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17/11/2021

Dos Bens
(arts. 79 a 103, do Código Civil brasileiro
DC I – Dos Bens
Profa. Roberta Ceriolo Sophi

Classificação
2 dos
bens reciprocamente
considerados

 Principal É o bem que tem


existência própria, ou seja,
que existe por si, sem
dependência, como o solo,
por exemplo.
 Acessório É o bem que
depende do principal para
existir, como uma árvore
que depende do solo, por
exemplo.

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Principal
3 x Acessório

 A mesma classificação pode existir entre coisas e


direitos, a exemplo do contrato de compra e venda,
que é principal, e a fiança, que é cláusula
assecuratória, portanto acessória.

 Exemplo:
 contrato de locação: principal
 Fiador: acessório
 o bem acessório segue o destino do principal e a essa
consequência chamamos de princípio da gravitação
jurídica.

4 É furto?

 O artigo 1284 do Código Civil


de 2002 estabelece que os
frutos caídos de árvore do
terreno vizinho pertencem ao
dono do solo onde caíram, se
esse for de propriedade
particular.

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Principal
5 e
Acessório
 • A natureza do acessório é a
mesma do principal, por
exemplo a casa e o lustre são
imóveis.
 • O acessório acompanha o
principal em seu destino, pois se
extingue a obrigação principal; o
mesmo ocorre com a acessória.
 • O proprietário do principal
também é do acessório, a
exemplo do aluguel, pois, se está
na posse do principal, também
usufruirá do acessório enquanto
a mesma perdurar.

Os6 bens acessórios


podem ser
subcategorizados

 1. Os produtos são
utilidades que se retiram da
coisa e lhe retiram a
quantidade, porque não se
reproduzem a todo
momento.
 exemplo da colheita de
safra de laranjas,
compradas pela indústria
Del Valle.

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Lembre-se
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 De acordo com o artigo


176 da Constituição Federal
de 1988, as jazidas minerais
pertencem à União,
constituindo propriedade
distinta da do solo para
efeito de exploração ou
aproveitamento industrial,
sendo assegurada ao
proprietário a participação
nos resultados da lavra.

8 Os bens acessórios podem ser


subcategorizados

 2. Os frutos são as utilidades que uma coisa produz


em determinados períodos, sem destruir a coisa, e se
caracterizam por três elementos:
• Periodicidade;
• inalterabilidade da substância da coisa principal;
• separabilidade desta.

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Os
10 bens acessórios
podem ser
subcategorizados
 3. O novo Código Civil de 2002
incluiu, no rol dos bens
acessórios, as pertenças,
ou seja, os bens móveis que, não
constituindo partes integrantes
(como são os frutos, produtos e
benfeitorias), estão afetados por
forma duradoura ao serviço ou
ornamentação de outro:
 Exs: tratores destinados a uma melhor
exploração de propriedade agrícola e
os objetos de decoração de uma
residência (GONÇALVES; LENZA, 2015,
p. 252). Art. 93, CC.

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Os
11 bens acessórios podem
ser subcategorizados

 4. As benfeitorias, é uma espécie de


bem acessório, pois acompanha o
principal, qualquer que seja o seu valor.
 As benfeitorias necessárias têm por
objetivo conservar um bem ou evitar que
ele se estrague e são destinadas à
conservação da coisa, para conservá-la
juridicamente ou quando há necessidade
de exploração econômica, a exemplo de
uma despesa com adubação ou
instalação de uma máquina de
beneficiamento.

Os
12 bens acessórios
podem ser
subcategorizados

 As benfeitorias úteis
aumentam ou facilitam o
uso do bem e, é claro,
aumentam seu valor,
como, por exemplo, a
construção de mais um
cômodo numa casa.

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Os
13 bens acessórios
podem ser
subcategorizados

 Já as benfeitorias
voluptuárias são as de
recreio ou luxo, não
aumentando o valor venal
da coisa.

14 Benfeitorias x Acessões
Industriais x Acessões
Naturais
 As benfeitorias são feitas em bens já
existentes.
 as acessões industriais são obras que
criam coisas novas.
 as acessões naturais não se consideram
benfeitorias.

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Bens quanto ao titular do domínio


 A partir de agora, vamos distinguir os bens particulares
dos bens públicos.
 O artigo 98, do Código Civil brasileiro, considera
públicos os bens de domínio nacional pertencentes às
pessoas jurídicas de Direito Público Interno. Por exclusão,
todos os outros são considerados particulares.

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Bens
18 quanto ao titular do
domínio
Bens de uso comum
 Os bens de uso comum do povo são os que
podem ser utilizados por qualquer cidadão.
 Por exemplo, as estradas são de uso comum,
mas vale lembrar que esses bens não perdem tal
característica caso o Poder Público resolva
regulamentar seu uso, instituindo valores para
que os cidadãos deles se utilizem, a exemplo dos
pedágios. Tal orientação pode ser encontrada
no artigo 103, do Código Civil de 2002, que
institui ser o uso comum dos bens públicos
gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido
legalmente pela entidade a cuja administração
pertencerem.

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19 Bens quanto ao titular


do domínio
 Os bens de uso especial são
os que estão destinados para a
execução dos serviços públicos, a
exemplo dos edifícios onde tais serviços
são prestados, como as escolas, por
exemplo.

Bens
20 quanto ao titular do domínio

 Os bens dominicais
são os de propriedade das
pessoas jurídicas de Direito
Público a exemplo das
terras devolutas, das
estradas de ferro e
fazendas pertencentes ao
Estado.

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Mas e os bens públicos de


21 comum do povo e os
uso
de uso especial, podem ser
alienados?

 Não, enquanto conservarem tal


qualificação, de acordo com o
artigo 100, do Código Civil de 2002,
“Art. 100. Os bens públicos de uso
comum do povo e os de uso
especial são inalienáveis, enquanto
conservarem a sua qualificação,
na forma que a lei determinar”.
 Por serem inalienáveis, ou seja, não
podem ser tomados ou vendidos,
também são imprescritíveis, pois se
perpetuam no tempo e
impenhoráveis, pois estão fora do
comércio e impassíveis de
oneração (custas).

22 Bens quanto ao titular do domí

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23 Desafetação

 Os bens que podem ser


patrimonialmente valorados
podem perder a característica da
inalienabilidade pela
desafetação, que consiste em
alterar a destinação do mesmo
para incluí-lo na categoria de bem
dominical e assim, poder aliená-lo.
 Pode ser da forma:
 expressa (decorre de ato
administrativo ou de lei);
 tácita (de atuação direta da
administração, sem manifestação
expressa de sua vontade, ou de
fato da natureza).

24 Bens Públicos podem ser adquiridos


por usucapião?
 Súmula 340 do Supremo Tribunal Federal (SUPREMO..., 1964), que
assim dispõe: “Desde a vigência do Código Civil, os bens
dominicais, como os demais bens públicos, não podem ser
adquiridos por usucapião”.

 Os bens públicos não estão sujeitos à usucapião, conforme art. 102,


do Código Civil de 2002.

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Os cidadãos figuram como usuários dos


bens, apenas, e o domínio pertence à
pessoa jurídica de Direito Público, porém,
para sua guarda, administração e
fiscalização.

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