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Ac Ane and Leg Esp 016
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SUMÁRIO
LEI DE EXECUÇÕES PENAIS ................................................................................................................................ 2
LIVRAMENTO CONDICIONAL ......................................................................................................................... 2
LIVRAMENTO CONDICIONAL
REQUISITOS OBJETIVOS
PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE SUPERIOR A 2 ANOS E CUMPRIMENTO DE:
não for reincidente em crime doloso e tiver bons
1/3
antecedentes
1/2 reincidente em crime doloso
crime hediondo, prática de tortura, tráfico ilícito de
2/3 entorpecentes e drogas afins, tráfico de pessoas e terrorismo
não for reincidente específico
VEDADO AO REINCIDENTE ESPECÍFICO EM CRIMES HEDIONDOS, EQUIPARADOS
E TRÁFICO DE PESSOAS
REPARAÇÃO DO DANO SALVO EFETIVA IMPOSSIBILIDADE DE FAZÊ-LO
REQUISITOS SUBJETIVOS
bom comportamento
durante a execução da pena
bom desempenho no
trabalho que lhe foi
atribuído
Agora veja como era e como ficou o inciso III do Art. 83 depois da alteração promovida
pelo Pacote Anticrime:
III - comprovado:
a) bom comportamento durante a
III - comprovado
execução da pena;
comportamento satisfatório durante
b) não cometimento de falta grave nos
a execução da pena, bom
últimos 12 (doze) meses;
desempenho no trabalho que lhe foi
c) bom desempenho no trabalho que lhe
atribuído e aptidão para prover à
foi atribuído; e
própria subsistência mediante
d) aptidão para prover a própria
trabalho honesto;
subsistência mediante trabalho honesto;
Nesse ponto, é interessante destacar que se criou a necessidade de o preso não ter
cometido falta grave nos últimos 12 meses para poder fazer jus ao livramento condicional.
Existe súmula do STJ dizendo que o cometimento de falta grave não interrompe o prazo para o
livramento condicional. A súmula continua válida, de fato não há interrupção do prazo (voltar
a contar do zero) no caso de falta grave, apenas exige-se que o preso não tenha cometido a
infração nos últimos 12 meses.
Súmula 441 do STJ: A falta grave não interrompe o prazo do livramento
condicional. Motivo: Ausência de previsão legal.
Pois bem, agora que já analisamos como se dá o benefício no Código Penal, vamos estudar
as regras contidas na LEP. Aqui é necessário apenas uma leitura atenta da lei.
Art. 132. Deferido o pedido, o Juiz especificará as condições a que fica
subordinado o livramento
§ 1º Serão sempre impostas ao liberado condicional as obrigações
seguintes:
a) obter ocupação lícita, dentro de prazo razoável se for apto para o
trabalho;
b) comunicar periodicamente ao Juiz sua ocupação;
c) não mudar do território da comarca do Juízo da execução, sem
prévia autorização deste.
§ 2° Poderão ainda ser impostas ao liberado condicional, entre outras
obrigações, as seguintes:
a) não mudar de residência sem comunicação ao Juiz e à autoridade
incumbida da observação cautelar e de proteção;
b) recolher-se à habitação em hora fixada;
c) não freqüentar determinados lugares.
Art. 133. Se for permitido ao liberado residir fora da comarca do Juízo
da execução, remeter-se-á cópia da sentença do livramento ao Juízo
do lugar para onde ele se houver transferido e à autoridade
incumbida da observação cautelar e de proteção.
Art. 134. O liberado será advertido da obrigação de apresentar-se
imediatamente às autoridades referidas no artigo anterior.
Art. 135. Reformada a sentença denegatória do livramento, os autos
baixarão ao Juízo da execução, para as providências cabíveis.
Art. 136. Concedido o benefício, será expedida a carta de livramento
com a cópia integral da sentença em 2 (duas) vias, remetendo-se uma
à autoridade administrativa incumbida da execução e outra ao
Conselho Penitenciário.