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RECURSO AS CAMARAS DE JULGAMENTO DO CONSELHO DE RECURSOS DA PREVIDENCIA SOCIAL-CRPS NR-PROTOCOLO: 44233.369925/2017-61 REQUERENTE: MARCOS MAURICIO LOPES NNR. DO BENEFICIO: 42/ 178.256.375-7 NR. ACORDAO RECORRIDO- 4694/2018 ORGAO RECORRIDO- 12 COMPOSICAO ADJUNTA DA 102 JUNTA DE RECURSOS MARCOS MAURICIO LOPES, ja qualificado nos autos do processo de “APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUICAO ”, vem respeitosamente, através de seu procurador infra-assinado a presenga de Vossa Senhoria, expor e requerer o quanto segue: Inconformado com —decisio. de. indeferimento pela 12 COMPOSIGAO ADJUNTA DA 102 JUNTA DE RECURSOS, através do acordio 4694/2018, vern a presenca de V.Sas., apresentar Recurso, com fundamentos abaixo a seguir: “RECURSO ESPECIAL” DOs FATOS recorrente € segurado desde 26/10/1977, onde as atividades de trabalho nas empresas TEKA TECELAGEM KUEHNRICH S.A, de 26/10/1977 & 20/12/1977 € na EXACT POWER INDUSTRIA HIDRAULICA LTDA, de 15/06/1989 4 16/02/1993, esteve exposto agente fisico ruido acima dos limites de tolerancia, justificando assim o enquadramento como atividade especial, conforme PPP's, juntado ao pedido inicial, onde ja esté reconhecido com especial pela pericia medica do INSS os periodos de 17/01/1985 8 31/05/1988 (Ruido Ill 1.1.6 Evento 13 e de 01/12/1998 & 31/07/1999 e 01/04/2001 ‘a 19/03/2003 ( Querosene IV 1.0.17 Evento 13 PPP4 2}. (Anexo ao RE) Juntamos neste ato apenso ao Recurso especial, Laudo de insalubridade, oriundo de diligencia do Ministério do Trabalho, comprovando-se extemporaneamente 2 exposigao a ruldo na empresa TEKA de 26/10/1977 8 20/12/1977. AGENTE FISICO RUIDO PERIODO CONTROVERSO DE TEKA TECELAGEM KUEHNRICH S.A, de 26/10/1977 & 20/12/1977 ena EXACT POWER INDUSTRIA HIDRAULICA LTDA, de 15/06/1989 & 16/02/1993 Neste perfodo de trabalho, desde o inicio das atividades até presente data, amparado na vigéncia dos decretos 53.831/64 e 2172/97 que disciplina: Decreto 53.831/64: i | Jomad nritolou | | ‘especial fixada em | | [el ernlacais com Trepidagées sujeitos 20s ane thats de rls indus epee i Oneragbes em locsis 1.2.6 | com ruldo excessivo comma ecestive | Ce adores de maqulns Insalubre | 25anos | némero 1.232, de | pheumatices, de motores - j cou | turbinas ¢ outros. | aoeae center | Ministerial 262, de 6-8-62 €Ar. 187 da cur. { | ibis. Decr excessivos- caldereiros, | eee et Conforme PPP as atividades foram exercidas ‘exposta a agente nocivo a satide, RUIDO, enquadrados como especial em seu perfodo laboral , a ser considerado 0 periodo como “Especial”, conforme disposto no artigo 57 e 58 da Lei 8.213/91: Art. 57. A aposentadoria especial seré devida, uma vez cumprida a caréncia exigida nesta Lei, ao segurado que tiver trabalnado sujeito a condigdes especials que prejudiquem a saide ou a integridade fisica, durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, conforme dispuser a lei. (Redaco dada pela Lei n? 9.032, de 1995) () § 3° A concesséo da aposentadoria especial dependers de comprovacao pelo segurado, perante o Instituto Nacional do Seguro Social-INSS, do tempo de trabalho permanente, no ocasional nem intermitente, em condicées especiais que prejudiquem a satide ou a integridade fisica, durante 0 period minimo fixado. (Redago dada pela Lei n? 9.032, de 1995) § 42 0 segurado deverd comprovar, além do tempo de trabalho, exposicdo aos agentes nocivos quimicos, fisicos, biolégicos ou associacao de agentes prejudicials & sade ou a integridade fisica, pelo periodo equivalente ao exigido para a concessao do beneficio. (Redagio dada pela Lei n? 9.032, de 1995) Art.58. A relacio dos agentes nocivos quitnicos, fisicos e biolégicos ou associago de agentes prejudiciais @ satide ou a integridade fisica considerados para fins de concesso da aposentadoria especial de que trata 0 artigo anterior sera definida pelo Poder Executivo. § 1° A comprovagdo da efetiva exposico do segurado aos agentes nocivos seré feita mediante formuldrio, na forma estabelecida pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, emitido pela empresa ou seu preposto, com base em laudo técnico de condicdes, ambientais do trabalho expedido por médico do trabalho ou engenheiro de seguranca do trabalho nos termos da legislacao trabalhista. (Redacdo dada pela Lei n® 9.732, de 11.12.98) (...) No que tange @ exposiclo 3 ruido, ja se encontra pacificado em decisdes das Juntas e CAmaras de Julgamento. Tem-se, ainda, 0 fato das empresas no seguirem as recomendag@es dos fabricantes de EPI nos termos dos itens tll, IV e V do art. 179 da IN 27 de 2008, sobre higienizagao, limpeza, treinamento do uso correto ¢ especialmente garantia de vida util, além do fato de existirem constantes deféitos de febricagio. Da mesma forma € necessdrio transcrever algumas orientages que vem sendo acolhidas com frequéncia pelo Judiciario, a saber, as Sémulas n® 09, das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais e, ainda, 0 Enunciado n® 21 do CRPS: “SUMULA NE 09— 0 uso de Equipamento de Protecdo individual (EPI), ainda que elimine a insalubridade, no caso de exposieao a ruido, ndo descaracteriza 0 tempo de servigo especial prestado”. “ENUNCIADO n? 21 ~ 0 simples fornecimento de equipamento de protecéo individual de trabalho pelo empregador néio exclui a hipétese de exposicéo do trabalhador aos agentes nocivos & satide, devendo ser considerado todo o ambiente de trabalho.” Para methor explanacio, abaixo trecho do acérdao nos autos de acdo ordindria n2 2004.72.03.000866-9 (Apelante: INSS — Apelado: Neri Broeto — DJ. 07/05/2008) proferido pelo Juiz Federal Sebastiso Ogé Muniz: “Entendo que a exposigéo habitual e permanente a niveis de ruido acima dos limites de tolerdncia estabelecidos na legislacéo pertinente @ matéria sempre caracteriza a atividade como especial, independentemente da utilizag3o ou no do EPI ou de mencdo, em laudo pericial, & neutralizagao de seus efeitos nocivos. 1850 se dé porque os EPI’s, mesmo que consigam reduzir 0 ruido a niveis inferiores ao estabelecido em decreto, nao tém o condao de eliminar os efeitos nocivos, como ensina abalizada doutrina: “Lesdes auditivas Induaidas pelo ruldo fazem surgir o zumbido, sintoma que permanece durante o resto da vida do segurado e, que, inevitavelmente, determinar alteragées_ na esfera neurovegetativa e disturbios do sono. Dal a fadiga que dificulta a sua produtividade, Os equipamentos contra ruido no so suficientes para eviter e deter a progressio dessas lesdes auditivas originarias do rufdo, porque somente protegem o ouvido dos sons que percorrem a via aérea. O ruido origina-se das vibracdes transmitidas para 0 esqueleto craniano e através dessa via éssea atingem o ouvido interno, a ” (Irineu Anténio Pedrotti, Doengas Profissionais ou do Trabalho, LEUD, 22 ed., S80 Paulo, 1998, p.538).” céclea e 0 érgio de Cor ‘Ademais, destaca-se que o Supremo Tribunal Federal, ao julgar 0 ARE 664.335, com repercusstio geral reconhecida, reconheceu a ineficdcia da utilizagiio de equipamentos de proteco individual para fins de eliminac3o do agente _nocivo_ruido. O julgamento supracitado restou assim ‘ementado: RECURSO EXTRAORDINARIO COM AGRAVO. DIREITO CONSTITUCIONAL —PREVIDENCIARIO. ~—_ APOSENTADORIA. ESPECIAL. ART. 201, § 12, DA CONSTITUICAO DA REPUBLICA. REQUISITOS DE CARACTERIZACAO. TEMPO DE SERVICO PRESTADO SOB CONDIGOES NOCIVAS. FORNECIMENTO DE EQUIPAMENTO DE PROTEGAO INDIVIDUAL - EPI. TEMA COM REPERCUSSAO GERAL RECONHECIDA PELO PLENARIO VIRTUAL. EFETIVA EXPOSICAO A AGENTES NOCIVOS A SAUDE. NEUTRALIZAGAO DA RELAGAO NOCIVA ENTRE O AGENTE INSALUBRE E 0 TRABALHADOR, COMPROVACAO NO PERFIL PROFISSIOGRAFICO PREVIDENCIARIO PPP OU SIMILAR, NAO CARACTERIZAGAO DOS PRESSUPOSTOS HABEIS A CONCESSAO DE APOSENTADORIA ESPECIAL. CASO CONCRETO. AGENTE NOCIVO RUIDO. UTILIZAGAO DE EPI. EFICACIA. REDUGAO DA NOCIVIDADE. CENARIO ATUAL. IMPOSSIBILIDADE DE NEUTRALIZACAO. NAO DESCARACTERIZACAO DAS CONDIGOES PREJUDICIAIS. BENEFICIO PREVIDENCIARIO DEVIDO. AGRAVO CONHECIDO PARA NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO EXTRAORDINARIO. 1. Conduz & admissibilidade do Recurso Extraordinario a densidade constitucional, no aresto recorrido, do direito fundamental a previdéncia social (art, 201, CRFB/88), com reflexos mediatos nos cénones constitucionais do direito a vida (art. 52, caput, CRFB/88), 2 satide (arts, 3°, 5° € 196, CRFB/88), & dignidade da pessoa humana (art. 12, lll, CRFB/88) e 20 meio ambiente de trabalho equilibrado (arts. 193 e 225, CRFB/88). 2. A eliminaco das atividades laborais nocivas deve ser a meta maior da Sociedade - Estado, empresariado, trabalhadores e representantes sindicais -, que devem voltar-se incessantemente para com a defesa da sate dos trabalhadores, como enuncia a Constituic&io da Republica, a0 erigir como pilares do Estado Democratico de Direito a dignidade humana (art. 12, il, CRFB/88), a valorizagdo social do trabalho, a preservagio da vida e da satide (art. 39, 52, e 196, CRFB/88), ¢ 0 meio ambiente de trabalho equilibrado (art. 193, 225, CRFB/88). 3. A aposentadoria especial prevista no artigo 201, § 12, da Constituigdo da Republica, significa que poderao ser adotados, para concessio de aposentadorias aos beneficidrios do regime geral de previdéncia social, requisitos e critérios diferenciados nos “casos de atividades exercidas sob condigdes especiais que prejudiquem a satide ou a integridade fisica, e@ quando se tratar de segurados portadores de deficiancia, nos termos definidos em lei complementar’. 4 A aposentadoria especial possui nitido caréter preventivo e impée-se para aqueles trabalhadores que laboram expostos a agentes prejudiciais 8 sade e a fortiori possuem um desgaste naturaimente maior, por que no se thes pode exigir o cumprimento do mesmo tempo de contribuicéo que aqueles empregados que néo se encontram expostos a nenhum agente nocivo. 5. A norma inscrita no art. 195, § 52, CRFB/88, veda 2 criaglo, majoragio ou extensio de beneficio sem a correspondente fonte de custeio, disposic3o dirigida ao legistador ordinario, sendo inexigivel quando se tratar de beneficio criado diretamente pela Constituicsio. Deveras, 0 direito 8 aposentadoria especial foi outorgado aos seus destinatarios por norma constitucional (em sua origem o art. 202, ¢ atualmente o art. 201, § 18, CREB/88). Precedentes: RE 152.106 Agh/SP, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 28/09/1993, Primeira Turma, DJ de 26/11/93; RE 220.742, Rel. Min, Néri da Silveira, julgamento em 03/03/98, Segunda Turma, DJ de 04/09/1998. 6. Existéncia de fonte de custelo para o direito 8 aposentadoria especial antes, através dos instrumentos tradicionais de financiamento da previdéncia social mencionados no art. 195, da CRFB/88, e depois da Medida Proviséria n? 1.729/98, posteriormente convertida na Lei n? 9.732, de 11 de dezembro de 1998. Legislacdo que, 20 reformular o seu modelo de financiamento, inseriu os §§ 62 € 7% no art. 57 da Lei n.2 8213/91, e estabeleceu que este beneficio sera financiado com recursos provenientes da contribuigdo de que trata o inciso Il do art. 22 da Lei ne 8,212/91, cujas aliquotas serdo acrescidas de doze, nove ou seis pontos percentuais, conforme a atividade ekercida pelo segurado a servigo da empresa permita a concesséo de aposentadoria especial apés quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuigao, respectivamente. 7. Por outro lado, 0 art. 10 da Lei n® 10.666/2003, ao criar 0 Fator Acidentério de Prevencdo-FAP, concedeu reducdo de até 50% do valor desta contribuicéo em favor das empresas que disponibilizem aos seus empregados equipamentos de proteco declarados eficazes nos formulérios previstos na legislago, o qual funciona como incentivo para que as empresas continuem a cumpr a sua funcSo social, proporcionando um ambiente de trabalho higido a seus trabalhadores. 8 O isco social aplicdvel ao beneficio previdenciario da aposentadoria especial ¢ 0 exercicio de atividade em condigées prejudiciais 4 satide ou a integridade fisica (CRFB/88, art. 201, § 19}, de forma que torna indispensdvel que 0 duo trabalhe exposto 2 uma nocividade notadamente capaz de ensejar o referide dano, porquanto a tutela legal considera a exposigdo do segurado pelo risco presumido presente na relacgo entre agente nocivo € © trabalhador. 9. A interpretagdo do instituto da aposentadorla especial mais consentanea com o texto constitucional é aquela que conduz a uma protecgo efetiva do trabalhador, considerando 0 beneficio da aposentadoria especial excepcional, destinado ao segurado que efetivamente exerceu suas atividades laborativas em “condigbes especiais que prejudiquem a saide ou a integridade fisica”. 10. Consectariamente, a primeira tese objetiva que se firma é: 0 direito 8 aposentadoria especial pressupde a efetiva exposico do trabalhador a agente nocivo & sua satide, de modo que, se 0 EPI for realmente capaz de neutralizar a nocividade nao haverd respaldo constitucional & aposentadoria especial. 11. A Administracdo poderé, no exerciclo da fiscalizagdo, aferir as informacées prestadas pela empresa, sem prejuizo do inafastavel judicial review. Em caso de divergéncia ou diivida sobre a real eficdcia do Equipamento de Protecio Individual, a premissa a nortear a Administragio e 0 Judicidrio & pelo reconhecimento do direito ao beneficio da aposentadoria especial. Isto porque 0 uso de EPI, no caso concreto, pode no se afigurar suficiente para descaracterizar completamente 2 relago nociva 2 que o empregado se submete, 12. In casu, tratando-se especificamente do_agente nocivo_rvigo, desde jue em limites acima do limite legal, constata-se du do_uso de Equipamento de Protecéo Individual (protetor auricular) reduzir_a_agressividade do ruido_a_um_nivel tolerdvel, até no mesmo patamar da normalidade, a poténcia do som em tais ambientes causa danos ao organismo que vio muito além_daqueles relacionados 4 perda_das_funcées auditivas. 0 beneficio previsto neste artigo serd financiado com 05 recursos provenientes da contribuiggo de que trata o inciso Il do art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, cujas aliquotas sero acrescidas de doze, nove ou seis pontos percentuais, conforme a atividade exercida pelo segurado a servico da empresa permita a concesséo de aposentadoria especial apés quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuigdo, respectivamente. O beneficio previsto neste artigo seré financiado com os recursos provenientes da contribuicdo de que trata o inciso il do art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, cujas aliquotas sero acrescidas de doze, nove ou seis pontos percentuais, conforme a atividade exercida pelo segurado a servico da empresa permita 2 concessio de aposentadoria especial apds quinze, vinte ou vvinte e cinco anos de contribuigio, respectivamente. 13. Ainda que _se_pudesse aceitar_que 0 problema causado_pela ‘exposi¢do ao ruido relacionasse apenas & perda das funcdes auditivas, o que indubitavelmente no é 0 caso, é certo que ndo_se_pode garantir uma eficdcia real_na_eliminacdo_dos efeitos do agente nocivo ruido com a simples utilizacdo de EPI, pois_sio_intimeros os fatores que influenciam_na_sua efetividade, dentro dos quais muitos siio impassiveis de um controle efetivo, tanto pelas empresas, quanto pelos trabalhadores. 14. Desse modo, a segunda tese fixada neste Recurso Extraordinario é a seguinte: na hipdtese de exposicdo do trabalhador a ruido acima dos limites legais de tolerancia, a_declaracio do __empregador, ambito_do__ Perfil © tempo de servico especial para aposentadoria. 15. Agravo conhecido para negar provimento ao Recurso Extraordinério. (ARE 664335, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Tribunal Pleno, julgado em 04/12/2014, ACORDAO ELETRONICO REPERCUSSAO GERAL - MERITO Dle-029 DIVULG 11-02-2015 PUBLIC 12-02-2015) Deve- se agregar pelo exposto o entendimento de que o EP! nao é totalmente eficaz na protecdo do trabalhador, onde neste sentido, vale a pena citar 0 entendimento contido no parecer técnico da Divisio de Seguranca e Satide do Trabalhador da Delegacia Regional do Trabalho no Estado de S40 Paulo, no processo n? 46000.000090/99-71, que manifesta que o agente nocivo ruido nao penetra s6 no ouvido, mas também por via 6ssea. Portanto, no é possivel proteger completamente o trabalhador com tampdes, plugues, conforme exige o item da NR 06. DA REAFIRMACAO DA DER Considerando que mesmo apés 0 requerimento administrativo, a recorrente seguiu em atividade requer que seja reafirmada a DER para o momento em que a recorrente adquiriu direito & aposentadoria por Tempo de contribuigio, concedendo-se o beneficio a partir da data da aquisicao do direito. © reconhecimento do tempo de atividade especial 6 um beneficio garantido pela legisiago previdenciaria que se diferencia das demais em virtude da reduco do tempo exigido para sua concesséo tendo em vista 0 exercicio das atividades consideradas prejudicials @ saide ou a integridade fisica, onde a intenco do legislador foi a de proporcionar a aposentadoria antes mesmo que 0 segurado fique incapacitado em razdio da exposic¢ao aos agentes nocivos. Os pressupostos basicos estéo deflagrados, comprovando o direito de ter o seu tempo de trabalho considerado como especial, com a exposigo a agentes nocivos ¢.0 deferimento da aposensgdoria irrepardvel a Segurada, nao Ihe concedendo o beneficio pl Assim sendo, havendo fundado 0 receio de dano eado , justifica 0 deferimento do pedido. PEDIDOS Desta forma, a recorrente tendo demonstrado de forma inequivoca o direito a aposentadoria, vem requerer pelo trabalho exercido em condigBes especiais, exposto ao agente fisico “RUIDO", a concesséo, do beneficio pleiteado, a “APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIGAO” 1880 POSTO, requer: b) ¢) d) O recebimento do presente recurso; O reconhe rento do tempo de servigo especial, em face da exposicao a agente nocivo “RUIDO” , nas em Empresas TEKA TECELAGEM KUEHNRICH S.A, de 26/10/1977 @ 20/12/1977 @ na EXACT POWER INDUSTRIA HIDRAULICA LTDA, de 15/06/1989 2 16/02/1993, conforme PPP's, juntado ao pedido inicial; Subsidiariamente, caso no seja apurado tempo de contribuicdo do beneficio até a DER, requer 0 cémputo dos periodos posteriores, ¢ 2 jo, com a DER para concessaio de aposentadoria por tempo de contribui a data em que 0 segurado preencheu 0s requisitos do beneficio, com fulcro no art. 690 da INSTRUCAO NORMATIVA INSS/PRES N@ 77/2015; Em caso de necessidade de dilacdo probatéria, requer: 1} a omieeSo de cartas de ‘igdncias as empregadoras do Recorrente, para que apresentem formularios PPP completos, bem como 9s respectivos V faudos em que foram baseados, nos termos do art. 296, inciso Il, da IN n® 77/2018; 2) a realizaco de inspegées em todas as empresas em que o Recorrente ‘exerceu atividade laborativas em condi¢des especiais, para a confirmaco das informagées constantes nos formulério PPP emitidos, com fulcro na resolugo INSS/PRES 485. Por fim, vem requerer a Vossa Senhoria Chefe da Agencia da Previdéncia Social de Cosmépolis, que remeta o processo administrativo as Camaras de Recursos, para que seja analisado todo o tempo de trabalho especial, para concessio da aposentadoria por tempo de contribuigso. Termos em que, Pede Deferimento ‘Artur Nogueira, 10/06/2019 044.591.718-05

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