior não é aplicável
de julho, e 48/2011, de 1 de abril, disponível através do ao cumprimento das condições referentes diretamente às
Portal do Cidadão, e do sítio na Internet do Turismo de instalações físicas localizadas em território nacional, nem
Portugal, I. P., e deve incluir: aos respetivos controlos por autoridade competente.
a) A identificação do interessado;
Artigo 12.º
b) [Revogada];
c) A localização da sede, ou do domicílio no caso de Tramitação
se tratar de pessoa singular, e dos estabelecimentos em
1 — Sem prejuízo do disposto no artigo seguinte, re-
território nacional;
gularmente recebida a mera comunicação prévia por via
d) A indicação do nome adotado para o estabelecimento
eletrónica é automaticamente enviado um recibo de receção
e de marcas que a empresa pretenda utilizar;
ao remetente, o qual pode iniciar a sua atividade, desde que
e) As atividades de animação turística que a empresa
se encontrem pagas as taxas a que se refere o artigo 16.º,
pretenda exercer, especificando, no caso das atividades
quando devidas.
marítimo-turísticas, as modalidades a exercer;
2 — Caso o interessado, obrigado ao pagamento da
f) A indicação do interesse em obter o reconhecimento
quantia a que se refere o artigo 16.º a ele não tenha pro-
de atividades como turismo de natureza, quando se veri-
cedido previamente à realização da mera comunicação
fique.
prévia, ou pretendendo exercer a sua atividade, por na-
tureza sem riscos assinaláveis, de forma notoriamente
3 — Sem prejuízo do disposto na alínea d) do artigo 5.º
perigosa nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 28.º,
do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, a mera comu-
não tenha ainda assim apresentado o comprovativo re-
nicação prévia referida no número anterior é instruída com
ferido na alínea d) do n.º 3 do artigo anterior, o Turismo
os seguintes elementos:
de Portugal, I. P., notifica-o, no prazo de cinco dias, para
a) [Revogada]; proceder ao pagamento daquela quantia ou à apresentação
b) Extrato em forma simples do teor das inscrições daquele comprovativo, suspendendo o registo da empresa
em vigor no registo comercial ou código de acesso à res- até ao cumprimento do solicitado.
petiva certidão permanente ou, no caso de se tratar de 3 — No prazo de 10 dias a contar da data da comunica-
pessoa singular, cópia simples da declaração de início de ção prévia ou do cumprimento do solicitado nos termos do
atividade; número anterior, o Turismo de Portugal, I. P., comunica à
c) Indicação do número de registo, na autoridade com- Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços
petente, das marcas que pretenda utilizar; Marítimos (DGRM), à Direção-Geral da Autoridade Marí-
d) Cópia simples das apólices de seguro obrigatório e tima (DGAM) e à Agência Portuguesa do Ambiente, I. P.,
comprovativo do pagamento do prémio ou fração inicial, o registo de operadores marítimo-turísticos e de empresas
ou comprovativo de contratação e validade dos seguros, de animação turística cujo projeto de atividades inclua o
garantias financeiras ou instrumentos equivalentes nos exercício de atividades marítimo-turísticas e, no caso da
termos dos artigos 27.º e 28.º, quando aplicável; DGRM, ainda quando o exercício dessas atividades tam-
e) Programa detalhado das atividades a desenvolver, bém inclua a modalidade da pesca turística.
com indicação dos equipamentos a utilizar; 4 — No prazo previsto no número anterior, o Turismo
f) Declaração de compromisso em como os equipa- de Portugal, I. P., comunica ainda ao ICNF, I. P., o registo
mentos e as instalações, quando existam, satisfazem os de empresas de animação turística que tenham obtido reco-
requisitos legais; nhecimento como turismo de natureza nos termos previstos
g) Documentos previstos no artigo 20.º e na portaria nos n.os 1 e 6 do artigo 20.º
prevista no respetivo n.º 4, quando se pretenda o reconhe-
cimento de atividades como turismo de natureza; Artigo 13.º
h) Comprovativo do pagamento das taxas a que se refere
Reconhecimento de atividades de turismo de natureza
o artigo 16.º, nos casos em que sejam devidas.
1 — O exercício de atividades de animação turística
4 — Quando algum dos elementos referidos no número fica sujeito a comunicação prévia com prazo, tal como
anterior se encontrar disponível na Internet, a respetiva definida na alínea a) do n.º 2 do artigo 8.º do Decreto-Lei
apresentação pode ser substituída por uma declaração do n.º 92/2010, de 26 de julho, quando o requerente pretenda
interessado que indique o endereço do sítio onde aquele obter o reconhecimento das suas atividades como turismo
documento pode ser consultado e autorize, se for caso de natureza nos casos previstos no n.º 2 do artigo 20.º
disso, a sua consulta. 2 — A comunicação prévia com prazo realizada nos
5 — A inscrição no RNAAT de empresas em regime casos e nos termos previstos no n.º 2 do artigo 20.º per-
de livre prestação de serviços em território nacional é mite ao interessado iniciar atividade com o deferimento
realizada na sequência da comunicação prévia referida da pretensão ou, na ausência de resposta ao pedido de
no n.º 2 do artigo 29.º reconhecimento, no prazo de 20 dias.
6 — Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 11.º do 3 — O prazo referido no número anterior é contado a
Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, não pode haver partir do momento do pagamento das taxas devidas nos
duplicação entre as condições exigíveis para o cumpri- termos do artigo 16.º, quando o mesmo seja efetuado na
mento dos procedimentos previstos no presente decreto-lei data da comunicação prévia ou em data posterior, ou da
e os requisitos e os controlos equivalentes, ou comparáveis realização da comunicação prévia, quando não sejam devi-
Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 3 de setembro de 2015 6975
das taxas ou quando o seu pagamento tenha sido efetuado tica e os operadores marítimo-turísticos ficam isentos da
em data anterior ao da realização da comunicação prévia, obrigação de obtenção de permissões administrativas e
valendo o recibo de receção da comunicação como com- do pagamento de quaisquer outras taxas exigidas para o
provativo de reconhecimento. exercício das atividades abrangidas pelo presente decreto-
4 — O Turismo de Portugal, I. P., envia o processo ao -lei, sendo contudo devido o pagamento das:
ICNF, I. P., no prazo máximo de cinco dias contado da
a) Taxas relativas a licenças individuais de pesca tu-
receção da comunicação prévia com prazo, para apreciação
rística quando seja exercida esta modalidade da atividade
nos termos previstos no artigo 20.º
marítimo-turística;
5 — Caso o ICNF, I. P., não se pronuncie no prazo refe-
b) Taxas e cauções, devidas pela emissão de títulos de
rido no n.º 2, presume-se o respetivo reconhecimento.
utilização privativa de recursos hídricos nos termos do
6 — O reconhecimento de atividades de turismo de
disposto no artigo 59.º na Lei da Água, aprovada pela Lei
natureza pode ser requerido aquando da mera comunicação
n.º 58/2005, de 29 de dezembro, e alterada pelos Decretos-
prévia para inscrição no RNAAT, prevista na alínea a) do
-Leis n.os 245/2009, de 22 de setembro, e 130/2012, de
n.º 1 do artigo 11.º, ou em momento posterior.
22 de junho, e respetiva legislação complementar e regu-
lamentar, quando esteja em causa a reserva de áreas do
Artigo 14.º domínio público hídrico para o exercício da atividade ou
[Revogado]. instalação de estruturas de apoio ou quando tal utilização
implicar alteração no estado dos recursos ou colocar esse
Artigo 15.º estado em perigo.
[Revogado]. Artigo 16.º-A
Acesso de empresas de animação turística às atividades
Artigo 16.º próprias das agências de viagens e turismo
Taxas
1 — As empresas de animação turística que pretendam
1 — Sem prejuízo do disposto no n.º 3, pela inscrição no exercer atividades próprias das agências de viagens e tu-
RNAAT de empresas de animação turística estabelecidas rismo devem:
em território nacional é devida uma taxa de 135,00 EUR a) Efetuar a mera comunicação prévia através do Re-
ou, no caso de empresas cuja atividade seja exclusivamente gisto Nacional de Agentes de Viagens e Turismo (RNAVT),
o desenvolvimento, em ambiente urbano, de percursos acessível ao público através do balcão do empreendedor
pedestres e visitas a museus, palácios e monumentos e, previsto nos Decretos-Leis n.os 92/2010, de 26 de julho,
simultaneamente, se encontrem isentas da obrigação de e 48/2011, de 1 de abril, disponível através do Portal do
contratação dos seguros previstos no artigo 27.º, nos termos Cidadão, e do sítio na Internet do Turismo de Portugal, I. P.,
da alínea b) do n.º 1 do artigo 28.º, de 90,00 EUR. ou a apresentação da documentação relativa às garantias
2 — [Revogado]. referidas na alínea seguinte, através dos mesmos meios,
3 — Quando se trate de microempresas, os valores pre- em caso de livre prestação de serviços;
vistos no n.º 1 são reduzidos, respetivamente, para 90,00 b) Prestar as garantias exigidas para o exercício da ati-
e 20,00 EUR. vidade nos termos previstos no Decreto-Lei n.º 61/2011,
4 — [Revogado]. de 6 de maio, alterado pelo Decreto-Lei n.º 199/2012, de
5 — Os valores das taxas referidos nos n.os 1 e 3 são 24 de agosto;
atualizados a 1 de março, de três em três anos, a partir de c) Cumprir os demais requisitos exigidos para o exer-
2016, com base na média de variação do índice médio de cício da atividade nos termos previstos no Decreto-Lei
preços ao consumidor no continente, relativo aos três anos n.º 61/2011, de 6 de maio, alterado pelo Decreto-Lei
anteriores, excluindo a habitação, e publicado pelo Instituto n.º 199/2012, de 24 de agosto.
Nacional de Estatística, I. P. (INE, I. P.).
6 — Consideram-se microempresas as empresas certifi- 2 — As empresas referidas no número anterior, quando
cadas como tal de acordo com o Decreto-Lei n.º 372/2007, estabelecidas em território nacional, pagam a diferença
de 6 de novembro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 143/2009, entre o valor devido ao abrigo do n.º 4 do artigo 8.º do
de 16 de junho, no momento em que sejam devidas as taxas Decreto-Lei n.º 61/2011, de 6 de maio, alterado pelo
referidas nos números anteriores. Decreto-Lei n.º 199/2012, de 24 de agosto, e o valor das
7 — O produto das taxas referidas nos n.os 1 e 3, reverte taxas pagas no âmbito do regime jurídico da atividade de
em: animação turística e dos operadores marítimo-turísticos.
a) 20 % para o ICNF, I. P.;
b) 20 % para a DGRM; Artigo 17.º
c) 20 % para a DGAM;
[Revogado].
d) 40 % para o Turismo de Portugal, I. P..
Artigo 18.º
8 — O reconhecimento de atividades de animação tu-
rística como turismo de natureza, independentemente do [Revogado].
momento em que seja requerido, está isento de qualquer
taxa para além da que seja devida ao abrigo do disposto Artigo 19.º
nos n.os 1 ou 3.
Sistema de informação
9 — Sem prejuízo do disposto no artigo 25.º, com a
inscrição no RNAAT e o pagamento das taxas a que se 1 — A tramitação dos procedimentos previstos no pre-
refere o presente artigo, as empresas de animação turís- sente decreto-lei é realizada de forma desmaterializada,
6976 Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 3 de setembro de 2015
através do RNAAT, acessível ao público através do balcão Decreto-Lei n.º 372/2007, de 6 de novembro, alterado pelo
do empreendedor previsto nos Decretos-Leis n.os 92/2010, Decreto-Lei n.º 143/2009, de 16 de junho.
de 26 de julho, e 48/2011, de 1 de abril, disponível através 4 — O reconhecimento de atividades como turismo de
do Portal do Cidadão, e do sítio na Internet do Turismo natureza compete ao ICNF, I. P., nos termos definidos por
de Portugal, I. P., os quais, entre outras funcionalidades, portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas
permitem: da conservação da natureza e do turismo.
5 — A portaria referida no número anterior aprova o
a) O envio da mera comunicação prévia, da comunica- código de conduta previsto no n.º 1 e na alínea a) do n.º 2,
ção prévia com prazo e, em ambos os casos, dos respetivos determina os critérios a que deve obedecer o projeto de
documentos; conservação referido na alínea b) do n.º 2, estabelece as
b) A comunicação de alterações aos dados constantes condições de validade do reconhecimento como turismo
do RNAAT; de natureza e aprova o respetivo logótipo.
c) As comunicações com o interessado; 6 — As empresas proprietárias ou exploradoras de em-
d) [Revogada]; preendimentos turísticos reconhecidos como turismo de
e) [Revogada]; natureza que exerçam atividades próprias de animação
f) [Revogada]. turística, nos termos previstos no n.º 3 do artigo 5.º, usu-
fruem do reconhecimento destas atividades como turismo
2 — A comunicação com as diferentes entidades com de natureza por mera comunicação prévia da qual conste
competência no âmbito do presente decreto-lei é realizada a sua identificação como proprietária ou exploradora de
de forma desmaterializada, por meio da integração e garan- empreendimento de turismo de natureza devidamente re-
tia de interoperacionalidade entre os respetivos sistemas conhecido.
de informação.
3 — É atribuído um número de referência a cada pro- Artigo 20.º-A
cesso no início da tramitação que é mantido em todos os
Marca nacional de áreas integradas no sistema
documentos em que se traduzem os atos e formalidades nacional de áreas classificadas
da competência do Turismo de Portugal, I. P., ou da com-
petência de qualquer das entidades intervenientes. 1 — As empresas de animação turística podem aderir
4 — As funcionalidades do sistema de informação in- a uma marca nacional de produtos e serviços das áreas
cluem a rejeição liminar de operações de cuja execução integradas no SNAC.
resultariam vícios ou deficiências de instrução, designa- 2 — A aprovação da adesão das empresas de animação
damente recusando o recebimento de comunicações que turística à marca nacional mencionada no número ante-
contenham manifestas falhas de instrução do processo. rior compete ao ICNF, I. P., e depende do cumprimento
5 — Os sistemas de informação produzem notificações dos critérios definidos por regulamento específico deste
automáticas para as entidades envolvidas sempre que novos instituto
elementos sejam adicionados ao processo.
Artigo 21.º
CAPÍTULO V [Revogado].
tiva, projeto ou atividade, nem constitui prova do respeito 2 — A cobertura obrigatória e demais aspetos do fun-
pelas normas aplicáveis aos mesmos, nem isenta os res- cionamento dos seguros referidos no número anterior são
petivos promotores da responsabilidade civil ou criminal definidos em portaria dos membros do Governo respon-
que se possa verificar por força de qualquer ato ilícito sáveis pelas áreas das finanças e da economia.
relacionado com a atividade. 3 — No caso dos operadores marítimo-turísticos e das
empresas de animação turística que exerçam atividade
Artigo 26.º marítimo-turística, o seguro de responsabilidade civil
Utilização de meios de transporte previsto na alínea c) do n.º 1 fica ainda sujeito às regras
específicas previstas no anexo III do RAMT.
1 — Na realização de passeios turísticos ou transporte 4 — Nos termos dos n.os 2 e 3 do artigo 13.º do Decreto-
de clientes no âmbito das suas atividades, e quando uti- -Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, considera-se cumprida a
lizem veículos automóveis com lotação superior a nove obrigação de celebração dos seguros referidos nos núme-
lugares, as empresas de animação turística devem estar ros anteriores pelas empresas e operadores estabelecidos
licenciadas para a atividade de transportador público ro- noutro Estado-Membro da União Europeia ou do espaço
doviário de passageiros ou recorrer a entidade habilitada económico europeu que tenham as respetivas atividades a
para o efeito nos termos da legislação aplicável. exercer em território nacional cobertas por seguro, garantia
2 — Os veículos automóveis utilizados no exercício das financeira ou instrumento equivalente aos seguros exigi-
atividades previstas no número anterior com lotação supe-
dos nos termos dos números anteriores e dos artigos 28.º
rior a nove lugares devem ser sujeitos a prévio licencia-
e 28.º-A.
mento pelo Instituto de Mobilidade e dos Transportes, I. P.
(IMT, I. P.), ou estar abrangidos por licença europeia emi- 5 — Sem prejuízo das isenções previstas nos artigos 28.º
tida em qualquer Estado-Membro de estabelecimento, nos e 28.º-A, nenhuma empresa de animação turística ou ope-
termos do Regulamento (CE) n.º 1073/2009, do Parlamento rador marítimo-turístico pode iniciar ou exercer a sua ativi-
Europeu e do Conselho, de 21 de outubro, ou, quando a dade sem fazer prova junto do Turismo de Portugal, I. P., de
utilização se restrinja a operações de cabotagem, cumprir ter contratado os seguros exigidos nos termos dos n.os 1 a 3,
os requisitos respetivos, nos termos daquele Regulamento. ou seguro, garantia financeira ou instrumento equivalente
3 — Na realização de passeios turísticos ou transporte nos termos do número anterior.
de clientes no âmbito das suas atividades, o transporte em 6 — As empresas de animação turística e os operadores
veículos automóveis com lotação até nove lugares pode ser marítimo-turísticos estabelecidos em território nacional
efetuado pelas próprias empresas de animação turística, devem enviar ao Turismo de Portugal, I. P., comunicação
desde que os veículos utilizados sejam da sua propriedade, a informar da revalidação das apólices de seguro obri-
ou objeto de locação financeira, aluguer de longa duração gatório ou de seguro, garantia financeira ou instrumento
ou aluguer operacional de viaturas (renting), se a empresa equivalente anteriormente contratado, acompanhada de
de animação turística for a locatária, ou ainda quando documento comprovativo, no prazo de 30 dias a contar
recorram a entidades habilitadas para o transporte. da data do respetivo vencimento ou desadequação da res-
4 — Nos transportes de passeios turísticos ou transporte petiva garantia.
de clientes em veículos com lotação até nove lugares, o 7 — As empresas de animação turística e os opera-
motorista deve ser portador do seu horário de trabalho e dores marítimo-turísticos estabelecidos noutros Estados-
de documento que contenha a identificação da empresa, a -Membros da União Europeia ou do espaço económico
especificação do evento, iniciativa ou projeto, a data, a hora europeu que prestem serviços de animação turística em
e o local de partida e de chegada, que exibirá a qualquer território nacional em regime de livre prestação de servi-
entidade competente que o solicite. ços, sempre que se verifique que o seguro obrigatório ou
o seguro, garantia financeira ou instrumento equivalente
CAPÍTULO VII comunicado nos termos do n.º 2 do artigo 29.º já não se
encontra válido ou adequado às atividades desenvolvidas
Das garantias financeiras em território nacional, devem comprovar perante o Turismo
de Portugal, I. P., por comunicação, a subscrição de novo
Artigo 27.º instrumento e a respetiva validade.
Seguros obrigatórios
8 — A comunicação prevista no número anterior deve
ser efetuada no prazo de 30 dias a contar da data do ven-
1 — Sem prejuízo das isenções previstas nos artigos 28.º cimento do instrumento anterior ou da desadequação da
e 28.º-A, as empresas de animação turística e os operadores sua garantia, no caso de a empresa se encontrar à data a
marítimo-turísticos que exerçam atividade em território prestar serviços em Portugal, ou, no caso contrário, no
nacional estão obrigados a celebrar e a manter válidos prazo de 30 dias a contar da sua reentrada em território
seguros que cubram os riscos para a saúde e segurança nacional.
dos destinatários dos serviços ou de terceiros decorrentes 9 — Os capitais mínimos a cobrir pelos seguros referi-
da sua atividade, nos seguintes termos: dos no n.º 1, a fixar pela portaria mencionada no n.º 2, e
a) Um seguro de acidentes pessoais para os destinatários no anexo III do RAMT, a que alude o n.º 3, são atualizados
dos serviços; anualmente, em função do índice de inflação publicado
b) Um seguro de assistência para os destinatários dos pelo INE, I. P., no ano imediatamente anterior, sendo os
serviços que viajem do território nacional para o estran- montantes decorrentes da atualização divulgados no portal
geiro no âmbito ou por força do serviço prestado; do Turismo de Portugal, I. P., e no balcão do empreendedor
c) Um seguro de responsabilidade civil que cubra os da- previsto nos Decretos-Leis n.os 92/2010, de 26 de julho,
nos patrimoniais e não patrimoniais causados por sinistros e 48/2011, de 1 de abril, disponível através do Portal do
ocorridos no decurso da prestação do serviço. Cidadão.
6978 Diário da República, 1.ª série — N.º 172 — 3 de setembro de 2015
serviços competentes das administrações das regiões au- d) O Decreto Regulamentar n.º 18/99, de 27 de agosto,
tónomas, no âmbito do presente decreto-lei, incluindo com exceção do artigo 6.º;
os registos no RNAAT, são válidos para todo o território e) O Decreto Regulamentar n.º 17/2003, de 10 de ou-
nacional, excetuados os controlos referentes a instalações tubro;
físicas. f) A Portaria n.º 138/2001, de 1 de março;
3 — O produto das taxas cobradas e das coimas apli- g) A Portaria n.º 164/2005, de 11 de fevereiro.
cadas pelos serviços e organismos das administrações
regionais constitui receita das Regiões Autónomas. Artigo 43.º
Entrada em vigor
Artigo 40.º-A
O presente decreto-lei entra em vigor 30 dias a contar
Cooperação Administrativa
da data da sua publicação.
As autoridades competentes nos termos do presente
decreto-lei participam na cooperação administrativa, no ANEXO
âmbito dos procedimentos relativos a prestadores já esta-
belecidos noutro Estado-Membro da União Europeia ou Lista exemplificativa de atividades de empresas
do espaço económico europeu, nos termos do capítulo vi de animação turística
do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, nomeadamente
através do Sistema de Informação do Mercado Interno. (a que se refere o n.º 1 do artigo 3.º)
do Românico, do Fresco, Gastronómicas, de Vinhos, de 3 — Para determinação dos limites fixados nos ter-
Queijos, de Sabores, de Arqueologia Industrial); mos da alínea e) do número anterior, não são consi-
Atividades e experiências de descoberta do Património derados atletas que tenham sido contabilizados, para
Etnográfico (participação em atividades agrícolas, pastoris, idênticos efeitos, noutra modalidade ou escalão etário
artesanais, enogastronómicas e similares — por exemplo: pela mesma entidade, com exceção dos atletas que resi-
vindima, pisar uva, apanha da azeitona, descortiçar do dam em ilhas onde exista apenas um clube desportivo,
sobreiro, plantação de árvores, ateliers de olaria, pintura, os quais podem estar, neste caso, inscritos no máximo
cestaria, confeção de pratos tradicionais, feitura de um em duas modalidades.
vinho); 4 — [...].
Visitas guiadas a museus, monumentos e outros locais 5 — [...].
de interesse patrimonial; 6 — [...].
Jogos populares e tradicionais. 7 — [...].
8 — [...].»
Artigo 2.º
REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES Norma transitória
Aos clubes desportivos sediados na ilha do Corvo, com
Assembleia Legislativa modalidades federadas à data da entrada em vigor do pre-
sente diploma, não se aplicam, durante um período de
Decreto Legislativo Regional n.º 21/2015/A quatro anos, com início na época desportiva 2015/2016,
os requisitos constantes nas alíneas b) e c) do n.º 2 do
Terceira alteração ao Decreto Legislativo Regional n.º 21/2009/A, artigo 27.º do Regime Jurídico de Apoio ao Movimento
de 2 de dezembro, que estabelece o Regime Associativo Desportivo, com exceção da residência fiscal
jurídico de apoio ao movimento associativo desportivo na Região.
A difícil situação económica e social atual está a condi- Artigo 3.º
cionar fortemente a atividade desportiva não profissional, Republicação
em particular as pequenas entidades do movimento asso-
ciativo desportivo. O Decreto Legislativo Regional n.º 21/2009/A, de 2 de
Nestas circunstâncias, importa tratar de forma diferente o dezembro, é republicado em anexo, com as alterações
que é efetivamente diferente e acautelar a sobrevivência e o introduzidas pelo presente diploma.
desenvolvimento da prática desportiva federada nas peque-
nas comunidades insulares da Região Autónoma dos Açores. Artigo 4.º
Assim, a Assembleia Legislativa da Região Autónoma Entrada em vigor
dos Açores decreta, nos termos da alínea a) do n.º 1 do
artigo 227.º da Constituição da República Portuguesa e do O presente diploma entra em vigor no dia seguinte ao
n.º 1 do artigo 37.º do Estatuto Político-Administrativo da da sua publicação.
Região Autónoma dos Açores, o seguinte:
Aprovado pela Assembleia Legislativa da Região Autó-
noma dos Açores, na Horta, em 7 de julho de 2015.
Artigo 1.º
Alteração
A Presidente da Assembleia Legislativa, Ana Luísa Luís.
O artigo 20.º do Decreto Legislativo Regional Assinado em Angra do Heroísmo em 13 de agosto de 2015.
n.º 21/2009/A, de 2 de dezembro, na redação que lhe foi Publique-se.
dada pelos Decretos Legislativos Regionais n.os 2/2012/A,
de 12 de janeiro e 4/2014/A, de 18 de fevereiro, e pela O Representante da República para a Região Autónoma
Declaração de Retificação n.º 21/2014, de 31 de março, dos Açores, Pedro Manuel dos Reis Alves Catarino.
passa a ter a seguinte redação:
ANEXO
«Artigo 20.º
Republicação do Decreto Legislativo Regional
[...] n.º 21/2009/A, de 2 de dezembro