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Outros titulos Auge, Marc, Guerra doe Sonkos: Exerc Bourdieu, Pierre, ADominasto Masculna Bourdieu, Pierre, Contrafogos Bourdieu, Pierre, Meditares Pascalionas Bourdieu, Pierre, ReadesPrétcas: Sobre a Teoria Acgio Bourdieu, Pierre, Svea Televisio (1* relmpressio) Boyer, Robert, Manuel Castells, Gesta Esping-Anderson, Robert Lindley, Luc Soete e Maria Jose Rodrigues (cord), Pere Uma Eurupa da novagao edo Corthecimentes Enenego, Reformas Econdmieas © Coesio Sacial Bums, Tom ¢ Helena Flam Sistemas de Regras Sociis: Teoria Apicagies Cabral, Manuel Vilaverde,Ciadania Potton Eguidade Socal em Portugal Connerton, Paul, Como as Sociedades Recodam (2 edigao) Costa, Antinio Firmino da, Sociedade de Baio: Dindmicas Sociis da Ientdade Cultural Eisenstadt, SIN, Fuoudamentalismo e Moderidade: Hetrodoxas, Utpisina ¢Jacobinisme na Consttuito dos Movimentos Fundamentaisas Eisenstadt SIN. Os Regimes Democrdics: Fregiliade, Continidadee Transformabildade Ferree, Maurizio Anton Hemerjck e Martin Rhodes, Futuro de Europa Soca: Repenser 0 Trabalho ea Protec Socal na Nova Economia Fitouss, Jean-Paul, eFierre Rosanvallon, A Nove Era des Dsigualiads (1 reimpressio) Fortuna, Carlo (org.), Cidade, Cultura eGlobliagao:Ensios de Sociologia Fortuna, Carlos, lentiades, Percurss,Paisagens Culturnis Estudos Sovolgios de Cultura Urbana Giddens, Anthony, As Consequéncias de Modernidade (42 edigho) Giddens, Anthony, Dualidage da Estrutura Giddens, Anthony, Modernidadee Identidade Pessoal (2 edicGo) Giddens, Anthony, Para Além da Esquerda eda Dirita: Futuro da Poli Raia (1 reimpressio) Giddens, Anthony, Politics, Sociologia eTearia Seca: Confrontas com o Pensamento Socal Ciscoe Contemporines Giddens, Anthony, Transformagées da Intimidade:Sexualidade, Amar e Erotimo nas Socetades ‘Madernas (2° edigha) ober, Josep R., 0 Deus da Moderidade0 Desenvelimento do Nacionaiomo na Europa Ocidental Mozsieafred, Juan, Estdo-Providénci ¢Ciddania ent Portugal (2 eigao) Rodrigues, Maria de Lurdes, Os Engen em Portugal: Profsionlizaro eProagonismo Rodrigues, Maria de Lurdes, Sociologia das Profssdes ‘Viegas; José Manuel Leite, e Anténio Firmino da Costa (ongs), Portugel, Que Madernidade? 2 edigto) Viegas, José Manuel Leite e Eduardn Costa Dae (org), Cidadani, Integra, Globo Waters, Malcolm, Globalizagao de Benicio ULRICH BECK, ANTHONY GIDDENS E SCOTT LASH Ee MODERNIZACAO REFLEXIVA, POLATICA, TRADICAO E ESTETICA NA ORDEM SOCIAL MODERNA ‘Tradugio de Maria Amélia Augusto CELTA EDITORA ‘OEIRAS / 2000 (© Ubich Beck, Anthony Giddens e Scott Lash, 1994 Ulrich Beck; Anthony Giddens e Scot Lash Modernizagio Reflexiva: Politica, Tadigho e Estética na Ordem Social Moderna Primeira edigio: Outubro de 2000 ‘Tizagem: 1000 exerplares ‘Tradusio do inglés: Marla Amélia Augusto ISBN: 972.774.082-0 ISBN da ecto original: o/abe-tz7-4, Polity Press, Cambridge Dapsit legal: 15879/00 ‘Composigio (em caracteres Palatino, corpo 10) Celta alitora (Capa: Mario Vaz / Arranjo e imagem: Paula Neves Impressao e acabamentos: Tipografia Lousanense, Lda, Portugal Reservatdos todos os direitos para Portugal eos PALOP, ‘de acordo com a lgislagso em vigor, por Celta Editora, Lda, Apartado 151, 2781-901, Ociras [tel 21 4417498 / fan: 31 4467304 / e-mail celtgeditora@malelepac pt). iNDICE Prefaécio Areinvencao da politica . Ulrich Beck Viver numa sociedade pés-tradicional oe) Anthony Gidiiens Areflexividade e os seus duplos 105 Scott Lash 165 Réplicas e critica... Ulrich Beck, Anthony Giddens, Scott Lash PREFACIO Aideia deste livro foi originalmente sugerida por Ulrich Beck. Scott Lash lec- cionow por algum tempo na Alemanha, pelo queele e Beck acabaram por des- cobrir pontos comuns nos seus trabalhos. Giddens e Beck s6 mais tarde de- senvolveram uma correcta compreenséo das obras um do outro, Logo que este intercambio em trés direccdes foi estabelecido, daqueles que eram origi- nalmente corpos de investigacao separados, emergiram convergencias noté- veis. Estas convergéncias aglutinaram-se em torno de alguns temas domi- nantes, Areflexividade —ainda que esta seja entendida de um modo algo di- ferenciado pelos trés autores — é um dos mais significativos. O prolongado debate sobre a modernidade versus pés-modemidade tornou-se, para todos 165, cansativo. E tal como aconteceu com muitos debates deste género, ac: bou por produzir muito pouco. A ideia de modernizacio reflexiva, indepe dentemente do facto de usarmos ou nao o termo, quebra o estrangulamento que estes debates colocaram a inovacio conceptual. ! Annogio de destradicionalizacao, devidamente entendida, é 0 segundo tema em comum. Falar actualmente de destradicionalizacao pode parecer, & primeira vista, algo estranho, sobretudo se tivermos em conta a énfase posta no reavivar da tradigao por parte de algumas formas de pensamento pés-mo- demo. No entanto, falar de destradicionalizacao néo é o mesmo que falar numa sociedade sem tradicdes, Pelo contrério, o conceito refere-se a uma or- dem social em que a tradigao muda o seu status. Num contexto de cosmopoli- tismo global, as tradiges sto hoje chamadas para se defenderem a elas mes- mas: elas so, rotineiramente, objecto de interrogacio. Particularmente im- ortante, no que respeita a este tema, é a exposicao do “substracto oculto” da modernidade. Este envolve tradicdes que afectam o género, a familia, as co- ‘muunidades locais e outros aspectos da vida quotidiana, que se véem assim ex postos e alvo de debate puiblico. As implicagées so, simultaneamente, pro- fundas e de abrangencia mundial Apreocupacao com as questées da ecologia é0 terceiro tema em comum, vi MODERNIZACAO REPLERWVA da que, também aqui, existam divergéncias entre nés, concordamos que as|quest6es ecolégicas néo podem ser simplesmente reduzidas a preocupa- Ops para com o “ambiente”. O “ambiente” soa a um contexto externo da ac- humana. Mas, se as quest6es ecol6gicas tomaram a dianteira, tal deve-se 20 facto de o “ambiente” jé nao ser algo externo & vida social humana, e sim inpletamente impregnado e reordenado por ela. Se é que os seres humnanos alguma vez souberam o que eraa “natureza’”, hoje, jd ndo 0 sabem, O que era nafuralesté hoje tio completamente enredadocomo que ésocial” que, nesea la, nao podemos ter nada por garantido. De um modo semelhante a0 que acenteceu a muitos aspectos da vida regidos pela tradicéo, a “natureva” {rapsforma-se em dreas de acco, éreas em que o8 seres hutnaitus tem qute O- it decis6es praticas e éticas. A “crise ecoldgica” abre uma série de questoes, essencialmente relacionadas com a plasticidade da vida social de hoje: a ret. rada do “destino” de varias éreas da nossa vida social. Os paradoxos do conhecimento humano, que tanto alimentaram as visdes ‘P6y-modemas — normalmente relacionados com o legado da epistemologia — lem agora ser compreendidos em termos sociolégicos mais mundanos. O srundo social e 0 mundo natural estio, hoje, completamente infundidos pel conhecimento humano reflexivo; mas, tal nio conduza uma situagao em us, colectivamente, somos mestres clo nosso préprio destino, Pelo contrério, © fijturo parece-se cada vez menos como passadoe tornou-se assustador nal. dos seus aspectos mais basicos, Enquanto espécie, jénao temos garanti- nossa sobrevivéncia, mesmo a curto prazo—e tal é uma consequéncia Inossas préprias acces, enquanto humanidade colectiva. Amoco de “ris- \¢ hoje central na cultura moderna, precisamente porque grande parte do ‘pensamento é do tipo “se.... entao”. Temos, em muitos aspectos da nos- ida, quer individual quer colectiva, métodos para construir potenciais f- , sabendo, no entanto, que essa mesma construcéo pode impedi-los de chegar a acontecer. Novas éreas de imprevisibilidade s40 muitas vezes cria- das pelas proprias tentativas que visavam o seu controlo. E nestas circunstancias que ocorrem grandes transformagées na vida idiana no tipo da organizagao social ena estruturacdo de sistemas globais As fenciéncias que se dirigem para o intensificar da globalizagao interagem com a vida quotidiana, condicionando as mudangas que se operam a esse ni- vel. Hoje, muitas das mais influentes mudangas ou decisdes politicas nao deri- vam da esfera ortocoxa da tomada de decisio, 0 sistema politico formal. Em vez Hisso, moldam eajudam aredefinir o carécter da ordem politica ortodoxa, Da andlise destas questdes surgem consequéncias politicas praticas, Entyenés, diferimosnos nossos diagndsticos sobre quais paderdo ser estas ra- mifikagdes politicas. No entautlo, todos reeitamos a paralisia de vontade polt- tica presente nos trabalhos de alguns autores que, seguindo a dissolugao do sociplismo, nao véem espaco para programas politicos activos. A verdade é gue se pa ‘completamente 0 contrério. O mundo de wma reflexividade PREFACIO * desenvolvida, onde a interrogagao das formas sociais se tornou lugar co- mum, é um mundo que estimula a critica activa. O formato deste livro é 0 seguinte: cada um de nés escreveu, de um modo independente, um ensaio substancial em torno dos aspectos relaciona- dos com a modemnizacao reflexiva. Ainda que nao tenha sido feita qualquer tentativa de conciliar as nossas diferengas, os trés ensaios foram guiados pe- las perspectivas comuns antes mencionadas. Posteriormente, cada um denés realizou anélises criticas as contribuicbes dos outros. Estas aparecem no fim da obra, com a mesma sequencia dos ensaios da primeira parte Ulrich Beck Anthony Giddens Scott Lash

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